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Notícias do Mar
Nauticampo 2017
Boa Resposta Náutica a um Público Interessado
Este ano houve uma forte aposta do sector das actividades económicas da náutica de recreio na Nauticampo, com 80 expositores presentes cobrindo todas as áreas de negócio de produtos e serviços, que tiveram como resposta, a visita de um público bastante interessado que se cifrou em 63.500 visitantes.
E
xiste uma maior confiança no que respeita ao desenvolvimento da náutica de recreio, até agora travado principalmente pelo Regulamento da Náutica de Recreio, que o actual Governo pretende alterar. Se deixar de
haver a limitação dos 60 HP para a iniciação e o Registo das embarcações sem a burocracia e vistorias das Capitanias, vai haver logo uma maior procura de barcos. Este ano marcaram presença na Nauticampo todas as marcas de motores fora de borda,
Stand Boat Center 2
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os principais importadores de barcos, os maiores estaleiros nacionais e estavam todos os representantes e importadores de equipamentos de electrónica, acessórios e palamenta. Quem tivesse interesse em embarcações a motor ou quisesse reequipar o seu barco, a visita à
Nauticampo valia a pena. Dos que estiveram presentes este ano destacamos os seguiintes: BOAT CENTER Com dois iates no stand, Greenline Hybrid 65 e Greenline Hybrid 48 a Boat Center tinha
Os Chris Craft na Boat Center
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Um Bavaria no stand Descobreventos os maiores barcos em exposição, que apresentam soluções ergonómicas combinando eficiência e respeito ambiental e onde se maximiza o conforto e bem-estar a bordo, porque estão equipados de modo a aumentar o máximo o prazer durante os cruzeiros. A Boat Center desafiou os amantes de cruzeiro em iates a navegar 10 dias no Geenline Hybrid 65, um novo negócio que está a promover. Embarcações novas, estavam dois modelos Chris Craft, uma marca que é um símbolo de prestígio dos USA, de excepcional qualidade e garantia de durabilidade, juntando hoje a tradição com modernidade. A Boat Center mostrava três novos Chaparral, dois modelos 210 com motorização fora de borda e bowrider e outro modelo com cabina. A Chaparral é considerada como o número um como produtor independente e vencedor de imensos prémios entre outros como “Barcos do ano”, “Melhor Design”, “Maior e melhor Inovação”, “Barco com o melhor preço” e “A melhor per-
A Honda no stand GROW
formance”... DESCOBREVENTOS Na Descobreventos encontrava-se um modelo Bavaria 360 Sport, um sportcruiser construído no estaleiro alemão Bavaria. É um iate de motor de linhas elegantes e desportivas, projectado para oferecer ao piloto prazer numa condução dinâmica e segura, graças ao design do casco que garante igualmente a maior segurança na navegação. Como é uma embarcação para desfrutar os banhos de sol, o convés oferece diversas soluções para se deitar e relaxar. Na cabina tem um salão, cozinha, dois camarotes e um quarto de banho.
A novidade o Honda BF200 branco no Lomac Adrenalina 7.5
GROW No satnd GROW estava a gama de motores Honda e Thoatsu, três embarcações Beneteau, Flyer 5.5, Flyer 6.6 e Antares 5.80 e também o semi-rígido Lomac Adrenalina 7.5. O Lomac Adrenalina 7.5, é um digno representante do design italiano aplicado às embarcações semi-rígidas, das quais são os maiores fabricantes do
Motores fora de borda Tohatsu no stand GROW
Stand da Limatla
Stand Moteo com motores fora de borda Suzuki 2017 Abril 364
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A novidade Suzuki DF250 branco no stand Moteo
No stand Nautel Humminbird Série Helix 5 e Helix 7 G2 mundo. O Adrenalina 7.5 tinha montado um especial motor Honda BF200 branco, para realçar a elegância do requintado e ergonómico semi-rígido italiano, construído com os tubos brancos e azul em tecido hypalon Neoprene Orca Pennel. Tem um banco em U na popa,
uma elegante consola de condução central com banco para o piloto conduzir de pé e bancos à frente que se convertem em solário. LIMATLA Na Limatla encontrava-se dois novos modelos Monterey, o
Eng. António Inglês apresenta a novidade Raymarine a nova gama de Displays Multifunções Axiom 4
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Stand Nautel 196 e o 278 ambos bowrider, embarcações do estaleiro dos USA, que se caracteriza por constantes inovações nos modelos, para responderem melhor ao interesse do cliente. Cada modelo novo traz sempre melhoramentos em relação aos anteriores. Na Limatla, distribuidor da Sessa Marine, estava o Sessa Key Largo 24, com motor interior, de 6,90 m de comprimento. Barco do tipo Open que apresenta uma linha elegante e desportiva com consola de condução central, um poço amplo e uma espaçosa cabina para pernoitar. Também distribuidor da Rodman, a Limatla apresentava o novo Espirit 31, com 9,48 m de comprimento, com motores fora de borda. Neste barco destacase o inovador banco circular de popa no poço, movendo-se sobre calhas.Esta versão comporta um segundo camarote no
interior da cabina, convertendo o Rodman Spirit 31 num dos barcos com este comprimento, com maior acomodação nas férias e fins-de-semana para dormir. MOTEO Distribuidor para Portugal dos motores fora de borda Suzuki, a Moteo apresentava no seu stand toda a gama Suzuki. Como novidades estavam os novos Suzuki DF175AP e DF150AP de controlo de precisão electrónico, com 4 cilindros em linha “Big Block” com 2.867 cm3 de cilindrada. São motores com elevada taxa de compressão 10:2:1 sistema de admissão de ar semidirecto, para aumentar a eficiência de funcionamento, maior aceleração e velociade de ponta. Têm o sistema de selecção de rotação que permite alterar o sentido de rotação do hélice. Em destaque por ser novi-
Stand Nautiradar
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dade, encontrava-se um Suzuki DF250 branco. NAUTEL A Nautel apresentou em grande destaque da Humminbird as Série Helix 5 e Helix 7 G2, que fazem mapeamento automático e instantâneo dos fundos (Autochart Live), Sonda especial com CHIRP e multifrequência de 50/83/200 e 455 e 800KHz nos sonares vertical e lateral. Passa a poder ligar a antena de GPS externa. Também a Série Helix 7 G2N, é especial, com tudo quanto as outras fazem mais possibilidade de ligar a antena de radar, fazer rede para multi-estação, ter Bluetooth para uso de comando remoto sem fios. As Séries, Helix 9, 10, 12 G2N, são o topo da gama, com os seus ecrãs maiores, todas as funcionalidades atrás referidas, e mais a grande nova inovação da HUMMINBIRD, para as versões com sonar (SI, DI): A Megaimaging da Humminbird, é uma tecnologia de sonar de varrimento lateral para embarcações mais pequenas. Coloca a frequência de sonar em 1200KHz, ou seja 1,2MegaHz e passamos a ter tudo num só equipamento, com 1,2MHz., as várias formas de sonar, em qualquer modelo das séries 9, 10 ou 12 específico para estas tecnologias: DownImaging, SideImaging, Mega Imaging. Da IRIS estava a nova antena de radar, de redoma com consumo muito baixo. O sistema é “CHIRP/Solid State”. Tem 54cm de diâmetro, permite escalas até 24 mn. Tem estanquicidade pelo padrão IPX6, e pesa 5,6Kg.
A nova sonda RealVision 3D representa a tecnologia pela qual os pescadores já vinham a pedir há algum tempo, com a capacidade de visualizar o que está por baixo, atrás e nas laterais da sua embarcação, em simultâneo e a três dimensões. A RealVision 3D apresenta todo o mundo subaquático, com um grande detalhe. Os transdutores RealVision 3D combinam CHIRP DownVision, CHIRP SideVision, CHIRP de Elevada Frequência e RealVision 3D num só corpo de transdutor. Adicionalmente, a tecnologia de Sonda Giro Estabilizada da Raymarine compensa o mo-
Stand Nautiser/Centro Náutico
NAUTIRADAR No stand da Nautiradar foi apresentado em conferência de imprensa a grande novidade do ano Raymarine a nova gama de Displays Multifunções chamada Axiom com sonda RealVision 3D e LightHouse 3. Com a sonda integrada RealVision 3DTM, o novo sistema operativo LightHouse 3 e o esplendoroso desempenho Quad-core, os displays AXIOM representam todo um novo paradigma de desempenho em navegação e localização de peixe. 2017 Abril 364
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Embarcações Jeanneau no stand Nautiser/Centro Náutico vimento da embarcação. NAUTISER/CENTRO NÁUTICO No stand da Nautiser/Centro Náutico estavam os modelos Cobalt R3, Cobalt R5,Cobalt 200 e o Cobalt 25SC que é novidade 2017. Cobalt é um dos mais prestigiados estaleiros de embarcações de recreio dos USA com modelos construídos com a máxima garantia de robustez, qualidade e com acabamentos requintados. Também se encontravam cinco modelos Jeanneau, estaleiro francês qu se especializou na construção de embarcações de recreio a motor para o mercado dos praticantes da pesca lúdica e desportos aquáticos. As gamas Cap Camarat e Merry Fisher são cada vez mais de embarcações muito práticas e polivalentes. Os modelos que estiveram expostos foram Cap
Camarat 4.7CC, Cap Camarat 5.5BR (Novidade 2017), Cap Camarat 5.5WA, Cap Camarat 7.5WA e Merry Fisher 795 ORLANDO ROSA Novos Karnic estavam no stand Orlando Rosa. O estaleiro Karnic de Chipre tem uma larga experiência na construção de embarcações robustas e com casco em V eficiente e de alto desempenho, polivalentes para as actividades aquáticas e pesca desportiva. Para personalizar os Karnic o mais possível de acordo com as exigências dos clientes, o estaleiro desenvolveu duas gamas, Series Smart 1 e Series SL com Design Modular. Deste modo na Series Smart 1 os modelos 48 e 55 podem ser Open, Stern Console, Center Console e Side Consola. Graças a este processo, o cliente escolhe o local exacto onde quer ter a consola de condução, atrás,
Stand Sea Way 6
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Embarcações Karnic no Stand Orlando Rosa ao centro ou encostada a uma borda. No caso da Series SL, barcos de consola com cabina, podem ter o poço Open, Parallel, L-shape e U-shape nos modelos 602, 600 e 702, os assentos do piloto e copiloto e o banco da popa colocados de forma diferente. No stand estavam seis barcos destas duas Series. O Smart 1 48 apresentava-se em Open, para se perceber bem como é possível escolher o local para fixar a consola de condução. PORTINAUTA A Portinauta do grupo Angel Pilot apresentou barcos nos stands da Yamaha e da Honda. No Stand Honda estavam modelos Beneteau, a nova parceria com a marca Beneteau em packs powered by Honda inimitáveis pela sua relação
qualidade preço, Antares 5.8, Flyer 5.5 SUNdeck e Flyer 6.6 SUNdeck Porti Nauta teve o gosto de apresentar na qualidade de Líder de Vendas Nacional de motores das marcas Honda e Yamaha. No stand Yamaha estavam os modelos Capelli e Sunchaser Powered By Yamaha, apresentados por Alessandro Balzer, sócio-gerente do Grupo, os modelos Capelli Capelli Tempest 340LE, Capelli Tempest 470, Capelli Tempest 570, Capelli Tempest 650 e Capelli Tempest 750 Work MT, sendo que o destaque foi este ano para os modelos personalizados: Tempest 570 Versão Yamaha Experience e Tempest 750 Versão Aniversário Yamaha. Quanto à Sunchaser, a Porti Nauta e a Yamaha apresentam uma versão especial com vários bancos lounger, um flutuador adicional de alta performance e
A Siroco no stand Sea Way
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Portinauta apresenta modelos Beneteau no Stand GROW pormenores exclusivos da versão Sport. RIAMAR Estava presente a Riamar, o mais antigo estaleiro em Portugal de embarcações para o mercado do recreio e também a construção de barcos para actividades profissionais e para a pesca profissional, com uma experiência de mais de 50 anos como construtor de embarcações em PRFV (poliéster reforçado com fibra de fidro). Com sede em Aveiro, a Riamar tem agora com os estaleiros em Ilhavo, a um quilómetro da Ria. A gama de recreio é constituída por oito modelos desde os 3,80 aos 6,22 metros de comprimento. Quanto à gama profissional, constrói barcos a partir dos 3,20 até 7,18 metros de comprimento. No processo de construção a Riamar utiliza o poliuretano em
PVC nos reforços estruturais do casco em vez da madeira, para garantir mais robustez e também maior durabilidade. Com quatro embarcações em exposição, destacava-se o modelo Riamar 550 um barco polivalente do tipo open com uma armação inovadora para encorporar um T-Tope ou servir de torre de wakeboards. Com um excelente acabamento, o barco tem uma consola de condução com um banco de piloto individual dois assentos à popa e assento à frente da consola.
Embarcações Beneteau no Stand GROW tentes, seguros e estáveis. Os modelos 435 e 500 O San Remo, 860 Bue Sky com Flybridge, tem motorização fora de borda e apresenta grandes janelas laterais em vidro acrílico. O flybridge aproveita bem o longo tecto e tem um banco atrás para quatro pessoas e um solário. A escada para o flybridge é uma inovação e tem uma
escotilha estanque que fecha em cima. Na coberta superior está o salão com sofás e mesa e uma cozinha muito bem equipada. O posto de pilotagem a estibordo tem uma porta lateral, para facilitar o acesso rápido do piloto para o poço ou a proa. Na coberta inferior o barco tem duas cabinas, uma à frente e outra sob o salão, onde
SAN REMO O estaleiro nacional San Remo apresrentou o mais recente modelo, o San Remo 860 Bue Sky com Flybridge. Também expôs embarcações Whaly, fabricadas na Holanda, os modelos 435 e 500, construídas em polietileno pelo processo de Rotomoldagem com o objectivo de serem resis-
Stand Riamar 2017 Abril 364
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San Remo 860 Bue Sky com Flybridge no stand San Remo podem dormir quatro pessoas. Existe ainda um quarto de banho e um roupeiro com porta. SEA WAY A Sea Way importadora de marcas de embarcações de elevado prestígio estava presente com a exposição de um veleiro Jeanneau Sun Odyssey e a apresentação de iates a motor Prestige, produção do estaleiro francês Jeanneau, do qual a Sea Way é a distribuidora oficial para Portugal. A Sea Way é a importadora dos Catamarans Lagoon, os mais famosos e vendidos no mundo, com mais de 50 catamarans Lagoon vendidos em Portugal de dimensões dos 38 os 63 pés A Sea Way já foi galardoada com 3 prémios Lagoon: Best New Dealer 2006, Best Costumer Service em 2007 e 2011. Todos os anos a Sea Way realiza um encontro Lagoon Ow-
ners Club, o Clube criado para o convívio e confraternização dos proprietários. A Sea Way dispõe de um departamento de assistência técnica o Sea Way Services, com o objetivo de dar um apoio às marcas das quais é distribuidora exclusiva em Portugal, com uma equipa especializada e em constante formação, para melhor servir os clientes. SOPRAMAR No stand Sopramar estava uma das novidades da Nauticampo deste ano. Os semi-rígidos com casco em alumínio HighField. O Alumínio tem sido o material do casco de escolha em muitas partes do mundo devido a sua força, facilidade de reparação, versatilidade e acima de todas as características, economia de peso. Para garantir a longa vida das embarcações, a Highfield RIB, só usa materiais de quali-
Stand Sopramar anuncia motor fora de borda OXE a Diesel 8
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No stand Sopramar os semi-rígidos HighField com casco em alumínio dade superior. De alta resistência, o alumínio de classe marítima é revestido em pó e cozido para garantir um acabamento suave e durável, sendo desta forma mais amigo do ambiente. Porque o alumínio não vai absorver água, o Highfield vai pesar o mesmo em 10 anos. Os tubos dos semi-rígidos Highfield são fabricados em tela PVC Valmex ou em Tela Hypalon ORCA. Estava exposto o modelo HighField Classic 380 com 3,80 m de comprimento, com consola de condução que garante mais segurança na condução. Os tubos são construídos em PVC Valmex. O barco apresenta um nível extra de conforto num semi-rígido de casco duplo, com. acabamento de luxo e de alta qualidade. TOURON A Touron apresentou o Bayliner Element XR7 com o casco es-
pecial em forma de um M, uma embarcação do tipo pontão para passeios calmos e confortáveis. Estavam o Bayliner E6, uma lancha open e o Bayliner VR5 OB, lancha bowrider com motor fora de borda. Das embarcações Quicksilver estavam os modelos ACTIV 505 OPEN e 505 CAB, CAPTUR 605 PILOTHOUSE, ACTIV 755 SUNDECK e ACTIV 755 CRUISER Pneumáticos Mercury – modelos 220 ULC e 240 DIN Da AIRIS, encontrava-se a Prancha de Stand Up Puddle Hard top 11 Dos geradores Cummins ONAN, o modelo 8MDKDW Da gama de motores fora de borda Mercury estavam os novos F400 R Verado, F9.9, F40 ELPT EFI SEA PRO e F115 ELPT EFI Pro XS. O novo motor Mercury Verado 400R é o fora de borda de alto rendimento mais potente
Embarcações Quicksilver no stand Touron
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O novo F115 ELPT EFI Pro XS. 2.1L cilindrada utiliza a redutora Command Thust que permite utilizar o motor com uma hélice de maior tamanho situando-se mais fundo na água e incorpora uma relação de engrenagens maior, permitindo equipar o motor em embarcações mais pesadas.
No stand Touron o novo Mercury F115 ELPT EFI Pro XS fabricado pela Mercury. Graças aos vários avanços da plataforma do 2.6L Verado, o novo motor oferece a melhor relação peso-potência de todos os motores a 4 Tempos. Foi desenvolvido para equipar embarcações de consola central com o casco em V profundo de última geração. É um motor de baixo ruído, sobrealimentado e refrigerado por água, desenhado para permitir que
o motor tenha um binário sem precedentes e uma aceleração inigualável em toda a gama de rotações. O 400R dispõe de caixa de velocidades Sport Master de competição que oferece menor fricção com a água, incrementando as performances e possui o sistema de aceleração e mudanças digital (DTS), assegurando mudanças suaves e resposta instantânea na aceleração.
Stand Yacht Works 10
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YACHT WORKS No stand da Yacht Works estava o motor NEANDER Dtorque Turbo Diesel motor de fabrico alemão que representa extraordinários avanços tecnológicos para o sector náutico. Trata-se de um motor fora de borda moderno com 36,8 KW de potência. O motor cumpre requisitos rigorosos, especialmente no que diz respeitoa ao serviço de aplicações comerciais. Além da prioridade da segurança a bordo, a eficiência e os aspectos económicos são os mais importantes. Tanto para os pescadores como para actividade marítimo-turística o motor tem um desempenho confiável e eficiência, segurança e baixo custo operacional de combustível.
YAMAHA No maior espaço da Nauticampo estava o stand Yamaha, com áreas de exposição dos concessionários com barcos expostos das seguintes marcas: B2 Marine Cap Ferret - 552 Open/ F100FETL Novidade e 522 Open/ F50HETL Capelli – A novidade Tempest 340 Light, Tempest 750 Work MT/F250DETX, Tempest 650 Topline/ F200GETX, Tempest 570 New Yamaha/ F100FETL, Experience/Novidade, Tempest 470 Topline/ F40FETL/ F25GETL Dipol - Dipol 580 CP Open/ F100FETL, Dipol P-580 Pescador/ F50HEDL, Dipol H-510 Fragata/ F50HETL, Dipol D-450/ F25GETL Jeanneau - Cap Camarat 5.5 BR/ F115BETL, Cap Camarat 4.7/ F50HETL Rancraft - RS Cinque.5/ F80BETL e RS Cinque/ F60FETL Sirius & Obe Fisher – A novidade Sirius 430 Open, Obe Fisher 485CC/F20BEL, Sirius 535 Open/F60FETL, Sirius 500 Cabin/F40FETL, Sirius 500 Open/F40FETL/F25GETL
Motor NEANDER Dtorque Turbo Diesel no stand Yacht Works
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Novo Yamaha F100F Sunshaser - Sunchaser/ F100FETL/ Novidade Zodiac - Cadet Compact 300/F e Cadet 230 RollUp/F Pneumáticos Yam - 230B Light grey/F2.5BMHS, 240Sti/ F2.5BMHS, 275Sti/F5AMHS e 310S/F6CMHS Waverunners - EX Sport, EX DeLuxe Blue, EX DeLuxe Grey, VX CRUISER, VXR, FX CRUISER e SVHO Limited. Motores Yamaha – Em destaque no meio da gama esta-
vam os novos F25G e F100F. O novo e inovador F25G da Yamaha é cerca de 25% mais leve, o que proporciona uma performance peso/potência sem paralelos O Yamaha F25G tem 2 cilindros com 4 válvulas (SOHC), a cilindrada de 432 cm3 e pesa apenas 56 Kg. O armazenamento é muito mais simples, graças ao peso reduzido e facilidade de transporte, devido ao novo design prático da
Stand Yamaha com a gama de motores fora de borda Yamaha
Novo Yamaha F25G pega. Outra característica do F25G é o novo sistema de injeção eletrónica de combustível (EFI) sem bateria que assegura um arranque fácil, mesmo nas condições mais difíceis. O novo motor Yamaha F100F é muito mais leve, mais compacto, mais rápido e mais potente da última geração de motores Yamaha fazem dele um motor altamente desejável por ter uma performance notá-
vel, em especial para desportos aquáticos e pesca em alto mar. O F100F tem 4 cilindros, com 1.832 cm3 de cilindra, 16 válvulas (SHOC) e Injeção eletrónica de combustível (EFI). O Yamaha F100F não só proporciona um nível superior de performance, como também é ainda mais suave e silencioso, apresentando níveis de som e de vibrações extremamente reduzidos, graças ao novo design do sistema de escape.
No stand Yamaha barcos B2 Marine Cap Ferret, Capelli, Dipol, Jeanneau, Rancraft, Sirius & Obe Fisher, Sunshaser, Yam e Zodiac 2017 Abril 364
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Pesca Desportiva
Comunicado da New Economics Foundation
Mau acordo de quotas para os pescadores portugueses
Pequena pesca com aparelho Numa nova análise a New Economics Foundation (NEF) revela que Portugal não está a gerir as pescas no interesse público
A
New Economics Foundation (Fundação para a Nova Economia) é o único grupo de reflexão
(“think tank”) do Reino Unido inteiramente gerido pela comunidade. Na fundação trabalham pessoas interessadas em construir uma nova econo-
mia, onde possam realmente assumir o controlo. As conclusões da NEF
Barcos de pequena pesca em Sesimbra 12
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- Apesar do caráter público das quotas de pesca, o sistema português de atribuição de quotas baseia-se na manutenção do status quo, em vez de incentivar melhores práticas de pesca. - Portugal atribui quotas de pesca a licenças individuais com base no histórico de capturas. Algumas dessas quotas podem ser compradas e vendidas para transferência de propriedade. - Devem ser tidos em conta aspetos sociais, ambientais e de interesse público em geral na atribuição das quotas pesqueiras. - Além disso, um sistema online de troca de quotas entre pares poderia permitir que os pescadores de Portugal beneficiassem das novas tecnologias, enquanto exploram as suas áreas de especialização e os respetivos modelos de pesca. O estudo da fundação mostra que existe uma gran-
Pesca Desportiva
Pesca aos polvos com covos
de variação entre 12 EstadosMembros da UE e, simultaneamente, uma incapacidade geral de obtenção dos melhores resultados para a indústria e para os cidadãos. Embora os totais admissíveis de captura nas águas europeias sejam acordados através de negociações entre os ministros europeus, a distribuição dos direitos de pesca é posteriormente determinada por cada um dos governos. A análise da fundação demonstra que cada um dos Estados-Membros, incluindo Portugal, pode fazer muito mais para garantir um acesso justo às unidades populacionais de peixes. Griffin Carpenter, economista da New Economics Foundation, afirma que “As pescas devem ser não só sustentáveis, como também justas. Portugal pode apoiar os pescadores e as comunidades pesqueiras do litoral através de uma melhor ges-
tão das possibilidades de pesca.” “O sistema português de direitos de pesca carece de transparência, quer em relação a quem tem os direitos de pesca, quer à forma como as quotas são distribuídas. Devem ser feitas reformas para garantir um sistema responsabilizador.” As unidades populacionais de peixes são um recurso público fundamental, daí que o respetivo acesso motive acesa discussão na UE e em cada um dos Estados-Membros. Os diferentes governos resolveram a questão do acesso de maneiras diversas. O relatório da fundação averigua como 12 EstadosMembros da UE (Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Holanda, Polónia, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido) tomam essas decisões e as consequências que daí podem advir. Os sistemas vigentes variam
Pesca de cerco à sardinha, carapau e cavala
Pescadores a iscarem o aparelho
significativamente. Apesar de os pescadores da Bélgica e da Holanda capturarem muitas das mesmas espécies nas mesmas águas, as quotas são racionadas pelo governo do primeiro país e o mercado de direitos de propriedade do segundo estão nos antípodas um do outro em termos de estratégia de gestão. Um sistema bem-sucedido deve permitir que os pescadores prosperem, o público beneficie, garantindo simultaneamente um processo decisório responsabilizador e justo. O relatório estabelece um quadro de objetivos que reflete
isto mesmo. Embora alguns EstadosMembros tenham melhor desempenho do que outros, em todos eles a gestão das pescas se revela dispendiosa e geradora de fraca receita pública. O acesso à indústria pesqueira para novos operadores é difícil e a transparência de muitos dos sistemas de possibilidades de pesca é baixa. Cada um dos governos deve fazer mais para melhorar tanto estes sistemas como a pesca, de modo a alcançar os melhores resultados para os seus cidadãos.
Como acabar com os maus acordos J
á há muito que se diz que Portugal tem que comer peixe de modo sustentável, porque não pesca o suficiente para comer e tem que importar 2/3 do peixe que come. Portugal em 1982 tinha 48.000 pescadores e depois de ser obrigado a meter no fundo 60% da frota que tinha para entrar para CE, tem agora apenas cerca de 17.000 pescadores. A solução não está em portugueses comerem menos que os 62 Kg que já comem. Esta é a alimentação mais saudável que há, porque haveriam de comer menos? O estudo da NEF diz que Portugal neste momento tem apenas 8.205 navios de pesca e desta frota 90 % é de pequena pesca com barcos com menos de 12 metros de comprimento. Isto demonstra que Portugal não pratica sobrepesca, nem é exportador de peixe como os espanhóis e franceses que pescam com frotas de dezenas de navios no Atlântico à volta dos Açores todo o tipo de atum que aparece marcado pelas sondas. Portugal tem uma plataforma continental riquíssima em peixe e marisco. Cada vez que uma rede de emalhar de fundo é levantada mais de 60 % do peixe é deitado fora porque éacessório. É Isto que tem de acabar. Na nossa plataforma continental, para se pescar mais é necessário primeiro recuperar os fundos desgastados pela pesca com redes de tresmalho e devese restringir mais o uso desta arte. Ao mesmo tempo incentivar a pesca do palangre, que é 100 % sustentável. Se o Governo tomar essas medidas, os fundos e os stocks recuperam e em breve os pescadores pescam mais e os portugueses terão mais peixe para comer, sem ser importado.
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Notícias do Mar
Economia do Mar
Fotográfia EDP
Mar é Recurso Fundamental
na Aposta das Energias Renováveis O Governo já decidiu avançar com o inovador Projecto “WindFloat” como estratégia das energias renováveis oceânicas e Portugal deve trabalhar em conjunto na Aposta das Energias Renováveis no mar, porque temos todas as condições para ser um exemplo nesta área, lembrou a Ministra do Mar Ana Paula Vitorino na Conferência “Energias Renováveis Oceânicas: uma Estratégia Industrial e Exportadora” que decorreu no passado dia 7 de Março na Gare Marítima de Alcântara.
A
conferência reuniu o grupo de trabalho que foi criado há um ano pelo governo para estudar as energias renováveis oceânicas. Além da Ministra do Mar, integrou também este grupo, o Secretário de Esta14
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do da Energia, Jorge Seguro Sanches. Ana Paula Vitorino sublinhou que até 2030 precisamos reduzir 40% nos gases com efeito de estufa, cortar 27% no consumo de energia e aumentar em 27% o uso de energias renováveis. Além
destes compromissos assumidos com a União Europeia, existe ainda o objetivo do Governo português ter uma economia com balanço neutro em matéria de carbono até 2050. Para tudo isto é essencial fazer do mar um dos pilares essenciais para atingir estes
objetivos. Segundo o relatório Roteiro para uma Estratégia Industrial das Energias Renováveis Oceânicas, estas novas fontes energéticas do mar português possuem o potencial para fornecer 25% do consumo elétrico nacional
Notícias do Mar
os melhores cientistas do mundo e uma costa fantástica e está na hora de apoiar a investigação e de criar mecanismos especiais para apoiar a ligação da inovação à indústria” e acrescentou “Se estamos atrasados tecnologicamente, então temos de acelerar e precisamos de descobrir o que temos de fazer para poder ir mais rápido na implementação desta estratégia” É fundamental aproveitar o que melhor temos e implementar uma estratégia industrial das energias renováveis oceânicas. Em Portugal não há falta de possibilidades de energia renovável e o mar é um dos locais onde é preciso ir procurá-la. Ao desenvolver o projecto “WindFloat”, o Governo pretende também captar investimento estrangeiro que pode ser possibilitado, em virtude da indústria nacional já produzir componentes relacionados com a energia offshore, podendo depois exportá-los. O Governo pretende definir orientações estratégicas para a criação de um cluster industrial das energias renováveis oceânicas em Portugal.
e para criar, já em 2020, um cluster industrial exportador competitivo, gerando cerca de 280 M€ de valor acrescentado bruto, 1.500 novos empregos directos e um impacto positivo estimado de 119 M€ na balança comercial. A aposta nas energias renováveis oceânicas é uma medida política racional na vertente ambiental e também na construção da competitividade para um crescimento sustentável. Na conferência a Ministra do Mar reiterou que “temos
Na doca seca da Lisnave em Setúbal
Ministra do Mar Ana Paula Vitorino 2017 Abril 364
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Notícias do Mar
O Windfloat a sair da Lisnave em Setúbal
O “WindFloat” é um projecto pioneiro a nível mundial O “WindFloat” é um projecto para exploração do recurso eólico recorrendo à tecnologia eólica offshore para águas profundas. O sector energético está em mudança profunda com a inclusão de energias renováveis e a energia offshore é incontornável e terá grandes vantagens se for desenvolviad em Portugal, porque temos uma posição de destaque na energia offshore com ondas e vento. A tecnologia de vento offshore flutuante é uma oportunidade que não se deve perder, porque dá resultados imediatos. A exploração do eólico offshore em águas profundas será chave para aumentar o peso das energias renovaveis
Foram utilizados simples rebodadores 16
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na produção de energia. A tecnologia “WindFloat” apresenta vantagens competitivas significativas e transforma as águas profundas num mercado energético da maior importância. Com a primeira plataforma construída em Portugal foi demonstrada a nossa capacidade de construir, pois não tinhamos experiência offshore e o resultado indica a possibilidade de adaptar os estaleiros nacionais existentes para receber estas encomendas. A construção e montagem foi toda efectuada em terra e depois de pronta,sem necessidade de navios complexos foi levada por rebocadores simples até ao local, procedendose a amarração ao fundo do tipo standard, numa operação sem grandes custos. Segundo os estudos feitos,
Reboque entre Setúbal e a Aguçadoura (400Km) utilizando o navio que foi usado para estabelecer as amarrações
este projecto representa uma oportunidade relevante para Portugal e também para a Europa. Os parceiros do Projecto “WindFloat” são EDP, A.Silva Matos, InovCapital, Vestas, Repsol e Principle. Com um Investimento de cerca de 23 milhõe de euros o primeiro “WindFloat” foi construído e instalado em 2011 na
Aguçadoura a 6 km da costa, fundeado a 60 metros de profundidade e a 12 km do porto mais próximo que é a Póvoa do Varzim,tendo entrado em operação em Dezembro desse ano. O protótipo tem uma potência instalada de 2MW, com uma turbinaeólica offshore de 2MW. O mais relevante foi o “Win-
dFloat” ter sido construído com o fornecimento de 70% de empresas portuguesas. Tendo já atravessado vários Invernos com fortes ventos e ondulação, o “WindFloat” superou a primeira prova que foi a da sobrevivência e comportou-se adequadamente na presença de ondas até 17 metros de altura Remotamente o “WindFlo-
Fabricação de componentes na A. Silva Matos 2017 Abril 364
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Notícias do Mar
Montagem na doca seca
at” é monitorado 24 x 7 horas. A 1ª Fase que constituiu
a demonstração do “WindFloat”, foi apenas o primeiro passo de um projeto mais
ambicioso que poderá vir a ter um impacto considerável na Indústria Portuguesa
As próximas fases Segundo indicação do Governo vai entrar-se na 2ª fase do projecto “WindFloat”, a pré-comercial que é constiruída por um parque pequeno com 5 turbinas com uma potência instalada de 27MW, muito provavelmente instalada junto ao protótipo, ao largo da Póvoa do Varzim. Nesta fase serão incorporados mais de 450 trabalhadores altamente qualificados. Depois na 3ª fase, de dimensão comercial, o objectivo é fazer-se uma construção progressiva até atingirem-se 150MW, não estando ainda definida a localização dos “WindFloat”. A construção integral em Portugal do projecto “Windfloat” demonstra bem as capacidades navais portuguesas para este tipo de indústria offshore e acentua agora a importante luz verde dada pelo Governo.
Antevisão de parque Pré-comercial 18
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Náutica
Apresentação Europeia dos motores Yamaha F100F e Yamaha F25G
Texto e Fotografia Antero dos Santos
Maravilhoso Cenário de Montargil
Mostrou as Novidades Yamaha Durante dois dias, em 14 e 15 de Março, na Barragem de Montargil, dirigentes e técnicos da Yamaha Motor Europe realizaram o “South/Mid European Press Event for New F25G & New F100F”, à imprensa especializada europeia e aos concessionários de Portugal, com barcos e motores para testarem.
O
Capelli Tempest 570 Yamaha Experience comYamaha F100FETL 20
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rganizado pela Sucursal Yamaha Portugal este evento teve como base o Hotel Nau Lago Montargil, um espectacular hotel inserido num cenário tropical rodeado por jardins com palmeiras, junto à albufeira e dispondo de um centro náutico. Foram convidados para a apresentação europeia dos novos motores Yamaha F100F e Yamaha F25G cerca de 40 jornalistas estrangeiros, que não deixaram de acentuar as maravilhosas condições que encontraram para testarem os motores. Antes dos testes houve uma sessão para a apresentação técnica dos novos Yamaha F100F e Yamaha F25G, onde se evidenciaram as características especiais destes novos Yamaha e demonstraram as enormes vantagens deles em relação aos mode-
Náutica
F25GET
los anteriores. No centro náutico estavam oito embarcações equipadas com os novos motores Yamaha que os jornalistas foram testando ao longo de um dia. Para além dos elementos técnicos fornecidos sobre os motores, no final os jornalistas receberam também, após a sessão de testes na barragem, as fotos necessários para a realização das notícias e artigos. Foram testados pelos jornalistas os seguintes conjuntos: -Capelli Tempest 570 Yamaha Experience - Yamaha F100FETL -Dipol 580 Open – Yamaha F100FETL -Jeanneau Cap Camarat 5.5BR Yamaha 100FETL -Rancraft RS Cinque - Yamaha F100FETL -Sunchaser 8522 LR DH Sport Yamaha F100FETL -Capelli Tempest 340 LE - Yamaha F25GETL -Dipol Cala 450 – Yamaha F25GETL -Highfield Classic 380 – Yamaha
Capelli Tempest 570 Yamaha Experience comYamaha F100FETL Em Portugal o estaleiro italiano Capelli é representado pela Portinauta. O Capelli Tempest 570 Yamaha Experience é uma versão diferente e personalizada, utilizando a cor vermelha nos flutuadores para reforçar a elegância do barco, com tudo o que é necessário para aumentar mais a sua polivalência. O Tempest 570, com 5,60 metros de comprimento, tem as dimensões adequadas para navegar com segurança e conforto no mar, nas jornadas de pesca submarina ou pesca à linha. Os tubos são construídos em Neoprene-Hypalon Orca 1100 dtex e o casco com a forma clássico dos Tempest, com um V muito profundo, é a principal garantia de comodidade em navegação O Capelli Tempest 570 tem um layout bem organizado, dispondo da consola de condução com o banco incorporado encostada a estibordo. Deste modo a passagem a bombordo da popa para a proa é larga e de fácil circulação. Tem um banco à popa, um banco duplo para o piloto e um banco à frente da consola de condução. Junto à proa tem assentos convertíveis num solário. .A consola de condução comporta um pára-brisas alto e tem um compartimento com porta estanque. O piloto tem um banco com encosto basculante, para conduzir de pé ou sentar-se virado para
Capelli Tempest 570 Yamaha Experience
Capelli Tempest 570 Yamaha Experience
Posto de Comando do Capelli Tempest 570 Yamaha Experience
Jeanneau Cap Camarat 5.5 BR com Yamaha F100F 2017 Abril 364
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Náutica
Jeanneau Cap Camarat 5.5 BR
Posto de Comando do Jeanneau Cap Camarat 5.5 BR a popa Para arrumações existe um enorme porão sob o banco da popa e compartimentos à frente. Este modelo comporta um arco de luzes em aço inox com o toldo
bimini e na popa tem um mastro de ski e um duche de água doce. No teste verificámos que o Yamaha F100F está perfeitamente adequado a este barco, devido à sua capacidade de aceleração e
Jeanneau Cap Camarat 5.5 BR rapidez de resposta ao pedido de potência. No arranque em 2,04 segundos o barco já planava. Também na acelaração às 5.000 rpm, em 11,79 segundos atingimos os 27,4 nós. Fizemos ainda um teste da velocidade para o arranque de esquidores com saídas da água aos 18/20 nós. E verificáms que em apenas 7,62 segundos o conjunto atingiu os 20 nós. A velocidade máxima, foi às 5.300 rpm com 32,7 nós e a velocidade de cruzeiro com o motor às 4.000 rpm foram 22 nós. A velocidade mínima do barco a planar, que nos indica a facilidade de descolagem do casco da água foi 10,4 nós às 2.800 rpm. Com o vento que se fazia sentir com a água um pouco mexida, deu para se perceber que o Tempest 570 é um barco marinheiro e adequado para navegar
Rancraft RS Cinque com Yamaha F100F 22
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muitas milhas no mar oferecendo o maior conforto. Jeanneau Cap Camarat 5.5 BR com Yamaha F100F A Nautiser / Centro Náutico é o importador exclusivo para Portugal dos barcos a motor do estaleiro francês Jeanneau. A gama Cap Camarat, embarcações concebidas e construídas para navegarem no mar, para os passeios, a pesca lúdica e desportiva e desportos aquáticos, tem-se desenvolvido nas linhas Center Console, Day Cruiser e WalkAround. Este ano a novidade Jeanneau é o lançamento da linha BowRider, barcos que comportam com o máximo aproveitamento do espaço à proa para acomodação confortável de pessoas. Foram lançados dois modelos, o Cap Camarat 6.5 BR e o Cap camarat 5.5 BR. O modelo Cap Camarat 5.5 BR, com 5,48 m de comprimento, foi desenvolvido dirigido.às excursões particularmente relaxantes com a família ou os amigos. O Cap Camarat 5.5 BR tem um banco corrido à popa, os bancos do piloto e copiloto individuais e assentos em U à frente. A vantagem deste barco é possuir uma passagem central, que facilita a circulação do poço atrás para a frente, com o pára-brisas aberto ao centro. Deste modo o barco usufrui de duas áreas distintas, usando-se a da proa para os banhos de sol recostado ou em solário e no poço zona polivalente de pesca, desportos aquáticos e piqueniques sob a sombra do bimini. O casco clássico da Jeanneau, com a proa alta e um V profundo à frente e semi-planante à popa, tem como complemento na segurança no mar dispor de um párabrisas envolvente alto até atrás e muito protector.
Náutica
Rancraft RS Cinque A borda do poço bastante alta garante ao barco um alto desempenho e segurança a navegar no mar Na popa está montado um arco de ski com mastro que vai emocionar os fãs do ski e do wakeboard. Desporto que ainda tem a torre de wakeboard como opcional O equipamento incluído na versão apresentada é o Pack Premiere 2017 que incluiu: Rolete de proa para o ferro, bussola, assentos “Bolster”, almofadas de poço, almofadas de proa, mastro/arco de ski, mesa de poço e solário de proa. O resultado dos testes confirmaram a recomendação do estaleiro Jeanneau da motorização deste modelo com o Yamaha F100F. No arranque, graças também ao binário do motor, em 1,66 segundos estávamos a planar e na aceleração até às 5.000 rpm, atingimos 24,5 nós em 10,62 segundos. Na aceleração máxima atingimos os 33,7 nós às 5.800 rpm. A velocidade económica de cruzeiro às 4.000 rpm o barco navegou a 20 nós. No teste de velocidade mínima com o barco a planar, evidenciouse as características do tipo de casco e assim com apenas 8 nós ainda planávamos. Deve-se salientar a excelente e confortável condução do barco, com o piloto numa boa posição num banco individual regulável e giratório, com duas posições de condução sentado e em pé recostado. Como o plano de água estava agitado pelo vento, deu para se confirmar igualmente as características marinheiras do Cap Camarat 5.5 BR Rancraft RS Cinque com Yamaha F100F
Para Portugal é a Nauticolour que importa em exclusivo os barcos do estaleiro italiano Rancraft Yachts. A Rancraft destingue-se por produzir embarcações de recreio, onde se realça o design made in Italy e são o resultado do trabalho desenvolvido por um centro de investigação. A pesquisa e testes de novas tecnologias, permitem construir barcos da máxima qualidade, com conforto e bom desempenho. O estaleiro empenha-se em dar grande atenção aos materiais aplicados, os equipamentos e aos detalhes do acabamento. O modelo Rancraft RS Cinque, de 5,05 m de comprimento, é uma embarcação ergonómica e visualmente muito elegante, do tipo open e polivalente, construída com o casco especial I.H.C, que é o resultado de um
Rancraft RS Cinque
Solário do Rancraft RS Cinque estudo de design inovador chamado “Innovating Hull Concept”. É uma tecnologia exclusiva da Rancraft Yachts que oferece performances muito altas, com a vantagem de traduzir-se num
consumo de combustível reduzido e facilidade de navegação. Estes benefícios são devidos à forma particular do casco e sobretudo ao degrau transversal do casco que garante menos resistência de
Sunchaser 8522 Lounger DH Sport com Yamaha F100F 2017 Abril 364
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Náutica
Motor Yamaha F100F M
uito mais leve e mais compacto, esta foi a forma de elaboração por parte da Yamaha, do F100F de última geração mais rápido e mais potente. A Yamaha tem vindo a revolucionar o desenvolvimento e a produção dos motores fora de borda mais avançados a nível mundial, para uma comercialização da gama mais ampla e adequada, que proporciona uma potência fora de borda a 4 tempos limpa, suave e económica e que é, simultaneamente, adequada a todas as aplicações possíveis. A marca pretende expandir e explorar a sua experiência com essa tecnologia para melhorar e aperfeiçoar ainda mais os modelos Yamaha de referência. Os engenheiros da Yamaha, com os modelos da última geração, têm obtido motores ainda mais leves e mais compactos. O novo Yamaha F100F é o mais recente motor de gama média alta com mais potência, mais velocidade e uma aceleração de saída ainda mais acentuada. O Yamaha F100F tem 4 cilindros, com 1.832 cm3 de cilindra, 16 válvulas (SHOC) e Injeção eletrónica de combustível (EFI). Sem comprometer as características lendárias de resistência e fiabilidade pelas quais todos os motores da Yamaha são famosos mundialmente, os engenheiros não só voltaram a conceber alguns elementos para tornar este último modelo ainda mais compacto, como também alcançaram uma redução de peso significativa. As características do novo F100F, agora com mais potência, mais velocidade e uma aceleração de saída ainda mais rápida,fazem dele um motor altamente desejável por ter uma performance notável, em especial para desportos aquáticos, pesca em alto mar e atividades de lazer. O Yamaha F100F não só proporciona um nível superior de performance, como também é ainda mais suave e silencioso, apresentando níveis de som e de vibrações extremamente reduzidos, graças ao novo design do sistema de escape. Estes fatores contribuem para tornar qualquer barco mais poderoso e com uma maior capacidade de resposta e proporcionam a solução perfeita para proprietários de motores a 2 tempos mais antigos que pretendam desfrutar das muitas vantagens irresistíveis de contar com a tecnologia a 4 tempos mais recente à popa. Ao ser totalmente compatível com o sistema digital de rede exclusivo da Yamaha, o F100F proporciona um impressionante conjunto de funções e opções de controlo sofisticadas, com uma vasta gama de manómetros digitais. Uma das funções é o controlo VTS (velocidade de ajuste variável) integral que não só proporciona um ralenti inferior ao normal, também permite controlar a velocidade de ajuste em passos simples de 50 rpm, o que é ideal para a pesca ao corrico. Outra é o exclusivo sistema de proteção antirroubo Y-COP. O novo manípulo multifunções é outra das opções apelativas deste motor. Possui um controlo de mudanças montado na frente de alcance fácil pelo condutor, um punho robusto de grandes dimensões e um punho de aceleração rotativo, para uma condução, utilização e manobra confortáveis, dominando facilmente o sistema VTS. Os gráficos elegantes e uma conduta de admissão de ar para o lado de drenagem de água, concebida de forma inovadora na capota superior, complementam as vantagens do novo Yamaha F100F.
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Sunchaser 8522 Lounger DH Sport
Alessandro Balzer no posto de comando do Sunchaser 8522 Lounger DH Sport fricção, mesmo com o barco a planar a baixa velocidade, garantindo manutenção reduzida e descolar da água com menor velocidade. É a ventilação suficiente e regular através de entradas de ar laterais que eliminam o aumento ao atrito. Tudo isso se traduz em uma navegação segura, confortável e com maior performance. O Rancraft RS Cinque tem uma consola de condução central, banco duplo para o piloto, banco à popa, um banco à frente da consola e assentos à proa convertí-
veis em solário. Sob os bancos, dentro da consola e à frente, têm grandes compartimentos para arrumação da palamenta, equipamentos e sacos com roupa. O equipamento incluído no barco é: Solario de Proa, Almofadas de proa, Bimini Inox, Kit Cobertura (capa barco e capa consola), Direcção Hidraulica, Depósito combustível inox. Quando fizemos o teste, as características do barco e do motor associaram-se para dar excelentes performances.
Sunchaser 8522 Lounger DH Sport
Náutica
No arranque em apenas 1,80 segundos o RS Cinque já planava e no teste de aceleração até às 5.000 rpm em 5,54 segundos atingimos os 20 nós. A velocidade máxima foi de 31,6 nós às 5.800 rpm e a de cruzeiro foi às 4.000 rpm com 18 nós. A confirmar as características do casco I.H.C “Innovating Hull Concept”, a velocidade mínima a planar foi de 10 nós às 3.200 rpm. O desempenho do Rancraft RE Cinque, em relação ao conforto e segurança foi excelente. A condução apoiada pela direcção hidráulica faz-se sem esforço e o casco especial galgou facilmente a agitação da água. Sunchaser 8522 Lounger DH Sport com Yamaha F100F Os pontões Sunchaser são uma nova forma de gozar férias náuticas, nos passeios em convívio com os amigos e a família, ou jornadas de pesca num estuário e em águas abrigadas, oferecendo pleno prazer e comodidade nos passeios. Num pontão SunChaser, podemos fazer um uso polivalente e viver dias passados em deslocações calmas, desfrutar de piqueniques, pescar, apanhar banhos de sol ou dar uns mergulhos. Trata-se de um tipo de barco onde a coberta é uma plataforma rectangular assente em dois flutuadores construídos em alumínio e com a motorização fora de borda fixada num painel de popa. Esta característica oferece a estes pontões a máxima estabilidade e segurança a navegar. O Sunchaser 8522 Lounger DH Sport, com 7,26 m de comprimento, é uma versão especial que oferece grande espaço e conforto, com quatro bancos lounger em L
Dipol Cala 450 com Yamaha F25 e um ergonómico e confortável banco do piloto e do co-piloto, para acomodar até 12 pessoas (lotação de homologação). É um modelo também excelente para as actividades de marítimo-turística devido ao imenso espaço e requintado conforto que oferece. Este tipo de barco pontão é especialmente indicado para navegar nas rias, rios, albufeiras e nas praias com o mar calmo. Não há nenhuma maneira mais fácil de fazer um passeio, pescar, nadar defronte de uma praia e passar todo o dia divertido do que num pontão SunChaser. No interior a facilidade de circulação é outra das características dominantes deste pontão. O posto de comando fica ao meio encostado a estibordo. Tem três entradas, uma pela popa a estibordo, ao meio a bombordo e à
frente ao centro, facilitando as entradas ou os saltos para a água na altura dos banhos O painel de popa é um monobloco super resistente fixado na plataforma, em V por baixo, para
fornecer água limpa para o hélice e permitir melhor desempenho a curvar. O modelo tem o equipamento standard seguinte: Para-brisas - Portas 70cm - Porta de popa -
Dipol Cala 450
Dipol Cala 450
Dipol Cala 450 2017 Abril 364
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Náutica
Mesa com suportes para copos - 2 Bases para mesa - Toldo Bimini 2,59m – Cunhos - Painéis e
corrimões - Ficha 12V - Escada de banhos em alumínio – Vestiário - Banco de condução c/
Motor Yamaha F25G Q
uase tão leve como uma pena, diz a Yamaha. O novo e inovador F25G da Yamaha é cerca de 25% mais leve, o que proporciona uma performance peso/potência sem paralelos. Nem sempre se lança um mo-
tor fora d e borda que é verdadeiramente o líder da sua classe por uma margem significativa, mas o novo F25G da Yamaha é um desses motores. O Yamaha F25G tem 2 cilindros com 4 válvulas (SOHC), a cilindrada de 432 cm3 e pesa apenas 56 Kg. Para proporcionar uma portabilidade genuína a um motor fora de borda energético e de alta performance como este, foram necessárias as competências de desenvolvimento e engenharia avançadas pelas quais a Yamaha é conhecida. Nos últimos anos, o F25G demonstrou ser um dos motores mais bem-sucedidos, conquistando utilizadores fiéis em todo o mundo, com a sua fiabilidade resistente e móvel, economia e grande facilidade de utilização. Agora, o mais recente F25G leva tudo isto a um nível mais elevado. Não só em mais performance, o novo F25G também dis- põe de muitas funcionalidades que tornam a sua utilização dentro e fora de água mais funcional. Graças ao novo peso reduzido e facilidade de transporte devido ao novo design prático da pega e dispor de duas almofadas de amortecimento bem posicionadas o armazenamento é muito mais simples. A manutenção também é simples. Um conector para tubo de fácil acesso na capota inferior permite remover sal e sujidade das entradas de água sem ser necessário arrancar o motor. Esta é uma forma simples e rápida de reduzir a corrosão e alargar a vida útil e o valor de revenda do motor. Outra característica técnica avançada do novo F25G é o novo sistema de injeção eletrónica de combustível (EFI) sem bateria que assegura um arranque fácil, mesmo nas condições mais difíceis, estando disponíveis opções de arranque manual ou elétrico/manual. A vantagem da opção de arranque elétrico traz uma compatibilidade total com o sistema digital de rede avançado da Yamaha, que inclui a disponibilidade de manómetros claros e elegantes, que oferecem ao condutor uma seleção abrangente de informações sobre a performance do motor e de dados em execução, bem como um nível de controlo mais rigoroso e preciso O motor tem manípulo multifunções como opção, no qual possui um controlo de mudanças montado na frente de alcance fácil pelo condutor, um punho robusto de grandes dimensões e um punho de aceleração rotativo, para uma condução, utilização e manobra confortáveis. O sistema VTS (velocidade de ajuste variável) integral não só proporciona um ralenti inferior ao normal, também permite controlar a velocidade de ajuste em passos simples de 50 rpm, o que é ideal para a pesca ao corrico. Esta nova vantagem está incluída de série nos modelos de manípulo e como opção nos modelos de controlo remoto do F25G. Os gráficos elegantes e uma conduta de admissão de ar para a drenagem de água concebida de forma inovadora na carenagem superior, caracterizam mais o novo F25G.
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posição ajustável - Depósito de combustível 113,5 litros - Painéis brancos com decoração azul e verde - Estofos com opcional cor “Electric blue” - Flutuador central PTS (3º flutuador de comprimento reduzido para alta performance) Radio c/ bluetooth e ligação MP3 - 2 colunas extra - Luzes de navegação. Os Opcionais incluídos no conjunto em teste: Revestimento pavimento Sea Weave Grey - Luzes LED azuis sob o deck - Certificado CE – Montagem - Caixa de Comando Topo 704 c/ Trim + Chicote 5M - Kit Tacómetro + Velocímetro digital multifunções - Direção Hidráulica. No teste que efectuámos de performances, interessou-nos também ver os consumos do motor. À velocidade reduzida de 5 nós às 2.000 rpm consumiu 4 L/h No mínimo de velocidade a planar aos 8 nós às 3.000 rpm, consumiu 9 L/h. A velocidade mais económica de cruzeiro, foi de 16,3 nós às
4.500 rpm com 18 L/h de consumo. Na velocidade máxima de 21,8 às 5.500 rpm o consumo foi de 18 L/h Dipol Cala 450 com Yamaha F25 O estaleiro espanhol Dipol Glass de Huelva fez uma parceria com a Yamaha que motoriza todas as embarcações Dipol vendidas em Portugal. Com uma experiência de mais de 25 anos a construir embarcações para os pescadores profissionais e para o recreio, o estaleiro desenvolveu os barcos com cascos adequados para navegarem no mar com estabilidade, robustez e boas performances e com um bom desempenho com motores de baixa potência. Os cascos Dipol são construídos com as estruturas longitudinais e transversais, muito reforçadas. E quanto às características dos cascos, os modelos mais pequenos são do tipo trincado. O Dipol Cala 450, com 4,40 m
Sirius 430 Open
Náutica
Sirius 430 Open com Yamaha F25G de comprimento, é de casco evoluído do trincado e no interior tem uma consola de condução central, banco corrido para o piloto, assentos laterais à popa, e um assento à frente. A consola tem um pára-brisas em vidro acrílico com corrimão em aço inox. Tem uma porta estanque para um compartimento. Para arrumações, existem compartimentos sob os assentos à popa e à proa. Na frente está fixado um varandim de cada lado e na proa existe um porão para o ferro.e uma roldana para o cabo. No pack testado está incluído a Consola com varandin e porta, porões proa/popa, Sistema governo mecanico e escada de banho. O casco do Dipol Cata 450 tem um V evolutivo muito acentuado à frente, que se atenua e é semi planante na popa. Com esta característica descola facilmente da água. Esto foi o que verificámos com o barco a planar a 8 nós às 4.000 rpm. Em virtude do hélice que tinha montado, no teste de velocidade máxima, o motor não passou das 5.400 rpm e o barco só atingiu a velocidade de 16 nós. Com outro hélice as performances serão outras. No Dipol Cala 450 salienta-se a estabilidade que lhe confere o casco, não balançando nada e nas curvas mantém-se quase direito e sem adornar. Sirius 430 Open com Yamaha F25G O estaleiro Obe & Carmen, de Aveiro, é uma empresa com qua-
se 40 anos de experiência na construção de embarcações em fibra, tanto destinadas ao recreio como para a pesca profissional. A imagem da marca Obe temse implantando como construtor de embarcações por processos rigorosos, que garantem no final a maior robustez e qualidade. Devido à qualidade das embarcações das marcas Obe e Sirius, o estaleiro Obe & Carmen não só satisfaz o mercado nacional, como exporta para Espanha, França e Inglaterra. O Sirius 430 Open, de 4,20 m de comprimento, resulta de algumas alterações ao layout do modelo Sirius 435 Open, com vista a melhorar a performance anterior com motores de baixa potência e permitir avançar com a consola para vante e enriquece-lo com uma cadeira piloto. Tem um banco corrido à popa e o barco dispõe de assentos à frente. A consola de condução comporta um párabrisas com vidro acrílico protegido por um corrimão em aço inox e dentro tem um compartimento para arrumações com uma porta estanque. O escoamento de água do poço agora passou as ser feita por duas saidas de água laterais. O casco do Sirius 430 Open mostra a larga experiência da Obe na construção de embarcações para a pesca profissional com a clássica forma de casco tipo trincado, adicionando-lhe uma forma moderna que funciona como planos de estabilidade laterais, robaletes na parte inferior do casco e degraus laterais em cima para afastar a água para fora.
Sirius 430 Open
Sirius 430 Open No teste de arranque, em 3,30 segundos começámos a planar. Testámos a aceleração até às 5.000 rpm e o barco atingiu os 14,85 nós em 8,22 segundos. Com apenas 25 HP, viu-se que o motor tem um elevado binário. Este conjunto deu em velocidade de cruzeiro 16 nós às 5.000 rpm. E na velocidade máxima atingimos os 21,9 nós às 5.600 rpm. No teste de velocidade mínima
do barco a planar, foi confirmada as características especiais do casco, pois planou apenas com 7,60 nós às 4.000 rpm. Devido ao barco apoiar-se bem na água lateralmente, quando está parado sofre pouco com os balanços, mostra grande estabilidade e é seguro com os ocupantes junto à borda. Pela mesma razão, quando o Sirius curva mantém-se quase direito e não adorna. A posição do piloto é confor-
HighField Classic 380 com Yamaha F25G 2017 Abril 364
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Náutica
HighField Classic 380
HighField Classic 380 tável, está sentado num cómodo banco e tem um apoio de pés que o facilita também nas manobras. HighField Classic 380 com Yamaha F25G A Sopromar Centro Náutico e a Highfield Boats fizeram um acordo de parceria que visou a comercialização em exclusivo em Portugal de
uma vasta gama de embarcações semi-rigidas Highfield, que se destacam pela característica especial de terem o casco em alumínio O Alumínio tem sido o material do casco de escolha em muitas partes do mundo devido a sua força, facilidade de reparação, versatilidade e acima de todas as características, de sua economia
HighField Classic 380 de peso. Porque o alumínio não vai absorver água, o Highfield vai pesar o mesmo em 10 anos como no dia em que saiu do Stand. Para garantir a longa vida das embarcações, a Highfield RIB, só usa materiais de qualidade superior. De alta resistência, o alumínio de classe marítima é revestido em pó e cozido para garantir um acabamento suave e durável, sendo desta forma mais amigo do ambiente. Os tubos dos semirígidos Highfield são fabricados em tela PVC Valmex ou em Tela Hypalon ORCA. Cada barco Highfield é rigorosamente testado com as normas ISO antes de sair da fábrica. Este teste abrange todos os componentes durante o fabrico. Todos os barcos têm garantia de dois anos para a estrutura, o que poderá significar total confiança em cada Highfield RIB. O modelo HighField Classic 380 tem 3,80 m de comprimento, com os Tubos construídos em PVC Valmex mostra um nível ex-
tra de conforto num semi-rígido de casco duplo, com.acabamento de luxo e de alta qualidade. Um casco de alumínio durável, juntamente com guardas na quilha completas torna o HighField Classic 380 ideal para muitos dias de praia com amigos e familiares. O barco que testámos tinha consola de condução, oferecendo por isso muita segurança. No teste que fizemos, arrancámos sozinhos e sem peso à proa. Mesmo assim em 2,80 segundos já planávamos. Com outra pessoa à proa teria sido mais rápido. Acelerámos ao máximo, e atingimos os 25 nós. Apesar do vento e da agitação na barragem, navegámos cortando a água com o V profundo do casco, que nos ofereceu uma prestação confortável.e no final nem um pingo de água nos molhou. A grande vantagem destes semi-rígidos com consola é que se domina com o volante perfeitamente o barco.
Características Técnicas
Comprimento
Capelli
Jeanneau
Rancraft RS
Tempest 570
Cap Camarat 5.5 BR
Cinque
5,60 m
5,48 m
5,05 m
5,21 m
4,99 m
2,36 m
2,19 m
Comp Casco Boca
2,60 m
Calado 0,56 m
Peso
551 Kg
Dep. Comb.
Dipol Cala
Sirius 430
HighField
450
Open
Classic 380
7,26 m
4,40 m
4,20 m
3,80 m
2,59 m
2,00 m
1,75 m
1,71 m
0,45 m
Dia. Tubos Lotação
Sunchaser 8522
021 m 0,635 m
800 Kg
550 Kg
12
7
6
86 L
100 L
Dep. Duche
45 L
Pot. Máxima
135 HP
952 Kg
350 m
337 Kg
12
5
4
7
30HP
25 HP
113,5 L 115 HP
150 HP
Motor teste
F100F
F100F
F100F
F100F
F25G
F25G
F25G
Preço Pack
32 000€ Sem IVA
35.900€ Com IVA
34.499€ Com IVA
36 500€ Sem IVA
10.955€ Com IVA
11.156€ Com IVA
10.370€ Com IVA
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Electrónica
Notícias Nautel
O seu Radar Sempre à Mão, e com as Últimas Inovações !
Um dos desafíos da Furuno – MaxSea é evoluir na companhia dos seus clientes. Por isso, nos últimos anos, desenvolvemos uma solução Radar & iPad garantindo um uso constantemente otimizado, fácil e potente. Vimos agora apresentar a integração do Radar Wifi FURUNO DRS4W com a app de navegação da MaxSea,TZ APP.
E
m 2014 a FURUNO lançou no mercado o primeiro radar sem fios do mundo, convertendo-se, com este inovador produto, numa referência de eletrónica, no setor da náutica. O produto foi concebido para insta-
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lação em pequenas embarcações desportivas, tanto de vela como de motor, onde o espaço disponível na consola de instrumentos não permite a colocação de uma unidade indicadora fixa. O equipamento também se destaca pela simplicidade da sua opera-
ção, sendo isso mais importante ainda para aqueles navegantes menos familiarizados com o uso de sistemas electrónicos marítimos. Com uma única ligação de alimentação a 12VDC, às baterias do barco, e um iPad / iPhone /iPod como unidade de control e
apresentação, pode-se dispor dum completo sistema de radar a bordo. O uso dum iPad / iPhone / iPod como unidade de comando permite adicionalmente uma maior liberdade de movimentos a bordo, facilitando a visualização e operação do siatema onde quer que o navegante esteja. Uma única antena de radar pode ser visualizada e operada por até 2 unidades de control independentes. Em 2015, a FURUNO incorporou novas funcionalidades no sistema, como a inclusão duma zona de guarda/alarme, configurável pelo utilizador, no tamanho e localização, para garantir uma navegação mais segura. Outras melhorias são a desactivação do bloqueio de ecrã no arrancar da aplicação e o bloqueio de imagem, que evita alterações acidentais na configuração de ima-
Electrónica
gem. A Furuno vem agora apresentar a integração deste radar sem fios, com a aplicação TZ App da MaxSea, empresa líder mundial em programas de navegação e sócia tecnológica da FURUNO. A ligação sem fios entre o sensor de radar FURUNO DRS4W e uma unidade de control iPad onde se tenha instalada a TZ App da MaxSea, vai proporcionar uma potente ferramenta de navegação nunca antes vista. Vejamos um pouco mais sobre esta potente combinação : O sensor de radar FURUNO DRS4W gera a sua própia rede sem fios, pelo que se deve configurar o iPad para que se conecte a esta rede Wireless do radar. Cada radar gera uma rede con um identificador (SSID) e uma palavra-passe, exclusivos para cada antena. Além disso, e simultâneamente à ligação entre o iPad e o sensor de radar FURUNO DRS4W, podem-se conectar outros sensores que se tenha disponíveis a bordo como GPS, sensor de rumo, AIS, etc. Para isso, necessitar-se-á dum multiplexer WiFi que possa ligar-se à rede do sensor de radar DRS4W, ou seja, um multiplexer WiFi ao qual se possa programar o SSID e a palavra-passe da rede da DRS4W Se o multiplexer WiFi for configurado para que envie sentenças NMEA0183 via WiFi utilizando o protocolo UDP, só será preciso introduzir o número de porta UDP na TZ App. No caso que o Multiplexer WiFi utilize o protocolo TPC, então necessitar-se-á de introduzir o número de porta TPC e o endereço IP do Multiplexer WiFi, na TZ App. Existem diferentes Multiplexers WiFi no mercado que permitem a ligação a uma rede existente e que o seu endereço IP possa configurar-se como fixa. Contate um distribuidor FURUNO para que ajude a encontrar a solução mais eficaz para a sua embarcação . Uma vez configurado o sistema a bordo, pode começar-se a desfrutar das vantagens que esta
combinação oferece. Na app TZ App da MaxSea podem-se ajustar todos os parâmetros do radar sem necessidade de alternar entre ambas as aplicações . É possível visualizarem-se os ecos do radar sobrepostos sobre a carta de navegação e inclusivé, sobre as fotos satélite da zona por onde se esteja a navegar . Para esta sobreposição, ainda que seja recomendável dispor de um sinal de sensor de rumo externo de precisão, a TZ App pode utilizar o GPS interno (iPad) ou externo para alinhar os ecos do radar sobre a carta utilizando o sinal COG do GPS, se a velocidade do barco for superior a 1 nó . Para mais , o MaxSea oferece a possibilidade de comprar um módulo AIS (compra de licença através da App) que permitirá visualizar
e identificar os alvos AIS sobrepostos à carta (precisa de recetor AIS a bordo, ligado à rede DRS4W através do multiplexer WiFi). A venda do radar FURUNO DRS4W faz-se pela rede de distribuidores autorizados da FURUNO, enquanto que tudo que esteja relacionado com o software de navegação, ou seja a TZ App, cartas e fotos satélite, módulos radar e AIS, etc está disponível na Apple Store para descarga e pagamento direto por parte do utilizador final. A TZ App da MaxSea é gratuita devendo apenas o utilizador final pagar pelas cartas e módulos adicionais . Se desejar receber informação adicional sobre o sistema descrito, ou sobre qualquer outro produto da FURUNO é só por-se
em contato conosco através de email: geral@nautel.pt. www.nautel.pt Uma vez configurado o sistema a bordo, pode começar-se a desfrutar das vantagens que esta combinação oferece. Na app TZ App da MaxSea podem-se ajustar todos os parâmetros do radar sem necessidade de alternar entre ambas as aplicações . É possível visualizarem-se os ecos do radar sobrepostos sobre a carta de navegação e inclusivé, sobre as fotos satélite da zona por onde se esteja a navegar . Para esta sobreposição, ainda que seja recomendável dispor de um sinal de sensor de rumo externo de precisão, a TZ App pode utilizar o GPS interno (iPad) ou externo para alinhar os ecos do radar sobre a carta utilizando o sinal COG
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Notícias do Mar
Ciências do Mar
Cientistas Portugueses descobrem o maior polvo da Antártida Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e do National Institute of Water and Atmospheric Research (NIWA) da Nova Zelândia analisou o maior polvo alguma vez encontrado na Antártida.
Navio oceanográfico Antartic Discovery
O
José Xavier e José Queirós. Fotográfia: Dave Allen NIWA
polvo gigante Megaleledone setebos foi capturado a bordo do navio Antarctic Discovery, no Mar de Dumont D’Urville (Antártida), no passado mês Janeiro, onde o estudante José Queirós estava a realizar a recolha de amostras para a sua tese de mestrado em ecologia. Depois de imediatamente congelado, o polvo só recentemente foi analisado, na Nova Zelândia, por José Xavier (supervisor de José Queirós e coordenador de projetos de 32
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ciência Antártica na Universidade de Coimbra) e colegas do NIWA. Com 115 cm de comprimento e 18.5 kg de peso, este polvo é considerado o maior indivíduo alguma vez capturado na Antártida. Até agora só tinham sido encontrados cefalópodes desta espécie até 90 cm. O jovem cientista polar da UC, José Queirós, afirma que esta descoberta foi uma surpresa porque “o meu estudo incide em estudar o papel do Bacalhau da Antártida na cadeia alimentar Antártica e perceber o que eles comem. Aparecer num anzol um polvo destas dimensões foi algo
que ninguém esperava”. Por seu lado, José Xavier, coordenador do projeto, evidencia que “esta descoberta, dentro de um projeto internacional que envolveu cientistas de Portugal, Nova Zelândia, Japão e Austrália, é mais uma peça do puzzle para nos ajudar a perceber o que existe na Antártida, uma das áreas marinhas do planeta que se conhece muito pouco. Recolhemos amostras do polvo para compreender melhor a sua biologia, o seu habitat, fisiologia e o que come”. O polvo foi doado ao prestigiado Museu Te Papa, em Wellington, Nova Zelândia.
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Notícias do Mar
Tagus Vivan
Crónica Carlos Salgado
Um Congresso do Tejo,
Porquê…
Porque há quem queira bem ao Tejo e por isso não desiste de contribuir para a resolução dos problemas com que ele se debate, por um lado, e por outro para valorizar as potencialidades que ele possui para aproveitadas com saber torná-lo numa alavanca para o crescimento económico da região hidrográfica e do próprio país. Ora, o Congresso é o evento e o local mais adequado para serem debatidos e avaliados tanto os problemas como as potencialidades, para procurar encontrar as soluções para a futura e efectiva sustentabilidade do Tejo, para serem tomadas em devida consideração pelo Poder Central.
C
omo o Tejo tem na Tagus Vivan, fundada em 2012, a legítima continuadora da obra de 25 anos da AAT- Associação dos Amigos do Tejo fundada em 1984 que pugnou activamente pela sustentabilidade ambiental, patrimonial e económica do nosso maior rio, entendeu que era inadiável promover e preparar o programa temático para a organização de um novo Congresso do Tejo, o terceiro, dez anos após a realização do segundo, assumindo um compromisso nacional.Na realidade o rio Tejo, desde que deixou de ser a principal artéria 34
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de comunicação do país, uma estrada para as trocas comerciais desde a Antiguidade até meados do século passado, viu as populações ribeirinhas voltarem-lhe as costas e foi sofrendo vicissitudes causadas pelo homem, e sendo esquecido de ser cuidado e aproveitado convenientemente pelos sucessivos governos como recurso potencial gerador de riqueza e do desenvolvimento económico do próprio país. A Associação dos Amigos do Tejo, a AAT, fundada em 1984, da qual a Tagus Vivan é hoje a legítima continuadora, entre as várias actividades que realizou no sentido de aproximar as populações
Notícias do Mar
do seu rio através dos programas Vamos pró Rio, À Descoberta do Tejo, Encontros Intermunicípios Ribeirinhos e o Tejo na Escola, entre outros de formação da juventude, realizou o 1.º Congresso do Tejo subordinado ao tema “ Que Tejo, Que Futuro”, em Outubro de 1987 na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, congresso esse que durante três dias contou com a participação de ca. quatro centenas de participantes, e de meia centena de comunicações muito interessantes de técnicos, cientistas e eruditos, designadamente professores universitários, professores do ensino secundário e universitário, bem como ambientalistas, práticos, e representantes de entidades públicas e privadas. Os temas principais abordados e debatidos nesse 1.º Congresso do Tejo relacionaram-se com a Educação Ambiental nas escolas, a protecção da natureza, a poluição, a energia, o património cultural, o turismo e lazer, Infra-estruturas Hidráulicas, Indústria, Transportes Fluviais, Desenvolvimento Económico, Recursos Marinhos, Pesca, o Homem e o Rio, tendo sido já nessa altura abordados os eventuais perigos para Portugal da existência da Central Nuclear de Almaraz, situada próximo da nossa fronteira. A AAT, na prossecução do seu objecto, consciente da necessidade de esclarecer a nível nacional os porquês do que estava a acontecer ao rio e quais as medidas que deviam ser tomadas para travar e inverter o aumento da poluição, designadamente a carga elevada de poluentes provenientes da agricultura e da indústria, dos efluentes urbanos sem tratamento, da incontrolada actividade da pesca ilegal e da exploração descontrolada dos recursos natu rais do rio Tejo, avançou com o segundo Congresso do Tejo que teve lugar na Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, cedida pela APL, em Outubro de 2006, tendo como principais objectivos dar uma contribuição válida para que o Tejo conseguisse ser: Um Rio despoluído; Um território qualificado e de referência; Um espaço atractivo com qualidade de vida; Uma região produtiva e com uma economia sustentada; Um produto turístico de referência e com futuro; e das conclusões finais sobressaíram três principais, a saber: » CRIAR UMA NOVA GOVERNABILIDADE DO VALE DO
TEJO ATRAVÉS DE UMA UNIDADE DE GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO INTERMINISTERIAL (acabou por ser cumprida com a criação da ARH-Tejo em 2008 que o governo anterior, às cegas, subalternizou à APA, que pelo Tejo fez praticamente nada) » PROMOVER E ESTIMULAR DINÂMICAS INTERSECTORIAIS PARA A UTILIZAÇÃO FLUVIAL SUSTENTADA, INCLUINDO A NAVEGABILIDADE DO TEJO » AVANÇAR COM A CONSTITUIÇÃO DE UMA COMISSÃO INSTALADORA PARA A CANDIDATURA DO TEJO IBÉRICO A PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE Como o país mudou durante os nove anos que passaram desde a realização do 2.º Congresso do Tejo, e a água do nosso rio foi continuando a passar por baixo das pontes, mas ao que parece, o seu caudal começou a ser inferior, o que provoca a insuficiência do caudal ecológico, e em grande parte a qualidade dessa água não é boa , para além do recrudescimento das ilegalida-
des que causam danos ao rio, a Tagus Vivan, com “olhos de prever”, tomou a iniciativa de inscrever nas suas actividades para o biénio de 2015 – 2016, a promoção e preparação de um novo Congresso do Tejo, o terceiro. Como o estado de saúde de um rio, tal como no caso dos seres humanos, não pode deixar de ser diagnosticado e avaliado periodicamente para conhecerse com rigor as eventuais insuficiências ou maleitas que o diagnosticado apresenta, para poder decidir-se quais devem ser as receitas para que ele continue a sobreviver em melhores condições, a Tagus Vivan optou pela estratégia de prescrever previamente um conjunto de exames às principais partes do corpo do Rio para saber o estado de cada uma delas, para que o Congresso, na presença daquele resultado possa, como uma Junta médica, procurar encontrar as receitas mais adequadas para medicar, e tanto quanto possível, ir melhoran-
do o diagnosticado. Para esse efeito desenhou, materializou e concluiu com sucesso o Ciclo de Conferências Regionais preparatórias do novo Congresso do Tejo, mas como o período de tempo necessário para fazer os tais exames prévios ultrapassou o previsto, o congresso, cuja realização estava inicialmente prevista para Outubro de 2016, foi sendo adiado, graças à necessidade da valorizar mais o programa temático, passando a sua realização a ser adiada para o próximo mês de Maio, no Cine-Teatro de S. Pedro em Abrantes como estava previsto anteriormente, que terá como Presidente a senhora Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Dr.ª Maria do Céu Albuquerque e Vice-Presidente, o Presidente da Tagus Vivan, Sr. Carlos Salgado. CONGRESSO DO TEJO III, MAIS TEJO – MAIS FUTURO, UM COMPROMISSO NACIONAL.
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Notícias do Mar
Tagus Vivan
Texto Eng. João Soromenho Rocha
Conferência do Estuário do Tejo Vila Franca de Xira Fábrica das Palavras, 16 de Fevereiro de 2016
Relato dos Painéis 2, 3, das Conclusões do Ciclo de Conferências e Anúncio do Congresso do Tejo III
N
o dia 16 de Fevereiro de 2017, realizou-se na Fábrica das Palavras, em Vila Franca de Xira, a quinta e última de um Ciclo de Conferências Preparatórias do Congresso do Tejo III. A conferência foi realizada pela Tagus Vivan com o apoio da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. O Painel 2 foi moderado pelo Investigador Coordenador do LNEC Aposentado, Eng.º João Soromenho Rocha, e incluiu 4 comunicações. A primeira comunicação foi apresentada pelos Investigadores do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), Doutores Paula Freire e André Fortunato, com o título “Caracterização física do estuário e ferramentas de apoio à gestão do risco de inundação”. A comunicação foi iniciada por um enquadramento, e incluiu os temas da morfologia e factores forçadores, a distribuição sedimentar e cartografia do leito aluvionar, as margens estuarinas, os eventos extremos e a plataforma integrada para a gestão do risco de inundação, MOLINES WEB. Os estuários são um dos ecossistemas mais produtivos do planeta e a maioria das cidades mais populosas do mundo estão localizadas nos estuários, sendo também este o caso de Lisboa. A maré, a agitação marítima, a pressão atmosférica, o vento e o caudal fluvial são factores que controlam o escoa36
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mento no estuário do Tejo, que se desenvolve pelo rio acima por 80 km até Muge. A cartografia do leito é essencial, revelando que além da parte sempre submersa, 60%, predominam ainda o raso de maré, o sapal e as ocupações antrópicas. As margens, com grande ocupação humana, são susceptíveis à acção directa das correntes e ondas, bem como da inundação em eventos históricos, como por exemplo em 15 de Fevereiro de 1941 e 27 de Fevereiro de 2010. A modelação numérica e sua validação permitiram criar a plataforma
Web Molines, para gerir a perigosidade crítica na baía do Seixal. Esta plataforma tem acesso centralizado a produtos de planeamento e emergência, sistema de alerta e sistema de previsão em tempo real. A segunda comunicação foi apresentada pelo Sr. Jaime Costa, dono do Estaleiro Naval de Sarilhos Pequenos, na Moita, com o título “A construção naval e a actividade marítimoturística”. A comunicação foi apoiada por um vídeo sobre a recuperação do Varino Municipal “O Boa Viagem”, em que são apresentadas
as várias fases dessa recuperação utilizando pinho nacional e madeiras exóticas. Foi enfatizado o facto de a actividade de construção naval ser cada vez menos sustentável, quer porque o mercado e a mão-de-obra são escassos, quer porque a legislação e as entidades responsáveis são inibidoras da actividade, A terceira comunicação foi apresentada pelo Sr. Antero Santos, editor do Notícias do Mar, com o título “A Náutica de recreio”. Na comunicação foi referida a quase inexistência de locais de acesso de embarcações ao estuário, sem a qual não é possível desenvolver a náutica de recreio. As poucas marinas não apresentam acessos à água para todo o tipo de embarcações, e as poucas rampas de acesso, ou apresentam acessos terrestres deficientes, ou estão mal concebidas ou estão em mau estado. Só uma política concertada de desenvolvimento das infraestruturas de apoio permitirá aproveitar a grandiosidade do estuário para a náutica de recreio. A quarta comunicação foi apresentada pelo Sr. Carlos Salgado, Presidente da Tagus Vivan, na qualidade de velejador, com o título “Tejo Vivo”. Na comunicação também foi apresentado um vídeo sobre os cruzeiros que se faziam no Tejo, com muitos participantes e que entretanto praticamente estão extintos, principalmente porque a actividade dos clubes foi decaindo, não permitindo ter a disponibilidade
Notícias do Mar
de embarcações e as indispensáveis infraestruturas de guarda e apoio. O Painel 3 foi moderado pelo Presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Dr. Pedro Ribeiro, e incluiu 3 comunicações. A primeira comunicação foi apresentada pelo moderador, com o título “O Turismo na região do Estuário”. Na comunicação foram expostas as possibilidades de desenvolvimento do turismo na região que são potenciadas pelas características únicas do grande estuário do Tejo. A segunda comunicação do Painel 3 foi apresentada pelo Dr. António Antunes Dias, ex-responsável da Reserva do Estuário do Tejo, com o título “O Ambiente e a Biodiversidade do Estuário”. Na sua longa comunicação foi feita uma apresentação baseada na sua experiência de vivência da realidade biológica e ambiental do meio aquático, da flora marginal e dos sapais, explicando a importância deste estuário na manutenção de muitas espécies aquáticas e avículas, e suas migrações intercontinentais. A terceira, e última, comunicação do Painel 3, foi apresentada pela Dr.ª Maria João Carraça, do Sector do Turismo da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, com o título “A aproximação ao Rio, o Porto de Vila Franca de Xira e o Turismo ”. A comunicação fez um enquadramento físico e apresentou algumas referências históricas, focando os quatro eixos fundamentais para o desenvolvimento sustentável do turismo: a) a promoção do turismo no rio Tejo e na Região de Lisboa, atraindo turista e visitantes, e valorizando das zonas ribeirinhas; b) o aproveitamento de polos de atracção
turística que promovam a visibilidade e vivência do Tejo, e o crescimento económico e valorização da Região; c) a afirmação turística de uma zona com grande potencial nos sectores dos vinhos e gastronomia, no turismo da natureza e de actividades de ar livre, com definição de estratégias concertadas com todos os agentes e d) o turismo e o lazer, associadas à pesca desportiva e às praias fluviais, que deverão constituir uma aposta forte ao nível da sustentação do crescimento económico. Os relatores João Rocha e Miguel Azevedo Coutinho apresentaram as Conclusões do Ciclo de Conferências Preparatórias do Congresso do Tejo III. De montante para jusante foram realizadas as seguintes conferências: Conferência Alto Tejo Português e Tejo Internacional (Vila Velha de Ródão, 12 de Outubro de 2016), com três painéis foram sucessivamente analisados a) o património arqueológico e histórico e associada realidade turística, b) a economia associada ao rio e seus usos múltiplos, incluindo a navegação e c) a paisagem cultural do Tejo; Conferência Médio Tejo e sustentabilidade do rio Tejo – caudais ecológicos e ecossistemas taganos (Vila Nova da Barquinha, 7 de Julho de 2016), com cinco pai-
néis, respectivamente a) a importância do Tejo para os municípios, b) a gestão dos centros produtores de energia hidroeléctrica e a protecção civil, c) a monitorização internacional e a Convenção de Albufeira, d) a qualidade das massas de água transfronteiriças e e) a problemática dos caudais ecológicos; Conferência da Lezíria do Tejo – sustentabilidade do rio Tejo e políticas de desenvolvimento (Samora Correia, 17 de Maio de 2016), com dois painéis a) os grandes utilizadores EPAL e Companhia das Lezírias, bem como a protecção da natureza e b) a indústria agro-alimentar, as políticas de desenvolvimento e o desafio do turismo; Conferência do Estuário do Tejo – Mais Tejo, mais futuro (Vila Franca de Xira, 16 de Fevereiro de 2017), com três painéis a) o Porto de Lisboa e a metrópole nas duas margens, b) a caracterização física do estuário, gestão do risco de inundação, construção naval, náutica de recreio e o Tejo vivido e c) o turismo, o ambiente e o acesso ao rio; Conferência da Navegabilidade no Tejo (Vila Franca de Xira, 19 de Novembro de 2015), com três painéis a) enquadramento e condicionantes da navegabilidade, incluindo a análise técnicohidráulica e a experiência do rio Douro, b) viabilidade e
cenários de navegabilidade, com projectistas e velejadores e c) integração da navegação com outros usos, com consultores e geógrafos. O ciclo de conferências, de índole regional, mas também temática, permitiu analisar a realidade actual do rio Tejo, da água, da sua utilização, das dificuldades e das possibilidades, permitindo preparar o Congresso do Tejo III. Por último, na Conferência do Estuário foi apresentado o Congresso a realizar no mês de Maio, pela Tagus Vivan em parceria da Câmara Municipal de Abrantes, que tem a seguinte estrutura: Conferência de Enquadramento Dois painéis Presente e Futuro, com um total de quatro pares de temas Portugal e Espanha e Acordos com Espanha Questões técnicas e administrativas e Planeamento de recursos hídricos e ambientais Conflitos de usos e Gestão com participação da sociedade Riscos (cheias, secas e poluição) e Controlo de riscos Painel Turismo Mesa redonda com debate, com os moderadores dos painéis Conclusões do Congresso Posteriormente ao Congresso será elaborada a Carta de Abrantes.
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Notícias do Mar
O Tejo a Pé
Texto e Fotografia Carlos Cupeto
Terra de água - Tramagal
O Tramagal tem muita e boa história.
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Tejo. 38
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beira Tejo cerca de 40 pessoas essencialmente oriundas de Lisboa pela mão do Tejo a pé andaram no Tramagal. Na verdade a mão foi a da empresa local Terradágua. O programa pelos trilhos do Tejo foi magnífico, todos os participantes o reconheceram. Apesar de saber alguma coisa do tema não faço ideia quanto pode valer um programa destes para um turista do norte da Europa? Sei que é muito dinheiro. Na verdade, como quase sempre, à porta de casa temos o que andamos à procura. O que a Terradágua fez no Tramagal é um exemplo prefeito de um produto com um enorme sucesso onde a natureza é viva e vivida sendo a comunidade local o motor. Esta é uma excelente forma de dinamizar a economia e cultura locais. Acrescente-se que para bem começar o dia iniciou-se
Notícias do Mar
pela visita à adega do Casal da Coelheira, a cultura e produtos locais, como deve ser, enriqueceram o programa. A confirmá-lo, e de que maneira, foram as iguarias saboreadas ao almoço; façam o favor de registar estes nomes: restaurante Braz e D. Jacinta à volta das panelas. Quase em todas as terras há alguma coisa deste tipo, capaz de criar valor e riqueza. O maior argumento do turismo na natureza é o, incontornável, envolvimento da população – muito para além de fazer camas e aparar relva em hotéis de cinco estrelas, o que oferece o outro turismo. Trilhos como os do Tramagal têm todas as condições para constituírem um produto local de valor. O Tejo tem tudo, mesmo tudo para dar certo, só falta um bocadinho de bom senso e nem é necessária muita inteligência. Abençoada terra que tanto nos dás; maldita gente que se governa com a pobreza da maioria.
Beira Tejo.
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Electrónica
Notícias Nautiradar
Steiner na Comemoração do seu 70º Aniversário
lança um Conjunto Especial numa Edição Limitada Ao celebrar o seu 70º aniversário, a Steiner apresenta um conjunto especial numa edição limitada e comemorativa “70 Anniversary Limited Edition” composto pelo robusto e bem sucedido Binóculo Navigator 7x50, nas versões com ou sem bússola, e pela lanterna de cabeça SEO3 do reputado fabricante Ledlenser, equipado com lâmpada LED.
A
ssim na compra dum Binóculo Steiner Navigator 7x50 vem incluído um frontal LedLenser SEO. A LedLenser SEO3, apresenta-se na cor azul marinho. A sua patenteada tecnologia inteligente permite uma rápida comutação entre potência alta e baixa e um modo de sinalização. Esta lanterna integra o patenteado Sistema Avançado de Foco que, com um feixe largo permite a leitura de um mapa ou, um potente foco para visibilidade a longa distância. Este modelo integra ainda um modo luz vermelha para preservar a visão noturna. A LedLenser SEO 3 permite também o direcionamento do foco de luz e tem um alcance até 100 metros. Com 100 lúmenes e um peso de apenas 96g, este é o produto ideal para o acompanhar a si e ao seu Navigator 7x50 em qualquer aventura. 40
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A Melhor Tecnologia de Ótica Das suas origens humildes, na reconstrução pós-guerra, a empresa atingiu o patamar onde se encontravam os maiores fabricantes de ótica de elevada qualidade. Gerações de devoção levaram a um nível mais elevado de tecnologia concebida para um desempenho duradouro e fiável durante toda uma vida. Nos dias de hoje, a Steiner fabrica binóculos para o exército, marinha, caça, atividades outdoor e lazer e observação de aves. O nome Steiner é hoje significado de desempenho ótico. Esta tecnologia ótica Alemã de qualidade está disponível em 80 países, elogiada e admirada por desportistas, espetadores, observadores de aves, navegadores, aviadores e exploradores e utilizada por forças militares e de segurança
por todo o globo. As instalações de pesquisa, desenvolvimento e produção em Bayreuth são sem dúvida as mais avançadas na Terra. As lentes Steiner de classe mundial, revestimentos e prismas, são criadas, aperfeiçoadas e produzidas na Alemanha, sendo submetidas ao exaustivo processo de inspeção, teste e aprovação na indústria sendo que, só as lentes em si são submetidas a 460 passos de aperfeiçoamento. A Steiner foi a primeira marca a desenvolver a estrutura Makrolon® indestrutível e super leve, revestida a borracha protetora, injetada a nitrogénio à prova de embaciamento em quaisquer condições, o filtro de proteção para lasers militares, bússola integrada em binóculos, lentes com NanoProteção repelentes de água e inúmeras outras tecnologias de revestimento que produ-
zem o mais elevado contraste e transmissão de luz. A Steiner é também líder inovadora no campo da optoelectrónica com a primeira bússola digital integrada para binóculos e o medidor de distâncias para binóculos/lasers. Em 2008 a Steiner tornouse um orgulhoso membro do Grupo Beretta. Enquanto membro do Grupo de elite Beretta – o mais antigo fabricante de armas do mundo – a Steiner torna-se mais forte, mais versátil e mais inovadora do que nunca. Cada produto Steiner irá apresentar o melhor desempenho da sua classe, toda uma vida e por vezes, muitas mais vidas para além. A Steiner tem sido sem dúvida o líder de Mercado para binóculos marítimos e náuticos nas últimas décadas e mantém-se como a primeira escolha para navegadores e skippers de pequenas embarcações e grandes navios por todo o mundo. A perseguição bem-sucedida e captura destes momentos exige uma deteção rápida e precisa, localização e identificação de um objetivo distante. Quer o objetivo seja vida selvagem, posição no mar, um suspeito por parte das forças policiais ou combatente militar, a tecnologia de ótica da Steiner melhora o sentido mais importante de um individuo, a visão, para que em terra ou no mar – “Nada lhe Pode Escapar” (“Nothing Escapes You” – Slogan da Marca Steiner). Para mais informações sobre este produto da Steiner, por favor visite o site: www.nautiradar.pt
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Pesca Desportiva
Memórias do Alto Mar
Texto e Fotografia Luís M. Borges
Anzóis Profissionais
O silêncio da madrugada 1.O silêncio da madrugada Quando saí de casa (às 05h30) o silêncio da madrugada fez-se notar. Só o ladrar de um cão vigilante atravessou o silêncio. A nascente e a poente ainda lutavam a claridade e a escuridão. Devagar, o meu Smart depressa chegou à marina, através de um deserto de carros nas vias. Rodou e rodou à vontade. 2.As sentinelas Ao estacionar, baloiçavam suavemente os mastros-sentinelas dos veleiros, a gradearem a visão do nascer do dia. Os barcos gemiam pela irrequietude do mar e pelo vento fresco que passava.
Já navegando, aquele guindaste tornou-se nítido. Uma estátua. O nosso olhar deteve-se e agradeceu a visão. Não tardou que o sol rompesse e a magia da manhã tomasse conta de nós. 3. Repetir convicções Dadas as excelentes prestações piscatórias das vezes anteriores, apoitou-se no primeiro pesqueiro, na convicção de que “eles estivessem lá”. Tal não aconteceu: canas imóveis, carretos mudos, rostos incrédulos, caixas quase virgens. Estava feita uma hora fracassada de pesca, das 07h30 às 08h30. Logo o Fosmar se movimentou, fazendo-se ao 2º pesqueiro, na rota
Repetir convicções 42
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de nova convicção. E mais outra hora gasta à sujeição do fracasso: eles continuavam a “ não estarem lá”. Um peixe agora, outro depois, nada que fizesse entusiasmar os 4 pescadores. Nova arrancada em força e terceira convicção presente nos espíritos. Dizia o Cheta: - Estamos mal habituados. 4. Calmantes O estado do mar também não ajudava. Com uma vaga de 1,7 m, cuja direcção de sul era contrariada por um vento leste e uma corrente bem pronunciada no sentido contrário, a água apresentava-se crispada, fazendo balançar o barco desordenadamente. Era arriscado os pescadores distraírem-se com o equilíbrio. Ou sentados ou agarrados a qualquer parte do barco, tal permitia
um mínimo de segurança, evitando quedas perigosas dentro da embarcação, ou pior, cair ao mar. Cansava este permanente agarranço e chateava a dificuldade de executar qualquer acto banal. - Aguenta-te ó Aida. Agarra-te a mim. 5. Pataniscas de sargo Finalmente. A hora do reforço alimentar tirou o stress aos quatro baloiçantes pescadores. - Tenho aqui uma surpresa para si – segregava-me o Malheiro. - O que é? - Duas pataniscas de sargo. Bem, depois de provar admiti que gostava, embora a dúvida me tivesse surgido. As pataniscas de sargo, uma invenção do Malheiro, eram excelentes: originais no gosto
O estado do mar também não ajudava
Pesca Desportiva
e com um leve sabor a limão. - Parabéns Malheiro. O Cheta e o Óscar ignoraram. Preferiram atirar-se aos ovos cozidos, ao salame e ao presunto. 6. Era meio-dia... Os sargos acordaram à 11h30. Debateram-se mais com o Óscar e o Malheiro. A verdadeira competição, se assim lhe pudermos chamar, estabeleceu-se entre essa dupla de estibordo. O Óscar saltava quando arrecadava um par de sargos e o Campeão Regional lembrava, sempre que trazia um graúdo: - Este é o maior do barco – (não altera o slogan…). Foi pena este nosso estimado amigo ter de pousar a cana. Dada a hora e as rotinas, a tarefa autenticamente maior, era a feitura do almoço. 7. Meia-desfeita e nabos E começou a descascar batatas, que logo seguiram para a grande panela, bem como o bacalhau desfiado (esta foi mais uma boa ideia do Malheiro) e o grão. Quando todos cobiçavam uma verdadeira meia-desfeita tradicional, eis que o Malheiro pergunta: - Quem gosta de nabos? - Nabos?...Nabos?... Estragou tudo. Que remédio, tiveram os esfomeados pescadores, senão “manjarem” aquela “inteira desfeita” do Malheiro. Para piorar, a salsa e a cebola picadas, que dão aquele sabor especial típico do prato, não faziam parte dos componentes. Este Malheiro inventa p’ra carago! Mas estava bom: um azeite de alta qualidade compôs o sabor da desditosa “desfeita”. 8. A história do burro Era uma vez um cigano que propôs aos amigos: - Aposto 500 euros em como não fazem rir o meu burro. Os amigos ficaram mudos, até que um jovem aceitou a aposta,
pelo que chegou ao pé do burro e segredou-lhe ao ouvido. Imediatamente o burro se começou a rir. O cigano ficou lixado e teve de pagar a aposta ao jovem. Passados 15 dias o cigano repetiu a proposta: -Quem fizer chorar o meu burro ganha 1.000 euros. De novo o silêncio se impôs, até que o mesmo jovem levanta o braço e diz aceitar o repto. O cigano estava confiante, pois queria repor os 500 euros perdidos. Quem iria fazer chorar o seu burro? Então o jovem dirige-se de novo ao burro e fala-lhe ao ouvido, ao mesmo tempo que baixa as calças. Ora, para espanto geral, o burro desata a chorar. No acto de entrega dos 1000 euros ao jovem, o cigano exigiu-lhe: - Tem de me dizer o que disse ao burro das duas vezes. O jovem anuiu e explicou-lhe: - Da primeira vez disse ao seu burro, que a minha picha era maior do que a dele, ao que ele desatou a rir. Da segunda vez, disse-lhe que olhasse e mostrei-lhe a minha picha, ao que ele desatou a chorar. Percebeu? Isto é só para ilustrar, que o Óscar sofre de miopia – os outros só pescam peixes pequenos.
Os sargos acordaram à 11h30 antigos, de alumínio. Peguei nele e mirei-o. Visto e revisto, ao entregarlho, por causa do baloiçar do barco e do peso da chumbeira, o anzol espetou-se e bem no meu dedo. Todos acorreram. - Arranjem um alicate para cortar o anzol. Utilizei a técnica recomendável:
não puxei o anzol, empurrei-o espetando-o mais, fazendo sair deste modo a ponta e a farpela. O sangue jorrava. O Óscar então cortou a ponta do anzol e eu puxei a haste restante, ficando o dedo livre do piercing. - Tragam o álcool e 2 pensos. Desinfectou-se e apensou-se o dedo.
9. Anzol profissional Tanto rimos, que o ambiente social se tornou fascinante. E para animar ainda mais, os sargos, as choupas e os carapaus, assaltaram literalmente a embarcação. Sabem o que é pescar a 10 mãos? O Malheiro rejubilava e repetiu vezes sem conta a frase, só para afrontar o Óscar: - É o maior. Vejam este lindinho e pescado com anzol profissional. Fiquei curioso. Anzol profissional? Que raio de anzol seria aquele? Parecia a história do burro. E continuou a repetir a mesma frase, o que me levou a pedir-lhe que me mostrasse o extraordinário anzol, tão pesqueiro que ele era. Era um anzol grande, daqueles
A preparar o petisco para os sargos
E começou a descascar batatas 2017 Abril 364
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Pesca Desportiva
Conclusão: eu, só tive de imitar um faquir indiano, que dorme em cima de uma cama de pregos, sem se queixar. A dor pode ser perfeitamente controlada pela mente. Pergunto: pescar demais poderá causar danos cerebrais? 10.Fanecas para o Vaz A faneca é um peixe amoroso. Primeiro pela cor, de um âmbar matizado. Segundo, pela configuração física, do frágil ao elegante. Terceiro, pela textura e sabor da sua carne, branca e delicada. Ora, eu tinha uma encomenda, ansiosamente formulada repetidas vezes em conversa corrida, do Vaz de Carvalho: - Arranja-me umas fanecas? Assim, movi a minha influência e negociei fanecas junto dos meus simpáticos colegas de pesca. Fui atendido: fiz trocas e recebi ofer-
tas (- Leve-as todas menos a grande – disse o Cheta – é para a Maria). No dia seguinte, O VC emitia considerações valorativas sobre a real fama da faneca nacional: -Ah, faneca. 11.A Páscoa em Marmelal Se por milagre D. Sancho I ressuscitasse, a primeira atitude dele seria cavalgar até ao Marmelal, a aldeia que foralizou, a matar saudades. Dizia o Borges, que o vinho por lá já era excelente nessa altura e o porco assado na brasa (diga-se o javali) um petisco. Refira-se o convite do Óscar: - Rojões ao almoço e febras ao jantar. A uma matança ninguém deve faltar. A Páscoa aproximava-se. 12. Manutenção
O tal anzol profissional ou 15 dias em pousio No final de cada pescaria o barco fica sempre um nojo: borra-se o chão com café, azeite, vinho tinto, barbatanas de peixe, escamas, restos de isco, vomitado de peixe…; ainda por cima o barco sai riscado por causa das pancadas das chumbeiras no casco do barco…; sujam-se os estofos com as calças imundas… É sabido, que feita a acostagem na Marina, o barco leva um banho de shampoo, é esfregado, é man-
Começou então a competição 44
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gueirado, é seco e fica a brilhar. Óscar, o zelador, não facilita. Depois há a parte técnica e estrutural: motor, electrónica, sistemas de segurança e salvação, casco, hélice, etc. É preciso, que tudo funcione na perfeição, pois no alto mar o risco é sempre muito grande. Qualquer tipo de avaria é sempre um problema. Assim, o barco tinha de efectuar uma revisão. Foi para o estaleiro férias de pesca à vista. São as únicas férias de que não gosto!
Acabaram por vir os maiores
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Pesca Embarcada
Slow Jigging
Os anzรณis analisados a fundo 46
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Texto Carlos Abreu Fotografia: Carlos Abreu e Hugo Modesto /Mundo da Pesca
Há muitas questões à volta do que é um bom anzol para slow jigging. As opiniões são muitas e há várias escolas, nomeadamente as dos puristas e a dos mais liberais. No meio desta tempestade de opiniões decidi refletir um pouco sobre este tema e analisar as características básicas dos anzóis para esta técnica e para isso há que rever terminologias.
A
o olhar para os meus terminais de slow jigging dei comigo a pensar se a escolha de anzol que fiz para a maioria estava correta. Depois de algumas horas de pesca, a pescar sobretudo aos pargos, não posso deixar de concluir que estou bem servido. Logicamente que antes de me aventurar nas minhas escolhas fiz um pouco de pesquisa e tenho a felicidade de ter alguns amigos na terra-mãe desta técnica que me deram alguns bons conselhos depois de fazer o enquadramento das condições em que normalmente pesco. Mas como referi, para perceber o que deve
ser um bom anzol para slow jigging, é importante rever alguns conceitos. Conceitos básicos A eficácia ou eficiência de ferragem de um anzol tem a ver com a capacidade que a sua ponta tem de encontrar algo onde espetar. Logicamente que o seu angulo e forma têm muito a ver com essa eficácia. A penetração é o que se segue; depois de a ponta encontrar algo onde se ferrar o anzol vai penetrar na boca (e não só) do peixe, tendo o formato global do anzol responsabilidade neste aspeto. Depois da penetração resta ao anzol aguentar o peixe
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Pesca Desportiva
Uma das exigências dos empates duplos para slow jigging é que os anzóis fiquem virados um para o outro. graças à sua curvatura, sendo a profundidade e forma da curva os grandes responsáveis por aguentar o peixe bem ferrado.
Assist duplos É normal usar-se no slow jigging assists duplos, normalmente um em cada extremidade do
jig. Esta foi a forma que Sato – o pai do slow jigging – desenvolveu para a técnica, partindo do nada e questionando-se
Um capatão “abraçado” por ambos os assists. Trabalho de equipa em que se um falhar estão lá mais três para assegurar a captura. 48
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Que características devem ter o um assist adequado à montagem
assists duplo
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até ao início se “precisaríamos de anzóis”. Dessa sua pesquisa resultou na montagem que conhecemos para a técnica, aprimorada ao mínimo detalhe, e os anzóis duplos são parte integrante dessa pesquisa. Refira-se a título de curiosidade que Sato inventou o nó FG e SF durante a sua pesquisa para a montagem de slow jigging. Mas então que características devem ter os anzóis para fazerem um assist adequado à montagem de slow jigging? A resposta é arame fino, assists duplos e anzóis virados um para o outro. Arame fino – os peixes que se apanham ao slow jigging são capturados essencialmente no tempo de suspensão e queda do jig, ou seja, momentos em que a linha não está sob tensão. Queremos portanto que o anzol seja afiado o suficiente para espetar na pele ao mínimo contacto e por isso a razão de se dar primazia aos anzóis com ferro mais fino. Os pescadores experientes sabem que os anzóis sem barbela penetram melhor do que os que têm barbela,
o mesmo se passa com os anzóis finos, a física é a mesma. A chave de tudo isto é a eficácia de ferragem e capacidade de penetração. Se a ponta do anzol espeta mas não penetra há uma boa hipótese de desferragem ou ficar com o anzol esticado, aberto. Mas se espetar na sua quase totalidade é mais difícil de quebrar ou abrir. Para além disso, e importantíssimo, o facto de o anzol ser mais fino obriga a que seja mais leve e por isso mais fácil de ser engolido e não interfere com os movimentos do jig. No jigging convencional a linha está esticada na maior parte do tempo e os anzóis estão sempre a ser puxados. Nestas circunstâncias podem usar-se anzóis mais grossos que as desvantagens são bem menores. Double hooks – O problema dos anzóis finos é que são mais fracos. O peixe pode dar cabeçadas muito violentas e é muito provável que abram ou partam, sendo algo que os pescadores têm já como dado adquirido, assim como o facto de os anzóis mais finos rasgarem mais
os anzóis para fazerem m de slow jigging?
A resposta é arame fino, os e anzóis virados um para o outro.
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quem ache isso prejudicial para o peixe. É a mesma razão pela qual as marcas de topo de jigs para slow pitch jigging como a Sea Floor Control, Beat e Deepliner são desenhadas especificamente para fazer certos movimentos mas NÃO os desnecessários, pouco naturais e ostensivos. Se fizermos jigging convencional não temos que nos preocupar muito com isso até porque esses movimentos ostensivos não vão ser tão prejudiciais atendendo à velocidade
Os anzóis mais abertos e com ponta direita dispensam muitas vezes de ferragem por parte do pescador e são úteis para dias em que temos menos contacto com o jig ou a pesca está difícil. a pele do peixe. É por isso que no slow jigging se usam assist duplos, isto é assists montados com dois anzóis. Um assist duplo é montado à cabeça do jig e o outro assist duplo é montado na outra extremidade; quatro anzóis no total. A maior parte dos peixes ataca na parte da frente do movimento, atacam à cabeça quando o jig sobe, mantendose muitas vezes lado a lado com o jig. Mas também é verdade que atacam a cauda na descida. Sendo esta uma técni-
ca que privilegia os ataques em suspensão e na queda é importante salvaguardar que ambas as extremidades tenham dois anzóis. O que acontece é que um anzol espeta e penetra no peixe e durante o combate existem ainda três anzóis que se podem espetar em qualquer parte do peixe! Parece que o jig se tenta “agrafar” ao peixe com quatro membros. Desta forma o fardo do combate com o peixe é suportado por quatro anzóis e mesmo que três deles cedam ainda resta um que pode asse-
gurar a captura. Anzóis virados um para o outro – A razão de ser de os anzóis terem de ficar virados uns para os outros já foi explicado pelo que se disse anteriormente. Se assim estiverem ambos virados para fora, o primeiro anzol consegue espetar bem o peixe mas o segundo fica a apontar para fora e por isso não pode “abraçar” o peixe. Mais: quando virados para fora, os anzóis sofrem muita resistência por parte da água e rodam “furiosamente” em torno do jig. Há
Figura 1, Verdade e consequência 50
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e distância que o jig tem de percorrer. De referir que por estarem virados para dentro, os anzóis mantém um baixo perfil e não criam movimentos desnecessários do jig. Verdade e consequência Na figura 1 podemos ver dois tipos diferentes de anzóis para slow jigging. Vou referir cada uma das suas partes e de como cada uma delas afeta as características de cada um deles de
forma simples. PESCOÇO • Pescoço curto é mais rápido a penetrar. O anzol tem habitualmente mais ângulos e a abertura é maior. • Pescoço longo é um formato em que muita da potência de ferragem tem de ser conferida pelo pescador. Este formato funciona como uma mola, ajudando a aguentar os impactos da captura. São anzóis mais arredondados e a abertura é geralmente menor.
CURVA • A curvatura em si não toca no peixe mas é onde o anzol suporta a carga de ter um peixe ferrado. Para maximizar a sua resistência o anzol pode ser forjado contra as direções das forças que tentarão abrir o anzol. • O canto é, pela terminologia, parte da curvatura. Mas esta parte tem uma função completamente diferente por isso a analisamos em separado. É aqui que o anzol segura o peixe e, por se tratar de um anzol
com arame fino, há o risco de rasgar a pele. Esta parte pode ser forjada de forma a evitar que isso aconteça. PONTA • Ponta direita é excelente para “encontrar” e espetar no peixe. Também significa que origina mais facilmente prisões. Sato e o mestre Higashimura fizeram uma experiência para testar anzóis; usando o mesmo material, só variaram nos anzóis, sendo que uns tinham ponta direita e outros, curva. Todos eles eram
O mestre Sato partiu do zero até chegar à montagem tradicional para o slow jigging e tem escrito os pergaminhos desta técnica. 2017 Abril 364
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As experiências de mestre Sato mostram que a ponta curva não faz prisões tão facilmente e que mantém todavia uma grande capacidade de ferragem de formato Pike com ponta curva e Sato endireitou com o alicate a ponta dos seus para que ficassem direitos. O que aconteceu é que nas primeiras sete descidas prendeu sete vezes! Ninguém queria prender, obviamente, mas concluíram que a eficiência de ferragem da ponta direita teria vantagens em alguns casos. A ponta direita requer geralmente uma ferragem por parte
do pescador para que a ponta penetre. Se isso não acontecer o anzol fica meio cá, meio lá e pode não penetrar bem. • Ponta curva é excelente no capítulo da penetração. As experiências de mestre Sato mostram que a ponta curva não faz prisões tão facilmente e que mantém todavia uma grande capacidade de ferragem. Uma vez espetada a ponta do anzol, a mesma entra facilmente,
bastando apenas o peso do jig a cair para que penetre na boca ou carne do peixe. Raramente é preciso ferrar. ÂNGULO DA PONTA • A apontar para fora torna mais fácil à ponta encontrar e espetar o seu alvo mas também mais propensa a prisões. • A apontar para o olhal torna mais fácil a penetração da ponta pois o anzol não se inclina e
o ângulo que se mantém é na direção da penetração, para o olhal (ou patilha). É também provável que a penetração seja curta na pele do peixe por esse ângulo ser mais fechado. Não é à toa que Sato diz que “se quiserem apanhar mais peixe prestem atenção ao ângulo da ponta do vosso anzol”. Mais: diz que quando está concentrado usa pontas direitas e é ele a ferrar. Quando não está tão concentrado ou as aguagens impedem que os ataques sejam tão notórios usa pontas curvas e deixa que seja o peso do jig a ajudar na penetração. Muda constantemente de pontas de anzol; quando perde contacto, muda, quando desferra peixe, muda.
De referir que por estarem virados para dentro, os anzóis mantém um baixo perfil e não criam movimentos desnecessários do jig 52
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Sines Tall Ships Festival // RDV 2017
Sines em Festa com os Tall Ships
Depois de ter passado por Lisboa em 2016 com 51 Veleiros e receber a visita de mais de 650.000 espetadores, a frota de Tall Ships regressa este ano de 28 de abril a 1 de maio a águas lusas em Sines
O
“Sines Tall Ships Festival” está inserido na “Rendez-vous 2017 Tall Ships Regatta” (RDV
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2017), uma regata de grandes veleiros que passa por sete países e cruza o Oceano Atlântico duas vezes. A primeira perna da regata liga
Greenwich a Sines. A frota fica atracada em águas portuguesas em Sines durante quatro dias. Esses dias são recheados de atividades, vi-
sitas às embarcações, desfiles dos tripulantes, concertos, fogo-de-artifício e muitas outras iniciativas. A entrada no recinto é gratuita.
Vela
Vinhos amadurecidos no fundo do mar de Sines vão ser levantados o dia 16 de Setembro de 2016, a Câmara Municipal de N Sines submergiu nas águas do porto de recreio da cidade 700 garrafas de vinho da Costa Alentejana para maturação
Caravela Vera Cruz
do mar. Sete meses depois, no dia 20 de Abril de 2017, às 17h00, o município levanta as garrafas, que serão um presente para oferecer às tripulações dos grandes veleiros que atracarão neste porto, entre 28 de Abril e 1 de Maio, no Sines Tall Ships Festival 2017. Esta iniciativa resultou de um protocolo assinado entre a Câmara Municipal de Sines e a APVCA- Associação de Produtores de Vinho da Costa Alentejana. Pretende-se que passe a constituir um evento anual, destinado à promoção dos vinhos da Costa Alentejana, associada à promoção de Sines como um destino turístico que acrescenta aos seus variados produtos turísticos mais este produto. O projeto teve o apoio do IEFP- Instituto de Emprego e Formação Profissional (que construiu os cestos metálicos para a colocação do vinho no mar), da Turismo Alentejano e Ribatejo, ERT e da Administração dos Portos de Sines e do Algarve. Além dos 4 dias do evento, todos os interessados (dos 15 aos 115) têm a oportunidade única de embarcar num Tall Ship. Independentemente da experiência a bordo, basta ter espírito de
aventura, amor por viagens e muita diversão. Um dos maiores e mais apelativos Veleiros a atracar no Porto de Sines é o italiano “STS Amerigo Vespucci”. Construído em 1931 e com
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Vela
Barcos Portugueses
anta Maria Manuela e a Caravela Vera Cruz estão no S Grupo de Navios. Em Sines juntam-e a NRP Sagres, NTM Creoula e NRP Zarco.
Visitantes em Lisboa
mais de 100 metros de comprimento, este gigante dos mares pertence à Marinha Italiana. O seu mastro principal tem 54 metros de altura, a contar a partir do nível da água. O “Amerigo Vespucci” conta com uma tripulação permanente de 270 elementos, podendo ainda embarcar até 150 cadetes. Cerimónia de lançamento
Partida da Caravela Vera Cruz (02 de Abril) Caravela Vera Cruz partiu da Doca Rocha de Conde A D’Óbidos, em Lisboa, no dia 02 de Abril pelas 10 horas da manhã, para se juntar aos demais navios, em Greenwich (Reino
Unido). Estava um dia soalheiro e auspicioso para a partida da Caravela, que tem ao leme o experiente Comandante José Inácio, Director da APORVELA – Associação Portuguesa de Treino de Vela, que entretanto se juntou aos outros navios para o início do Rendezvous 2017 Tall Ships Regatta, com 7.000 milhas transatlânticas, dando início à primeira perna da regata que liga Greenwich a Sines.
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do Sines Tall Ships Festival // RDV 2017 O Turismo do Alentejo – ERT, a Câmara Municipal de Sines, a APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve, SA e a Aporvela
– Associação Portuguesa de Treino de Vela, presidiram à Cerimónia de Lançamento do Sines Tall Ships Festival // RDV 2017, no passado dia dia 18 de abril, pelas 11h00, no Salão Nobre do Museu Nacional de Arqueologia.
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Vela
Fotografia: Luis Fráguas
XXVIII Campeonato de Portugal de Juniores e Absoluto
Poucas Regatas mas com Óptimas Condições
Regatas com exelentes condições em 420
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Laser Radial em regata 60
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erminou o XVIII Campeonato de Portugal de Juniores e Absoluto que decorreu de 5 a 9 de Abril em Viana do Castelo, a organização esteve a cargo da Federação Portuguesa de Vela e do Clube de Vela de Viana do Castelo com o apoio da Associação Regional de Vela do Norte. A edição deste ano do Campeonato de Portugal de Juniores e Absolutos foi realizada em Viana do Castelo, reunindo 150 velejadores das Classes 420, Laser 4.7 e Laser Radial. Semelhante ao que ocorreu no ano passado, o campeonato foi assinalado pela falta de regatas, com apenas metade do programa a ser cumprido devido a falta de vento. No entanto, foram realizadas seis regatas, todas com óptimas condições de vento e mar.
Vela
Classificações Classe 420 Absoluto 1º Mafalda Pires de Lima / Catarina Coelho – Clube Vela Atlântico 2º João Bolina / Rafael Rodrigues – Clube Vela do Barreiro 3º Rita Lopes / Pedro Cruz – Clube Naval de Cascais Laser 4.7
Laser Radial
Classe 420 Feminino 1º Mafalda Pires de Lima / Catarina Coelho – Clube Vela Atlântico 2º Patrícia Bastos / Barbara Novo - Clube Vela Atlântico 3º Mafalda Gonçalves / Maria Pereira – Clube Naval de Sesimbra Classe 420 Júnior 1º João Bolina / Rafael Rodrigues – Clube Vela do Barreiro 2º Miguel Santos / Manuel Pessanha – Clube Vela Atlântico 3º Francisco Mourão / Luis Pinheiro – Clube Naval de Sesimbra Classe Laser Radial Absoluto 1º Miguel Rouxinol – Clube Vela Viana do Castelo 2º Carolina João – Sport Algés e Dafundo 3º Lourenço Mateus – Associação Naval de Lisboa Classe Laser Radial Feminino 1º Carolina João – Sport Algés e Dafundo 2º Maria José Cardoso – Associação Naval de Lisboa 3º Bruna Carvalho – Associação Naval do Guadiana
Pódio 420 Absoluto
Classe Laser Radial Júnior 1º Miguel Rouxinol – Clube Vela Viana do Castelo 2º Lourenço Mateus – Associação Naval de Lisboa 3º Tomas Pires de Lima – Clube Vela Atlântico Classe Laser 4.7 1º Tiago Vieira – Clube de Vela do Tejo 2º Ricardo Rodrigues – Clube Naval de Cascais 3º Johan Schunbert – Dinamarca
Pódio Laser
Classe Laser 4.7 Feminino 1º Daniela Miranda – Associação Naval do Guadiana 2º Lúcia Neto – Grupo Naval de Olhão 3º Camila Poucochinho – Clube Vela de Lagos 2017 Abril 364
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Surf
Notícias do Surf Clube de Viana
Surf Clube de Viana continua a afirmar-se como player na rede europeia da náutica
Participantes do Seminário Europeu WET - ERASMUS+ Sport O Seminário final do Watersports Enhanced Together (WET) teve lugar em Bruxelas, no passado dia 29 de março. O Surf Clube de Viana (SCV), um dos seis parceiros europeus do projeto e o único português, participou neste debate europeu dedicado à náutica e à partilha de boas práticas que colocou Viana do Castelo em destaque, contou também com a participação de altas figuras do panorama político e desportivo europeu, com representantes de clubes e ainda com diversas entidades governativas nacionais e regionais de vários países.
S
José Maria Costa (Presidente CMVC), Olivier Fontaine (Direção-Geral da Educação e da Cultura da Comissão Europeia) e João Zamith (Presidente SCV) 62
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egundo João Zamith, presidente do SCV, este projeto significa o reconhecimento do mérito do clube. “O SCV é um player europeu que tem vindo a trabalhar em rede diretamente com parceiros de grande prestígio, como o Instituto do Desporto da Irlanda do Norte, chefe de fila do WET”. “Este programa, além de nos posicionar no centro do debate europeu sobre a náutica, tem contribuído para a nossa autonomia, pois significa a vinda de fundos comunitários do programa Erasmus+
Surf
Sport para Viana do Castelo, facilitando a manutenção de uma estrutura de recursos humanos. Este trabalho em rede, com a partilha de boas práticas desportivas europeias, permite também termos uma visão global da realidade, das oportunidades, dos projetos e de sermos, cada vez mais, procurados para novas parcerias”, acrescenta. Este seminário contou com diversas presenças de relevo, entre as quais Olivier Fontaine, da Direção-Geral da Educação e da Cultura da Comissão Europeia, François Beauchard, Presidente Europeu da Network of Outdoor Sports – ENOS, e Huw John, presidente da Federação Europeia de Surf. A Câmara Municipal de Viana do Castelo também foi uma das entidades convidadas para este evento, no qual foi afirmado que “a náutica vianense serviu de inspiração ao WET”. Para o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, “é gratificante verificar a existência de um grande entendimento ao nível europeu quanto à importância da prática de desporto ao ar livre, com destaque para o meio aquático e o surf. É gratificante verificar o reconhecimento por parte das instituições europeias do trabalho que tem sido desenvolvido em Viana do Castelo e a forma como receberam o projeto Centro de Mar”. José Maria Costa considera também que “os programas de cooperação de âmbito europeu com partilha de experiências são estratégicos para Viana do Castelo” e explica que, “cada vez mais, o Centro de Mar se posiciona nesse sentido”.
Olivier Fontaine (Direção-Geral da Educação e da Cultura da Comissão Europeia)
Projeto WET com ações de êxito Tendo por missão promover, desenvolver e fomentar a prática do desporto náutico, sobretudo junto da população em risco de exclusão social e económica, foram realizadas, até ao momento, no âmbito do WET quatro ações principais: Sessões Taster ou seja experiências náuticas para
grupos com necessidades especiais e de carácter social e que registaram um total de 5.468 participantes; Intercâmbios de treinadores, que aconteceram na Irlanda, na Irlanda do Norte, na Bulgária, em Espanha e na Finlândia; a Semana Europeia da Náutica na qual participaram 2.160 pessoas; e o Seminário final, agora, em Bruxelas. Ainda no âmbito deste
projeto está a decorrer a elaboração de um toolkit de boas práticas, destinado a gestores desportivos de eventos náuticos. Estando o seu lançamento previsto acontecer durante o Nature & Sports Euro’ Meet 2017 da ENOS, em La Seu D´Urgell, na Catalunha, em setembro próximo. João Zamith também é membro do Comité Executivo Europeu da ENOS.
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Surf
Caparica Primavera Surf Fest
Desporto Escolar sagra primeiros campeões
Festival de Campeões Começou com o Desporto Escolar Este ano o Caparica Primavera Surf Fest, que iniciou com competições no passado dia 7 de Abril o Encontro Nacional de Desporto Escolar, apurou campeões de surf, bodyboard e longboard, em número que se considera já que é um festival de campeões
O
Caparica Primavera Surf Fest terminou com um saldo extremamente positivo, tendo contabilizado 1.000 atletas, 309 deles internacionais, de 24 nacionalidades, distribuídos por 11 competições desportivas, com destaque para o Caparica Pro, etapa do Circuito de Qualificação Mundial de Surf; o Caparica Longboard Pro, Circuito de Qualificação do Mundial de Longboard, e o Caparica Junior Pro, etapa do Circuito Mundial Júnior. A festa do surf na Caparica começou com o Encontro Nacional de Desporto Escolar que reuniu 10
centros de Formação Desportiva de Surf de todo o país, desde Viana do Castelo a Armação de Pêra e foi o primeiro a sagrar campeões, com Afonso Silva a vencer a competição de Surf no escalão de Infantis, Francisco Ribeiro a triunfar em Surf de Iniciados, Rita Jorge a superar a concorrência em Surf Feminino e Jacinto Pascoal a ganhar a competição de Bodyboard. No quato dia de prova, no Nacional de Bodyboard, Daniel Fonseca, Joana Schenker e Luís Pereira (Dropknee) começaram o circuito da melhor maneira, tirando o melhor partido das ondas da Caparica para subir ao lugar mais alto
Vasco Ribeiro 64
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do pódio. Teresa Bonvalot sagrou-se campeã, pela terceira vez, do Caparica Junior Pro, etapa do Junior Tour da WSL integrada no Caparica Primavera Surf Fest. Teresa dominou uma final em que a portuguesa Francisca Veselko também chegou ao pódio, em terceiro lugar. A inglesa Ellie Turner foi a segunda classificada e a basca Nadia Erostarbe fechou o pódio em quarto. De salientar também a prestação de Marta Lopes, eliminada nas meias-finais e a terminar a etapa em quinto lugar. O triunfo destacado da surfista
de Cascais deveu-se, em grande parte, a uma inteligente escolha estratégica: Bonvalot optou por surfar um banco de areia no meio da praia, enquanto as adversárias se concentraram mais a Norte, perto do pontão. Não demorou muito até o mar recompensar a aposta, com a segunda vaga da campeã do Caparica Junior Pro a valer a nota mais alta do heat (7.17) e a colocá-la imediatamente numa posição muito vantajosa num dia de ondas difíceis e pontuações baixas. A terceira onda, um 6.17 selou a vitória, deixando a inglesa Ellie Turner a precisar de uma onda
Teresa Bonvalot
Surf
Carol Henrique quase perfeita (9.96) para atacar a liderança. “No início estava a pensar surfar perto do pontão, com as minhas adversárias, mas depois escolhi ir para aquele banco de areia no meio da praia e foi decisivo”, explicou Teresa Bonvalot A francesa Justine Dupont venceu o Caparica Pro, mas precisou de esperar pela nota da última onda para bater a portuguesa Carol Henrique, que chegou a estar, momentaneamente, na liderança da final desta etapa portuguesa do Circuito Mundial de Qualificação (WQS). Dupont confirmou o favoritismo que o currículo de ex-competidora do World Tour lhe atribuía à partida, mas a campeã nacional quase lhe estragou as contas, mercê da habitual combatividade que lhe é reconhecida. E isto numa final com ondas muito pequenas e difíceis de surfar que terminou com a norteamericana Marissa Shaw em terceiro posto e a revelação taitiana de apenas 14 anos, Vahine Fierro, em quarto lugar. “O campeonato foi todo disputado em condições muito difíceis, pelo que foi mesmo uma questão de adaptação”, explicou Carol Henrique, satisfeita pelo se-
gundo lugar nesta etapa de 1000 pontos do Circuito de Qualificação Mundial (WQS) feminino. “Normalmente temos de ir ao estrangeiro para competir no QS pelo que é sempre bom poder competir aqui na Caparica, onde aliás costumo treinar. Perdi na última onda, mas penso que foi um honroso segundo lugar”, concluiu a campeã nacional, que este ano luta pela qualificação para o circuito mundial. O espanhol Gony Zubizarreta o Caparica Pro numa final de choque, dominada quase até à última onda pelo português Vasco Ribeiro. E “quase até à última onda” porque foi precisamente na última vaga, nos últimos segundos, que o espanhol que reside na Ericeira há vários anos virou a bateria para arrecadar o triunfo desta etapa de 1000 pontos do Circuito de Qualificação Mundial (WQS) da World Surf League. No terceiro lugar do pódio classificou-se o francês Lens Avila e, em quarto, o campeão nacional Pedro Henrique. Gony, que passou os últimos tempos a surfar ondas grandes e tubulares nas Canárias e na Ericeira, adaptou-se bem às ondas pequenas que quebraram hoje
Daniel Fonseca na Ericeira e mostrou-se eufórico com o triunfo: “Adoro Portugal e ganhar aqui é como ganhar em casa, na Galiza. A final foi muito apertada mas acreditei até ao fim e consegui! Tenho tido uns últimos tempos incrivelmente preenchidos, com viagens, uma sessão assustadora na Cave [uma onda na Ericeira] com a equipa da Volcom e uma mudança de casa. Mas sinto-me bem e tenho tempo para descansar no cemitério!” Rodrigo Sphaier surfou em “casa” para o triunfo no Caparica Longboard Pro, etapa LQS do Caparica Primavera Surf Fest que também distinguiu a portuguesa Kathleen Barrigão, no terceiro lugar da competição feminina. Sphaier, campeão sul-americano de Longboard, surfa com pranchas do “shaper” da Caparica Luís “Lufi” Bento e, como tal, contou com numerosa claque de apoio na areia. Empurrado pelos amigos ou não, certo é que o brasileiro saiu por cima de uma batalha com os irmãos Delpero, em que Antoine acabou em segundo e Edouard em terceiro. Emilien Fleury fechou um pódio quase totalmente francês. “Já é o terceiro ano que aqui
venho e já conheço relativamente as ondas da Caparica. Mas surfei com atletas de alto nível que competem no Mundial pelo que é sempre motivador vencerlhes, sobretudo em início de temporada. É a minha segunda prova da época e triunfar aqui, rodeado dos meus amigo e com o apoio do Lufi que me faz as pranchas é muito saboroso”, congratulou-se Sphaier. Referência nesta prova para o português Diogo Gonçalves, vencedor da etapa do Nacional de Longboard, que ainda chegou às meias-finais da paragem capariquense do Mundial mas não conseguiu superar a forte concorrência internacional. Na prova feminina do LQS, mais uma vez, o poderio francês a fazerse sentir, com Alice Lemoigne e Justine Dupont a protagonizarem uma “dobradinha” tricolor. Kathleen Barrigão conseguiu um honroso terceiro lugar e a britânica Emily Currie foi quarta classificada. “O meu objectivo é sempre ir o mais longe possível em todas as competições em que entro, mas este terceiro lugar ultrapassou as minhas expectativas”, confessou a ex-campeã nacional.
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Juniores de Surf e Bodyboard em Formação no Centro de Alto Rendimento de Peniche
Seleção de Surf
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s próximos estágios da Federação Portuguesa de Surf (FPS) de preparação para a equipa nacional de juniores de Bodyboard e de Surf já têm data marcada. O Centro de Alto Rendimento de Peniche (CAR) volta a receber um grupo de jovens promissores destas modalidades que vão lutar para integrar as respetivas seleções. De 17 e 18 de abril, os atletas de Bodyboard estreiam-se num estágio de preparação para a próxima época enquanto os jovens surfistas regressam aos treinos nas ondas de Peniche, de 19 a 21 de abril, para a formação da equipa de surf júnior a disputar o campeonato mundial, no Japão. A Federação Portuguesa de Surf (FPS) ambiciona continuar a formar campeões e reforçar o nome de Portugal nestas modalidades em forte crescimento. “Portugal foi sempre representado por atletas com as melhores condições, quer físicas, técnicas ou psicológicas. Todo o trabalho desenvolvido
durante os estágios da FPS é fundamental para que os nossos jovens progridam e se sintam confiantes e capazes de alcançar os melhores resultados nas diferentes provas”, assinala João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf. Para Nuno Trovão, selecionador da equipa nacional de Bodyboard, é importante “começar a preparar estes atletas juniores para os futuros compromissos das Seleções Nacionais, nomeadamente o EuroJunior 2018”. “Este estágio visa ainda prosseguir o projeto traçado pela equipa técnica de Bodyboard e pela FPS em 2016, para trazer resultados desportivos de excelência e potenciar o Bodyboard nacional”, acrescenta. Lista de Atletas Convocados de Surf Beatriz Santos, Bruno Gregório, Camila Costa, Carolina Santos, Concha Balsemão, Francisco Almeida, Gonçalo Magalhães, Gonçalo Vieira, Inês Bispo, João Moreira, Francisca Veselko, Mafalda Lopes,
Mariana Garcia, Matilde Passarinho, Salvador Couto, Simão Penha, Tomás Ribeiro e Vasco Mónica, Afonso Antunes, Diogo Sampaio, Gabriel Ribeiro, Guilherme Ribeiro, João Mendonça, João Vidal, Joaquim Chaves, José Bruschy, José Champalimaud, Lourenço Nunes, Lourenço Sousa, Manuel Teixeira, Martim Nunes, Martim Paulino, Martim Van Zeller, Matias Canhoto, Santiago Graça, Tomás Lacerda, Vasco Cordeiro, Zé Maria Ribeiro.
Lista de Atletas Convocados de Bodyboard Joel Rodrigues, Pedro Ferreira, Tomás Meca, Ricardo Mourão, Francisco Ferreira, Miguel Matos, António Ferreira, David Vedor, João Ferreira, Rafael Cabral, Rodrigo Lopes, Miguel Ferreira, Tomas Rosado, Afonso Silva, Pedro Machado, Pedro Veigas, Tomás Silva, Madalena Padrela, Teresa Coelho, Mariana Rosa, Filipa Broeiro, Joana Pinto.
Seleção de Bodyboard
Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com
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