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Notícias do Mar
55º Salão Náutico Internacional de Barcelona 2016
Texto e Fotografia Antero dos Santos
Edição Marcada pela Procura do Público
Salão Náutico de Barcelona no Porto Antigo O Salão Náutico de Barcelona que decorreu este ano entre os dias 12 e 16 de Outubro, no Port Vell (Porto Antigo), não só mostrou bastante mais oferta que nos anos anteriores, como foi principalmente marcado pela invasão do público, cerca de 60.000 visitantes, a demonstrar um extraordinário interesse nos produtos náuticos, com relevo para as embarcações à vela.
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Cada vez há maior interesse nos veleiros de cruzeiro 2
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urante cinco días, o Salão Náuticode Barcelona apresentou a mais variada oferta comercial da náutica de recreio em Espanha. Com 260 expositores nacionais e internacionais, no Salão foram apresentados um total de 670 embarcações, entre as quais foram expostos 70 novos modelos. Na área da inovação surgiram diversas novidades, especialmente no que respeita a equipamentos, mas igualmente aplicadas a embarcaçõs, para permitir maiores hipóteses de uso, de conforto ou de desempenho. No segmento da electrónica, foram anunciados e mostrados aos visitantes cerca de três dezenas de novidades. A Associação Nacional de
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Empresas Náuticas (ANEM) organizou um forum dedicado à grande variedade de serviços que estavam no certame, bem como de novos produtos, num espaço onde foram organizadas jornadas dedicadas ao público para conhecer também projectos de negócios e de empreendorismo, entre os quais seriam seleccionados os melhores para serem financiados. Entre 10 startups foi eleita “La Tarifa Plana del Deporte”, que com o pagamento de uma quota mensal fixa, a empresa dá aos aderentes a possdibilidade da compra, transporte, manutenção, armazenamento e renovação contínua, dos equipamentos desportivos. O registo de embarcações em Espanha continua a aumentar. Desde Janeiro a Setembro registaram-se 4,4 % mais que no ano passado. Ao contrário do que se tem passado em Portugal, as actividades náuticas em Espanha têm merecido sempre dos Governos um amplo apoio ao desenvolvimento. O número de praticantes não reduziu como cá, nem se colocaram embarcações fora do activo para não se pagar o pesado Imposto Único de Circulação, criado com o Decreto-Lei nº 22-A-2007. Esse imposto não existe em Espanha para as embarcações. Enquanto os espanhóis praticam as suas actividades sob o licenciamento das Federações Náuticas que no ano passado passaram 170.170 licenças, os portugueses sofrem com a burocracia das Capitanias para praticarem qualquer desporto náutico, em virtude de estar ainda em vigor o Regulamento da Náutica de Recreio que passou para essas entidades a gestão da náutica de recreio. Comparando as infraestruras náuticas, Portugal e Ilhas têm 39 portos e marinas de recreio e em Espanha, neste momento, existem 375 portos desportivos, mais 7 do que havia em 2014. No que respeita a Clubes Náuticos em Espanha estão em actividade 3.608, dos quais 2.267 de pesca, 990 de actividades subaquáticas e 453 de vela. Em Portugal existem apenas 96 Clubes Náuticos.
Lagoon Seven Seas Por culpa da legislação, é abissal a realidade da prática desportiva náutica entre Portugal e Espanha. Mais uma vez satisfeito com o formato do actual Salão Náutico de Barcelona, no último dia do evento, Jordi Freixas, director do certame destacou: “Foi um Salão Náutico com muitas
novidades, pois contam-se em cerca de uma centena de novos modelos de embarcações, motores e acessórios náuticos, provando-se que este salão é a principal plataforma de negócio e de verificação das tendencias da indústria náutica espanhola”. Freixas reforçou que “apesar
da chuva dos primeiros dias, esta edição foi a mais animada e com maior participação do público, que aderiu interessado às actividades do programa.” Quanto às marcas e empresas nacionais que comunicaram ao Notícias do Mar que estavam no Salão de
Stand Rodman 2016 Novembro 359
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Rodman Espirit 31 em ensaio Barcelona este ano, destacamos a Limatla, empresa de Braga que representa a Rodman, a San Remo, estaleiro nacional de Aveiro, a Touron que representa e distribui os motores Mercury e as embarcações Bayliner e Quicksilver e a Vanguard, estaleiro nacional de embarcações semi-
rígidas. Lagoon Distribuídos em exclusivo para Portugal pela Sea Way, os catamaran Lagoon apresentavamse com uma enorme exposição dos seus modelos, numa confirmação que há cada vez mais clientes com admiração por es-
tes barcos à vela. Destacava-se entre todos os modelos expostos o Lagoon Sea Seven 7, com 23 m de comprimento, o novo barco almirante da marca, apresentado pela primeira vez no Salão de Cannes. Na verdade, este catamaran é comparado aos grandes
Banco do poço do Rodman Espirit 31 4
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megaiates, com inúmeras inovações para garantir também extraordinária acomodação e conforto. A praia privada é uma das inovações que foi desenvolvida e consiste numa porta que se abre no casco e permite um aumento na área da cabine do proprietário, proporcionando um acesso aberto e pioneiro ao mar. A praia funciona como plataforma de apoio para os mergulhos ou para fazer ski. Também a enorme plataforma de popa neste barco é uma praia comum. As linhas do Seven 7 mantêm toda a elegancia da marca e o requintado interior oferecem uma estadia com permanente e refinada comodidade nos grandes espaços, tanto no salão como nos camarotes. As grandes vidraças do salão foram especialmente estudadas e oferecem uma visibilidade impressionante Limatla – Rodman A principal novidade Rodman exposta era o novo modelo Rodman Spirit 31, com motorização fora de borda, que foi apresentado em Barcelona num ensaio à imprensa especializada. Também estavam expostos, pela primeira vez em Espanha, o Rodman 890 Ventura, concebidos para motores fora de borda, em duas versões, uma adaptada para a pesca e a outra mais pensada para disfrutar o cruzeiro. O Rodman Spirit 31, com 9,48 m de comprimento, segue a linha tradicional dos modelos com motorização interior de linha de veio, mas adaptado para incorporar motores fopra de borda. Destaca-se neste barco os assentos circulares no poço que é uma característica exclusiva deste modelo. O barco tinha montado dois motores Mercury Verado de 250 HP, cujo aumento de potência significa outra novidade do estaleiro para esta versão. Porém, são recomendadas potências a partir de 2 x 150 HP até à máxima de 2 x 250 HP. Esta versão comporta um segundo camarote no interior da cabina, convertendo o Rodman Spirit 31 num dos barcos com este comprimento, com
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maior acomodação para dormir. O camarote da proa é independente e tem uma cama de casal e o segundo camarote fica sob a cabina de pilotagem a tora a largura do barco. Existe também um quarto de banho independente. A cabina depilotagem, comporta um salão, com bancos e uma mesa, o posto de comando e a cozinha. Neste barco destaca-se o inovador banco circular de popa no poço. Movendo-se sobre calhas, o assento de popa divide-se em três módulos, para aumentar a acomodação e melhorar a circulação com saída pela popa. Salienta-se ainda que a versão com motorização fora de borda tem um preço inferior 15% ao modelo com motor interior. O Rodman 890 Ventura, com 8,90 m de comprimento é um novo conceito de embarcação, concebido para ser versátil e satisfazer os pescadores nas jornadas de pesca e nos dias dos passeios de cruzeiro. Destaca-se com um design tipo pesqueiro, com porta lateral para o piloto, bastante funcional. É um barco com a conhecida robustez Rodman e com um casco adequado para navegar no mar com segurança e comodidade. É principalmente no equipamento do poço que no Rodman 890 Ventura se caracteriza a funcionalidade para a pesca ou para o cruzeiro.
Jeanneau Merry Fisher 895 e Merry Fisher 795 Marlin
Jeanneau Em Portugal é a Nautiser / Centro Náutico o importador exclusivo do estaleiro francês Jeanneau das embarcações a motor. No stand da Jeanneau encontravam-se bem destacados os novos modelos da clássica e prestigiada gama pesca/passeio Merry Fisher, conhecendo bem o interesse dos catalães pela pesca desportiva embarcada. Estavam expostos vários modelos Merry Fisher 895 e Merry Fisher 795 Marlin, este com versões mais pescador. O Merry Fisher 895, com 8,90 metros de comprimento, foi projectado para privilegiar mais o cruzeiro nos fins-de-semana 2016 Novembro 359
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posto de comando, cozinha, bancos e uma mesa. O poço com bancos laterais e à popa, pode estar desimpedido para os pescadores ou servir para os piqueniques com uma mesa ao meio. À proa existe um banco que dá para um pescador. Na cabina à frente encontrase um camarote com cama de casal e um quarto de banho.
Rodman 890 Ventura e nas férias, devido ao conforto do interior, com grandes janelas no posto de comando, e ao amplo espaço polivalente do poço, para os passeios e a pesca. A cabine de pilotagem comporta um salão em forma de L e uma cozinha. O piloto dispõe de uma porta lateral de correr, para facilitar as manobras e as
saídas para a proa ou o poço. À frente existem dois camarotes. O principal desfruta de amplas janelas, tem cama de casal, quarto de banho e wc marinho O Merry Fisher 795 Marlin, com 7,17 m de comprimento, está vocacionado para os pescadores, não apenas pelo de-
sign do barco, mas sobretudo pela organização dos espaços e pelos equipamentos. A cabina estilo pesqueiro, dispõe de uma porta atrás para o poço e uma porta lateral de cada lado. A porta junto ao piloto, é fundamental para as manobras e saídas rápidas. No interior forma um salão com o
Merry Fisher 795 Marlin 6
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San Remo A San Remo esteve novamente no Salão de Barcelona, onde se destaca sempre pela enorme curiosidade e interesse dos visitantes em entrar nos barcos expostos na água, para verem melhor e em pormenor as inovações anunciadas e o excelente acabamento da construção. Este ano a San Remo apresentou em Barcelona cinco modelos. Dentro de água estavam o 900 Fsher Pro e o 860 BlueSky. Em seco no stand San Remo encontravam-se 600 Fisher, 750 Sport Pro e 750 Fisher Pro. Os San Remo são embarcações com motorização fora de borda, com a característica de serem insubmersíveis, devido ao tipo de construção, o casco com um V profundo e todos com porta canas no poço. Em Espanha têm excelente aceitação, em virtude também do cuidado do estaleiro na personalização de cada barco, para satisfação plena dos clientes. Com a presença da San Remo em diferentes salões náuticos europeus, esta filosofia do estaleiro é um bom trunfo para as vendas. Dirigidas ao mercado da pesca embarcada lúdica, os San Remo Fisher e Sport são barcos muito polivalentes que oferecem com facilidade o uso para os passeios de fins-desemana ou férias, devido à confortável acomodação das cabinas. O San Remo 900 Fisher Pro, com 7,99 m de comprimento, é uma embarcação de utilização simples, completa e confortável. Com o poço desimpedido é fácil de circular para pescar e ter o acesso à cabina de pilotagem. Há também o excelente aproveitamento dos espaços
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e da incorporação dos equipamentos. O poço tem quatro porta-canas, dois de cada lado. A cabina de pilotagem forma um salão com o posto de comando a estibordo. Um assento com uma mesa a bombordo serve para as refeições. O piloto vai sentado num banco individual com apoio para os pés. Na coberta inferior fica um camarote com duas camas de casal, uma à frente em V e outra a bombordo. O quarto de banho a estibordo tem um sanitário marítimo e um lavatório. O San Remo 860 Blue Sky, com 8,60 m de comprimento, tem um flybridge, mantém as linhas clássicas dos San Remo, apresenta grandes janelas laterais em vidro acrílico. O flybridge foi um excelente aproveitamento do tecto tem um pára-brisas à frente e um banco atrás para quatro pessoas. A escada para o flybridge está no poço a bombordo e tem uma escotilha estanque que fecha em cima. Na coberta superior está o salão com sofás e mesa e uma cozinha muito bem equipada. O posto de pilotagem a estibordo tem uma porta lateral, para facilitar o acesso rápido do piloto para o poço ou a proa. Na coberta inferior o barco tem duas cabinas, uma à frente e outra sob o salão, onde podem dormir quatro pessoas. Existe ainda um quarto de banho e um roupeiro com porta. O 600 Fisher, com 6,35 m de comprimento, tem uma cabina de pilotagem com o posto de comando, com um banco individual para o piloto e um banco a bombordo. Dispõe de um camarote à frente com um banco em U convertível em cama de casal. No poço tem um banco à popa e assentos laterais. No casco há janelas laterais para entrada de luz para o camarote. O 750 Fisher Pro, com 7,49 m de comprimento tem uma cabina de pilotagem com porta., comportando um salão com posto de comando, cozinha e um banco a bombordo. À frente na coberta inferior tem uma cama de casal e um quarto de banho. No poço comporta um banco em L à popa e uma mesa. Sobre o convés à frente dispõe de um solário. O camarote tem
San Remo 900 Fsher Pro e 860 BlueSky sempre cheio de visitantes no casco janelas laterais. O 750 Sport Pro é um cabinado com um camarote à frente com cama para casal. No posto de comando o piloto tem um banco e no poço à popa existe um banco em U com uma mesa. Sobre o convés à proa há um solário. No casco há janelas la-
terais para o camarote. Touron A Touron tinha dois stands, onde expunha os motores Mercury e as embarcações Bayliner e Quicksilver e outro onde apresentava acessórios náuticos. Na gama dos 14 motores
Mercury em exposição destacava-se o novo Mercury F400R Verado, já homologado para náutica de recreio. Trata-se do motor mais potente da gama com 400 HP. Na gama dos motores interiores, estavam expostos as seguintes novidades:
Stand San Remo em seco 2016 Novembro 359
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San Remo 600 Fisher Mercury Mercruiser 4.3L Alpha 4V Plus Series Mercury Mercruiser 6.2L-350 DTS Mercury Diesel TDI 3.0-260 Cummins QSC 8.3-600 Apresentavam-se também diversos geradores Cummins Onan: 4kW MDKBH 12V NEG 50Hz
1PH SS, 6kW MDKBJ12N501PSS 19kW MDKDV 12V NEG 50Hz 1PH SS No que respeita às embarções da Bayliner estavam os modelos Element E5, VR6 e 742 Cuddy. Quanto a novos destacavam-se o Element E7 e o VR5 OB.
O Bayliner Element E7, com 6,5 m de comprimento, é um barco de grande acomodação, com bancos de enorme conforto para 8 pessoas. Com o casco em forma de M, a navegar garante excepcional estabilidade e segurança. O Bayliner VR5 OB tem 6,20 m de comprimento. Dispõe à
Mercury F400R 8
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frente de um largo bowrider e atrás de uma ampla plataforma na popa e um solário. No interior tem um banco em L atrás e bancos individuais para o piloto e o copiloto. O casco em forma de M aumenta as performances e oferece grande estabilidade e segurança a navegar. Quanto às embarcações Quicksilver, encontravam-se Activ 505 Cabin, Activ 755 Open, Activ 755 e 805 Sundeck, Activ 755 e 855 Weekend e Captur 605 Pilothouse. Em destaque estavam os novos Activ 755 Cruiser, Activ 505 Open, Activ 555 Open, Activ 605 Open e Activ 675 Open. O novo Activ 755 Cruiser, com 7,37 m de comprimento, é um barco cabinado para o cruzeiro famíliar. Combinando segurança, design e conforto, este modelo tem capacidade para 8 pessoas. Oferece versatilidade e boa distribuição do espaço. O posto de comando ergonómico tem um completo equipamento. No convés pode-se montar um solário ou um banco reclinável e dispor de uma cozinha com lavatório e fogão. A cabina tem uma cama de casal e um WC marítimo. A Quicksilver renovou todos
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os modelos da gama Open, que têm o seguinte comprimento: Activ 505 com 5,07 m, o Activ 555 tem 5,47 m, o Activ 605 com 6,12m e o 675 tem 6,74 m. Todos os modelos Open passaram a ter maior funcionalidade, mais equipamento e o posto de comando ergonómico. O espaço à proa pode ser convertível em dinette ou solário. Com uma maior plataforma à popa o acesso ao poço é mais fácil e tem mais confortável acomodação. O Activ 675 Open tem uma cabina com entrada fácil pela consola de condução por uma porta deslizante. Dentro tem uma cama para uma pessoa. Vanguard Encontrava-se com um stand no Salão de Barcelona a Vanguard. Vanguard é uma marca portuguesa da Vanguard Marine, Lda, com a fábrica instalada em Vila Nova da Cerveira. A Vanguard produz embarcações semi-rígidas com diversas linhas de recreio, marítimoturística, mergulho, profissional e de salvamento, desde os 3,00 aos 8,60 metros de comprimento.
Gama Quicksilver Activ Outra das produções que a Vanguard desenvolve em larga escala, é o Retubing que engloba o fabrico de flutuadores em quaisquer dimensões ou a reparação de flutuadores e também de cascos. A Vanguard fabrica os flutuadores em PVC, Neoprene /
Hypalon da Orca e PU (Polyuretano) 1500 e PU 2000. Os flutuadores em PVC e PU são soldados pelo processo Ther-
mosealing. A Vanguard também se dedica à construção de embarcações SOLAS para transporte,
Quicksilver Activ 505 Open 2016 Novembro 359
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equipado com um arco de luzes em aço inox na popa. A Vanguard tambném produz Embarcações Especiais. Adicionalmente aos produtos fabricados em série de acordo com a norma ISO6185, a Vanguard Marine dispõe de um departamento de desenho próprio para o desenvolvimento de produtos especiais de acordo com as mais exigentes especificações técnicas como a norma SOLAS/ IMO, Organismo e Salvamento e as especificações militares próprias das distintas FFAA e produtos governamentais.
Stand com os semi-rígidos Vanguard construídas de acordo com as rigorosas normativas SOLAS, com os cascos insubmersíveis em alumínio marítimo. No stand no Salão de Barcelona encontrava-se em exposição três modelos representativos das linhas Vanguard da Draken Series, DR640, com 6,40 m DR500
da serie Family, com 5,00 m e o DR760, com 7,60 m de comprimento. Também estava exposto um barco reparado em Retubing. O modelo DR640 tinha montado uma consola com um Tip-Top em fibra, para uso profissional ou para a pesca lúdica. Um arco de luzes em aço inox estava monta-
do na popa. O DR500 da série Family estava equipado com uma consola e um banco duplo. O modelo DR760 era um barco que foi vendido para a Proteção Civil e tinha dentro para mostrar uma boia fabricada pela Vanguard. Este barco estava
Motos de água Yamaha 10
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Yamaha Em Portugal é a sucursal da Yamaha Motor Europe que promove a distribuição dos seus produtos. Em Barcelona como novidade estavam em grande relevo expostas os novos modelos das motos de água Yamaha. O modelo GP 1800 era o que estava em primeiro plano. Esta moto de água é a magnífica herança dos modelos Yamaha GP1200 e GP 1300R que atingiuram duraqnte anos uma reputação imbatível entre os pilotos profissionais de todo o mundo. Graças a isso, é agora explorada e vibrantemente renascida no novo modelo de performance desportiva, a GP1800. Ela é a resposta ao desejo de qualquer entusiasta de performance, tem uma ótima aparência, uma máquina super potente com um forte e ágil casco e a habilidade para responder a todos os comandos do piloto de forma precisa e previsível. Este novo modelo inclui todas as mais recentes inovações técnicas e eletrónicas, tal como as muitas caraterísticas que são muitas vezes singulares e exclusivas da Yamaha: Motorizada pelo motor marítimo de ultra performance Yamaha SVHO Tem o casco e deck com material Yamaha super leve NanoXcel2. Está equipada com o premiado e exclusivo sistema RiDE Yamaha. Tem o primeiro sistema de segurança por comando da indústria com o sistema LowRPM mode.
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Náutica
Notícias Sopromar
Fora de Bordo... a diesel!
A Sopromar Centro Náutico e Oxe Diesel firmam aliança para distribuição de outboards a diesel em Portugal .
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om esta aposta a Sopromar Centro Náutico carimba a sua posição
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num potencial pouco explorado no mercado Portugês, quanto a motores a gasóleo fora de bordo de alta eficiência.
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OXE é o primeiro fora de bordo de alta eficiência a diesel do mundo, estabelecendo novos padrões de durabilidade, efici-
ência de combustível e baixas emissões para um motor fora de bordo a diesel. O conceito apresentado por este motor elimina engrenagens e eixos de transferência, utilizando a tecnologia de um cinto inovador que permite a transferência de torque elevado. Os módulos submersos SLIM proporcionam menos arrasto, reduzindo assim o consumo de combustível e aumentando a velocidade. O motor OXE Diesel foi desenvolvido pela CIMCO Marine, empresa sueca especializada também em embarcações de alta performance. Este motor fora de bordo é baseado num bloco motor diesel robusto e desenvolvido pelo grupo GM, um motor de automóvel moderno turbo diesel com injecção directa de alta
Náutica
possa ser realizada na água. O sistema de cárter seco permite navegar em mares agitados, sem qualquer problema com a inclinção do motor. O diesel proporciona suavidade a trabalhar, maior eficiência e torque, contribuindo para a aceleração melhorada e menor consumo de combustível. O diesel é um combustível menos inflamável e, portanto, mais seguro para trabalhar em ambientes perigosos. Os benefícios combinados do eficiente motor diesel moderno e a transmissão robusta proporcionam vantagens para alcançar maior durabilidade e vida longa do motor. Quanto à economia do combustível, o motor do OXE é um motor diesel bem comprovado, bastante mais eficientes do que
pressão, bem comprovado e depois marinizado para suportar as condições marinhas, o motor diesel de 2.0 litros construído na fábrica da Opel em Kaiserslautern, na Alemanha. O OXE Diesel é um motor montado horizontalmente. A energia é então transferida para a caixa de velocidades por meio
de uma correia primária. A partir da caixa de velocidades sai outra correia que transfere a energia para o eixo da hélice. O motor foi também redesenhado para dispôr de todos os pontos que interessam aos serviços de assistência e aos utilizadores, na parte da frente da unidade, para facilitar que a manutenção
os motores a gasolina e contribui por isso para o baixo consumo de combustível. Ele consome 42% menos combustível do que um fora de borda de 200 HP a 2 tempos. A unidade inferior é optimizada para produzir um baixo atrito, reduzindo assim o consumo de combustível ainda mais. Menor consumo de combustível traduz-se em aumento da autonomia, intervalos de reabastecimento mais longos e custos de combustível reduzidos. As vantagens operacionais são significativas. O OXE Diesel foi projectado para durar. Intervalos de manutenção mais longos significam menores custos de manutenção com os tempos de funcionamento mais longos.
Características Motor OXE Diesel -Motor: 4 cilindros em linha -Potência: 200 HP –4.100 rpm -Cilindrada: 2.0 L -Peso: 340 Kg -Controlo de baixa velocidade -Economia de combustível -Sistema de controlo do leme -Capacidade de leme duplo acoplamento Joystick com fixação GPS -Design modular robusto -Caixa de propulsão de baixo arrasto -Directamente substituível com outros motores de popa
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Náutica
Notícias Sopromar
Sopromar Comercializa em Exclusivo Semi-Rígidos Highfield em Portugal
Highfield Classic 340 A Sopromar e Highfield Boats fizeram um acordo de parceria que visou a comercialização em exclusivo em Portugal de uma vasta gama de embarcações semi-rigidas Highfield, que se destacam pela característica especial de terem o casco em alumínio
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Highfield Ultralite 240 14
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Sopromar Centro Náutico ampliou assim o seu negócio e cobre um mercado que conhece, em virtude da assistência, manutenção e fornecimento de equipamentos para os iates à vela e motor e vai fornecer com um produto de.excelência e elevada qualidade de fabrico. Com os semi-rígidos Highflield propõe-se uma nova abordagem na escolha de uma embarcação de apoio, que é o factor peso e satisfazer a procura de solução “light”, com uma embarcação leve. O Alumínio tem sido o material do casco de escolha em muitas partes do mundo devido a sua força, facilidade de reparação, versatilidade
Náutica
Highfield Classic 290
e acima de todas as características, de sua economia de peso. Porque o alumínio não vai absorver água, o Highfield vai pesar o mesmo em 10 anos como no dia em que saiu do Stand. Para garantir a longa vida das embarcações, a Highfield RIB, só usa materiais de qualidade superior. De alta resistência, o alumínio de classe marítima é revestido em pó e cozido para garantir um acabamento suave e durável, sendo desta forma mais amigo do ambiente. Os tubos dos semi-rígidos Highfield são fabricados em tela PVC Valmex ou em Tela Hypalon ORCA. Os insufláveis Highfield evoluíram a partir de muitos
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Náutica
Highfield Ocean Master 390
anos de desenvolvimento em algumas das condições mais difíceis do mundo, como a Grande Barreira de Corais do
norte tropical da Austrália. Em serviço há mais de 20 anos, estas embarcações contemplam materiais com qualidade
de topo, proporcionando ao seu utilizador uma enorme vantagem possuir uma embarcação deste tipo.
Cada barco Highfield é rigorosamente testado com as normas ISO antes de sair da fábrica. Este teste abrange to-
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Náutica
dos os componentes durante o fabrico. Todos os barcos têm garantia de dois anos para a estrutura, o que poderá significar total confiança em cada Highfield RIB. São importados pela Sopromar as Séries RollUp, Ultralite, Classsic e Ocean Master. Série RollUp: Tubos em PVC Valmex ou Hypalon Orca. Compacto e económico o semi-rígido ideal para apoiar a ligação à costa. Podem ser lançados á água e recuperados por uma única pessoa e são muito fáceis de transportar. Modelos dos 2,00 m aos 3,10 m de comprimento. Série Ultralite: Tubos em PVC Valmex ou Hypalon Orca. Os semi-rígidos Ultralite são espaçosos e fortes, mas leves e fáceis de transportar. O casco dos Ultralite é feito de alumínio do tipo naval com
Highfield Boats é parceiro da Vendée Globe
2,5 milímetros de espessura. Modelos dos 2,40 m aos 3,40 m de comprimento Série Classic: Tubos em PVC Valmex ou Hypalon Orca. Nível extra de conforto para
este semi-rígido de casco duplo que vai manter os pés dos utilizadores secos. O acabamento de luxo e de alta qualidade desmente o facto de que esta série de pro-
postas foi projetada para trabalhar duro. Um casco de alumínio durável juntamente com guardas na quilha completas torna-o ideal para aqueles dias de praia com amigos e
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Náutica
Highfield Classic 380
familiares. Modelos dos 2,60 m aos 3,80 m de comprimento. Série Ocean Master: Tubos em PVC Valmex ou Hypalon Orca. São semi-rígidos fabulosos para o cruzeiro. Seja qual for o layout que for escolhido, o cliente pode ter certeza de que o seu Ocean Master foi construído para durar. São fáceis de atrelar, fáceis de lan-
çar á água e recuperar devido ao seu peso leve e olhais integrados para Davits. Modelos dos 3,50 m aos 5,90 m de comprimento. Série Deluxe: Tubos em PVC Valmex ou Hypalon Orca. Com as qualidades impermeáveis do casco de alumínio não há necessidade de haver preocupação com lascas de gelcoat, ou colocar a embarcação numa praia ou num re-
boque. O semi-rígido Highfield não irá descamar-se ao longo do tempo, mantendo o seu desempenho ágil e pesando o mesmo em 10 anos como no
dia em que foi comprado e levado para fora do showroom do concessionário. Modelos dos 3,50 m aos 6,40 m de comprimento.
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Pesca Desportiva
Notícias Go Fishing
Texto e Fotografia Vitor Ganchinho
António Pradillo pesca em Portugal
Saída dos campeões espanhóis, de Sesimbra António Pradillo esteve entre nós, para uma troca de ideias sobre técnicas de pesca. Chegou com a simplicidade dos grandes. Daqueles que sabem que, sabendo muito mais que outros, nunca saberão tudo. Porque ninguém chega a saber tudo sobre pesca.
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hegou com a modéstia de quem sabe que um pescador é sempre um projecto inacabado, um processo 20
evolutivo contínuo, um interminável somatório de experiências. E veio ensinar algo do muito que aprendeu a pescar por esse mundo fora.
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Contando com inúmeros trabalhos televisivos, nomeadamente no canal espanhol CazayPesca, este valenciano esteve acompanhado do seu inseparável cameraman
Raúl Gil, um expert em nós, e também ele um pescador de fina água. Realizado nas instalações da Go Fishing em Almada, este workshop contou com
Pesca Desportiva
Workshop nas instalações da Go Fishing em Almada
ções de dificuldade extrema, ou por muita visibilidade das águas, ou por escassez de peixe, ou por excesso de pressão de pesca sobre os stocks de peixe existentes num determinado local. O
uma assistência atenta e interessada em escutar os ensinamentos de alguém que é uma referência no mundo da pesca europeu. Com duas saídas de mar para aulas práticas, António Pradillo mostrou a razão de ser considerado um especialista em “darting”, técnica de pesca a utilizar em situa-
“darting” consiste pois numa técnica baseada na simulação de um peixe ferido, ou em dificuldades, com um nadar errático, assimétrico, muitas vezes em queda para o fundo, o que estimula
imenso o ataque dos predadores. Ou, por exemplo, um pequeno camarão de 4 cm, a “passear” sobre o fundo, animado com pequenos movimentos de pulso. Os peixes não resistem!
Assistência atenta e interessada em escutar os ensinamentos de António Pradillo 2016 Novembro 359
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Pesca Desportiva
Esta bonita baila não resistiu ao sistema “darting” 22
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Pesca Desportiva
Um dream team de pescadores, na loja Go Fishing, Almada
Recorre à utilização de vinis de dimensões particularmente reduzidas, fios que não excedem o 0.08mm, anzóis diminutos, e um conjunto de cana e carreto muito ligeiro, muito sensível. Falamos de canas com acção de 5-20 gramas, ou menos, e carretos que não excedem o tamanho 2000. Exige coordenação de movimentos, mas após algumas horas de aprendizagem, ….o sistema funciona! De fundos a 5/6 metros, até 35/40 metros, o sistema mostrou todo o seu potencial. Os dois espanhóis mostraram que é possível fazer pargos, robalos, e uma grande variedade de peixes da nossa costa, com estes iscos artificiais minúsculos. Também podem vê-los no YouTube a pescar sargos e douradas, com pequenos camarões de vinil! Para quem assume que isso apenas é possível com iscos orgânicos, …será algo estranho admiti-lo, mas a verdade é que é possível. Antonio Pradillo mostrou que sim. No caso dele, nem sequer equaciona a possibilidade de utilizar iscos comuns entre nós, como sardinha, camarão, lula, ou o que seja: pesca sempre com artificiais, elevando ao extremo a dificuldade do seu dia de 2016 Novembro 359
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Pesca Desportiva
Os equipamentos utilizados eram super-light. Conjuntos a pesar menos de 200 gramas.
pesca. É isso que procura, a máxima dificuldade. Com um pequeno jig de 3 cm, ao primeiro lançamento pescou um ruivo de 0.5 kg, o que não deixa de ser estranho. Tivemos entre nós, acima de tudo, pessoas excepcionais, bem dispostas, de bem com a vida, e com um nível de conhecimentos muito acima da média. Para repetir no inicio do próximo ano. Vamos dar conta disso com a antecedência possível, abrindo inscrições (gratuitas) para estes cursos a realizar em 2017. Já estamos a preparar mais surpresas, mantenha-se atento à página Go Fishing, e ao nosso Facebook 24
2016 Novembro 359
Raúl Gil a fazer estragos a 42 mts fundo, aos pargos
Pesca Desportiva
Notícias do Clube Naval de Sesimbra
Prova com Muito Peixe na 3ª e 4ª Mão do Nacional
Realizou-se no fim-de-semana de 5 e 6 de Novembro, em Setúbal, a 3ª e 4ª mão do Campeonato Nacional da 1ª divisão em Barco Fundeado.
O
primeiro dia ficou marcado pelas condições climatéricas um pouco adversas, com o mar agitado e alguma chuva mas que permitiu a realização da prova em condições de segurança. No segundo dia, as condições melhoraram bastante no que parecia um dia de Primavera e onde os atletas tinham todas as condições para explorar o máximo do seu potencial. Foi uma prova que se realizou num bom ambiente competitivo com a presença, felizmente, de muito peixe. Participaram 28 atletas em representação de 12 clu-
bes. O Clube Naval de Sesimbra contou com a presença dos atletas Manuel Amador, Sérgio Silva e José Rolo que se classificaram respectivamente em, 10º, 12º e 14º lugar.O próximo objectivo são as duas últimas etapas que se irão realizar na Nazaré em Dezembro e onde se define a classificação final do Campeonato Nacional. O vencedor desta 3ª e 4ª mão foi Reinaldo Piloto, do Clube Naval da Ericeira seguido por Armindo Vaz, também do Clube Naval da Ericeira e a fechar o pódio Ricardo Lavandeira, do CCP Cavaquense.
Uma prova com muito peixe
A equipa do Clube Naval de Sesimbra 2016 Novembro 359
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Electrónica
Notícias Nautel
Incentivo para as novas tecnologias de sonar: DOWNIMAGING
A
tecnologia DownImaging (ver para baixo/sonar vertical) da HUMMINBIRD veio criar
um novo padrão na geração de gráficos de imagem das sondas marítimas. Com este novo tipo de gráfico, o utilizador interpretará o registo da
HELIX 5 DI GPS
GPS/Chartplotter/Sonda 2D /Sonar Vertical DI
situação subaquática numa perspectiva diferente, mais intuitiva, não requerendo que se tenha já alguma experiência no manuseamento de HELIX 7 DI GPS
GPS/Chartplotter/Sonda 2D /Sonar Vertical DI
e 780
e 495 V
isor de 5”TFT . 256 côres. Alta resolução :480x800 pixels. Supervisibilidade à luz solar. Antena GPS interna 50 canais). SONDA 2D : 500w de potência (RMS), Escalas até500m. Frequências 200/455/800KHz. Dimensões fora do suporte : A10,87xL19,43xP 2,87cm. Estanquicidade IPX5 Modo de multiapresentação, Diversas outras funções.Usa Cartografia Navionics (opcional). tem mapa base UNIMAP. Automapeamento dos fundos com recurso ao software para PC, AUTOCHART (com cartão micro SD, ZeroLine) Funções GPS : 2.700 waypoints, 45 rotas, 50 rastos/20.000 pontos cada. Visão da carta também em “vista de pássaro” Multiapresentação. Feixes de 28 , 16 , 45 e 75 graus de abertura. Alcance de 100m em DI. Completa com transdutor para painel de popa XNT-9-DI-T, e manual de operação Menus e manual de operação em 13 línguas, português incl . Saída NMEA0183, com cabo opcional. Sensor de temperatura incorporado no transdutor. Alimentação :12 a 20VDC
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2016 Novembro 359
sondas, como acontece nas sondas tradicionais a duas dimensões. No DownImaging a sonda usa uma frequência muito mais elevada, transmitindo centenas de pequenas “lâminas” de feixes, cujos rápidos e altamente discriminativos retornos originam uma imagem que se assemelha ao de uma foto tirada de cima para baixo na água. Ver o gráfico à direita na imagem abaixo. Ou seja, no “DownImaging” é como se o barco estivesse a meio na margem superior do ecrã e daí esteja em permanente “fotografar” do fundo, sempre na direcção em que a embarcação se desloca. A sonda tradicional a cores continua à mesma a estar nestes equipamentos, escolhendo o operador, qual dos modos a usar, num dado momento.
V
isor de 7”TFT . 256 côres. Alta resolução :480x800 pixels. Supervisibilidade à luz solar. Antena GPS interna 50 canais. SONDA 2D : 500w de potência (RMS), Escalas até500m. Frequências 200/455/800KHz. Dimensões A13,82xL26,77xP 7,54cm. Estanquicidade IPX5 .Modo de multiapresentação,. Diversas outras funções. Automapeamento de fundos com opção software AUTOCHART. Usa Cartografia Navionics (opcional). tem mapa base UNIMAP. Funções GPS : 2.700 waypoints, 45 rotas, 50 rastos/20.000 pontos cada. Feixes de 28 , 16 , 45 e 75 graus de abertura. Alcance de 100m em DI. Saída NMEA0183 com cabo opcional. Completa com transdutor para painel de popa XNT-9-DI-T, sensor de temperatura e manual de operação Sensor de temperatura incorporado no transdutor. Alimentação :12 a 20VDC
Electrónica
Promoção válida entre 7 de Novembro 2016 e 2 de Janeiro de 2017, Preços incluem IVA, 23%. (Stock limitado)
HELIX 9 DI GPS
GPS/Chartplotter/Sonda 2D /Sonar Vertical DI
e 1.229
V
isor de 7”TFT . 256 côres. Alta resolução :480x800 pixels. Supervisibilidade à luz solar. Antena GPS interna 50 canais. SONDA 2D : 500w de potência (RMS), Escalas até500m. Mais ou menos 460m de alcance em 2D. Frequências 200/455/800KHz. Dimensões A13,82xL26,77xP 7,54cm. Estanquicidade IPX5 .Modo de multiapresentação,. Diversas outras funções. Automapeamento de fundos com opção software AUTOCHART. Pode ligar a antena de Radar, AIS etc. Usa Cartografia Navionics (opcional). tem mapa base UNIMAP. Saída NMEA com cabo opcional Funções GPS : 2.700 waypoints, 45 rotas, 50 rastos/20.000 pontos cada. Feixes de 28 , 16 , 45 e 75 graus de abertura. Alcance de 100m em DI. Completa com transdutor para painel de popa XNT-9-DI-T, sensor de temperatura e manual de operação Sensor de temperatura incorporado no transdutor. Alimentação :12 a 20VDC
HELIX 5 DI
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HELIX 7 DI
S
onda convencional 2D /Sonar Vertical DownImaging DI Visor de 5”TFT e 7” respetivamente ..256 côres. Alta resolução :480x800 pixels. Supervisibilidade à luz solar . SONDA 2D : 500w de potência (RMS), Escalas até500m. Alcance, em 2D e 100m em DI. Estanquicidade IPX5 . Frequência 200/455/800KHz. Modo de multiapresentação, Diversas outras funções. Modo de multiapresentação, Diversas outras funções. Menus e manual de operação em 13 línguas, português incluído Completa com transdutor para painel de popa XNT-9DI-T, e manual de operação Sensor de temperatura incorporado no transdutor. Alimentação :12 a 20VDC
e 890
PiranhaMax 197ci DI
Piranha Max 197c
S
S
e 195
onda a côres convencional 2D, e sonar vertical DI. Visor 3,5” LCD TFT, 256 côres 320x240 pixels Dupla Freq.: 455/200KHz . Escalas até 183m. 300W de potência (RMS). Transd.: XNT-9-DI-T Feixes de 28 , 16 e 74 graus de abertura Estanquicidade . IPX7. Dim. fora do suporte : 14,3 x 9,8 x3 ,5cm.Sensor de temperatura da água incluído.
onda a côres convencional 2D Visor 3,5” LCD TFT, 256 côres 320x240pixels. Com transdutor de painel de popa XNT-9-28-T. Sonda com 300W RMS de potência. Dupla Freq.: 455/200KHz . Feixes de 28 e 16gr Escalas até 183m. Alimentação : 12 VDC Sensor de temperatura da água incluído. Menus multi-língua, português incluído.
e 145
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Notícias do Mar
Tagus Vivan
Crónica Carlos Salgado
Sentir o Rio e Viver a Terra A Conferência Regional preparatória do Congresso do Tejo III, do Alto Tejo Português e do Tejo Internacional , a 4.ª do Ciclo de Conferências das 5 programadas, realizada em Vila Velha de Ródão no passado dia 12 de Outubro na Casa de Artes e Cultura desta Vila, que contou com o apoio logístico da Câmara Municipal local e a colaboração da nossa parceira Associação de Estudos do Alto Tejo, que desenhou o programa temático e conseguiu contar com a participação de comunicadores de elevado conhecimento que contribuíram para que esta conferência excedesse as expectativas.
C
om efeito esta Conferência de Vila Velha de Ródão deu um contributo muito significativo para que a Tagus Vivan actualizasse o conhecimento sobre a riqueza dos patrimónios que este corredor fluvial que atravessa o Municípios de Vila Velha de Ródão, o de Castelo Branco, o de Niza e o de Idanha-a-Nova em território nacional, na margem direita do Tejo, e que a partir da barragem de Cedillo passa a fazer parte 28
do Tejo Internacional que vai até à foz do rio Erges, sendo a margem esquerda território espanhol. Toda a região envolvente deste corredor fluvial possui um valor patrimonial considerável, nomeadamente de Biodiversidade e de Geodiversidade e também de inúmeros vestígios da presença do homem pré-histórico, tanto na arte rupestre como nos seus artefactos, ferramentas e tradições milenares. A acrescentar a esta riqueza esta região continua a atrair e a
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abrigar, as mais variadas espécies selvagens, com destaque para a avifauna que encontra aqui uma importante área de nidificação. Todo este conjunto de valores patrimoniais, fazem um verdadeiro Santuário da Biosfera. Os temas seleccionados e os respectivos especialistas convidados para comunicarem sobre os mesmos, pelo seu conhecimento e eloquência, transmitiram um conjunto de informações de particular qualidade a todo o auditório.
Abertura Na Sessão de Abertura, tiveram assento na mesa os Senhores José Manuel Alves, Vice- presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão em representação do Dr. Luis Pereira, Presidente da Câmara que por um imprevisto de última hora teve de ausentar-se, Carlos Salgado, Presidente da Tagus Vivan e o Dr. Jorge Gouveia da Associação de Estudos do Alto Tejo. Seguiu-se o Painel 1, que teve como Moderador o Eng.º João Soromenho
Notícias do Mar
Rocha e Mário Benjamim da Universidade de Évora, CHAIA, Arquitecto, Mestre em teoria e história da arquitectura e Doutorado em arquitectura na Universidade de Évora (2012) foi o primeiro a comunicar sobre o projecto de arquitectura no processo de reinterpretação do Vale do Tejo: uma análise prospectiva, Paisagem, Vale do Tejo, Identidade; seguiu-se Carlos Neto de Carvalho, Geólogo Investigador, coordenador científico do Geopark Naturtejo da Meseta Meridional - geoparque mundial da UNESCO, membro da Comissão de Coordenação da Rede Europeia de Geoparques com experiência de avaliação para a Unesco de projectos de geoparques na
Europa, América Central e China, IDL, que comunicou sobre produtos turísticos, inovação, qualificação e estrutura de destino; Jorge de Oliveira, Historiador, Professor Associado com agregação do Departamento de História da Universidade de Évora onde coordena a área de Arqueologia e dirige o Doutoramento em Arqueologia e é autor de mais de 300 títulos de estudos científicos onde se destacam as temáticas do Megalitismo, Arte Rupestre, Arqueologia Judaica e Arqueologia da Pena de Morte e é director e fundador do Museu de Marvão, director e fundador da Revista Ibn Maruán e fundador do Campo Arqueológico da Cidade de Ammaia e do seu Museu, que
comunicou sobre o tema: Do Tejo a S. Mamede – Antropização da Paisagem – Tejo; Serra de São Mamede, Rio Sever, Territórios; seguiu-se Luis Raposo, Arqueólogo, Presidente do
Conselho Internacional de Museus para a Europa que comunicou sobre o tema A Presença Humana Antiga do Alto Tejo Português – Importância Internacional e Valorização Pública; e
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Notícias do Mar
vos Outdoor, do turismo da natureza e da actividade marítimo turística do Alto Tejo Português que dissertou sobre os usos múltiplos do rio e a navegação marítimo - turística, considerando que o Tejo é o eixo que contribui para potenciar as actividades turísticas da região; seguiu-se o Sr. José Manuel Alves. Vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, que substituiu o Presidente da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, Dr. Luis Pereira, na comunicação prevista
Arte Rupestre do Fratel- Rocha 155- cervídeos
ainda neste Painel 1, João Caninas, Engenheiro e Mestre, membro da Associação de Estudos do Alto Tejo, fez uma comunicação submetida ao tema: O Pa-
trimónio Arqueológico do Alto Tejo Português e Tejo Internacional – diversidade e valor. Painel 2
O Painel 2 teve como Moderador o Prof. Dr. Miguel de Azevedo Coutinho e o primeiro orador foi o Dr. Nuno Coelho, empresário empreendedor de Incenti-
Tejo Internacional 30
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Notícias do Mar
sobre a Economia associada ao Rio, Políticas de Desenvolvimento, dos valores naturais, a paisagem, as actividades humanas que são activos importantes de toda a Região, como elemento diferenciador. Painel 3 O Painel 3 teve como Moderador o Almirante José Bastos Saldanha, mas como D. Alberto Píris Guapo – Presidente Mancomunidad Integral Sierra de San Pedro e Alcalde Presidente de Valência de Alcântara que estava confirmado para co-
municar sobre Partilha do rio com Portugal e futura articulação, ficou impedido de estar presente devido a ter de participar numa cerimónia comemorativa da nacionalidade do seu país, por ter coincidido com o dia da realização desta conferência, pelo que o tema em causa não foi abordado e passou-se ao seguinte, A Paisagem Cultural do Tejo: Memorial da Humanidade, tema que foi apresentado pelo Almirante José Bastos Saldanha em representação da Tagus Universalis Associação. O Almirante
Saldanha na sua intervenção referiu-se principalmente ao facto da Tagus Universalis Associação ter avançado com o Projecto da Paisagem Cultural, Valor Universal Excepcional do Rio Tejo Português, dada a extraordinária multiplicidade de valores culturais associados ao projecto em construção. Estiveram também presentes a acompanhar os trabalhos atentamente, a Dr.ª Maria Idalina Trindade, Presidente da Câmara Municipal de Nisa e o seu Vice-presidente Eng.
Francisco Cardoso A presente reportagem tem apenas como finalidade dar uma informação genérica sobre os trabalhos da Conferência do Alto Tejo Português e Tejo Internacional, porque os relatos pormenorizados das apresentações dos três Painéis serão publicados no Notícias do Mar de Dezembro/16 e Janeiro/17, respectivamente pelos relatores Eng. João Soromenho Rocha e Prof. Dr. Miguel de Azevedo Coutinho.
Tejo Internacional biodiversidade (foto de José Maria Barrera) 2016 Novembro 359
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Notícias do Mar
O Tejo a Pé
Texto e Fotografia Carlos A. Cupeto
A Oeste
Antes de andar a Sandra ajudou-nos a ficar em Paz.
D
esde sempre o Oeste nunca nos deixou ficar mal. Em curtas distâncias temos serra, rio, mar e gentes. Patrimónios e lendas
não faltam. Assim foi na caminhada que fizemos no final de outubro pelas terras de S. Julião - Foz do Rio Sizandro (Mafra). Antes uma curta meditação sobre imenso Atlântico
orientada pela amiga Sandra. Doravante, sempre que Sandra esteja, quem quiser, antes da caminhada haverá um instante de quietude por nós e por tudo à nossa volta.
Lá em cima abre-se uma janela com vista, quase, sem fim. 32
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Com um tempo excelente para a prática, guiados pela amiga Luísa, moradora local, desde a igreja de S. Julião, seguindo o designado “percurso das almas” (passámos por seis cruzeiros) subimos até ao forte com o mesmo nome, que para além da magnífica paisagem nos levou a outras histórias que mete a “pancadaria com os franceses”. Para além desta construção, integram as Linhas de Torres mais 151 outras obras militares que compõem duas linhas defensivas da capital entre o oceano e o Tejo. Depois é o ondulado do Oeste marcado pelas vinhas já com os bonitos castanhos de outono. Por aqui, sempre com algo de diferente em cada lomba ou esquina, andam-se quilómetros sem dar por isso. Vamos descendo e sem crer estamos na várzea do Sizandro. Aí dois dedos de conversa com um pequeno agricultor local confirma-se M. Esteves Cardoso: “a pressa mata a paz. A pressa tira o tempo e as palavras das bocas das pessoas que precisam de se cumprimentarem, abraça-
Notícias do Mar
Histórias e lendas acompanham-nos nos cruzeiros que vamos encontrando. rem, conversarem.” A Senhora do Ó é o refúgio ideal e a hora certa para o habitual e agradável almoço. Segue-se provavelmente o melhor do dia, Sizandro até ao fim, não sem antes passarmos pela ETAR que bem pode ilus-
trar o que foi a excelência da ARH do Tejo, I.P. no seio da qual nasceu este Tejo a pé. A beleza do trilho no balcão de calcário em que percorremos a margem esquerda do rio não possibilita discrições. O lugar pede-nos algumas pausas
Para quem ainda não tinha notado que estamos no Oeste. contemplativas antes de infletirmos a sul, ao longo da costa, até chegarmos ao lugar de
partida. Um dia verdadeiramente cheio para todos, bem hajas Mãe Terra.
A geologia desenha estas coisas. 2016 Novembro 359
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Electrónica
Notícias Nautiradar
Novo Controlador de Carga de Baterias Charge Mate Pro 40 a Aposta da Mastervolt na Eficiência do Processo de Carga
Carregamento Eficiente de Baterias em Simultâneo A necessidade de utilização de uma segunda bateria a bordo, está a tornar-se cada vez mais comum, na medida em que essa bateria poderá evitar que a bateria principal se esgote e perca a capacidade de arranque, surgindo como uma solução segura e fiável. No entanto, a bateria secundária necessita de ser carregada regularmente. E 34
aqui, nesta situação, a Mastervolt apresenta como solução de isolamento de bateria a sua gama Charge Mate, que permite a ligação entre as duas baterias durante a carga mas, mantém-nas isoladas durante a descarga. Gestão de Prioridades A pensar numa funcionalidade mais eficiente e capaz de atribuir prioridade de carga a uma das baterias (arranque) sobre a outra, a Mastervolt apresenta o novo Isolador
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de Bateria Charge Mate Pro 40. O Charge Mate Pro 40 torna possível a distribuição da corrente do alternador ou do carregador, eficazmente por ambas as baterias (arranque e serviço), conectando-as durante a carga e isolandoas enquanto perdem carga, reduzindo substancialmente o risco de descarga completa da bateria de arranque. Este isolador de bateria, da Mastervolt, oferece uma vantagem adicional face à restante gama Charge Mate
e que passa pela existência de um relé mecânico de carga que limita a corrente de carga à bateria secundária a 40A e que desta forma, garante que a bateria principal (arranque) seja carregada com prioridade sobre a secundária. A corrente de retorno é automaticamente bloqueada, mesmo quando a bateria secundária possui uma voltagem mais elevada. É possível criar uma função de arranque de emergência ao se conectar um comutador
Electrónica
opcional. Relés de carga de corrente limitada são utilizados regularmente na indústria automóvel. Enquanto a bateria de serviço carrega, a corrente de carga é limitada para níveis de emissão de gases que estejam de acordo com o padrão Europeu de Emissões – Euro 5/6 No setor Marítimo, um exemplo da aplicação do Isolador Charge Mate Pro 40 é o da ligação de um propulsor de proa a uma bateria de serviço em que, o Charge Mate Pro 40 garante que a bateria de serviço seja sem-
pre carregada em primeiro lugar. O bloqueio da corrente de retorno da bateria do propulsor assegura que esta bateria se mantenha carregada e ajuda a reduzir perdas de energia na rede elétrica existente a bordo. Funcionalidades -Ligações eletrónicas de carga com perda de voltagem muito baixa -Torna o carregamento de duas baterias um processo eficaz -Corrente de carga da bateria secundária limitada a 40
A -Elevada fiabilidade de sistema que dá prioridade de carga à bateria principal -Bloqueios unidirecionais devolvem corrente em todas circunstâncias, reduzindo perdas de energia da rede elétrica instalada -Ideal para todos os tipos de carregadores de baterias e alternadores -LED’s indicadores de estado -Eletrónica protegida com um fator IP67, resistente a corrosão e com dissipadores de calor em alumínio -Instalação rápida e simples
Aplicações O Isolador de Bateria Charge Mate Pro 40 da Mastervolt, surge como uma solução eficaz para necessidades de elevada potência e/ou a necessidade de dar prioridade de carga a uma das bateria ou cargas de corrente limitada. É um produto adequado para aplicações Marítimas e Móveis de lazer e profissionais. PVP: 246,00€ (IVA incluído) Para mais informações sobre este produto da Mastervolt, por favor visite o site www.nautiradar.pt
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Notícias do Mar
Economia do Mar
Nova ligação ferroviária de mercadorias Sines-Caia
Terminal XXI de Sines
O Governo pretende avançar já em 2017 com a nova ligação ferroviária de mercadorias entre Sines e Caia, projecto fundamental para dar mais competividade ao porto de Sines.
F
Cais do Terminal XXI 36
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oi o Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, que confirmou a decisão do Governo no investimento neste projecto, que deve entrar em exploração em 2021. Depois da inauguração do alargamento do Canal do Panamá, em 27 de Junho passado, os grandes navios mega porta-contentores já podem passar do Oceano Pacífico para o Oceano Atlântico e Sines passou a ser o porto europeu de águas profundas mais perto. O Terminal XXI de Sines já recebe estes navios porta-
Notícias do Mar
Nova ligação ferroviária de mercadorias Sines a Caia
te com a capacidade do Zoe MSC. O grave problema do porto de Sines é não ter capacidade de escoamento da carga que recebe. Uma ligação moderna ferroviária de mercadorias Sines-Caia é de importância estratégica para Portugal, devido a ter como objetivo estabelecer a ligação ferrocontentores, o primeiro dos quais, o Zoe da MSC, com 395 metros de comprimento e a capacidade de 19.200 contentores, atracou em Sines na sua viagem inaugural de Hamburgo para a China, prosseguindo depois pelo Canal de Suez em direcção a Singapura para terminar na China. Actualmente, o Terminal XXI de Sines, com um comprimento de cais de 946 + 200 metros, dotado de pórticos, gruas móveis e área de armazenagem suficiente, permite disponibilizar uma capacidade total de 2.100.000 TEU por ano, ou sejam 110 navios anualmen-
viária para o tráfego de mercadorias entre o Porto de Sines e Espanha e daí para o resto da Europa. Esta ferrovia contribui assim para a melhoria da capacidade do Porto de Sines, facilitando o seu escoamento e tornando evidente a sua competitividade internacional, em virtude de alargar a sua área de influência ao centro da
Península Ibérica. Esta nova ligação de Sines ao Caia reforça o papel da ferrovia no transporte internacional de mercadorias, e possibilitará a estruturação das acessibilidades do país quer internamente, quer relativamente ao exterior. Ela vai facilitar o funcionamento em rede, ao articular os diferentes modos de transporte
Passa a ser viável a circulação de comboios com 750 metros de comprimento 2016 Novembro 359
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Notícias do Mar
No Canal do Panama já passam navios mega porta-contentores
numa lógica de complementaridade, especialização e eficiência. Esta circunstân-
cia, a transferência de carga da rodovia para a ferrovia, traz de imediato efeitos mui-
to positivos na economia e no ambiente. Como o projecto tem tam-
bém um carácter estruturante para a consolidação da rede ferroviária à escala nacional, ibérica e europeia, foi incluído no plano de investimentos ferroviários anunciado pelo Governo em Fevereiro e conta com forte apoio de financiamento comunitário. A nova ligação passa a ter a circulação com tração eléctrica em todo o percurso e reduz a distância entre Sines e Caia em 140 km, bem como o tempo de viagem em cerca de 3 horas menos. Passa a ser viável a circulação de comboios com 750 metros de comprimento e um aumento de capacidade de carga rebocada para 1.400 toneladas, valor a partir do qual se rentabiliza o serviço de transporte de carga. As previsões apontam para que na linha de Sines a Caia,
Vista geral do Porto de Sines 38
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Notícias do Mar
possa existir um movimento diário de 24 comboios, para aumentar mais a vantagem do transporte de mercadorias por via ferroviária. O corredor ferroviário entre Sines e Caia inclui intervenções já concluídas, entre as quais a modernização do troço Bombel/Casa Branca/ Évora. Estão outras intervenções em planeamento, como a ligação entre Évora e Caia e na zona de Elvas, cuja contratação do projecto de execução está em curso. No que se refere ao traçado em Évora, este está a ser altamente contestado pelo Município e pela população, pois o traçado proposto, no troço que passa pela zona urbana da cidade, vai provocar significativos prejuízos para para a qualidade de vida dos habitantes, com composições com 750 metros de comprimento a passar junto às casas. Em relação ao troço de Evora, o Ministro Pedro Marques garantiu “o Governo vai conseguir uma solução que venha a ter um bom acolhimento por todos. Não precisamos de andar de forma apressada para escolher uma boa solução.” O Governo pretende que em 2017, uma parte desse investimento do corredor Sines-Caia, com a construção de um troço novo entre Évora Norte e Elvas-Caia com a extensão de 92 km
Zoe MSC em Sines
eletrificada, já esteja a ser executado em obra, nomeadamente no troço mais perto da fronteira.
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Pesca Desportiva
3º Concurso de Jigging de Oeiras
Texto e Fotografia Jorge Sousa
Excelente Jornada com Peixe Realizou-se no dia 28 de Outubro de 2016 o 3º Concurso de Jigging de Oeiras, englobado na 3ª Prova do 2º Campeonato Nacional de Jigging.
Orlando Bento com maior exemplar, um pargo legítimo com 5.950kg
N
1º Equipa EVADER III 40
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o dia 28 /10/16 pelas 18h30, decorreu o briefing da prova na Loja kilinautica, localizada na Marina de Oeiras, decorreu um Coffe Break de apresentação e discussão do Regulamentos da Prova, assim como a distribuição dos participantes pelas embarcações. Este briefing contou ainda com apresentação e prova de vinhos da Herdade de Penedo Gordo. No dia 2971072016 pelas 07h30, e com um atraso de cerca de meia hora, lá foram as cinco embarcações rumo aos seus pesqueiros preferidos. O dia apresentou-se com condições climatéricas
Pesca Desportiva
2º Equipa GOLDEN HOOK
do utilizado para esse efeito as comunicações via rádio VHF. De referir que o peixe só demonstrou alguma actividade predatória na parte da manhã, pelo que as maiores capturas ocorreram nessa altura do dia, havendo, contudo, raras excepções durante o resto do dia. Pelas 17H30 foi dado via rádio VHF o final da prova
para todos os atletas e para que as embarcações fizessem rumo a terra, contudo devido á embarcação ANDALA ter tido um pequeno contratempo, pois apanhou um cabo que se enrolou no hélice, tiveram necessidade de o retirar, tendo para o efeito um dos atletas Orlando Bento, necessidade de mergulhar debaixo do barco para resolver o problema, o
que atrasou ligeiramente a chegada. Pelas 19h20 todas as cinco embarcações chegavam à Marina de Oeiras e faziam a contabilidade das suas capturas, havendo no ar quem poderia ganhar o evento. Após a recolha de todas as capturas pela Organização, procedeu-se ao inicio da pesagem, sendo que
excelentes para a prática do JIGGING, com vento do quadrante Este-Sueste fraco, sem ondulação praticamente nenhuma. Depois de se chegar aos pesqueiros escolhidos pelas embarcações começou-se a pesca na sua forma natural e dura desta modalidade da pesca de Alto Mar, pois tratase de uma técnica de pesca que exige alguma condição física, em virtude de se ter de imprimir a uma amostra movimentos verticais utilizando a cana e o carreto continuamente. Após algum tempo do início da prova, foi-se conseguido ter a percepção das capturas efectuadas pelas diversas embarcações, sen-
3º Equipa BARUK 2016 Novembro 359
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Pesca Desportiva
Capturas
esta foi feita junto a Loja KILINAUTICA que nos brindou novamente com um pequeno aperitivo para o jantar que se seguiria. Na pesagem, além dos
atletas estava o Júri da prova constituído por três elementos, sendo um da FPPDAM e os outros dois do JIGGING CLUBE PORTUGAL, verificando-se após esta pesa-
Melhor embarcação
gem que foram capturados um total de 28,940 kg, de espécies válidas em competição, havendo ainda outras capturas que, por não serem pontuáveis, não foram à pe-
sagem, como é o caso dos carapaus e das cavalas, ou outras espécies, que por não terem as medidas legais não podem ser classificáveis. Contudo, há a mencionar
Agradecimento à FPPDAM 42
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Pesca Desportiva
Um dia de excelente convívio
que se capturaram carapaus com mais de 1,5kg de peso, facto a reportar como excelentes capturas pelo seu valor gastronómico. Terminada a pesagem a classificação ficou assim ordenada: 1º Classificada a equipa EVADER III constituída pelos Atletas António Tristão e Carlos Casimiro com um total de 6.830 pontos, 2º Classificada a equipa GOLDEN HOOK composta pelos atletas Orlando Bento e Alexandre Amorim com um total de 5.950 pontos em 3º Classificada ficou a equipa BARUK com os atletas Paulo Assis e José de Sousa com um total de 3.070 pontos. O Prémio do maior exemplar foi atribuído ao atleta Orlando Bento, pela captura de um Pargo Legítimo com
5.950kg. Após a realização da prova, as equipas que se encontram a competir no Campeonato Nacional de JIGGING da FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE PESCA DE ALTO MAR ficaram assim classificadas: 1º Golden Hook; 2º Baruk e 3º Dimar esta ultima a competir pelo Clube Naval da Nazaré. A prova da Nazaré será determinante para a classificação final do campeonato nacional, onde será apurado a equipa campeã nacional. Para terminar um dia de excelente convívio e a entrega de todos os pescadores, pelo esforço e dedicação que puseram nesta causa que é a pesca ao jigging, nada melhor que um excelente jantar no sempre
disponível e patrocinador Restaurante B’Entre Vinhos, do simpático Bernardo e seu staff, localizado na Marina de Oeiras, onde se procedeu à entrega dos prémios aos vencedores, bem como diversos brindes ofertados pelos patrocinadores, que nunca é demais de enaltecer a sua amabilidade, passando a cita-los a todos, pois sem eles torna-se difícil desenvolver uma modalidade
que pelas suas características não tem espectadores, MARINA DE OEIRAS; KILINAUTICA; YUKI, NAUTEL; BALANZOL; LOJA TUDO PESCA; CAPITAL PESCA; ESTRELA DO MAR e as já mencionadas KILINAUTICA E B’ENTRE VINHOS, e um agradecimento publico à MARINA DE OEIRAS pela disponibilidade apresentada para a realização de futuros eventos.
Classificação do Concurso de Oeiras 1º
Equipa EVADER III
2º
Equipa GOLDEN HOOK
3º
Equipa BARUK
Classificação do Nacional 1º
Equipa GOLDEN HOOK
2º
Equipa BARUK
3º
Equipa DIMAR
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Náutica
Notícias Nauticolour
Barcos Rancraft em Portugal
Rancraft RS Cinque
A Nauticolour, empresa náutica de Faro, na feira de Genova em Itália, fechou uma parceria com Giuseppe Ranieri, da Rancraft Yachts, para importação e distribuição exclusiva em Portugal das embarcações Rancraft.
R
ancraft é uma marca italiana com estaleiro em Soverato que se distingue por produzir embarcações para a náutica de recreio, onde se realça o design made in Italy e apresentam o resultado do 44
trabalho desenvolvido pelos centros de investigação. O processo de construção de cada barco, merece uma grande atenção aos materiais aplicados, os equipamentos e aos detalhes do acabamento. Pesquisa e testes de novas tecnologias,
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permitem construir barcos da máxima qualidade, com conforto e bom desempenho. A Rancraft constrói seis linhas de embarcações dos 5,00 metros aos 13,70 metros de comprimento, num total de 19 modelos.
O que mais se destaca nestes barcos é o casco especial de todos os barcos das linhas RS, RM, RW, RD, RC e RV, que é o resultado de um estudo de design inovador chamado I. H. C., que significa “Innovating Hull Concept”.
Náutica
Rancraft RS Cinque
É uma tecnologia exclusiva da Rancraft Yachts que oferece performances muito altas, que se traduzem em consumo de energia reduzido e facilidade de navegação. Estes benefícios são devidos à forma particular do casco e sobretudo ao passo transversal particular do casco que garante menos resistência de fricção, mesmo durante o aplanamento
de baixa velocidade, garantindo manutenção reduzida e aplanar com menor velocidade. O bom funcionamento do princípio de acção destas etapas é garantido por uma ventilação suficiente e regular através de entradas de ar laterais que eliminam o aumento repentino da resistência ao atrito em áreas parciais. Tudo isso se traduz em uma navegação segura, confortável e com maior performance. Para já a Nauticolour vai apostar nas linhas Rancraft mais populares, com embarcações bem adequadas ao nosso mercado. As linhas Smart e Millennum. Os dois modelos que vão ser apresentados pela Nauticolour são o Smart RS Cinque, com 5,05 m de comprimento e o Smart RS Cinque.5, com 5.50 m de comprimento. Ambos são barcos do tipo open e polivalentes, com porta canas para a pesca, têm consola de condução central, banco duplo para o piloto, banco à popa e bancos à frente da consola convertíveis em solário. Sob os
Consola de comando e solário do Rancraft RS Cinque
Posto de comando do Rancraft RS Cinque 2016 Novembro 359
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Náutica
Casco inovador IHC Innovating Hull Concept
Solário do Rancraft RS Cinque
Banco à popa e porta canas no Rancraft RS Cinque
Novidade o Rancraft RS Cinque.5 46
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Náutica
bancos, dentro da consola e à frente, têm grandes compartimentos para arrumação da palamenta, equipamentos e sacos com roupa. Uma das grandes vantagens destes barcos, devido à forma como o seu casco é construído, é a facilidade em que ficam a planar com pouca velocidade, com motores de baixa potência, resultando numa elevada redução do consumo do combustível. Os barcos vêm equipados com tanque de combustível em aço inox e feito à esquadria (para evitar os balanços da gasolina com o barco em movimento), Bimini em inox e com tela “umbrella”. Os estofos são de alta qualidade com a costura feita manualmente. Cesar Pereira, da Nauticolour, diz em relação à parceria com a Rancraft Yachts: Ficámos fascinados com as linhas modernas dos barcos, com o seu casco inovador e ainda com o grande leque de cores que
Rancraft RS Cinque.5 com escada à proa
a embarcação permite. Concordámos, de imediato, que seria uma excelente oportunidade para consolidar o trabalho e nome até agora desenvolvido pela equipa Nauticolour.
Proa do Rancraft RS Cinque.5
Características Técnicas
Posto de comando no Rancraft RS Cinque.5
Consola de comando do Rancraft RS Cinque.5
Smart RS Cinque
Smart RS Cinque.5
Comprimento
5,05 m
5,55 m
Comprimento do casco
4,99 m
4,99 m
Boca
2,19 m
2,19 m
Peso
550 Kg
650 Kg
Reservatório combustível
120 L
120 L
Depósito água doce
50 L
50 L
Lotação
6
7
Motorização recomendada
40/90 HP
70/100
Motorização máxima
115 HP
115 HP
Categoria CE
C
C
Importador: Nauticolour Estrada Nacional Nº2 Sítio da Perna de Pau, 8005-514 FARO Telf: 289 862 667 info@nauticolour.pt
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Pesca Desportiva
Pesca Embarcada
Texto e Fotografia: Redação Mundo da Pesca
Aproveite a época “douradeira” Os 7 mandamentos da pesca à dourada
A época das douradas começou e para melhor aproveitar as suas saídas para alto mar deixamos algumas sugestões que o podem ajudar a compor a sua geleira. Tudo se resume a preparação prévia, algo que permite ao pescador mudar a sua estratégia e melhor se adaptar ao humor muito variável das douradas e ao estado do mar.
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Pesca Desportiva
E
Escolha adequada de anzóis
stas dicas que vos apresentamos estão longe de serem verdades absolutas. Não as há na pesca. No entanto são coisas que têm trazido os seus frutos. A pesca das douradas é uma pesca simples mas tem muitas particularidades; é um peixe que come na maior parte das vezes de forma
delicada, muitas vezes impercetível. Por isso mesmo, e pese o facto de tudo na pesca ter de ser simples, convém que haja alguma preparação, os chamados “trabalhos de casa”, mas também alguma perspicácia e atenção aos sinais que o mar e os peixes nos dão. 1 - Escolha adequada
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Pesca Desportiva
Atenção ao desgaste
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de anzóis Não é preciso ter uma coleção inteira de anzóis. Resuma tudo a uma referência da sua confiança e limite-se a variar no tamanho em função do tamanho das iscadas que quiser fazer (caranguejo inteiro ou em pedaços). Não se esqueça de que nem sempre a regra de anzóis pequenos para pescas difíceis se aplica e há que ter isso sempre em mente. Para quem quiser acautelar umas montagens de anzóis com anzol a correr não esquecer de ter anzóis de olhal, caso só tenha anzóis de patilha.
Pesca Desportiva
2 - Multifilar adequado Nestas coisas de pescas difíceis, sobretudo a maior profundidade, o multifilar faz toda a diferença, seja na pesca clássica, com aparelho, seja na pesca à chumbadinha. A tendência atual é do pescador usar diâmetros cada vez mais finos, compreendidos entre o 0,10 e o 0,16mm, mas a mais recente aposta recai nestes mesmos diâmetros mas em linha multicolor, que habitualmente muda de cor a cada 10 metros. Isso pode traduzir-se numa vantagem
para o pescador sobretudo quando se pesca à chumbadinha e tem de se perceber em coordenação com a sonda a que profundidade estão as douradas a pegar; olhar para a sonda ou perguntar ao mestre é determinante nestas ocasiões. A este propósito refira-se que a dourada não come só no fundo ou ligeiramente levantadas; muitas vezes sobem muito na coluna de água vindo até meia água, mesmo em pesqueiros com 60 ou 70 metros de fundo! Nestes casos
há que deixar sair a linha do carreto até onde pensamos estarem; se não se sentirem deixamos sair mais um par de metros até as sentirmos, repetindo esta operação até darmos com elas. E pelo meio de tudo isto, quanto mais fina for a linha melhor. 3 - Pesca em função da aguagem Se a sua intenção é seguir a tendência atual e pescar à chumbadinha, não dê tudo como garantido. Em certas
ocasiões o mar não nos oferece condições para o fazer. O mais sensato é preparar uma cana de ponteiras, a tal com que antigamente pescava às douradas com aparelho de dois ou três anzóis e colocá-la no saco de canas, não vá dar jeito. Tudo isto porque se não houver aguagem a pesca à chumbadinha não funciona de todo! A ideia da chumbadinha é lançar por fora do barco, no sentido da aguagem de maneira a que a isca se afaste da linha do carreto.
Pesca em função da aguagem 2016 Novembro 359
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Pesca Desportiva
Se não houver aguagem a isca virá em direção à linha do carreto, criar embrulhos e a montagem não pesca, não se afasta do barco e portanto será uma pura perda de tempo, mesmo que reduza bastante o peso da chumbadinha.
A importancia de uma boa escolha de anzol
4 - Escolha bem o caranguejo Se ainda não percebeu, as douradas tem uma preferência especial pelas fêmeas do caranguejo-verde. Escolhê-las é importante, preferencialmente antes de a pesca começar, durante a viagem para o pesqueiro, e isso deve ser feito porque nesta altura as fêmeas estão ovadas e a “caca” alaranja-
Atenção ao empate e nós 52
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Pesca Desportiva
Escolha bem o caranguejo
da serve de atrativo natural para a dourada. Para quem não sabe distinguir o macho da fêmea basta virar o caranguejo com o abdómen para cima e verificar o formato da sua carapaça que parece um avental, zona essa que fica situada na sua traseira. A diferença entre machos e fêmeas está precisamente na forma desse avental ou fralda, que no macho é mais bicudo e na fêmea mais arredondado, sendo inclusive ligeiramente maior. Logicamente que outros caranguejos podem também funcionar bem localmente, como é o caso do caranguejo-dural na costa alentejana e do caranguejo-pilado em Sesimbra, mas caranguejo é caranguejo e as douradas adoram-nos… 5 - Atenção ao empate e nós! A pesca até está a correr bem. Estamos a apanhar
umas boas douradas, algumas até bem boas e a linha está a portar-se às mil maravilhas. No entanto, e com uma dourada de tamanho idêntico ferrado, a linha parte! Isso merece reflexão pois se a linha aguentou peixes maiores porque partiu? A resposta é “desgaste”: desgaste pelas várias capturas e desgaste pela serrilha lateral do caranguejo a roçar no nó de empate do anzol, já para não falar nas constantes pancadas que a chumbadinha dá no nó, tudo coisas que desgastam o material e colocam o nó à prova. A solução para estes problemas é simples: verificação constante ao nível do nó de empate do anzol (seja na pesca convencional seja à chumbadinha) e, no caso de pescar à chumbadinha, colocar uma missanga de borracha semirrígida para proteger o nó do chumbo de correr. De referir que nesta
Multifilar adequado 2016 Novembro 359
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Pesca Desportiva
Tensão de linha
última técnica este problema se agrava ainda mais se a chumbadinha tiver os orifícios muito largos e entrar pelo anzol dentro. 6 – Rabeira comprida O uso da rabeira é algo obrigatório, seja a pescar da forma normal, com aparelho ou à chumbadinha, mais ainda quando temos multifilar no carreto. A explicação para esta “obrigatoriedade” é o facto de a mesma auxiliar a amortecer as cabeçadas das douradas. Não se preocupe que ter uma rabeira mais comprida não lhe retira poder de ferragem, mesmo com ponteiras muito sensíveis; não se esqueça que está a usar multifilar, já de si sem elasticidade.
Um grande prémio 54
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7 – Tensão de linha A tensão na linha é um dos
aspetos mais importantes quando pescamos com aparelho e cana de ponteirinhas, pois é a única forma de podermos sentir os toques subtis das douradas. A ponteira da cana deve estar quase direita, ou seja pouco tensa de forma a podermos sentir melhor os seus toques. Logo que a chumbada toque no fundo devemos ter a cana ligeiramente acima dos 45 graus; quando toca no fundo fechamos a asa de cesto e esticamos a linha, baixando ligeiramente a cana, mas de maneira a que a ponteira fique quase direita (muito pouco tensa, portanto), de maneira a que seja a sua própria flexibilidade a indicar-nos o toque. A rapidez neste processo é fundamental pois quando as douradas estão no pesqueiro atacam quase de imediato daí termos de estar alerta mal a chumbada bata no fundo.
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Vela
Campeonato Nacional de Match Racing Open
Fotografia Neuza Aires Pereira
Álvaro Marinho Campeão Nacional O velejador Álvaro Marinho venceu todas as regatas disputadas, durante o fimde-semana 5 e 6 de Novembro, junto à Afurada no rio Douro e conquistou, em Vila Nova de Gaia, o 5º título nacional de Match Racing.
Campeonato Nacional de Match Racing no rio Douro
A
Equipa de Alvaro Marinho, campeão nacional de Match Racing 58
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prova foi uma co-organização da Federação Portuguesa de Vela e da Academia de Vela BBDouro. As 8 equipas em competição realizaram um total de 40 regatas até se encontrarem as duas tripulações finalistas. Acompanhado por Nuno Barreto, Joaquim Moreira e Gil Conde, o treinador olímpico Álvaro Marinho eliminou a concorrência e acabou por encontrar na final a tripulação comandada por Gustavo Lima, o velejador com quem Marinho partilhou a última experiência de alta competição no Rio de Janeiro. «Regressar ao leme foi uma sensação óptima, e
Vela
nou o campeonato na segunda posição. «Foi uma vitória indiscutível do Álvaro Marinho. Foram a tripulação mais forte durante todo o campeonato e mereceram o título. Admiro muito o Álvaro e a forma como se apresenta para discutir o 1º lugar em todos os campeonatos.» A entrega dos prémios decorreu na Douro Marina e coube ao novo presidente da Federação Portuguesa de Vela, António Roquette, o discurso de encerramento do Campeonato Nacional Absoluto de Match Racing. Classificação Final Equipa Alvaro Marinho
terminar um fim-de-semana bastante competitivo com o título nacional é algo que ainda estou a assimilar. Confesso que já tinha saudades de subir ao pódio. Ter conquistado o meu 5º título nacional de
Match Racing numa final contra o Gustavo Lima foi a cereja no topo do bolo. Por ser um amigo com quem partilhei 20 anos de espírito olímpico, e por ser um dos melhores velejadores do Mundo em qualquer
modalidade da vela.» Gustavo Lima, velejador da classe Laser que participou ao lado do irmão Jorge Lima - olímpico da classe 49er no Rio de Janeiro - perdeu três regatas consecutivas contra a tripulação de Marinho e termi-
1º
Álvaro Marinho
2º
Gustavo Lima
3º
Afonso Leite
4º
Manuel Marques
5º
David Aleixo
6º
Tiago Roquette
7º
Diogo Costa
8º
Frederico Melo
Rondagem de uma bóia
Momento duma regata de Match Racing
Disputa de Match Racing 2016 Novembro 359
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Vela
Regata Troféu Porto de Lisboa
96 Veleiros em Regata
I
nserida nas comemorações do 129º aniversário do Porto de Lisboa, a “Regata Troféu Porto de Lisboa” contou com a participação de 96 barcos nas classes ANC e ORC. A prova foi promovida pela APL-Administração do Porto de Lisboa e organizada pela Associação Naval de Lisboa. Em ORC, o Funbel-Nacex, de António Noronha, foi o vencedor, seguido do Emotion, de João Paulo Nunes e do Xekmatt, de José Carlos Prista. O Sorcerer, de Teresa Gago, alcançou o triunfo em ANC A,
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superando o Contrastes, de António Fernandes e o Carioca, de Eduardo Guimarães Marques. Em ANC B, o Complot II, de Raul Xavier foi o primeiro classificado. O Feng Shui, de Rui Carvalho e o Burrix, de Vasco Outeiro, foram 2º e 3º, respectivamente. O Moonlight, de Alpes da Costa, o Spirit of Ave Maria, de Pedro Alves e o Match 2, de Luís Castel Branco, ocuparam o pódio em ANC D, enquanto o Breezer, de Ricardo Lázaro, o Sete Mares, de Nuno Neves e o Nova Lola, de Mike Hunter foram os três primeiros em ANC E.
Vela
1ª Prova de Apuramento Regional Sul/ Campeonato do Algarve 2016-2017
Bom início do Campeonato do Algarve A 1ª Prova de Apuramento Regional Sul/Campeonato do Algarve 2016-2017 teve organização do Clube de Vela de Lagos.
B
eatriz Gago, do Clube Naval de Portimão, triunfou na classe Optimist. William Risselin, do Ginásio Clube Naval de Faro, foi segundo e Beatriz Cintra, do CNPortimão, terminou em terceiro.
Daniela Miranda, da Associação Naval do Guadiana, venceu em Laser 4.7. Martim Fernandes e João Vargues, ambos do Ginásio Clube Naval de Faro, foram 2º e 3º, respectivamente. Em Laser Radial, David Sousa, do Clube de Vela de Lagos, foi o primeiro classificado, dei-
xando João Neto e Bernardo Neto, ambos do Grupo Naval de Olhão, com os restantes lugares de pódio. A dupla Afonso Rodrigues/ Martim Sancho, do Ginásio Clube Naval de Faro, venceu na classe 420. Manuel Fortunato/ Frederico Baptista, do Clube
de Vela de Lagos e Cristóvão Gonçalves/Sidney Hughes, do GCNFaro, foram 2º e 3º. O Clube Naval de Portimão dominou totalmente na Formula Windsurfing ocupando os três primeiros lugares através Miguel Martinho, Luís Fonseca e Vasco Chaveca.
1st Cascais SB20 Winter Series 2016-2017
Vitória do Dom Pedro Hotels A
frota de SB20 disputou a 1st Cascais SB20 Winter Series 2016-2017, primeira prova da época de inverno. Catorze tripulações de três países, Portugal, Ucrânia e Suíça, marcaram presença em águas cascalenses. As condições de vento foram perfeitas nos dois dias, permitindo a realização das 6 regatas agendadas. A vitória foi para o Dom Pedro Hotels, de José Paulo Ramada, Gonçalo Ribeiro, Miguel Leal Faria e João Alves. O Animal/Mobiag, de Vasco Serpa, Paulo Manso e Ruben Luís, foi segundo e o Sea Camel, de João Villas-Boas, José Camelo, Manuel Macedo e Francisco Melo, terminou na terceira posição. A próxima prova da classe em Cascais é a Regata de Natal 2016 – 2nd Cascais SB20 Winter Series a realizar a 3 e 4 de Dezembro próximos.
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Surf
Allianz Capítulo Perfeito powered by Quiksilver na Nazaré
Aritz Aranburu
Vence Ondas Grandes na Nazaré
Aritz Aranburu vence na Nazaré
Surfista basco honrou o convite da Allianz Capítulo Perfeito powered by Quiksilver na Nazaré, com vitória categórica na Praia do Norte, no passado dia 31 de Outubro.
A
ritz Aranburu venceu na tarde do dia 31 de Outubro a 5ª edição do Allianz Capítulo Perfeito powered by Quiksilver na Praia do Norte, na Nazaré, em condições que puseram à prova toda a perícia e instinto dos 16 convidados desta competição especial de tubos.
Na final, o surfista basco derrotou Balaram Stack (2º), Dylan Graves (3º) e Gabe Kling (4º) para alcançar o prémio de 1º lugar no valor de 10,000 euros, honrando o convite da organização com uma prestação dominante ao longo de toda a prova. Aritz, que entrou no evento como substituto, foi mesmo o
Aritz Aranburu com o cheque da vitória 62
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homem do dia, protagonizando a melhor onda (9,80 pontos) e o melhor score (19,05 pontos) de toda a competição na 3ª ronda, num heat eletrizante em que descartou ainda uma onda de 9 pontos. Assim, naquela que foi a sua estreia no Capítulo Perfeito, o basco não só alcançou o triunfo como conquistou ainda os prémios de melhor tubo (€2000 oferecidos pela Allianz) e melhor score (€1500 oferecidos pela KIA), mostrando toda a raça e talento que um dia o colocaram entre a elite do surf mundial. Depois de uma espera atipicamente longa, o Allianz Capítulo Perfeito powered by Quiksilver foi para a água em condições épicas, premiando a organização pela decisão inédita de suspender a realização da prova (o período de espera inicial terminou em Abril) e reativar uma segunda temporada nos meses de Outubro e No-
vembro. As ondas foram mesmo as rainhas da jornada, com o mar da Nazaré a oferecer tubos monstruosos que arrancaram ovações aos milhares de fãs que foram passando pela praia ao longo do dia. Em condições por vezes difíceis, com vários sets a superarem os 3 metros, as melhores ondas acabaram por ficar reservadas aos atletas mais comprometidos e em melhor forma, que protagonizaram os momentos mais intensos e de maior performance da história desta competição especial. Feliz com a vitória, Aritz começou por destacar as condições de mar em que a prova decorreu, afirmando ter vivido na Nazaré um momento muito especial da sua carreira. “Foi um dia incrível. Já aqui tinha surfado antes mas nunca com ondas tão boas. Na 3ª ronda fiz uma bateria muito especial e a partir daí confiei
Surf
Os surfistas concorrentes
mais em mim. Mas mantiveme humilde porque sabia que na final ia encontrar surfistas capazes de fazer scores muito altos. Fico contente por ter saído por cima”, concluiu. Na derradeira bateria, o surfista de Long Island Balaram Stack disputou o troféu até ao último minuto, depois de ter marcado a nota mais alta da final (9,70 pontos). Também ele um estreante no Allianz Capítulo Perfeito powered by Quiksilver, Stack destacou-se pela sua atitude e consistência nos poderosos tubos da Nazaré, conquistando o prémio Ricardo dos Santos Atitude e sucedendo, assim, a Tiago Pires na lista de vencedores deste prestigiante prémio, destinado a premiar o surfista mais arrojado da competição. Entre os atletas, destaque ainda para o brasileiro Bruno Santos e o português Nic von Rupp, ambos ex-campões do
Capítulo Perfeito, que venceram os prémios para Best Wipeout (€500 oferecidos pela Nixon) e Best Claim (€500 oferecidos pela VonZipper) respetivamente. Para reclamar o prémio Best Looser (€500 oferecidos pelo portal Beachcam), subiu ainda ao palanque o brasileiro Pedro Scooby, ele que foi o surfista eliminado com o score mais alto no seu heat das meias-finais. Um último destaque vai para a Praia do Norte, que ao fim de vários anos a ser palco das mais mediáticas sessões de ondas gigantes da última década, provou ser um surf spot versátil e de classe mundial, proporcionando aos fãs do surf em todo o mundo um espetáculo inesquecível em ondas épicas. Da lista de convocados para a 5ª edição do Capítulo Perfeito powered by Quiksilver fizeram ainda parte Felipe Cesarano, Francisco Alves, Ruben Gonzalez, João Guedes, Bruno Grilo, Eric Rebiere, Marlon Lipke, Tiago Pires e Alex Botelho. O Allianz Capítulo Perfeito powered by Quiksilver é homologado pela Federação Portuguesa de Surf (FPS), patrocinado por Allianz, Quiksilver, Câmara Municipal da Nazaré, Kia e MEO e conta com os media partners RTP, Fuel TV, Jornal i, Mega Hits, SURFPortugal, Beachcam, Surf Session, Fluir, Waves e Surfing Life.
Final: Aritz Aranburu 16.75 x Balaram Stack 16.50 x Dylan Graves 15.25 x Gabe Kling 11.15 Ex-campeões: Tiago Pires (2012), Nic von Rupp (2013), Nic von Rupp (2014), Bruno Santos (2015) Prémios Ricardo dos Santos Atitude: Balaram Stack Allianz Melhor Tubo: Aritz Aranburu KIA Melhor Score: Aritz Aranburu Nixon Wipeout: Bruno Santos VonZipper Claim: Nic von Rupp Beachcam Best Looser: Pedro Scooby
As ondas na Praia do Norte na Nazaré
Praia do Norte na Nazaré 2016 Novembro 359
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Notícias do Mar
Últimas EDP Mar Sem Fim
João Macedo - foto Ricardo Bravo
Surfistas Portugueses preparam-se para o Nazaré Challenge
A
preparação para a etapa Portuguesa do circuito mundial de ondas grandes da World Surf League, que terá lugar na Nazaré e cujo período de espera abriu no dia 15 de Outubro, é neste momento o foco de treino dos surfistas portugueses de ondas grandes. Os wildcards Portugueses começaram já a sua preparação para a disputa da Bolsa ‘EDP Tour’, que irá entregar um prémio no valor de 2000€ ao melhor surfista classificado no Nazaré Challenge: João de Macedo, António Silva, Nicolau Von Rupp, Alex Botelho e Hugo Vau. Depois de várias sessões de treino na Nazaré, a primeira grande ondulação da temporada ocorreu no passado dia 24 de Outubro. Esta ondulação chegou
a atingir ondas de “talvez 15 a 18 metros, a sessão foi memorável, a maior parte foi em tow-in, mas nós tentámos remada também”, refere João Macedo, um dos surfistas nacionais que participaram nesta sessão. Porque a preparação para o Nazaré Challenge não é feita exclusivamente no mar, existe toda uma preparação no Porto da Nazaré com motas de água e equipamento de segurança e ainda a preparação física que é feita fora, por exemplo no Centro de Alto Rendimento da Nazaré. Para além dos treinos de Surf, os surfistas recorrem também a treinos de apneia. Este treino é essencial para enfrentar os momentos em que se fica debaixo de água, à espera que a onda passe. O surf de ondas grandes requer um esforço extra no que diz respeito à respi-
Alex Botelho - foto Rui Soares
ração, como explica Alex Botelho “Para além do mergulho, faço um regime de treino diário, mais focado em apneia de esforço e pilates, que posso também aplicar em outras modalidades que esteja a praticar.” António Silva, tem nesta altura “uma rotina de ginásio, piscina e caça submarina. Quando a ondulação é grande, o treino é complementado com o surf”. Nic Von Rupp foi uma presença no capitulo Perfeito, evento de ondas perfeitas que decorreu na praia do Norte no passado dia 31 de Outubro, referindo em entrevista que “os recordes de mota de água foram todos quebrados e agora o ultimo desafio é tentar surfar as maiores ondas do mundo na remada, o que é muito mais dificil. Temos de estar na zona de impacto constantemente, arriscamo-nos a levar
com ondas maiores na cabeça”. João Macedo que iniciou este tipo de treino há cerca de 2 meses, explica “O treino funcional é o treino do corpo nas diversas formas em que é suposto se movimentar, actividades normais do dia a dia e desportivas e previne lesões, tal como ajuda na performance,” Toda a equipa participa ainda nos treinos de apneia da equipa coordenada pelo João Parrissot (Wave Crushers Training System) que são uma mais-valia para qualquer treino de inverno. O período de espera para o Nazaré Challenge decorre até ao dia 28 de Fevereiro, sendo a chamada oficial dada pela WSL (World Surf League), o que poderá acontecer quando a próxima ondulação com as condições perfeitas chegar à nossa costa.
O treino com motas de água - foto Ricardo Bravo
Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Jet Ski, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com
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