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Notícias do Mar
Economia do Mar
Porto de Lisboa e o Futuro A nova estratégia para o desenvolvimento do Porto de Lisboa, vai dinamizar o Turismo Marítimo e propõe uma solução inovadora, para fomentar o transporte fluvial, a partir do Terminal de Contentores de Alcântara.
A
Administração do Porto de Lisboa com o objetivo de debater o futuro o Porto de
Lisboa, organizou quatro sessões de debates Porto de Lisboa – O Futuro Fazse Hoje. Pretendeu-se debater as
necessidades e exigências do desenvolvimento da região metropolitana emergente, tendo em conta que é um desafio para o Porto
Para além do transporte marítimo-fluvial-turístico, o Porto de Lisboa é indispensável ao crescimento da região metropolitana 2
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de Lisboa hoje e no futuro, promover e apoiar a Grande Região de Polarização de Lisboa, com mais de 4 milhões de residentes e que representa 30% do território nacional, 41% das empresas instaladas no país, 43% do emprego e 50% da riqueza gerada. Para além do transporte marítimo-fluvial-turístico, o Porto de Lisboa é indispensável ao crescimento desta região como um todo, de uma forma articulada e coerente. No decorrer das quatro sessões que se realizaram ao longo do mês de outubro na Gare Marítima de Alcântara, foram abordadas as temáticas: Turismo Marítimo – Uma Nova Dinâmica
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O novo terminal ficará com capacidade de resposta para os milhares de cruzeiristas que demandam a cidade e a região de Lisboa O Turismo Marítimo vai receber uma nova dinâmica
Soluções Inovadoras na Relação Porto Cidade Um Porto com duas margens: Plataforma Multimodal do Barreiro Porto de Lisboa o Futuro faz-se hoje Turismo Marítimo Na primeira sessão sob o tema, Turismo Marítimo uma Nova Dinâmica, o Dr. Ricardo Ferreira, CEO da Lisbon Cruises Terminals, (que é, desde o dia 26 de agosto de 2014, responsável pela gestão da atividade de cruzeiros no porto de Lisboa, tendo estado esta atividade até esta data sob gestão direta da APL - Administração do Porto de Lisboa), deu-nos uma visão muito clara da importância para a cidade de Lisboa do novo terminal de cruzeiros em Santa Apolónia, que será capaz de corresponder às projeções de crescimento do mercado mundial de cruzeiros. A cidade de Lisboa e o seu porto passarão a ter ainda este ano, um terminal moderno e funcional, com capacidade de resposta para os milhares de cruzeiristas que demandam a cidade e a região, com condições para atrair viagens de turnaround, ou seja, circuitos que tenham aqui o seu início ou o seu fim, com a
evidente repercussão nos serviços de hotelaria, restauração, aeroportuários e outros. O projeto de construção deste terminal de cruzeiros, da autoria do arquiteto João Carrilho da Graça, é valorizado pela escala e leveza do edifício, com carácter pavilhonar, muito elegante e que procura um forte diálogo entre a cidade e o rio, demonstrando ampla compreensão do lugar.
Desta nova infraestrutura destacamos - Os 13.800m2 de instalações - O terraço com vista de 360º - A capacidade para grandes operações de turnaround - Área de armazém logístico para navios - Serviços de abastecimento e maquinaria - 2 passadiços com sistema totalmente automatizado - 1.490m de cais, que permitem a acostagem de 4
navios de cruzeiros em simultâneo - Lugares de estacionamento para 360 carros e 80 e carros turísticos Foi ainda apresentada uma análise às projeções do mercado mundial de cruzeiros, onde se verifica que deverá ter um crescimento exponencial até 2021, em virtude da oferta da frota mundial dedicada ao mercado dos cruzeiros ter um aumento de 16%, ou seja, de 315 navios em 2016,
O novo terminal de cruzeiros em Santa Apolónia vai corresponder ao crescimento do mercado mundial de cruzeiros
O projeto de construção do terminal de cruzeiros é da autoria do arquiteto João Carrilho da Graça 2017 Março 363
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O novo Terminal de Cruzeiros de Lisboa com 1.490m de cais, o terminal permitir a acostagem de 4 navios de cruzeiros em simultâneo
Lisboa ficará com condições para atrair viagens de turnaround, circuitos que tenham aqui o seu início ou o seu fim
A cidade de Lisboa e o seu porto passarão a ter ainda este ano, um terminal moderno e funcional 4
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para os 366 navios em 2021. Também o número de camas terá um aumento de 28%, de 496.635 camas em 2016, para os 637.694 em 2021. Assim a capacidade de mercado deverá ter um aumento de 34%, de 23.603.842 passageiros em 2016, para os 31.689.445 em 2021. Ainda no âmbito do Turismo Náutico, deve-se ter em conta a evolução da náutica de recreio e a influência da marítimo-turística no desenvolvimento turístico dos municípios do Estuário do Tejo. Existem já projetos de investimento na área náutica de recreio, em ambas as margens do rio Tejo. A Câmara Municipal do Seixal e a empresa de marítimoturística Water X pretendem levar a cabo este desenvolvimento com a oferta de novos serviços com potencial e a capacidade para ligar as duas margens do rio. A inovação do Transporte Fluvial Na segunda sessão de apresentações e de debates sob o tema Soluções Inovadoras na Relação Porto Cidade, o Tejo foi o elemento chave enquanto elemento agregador e impulsionador da relação porto-cidade. Para apoiar o crescimento da oferta, no segmento do transporte de mercadorias no Porto de Lisboa deverão desenvolver-se novas abordagens e estudar novos modelos de desenvolvimento sustentado. Assim, são propostas novas soluções que são compatíveis com uma relação harmoniosa entre a cidade de Lisboa, o Porto de Lisboa e o seu hinterland . O rio Tejo deve ser parte integrante de uma nova Solução Multimodal no Ter-
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Novos serviços de marítimo-turística com potencial e capacidade para ligar as duas margens do rio
minal de Contentores de Alcântara, apresentada pelo CEO da Yilport Holding, Christian Blauert, que anunciou um plano de investimentos ambicioso. Este plano permitirá aumentar fortemente a capacidade e a competitividade daquele terminal. É fundamental o relançamento deste terminal, associando soluções intermodais, designadamente, pela via fluvial, que pretendem beneficiar a relação porto cidade. A importância da conectividade multimodal é devida, em primeiro lugar pela “melhoria da gestão de tráfego de camiões”, descongestionando a cidade e reduzindo as emissões CO2. Em segundo lugar pela via fluvial, Lisboa poderá ser mais competitiva, desde que seja competitivo, o nível de custos face ao camião. A Yilport falou em soluções, nomeadamente, o projeto inovador Autonomous Barge Operating System ainda em estudo, que poderá ser instalado em Alcântara, reduzindo custos adicionais de uma operação portuária extra. Segundo Christian Blauert, “Há potencial para fazer de Lisboa, [do Terminal de Alcântara], um Terminal de serviço de alta qualidade a nível global, porém, alertou, que
para atingir esse desígnio é necessário mudar a
O Turismo Náutico terá influência no desenvolvimento turístico dos municípios do Estuário do Tejo
forma como é hoje visto o Porto de Lisboa, só possí-
vel com a aposta em três áreas vitais: investimen-
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Existem já projetos de investimento na náutica de recreio pela Câmara Municipal do Seixal
Embarcações tradicionais do Estuário do Tejo
to, estabilidade e produtividade”. Para se tirar vantagens das Soluções Inovadoras na Relação Porto Cidade, foi muito importante o anúncio feito pelo Grupo ETE, da aprovação recente do Estudo de Impacte Ambiental do projeto do Cais Fluvial de Castanheira do Ribatejo, que permitirá ligar através de barcaças, aquela plataforma logística ao Porto de Lisboa. O Grupo espera que o projeto que envolve um investimento de 5 Milhões de
Terminal de Contentores de Alcântara 6
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Euros em Castanheira do Ribatejo potencie de forma clara a movimentação de carga por modo fluvial em Lisboa. Nas palavras do responsável do Grupo ETE, Eng.º Luís Figueiredo “uma barcaça por dia (com contentores) é perfeitamente viável, sendo possível movimentar 52 mil TEU’s/ ano, ou seja cerca de 10% dos contentores movimentados em Lisboa.” A ETE já faz atualmente mais do que uma barcaça
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Inovação na Relação Porto Cidade, com nova Solução Multimodal no Terminal de Contentores de Alcântara diária no transporte de outras cargas. Os granéis são o grosso da operação fluvial atual do Grupo. No entanto, também a carga geral, particularmente a carga de projeto é feita desde há três anos. O Administrador do grupo deixou claro que “O rio Tejo é, hoje em dia, uma autoestrada com dez faixas para cada lado!”. Para a viabilidade e crescimento da importância do transporte fluvial contentorizado, o Grupo ETE espera colaboração da Yilport , contando com o crescimen-
Plataforma logística de Castanheira do Ribatejo
to do Terminal de Contentores de Alcântara como fator fundamental para fomentar o transporte fluvial. Ficou provado que o transporte fluvial se pode apresentar como a verdadeira alternativa ao camião. O exemplo disso, o atual percurso entre Castanheira do Ribatejo e Alcântara que representa por rodovia 54 Km, sendo por via fluvial cerca de 41 km (22 milhas). A estas vantagens, estão
associadas, as questões de descongestionamento rodoviário e redução das emissões de CO2. Um porto com duas margens Na 3ª sessão do ciclo de debates, dedicada ao tema Um porto com 2 margens, foi pela APL apresentado o ponto de situação do projeto do Terminal Multimodal do Barreiro, começando pela apresentação do respetivo
Estudo Prévio e do Estudo de Impacte Ambiental. Esta apresentação foi da responsabilidade de dois quadros da APL, envolvidos desde a sua génese no Estudo Prévio e de Impacte Ambiental do Terminal do Barreiro, tendo sido uma sessão técnica e esclarecedora e prova do crucial do envolvimento dos quadros da APL, na elaboração deste estudo. Neste contexto, foram
A nova solução Multimodal no Terminal de Contentores de Alcântara permitirá aumentar fortemente a capacidade e a competitividade daquele terminal 2017 Março 363
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Plataforma logística de Castanheira do Ribatejo
apresentadas as principais conclusões do Estudo de Impacte Ambiental. Em termos globais, os impactes positivos parecem contra-
prossecução do projeto. A palavra final será naturalmente, da Autoridade Ambiental à qual o projeto já foi entregue para efeito de Avaliação de Impacte Ambiental, nos termos da legislação em vigor. O estudo das acessibilidades ao Terminal do Barreiro, também foi objeto de análise pelas Infraestruturas de Portugal, que sublinhou, a integração do futuro terminal de contentores do Barreiro, no Corredor Internacional Sul, o qual visa assegurar uma ligação ferroviária, entre o sul de Portugal e a Europa e que permitirá, a articulação entre os portos de Lisboa, Setúbal e Sines e a fronteira do Caia, reduzindo o tempo de percurso entre o Barreiro e Elvas em cerca de 1hora e 15 minutos.
balançar os impactes negativos mais expressivos, pensando-se, que o cenário global se equilibra e resulta num balanço favorável à
Vantagens no descongestionamento rodoviário e redução das emissões de CO2
Projeto do Cais Fluvial de Castanheira do Ribatejo 8
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Será possível ligar através de barcaças a plataforma logística de Castanheira do Ribatejo ao Porto de Lisboa
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O rio Tejo é, hoje em dia, uma autoestrada com dez faixas para cada lado
Um porto com 2 margens com a Plataforma Multimodal do Barreiro 10
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Foi acentuado ainda, que as Infraestruturas de Portugal irão assegurar a ligação (last mile) ao Terminal de Contentores do Barreiro, sem inviabilizar as infraestruturas previstas e ainda não construídas. Também foi afirmado que a solução das acessibilidades a concretizar será suportada pelo modelo de negócio do concessionário do Terminal de Contentores do Barreiro Por último, o Presidente da Câmara Municipal do Barreiro Carlos Humberto, na sua intervenção sublinhou que a Área Metropolitana de Lisboa se deve as-
sumir como uma Plataforma Multimodal, económica, potente e dinâmica, particularmente portuária, com três grandes terminais de carga em Lisboa, Barreiro e Setúbal. Realçou que Lisboa, a capital do país e a área metropolitana, necessita de um porto ainda mais importante, e que o país, Lisboa e o Barreiro necessitam de atrair novas atividades económicas. Apontou a vocação portuária, industrial e tecnológica do Barreiro e acentuou a necessidade de uma visão integrada de toda a frente ribeirinha do Barreiro. O Futuro do Porto de Lisboa Na sessão de encerramento, a presidente da Administração do Porto de Lisboa Lídia Sequeira, apresentou uma súmula das ideias-chave a ter em conta, no que respeita ao futuro do Porto de Lisboa, diretrizes enquadradas no tecido regional e até mesmo nacional: - O Tejo como a maior praça e ponto de encontro do país e fator de homogeneização do território metropolitano. - Uma região com dois estuários que são reserva. - Frentes Ribeirinhas como
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fatores de requalificação e potenciadores de atividade. - Polos de atividade económica de ambas as margens que se devem complementar, consolidando a AML – Cidade Região, que deve assumir-se como uma Plataforma multimodal, económica, potente e dinâmica, particularmente portuária, com terminais de carga e de passageiros em Lisboa, Barreiro e Setúbal. - Os desafios colocados pelo Projeto de Terminal do Barreiro com as implicações dos novos acessos rodoviários e ferroviários na ligação franca entre as várias áreas do concelho. - Necessidade da AML (Área Metropolitana de Lisboa), e das entidades com responsabilidades portuárias e regionais intervirem com mais vigor, propondo uma visão, uma estratégia, um modelo de governança, constituindo-se como defensoras de uma grande Plataforma Multimodal nos Estuários do Tejo e do Sado que melhor sirva a região e o país. A Senhora Ministra do Mar Ana Paula Vitorino encerrou este ciclo de debates, tendo no seu discurso salientado, ser grande o desafio que se coloca aos portos portugueses, maior ainda, no caso específico do Porto de Lisboa, face ao desempenho menos conseguido nos últimos
Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino
anos, em contraciclo com os restantes portos nacionais. Ainda em relação ao Porto de Lisboa, manifestou o desejo de que “volte a ter brilho no setor da carga”, tendo como alavanca o aumento da sua capacidade. Destacou ainda os ganhos ambientais e logísticos do transporte fluvial de contentores em barcaças com ligação a Castanheira do Ribatejo. A viabilidade do Terminal do Barreiro, as potenciali-
Durante as sessões do ciclo de debates na Gare Marítima de Alcântara
dades dos portos nacionais para o abastecimento de navios com LNG e finalmente a implementação da Janela
Única Logística, foram outros pontos abordados na intervenção da senhora Ministra do Mar.
Presidente do Porto de Lisboa, Lídia Sequeira. 2017 Março 363
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48º Nauticampo
Sinais de Confiança na Recuperação A Nauticampo 2017 que se realiza este ano entre os dias 5 e 9 de Abril, mostra importantes sinais de recuperação do sector da náutica de recreio e das actividades aquáticas, com as principais empresas náuticas presentes e com muitas novidades para mostrar e interessar o público
A
Nauticampo é o salão mais antigo organizado pela Fundação AIP / Lisboa Feiras Congressos e Eventos e a sua 48ª edição é organizada com o apoio da APICAN / ACAP. A Nauticampo tem vindo de
forma gradual a ultrapassar a conjuntura económica desfavorável, tendo reflectido na edição transacta uma franca melhoria com um aumento de 21% de empresas presentes e 30% de área relativamente a 2015. Estiveram representados produtos e serviços de
mais de 180 empresas dedicados à Náutica de Recreio, ao Ar Livre e Família, Desporto / Aventura, Campismo / Caravanismo e recebeu mais de 35 000 visitantes. Para esta situação muito contribuiu o empenhamento quer dos parceiros estratégicos, que ao
longo dos dias da feira desenvolveram acções de inegável valor, quer das empresas que se apresentaram ao seu melhor nível. A Nauticampo ocupa uma superfície global de 15.000 metros quadrados e os sectores presentes dão resposta aos novos estilos de vida dos consumidores, cada vez mais dinâmicos, mais aventureiros e mais exigentes, assumindose deste modo como o maior evento de referência nacional das atividades náuticas e de ar livre. A náutica de recreio e as atividades náuticas têm uma longa tradição no nosso país e são presença assídua na Nauticampo e são um dos fortes motivos pela qual não pode perder esta feira. Vão estar representados ou em exposição, motores, embarcações, pesca desportiva em alto mar, pesca desportiva, mergulho, Ski Aquático, motos de água, jet ski, embarcações desportivas, náutica desportiva, marinas e portos de recreio, animação urística e oferta de destinos náuticos e lazer. Novidades em Exposição Recebemos dos representantes das marcas, distribuidores e estaleiros a informação de alguns produtos e embarcações que vão ser expostos pela primeira vez na Nauticampo.
No stand GROW o Lomac Adrenalina 7.5 12
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GROW Distribuidor exclusivo para Portugal dos motores Honda e
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Thoatsu, vai apresentar também os seguintes barcos: Lomac Adrenalina 7.5, e da marca Beneteau, Flyer 5.5, Flyer 6.6 e Antares 5.80. O Lomac Adrenalina 7.5 com 7,85 m de comprimento é um requintado e ergonómico semi-rígido do fabricante italiano Lomac, construído com os tubos em tecido hypalon Neoprene Orca Pennel. Tem um banco em U na popa, uma elegante consola de condução central com banco para o piloto conduzir de pé e bancos à frente que se convertem em solário. Potência máxima: 300 HP. O Flyer 5.5 com 5,26 m e o Flyer 6.6 com 6,80 m de comprimento têm as mesmas características, com o interior polivalente para a pesca e os desportos aquáticos e solário para os banhos de sol. Quanto ao desempenho, ambos têm a proa alta e a inovação “Air Step” no casco, para obter maior performance com menor potência de motor e segurança e conforto a navegar. O Flyer 5.5 tem consola de condução central com um banco encosto para a condução de pé. Potência máxima: 140 HP. O Flyer 6.6 tem dois bancos individuais no posto de comando. Potência máxima: 200 HP O Antares 5.80 é um pequeno barco pescador de 5,70 m de comprimento, com uma cabina de pilotagem para resguardar da chuva e do vento. Para pernoitar tem uma cabina à frente. O poço dispõe de um banco à popa ecomporta porta canas na borda. Potência máxima: 90 HP. NAUTEL HUMMINBIRD Piranha Max e Helix – São as séries onde assenta a estrutura de gama da HUMMINBIRD Série Helix 5 e Helix 7 – G2 -: Mapeamento automático e instantâneo dos fundos (Autochart Live), Sonda especial com CHIRP e multifrequência de 50/83/200 e 455 e 800KHz nos sonares vertical e lateral.
Na GROW o Beneteau Flyer 6.6
No stand GROW o Beneteau Antares 5.80
Na Nautel o Humminbird Megaimaging 2017 Março 363
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Na Nautel o Multifunções Radar/GPS/Chartplotter/AIS num iPad
No stand Nautel a nova INTELLIAN i5P,antena marítima de TV por satélite
Passa a poder ligar a antena de GPS externa. Série Helix 7 G2N – Especial, com tudo quanto acima é indicado, mais possibilidade de ligar a antena de radar, fazer rede para multi-estação, ter Bluetooth para uso de comando remoto sem fios. Séries, Helix 9, 10, 12 G2N : São o topo da gama, com os seus ecrãs maiores, todas as funcionalidades atrás referidas, e mais a grande nova inovação da HUMMINBIRD, para as versões com sonar (SI, DI): MEGAIMAGING - A Humminbird há 12 anos abriu caminho às tecnologias de sonar de varrimento lateral às embarca-
No Stand Nautiser-Centro Náutico o Jeanneau Cap Camarat 5.5 BR 14
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ções mais pequenas. Agora é a primeira a colocar a frequência de sonar em 1200KHz, ou seja 1,2MegaHz e passamos a ter tudo num só equipamento, com 1,2MHz., as várias formas de sonar, em qualquer modelo das séries 9, 10 ou 12 específico para estas tecnologias: DownImaging, SideImaging, Mega Imaging. IRIS Nova antena de radar - De redoma com consumo muito baixo. O sistema é “CHIRP/ Solid State”. Tem 54cm de diâmetro, permite escalas até 24 mn. Tem estanquicidade pelo padrão IPX6, e pesa 5,6Kg. IRIS NightWatch - Camara térmica fixa. Com apenas 15 cm de altura e 12,5cm de diâmetro, e pesando menos de 700g. Alimentação a 12 ou a 24 VDC e consumo muito baixo: 240mA @ 12VDC / 120mA @ 24VDC A NightWatch é de longe a mais económica camara térmica marítima de sempre. FURUNO Multifunções Radar/GPS/ Chartplotter/AIS num iPad - Para uso em PC’s ou em iOS (Tablet iPad, smartphone iPhone). Via um iPad tem na mesma aplicação de operação: GPS/Carta Eletronica e navegação/Radar. Trata-se da versão 2.0.0 do TimeZero com a famosa antena de radar Wireless Radar DRSW 4, a 1ª do mundo. Intercomunicador FURUNO LH3000 - Destinado a embarcações de maior porte, como grandes iates, ferries costeiros e pesqueiros INTELLIAN Nova Intellian i5P - Com prato de 53,5 cm é uma antena marítima de TV por satélite, para a Europa, África e América Latina, para embarcações a partir dos 15m que naveguem em alto mar em travessias para Madeira, Açores e Canárias. STERLING Novos Carregadores de bateria ULTRA PORTABLE 7A - Um novo conceito de carregador de baterias prático e económico, o portátil, que se fixa.
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220VAC para 12 ou 6VDC - dá para 6 diferentes químicas de baterias Nova Gama ProCharge Ultra Lite - Na mesma linha da ProCharge U 110 ou 230VAC auto,12 VDC, 20A, Dim. 20x15,8x7cm, 2,8Kg - 1 saída 110 ou 230VAC auto,12 VDC, 30A, Dim. 20x15,8x7cm, 2,8Kg - 1 saída NASA Monitor de Baterias BM-1 por Bluetooth – Para monitorizar todas as entradas e saídas de energia do sistema de baterias de uma embarcação, o que está a entrar por carga (eólica, solar, carregador) e o que está a ser consumido num dado momento. Kit de monitor e camara de segurança, com visão noturna - Sistema simples, com um monitor de 7”, em formato 16:9, com uma camara. HANDHELP O Tablet robusto ALGIZ RT7 - De 7 polegadas, ergonômico, muito robusto e pronto para qualquer tarefa, oferecendo um desempenho inigualável em campo, a um valor excelente. ONWA Nova série de radares de 10” - Existem duas versões: KR-1008 - Escalas de 0,125 a 36mn. Antena de radoma de (55cm): Potência: 4kW KR-1068 - Escalas de 0,125 a 72mn. Antena aberta de 4 pés: Potência: 6kW NAUTIRADAR RAYMARINE Nova Antena de GPS RS150 - Recetor de GPS de 75 canais RS150 apresenta um desempenho de 10Hz mais veloz e uma precisão melhorada que o RS130. O RS150 da Raymarine funciona também como recetor GNSS e suporta o sistema global de navegação GLONASS. Teclado de Controlo Remoto RMK-10 para Displays Multifunções Raymarine - Funciona com Displays Multifunções Raymarine das Séries a, c, e, eS & gS Novas Unidades de Controlo
Stand Nautiser-Centro Náutico o Cobalt R3
Stand Nautiser Centreo Náutico o Jeanneau Merry Fisher 795
de Piloto Automático p70s / p70Rs - As unidades p70s e
p70Rs apresentam displays com cores vibrantes e funcio-
nam com o intuitivo interface de utilizado LightHouse da
Na Portinauta pontões Sunchaser 2017 Março 363
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Na Portinauta Capelli Tempest 570
Na Portinauta Capelli Tempest 750
No stand San Remo está o Whaly 500 16
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Raymarine Novo Display de Instrumentação Multifunções i70s - O display i70s apresenta uma enorme versatilidade e fácil personalização, aliadas a um display de 4.1” ICOM IC M93D, o Rádio Flutuante com DSC mais fino do Mundo - Vem com um LCD grande de 2.3”, com elevado contraste e matriz de pontos completa que garante uma boa leitura perante luz solar direta. IC-M605 EURO, um rádio fixo de VHF topo de gama Com recetor de AIS e com um desempenho superior capaz de apresentar no seu display a informação AIS em tempo real do tráfego de embarcações. MCMURDO EPIRB’s SmartFind G8 Nova gama de EPIRB’s SmartFind G8, apostando num conceito de inovação, potência e maior rapidez de deteção, na frequência 406MHz MASTERVOLT AC Master de Inversores Mastervolt adiciona 9 novos modelos à sua gama de sucesso AC Master de Inversores com onda sinusoidal pura de elevada qualidade e económicos, desde 700W a 3500W. Novo controlador de carga de baterias Charge Mate Pro 40 - Com uma segunda bateria a bordo, é fundamental evitar que a bateria principal se esgote e perca a capacidade de arranque, surgindo como uma solução segura e fiável. EasyView 5 - Um novo monitor de operação táctil com facilidade de controlo e ecrã intuitivo. O EasyView 5 apresenta um display brilhante e à prova de água. SCANSTRUT RLS-405 - Com a nova base de ventosa para suporte ROKK Mini vai poder usufruir do seu equipamento eletrónico de uma forma mais flexível, em diferentes locais ou veículos. BLUEFIN LED Piranha P12 - A Bluefin LED, marca fabricante de luzes LED subaquáticas, lança o novo modelo de luz LED subaquá-
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No stand San Remo está o San Remo 860 Bue Sky com Flybridge
Cabina do San Remo 860 Bue Sky com Flybridge
tica Piranha P12. FUSION MS-RA55 - Novo Sistema de Som, capaz de uma reprodução de som nítido e dinâmico com transmissão áudio por Bluetooth a partir de qualquer aparelho compatível. Stereoactive - Novo sistema de som portátil e flutuante do Mundo para desportos aquáticos. AQUAPAC TrailProof Phone Case / Waterproof iPad Pro Case Como soluções de proteção estanque para equipamento em atividades de Outdoor duas novidades: a bolsa à prova de água TrailProof Phone Case e a bolsa estanque Waterproof
No stand da Touron o novo Bayliner VR5 OB 18
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iPad Pro Case. SPOT SPOT GEN 3 – É a última geração de localizadores de emergência, uma linha vital de comunicação para quando se encontrar fora do seu percurso ou não tenha cobertura de sinal de telemóvel. C-POD C-POD Lite – A solução simples de proteção e rastreio do seu equipamento e permitir ao utilizador localizar e seguir equipamento e/ou veículos que possua. FISCHER PANDA Panda 5000i Neo - Série-i – Gerador a diesel de velocidade variável de 4kW/5kVA capaz de satisfazer todas as certificações exigidas sobre a emissão de gases. MARINCO Tomadas de Carga USB Sealink Deluxe - Com a tomada 12VDUSB, poderá carregar telemóveis, tablets e quaisquer outros dispositivos alimentados por USB. OCEANLED Nova Gama de Luzes LED Série-X - Gama de luzes LED subaquáticas ideal para embarcações de pequenas e de médias dimensões. NAUTISER -CENTRO NÁUTICO A Nautiser/Centro Náutico é o importador e distribuidor exclusivo para Portugal das marcas Cobalt e Jeanneau de
Na Nautiradar o ICOM
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No stand Nautiradar está Raymarine RS150, nova Antena de GPS
O stand Nautiradar mosta o Monitor de Operação Táctil Easyview 5 Mastervolt
embarcações a motor. COBALT- É um dos mais prestigiados estaleiros de embarcações de recreio dos USA com modelos construídos com a máxima garantia de robustez, qualidade e acabamentos requintados. Os modelos em exposição são: Cobalt R3, Cobalt R5,Cobalt 200 e Cobalt 25SC (Novidade 2017) JEANNEAU – O estaleiro francês Jeanneau especializou-se na construção de embarcações de recreio a motor para o mercado dos praticantes da pesca lúdica e desportos aquáticos. As gamas Cap Camarat e Merry Fisher são cada vez mais de embarcações muito práticas e polivalentes. Os modelos expostos são: Cap Camarat 4.7CC, Cap Camarat 5.5BR (Novidade
IC-M93D, rádio flutuante com DSC mais fino do Mundo 2017 Março 363
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2017), Cap Camarat 5.5WA, Cap Camarat 7.5WA e Merry Fisher 795
A Touron mostra o Quicksilver Activ 755 Sundeck
No stand da Touron está o novo Mercury Verado 400R
Yamaha Waverruner GP1800 20
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PORTINAUTA A empresa estará representada como habitualmente nos stands da Yamaha e Honda com modelos para todos os gostos e orçamentos. Stand Yamaha: Modelos Capelli e Sunchaser Powered By Yamaha – Alessandro Balzer, sócio-gerente do Grupo, terá todo o gosto em recebê-lo para lhe apresentar alguns dos melhores exemplares das marcas Capelli e Sunchaser. Os modelos expostos da marca Capelli são o Capelli Tempest 340LE, Capelli Tempest 470, Capelli Tempest 570, Capelli Tempest 650 e Capelli Tempest 750 Work MT, sendo que o destaque vai este ano para os modelos personalizados: Tempest 570 Versão Yamaha Experience e Tempest 750 Versão Aniversário Yamaha. Quanto à Sunchaser, a Porti Nauta e a Yamaha apresentam-lhe uma versão especial com vários bancos lounger, um flutuador adicional de alta performance e pormenores exclusivos da versão Sport. Stand Honda: Modelos Beneteau Powered By Honda Stefania Balzer apresenta-lhe
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a nova parceria com a marca Beneteau em packs powered by Honda inimitáveis pela sua relação qualidade preço. Além dos packs expostos – Antares 5.8, Flyer 5.5 SUNdeck e Flyer 6.6 SUNdeck – poderá durante a feira recolher informação sobre todos os packs da Beneteau que a Porti Nauta e a Honda criaram para si. Não perca a oportunidade de conhecer estes produtos elegantes, competitivos e acessíveis. Ambas as marcas apresentam também as respetivas gamas de motores fora-de-borda, que a equipa Porti Nauta terá o gosto de lhe apresentar na qualidade de LÍDER DE VENDAS NACIONAL DE MOTORES NOVOS DAS MARCAS YAMAHA E HONDA. SAN REMO San Remo 860 Bue Sky com Flybridge - O estaleiro português San Remo, de Aveiro expõe o modelo 860 Bue Sky com Flybridge, com 8,60 metros de comprimento e motorização fora de borda. Tém as linhas clássicas dos San Remo e apresenta grandes janelas laterais em vidro acrílico. O flybridge aproveita bem o longo tecto e tem um banco atrás para quatro pessoas e um solário. A escada para o flybridge é uma inovação e
Yamaha Waverruner EX Deluxe
tem uma escotilha estanque que fecha em cima. Na coberta superior está o salão com sofás e mesa e uma cozinha muito bem equipada. O posto de pilotagem a estibordo tem uma porta lateral, para facilitar o acesso rápido do piloto para o poço ou a proa. Na coberta inferior o barco tem duas cabinas, uma à frente e outra sob o salão, onde podem dormir quatro pessoas. Existe ainda um quarto de banho e um roupeiro com porta. WHALY San Remo apresenta também dois barcos Whaly, os modelos 435 e 500, que são
embarcações construídas em polietileno pelo processo de Rotomoldagem com o objectivo de serem resistentes, seguros e estáveis TOURON No stand da Touron vão estar embarcações Bayliner e
Quicksilver, pneumáticos Mercury, produtos Airis e geradores Cummins ONAN. Haverá uma área dedicada a motores fora de borda da Mercury Embarcações Bayliner – os modelos ELEMENT com o casco especial em forma de um M, o XR7, uma embarca-
Yamaha Waverruner EX Sport 2017 Março 363
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Motores Fora de Borda Mercury F400 R Verado, Novo F9.9, Novo F40 ELPT EFI SEA PRO e Novo F115 ELPT EFI Pro XS
No stand da Yamaha está o Sirius 500 Cabin
Novo Yamaha F25
ção do tipo pontão para passear e E6, uma lancha open. Modelo VR5 OB, lancha bowrider com motor fora de borda. Embarcações Quicksilver – modelos ACTIV 505 OPEN e 505 CAB, CAPTUR 605 PILOTHOUSE, ACTIV 755 SUNDECK e ACTIV 755 CRUISER Pneumáticos Mercury – modelos 220 ULC e 240 DIN Produtos AIRIS - Prancha de Stand Up Puddle Hard top 11 Geradores Cummins ONAN – modelo 8MDKDW
Novo Yamaha F100 22
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YAMAHA Como habitualment no espaço Yamaha vão estar motores, motos de água e pneumáticos da marca japonesa. Este ano vão estar stands com embarcações de marcas importadas por concessionários, motorizadas com motores fora de borda Yamaha. Motores Yamaha – Estará toda a gama, com as mais recentes novidades F25 e F100 em destaque. Waverunners - EX Sport, EX DeLuxe Blue, EX DeLuxe Grey, VX CRUISER, VXR, FX CRUISER e SVHO Limited. Pneumáticos Yam - 230B Light grey/F2.5BMHS, 240Sti/ F2.5BMHS, 275Sti/F5AMHS e 310S/F6CMHS STAND SIRIUS & OBE FISHER - Obe Fisher 485CC/ F20BEL, Sirius 535 Open/ F60FETL, Sirius 500 Cabin/ F40FETL, Sirius 500 Open/ F40FETL/F25GETL e Sirius 430 Open (Novo)/Novidade STAND CAPELLI - Tempest 750 Work MT/F250DETX, Tempest 650 Topline/ F200GETX, Tempest 570 New Yamaha/ F100FETL, Experience/Novidade, Tempest 470 Topline/ F40FETL/ F25GETL e Tempest 340 Light/ Novidade STAND SUNCHASER – Sunchaser/ F100FETL/ Novidade STAND JEANNEAU - Cap Camarat 5.5 BR/ F115BETL, Cap Camarat 4.7/ F50HETL STAND DIPOL - Dipol 580 CP Open/ F100FETL, Dipol P-580 Pescador/ F50HEDL, Dipol H-510 Fragata/ F50HETL, Dipol D-450/ F25GETL STAND ZODIAC - Cadet Compact 300/F e Cadet 230 RollUp/F STAND B2 MARINE CAP FERRET - 552 Open/ F100FETL Novidade e 522 Open/ F50HETL STAND RANCRAFT - RS Cinque.5/ F80BETL e RS Cinque/ F60FETL
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Pesca Desportiva
Notícias Go Fishing
Sargo no workshop da Go Fishing
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ealizou-se no passado dia 25.02.17, pelas 18.00h mais um workshop nas instalações da Go Fishing, em Almada. O sargo foi o herói do dia, e o pretexto para um novo encontro de pescadores nacionais interessados e participativos. Depois de uma manhã passada no mar a bordo do Go Fishing III, com capturas de 24
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bonitos cantarilhos a 400 metros de fundo, os quais fizeram a felicidade dos pescadores, e provavelmente das esposas cozinheiras que ficaram em casa, foi tempo para analisar em detalhe a morfologia, os hábitos alimentares, a reprodução, os predadores, o habitat preferido e as técnicas de pesca mais eficazes para conseguir sargos de bom tamanho.
Pesca Desportiva
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Electrónica
www.nautel.pt
Notícias Nautel
Segunda geração das HELIX7! As Helix 7, agora em G2, com muitas adições… A H U M M I N B I R D ® d e s e n vo lv e u u m a segunda geração da sua bem sucedida série Helix 7.
A
ssim, a tudo quanto antes os equipamentos tinham juntamse agora várias funcionalidades importantíssimas: AUTOCHART LIVE: Capacidade de automapeamento instantâneo dos fundos, no próprio equipamento, sem recurso a qualquer tipo de processamento externo, e de uma forma simples e intuitiva. CHIRP: Todas as unidades Combo (GPS/Chartplotter/Sonda) executam a
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sondagem na base desta técnica. XD-Extreme Depth: Para aqueles que procuram deteção dos fundos a maior profundidade, tipo de 500 a 700m, as unidades vêm agora com a possibilidade de pelos menus mudarem a frequência para 50/200KHz, e adquirindo os respetivo transdutor para painel de popa, para casco em plástico ou bronze. Possibilidade de ligacao a antena externa de GPS: Para barcos com cabines
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em ferro, ou madeira. Para alem da Cartografia GOLD da Navionics, lêm também Platimum+. Os ecrãs desta série são então de 7”, de TFT 256 cores, 800 x 480 pixels de resolução, e na mesma lógica de aspeto em 16:9 do formato atual dos TV’s e monitores de informática. Como um dado importante é o do brilho do ecrã, para fazer face ás situações de extrema luminosidade, a Humminbird não se fica pelo normal… optou por estar
bem acima, com os 1500 nit de brilho nestes seus ecrãs. Nos equipamentos combinados com GPS é possível gravar imagens uma a uma (snap shot) ou em contínuo. A nova a familia G2... A série tem 5 modelos. O controle do Menu, é pelo novo sistema Reflex da HUMMINBIRD Os modelos com sonda têm 500W de potência e vêm por defeito configurados para as frequências de 83/200KHz.
Electrónica
Funções GPS: 2500 waypoints, 50 rotas, 50 rastos com 20.000 pontos cada . GPS diferencial por satélite EGNOS/WAAS. Dimensões fora do suporte : 26,77 x 13,82 x 7,54 cm. Alimentação: 12VDC Os modelos com sonda têm 500W de potência. Vêm por defeito configurados para as frequências de 83/200KHz. O que é concretamente o AUTOCHART LIVE ? Trata-se de um software especial, agora também já
residente nas Helix 5. Foi inicialmente concebido, e ainda existe também nesse formato, como um Software Científico para PC, de coleta de dados de GPS e Sonda para se construir uma carta do fundo, com muito mais batimetria, precisao, e informacao atualizada ao momento. O poderoso algoritmo matemático do AUTOCHART LIVE, exclusivo da Humminbird, consegue iniciar a criação e visualização, mal a embarcação comece a navegar, e a função estiver ligada. Depois, quantas mais vezes a embarcação passar nas mesmas redondezas, a maior volume de dados adquiridos vai ajudando a que o mapa de fundo vá ficando
cada vez mais perfeito. Para quem usa cartografia marítima Navionics, os mapas sobrepõem-se. A memória interna do aparelho dá para guardar sensivelmente 8 horas de gravação. Assim que as 8h se preencham a gravação passa
a ser feita em cima da mais antiga. O utilizador pode também adquirir um cartão chamado “ZeroLine” para onde pode salvar os mapas. O que estiver nesse cartão pode ser visualizado noutros equipamentos da série Helix.
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Náutica
Notícias Touron
Mercury Apresenta a Nova Aplicação
VesselView para a Europa A Mercury Marine, líder mundial em tecnologia e propulsão marítima, lançou a aplicação VesselView que já se encontra disponível para os países da União Europeia com descarga gratuita na Apple Store e no Google Play.
de concessionários Mercury. O produto é compatível com todos os modelos de motores fora de borda Mercury Smartcraft a partir dos 40 CV, fabricados a partir de 2003. Cada módulo funciona para um único motor. A aplicação VesselView faz parte do da grande oferta tecnológica da Mercury Marine. O sistema SmartCraft® é a integração de tecnologia digital, como indicadores marítimos, sensores, siste-
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ompatível com dispositivos Andriod e iOS, smartphones e tablets, a aplicação VesselView disponibiliza o acesso instantâneo à informação 28
digital SmartCraft do motor. Este producto recebeu recentemente o prestigiado IBEX para a inovação. O módulo VesselView Mobile já se encontra disponível para encomenda na rede
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mas de navegação e outras características automatizadas, que possibilita ao nauta um elevado nível de controlo dos sistemas eléctricos e de propulsão da sua embarcação. Agora, com a aplicação VesselView da Mercury Marine, os nautas podem aceder à informação do sistema SmarCraft® a partir dos seus telemóveis ou tablets. A aplicação integra nova informação, muito útil, como o gestor de combustível,
Náutica
avisos de manutenção, mapas, resumos de rendimento e códigos de diagnóstico de falhas. A aplicação VesselView facilita a preparação das saídas, tornando-as mais seguras e divertidas graças à possibilidade de aceder, através dum dispositivo móvel, às seguintes funções: - Ligação à informação SmartCraft® da embarcação a partir dum dispositivo iOS ou Android através de BLE (Bluetooth de baixa energia 4.0). - Comprovar os parâmetros SmartCraft® do motor, como, por exemplo, as horas de navegação, consumo de combustível, temperatura da água, carga da bateria, rpm, etc. (os parâmetros disponíveis são específicos de cada família de motores). - Receber informação do
diagnóstico de códigos de avaria para conhecer e entender o tipo de falha e saber com que urgência devem ser tratada. - Comprovar, de forma precisa, a informação relativa ao consumo de combustível, graças ao gestor de combustível, que, além do mais, indica o combustível disponível e confirma, am tempo e distância a autonomia. - Localizar o concessionário Mercury mais próximo. - Informação de pontos de interesse, tais como postos de gasolina, restaurantes, etc. - Registar localização para referência futura. - Aceder à informação relacionada com estilo de vida e navegação. - Receber avisos de manu-
tenção e aceder ao histórico de manutrenção. A aplicação VesselView da Mercury Marine, que inicialmente estará disponível unicamente em inglês, coloca à disposição do nauta uma conta que lhe permite a ligação à sua embarcação, podendo envolver, também, o seu concessionário. Durante o primeiro trimestre de 2017, a aplicação será actualizada para multilingue e incluirá, também, o sistema métrico. Vídeo de apresentação da aplicação VesselView:
https://youtu.be/RkHadq7l3sg
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Notícias do Mar
Tagus Vivan
Crónica Carlos Salgado
A Força da Natureza é Tal…
Como anunciámos oportunamente a Conferência do Estuário do Tejo é a 5.ª e última do Ciclo de Conferências Regionais Preparatórias do Congresso do Tejo III, e realizou-se no passado dia 16 de Fevereiro na Fábrica das Palavras em Vila Franca de Xira, com o apoio da edilidade local. O Ciclo das 5 Conferências Regionais serviu para que a Tagus Vivan compreendesse, com validade actual, as realidades do corredor fluvial do nosso Tejo até à fronteira, e o território adjacente.
D
evemos esclarecer que somos da opinião de que o estuário do Tejo, por razões naturais e económicas, deve começar geograficamente no ponto onde
chega a força da maré, em Porto de Muge/ Valada/Santarém, território onde se encontram as férteis lezírias, graças à água do grande rio e dos seus braços que nela penetram e foram navegáveis no tempo em que os
produtos do seu interior eram escoados por essas estradas líquidas. A razão porque esta conferência do estuário realizou-se em Vila Franca de Xira devese ao facto de, por um lado a
Flamingos na RENET, o casario próximo 30
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Ponte Marechal Carmona aqui localizada separar a administração fluvial da administração marítima do Tejo e por outro, por ser o Concelho com a maior extensão de frentes de água do Estuário, no somatório das suas margens, direita e esquerda. Ao perspectivar-se o futuro incremento da navegação comercial para montante de Vila Franca de Xira, para além da navegação turística e desportiva que já se tem verificado, relativamente à preocupação da segurança da navegação devido às profundidades do rio, oferece-nos dizer que até há relativamente pouco tempo os batelões da extracção das areias subiam diariamente até montante de Valada do Ribatejo, e quando estavam carregados regressavam a Lisboa, calavam mais de 3 metros.
Notícias do Mar
A força da Natureza neste Estuário é tal que permite que um santuário da biodiversidade como a Reserva Natural do Estuário do Tejo, cuja importância é reconhecida internacionalmente entre as dez principais da Europa, que cria muita vida e tem uma produtividade extraordinária, consegue sobreviver, coexistir e co-habitar com a pressão da indústria pesada, a agricultura intensiva, dois aeroportos, as actividades portuárias, as pontes e a megaconstrução urbana da cintura metropolitana de Lisboa. Uma situação tão complexa como esta será provavelmente um caso único no continente europeu. A Tagus Vivan considera que o Tejo é um recurso potencial que, designadamente o seu estuário mais alargado, deve ser aproveitado como alavanca do crescimento económico do nosso país, desde que o seja de uma forma sustentável, respeitando o meio ambiente e o capital humano. Podemos afirmar que os trabalhos desta Conferência decorreram de acordo com o programa temático anunciado. Na Mesa de Abertura estiveram presentes o Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, a Deputada Maria da Luz Rosinha, Vice-Presidente da Comissão Parlamentar do Ambiente da Assembleia da República, o Dr. Rui Magina da Administração do Porto de Lisboa em representação da Presidente Dr.ª Lídia Sequeira, e o Presidente da Tagus Vivan, Carlos Salgado. O Painel 1 foi moderado pelo
Mesa da Abertura da Conferência da esq. » dir. Dr. Rui Magina em representação da Presidente da Administração do Porto de Lisboa, Dr:ªLidia Sequeira, Deputada Maria da Luz Rosinha, Vice Presidente da Comissão Parlamentar do Ambiente, Alberto Mesquita Presidente da Câmara Municipal de VFXira e Carlos Salgado, Presidente da Tagus Vivan a dar as boas vindas aos participantes Prof. Miguel de Azevedo Coutinho, sendo o 1.º Tema: O Porto de Lisboa e o Futuro, com uma comunicação da Dr.ª Fernanda Pereira da Silva da APL, baseada no Ciclo de Debates da APL “ O Futuro Faz-se Hoje; 2.º Tema: Uma metrópole, duas margens: o efeito do estuário na Área Metropolitana de Lisboa da autoria dos Professores do IST, Jorge Baptista e Silva e Jorge Gonçalves, tendo comunicado Jorge Gonçalves. O Painel 2 foi moderado pelo Eng. João Rocha, sendo o 1.º Tema: Caracterização física do Estuário e ferramentas de apoio à gestão do risco de inundação, com as comunicações da Dr.ª Paula Freire e do Eng.º André Fortunato do LNEC; 2.º Tema: A Construção Naval e a actividade marítimo-turística, tradicio-
O Presidente Alberto Mesquita a falar ao auditório, na mensagem de encerramento da sessão de abertura
nais, com uma comunicação de Jaime Costa, construtor naval; 3.º Tema: A Náutica de Recreio, com uma comunicação do Antero Santos, director do jornal Notícias do Mar; 4.º Tema: Tejo
Vivo, um exemplo videográfico apresentado por Carlos Salgado, velejador, quando o Rio era vivo e vivido, e a náutica de recreio estava mais activa. O Painel 3 foi moderado pelo
A Deputada Maria da Luz Rosinha a dirigir a sua mensagem ao auditório
O Dr. Rui Magina a falar em nome do Porto de Lisboa 2017 Março 363
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Notícias do Mar
Mesa do Painel 1. Da esq. » dir. Prof. Jorge Gonçalves, Prof.Dr. Miguel Azevedo Coutinho (moderador), Dr.ª Fernanda Pereira da Silva
Auditório
Pausa para o café, à frente o Vice-Presidente da CMVFXira, Dr. Fernando Paulo Ferreira, seguido pelo Presidente da CM de Azambuja, Luis de Sousa
Mesa do painel 2. Da esq. » dir. os comunicadores Jaime Costa, Antero Santos, Carlos Salgado, o Moderador Eng. João Rocha, comunicadores Eng.º André Fortunato e Dr.ª Paula Freire 32
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Dr. Pedro Ribeiro, presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, que também fez a comunicação do 1.º Tema: O Turismo na Região do Estuário, em representação da CIMLezíria do Tejo; 2.º Tema: O Ambiente e a biodiversidade do Estuário, com uma comunicação do Dr. António Antunes Dias, ex-director das Reservas Naturais dos Estuários do Sado e do Tejo; 3.º Tema: Aproximação ao Rio, o Porto de Vila Franca de Xira e o Turismo, com uma comunicação da Dr.ª Maria João Carraça da CM-VFXira. Seguidamente, pela ordem seguinte: O debate e as Conclusões da Conferência do Estuário, estando presentes na Mesa o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Dr. Fernando Paulo Ferreira, Carlos Salgado, presi-
dente da Tagus Vivan, e os relatores Eng. João Rocha e Prof. Miguel Azevedo Coutinho que apresentaram as conclusões e recomendações da referida conferência. Com a mesma Mesa procedeu-se às Conclusões e recomendações do Ciclo de Conferências Regionais preparatórias do Congresso do Tejo III, que foram comunicadas pelos relatores Eng. João Rocha e Prof. Miguel Azevedo Coutinho, tendo a seguir tomado a palavra para dar por encerrados a Conferência do Estuário do Tejo e o Ciclo de Conferências Regionais, o Dr. Fernando Paulo Ferreira, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Presidido pela mesma mesa, procedeu-se então ao Anúncio prévio do Congresso do Tejo III, marcado para os dias 5 e 6 de Maio próximo, em Abrantes. Dada a impossibilidade de estar presente a Presidente deste Congresso, Dr.ª Maria do Céu Albuquerque, e Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, tomou a palavra o Vice-Presidente do dito, Carlos Salgado para fazer uma introdução sobre o “porquê de um novo Congresso do Tejo”, que foi seguida da apresentação do respectivo programa temático de princípio que está a ser valorizado pela Tagus Vivan em parceria com a Câmara Municipal de Abrantes, feita pelo Eng. João Rocha. Diagnosticar para Conhecer O Ciclo de Conferências Regionais preparatórias do Congres-
Mesa do Painel 3. Da esq.» dir. Dr. Antunes Dias, Dr. Pedro Ribeiro, Presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Dr.ª Maria João Carraça
Notícias do Mar
so do Tejo III, que foi concluído e encerrado em Vila Franca de Xira, como atrás referido, para que uns recordem e os outros fiquem a saber que a Tagus Vivan - Confraria Cultural do Tejo Vivo e Vivido, legítima continuadora da obra de 25 anos da Associação dos Amigos do Tejo, na prossecução do seu objecto social de observar, avaliar e ponderar, para poder opinar ou agir, sobre tudo o que diga respeito ao universo do Tejo, por sentir que a construção do futuro sustentável do Tejo ficou estagnada nos últimos anos, com a desculpa da crise, decidiu tomar a iniciativa de promover a realização de um novo Congresso do Tejo, a partir dos princípios do passado ano de 2015, começando por fomentar uma dinâmica criadora de sinergias inter-parceiros públicos e privados relacionados com o rio Tejo nacional, para avançar com a preparação do programa temático desse Congresso, para o que optou por uma estratégia nova ao programar um Ciclo de 5 Conferências Regionais preparatórias para conhecer a situação precisa e actualizada do corredor fluvial do Tejo até à fronteira, e através de um diagnóstico rigoroso, conhecer melhor o rio e sentir a terra envolvente, nomeadamente os seus pontos fracos e os fortes, para poder contribuir para a resolução dos fracos e a valorização dos fortes. Essas conferências regionais preparatórias realizaram-se respectivamente, a 1.ª- sobre a Navegabilidade do Tejo em Vila Franca de Xira, neste mesmo auditório da Fábrica das Palavras, em Novembro de 2015; a 2.ª – sobre a Lezíria do Tejo em Samora Correia/Benavente em Maio de 2016; a 3.ª – sobre a Sustentabilidade do Rio em Vila Nova da Barquinha no mês de Julho de 2016; a 4.ª – sobre o Alto Tejo Português e o Tejo Internacional (Geopark da Unesco) em Vila Velha de Ródão, no mês de Outubro de 2016, e a 5.ª e última, sobre o Estuário do Tejo, como atrás dissemos, no passado mês de Fevereiro em Vila Franca de Xira. Graças a estas conferências a Tagus Vivan, como temos vindo a informar, conseguiu recolher um conjunto de informações e conhe-
cimentos sobre o rio, com validade actual, que lhe permite elaborar uma proposta de programa temático do Congresso, bem fundamentado, que está a ser valorizado em pormenor com parceira Câmara Municipal de Abrantes, que é a anfitriã e organizadora do evento, para além de conseguir manter o país a ler, ouvir falar do rio Tejo consecutivamente, durante dois anos. Podemos garantir que tudo está a ser preparado para que este Congresso conte com uma massa crítica significativa, tenha
produtividade, aborde e debata os temas chave e consiga encontrar propostas de solução para o futuro, para que elas sejam tomadas na devida consideração pelo Governo e pela Assembleia da República. Hoje o Tejo está na ordem do dia através dos meios de comunicação, e nem sempre pela sua salubridade, conquanto apareçam também notícias, tanto a nível regional como nacional, de perspectivas futuras que podem contribuir para que ele tenha melhorias e possa ter um papel
importante como alavanca do desenvolvimento económico da sua bacia hidrográfica e do próprio país. Pode julgar-se que foi por acaso, mas não o foi, que a Tagus Vivan tomou a iniciativa de, com dois anos de antecedência, iniciar a preparação de um novo Congresso do Tejo, o terceiro, fê-lo porque sentiu que estava a formar-se uma onda de mudança que podia, e devia, ser determinante para mostrar ao país novos horizontes e caminhos a seguir, em que o Tejo é incontornável.
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Notícias do Mar
Texto Eng.Miguel de Azevedo Coutinho
Tagus Vivan
Conferência do Estuário do Tejo (Preparatória do Congresso do Tejo III)
Mais Tejo, mais futuro Fábrica das Palavras, Vila Franca de Xira - 16 de Fevereiro de 2017 Com o apoio da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira
A
Mesa da sessão de abertura – Rui Magina, M.ª da Luz Rosinha, Alberto Mesquita, Carlos Salgado
Conferência do Estuário do Tejo constituiu a última das conferências regionais, preparatória do Congresso do Tejo III, (5.ª do Ciclo de Conferências), realizou-se no dia 16 de Fevereiro de 2017 em Vila Franca de Xira, na Biblioteca Municipal, denominada “Fábrica das Palavras”, tendo contado com o valioso apoio logístico da Câmara Municipal. Ao longo do dia, no auditório da Fábrica das Palavras, estiveram presentes cerca de 50 pessoas, representando diversas entidades públicas e privadas. O programa da Conferência do Estuário do Tejo contemplava uma sessão de abertura e três sessões temáticas, duas das quais na parte da manhã. A finalizar, como estava previsto, procedeu-se a um período de debate e apresentação das conclusões da conferência do Estuário, seguido duma síntese das conclusões do Ciclo de conferências regionais preparatórias e o 34
encerramento da jornada com o anúncio do Congresso do Tejo III. Relato da Sessão de Abertura e dos Painéis 1 e 2 A sessão de abertura foi presidida pelo Senhor Dr. Alberto Mesquita, Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, e teve a participação da Senhora Deputada Maria da Luz Rosinha, Vice-presidente da Comissão Parlamentar de Ambiente da Assembleia da República, do Senhor Dr. Rui Magina, representante da Presidente da APL e do Senhor Carlos Salgado Presidente da Tagus Vivan, entidade promotora do ciclo de conferências e do Congresso do Tejo III. A conferência incluía três painéis com os seguintes temas: painel 1 - O Porto de Lisboa e o Futuro; Uma metrópole, duas margens: o efeito do estuário na AML; painel 2 - Caracterização física do Estuário e ferramentas
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de apoio à gestão do risco de inundação; A construção naval e a actividade marítimo-turística; A Náutica de recreio; Tejo Vivo; e, painel 3 - O Turismo na região do Estuário; O Ambiente e a biodiversidade do Estuário; A aproximação ao Rio, o Porto de Vila Franca e o Turismo. Neste relato abordam-se os principais aspectos que foram evidenciados na sessão de abertura e nos painéis um e dois. Recorde-se que o rio Tejo alimenta o maior estuário Europeu e este por sua vez detém enorme quota-parte de responsabilidade na biodiversidade do Atlântico Norte. Na generalidade, as apresentações, apontaram diversas facetas do estuário e, em particular, a da Administração do Porto de Lisboa (APL), indicou planos de acção relativamente à sua dinamização e estratégias de desenvolvimento. A Sessão de Abertura
Na sessão de abertura começou por intervir o Senhor Carlos Salgado, Presidente da Tagus Vivan, que enumerou os objectivos da conferência e o seu enquadramento no ciclo de conferências regionais, preparatória do Congresso do Tejo III; agradeceu ao Senhor Dr. Alberto Mesquita o apoio logístico prestado pela da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e agradeceu a presença da Senhora Deputada Maria da Luz Rosinha na qualidade de vice-presidente da Comissão Parlamentar de Ambiente da Assembleia da República. O Dr. Rui Magina, em nome da Presidente da APL realçou aspectos da importância que o porto de Lisboa dedicava ao estuário, “o rio parceiro e o rio das margens”, referindo o papel do estuário na história da cidade, afirmando que “os portos geram cidades” e indicando o empenhamento da APL na revitalização do porto e no grande interesse de retirar da cidade de Lisboa o grande tráfego rodoviário de camiões, proveniente das operações portuárias. A Senhora Dr.ª Maria da Luz Rosinha referiu a importância do “tema Tejo” e o envolvimento da Comissão Parlamentar de Ambiente, que está particularmente atenta às questões da poluição do rio Tejo; mencionou os recursos potenciais e os vários patrimónios ligados ao rio que importava salvaguardar de forma activa, por acções de governança conscientes e efectivas. Por último, o Senhor Dr. Alberto Mesquita, aludiu á necessidade de colocar o rio Tejo na agenda política, pela consciência da importância do Rio, pelos patrimónios naturais e culturais que lhe estão associados e pelas actividades ligadas; insistiu na fragilidade e vulnerabilidade dos ecossistemas fluviais e nos condicionamentos provocados pela escassez temporária de caudais e pela poluição. Indicou a necessidade de responsabilização de ocupantes ribeirinhos, indivíduos, empresas e outras entidades, pela gestão do corredor Fluvial; assinalou a importância de se lutar por um “Tejo limpo e sustentável”
Notícias do Mar
O Porto de Lisboa e o Futuro; Uma metrópole, duas margens: o efeito do estuário na AML (painel 1) O primeiro painel da manhã foi moderado pelo Eng.º Miguel Azevedo Coutinho. O tema O Porto de Lisboa e o Futuro foi apresentado pela senhora Dr.ª Fernanda Silva da APL. Começou pela breve referência às actividades conduzidas pelo Porto de Lisboa, designadamente o ciclo de debates sobre o tema “O Futuro Faz-se Hoje” e do valor dado ao seu desenvolvimento e dinâmica. Foram mencionadas a dinâmica actual do Turismo Marítimo e do projecto do novo Terminal de Cruzeiros de Lisboa (de autoria do Arq. Carrilho da Graça), para dar resposta à procura do mercado mundial, bem como ao desenvolvimento da Náutica de Recreio. Apresentaram-se aspectos de inovação na relação entre o porto e a Cidade de Lisboa com vista a implementar uma solução multimodal para o terminal de contentores de Alcântara, libertando a cidade de importante trafego rodoviário de camiões por trasfega por barcaças para o Cais Fluvial de Castanheira do Ribatejo (que se encontra em projecto). Com esta solução o percurso rodoviário de 54 km será substituído por um percurso fluvial de 41 km, em barcaças com a capacidade de 99 TEU, com operações 365 dias.ano-1 e navegação de 24 h (cada barcaça corresponde a cerca de 70 camiões) A apresentação Uma metrópole, duas margens: o efeito do estuário na AML, da autoria dos Prof.s Jorge Baptista e Silva e Jorge Gonçalves esteve a cargo do Prof. Jorge Gonçalves e debruçouse sobre aspectos do passado, presente e futuro, com particular atenção no efeito que as travessias têm na dinâmica do envolvimento do estuário e das suas repercussões na Área Metropolitana de Lisboa; a AML, representando actualmente cerca de um quarto
Porto de Lisboa. Transporte Multimodal-Fluvial da população do País, apresenta, em torno do estuário, uma atractividade acrescida da região, que a situa como “motor económico do País”. Os fluxos entre margens que por volta de 1970 se cifravam em cerca de 20.000 veículos e 100.000 passageiros (trafego fluvial) diários, ultrapassavam, diariamente em 2015, cerca de 200.000 veículos (duas pontes), 50.000 passageiros no combóio e cerca de 43.000 (trafego fluvial) Caracterização física do Estuário e ferramentas de apoio à gestão do risco de inundação; A construção naval e a actividade marítimo-turística; A Náutica de recreio; Tejo Vivo (painel 2) O segundo painel da manhã foi moderado pelo Eng.º João Soromenho Rocha. O tema Caracterização física do Estuário e ferramentas de apoio à gestão do risco de inundação foi apresentado pela Eng.ª Paula Freire e Eng.º André Fortunato do Núcleo de Estuários e Zonas Costeiras do LNEC. Foram focados os tópicos: morfologia e factores forçadores;
Principais fluxos no estuário do Tejo
sedimentos e cartografia; margens estuarinas; acontecimentos extremos; e, a plataforma para gestão de risco de inundação – MOLINES WEB. Foram caracterizados aspectos da Ocupação das margens, da evolução do leito e da margem, da vulnerabilidade do litoral e dos acontecimentos históricos, mais importantes. Indicaram-se particularidades da modelação das inundações marginais e da acessibilidade à plataforma de análise, do sistema de alerta e da previsão das situações de inundação; o sistema de alerta é baseado em previsão em tempo real, e o sistema de previsão é baseado em infraestrutura precisa e robusta. A apresentação do tópico A construção naval e a actividade marítimo-turística, esteve a cargo do mestre Jaime Costa que relatou a sua experiência de mestre de construção naval e que apresentou numa breve filmagem a actividade do seu estaleiro, em Sarilhos Pequenos, e exemplificou a recuperação do varino municipal “O Boa Viagem” (CM da Moita) Referiu que os portos e os estaleiros, no estuário, são fundamentais para a manutenção das frotas de embarcações tradicionais, e para
constituírem o suporte do turismo de recreio. A apresentação A Náutica de recreio, esteve a cargo do senhor Antero Santos que referiu que a estratégia nacional para o mar devia dar uma grande atenção à náutica de recreio em geral; que era necessário ultrapassar atrasos que a náutica de recreio tem vindo a acumular nos últimos anos, e que, fundamentalmente, era indispensável facultar acessos à água, criando infraestruturas e rampas de uso público. Referiu ainda ser essencial fomentar a criação de clubes náuticos e de escolas de vela. Por último, Carlos Salgado apresentou o tema Tejo Vivo. Considerou ser necessário redinamizar as actividades náuticas ao longo do rio e aproximar as populações à água. Exemplificou, mostrando um vídeo sobre os cruzeiros náuticoturísticos do Tejo e sobre a animação resultante das subidas do Tejo, organizadas pela Secção de Vela do Alhandra. Em figuras muito expressivas transmitiu as ideias de que “o cruzeiro do Tejo é tudo isto” e que hoje se vê “tanto barco parado num país de marinheiros” para passar a mensagem que é preciso dinamizar a náutica de recreio e dar vida ao Tejo.
Modelação do estuário do Tejo 2017 Março 363
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Notícias do Mar
Voo do Guarda-Rios
Almaraz,
o Problema já vem de Longe... Caros leitores, como repararam, no Notícias do Mar de Fevereiro passado, o Guarda-Rios não cumpriu a promessa de continuar a dar a conhecer e a criticar as conclusões da Comissão de Acompanhamento sobre a Poluição do Rio Tejo pela simples razão de que, quando aparece outra voz assertiva e tecnicamente mais habilitada a falar do assunto, o GR encolhe as asas. Estamos a referir-nos ao artigo assinado pelo Eng. João Rocha no NM Fevereiro.
C
ontudo o GR não ficou parado porque partiu logo para outra viagem, porque a sua missão é ser a de um vigilante atento do Tejo, e desta vez voou até à fronteira com a vizinha Espanha, e ultrapassou-a para ir até Almaraz. Foi pousando pelo caminho, parando aqui a ali, encoberto pelos caniços, e escutando vozes, o que
lhe permitiu manter-se ao corrente das situações da actualidade, fora do buliço e das altercações dos parlamentos e outros sítios quejandos, para poder tranquila e imparcialmente transmitir uma súmula do que foi ouvindo para que, quem de direito, julgar. O que desta vez escutou dessas “vozes”, foi o seguinte: O Governo espanhol deu luz verde à constru-
É evidente que a Central Nuclear de Almaraz está encaixada em pleno Tejo 36
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ção do armazém para resíduos nucleares na central de Almaraz, localizada a cerca de 100 quilómetros da fronteira portuguesa, através de uma resolução da Direção-Geral de Política Energética e Minas do Ministério da Energia espanhol, sem ter feito previamente o respectivo estudo do impacto ambiental. Os ambientalistas de Portugal e de Espanha reiteram o apelo para que as autoridades políticas de Espanha não prolonguem a vida daquela Central, e estão frontalmente contra a intenção da construção ali do tal armazém de resíduos nucleares, o que iria concorrer para que a dita Central prolongasse ainda mais o seu tempo de vida que já se encontra esgotado. Pela parte portuguesa é grande a preocupação sobre o que está a acontecer devido ao perigo desta Central ter já ultrapassado o seu período normal de vida e estar situada perto da nossa fronteira. O Ministério do Ambiente de Portugal reclamou junto do seu equiparado de Espanha por este projecto estar a avançar sem ter havido o tal estudo prévio do respectivo impacto ambiental, e decidiu apresentar uma queixa à União Europeia. Entretan-
to Bruxelas anunciou que acordou com os governos de Portugal e de Espanha uma “resolução amigável” para este litígio, tendo-se ambos os governos comprometido em aceitar o diálogo tendo em vista alcançar uma solução, e na sequência disto efectuarem uma visita junto às instalações com a participação da Comissão Europeia, para procurar alcançar uma solução sobre a construção do aterro de resíduos nucleares, naquela Central. Portugal, pelo seu lado, compromete-se a retirar a queixa, no que está a ser censurado internamente por alguns partidos políticos e por ambientalistas dos dois países. “Vozes” há que dizem que partículas radioactivas estão a chegar ao Tejo devido a algumas deficiências encontradas naquela Central, por desgaste de peças e discrepâncias, modificações ou omissões nos parâmetros de fabricação, etc. Como continuam a ouvir-se novas vozes diariamente sobre este caso, e ao que parece, não se sabe como é que este litígio transnacional vai acabar, o GR tenciona continuar a acompanhar este complicado processo.
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Notícias do Mar
Texto Carlos Cupeto Fotografia José Patrício
O Tejo a Pé
Andar em Dois Portos
No Oeste nada contrasta, a terra fértil e o céu azul fundem-se na magnífica paisagem.
P
arece pouco imaginativo voltar ao Oeste e em particular a Torres Vedras. Quem
conhece a Rota do Vinho e da Vinha (PR1) na bonita freguesia de Dois Portos compreende que se volte a Torres. A inspiração deste
magnífico percurso vai muito para além da vinha e do vinho, e, digamos que o dia primaveril também ajudou. Os 15 quilómetros da rota
Que legenda se pode escrever? 38
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parecem desenhados para uma caminhada em família perfeita. Nada falta, de quando em vez, lá aparece um bonito povoado com tudo, como um café, que um caminheiro bem urbano não prescinde. Os quilómetros passam e nem se dá por eles, a paisagem envolvenos. Sentimos que pisamos uma terra ocupada e há muito trabalhada pelo Homem mas, paradoxalmente, tudo nos parece natural. Diria que este é o melhor Oeste, e do Oeste. Espantosamente, apesar de portugueses, há hora prevista chegámos à Adega Cooperativa de Dois Portos, onde de manhã tínhamos iniciado a caminhada. As pequenas rotas (PR) circulares, ideais para fim de semana, têm esta vantagem, iniciamos onde nos é mais conveniente. De copo na mão fomos magnificamente recebidos, não sem antes
Notícias do Mar
Idem a dobrar.
sermos guiados a uma detalhada visita à Adega, agora
em repouso depois da última safra. No fim, como co-
rolário de um dia muito bem passado, quem quis trouxe
para casa algumas garrafas e a vontade de voltar.
Viva a harmonia Homem – Natureza.
Por todo o lado sentimos a presença da vinha e do vinho.
Adega Cooperativa de Dois Portos, onde até as paredes nos contam história.
O Sr José Pedro acolheu-nos com enorme hospitalidade, o vinho sempre ajuda. 2017 Março 363
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Notícias do Mar
Economia do Mar
Politécnico de Leiria lidera projeto europeu Projeto pretende desenvolver produtos inovadores com recursos a algas invasoras que transforma a atual ameaça dos oceanos numa oportunidade.
Equipa AMALIA
O
Politécnico de Leiria lidera o projeto europeu que pretende transformar uma atual ameaça dos oceanos, as algas invasoras, numa oportunidade. Produtos alimentares, rações, novos medicamentos e cosméticos serão algumas das inovações desenvolvidas com recurso a estas algas. O MARE-IPLeiria, unidade de I&D do Politécnico de Leiria, será o responsável por liderar o projeto AMALIA (Algae-to-MArket Lab IdeAs), que envolve instituições de Portugal, Espanha, Áustria e Holanda. O projeto visa valorizar as algas do noroeste da Península Ibérica e criar produtos alimentares inovadores, rações com potencial para estimular o sistema imunitário de peixes e camarões em aquacultura, extratos para a indústria cosmética e novos medicamentos (com ação antitumoral, por exemplo). Para promover a monitorização do aparecimento destas algas invasoras, avançados 40
sistemas e soluções de engenharia e recolha de imagem serão integrados num sistema subaquático, que dará informações em tempo real sobre o aparecimento e quantidades de alga – permitindo assim espoletar mecanismos de recolha das algas para a indústria, antes que imponham danos no ambiente marinho. AMALIA é um dos quatro projetos financiados pela Comissão Europeia no âmbito do mecanismo Blue Labs, e justifica-se «pelo crescente aparecimento de espécies de algas marinhas exóticas, que têm causado problemas ecológicos e económicos consideráveis», explica Marco Lemos, coordenador do MARE-IPLeiria. Segundo o investigador, coordenador do projeto, «estas ameaças podem no entanto ser encaradas como oportunidades, e aproveitadas tendo em conta o seu potencial industrial, e a presença de compostos com grande potencial de uso na indústria alimentar, rações, farma-
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cêutica e cosmética». Deste modo, conclui: «Ao mesmo tempo que se gera valor e contribui para a economia – porque é um produto com potencial para o mercado europeu e de exportação para o mercado asiático -, a exploração e extração destas algas pode contribuir para o seu controlo efetivo, o que tem um impacto positivo para a melhoria da qualidade dos oceanos.» Marco Lemos destaca a abordagem multidisciplinar do projeto, proporcionada pela
presença de «valiosos parceiros» com competências muito diferentes e complementares. Além do Politécnico de Leiria, enquanto líder, o projeto europeu conta com a participação do INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Gestão Industrial da Universidade do Porto, da Universidade de Coimbra, da Universidade de Vigo (Espanha), da Associação para o Desenvolvimento de Peniche (Portugal), e das empresas Algaplus (Portugal), Biomin (Áustria), e Quest-Innovation (Holanda).
Algas
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Electrónica
Notícias Nautiradar
Raymarine lança nova Gama de Displays Multifunções AxiomTM com sonda RealVision 3D e LightHouse 3 A Nautiradar tem o prazer de apresentar a nova gama de Displays Multifunções da Raymarine chamada Axiom, concebida com o intuito de mexer com a indústria de eletrónica marítima.
C
onsiderando a definição de MerriamWebster para “axiom” (axioma): “uma afirmação aceite como sendo tão verdadeira quanto a base para discussão ou infe-
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rência” ou “uma norma estabelecida ou princípio ou uma proposição tão evidente que não precisa de ser demonstrada”. A palavra origina do Grego “axios” e do Latim “axioma” que significa “algo que vale a pena”.
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De facto, “AXIOM” é o nome perfeito para o novo e poderoso sistema de navegação multifunção da Raymarine. Com a sonda integrada RealVision 3DTM, o novo sistema operativo LightHouse 3 e o esplendoroso desempenho Quad-core, os displays AXIOM representam todo um novo paradigma de desempenho em navegação e localização de peixe. A gama de displays Multifunções Axiom da Raymarine apresenta imagens realistas através da tecnologia exclusiva da Raymarine RealVision 3D, para uma identificação superior de peixe e estruturas debaixo de água. Os novos e robustos ecrãs tácteis estão disponíveis para os modelos de 7.0, 9.0 e 12.1 polegadas e vêm com
o novo sistema operativo da Raymarine, LightHouse 3, já pré-instalado. Combinado com o processador veloz de quatro núcleos dos Displays Axiom, o LightHouse 3 garante uma experiência de navegação intuitiva e potente, através de um interface redesenhado que é rápido de aprender e de fácil personalização. Nova Sonda RealVision 3D A sonda RealVision 3D representa a tecnologia pela qual os pescadores já vinham a pedir há algum tempo – com a capacidade de visualizar o que está por baixo, atrás e nas laterais da sua embarcação, em simultâneo e a três dimensões. Com um desempenho esplendoroso do seu processador de
Electrónica
quatro núcleos, a RealVision 3D apresenta todo o mundo subaquático, incluindo estruturas, abrigo, peixe e forragem, com um detalhe estonteante. O utilizador pode girar, inclinar e aplicar zoom na imagem 3D por forma a examinar essa imagem de qualquer ângulo, até mesmo de um ponto de vista único como encontrar-se no fundo e olhar para cima até ao casco do barco. Vê alguma zona de abrigo que pretenda explorar? Ou talvez um grande e compacto cardume de peixe de fundo ou peixe pelágico de passagem? Um simples toque no ponto de interesse que se encontre no espaço tridimensional apresentado permite uma visualização simples que surge de imediato no modo “vista de carta”. Com tudo isto, através dos Displays Axiom, a Raymarine traz de facto aos pescadores uma nova forma de olhar para a informação sobre o meio subaquático e uma capacidade de personalização infindável que dará resposta às suas necessidades, tudo através de um transdutor integrado, sem que seja necessário qualquer módulo tipo caixa negra (“black box”). Os transdutores RealVision 3D combinam CHIRP
DownVision, CHIRP SideVision, CHIRP de Elevada Frquência e RealVision 3D num só corpo de transdutor. Adicionalmente, a tecnologia de Sonda Giro Estabilizada da Raymarine compensa o movimento da embarcação, apresentando imagens de Sonda 3D realistas. Com as definições estabelecidas até 100 metros à esquerda e direita e 100 metros de profundidade, explorar enxtensões de água nunca foi tão simples e rápido. A tecnologia RealVision 3D dá finalmente aos pescadores, mergulhadores, equipas de busca e salvamento e navegadores, uma visão fiel e fácil de compreender da topografia do fundo, detritos e peixe. Finalmente chegou a o elo de ligação entre as tecnologias de sonda, chart plotting, visão lateral e visão para baixo, capaz de dar aos utilizadores uma representação verdadeira e compreensível do que se encontra abaixo do seu barco. Hardware e Sistema Operativo de Última Geração Os engenheiros da Raymarine deram ouvidos aos clientes que pediram uma experiência de utilizador mais poderosa e intuitiva. O
resultado? O LightHouse 3, um interface rápido, fluído e de utilização simples que coloca o utilizador no comando com apenas poucos toques. Os Comandos de Menu LiveView do LightHouse permitem ao utilizador personalizar de um modo simples a cartografia e visualizar a mudança de navegação em tempo real. A adição de Janelas de Contexto Inteligente e Novos Modos de Carta fornecem menus organizados com rápido acesso a modos de carta Simples, Detalhada e Pesca. Uma característica da eletrónica marítima que é muitas vezes menospreza-
da é o processador, que dita a velocidade e facilidade de correr várias funções/características em simultâneo. No coração de cada Axiom encontra-se uma peça vital de hardware: um processador de 4 núcleos. Isto permite ao utilizador um início rápido, assim como aceder vários ecrãs em simultâneo e com múltiplas janelas, caixas de informação e ajustes em tempo real, e tudo enquanto o Axiom desempenha várias tarefas no fundo. Para mais informações sobre este novo produto da Raymarine, por favor visite o site: www.nautiradar.pt
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Electrónica
Notícias Nautiradar
Mastervolt Lança um Novo Monitor de Operação Táctil EasyView 5 facilidade de controlo e ecrã intuitivo Controlar o seu sistema Mastervolt nunca foi tão fácil. O EasyView 5 apresenta um display brilhante e à prova de água, fácil de ler à luz do dia.
contrar todas as definições de sistema possíveis. Características - Display a cores legível à luz do dia - Proteção à prova de água IP67 - Páginas favoritas personalizáveis - Registos de avisos e alarmes - Botão de Alarme e botão “Home” - Instalação simples: montagem frontal, em parede ou em retro montagem - Alimentação através da rede MasterBus ou através de entrada MasterBus de 12/24 V - Atualização simples através de MasterBus e USB
G
raças ao ecrã táctil a cores e menu multilingue, o display EasyView 5 é bastante agradável de se manusear. Páginas favoritas facilmente personalizáveis apresentam toda informação relevante do sistema à primeira vista. Gama Vasta de Aplicações O sistema de monitorização EasyView 5 complementa qualquer sistema MasterBus. Com a sua fun44
cionalidade prática e tamanho compacto, o EasyView 5 é ideal para iates, veículos e sistemas estacionários, podendo ser aplicável em vários mercados como o mercado marítimo, móvel (recreio e profissional), infraestruturas, “offshore” e industrial. As possibilidades são virtualmente infinitas. Funcionalidades Personalização de favoritos: personalize as suas páginas favoritas para se adequarem às suas necessidades de
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especificas para informação e controlo, apresentando informação da forma mais conveniente. Ajuste de parâmetros: Utilize o EasyView 5 para ajuste das definições frequentemente usadas no sistema, como o fusível terra ou, ligar o inversor. Modificação de definições de sistema: Na página de sistema irá en-
PVP: 363,00€ (IVA incluído) Para mais informações sobre este novo produto da Mastervolt, por favor visite o site www.nautiradar.pt
Electrónica
Bluefin Led Lança Nova Luz Suabaquática Piranha P2 Tecnologia, Design e Inovação Especialista em produtos inovadores e com tecnologia de ponta a Bluefin LED, marca fabricante de luzes LED subaquáticas, lança o novo modelo de luz LED subaquática Piranha P12.
torna ideal para usar fora ou dentro da água.
E
sta nova luz subaquática da Bluefin LED apresenta-se disponível em duas versões: - Numa cor: Branco Diamante, Azul Cobalto, Verde Esmeralda e Azul Safira - Duas cores: Branco Diamante e Azul Cobalto A Piranha P12 apresentase como uma luz LED subaquática poderosa com 5500 lúmenes. A qualidade dos seus componentes, sistema de fixação em Bronze AB2 e o seu design, tornam a Piranha P12 da Bluefin numa luz
subaquática de excelência. O seu design de baixo perfil ultra compacto é perfeito para todos os tipos de barcos, e adequado para montagens na popa e na lateral em todo o tipo de cascos. A sua instalação é extremamente simples, sendo necessário apenas um pequeno furo para passagem do cabo de ligação e 3 parafusos de montagem. A Piranha P12 é fornecida com tecnologia de driver integrada com proteção de inversão de polaridade, e reversão térmica ativa, o que a
Características - Instalação na popa ou na lateral do casco - Recomendado para barcos de comprimento até 20 metros - Lúmenes base: 5500 - Lúmenes máximos: 9000 - Vida útil: Mais de 50.000 horas - Voltagem: 12V – 4.6 A | 24V – 2.35 A - Proteção contra sobretensão, corrente, inversão de polaridade e proteção térmica ativa - Lentes: ótica de polímero de elevado impacto, feixe de 60º - Garantia: 2 anos Para mais informações sobre este novo produto da Bluefin LED, por favor visite o site: www.nautiradar.pt
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Pesca Desportiva
Pesca Embarcada
Texto e Fotografia: Carlos Abreu/Mundo da Pesca
Faรงa assists duplos para inchikus
Garantia mรกxima de confianรงa
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Pesca Desportiva
É sabido que muitos dos assists que vêm de origem nos inchikus e rubber jigs não são, na maior parte das vezes, da melhor q uali dad e . A t éc ni ca é no e ntanto produtiva e daqui resulta a combinação de uma boa técnica com material que não está ou nunca esteve à altura. O que fazer? Nada mais simples: fazer os nossos próprios assists para pôr a seco os exemplares que esta técnica consegue enganar.
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Pesca Desportiva
O
s motivos para trocar de assists são vários. Ou porque os que vêm de origem são frágeis demais, ou porque os anzóis oxidaram em demasia e/ou estão rombos,
porque a corda está esgaçada pelo roçar na boca (e dentes) dos peixe ou ainda porque as saias dos polvinhos de silicone estão ressequidas ou cortadas. São muitos e válidos os motivos para o fazermos, com a vantagem de podermos op-
tar por material de melhor qualidade e que se encaixa mais no nosso gosto pessoal. Por esse motivo algum do material usado nesta bricolage pode ser alterado em função disso mesmo, sobretudo a corda, os anzóis e a cor e tamanho do
polvo. Ficamos com um conjunto personalizado que nos custará certamente menos do que se comprássemos numa loja de pesca. Vejamos uma das formas de confecionar um assist duplo para inchikus ao estilo “pirata”.
Material Usado
N
esta bricolage precisamos forçosamente de corda; há muitas opções, desde multifilar de 60/80 libras até corda específica para fazer assists. No meu caso pessoal optei pela Varivas SS Assist Line #25, com 130lb de
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resistência. Quanto aos dois anzóis, a minha escolha recai nos Decoy JS-3 Type-R entre o nº 1 e o 3/0. Iremos necessitar de duas pérolas grandes de 7 ou 8mm, uma lantejoula, uma anilha fechada e um polvinho de silicone.
Pesca Desportiva
Passo a Passo
1
– Para começar cortamos mais ou menos 25cm de corda na extremidade da qual ataremos os dois anzóis. O objetivo é ficar com aproximadamente 20cm de corda já com os anzóis empatados.
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– Dobramos a corda de maneira a que um anzol fique na continuação do outro, para abranger mais área de ferragem, isto é, abranger todo o polvinho.
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– De seguida faz-se um nó simples 4 ou 5cm acima da curva da corda. Isto vai depender da dimensão do inchiku e se a corda vai atravessar uma secção mais ou menos grossa.
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Pesca Desportiva
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– Coloca-se uma pérola brilhante que servirá de batente para o polvinho.
6
– …e atravessamo-lo com a corda, com o auxílio de um anzol ou agulha. Neste caso usei um anzol.
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– Cortamos o menos possível a ponta da cabeça do polvinho…
7
– Puxar a corda até a pérola ficar bem encaixada na cabeça do polvinho.
– Remata-se o trabalho com outra pérola e uma anilha fechada. Trabalho concluído e basta apenas colocar no inchiku que desejarmos.
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Pesca Desportiva
Texto e Fotografia Jorge Sousa e Joaquim Araujo
Campeonato Nacional de Jigging 2016
1º Concurso de Jigging Nazaré
Algumas capturas Realizou-se no dia 25 de Fevereiro de 2017, a ultima prova do Campeonato Nacional de Jigging 2016 sob a égide da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva de Alto Mar (FPPDAM), JIGGING CLUBE PORTUGAL e CLUBE NAVAL DA NAZARÉ, prova a contar para a decisão da equipa Campeã Nacional da Modalidade.
E
sta prova foi realizada na Marina de Oeiras, por mútuo acordo entre as direcções de ambos os clubes e a Federação, por motivos relacionados com a logística que uma prova, de um Campeonato Nacional engloba. Dia de prova, sábado dia 25, logo pelas 06H00, 52
começou a concentração de pescadores na Marina de Oeiras, que em boa verdade tem dado todo o seu apoio ao JIGGING CLUBE DE PORTUGAL, nos seus eventos. Pelas 06H30 foi feita a distribuição dos pescadores pelas cinco embarcações, NANNY, ANDALA, DIMAR, REBULIÇO e KALINCA, perfazendo um
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total de vinte seis pescadores, que pelas 07H00 rumaram aos seus pesqueiros. O dia apresentou-se com alguma instabilidade meteorológica, com ventos de 12 nós do quadrante norte e vaga cerca de 1,8m, sendo que estava um dia frio, ou seja tudo conjugado para uma prova deveras difícil e dura, ape-
nas suportada por grandes pescadores. Pelos motivos descritos as embarcações tiveram alguma dificuldade em navegar, pois a vaga curta e o vento dificultavam a navegação em boas condições, pelo que se levou mais algum tempo a começar a acção de pesca. Durante o decorrer do dia e após solicitação via
Pesca Desportiva
VHF, foi-se tendo a perspectiva de como a pesca ia decorrendo nas diferentes embarcações, contudo nunca é fácil relatar com exactidão as capturas efectuadas, uma vez que cada embarcação tem a sua estratégia e não gosta de comunicar os locais assim como as diversas capturas, mas pelo que foi possível apurar houve em todo o dia diferentes capturas e em diferentes pesqueiros, havendo a registar a captura de tunídeos (sarrajões), muitos carapaus e um escamudo, alem claro dos pargos, o rei do Jigging em Portugal. Pelas 16H30, foi comunicado via VHF, o fim da acção e pesca, pelo que de seguida se deu início á viagem para a marina de Oeiras, onde se realizou pelas 18h30 a pesagem de todas as capturas válidas.
Sorel Tintila da equipa EVADER III. com o maior exemplar, pargo de 6,230 Kg
Campeões Nacionais 2016 2017 Março 363
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Pesca Desportiva
Hugo Silva
Uma vez que não estão comtemplados nos Regulamentos peixes abaixo de 1kg, assim como carapaus, cavalas e tunídeos abaixo dos 2,50kg essas espécies não foram contabilizados. No final da pesagem, re-
gistou-se a captura valida de quinze Pargos com total de 49,600kg, nove Peixes Galo com 12,640kg, um escamudo com 4,620kg e um sarrajão com 2,290kg, que totalizou vinte e seis capturas com 69,150kg.
Manuel Viana 54
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Pesca Desportiva
Os Campeoes Nacionais a festejar
Os Prémios
De salientar o trabalho dos mestres das embarcações na procura dos melhores pesqueiros e procura de peixe, que neste caso o vencedor com mais capturas foi a embarcação KALINCA capitaneada pelo mestre Galiado, uma palavra de agradecimento aos restantes barcos DIMAR, NANNY, REBULIÇO e ANDALA. Os vencedores deste concurso foi a equipa OS TRETAS com o total de 15.740 pontos, em segundo lugar ficou a equipa EVADER III com 15.700 pontos e em terceiro lugar a equipa FISH4FUN com 11.460 pontos. O maior exemplar, um Pargo com 6,230kg, coube ao pescador Sorel Tintila da equipa EVADER III. Após a realização desta prova o Campeonato Nacional de JIGGING 2016, foi ganho pela EQUIPA GOLDEN HOOK, com Orlando Bento e Alexandre Amorim, em 2º lugar ficou a EQUIPA DIMAR composta por Manuel Pita e Armando Machado e o 3º Classificado a equipa BARUK constituída por Paulo Assis e José de Sousa.
Por fim procedeu-se ao lanche no restaurante TOUNAONDA e efectuouse a entrega de prémios aos vencedores além do agradecimento a todos os concorrentes pela boa disposição e espirito competitivo posto em prova, assim como a divulgação da modalidade cada vez mais em expansão. Um agradecimento especial da organização ao Restaurante TOU NA ONDA e ao PORTO RECREIO DE OEIRAS, pela disponibilidade de utilização das suas instalações e apoio logístico.
Total Capturas por Especie Pontuáveis Espécie
Quantidade
Peso
Pargos
15
49.600kg
Peixe-Galo
6
12.640 Kg
Sarrajão
1
2.290 Kg
Escamudo
1
4.620 Kg
Totais capturas
23
69.150 KG
2º Campeonato Nacional de Jigging - Classificações 2016 1º
GOLDEN HOOK
2º
DIMAR
3º
BARUK FISHING
4º
AMBERJACK
5º
M&M
Classificação Final Equipa GOLDEN HOOK
Atletas
1ª Manga Pts/Kg
2ª Manga Pts/Kg
Soma
ALEXANDRE AMORIM
-----------
---------
5950 Pts
ORLANDO BENTO
5,950 Pts.
--------
AMBERJACK
JORGE SOUSA
------------
2.150 Pts.
VITOR COSTA
-----------
----------
TEAM M&M
MARCIO MONTEIRO
1,000 Pts.
---------
MIGUEL MOREIRA
------------
----------
PAULO ASSIS
3,070 Pts.
---------
JOSE DE SOUSA
-----------
---------
JOÃO SEREJO
-----------
--------
LUIS BORGES
-----------
---------
BARUK FISHING TEAM ZAGAIA DIMAR RED HUNTER LASER JIGGING
MANUEL PITA
1,380 Pts.
---------
ARMANDO MACHADO
2,330 Pts.
---------
TELMO CASTOR
-----------
--------
NUNO SANTOS
-----------
--------
JORGE RODRIGUES
-----------
-------
PAULO SOARES
----------
-------
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2150 Pts 1000 Pts 3070 Pts. --------3710 Pts -----------------
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Surf
Red Bull Rivals Portugal vs. Espanha
Tiago Pires
Portugal Reinou na Ericeira mas Espanha Venceu Depois do desaire em Mundaka, a “armada” lusa mostrou no passado dia 8 de Março em Ribeira d’Ilhas toda a sua garra, acabando por ser largamente superior a nuestros hermanos.
J
Team Espanha 58
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osé Ferreira foi o homem do dia, conquistando para a equipa a melhor onda e a manobra mais pontuada. No entanto, a combinação global de pontos das duas “batalhas” acabou por ser favorável a Espanha – que levou assim a taça desta primeira edição ibérica do Red Bull Rivals. Foi com boas condições de mar e ondas com cerca de dois metros de altura, um quadro considerado ideal pelos especialistas, que se disputou em Ribeira d’Ilhas, na Ericeira, mais uma batalha da primeira edição ibérica do Red Bull Rivals. Este segundo confronto representou a conclusão da competição iniciada em janeiro passado no
Surf
País Basco, na mítica onda de Mundaka, onde os espanhóis começaram a vencer. Numa praia bem conhecida da maior parte dos elementos da equipa lusa, sob a liderança do melhor surfista português de todos os tempos – Tiago Pires – o orgulho nacional foi restabelecido com uma contundente vitória de 13-04. No entanto, após a conjugação final de todos os pontos, a vantagem global acabou por ser favorável aos espanhóis – também comandados por uma lenda do surf ibérico, Aritz Aranburu, que foi o primeiro atleta espanhol a conseguir chegar ao Circuito Mundial de Surf WCT. Portugal começou esta original competição de surf por equipas da melhor forma – a vencer – e foi de facto a principal força motriz nas ondas da Ericeira. O atleta mais aclamado acabou por ser José Ferreira, que juntou a melhor onda do dia à ma-
Team Portugal
nobra mais pontuada. No fim, o “Capitão” Tiago Pires destacou que este foi “um campeonato muito competitivo, com espírito diferente e saudável. A
nossa equipa mostrou um surf de grande qualidade e está de parabéns. É verdade que faltaram alguns pontos, mas a maioria do estrago foi feito. Acho que
é sem dúvida uma experiência a repetir!”. Do outro lado da “fronteira” Aritz Aranburu destacou “o bom ambiente e a oportunidade única de competir em
Ribeira dÍlhas Ericeira 2017 Março 363
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Surf
equipa num desporto que é sempre visto de uma forma individualista”. Toda a ação foi transmitida em direto (livestreaming) e pode ser revista no site oficial do evento em www. redbull.com/rivals. Pontuação Final Espanha 20 - Portugal 15 RIBEIRA D’ILHAS: Portugal 13 - Espanha 4 MUNDAKA: Espanha 16 Portugal 2
Team Espanha
Aritz Aranburu e Tiago Pires
Team Portugal 60
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Team Portugal Tiago Pires - CAPITÃO Vasco Ribeiro - PRO/AM (foi substituído por José Ferreira na Ericeira) Henrique Pyrrait - JUNIOR (foi substituído por Guilherme Fonseca na Ericeira) Mariana Rocha Assis - GIRL (foi substituída por Carina Duarte na Ericeira) Mica Lourenço - WEEKEND WARRIOR Tomás Fernandes - LOCAL HERO (foi substituído por Pedro Rua em Mundaka) Team Espanha Aritz Aranburu - CAPITÃO Illán Urkía - LOCAL HERO Gony Zubizarreta - PRO/AM Luis Díaz - JUNIOR (foi substituído por Iker Amatriain em Mundaka e na Ericeira) Ariane Ochoa - GIRL (foi substituída por Garazi Sánchez em Mundaka) Eneko Merino - WEEKEND WARRIOR
Team Portugal
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Vela
Sines Tall Ships Festival // RDV 2017
Os Grandes Veleiros em Sines
Mantendo viva a tradição dos grandes exploradores, a Rendez-vous 2017 Tall Ships Regatta representa a aventura de uma vida – uma regata de 7.000 milhas náuticas transatlânticas que visitará cinco países. A primeira perna da regata liga Greenwich a Sines.
Os Tall Ships em Lisboa
O
“Sines Tall Ships Festival // RDV 2017” foi apresentado no passado dia 27 de Fevereiro no Auditório do Edifício Sede da Administração dos Portos de Sines e do Algarve, numa cerimónia que contou com a presença do Presidente da Turismo do Alentejo – ERT, Dr. Ceia da Silva, do Presi-
dente da Câmara Municipal de Sines, Dr. Nuno Mascarenhas, do Presidente da Administração dos Portos de Sines e do Algarve, SA, Eng.º José Luís Cacho e do Diretor da APORVELA – Associação Portuguesa de Treino de Vela, Comandante José Inácio Júnior. AApresentação dos pormenores do evento esteve a cargo do
Comandante Carlos Oliveira, da APORVELA. Depois de ter passado por Lisboa em 2016 com 51 Veleiros e receber a visita de mais de 650.000 espetadores, a frota de Tall Ships regressa este ano a águas lusas -Sines. O “Sines Tall Ships Festival” está inserido na “Rendez-vous 2017 Tall Ships
Regatta” (RDV 2017), uma regata de grandes veleiros que passa por sete países e cruza o Oceano Atlântico duas vezes. A primeira perna da regata liga Greenwich a Sines. A frota fica atracada em águas portuguesas de 28 de abril a 1 de maio. Os 4 dias são recheados de atividades, visitas às embarcações, desfiles dos tripu-
A regata visitará cinco países e a primeira perna liga Greenwich a Sines. 62
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Vela
lantes, concertos, fogo de artifício e muitas outras iniciativas. A entrada no recinto é gratuita. Além dos 4 dias do evento, todos os interessados (dos 15 aos 115) têm a oportunidade única de embarcar num Tall Ship. Independentemente da experiência a bordo, basta ter espírito de aventura, amor por viagens e muita diversão. Um dos maiores e mais apelativos Veleiros a atracar no Porto de Sines é o italiano “STS Amerigo Vespucci”. Construído em 1931 e com mais de 100 metros de comprimento, este gigante dos mares pertence à Marinha Italiana. O seu mastro principal tem 54 metros de altura, a contar a partir do nível da água. O “Amerigo Vespucci” conta com uma tripulação permanente de 270 elementos, podendo ainda embarcar até 150 cadetes. Sines Sines – a terra das descobertas – é um município no centro da costa sudoeste de Portugal. Está localizada numa das mais bem preservadas regiões costeiras da Europa e tem praias, dunas, rios, baías e regiões de montanha.
Apresentação do evento no Auditório do Edifício Sede da Administração dos Portos de Sines e do Algarve
O porto de Sines é um porto de águas abertas com excelentes acessos marítimos e sem restrições de comprimento ou calado. Para além de ser o maior porto de Portugal, Sines foi berço do navegador Vasco da Gama (1460-1524) que descobriu o Caminho Marítimo para a Índia. A 10 km de distância, situada entre o mar e as planícies fica a pitoresca aldeia de Porto Covo, rodeada por
algumas das mais belas e bem preservadas praias de Portugal. O seu território faz parte do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Declarações: Eng.º José Luís Cacho Presidente da Administração dos Portos de Sines e do Algarve, SA “Esta é uma oportunidade de dar uma visibilidade diferente ao Porto. Normalmente o
nosso foco está na atividade económica, mas neste caso os Tall Ships trazem uma vertente mais cultural e ligada ao turismo, o que é benéfico para o Porto de Sines. É um evento que permite valorizar o nosso Porto, a nossa cidade e todo o Alentejo. A nossa missão também é contribuir para o desenvolvimento da região onde estamos integrados.” Comandante José Iná-
Rendez-vous 2017 Tall Ships Regatta é uma regata de 7.000 milhas náuticas 2017 Março 363
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Os maiores e mais apelativos Veleiros vão atracar no Porto de Sines
Sines está localizada numa das mais bem preservadas regiões costeiras e de praias da Europa
cio - Diretor da APORVELA – Associação Portuguesa de Treino de Vela “Quero aproveitar para lançar um desafio aos mais jovens: Não tenham medo, apareçam. Os portugueses, por vezes, são acanhados e pensam que isto não é para eles e, pela minha
experiência, posso dizer que muitas vezes estão enganados. Desde os 15 aos 115 anos, todos estão convidados a aparecer e embarcar nestes veleiros.” Dr. Ceia da Silva - Presidente da Turismo do Alentejo – ERT “Este é um
evento que envolve duas componentes. Por um lado, o espetáculo em si – vão ser 4 dias únicos em que esperamos cerca de 300.000 visitantes e penso que o Alentejo e Sines vão ser a capital do país durante esse período. Por outro lado, é um evento
Os Tall Ships em Sines trazem uma vertente mais cultural e ligada ao turismo 64
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com grande poder promocional que com certeza vai ter um impacto positivo nas regiões envolventes, não só pela divulgação da região alentejana pela Comunicação Social nacional e internacional, mas também pela transmissão “passa-palavra” de todos os visitantes que, não só nos voltarão a visitar, como irão passar a ideia a todos os seus conhecidos de que vale a pena visitar Sines e o Alentejo.” Dr. Nuno Mascarenhas Presidente da Câmara Municipal de Sines “É um grande evento para Sines e para todo o Alentejo. Estamos empenhados em fazer deste evento o maior da região em 2017. A cidade está preparada para receber o Sines Tall Ships Festival, pela experiência e knowhow adquirido através de todos os eventos que realizamos ao longo do ano. Estão reunidas todas as condições para que este
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Os jovens estão convidados a embarcar nestes veleiros
seja um evento de grande sucesso.” Sobre o Sines Tall Ships Festival // RDV 2017 Sines, cidade atlântica desde sempre ligada aos caminhos do mar, vai receber a regata de grandes de veleiros comemorativa dos 150 anos da Confederação do Canadá, que larga do Reino Unido e passará por Sines (Portugal), Las Palmas, Bermuda e Estados Unidos, até chegar ao país “aniversariante”. Do Canadá, a frota cruzará ainda o Atlântico até ao destino final Le Havre (França). A RDV 2017 Tall Ships Regatta em Sines será um festival em terra e no mar, com a presença de veleiros de todo o mundo. Vão ser quatro dias de atividades, de 28 de abril a 1 de maio, com visitas às embarcações, desfiles dos tripulantes, concertos, fogo de artifício e muitas outras iniciativas num recinto de entrada livre. O Sines Tall Ships Festival é um evento co-organizado pela Turismo do Alentejo – ERT, Câmara Municipal de Sines e Administração dos Portos de Sines e do Algarve, em parceria com a Aporvela – Associação Portuguesa de Treino de Vela. Co-financiado pela União Europeia através do Fundo
Europeu de Desenvolvimento Regional e enquadrado no ALENTEJO 2020 (Programa Operacional Regional do Alentejo), no montante de Investimento de 502.945, 49 euros, e montante de Apoio de 390.788, 65 euros, o evento insere-se no projecto Alentejo Eventos XX - Promoção e Marketing que visa afirmar a Região Alentejo como Destino Turístico diferenciado e inovador, através da promoção integrada e articulada de um calendário de eventos culturais com potencial de atração regional, nacional e internacional de visitantes
Caravela Vera Cruz
Foi lançado um desafio aos mais jovens para não terem medo e aparecerem 2017 Março 363
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Notícias do Mar
Últimas Expedição EDP Mar Sem Fim
Fotográfia: Rui Soares
Onda de João Macedo, Pico da Viola, Ribeira Grande
Onda dos Açores
nos Prémios Mundiais de Ondas Grandes
A
sessão na costa norte de S. Miguel, da Expedição EDP Mar Sem Fim, garantiu a nomeação para os prémios máximos de ondas grandes a nível mundial e desperta o interesse de todo o mundo para os Açores A primeira expedição do ano colocou a onda do município de Ribeira Grande lado a lado com locais de todo o mundo como Irlanda, Hawaii, Australia, Canárias, Estados Unidos, Fiji, México ou Nazaré. Açores compete agora lado a lado com os melhores destinos de ondas grandes reconhecidos mundialmente, sendo os finalistas anunciados no final de Março e os vencedores apresentados na cerimónia de entrega dos prémios em Abril. O projecto EDP Mar Sem Fim regressou aos Açores, para a primeira expedição desta temporada de ondas grandes. A equipa destacada para esta missão de exploração consistiu nos melhores surfistas de ondas grande em Portugal: Alex Botelho, António Silva,
João Guedes, João de Macedo e ainda os convidados Eric Rebiere e Sebastian Steudtner. O dia 27 de Janeiro teve início com uma sessão matinal no baixio de Santana, local eleito para arrancar as expedições EDP Mar Sem Fim de 2017 e exactamente o mesmo local onde foi realizada a primeira expedição em 2014. No total, uma equipa de 6 surfistas equipados com 4 motas de água Yamaha e embarcação de socorro dos bombeiros de Ribeira Grande entraram em acção pelas 09:30h. A sessão de tarde decorreu na zona da Lomba da Maia na Costa Norte, mais concretamente no Pico da Viola, local também já explorado anteriormente em expedições passadas. E foi já no final da sessão que João de Macedo apanhou a bomba do dia e garantiu a primeira nomeação dos Açores aos Big Wave Awards da WSL. Para João de Macedo: “Apanhar uma onda deste calibre - uma onda de uma vida - nos Açores - em território nacional simboliza tudo o que EDP Mar Sem Fim
representa para o surf nacional.” Onda João Macedo - Pico da Viola - Ribeira Grande - Açores: Nomeação Categoria “Ride of the year” 1: https://youtu.be/SIPh4MRpgSw Nomeação Categoria “Ride of the year” 2: https://www.youtube. com/watch?v=ITqgah0o1w8 Nomeação Categoria “Tube of the year”: https://www.bigwaveawards.com/tube-of-the-year-photos
Mário Almeida, responsável do projecto, fez o balanço no final: “Foi a expedição com menos sessões de surf, mas uma das mais memoráveis porque conseguimos um dos objectivos do projecto: nomeações para os Big Wave Awards para além da Nazaré.. A próxima expedição está a ser planeada ao Grupo Ocidental.
João Macedo
Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com
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