Notícias do Mar n.º 365

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Notícias do Mar

Fotografia e Mapas

Extensão da Plataforma Continental Portuguesa

Início das Negociações nas Nações Unidas

Mapa de Portugal com Extensão da Plataforma Oceânica A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, procedeu, no passado dia 31 de Março, na Gare Marítima de Alcântara a uma sessão de apresentação da proposta de Portugal para a Extensão da Plataforma Continental Portuguesa.

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ROV Luso a iniciar uma missão 2

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na Paula Vitorino tinha já renovado a tarefa da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) que tem coordenado o Projecto Português desde 2005, uma vez que o prazo da actual termina no fim deste ano e é preciso dar um novo impulso ao processo da extensão da plataforma continental, entrando-se numa fase decisiva da estrutura de missão. Em Novembro do ano passado a ministra do Mar enviou para resolução em Conselho de Ministros, uma proposta de renovação da Estrutura de Missão para a Extensão da


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Plataforma Continental, depois de ter visitado as instalações em Paço de Arcos da EMEPC, estrutura de missão que tem assegurado os trabalhos relativos ao processo de extensão da plataforma continental. O alargamento da jurisdição sobre solo e subsolo marinhos para lá da Zona Económica Exclusiva-ZEE e passar para as 350 mn é uma ampliação da máxima importância estratégica para Portugal. Na sessão na Gare Marítima de Alcântara a Ministra referiu que Portugal vai apresentar o pedido que poderá dobrar a extensão da sua plataforma continental para quatro milhões de quilómetros quadrados a uma subcomissão da Comissão de Limites da Plataforma Continental das Nações Unidas e que poderá haver uma decisão entre dois a três anos. As propostas só são admitidas para avaliação se não houver oposição dos países que possam ter algum conflito de interesses. A Espanha e Marrocos já se pronunciaram sobre não terem nada a opor relativamente à apreciação da proposta portuguesa. A proposta portuguesa de extensão da plataforma continental vai começar a ser negociada nas Nações Unidas em Agosto próximo, ultrapassando assim a primeira fase de um processo prolongado desencadeado em 2009. De acordo com o artigo 76º da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), a plataforma continental de um Estado costeiro compreende o leito e o subsolo das áreas marinhas que se estendem para além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural do seu território terrestre. As razões objetivas para o pedido de extensão incluem uma segurança jurídica muito maior para o exercício da soberania e a proteção do oceano, abrindo todas as possibilidades de exploração económica. Por outro lado, temos a possibilidade de concretizar

de uma forma mais eficiente o que são os objetivos de sustentabilidade do País em termos de consumo de energias renováveis, de utilização de produtos mais sustentáveis do ponto de vista ambiental. A Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) é constituída por 21 comissários, peritos em hidrografia,

geologia e geofísica. Sete destes comissários irão formar a subcomissão que vai avaliar a proposta portuguesa. A primeira reunião de negociações está marcada para 14 de Agosto no âmbito do grupo de trabalho que a CLPC acaba de criar para analisar a proposta portuguesa, a qual pretende alargar em dois milhões

de quilómetros quadrados a área marítima sob jurisdição nacional, o dobro da atual. A criação desta subcomissão constitui um passo decisivo num processo que uma vez terminado junto da ONU, permitirá a Portugal o exercício de direitos soberanos sobre a plataforma continental para efeitos de conhecimento

Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino na EMEPC 2017 Maio 365

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e aproveitamento dos seus recursos naturais. O português Aldino Campos, engenheiro hidrógrafo e antigo oficial da Marinha, vai integrar a (CLPC) das Nações Unidas para o período 20172022, que será eleita no mês de Junho e da qual será sairá a subcomissão de sete peritos que terá a responsabilidade de analisar a proposta portuguesa nos planos jurídico e científico,mas sem o perito português que fica automaticamente excluído.

ROV Observer 4

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A proposta portuguesa de Extensão dos Limites Exteriores da Plataforma Continental Foi em 11 de maio de 2009 que Portugal submeteu junto da Comissão de Limites da


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mento da geomorfologia e da natureza dos fundos oceânicos do Atlântico Norte. Os direitos soberanos exclusivos de Portugal, para a exploração e aproveitamento dos recursos naturais, em novas e muito vastas áreas do Atlântico Norte, serão mais garantidos quanto mais vasto for o nosso conhecimento sobre elas. Entretanto a EMEPC elaborou o Atlas do Mar de Portugal e o dicionário de dados do Projeto de Extensão da Plataforma Continental, demonstrando a capacidade nacional de exploração do mar, bem

ROV Luso no NRP Almirante Gago Coutinho, navio hidrográfico da Marinha

Limite esterior da plataforma continental de Portugal

Plataforma Continental a sua proposta de extensão dos limites exteriores da plataforma continental para além das duzentas milhas marítimas. O processo não ficou concluído. Após a apresentação da candidatura a EMEPC continuou a trabalhar no processo. Foram recolhidos mais dados batimétricos, mais evidências geológicas e mais informação resultante da análise dos processos em avaliação que permitem que, chegado o momento da constituição da Subcomissão que irá avaliar o processo português, estejamos mais bem preparados para defender a posição apresentada. Prosseguiu-se com o trabalho no imenso mar de Portugal para recolha de novos dados e amostras, de estudo e de investigação para construção de novo e reforçado conheci2017 Maio 365

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Chegada ao deck de uma draga com amostras de rocha

como obter o maior conhecimento dos recursos naturais, vivos e não vivos. A grande vantagem de Portugal ter como reconhecida a extensão da plataforma continental é as zonas insulares estarem incorporadas na forma de ampliação. Ao estabelecer os limites exteriores da Plataforma Continental, as análises técnicas e científicas realizadas na proposta portuguesa mostra que vão bastante mais fora que os limites ZEE, a zona económica exclusiva das 200 mn. A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, establece que “a plataforma

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continental de um Estado costeiro compreende o leito e subsolo das áreas marinhas (…) até ao bordo exterior da margem continental (…)”. Deste modo a determinação do Bordo Exterior da Margem Continental (BEMC) foi o primeiro passo para se conhecer o Limite Exterior da Plataforma Continental (LEPC) Aplicaram-se as fórmulas mais facoráveis e verificou-se que o BEMC se localiza nalguns locais a distâncias superiores a 350 mn ou 100 mn para lá da batimétrica dos 2 500 m Foram então desenvolvidos estudos e recolha e identifi-

Amostra de crosta de Fe

cação dos recursos marinhos vivos e não vivos dos fundos marinhos. A exploração dos recursos minerais, energéticos e genéticos nos grandes fundos marinhos torna-se cada vez mais exequível. A exploração científica dos fundos marinhos nacionais é ainda diminuta. Porém o conhecimento que está a ser obtido nos últimos anos através de campanhas de investigação científica permitem, no entanto, antecipar um vasto potencial económico para os diferentes recursos existentes na plataforma continental de Portugal. De salientar que ficaram inseridos na área da Exten-

são da Plataforma Continental importantes Estruturas dos Fundos, que deverão merecer campanhas de investigação de relevo. O Ovo Estrelado ou “Fried Egg” é uma estrutura do fundo marinho situada a sul do arquipélago dos Açores, a cerca de 2.000 m de profundidade, descoberta em 2008 pelo EMEPC durante os levantamentos hidrográficos realizados a bordo do navio N.R.P. “Almirante Gago Coutinho”. A Falha da Glória é um segmento da Zona de Fractura Açores-Gibraltar e consiste numa extensa falha de desligamento com cerca de 900 km

Biodiversidade no campo hidrotermal Lucky Strike

Chaminé da fonte hidrotermal Lucky Strike

A espécie Helicolenus dactylopterus, o boca-negra dos Açores

Esponja da espécie Polymastia corticata

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Estruturas O Ovo Estrelado ou “Fried Egg”

de comprimento. A estrutura designada por Oceanographer corresponde a uma falha transformante com uma orientação WNWESE, que intersecta a CristaMédia Atlântica próximo da latitude 35º N. Esta falha é uma estrutura com uma extensão de cerca de 1.000 km, caracterizada por depressões que podem atingir profundidades na ordem dos 4.500 m. O campo hidrotermal Menez Gwen, encontra-se a sul dos Açores, na Crista-Média Atlântica, descoberto em 1994. Este campo hidrotermal está localizado num vale axial de um vulcão de idade recente, cujo cume está a apenas 700 m de profundidade. Os locais com atividade hidrotermal ativa ficam situados a cerca de 850 m de profundidade, tendo sido registados fluidos com temperaturas próximas de 280ºC. O termo bretão Menez Gwen sig-

Planície Abissal da Ferradura 8

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Falha da Glória

nifica “Monte Branco”. O Great Meteor corresponde a um extenso monte submarino que emerge desde as profundidades abissais até cerca dos 300 m de profundidade. Apresenta um topo aplanado com uma área aproximada de 1 850 km2, o que corresponde a 2.5 vezes a área da ilha de São Miguel nos Açores. O Great Meteor ocorre no extremo de uma cadeia de montes submarinos com o mesmo nome tendo, na sua vizinhança, dois montes submarinos de menores dimensões – o Little Meteor e o Closs. O Monte Submarino Antialtair é uma elevação localizada 1 000 km a oeste de Portugal Continental, aproximadamente à latitude de Vila Nova de Cerveira, que apresenta 100 km de comprimento por 30 km de largura. Situada em pleno Oceano Atlântico,

Great Meteor 2017 Maio 365

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Notícias do Mar

Campanhas de investigação EMEPC no bordo sul de uma estrutura geológica peculiar conhecida

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como King´s Trough. Neste monte submarino as águas

que se lhe sobrepõem foram classificadas pela convenção

OSPAR como uma Área Marinha Protegida. O Monte Submarino Tore, localizado a 300 km da costa de Portugal Continental, ocupa o extremo oeste do Esporão da Estremadura, um macrorelevo submarino com uma orientação E-W e limitado a norte e a sul pelas planícies abissais Ibérica e do Tejo, respectivamente. O Esporão da Estremadura, de natureza magmática, ter-se-á começado a formar após as fases iniciais da abertura do Oceano Atlântico (130-125 milhões de anos). A planície Abissal da Ferradura localizada a SE do Monte Submarino Josephine, é caracterizada pelo seu fundo plano situado a cerca de 5 000 m de profundidade. Apresenta um alongamento segundo uma direcção ENE-WSW e é um dos locais propícios à ocorrência de nódulos polimetálicos, tipicamente enriquecidos em manganês, cobre, níquel, cobalto, entre outros metais.


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Náutica Texto Antero dos Santos Fotografia Touron Náutica

Apresentação Bayliner Element CC6

Bayliner Aposta no Mar com Element CC6 de Consola Central

Bayliner CC6 Element foi desenvolvido com características para o mar A Bayliner desenvolveu um modelo da gama Element com características marinheiras, o Element CC6 de consola central. Tem o casco inovador em forma de trimarã e possui um design exclusivo BeamForward da Bayliner que amplia a embarcação na proa para além do design tradicional.

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À proa possui um design exclusivo BeamForward que amplia o espaço à frente 12

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estaleiro Bayliner dos USA criou uma nova Série, a CC, embarcações de consola central desenvolvidas à volta do conceito Element, onde a ergonomia é um factor de relevo, aplicado em embarcações para saídas com a família e os amigos, que proporcionem grande divertimento no meio aquático ou na pesca, com a máxima comodidade e segurança. Para garantir isso, a Bayliner criou para os barcos da gama Element um casco especial patenteado, em forma de M (M-Hull. Com este casco em forma de M (M-Hull), quase um trimarã, o ar que passa nos dois túneis do M, levanta o


Náutica

A consola permite passagem fácil para a proa

barco e faz diminuir o atrito na água. Graças a isso, o barco consegue ter performances com um elevado desempenho, com motores de baixa potência, pois descola mais facilmente da água. Também, devido a este tipo de casco, o barco tem uma notável estabilidade, com um aumento de 30% e reduzindo a inclinação, comparando com os cascos em V, qualidade que se exige nas embarcações para a pesca lúdica. Na Série CC o estaleiro introduziu o design exclu-

sivo “BeamForward” com o objectivo de aumentar a versatilidade de utilização, e oferecer um deck com muito mais espaço, maior comodidade e grande capacidade de arrumação, quando comparado com os tradicionais barcos de proa estreita. O conceito dos modelos Element CC foi criar um barco mais polivalente com a consola de condução ao meio e uma área à frente e o poço desenhados e equipados para permitir pescar, dar uns mergulhos, tomar banhos de sol e fazer pique-

Posto de condução

O casco especial em forma de M 2017 Maio 365

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Náutica

A potência adequada do motor Mercury é de 80HP, 100HP e 115 HP

Banco à frente da consola 14

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niques. Com lotação para oito pessoas o barco comporta assentos à proa, um banco à frente da consola, o banco duplo do piloto e assentos à popa com três lugares. No que respeita à capacidade de arrumação, cada vez mais necessário numa embarcação polivalente, o Bayliner CC6 Element é um campeão. Na área da proa tem o poço da âncora, bem como dois grandes porões para guardar palamenta. A consola de condução tem um banco à frente, sob o qual existe um enorme espaço, com acesso por uma porta na consola e pelo assento do banco que faz de tampa. O banco do piloto dispõe dentro de uma geleira com caixa amovível que dá para colocar o gelo e o peixe. Sob o banco da popa encontra-se também um enorme porão para guardar as almofadas e equipamentos. Quando chega a hora dos banhos de sol, a zona da proa converte-se num

grande solário, coberta por uma almofada de grandes dimensões. Também quando é preciso fazer um piquenique, o painel da proa dobra-se para formar uma mesa. O posto de comando tem pré-instalação da electrónica e comporta um pára-brisas


Náutica

Motor Mercuy F80 EFI O

Espaço à proa com almofadas

Porão do ferro e porões para palamenta

em vidro acrílico protegido por um alto corrimão em aço inox que serve também de apoio e segurança nas passagens laterais.

O banco do piloto tem o encosto reversível, para se poder sentar virado para a proa ou para a popa a pescar ao corrico.

Solário à frente

Motor Mercury F80 EFI a 4 tempos, incorpora as últimas inovações tecnológicas da Mercury, com as quais consegue uma elevada combinação de potência e força com inigualável poupança de combustível. Ele pertence à nova geração de motores Mercury a 4 tempos de 80/100/115 que foram desenvolvidos segundo a mesma arquitectura dos populares e de grande prestígio Mercury F150 EFI, assegurando arranque a frio, estabilidade de funcionamento e elevada durabilidade, qualquer que fossem as condições de navegação. Este motor fora de borda Mercury tem um bloco com 2,1 litros de cilindrada, quatro cilindros, oito válvulas e uma árvore de cames. Caracteriza-se por ser mais leve e de mais baixo perfil no seu segmento de potências e proporciona mais potência e mais binário que a sua concorrência. A transmissão de design hidrodinâmico é totalmente inovadora a nível mundial, com uma relação de caixa de 2.07:1 que melhora a eficiência, reduz o consumo e aumenta as RPM Como a carcaça superior do motor está insonorizada, o seu escape é silencioso e foram instaladas diversas partes do motor, de modo a reduzir vibrações e diminuir o ruído da admissão, o motor funciona de forma notavelmente muito silenciosa e suave. Sem manutenção de válvulas, algo Inovador também neste motor, ele torna-se mais simples de manter, com apenas a mudança de filtros de óleo e de combustível e através do sistema de lavagem do motor com água doce.

Interior da consola onde se pode montar um viveiro para isco vivo 2017 Maio 365

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Náutica

A consola de condução central permite uma boa distribuição do peso da carga e da lotação

Na zona da popa encontram-se três assentos com encostos amovíveis, para facilitar as entradas e saídas pela popa. Para os amantes da pesca, o pack Fish inclui hélice de proa e assento de proa, para a pesca nos lagos e nos estuários. Tem também porta canas laterais e seis suportes de canas na consola. A opção pack Fish transforma igualmente os compartimentos de arruma-

ção na proa e na popa em arcas para guardar o peixe e no espaço de arrumação na consola pode-se montar um viveiro de isco vivo. As extensões da plataforma de banho são de série e facilitam a entrada e saída da água. O deck é auto-vazante. Este modelo poderá ser motorizado com motores fora de borda Mercury a 4 Tempos de 80, 100 ou 115 HP. O pack opcional de aço

Assentos à popa com encosto amovível 16

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inoxidável inclui varandim na proa (na amurada) e porta bebidas, tudo em aço inoxidável.

De salientar o preço económico do conjunto com o Mercury F80, a partir de 19.570 € + IVA.

Bayliner CC6 Element com casco em forma de M (M-Hull) Características Técnicas Comprimento total

6,10 m

Comprimento do Casco

5,49 m

Boca

2,29 m

Ângulo de popa

M-HullTM

Peso a seco

907 Kg

Calado

0,30 m

Capacidade dep. combustível

114 L

Lotação

8

Potência aconselhada

80HP / 115HP

Preço barco/motor

a partir de 19.570 € + IVA

Importador:Touron Portugal Telf.: 21 460 76 90 - geral@touronsa.pt - www.touron-nautica.com/pt


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Náutica

Apresentação Capelli CAP 21.5 WA

Aumenta a Polivalência com a Cabina

Apresentado pelo estaleiro italiano Capelli no último Salão Náutico de Génova, o modelo Capelli CAP 21.5 WA dotado de uma cabina, vai satisfazer todos os que hoje querem cada vez mais uma embarcação que ofereça o máximo de uso.

O

s barcos do estaleiro Capelli são Importados e distribuídos em exclusivo

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em Portugal por Poti Nauta do grupo Angel Pilot. A Capelli constrói dois tipos de embarcação, os semi-rígidos Tempest, com os

tubos construídos em Neoprene/Hypalon, e barcos com os cascos em PRFV. Com este tipo de casco o estaleiro produz quatro linhas,

entre as quais a gama CAP com 12 modelos, construídos desde os 4,00 aos 9,70 de comprimento. Todos os barcos do es-


Nรกutica

Capelli CAP 21.5 WA

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Náutica

Posto de comando

Capelli CAP 21.5 WA é um barco polivalente com cabina

Posto de comando e bancos no poço 20

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taleiro Capelli, representam um produto de elevado prestígio, devido não só à robustez na construção, mas também a boa qualidade nos acabamentos e sobretudo, a grande variedade de equipamentos que podem incorporar, que lhes permite satisfazer diferentes clientes. No que respeita à gama CAP salientamos o desi gn Capelli do casco, com um V profundo e as proas com um perfil bastante deflector. Estas características conferem aos barcos um bom desempenho a navegar no mar e em águas agitadas, oferecendo conforto e impedindo molhar o interior.


Náutica

Capelli CAP 21.5 WA O Capelli Cap 21.5 WA, com 6,30 metros de comprimento, tem as dimensões bem adequadas para ser uma embarcação marinheira para as nossas águas. Trata-se de um barco do tipo polivalente com cabina, para satisfazer a pesca lúdica, os desportos

Banco do piloto

aquáticos, e oferecer com facilidade os bamhos de sol. Destaca-se no barco a ampla acomodação no poço, com um banco corrido para três pessoas à popa e outro atrás do assento do piloto com dois lugares. No meio pode-se montar uma mesa. Nas paredes do poço en-

contram-se transportadores de canas. Na borda de cada lado existe um porta canas. Na popa pode ser montado um chuveiro deágua doce. O posto de comando

encontra-se numa consola alta com um pára-brisas e comporta um painel de instrumentos ergonómico em cor azul-escuro que favorece esteticamente a consola.

WC Marinho na cabina

Cabina com cama 2017 Maio 365

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Náutica

O Capelli CAP 21.5 WA pode ter motor de 115 HP a 175 HP

O piloto tem banco encosto para a condução de pé, ou sentado com os pés apoiados. À frente da consola de

condução fica o tecto da cabina com um enorme solário que ocupa todo o espaço. Para facilitar a passagem para a proa e para o solário

ela é do tipo walkaround à volta da consola. A entrada para a cabina encontra-se na consola de condução, com uma porta de correr. No interior da cabina existem compartimentos para arrumações e uma cama para duas pessoas

pernoitarem. A cabina tem uma escotilha de iluminação e arejamernto, tem um compartimento para um WC marínho e ainda para um frigorífico de 35 litros. Quanto à motorização, está indicada dos 115 HP aos 175 HP.

Características Técnicas

Solário à frente no Capelli CAP 21.5 WA

Comprimento

6,30 m

Boca

2,43 m

Peso s/motor

1.000 Kg

Lotação

7

Depósito combustível

185 L

Depósito água doce

45 L

Potência máxima

175 HP

Motor recomendado

115 HP / 175 HP

Preço base do casco

29 500 € + IVA

Preço do conjunto casco + Yamaha F115

a partir de 42.403 € + IVA

Preço do conjunto casco + Yamaha F175

a partir de 46 485€ + IVA

Homologação CE

C

Os valores não incluem montagem nem transporte da fábrica ao concessionário.

Transportadores de canas 22

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Importadores e Distribuidor Porti Nauta Grupo Angel Pilot Complexo dos Estaleiros Navais, Lote E - 8400 - 278 Parchal – PortimãoEst Telm: 91 799 98 70 - info@angelpilot.com - www.angelpilot.com Yamaha Motor Europe N.V. Sucursal em Portugal Rua Alfredo da Silva, nº 10 2610-016 Alfragide Tel.: 21 47 22 100 Fax: 21 47 22 199 www.yamaha-motor.pt


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Notícias do Mar

Ciências do Mar

Utilizar Amêijoas de Água Doce como Biofiltros para o Tratamento de Efluentes Domésticos

Amêijoa asiática (Corbicula fluminea) Uma equipa de seis investigadores das Faculdades de Ciências e Tecnologia (FCTUC) e Farmácia (FFUC) da Universidade de Coimbra (UC) está a desenvolver uma solução inovadora para o tratamento de águas residuais domésticas, combinando a utilização de ozono fotocatalítico e biofiltros com uma amêijoa de água doce conhecida como amêijoa asiática (Corbicula fluminea).

O

objetivo deste projeto, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), é conseguir uma solução integrada, e vantajosa do ponto de vista económico, para aumentar a eficácia das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR). No geral, os atuais métodos cumprem os limites 24

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legais “mas não são completamente eficazes no caso de alguns tipos de poluentes. As águas tratadas que são escoadas para os recursos hídricos apresentam quantidades significativas de bactérias e vírus, assim como alguns microcontaminantes químicos. As análises efetuadas no âmbito deste estudo em amostras recolhidas em várias ETAR

revelaram a presença de grandes quantidades de bactérias e coliformes fecais como, por exemplo, Escherichia coli (E. coli), e alguns vírus de origem humana”, relata o coordenador do projeto, Rui Cardoso Martins. Simultaneamente, a metodologia proposta nesta investigação pode ajudar a mitigar os impactos ecológicos provocados pela amê-

ijoa asiática, uma espécie invasora dos nossos ecossistemas. Esta espécie de bivalve causa também danos significativos na indústria que usa captação de água como, por exemplo, estações de tratamento de água para consumo e centrais termoelétricas, uma vez que cresce e multiplica-se muito rapidamente nas tubagens e outras estruturas, provocando graves problemas de


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biofouling (incrustação). No entanto, esta amêijoa pode deixar de ser um inimigo quando usada para “devorar” poluentes. Na verdade, podemos utilizar “a sua enorme capacidade de filtração e bioacumulação para remover os poluentes químicos e biológicos presentes nas águas residuais. Das várias experiências já realizadas em laboratório, em apenas oito horas, as amêijoas conseguiram eliminar todas as bactérias E. coli inicialmente adicionadas”, revela o investigador do Departamento de Engenharia Química da FCTUC. Já na outra metodologia que integra este projeto, partindo do poder oxidante do ozono, os investigadores estudam catalisadores sólidos (substâncias que aceleram as reações químicas) fotossensíveis que aproveitam a luz solar para provocar as reações adequadas para uma descon-

taminação eficaz, garantindo uma tecnologia mais limpa e menos consumidora de energia. A próxima fase do projeto passa por otimizar os dois processos porque, avança Rui Cardoso Martins, “ainda há muitos desafios pela frente. Estamos a trabalhar em águas sintéticas, ou seja, em águas onde controlamos a composição inicial, mas, no ambiente real, sabemos que as ETAR têm um grande manancial de compostos químicos e biológicos. Por isso, é necessário proceder à transposição de escala, do laboratório para a estação de tratamento, para validar estes resultados promissores”, conclui o investigador. A fase piloto será realizada em parceria com a Adventech, uma Startup da FCTUC que desenvolve tecnologias avançadas para o tratamento de efluentes domésticos e industriais.

Amêijoas no Laboratório

João Gomes e Rui Cardoso Martins 2017 Maio 365

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Notícias do Mar

Comunicado PEW

Texto Liz Karan

A ONU Busca Avanços para Proteger o Alto-Mar Num encontro realizado entre os dias 27 de março e 7 de abril, em Nova York, a favor da conservação da vida marinha em áreas externas à jurisdição nacional, todos aqueles comprometidos com a preservação dos oceanos estiveram presentes na reunião do Comitê Preparatório (PrepCom) da ONU, encarregado de desenvolver recomendações para um tratado internacional com o objetivo de resguardar a vida marinha em áreas localizadas fora da jurisdição nacional, incluindo o alto-mar.

O

alto-mar representa cerca de dois terços do planeta, mas, apesar de seu vasto tamanho, não há mecanismos globais adequados para garantir a proteção da vida e dos ecossistemas dessas águas. No encontro do PrepCom, o terceiro de quatro do comitê, os membros discutiram como criar áreas marinhas protegidas (AMPs) e como realizar avaliações de impacto ambiental consistentes no alto-mar. Atualmente, organismos globais e regionais, como a International Seabed Authority e diversas organizações de gerenciamento pesqueiro regionais, não contam com uma ferramenta formal para trabalhar colaborativamente pela proteção desses ecossistemas, que incluem áreas específicas de alta biodiversidade, contra os impactos de atividades extrativistas. A criação de AMPs é de suma importância para as negociações do tratado, já que muitos observadores veem essas áreas como uma maneira determinante para que a ONU 26

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cumpra com os compromissos relacionados com o aumento da proteção dos oceanos. Em 2010, por meio da Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas, os governos concordaram em proteger pelo menos 10% das áreas marinhas e costeiras em sistemas ecologicamente representativos e bem-conectados de áreas protegidas ao redor do mundo até 2020. Em 2015, o organismo adotou “a conservação e o uso sustentável dos oceanos” como um de seus objetivos de desenvolvimento sustentável. Com base nesses compromissos, durante o Congresso Mundial para Conservação de 2016, a União Internacional para Conservação da Natureza solicitou aos governos proteger pelo menos 30% dos oceanos e incluir áreas de alto-mar nessa conservação O próximo PrepCom acontecerá durante um período de intenso interesse internacional em como gerenciar recursos oceânicos. Em junho, os governos de Fiji e da Suécia organizarão em conjunto a The Ocean Conference com a espe-

rança de identificar novas parcerias e oportunidades para avançar na conservação e no uso sustentável dos oceanos. Finalmente, em julho, os membros do PrepCom se reunirão pela quarta e última vez para concluir as recomendações referentes à conservação marinha do alto-mar para a Assembleia Geral das Nações Unidas. Na preparação para o próximo encontro do PrepCom, os governos participaram de uma série de workshops pelo mundo, incluindo os realizados no Caribe, na América Latina, na Europa e no Sudeste Asiático. Além disso, em janeiro, o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas designou um novo presidente para a PrepCom, o embaixador Carlos Duarte, representante-adjunto permanente do Brasil nas Nações Unidas. Ele deve orientar as futuras discussões e, idealmente, criar as recomendações para a proteção da biodiversidade do alto-mar necessárias para que a Assembleia Geral das Nações Unidas inicie negociações formais sobre um tratado em 2018.

O PrepCom fará recomendações à Assembleia Geral, que deve decidir, até setembro de 2018, sobre a realização de uma conferência intergovernamental para negociar o texto do tratado. Com um acordo sobre alto-mar amplamente desenvolvido e implementado, incluindo provisões para o estabelecimento de AMPs, a ONU daria um grande passo em direção ao cumprimento do compromisso assumido de fortalecer a proteção dos oceanos. Iníciou-se uma negociação nas Nações Unidas sobre um tratado internacional para proteger o alto mar, os 64% do oceano que não tem estrutura de governança central para atividades extrativas ou para proteções marinhas, como áreas marinhas protegidas e reservas marinhas. Esta Primavera e Verão são períodos-chave de tempo para o trabalho das Nações Unidas sobre os oceanos, à medida que as actividades se desenvolvem para implementar a conservação eo uso sustentável do oceano, enfatizadas no recentemente adoptado Objectivo de Desenvolvimento Sustentável.


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Electrónica

Notícias Nautel

Serie especial HELIX 7 com Ethernet ! As Helix 7, em versões com Ethernet e Bluetooth: G2N e muitas adições….

Para além da também segunda geração da série HELIX 7 (G2), a HUMMINBIRD® concebeu uma outra variante das Helix 7.

A

designação, ainda que não apareça na face dos equipamentos, fica conhecida como G2N. O G2 designa 2ª geração,

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o “N” é para “network”. Até aqui apenas as séries Helix 9, 10, 12 tinham esta capacidade, e por isso podiam compor um multifunções com Radar, ou ter segunda estação.

Agora, as embarcações mais pequenas podem ser, por exemplo, uma económica solução com Radar. A antena de radar é uma opção, e pode ser adquirida logo de início, ou mais tarde quando tal for desejado. A antena tem 54cm de diâmetro, permite escalas até 24mn na imagem, e é tipo “CHIRP/Solid State”. Tem estanquicidade IPX6, e pesa 5,6Kg. Por outro lado, estas unidades, tendo Ethernet, podem fazer parte de um sistema que tenha por exemplo duas estações, uma de 10” e outra de 7”. Ou seja também, numa embarcação de pesca ao Achigã, num equipamento com sonar SI ou DI, pode o barco ter esta unidade de 7” como segunda estação de comando, a partilhar informação com a outra. A juntar a tudo isto, está a conetividade Bluetooth. O equipamento pode ser operado por via de um com-

pacto comando de mão. Outras novas funcionalidades: AUTOCHART LIVE : Capacidade de automapeamento instantâneo dos fundos, no próprio equipamento, sem recurso a qualquer tipo de processamento externo, e de uma forma simples e intuitiva. CHIRP: Todas as unidades Combo (GPS/Chartplotter/Sonda) executam a sondagem na base desta técnica. XD-Extreme Depth: Para aqueles que procuram deteção dos fundos a maior profundidade, tipo de 500 a 700m, as unidades vêm agora com a possibilidade de pelos menus mudarem a frequência para 50/200KHz, e adquirindo os respetivo transdutor para painel de popa, para casco em plástico ou bronze. Possibilidade de ligação a antena externa de GPS:


Electrónica

www.nautel.pt

Para barcos com cabines em ferro, ou madeira. Para além da Cartografia GOLD da Navionics, lêm também Platimum+. Nos equipamentos combinados com GPS é possível gravar imagens uma a uma (snap shot) ou em contínuo. A série tem 3 modelos. O controle do Menu, é pelo novo sistema Reflex da HUMMINBIRD. Os ecrãs desta série são então de 7”, de TFT 256 cores, 800 x 480 pixels de resolução, e na mesma lógica de aspeto em 16:9 do formato atual dos TV’s e monitores de informática. Estanquicidade IPX7. Os modelos com sonda têm 500W de potência e vêm por defeito configurados para as frequências de 83/200KHz. Funções GPS: 2500 waypoints, 50 rotas, 50 rastos com 20.000 pontos cada . GPS diferencial por satélite EGNOS/WAAS.

para se construir uma carta do fundo, com muito mais batimetria, precisão, e informação atualizada ao momento. O poderoso algoritmo matemático do AUTOCHART LIVE, exclusivo da Humminbird, consegue iniciar a criação e visualização, mal a embarcação comece a navegar, e a função estiver ligada. Depois, quantas mais vezes a embarcação passar nas mesmas redondezas, a maior volume de dados adquiridos vai ajudando a que

o mapa de fundo vá ficando cada vez mais perfeito. Para quem usa cartografia marítima Navionics, os mapas sobrepõem-se. A memória interna do aparelho dá para guardar sensivelmente 8 horas de gravação. Assim que as 8h se preen-

cham a gravação passa a ser feita em cima da mais antiga. O utilizador pode também adquirir um cartão chamado “ZeroLine” para onde pode salvar os mapas. O que estiver nesse cartão pode ser visualizado noutros equipamentos da série Helix.

O que é concretamente o AUTOCHART LIVE ? Trata-se de um software especial, agora também já residente nas Helix 5. Foi inicialmente concebido, e ainda existe também nesse formato, como um Software Científico para PC, de coleta de dados de GPS e Sonda 2017 Maio 365

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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica CarlosSalgado

Não Perde por Esperar

P

or imprevistos de última hora, que condicionam as necessárias técnicas e logísticas da realização do Congresso do Tejo III, pre-

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2017 Maio 365

visto para o próximo dia 17 de Maio, e atendendo à importância da matéria em discussão por estar em causa o futuro do nosso Tejo, entendemos como pertinente adiar de novo

a realização deste evento, e ele não perde por esperar. Sabendo em primeira pessoa, que isso causa um transtorno a todos os que se voluntariaram para colaborar e participar, o que muito agradecemos, apresentamos as nossas desculpas e informamos que voltaremos, muito em breve, ao vosso contacto com a informação detalhada sobre a nova data da realização do Congresso, bem como, sobre o seu Programa, e para de novo solicitar a vossa colaboração e disponibilidade para participar. A Tagus Vivan, pessoalmente e caso a caso, agradece a todas as entidades a quem dirigiu os convites para partici-

pação, justificando e enquadrando os motivos do adiamento e averiguará a disponibilidade de datas para a nova marcação deste Congresso, que não será antes dos finais do mês de Outubro próximo. Não é a primeira vez que nós, para alertar as consciências dos cidadãos e cidadãs, e também de quem de direito, fazemos a seguinte comparação: “ Os Rios estão para os Continentes assim como os vasos condutores estão para o sistema vascular do corpo humano. Quando as nossas artérias começam a ficar obstruídas e o sangue deixa de circular normalmente e de ter a sanidade devida, isso traz-nos problemas gra-


Notícias do Mar

ves de saúde que podem levar-nos à morte”. E dizemos mais, porque como o estado de saúde de um rio, tal como no caso dos se¬res humanos, não pode deixar de ser diagnosticado e avaliado regularmente para conhecer-se com rigor as eventuais insuficiências ou maleitas que o diagnosticado apresenta, para poder decidir-se quais devem ser as receitas para que ele continue a sobreviver em melhores condições, foi precisamente por essa razão que a Tagus Vivan optou pela estratégia de prescrever previamente um conjunto de exames às principais partes do corpo do Rio para saber o estado de cada uma delas, para que o Congresso,

na presença dos resultados desses exames possa, como uma Junta médica, procurar encontrar as receitas mais adequadas para medicar, e tanto quanto possível, ir melhorando o diagnosticado. Para além desses diagnósticos, as conferências regionais serviram também para repor o Tejo no mapa e dar-lhe visibilidade nacional, dando a conhecer o estado real do rio com actualidade, para ao mesmo tempo conseguir despertar as consciências, atrair as atenções, sensibilizar os portugueses e o poder central, porque ninguém ama ou sequer se interessa por aquilo que desconhece ou foi ignorando, e também deste modo, consegue que durante quase três

anos o país ouvisse, visse e lê-se, falar sobre o Tejo. Para esse efeito a Tagus Vivan começou por fomentar uma dinâmica criadora de sinergias inter parceiros públicos e privados relacio-

nados com o rio Tejo nacional, preferencialmente os Municípios ribeirinhos e as respectivas CIMs, as Comunidades Intermunicipais, para avançar com a preparação do programa temático

2017 Maio 365

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Notícias do Mar

do Congresso, tendo optado por uma estratégia inovadora de desenhar e programar um Ciclo de 5 Conferências Regionais preparatórias que materializou com sucesso, para conhecer a situação precisa e actualizada do corredor fluvial até à fronteira, para além de uma faixa de território adjacente, e através de um diagnóstico rigoroso, conhecer o rio e sentir a terra, com os seus pontos fracos e os pontos fortes, para procurar contribuir para a resolução dos fracos e a valorização dos fortes, trabalho este que pela necessidade de valorizar o programa, acabou por ultrapassar o prazo previsto, o que originou que a realização deste Congresso, que estava programada para Outubro de 2016, fosse sendo adiada até data mais conveniente, e organizado no sítio e pelo parceiro mais qualificado, nunca antes dos

finais de Outubro próximo. MAS VALE A PENA E NÃO PERDE POR ESPERAR porque este Congresso do Tejo, o terceiro, tem o su¬perior desígnio de conseguir encontrar soluções realistas e de apontar caminhos para um futuro sustentável e sustentado do nosso Tejo ou seja, MAIS TEJO, MAIS FUTURO, porque ele está programado para ser de sinal MAIS, um sinal de desenvolvimento, de progresso, de benefício, de valor acrescentado, de algo melhor, porque o MAIS é uma mensagem mobilizadora de vontades, de mudança, de inovação, de transformação para melhor, de união de esforços, alimentadora de diálogos e consensos, de estabelecer pontes, de obviar rupturas, de desafios para a implementação de melhores estratégias para corrigir, criar, arriscar, empreender, enfim, tudo aquilo que pos-

sa concorrer positivamente para melhorar e enriquecer o nosso Tejo, MAIS TEJO, para além de procurar encontrar o rumo certo para que ele tenha um futuro melhor, MAIS FUTURO, tudo isto concorre para mudar o Tejo para melhor, sob uma orientação com rigor, com a finalidade de definir, avaliar e entender a realidade do Tejo, para o que deve considerar-se o conjunto do rio e da sua bacia, como um produto diferenciado e de qualidade, com as suas características intrínsecas e os seus atributos, valências e potencialidades, cuja fórmula é composta pelas mais variadas componentes que intervêm no sistema de uma forma quer vertical, quer transversal. Termino, lembrando em termos gerais, que o princípio do desenvolvimento sustentável deve ser fundamentado na sociedade,

na economia e no meio ambiente, assim como nos contornos que lhe estão associados, com a missão de satisfazer as necessidades das gerações do presente sem comprometer as das gerações futuras, mas é importante não ignorar que os recursos naturais são finitos, e dentre eles a água, que é indispensável à sobrevivência da humanidade como comunidade. Portanto, o Desenvolvimento Sustentável não deve nem pode, de modo algum, deixar de respeitar e garantir o equilíbrio entre o meio ambiente, o desenvolvimento económico e a sociedade, numa relação que permita que a sociedade tenha qualidade de vida e bem estar, mas também é preciso que existam empresas industriais e agrícolas, comércio e serviços para gerarem riqueza e criarem postos de trabalho que possibilitem o

A gastronomia do Tejo é deliciosa 32

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Notícias do Mar

O Tejo tem ofertas turísticas variadas

crescimento económico e o equilíbrio financeiro do país, mas tendo como condição o uso de técnicas e métodos que respeitem o meio ambiente, os recursos naturais e o progresso social. Este congresso só consegue obter êxito, como é seu desígnio, com o envolvimento de MAIS: autarcas, entidades públicas e privadas, sapientes especialistas nas várias vertentes do universo do Tejo, gestores qualificados, empresários e empreendedores para num debate construtivo conseguirem encontrar as melhores soluções para proteger e valorizar o Tejo como recurso económico, cultural e ambiental único, à luz dos tempos actuais e de um futuro em perspectiva, do que resultará, por certo, MAIS TEJO, MAIS FUTURO

O Tejo está nas rotas do Mundo 2017 Maio 365

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Notícias do Mar

O Tejo a Pé

Vara e Pedra

Texto Carlos Cupeto Fotografia Maria João Figueiredo

Vilas Boas na história do Tejo a pé.

V

A vista para o Santuário de Nª Sª da Assunção, paisagem de 360° sem descrição possível. 34

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ara e pedra é a parceria ancestral e essencial para fazer o melhor azeite do mundo, dizem que em Vila Flor, Trásos-Montes. O Tejo a pé foi, finalmente, ao Douro. Andámos no Douro, mais concretamente no Tua, fruto de uma parceria com a Casa do Lagares Vara e Pedra, muito mais que uma casa de campo, na pessoa do biólogo Paulo Pinto. O Paulo preparou-nos um magnífico fim de semana que incluiu várias dimensões do que faz um humano feliz. Em Vilas Boas, no bonito concelho de Vila Flôr, bem para lá do Marão no Parque Natural Regional do Vale do Tua, andámos cerca d e 11 quilómetros de um encanto difícil de escrever e retra-


Notícias do Mar

tar. Jamais imaginámos que seria possível em Portugal andar 11 km continuamente com vistas soberbas. Se alguém duvidar que este país tem um capital natural único vá até Vilas Boas e comprove-o nos primeiros 10 minutos ao subir à Nª Senhora da Assunção. Esta geologia que nos é oferecida pela dureza dos quartzitos elava-nos (quase) até ao céu – suspeitamos que o templo ali construído teve esta como primeira intenção, aproximar-nos do céu. Muito para além da beleza da paisagem, dos magníficos afloramentos rochosos de todas as formas e cores dadas pelos líquenes, da muitas vezes frondosa vegetação, dos caminhos úni-

Tempo, o precioso recurso, até para namorar.

cos, das flores por todo o lado, o silêncio da natureza e ausência total de vestígios de humanidade são sem

dúvida a grande valia deste território. Na verdade, durante o percurso apenas ouvimos o silêncio e não vimos vivalma. Quanto vale isto? Quanto vale isto para a esmagadora maioria dos humanos, que escravos da urbanidade vivem

aceleradamente no online na ilusão das estações do ano e do museu do Louvre à distância de um clique? Boa sorte a deste país que tem rios como Tejo, Douro, Tua e milhares de outros, vivos à espera de serem vividos.

Que legenda?

Beleza por todo o lado.

Que coisa bela são as nuvens e tudo à volta. 2017 Maio 365

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Electrónica

Notícias Nautiradar

Raymarine Lança a Nova Gama de Displays Multifunções AxiomTM com Sonda RealVision 3D e LightHouse 3

A Nautiradar tem o prazer de apresentar a nova gama de Displays Multifunções da Raymarine chamada Axiom, concebida com o intuito de mexer com a indústria de eletrónica marítima.

C

onsiderando a definição de Merriam-Webster para “axiom”

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(axioma): “uma afirmação aceite como sendo tão verdadeira quanto a base para discussão ou inferência” ou “uma

norma estabelecida ou princípio ou uma proposição tão evidente que não precisa de ser demonstrada”. A palavra

origina do Grego “axios” e do Latim “axioma” que significa “algo que vale a pena”. De facto, “AXIOM” é o nome perfeito para o novo e poderoso sistema de navegação multifunção da Raymarine. Com a sonda integrada RealVision 3DTM, o novo sistema operativo LightHouse 3 e o esplendoroso desempenho Quad-core, os displays AXIOM representam todo um novo paradigma de desempenho em navegação e localização de peixe. A gama de displays Multifunções Axiom da Raymarine apresenta imagens realistas através da tecnologia exclusiva da Raymarine RealVision 3D, para uma identificação superior de peixe e estruturas debaixo de água. Os novos e robustos ecrãs tácteis estão disponíveis para os modelos de 7.0, 9.0 e 12.1 polegadas e vêm com o novo sistema operativo da Raymarine, LightHouse 3, já pré-instalado. Combinado com o processador veloz de quatro núcleos


Electrónica

dos Displays Axiom, o LightHouse 3 garante uma experiência de navegação intuitiva e potente, através de um interface redesenhado que é rápido de aprender e de fácil personalização. Nova Sonda RealVision 3D A sonda RealVision 3D representa a tecnologia pela qual os pescadores já vinham a pedir há algum tempo – com a capacidade de visualizar o que está por baixo, atrás e nas laterais da sua embarcação, em simultâneo e a três dimensões. Com um desempenho esplendoroso do seu processador de quatro núcleos, a RealVision 3D apresenta todo o mundo subaquático, incluindo estruturas, abrigo, peixe e forragem, com um detalhe estonteante. O utilizador pode girar, inclinar e aplicar zoom na imagem 3D por forma a examinar essa imagem de qualquer ângulo, até mesmo de um ponto de vista único como encontrar-se no fundo e olhar para cima até ao casco do barco. Vê alguma zona de abrigo que pretenda explorar? Ou talvez um grande e compacto cardume de peixe de fundo ou peixe pelágico de passagem? Um simples toque no ponto de interesse que se encontre no espaço tridimensional apresentado permite uma visuali-

zação simples que surge de imediato no modo “vista de carta”. Com tudo isto, através dos Displays Axiom, a Raymarine traz de facto aos pescadores uma nova forma de olhar para a informação sobre o meio subaquático e uma capacidade de personalização infindável que dará resposta às suas necessidades, tudo através de um transdutor integrado, sem que seja necessário qualquer módulo tipo caixa negra (“black box”). Os transdutores RealVision 3D combinam CHIRP DownVision, CHIRP SideVision, CHIRP de Elevada Frquência e RealVision 3D num só corpo de transdutor. Adicionalmente, a tecnologia de Sonda Giro Estabilizada da Raymarine compensa o movimento da embarcação, apresentando imagens de Sonda 3D realistas. Com as definições estabelecidas até 100 metros à esquerda e direita e 100 metros de profundidade, explorar enxtensões de água nunca foi tão simples e rápido. A tecnologia RealVision 3D dá finalmente aos pescadores, mergulhadores, equipas de busca e salvamento e navegadores, uma visão fiel e fácil de compreender da topografia do fundo, detritos e peixe. Finalmente chegou a o elo de ligação entre as tecnologias de sonda, chart plotting, visão lateral e visão para baixo, capaz de dar aos utilizadores uma representação verdadeira e

compreensível do que se encontra abaixo do seu barco. Hardware e Sistema Operativo de Última Geração Os engenheiros da Raymarine deram ouvidos aos clientes que pediram uma experiência de utilizador mais poderosa e intuitiva. O resultado? O LightHouse 3, um interface rápido, fluído e de utilização simples que coloca o utilizador no comando com apenas poucos toques. Os Comandos de Menu LiveView do LightHouse permitem ao utilizador personalizar de um modo simples a cartografia e visualizar a mudança de navegação em tempo real. A adição de Janelas de Contexto Inteligente e Novos Modos de Carta fornecem

menus organizados com rápido acesso a modos de carta Simples, Detalhada e Pesca. Uma característica da eletrónica marítima que é muitas vezes menosprezada é o processador, que dita a velocidade e facilidade de correr várias funções/características em simultâneo. No coração de cada Axiom encontra-se uma peça vital de hardware: um processador de 4 núcleos. Isto permite ao utilizador um início rápido, assim como aceder vários ecrãs em simultâneo e com múltiplas janelas, caixas de informação e ajustes em tempo real, e tudo enquanto o Axiom desempenha várias tarefas no fundo. Para mais informações sobre este novo produto da Raymarine, por favor visite o site www.nautiradar.pt

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Pesca Desportiva

Pesca Embarcada

Texto e Fotografia Vitor Ganchinho

Escrito nas estrelas: Às 6.41h, os peixes picam

Sargos com jig e vinil: quase ninguém faz isto em Portugal… Depois de voar num velho avião bi-plano, um quatro asas com buracos de balas da segunda guerra mundial, entre a Guiné Bissau e os Bijagós, já acho todos os aviões muito seguros. Desta vez, voltei a um voo num avião a hélices, mas bem mais moderno, embora lento. Quase duas horas para fazer meia dúzia de quilómetros.

A

o sair do aeroporto valenciano, quase à meia-noite, “escolhi” um táxi que estava inquinado de cheiro a haxixe. O motorista, um jovem paquistanês com ar alucinado, olhos inchados e raiados de sangue, mediu-me de alto a baixo. Dado ter já a mala “confiscada” no portabagagens, entrei. Se soubesse o que iria acontecer, 38

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teria perdido o amor à roupa e ao material de pesca, e fugia a sete pés. Arrancou em cavalinho, fazendo chiar as rodas, e depois de duas centenas de metros já me conduzia a 190 km/h nas ruas de Valência. Procurei meter conversa: Que qualidade! Sabes que darias um bom piloto de competição?! Consegues abrandar um pouco para eu tomar uma caixa de Vomidri-

nes? Resolveu brindar-me com uma colecção de truques, de acelerações, de guinadas bruscas e travagens no limite que quase me fizeram saltar os olhos das órbitas. No meio de todo aquele almareio, ouvi-o dizer algo como: “ Eu já sou condutor de táxis há quase dois meses, e nunca bati!”… A seguir, resolveu testar os meus nervos, os quais

eu gostaria que naquele momento fossem quase de aço: começou a escrever uma mensagem no telemóvel, sem olhar para a estrada. Perguntei-lhe se lhe daria eventualmente jeito que eu guiasse o carro com a ponta do pé esquerdo, a partir do banco de trás. Que não: “ Eu consigo fazer muitas coisas ao mesmo tempo, isto ainda não é nada.” Na impossibilidade de me atirar pela ja-


Pesca Desportiva

nela, por receio de me despentear todo, aguentei firme, fechando os olhos. Não se livrou de, recorrendo a todas as minhas forças, lhe fazer uma série de buracos com as unhas nos estofos do carro. No fim resolvi dar-lhe uma gorjeta monumental. É meritório encostar-me a orelha ao asfalto, fazendo curvas a 180 à hora, sem capotar. A espanhola da recepção do hotel não me deixou “hablar” com ela em condições: dona de um par de peitos altamente volumétricos e empinados, daqueles de cortar o ar, obrigava-me a recuar uns metros para a ver toda ao mesmo tempo. Tinha uma anilha ou algo brilhante no nariz, … acho eu…. Perguntou-me o que fazia ali. Disse-lhe que estava em missão de pesca: “como sabe, sou o 2º melhor pescador do mundo. O primeiro

Pequena anchova com popper.

é Deus, com aquela faena do milagre dos peixes, claro, mas é preciso ver que ele e o apóstolo Pedro, estavam a

trabalhar com redes, e eu, a minha arte é a anzol. Venho para pescar com o António Pradillo e o Raúl Gil”.

A mensagem no telemóvel não mentia: a saída era às 5.10 da manhã. E lá estavam os artistas do “darting”,

António Pardillo com uma magnífica anchova. 2017 Maio 365

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Pesca Desportiva

Canas para cada tipo de peixe, cada técnica, cada circunstância.

Para os sargos, o que apresentamos são camarões vivos, ..de vinil! 40

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a inovadora técnica com vinis minúsculos, ou a pesca com jigs que mal se vêem, e linhas trançadas que começam no 0.06mm e acabam no 0.08mm, os nylons que oscilam entre o 0.14 e o 0.18mm. Canas com acção de 1-7 gramas, por aí, cabeçotes de 3 gramas, ou pouco mais. Tudo é fácil e simples, a vê-los executar. A hipotética simplicidade esvai-se quando tentamos fazê-lo nós mesmos. É aí que começa o “cabo de trabalhos”. Ponto prévio: as condições de mar têm de ser razoáveis, diria boas. E tem de haver algum peixe, e no Mediterrâneo não há muito peixe. E depois disso, tem de estar em actividade. E esta é a primeira pedra de toque, um dos segredos

bem guardados pelos meus amigos, o momento em que o peixe está em actividade. Fiquei estupefacto quando me disse que tínhamos de estar a pescar, sem falta, às 6.41h da manhã. A língua afiada e viperina que tenho descambou para um chorrilho de piadas e gozo que nunca mais acabavam. Porque não às 6.40h, ou às 6.42h?...ria eu de lágrimas nos olhos. De facto, e como sempre, o valenciano tinha razão. A verdade é que há um momento exacto em que a quantidade de luz é a ideal. E percebi isso logo de seguida. Saímos do ancoradouro onde guarda um pequeno barco de fibra, e passados 30 segundos, chegámos ao pesqueiro! Foi apenas sair


Pesca Desportiva

da doca, e já estávamos no “melhor ponto para fazermos o tipo de pesca que te quero mostrar”… Entendi depois a razão pela qual o funcionário da bomba de gasolina lhe perguntava: “ queres o costume, ou mais um pouco?”. O costume eram 5 euros. No fundo estava a perguntar-lhe se eram 5 ou 6 euros, isto é, se ia para o molhe sul ou molhe norte. Tudo se passa ali em frente às dezenas de pescadores de costa que fazem o mesmo: pescam durante meia hora e a seguir vão para o seu trabalho. Peixe para o dia. Explicando a situação das

6,41h: há um momento em que a luz dos candeeiros do porto comercial de Valência se soma à luz do dia, que por volta daquela hora, começa a sentir-se. A dado momento, os milhares de pequenas sardinhas de 3 a 4 cm que entram no rio até ao limite de tolerância de salinidade na água, passam a estar visíveis. Magrinhas e assustadas, encostam à superfície em pequenos cardumes, sendo o alvo de todos os predadores do estuário, como anchovas, barracudas, robalos, palmetas, etc. As 6,41h são o momento para o início de uma orgia desenfreada, o click que faz com que

tudo aconteça. Durante alguns minutos, saltam peixes que comem, e peixes que não querem ser comidos. Por todo o lado, instala-se um frenesim alimentar que não dá um segundo de tréguas, não poupa nada nem ninguém. É a hora da degola dos inocentes. As anchovas trazem a boca e as goelas cheias de sardinhas acabadas de caçar. Os predadores procuram vibrações, águas mexidas, brilhos. Pescamos com passeantes ou poppers pequenos, agitando a superfície. Com paragens, arranques bruscos, simulando peixes descontrolados e a fugir de algo. Não se aplica

ali o princípio de que quem corre são os cobardes e os toureiros ruins. Ali, todos correm, e quanto mais, melhor. O primeiro objectivo é fazer levantar o peixe até à nossa amostra. A seguir, é provocar a investida, e isso faz-se com técnica. Nos dias em que lá estive, as 6.41h eram mesmo o preciso momento em que todas as condições estavam reunidas. Ao cronómetro, tudo explode de corpos em fuga e dentes que mordem. Tive mesmo de dar a mão à palmatória, e reconhecer a subtileza e sapiência de António Pradillo e Raúl Gil, dois monstros da pesca europeia.

Vitor Ganchinho e um pargo feito com vinil, com temperatura exterior de 4ºC. 2017 Maio 365

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Pesca Desportiva

Espectacular lance de sargo com jig de 5 gramas.

Raul Gil, com uma bonita dourada, com….jig!! 42

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À medida que os dias vão ficando maiores, a hora vai encurtando, mas o princípio básico está lá: durante uns quantos minutos, não mais de quinze, o peixe alimentase em abundância, enchese de comida. A seguir, o sol nasce, o peixe recolhe ao fundo, torna-se caprichoso, não pica. E quando não pica, os problemas começam. Aí, o material ajuda, faz a diferença estar bem equipado, mas como sempre, a técnica é um imperativo. Como costumo dizer, não é a flecha que falha, é o índio… Há que provocar as picadas e essas surgem quando imitamos na perfeição um peixe ferido, em perda, um peixe que tem as suas capacidades reduzidas. Já sabia que eles pescam regularmente sargos e douradas com vinis, ou com jigs metálicos. Durante a minha estadia, tive oportunidade de


Pesca Desportiva

o confirmar com estes olhos que a terra há-de comer, e de eu próprio o conseguir fazer. Com vinis minúsculos, os pargos entraram com vontade, os carapaus de bom tamanho não nos deram um segundo de descanso, e ainda alguns serras, atum que vem de fora e encosta para comer. Com o sol já alto, a pesca resume-se a umas quantas corridas de barco, a aproveitar o levantamento de cardumes de peixe miúdo, perseguidos pelos atuns, e a lançar tão longe quanto se possa, já que os peixes ao sentir as embarcações, tratam de afundar e de sair da zona. Muito difí-

cil de fazer com barcos com pouca cavalagem, mas que ainda assim, vai dando uns peixes aqui e ali. Uma perfeita decepção as pedras a 45 metros, completamente amorfas, sem vida, com uma minúscula garoupinha de 10 cm, aqui e ali. Ao final do dia, nas mesmas condições de penumbra, o espectáculo repete-se, desta vez em condições mais difíceis, dado que pela tarde levantase sempre um vento incómodo, que impede os lançamentos, que dificulta até ao limite a acção de pesca. O mar protege os seus. De resto, más condições de mar e óptimas paellas à valencia-

na à espera dos atletas, são sempre uma mistura muito convincente para nos fazer encostar ao cais. Último dia, última oportunidade de fazer algo de diferente: uma saída de botas de borracha e cana na mão, a atravessar o rio local, a vau, com água pelos joelhos, num autêntico lamaçal, aos robalos. Um pequeno vinil sem qualquer peso, a passear à superfície, era o oferecido em troca de alguma emoção. Que não chegou. Depois de alguma insistência, e de assustarmos centenas de tainhas, zero toques. Explicou-me que a sardinha saíra da-

quela zona do rio, dado o vento que se fazia sentir, e a temperatura ter baixado muito. Duas semanas antes tinha feito cerca de 50 robalos na mesma zona. O Antonio faz sempre captura e solta, o peixe é restituído à água em boas condições. Gente boa, António Pradillo e Raúl Gil, de uma capacidade técnica só acessível a alguns predestinados. Em Julho, encontramo-nos no Senegal, a GO Fishing vai mostrar-lhes o outro lado da pesca, onde os fios de nylon de 1 mm partem facilmente, quando puxados para o fundo por “meninos” com outro arcaboiço….

Robalo feito na doca, de uma dificuldade extrema. 2017 Maio 365

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Pesca Desportiva

Pesca Embarcada

Pargos

com caranguejo Uma alternativa… (muito) seletiva!

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Texto e Fotografia: Sérgio Cabecinha/Mundo da Pesca


Pesca Desportiva

Se pensa que só as iscas de sangue como a sardinha e a cavala funcionam na pesca aos pargos engana-se, sobretudo se no pesqueiro estiver em força o peixemiúdo, sempre a investir e a destruirnos as iscadas por completo. Então o que fazer? Pois bem, parece que o caranguejo é uma das soluções que resolvem este problema, como Sérgio Cabecinha nos explica.

O porquê? Como é do conhecimento de todos quando direcionamos uma pesca aos pargos, usamos normalmente iscos como sardinha, cavala, choco, polvo ou lula. Como os pargos são predadores extremamente vorazes, têm uma ementa alargada, que se estende a crustáceos, moluscos, entre outros. Neste caso particular, o uso do caranguejo na pesca aos pargos faz todo o sentido, não apenas por ser uma

guloseima para eles, mas também por ser um isco de combate extremamente resistente… pois certamente já aconteceu a muita gente tentar pescar um exemplar maior e o peixe pequeno estar constantemente a desiscar tudo. Logo, faz sentido nestes dias usarmos algo alternativo que a “pequenada” não consiga comer e que seja ementa destes predadores. Atrevo-me mesmo a dizer que em certos dias será a melhor aposta a fazer, não descurando sempre que

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Pesca Desportiva

A iscada

Formas de iscar à muita mas neste caso particular vou referir a minha favorita para os pargos, e que muitos bom resultado me tem dado às douradas; chamo-lhe a montagem do “tira-teimas”, aquela que uso na pesca à chumbadinha.

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Pesca Desportiva

Empato dois anzóis em tandem, anzóis que não devem ser de patilha. E isto porquê? Porque costumo atravessar um terceiro caranguejo com o anzol da ponta e desta forma não o vou ferir quase nada. Este terceiro caranguejo não fica anzolado e é mais uma fonte de cobiça para os peixes, totalizando três caranguejos a pescar.

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Pesca Desportiva

a sardinha faz pesqueiro, a cavala também; mas será sempre uma boa aposta nos dias mais difíceis tentar o caranguejo visto que se tiver ataques irá ser certamente de peixe de bom lote. Mas que caranguejo? A resposta mais simples é: os das douradas. O caranguejo verde do rio continua a dar cartas, mas desta vez fora do período invernal, sejam os machos ou as fêmeas. Importante nesta situação é que sejam grandes para selecionar o peixe. Também o caranguejo du-

Os pargos têm uma ementa alargada, que se estende a crustáceos

Se no inverno apanhávamos alguns pargos enquanto pescávamos às douradas é natural

que na primavera e restante parte do ano se apanhem pargos também com este isco

O caranguejo é um isco de combate extremamente resistente 48

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ral (do género Pilumnus ou Xantho) desempenha bem a função; são aqueles que parecem blindados e que têm vários pelos nas patas. Importante para desempenharem bem a sua função é a dureza que os caracteriza e aguentarem vivos durante um período relativamente razoável. Mouras são macias demais e caranguejo de dois cascos desaconselhase dado sobretudo o seu preço. Forma de iscar Quanto à maneira de iscar, sou da opinião que devemos tentar não matar o caran-

Os bónus... Esta inversão de tendência, de usar caranguejo para os pargos tem outras vantagens. A pescar em alguns pesqueiros aos pargos é possível apanhar durante o resto do ano outras espécies que aderem particularmente bem ao caranguejo, caso das douradas - fora do período de desova -, de grandes sargos legítimos, das saimas (ou sargo veado) e dos lindíssimos pargos sêmea, um pargo que não é muito habitualmente pescado e que tem no caranguejo o seu alimento de eleição.


Pesca Desportiva

SĂŠrgio Cabecinha com um belo pargo sĂŞmea 2017 Maio 365

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Pesca Desportiva

Têm saído excelentes exemplares de pargos legítimos

O uso do caranguejo na pesca aos pargos faz todo o sentido 50

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Em certos dias o caranguejo será a melhor aposta a fazer

guejo e pescar com ele inteiro pois pescar com ele partido já não terá lógica visto o objetivo ser fugir ao peixe pequeno. O que daí resulta é um caranguejo todo chupado e trincado por dentro… e pargos nada. Com efeito, convém referir que - na minha opinião é uma pesca para ser feita com engodo pois se existir corrente não muito forte permite por vezes engodar perto da superfície levando o engodo na esperança de atrair exemplares maiores, fazendo “cabeça”. Gosto de engodar com sardinha cavala e claro, caranguejo. Nunca descurando que a sardinha faz um excelente pesqueiro mas, em certos dias, torna-se complicado por causa de ataques sofridos antes de a iscada chegar ao fundo, por se tratar de uma isca menos resistente, mesmo quando até iscamos com sardinha inteira. Se houver muito carapau e cavala grande e sarrajões

estamos condenados… Inverter as coisas... Começámos a utilizar caranguejo por ser um excelente isco muito resistente e fácil de arranjar, e como na altura das douradas sempre se apanharam grandes pargos com caranguejo já sabíamos que o peixe iria gostar, era apenas uma questão de experimentar e acreditar noutro contexto, noutra altura do ano. Ao fim ao cabo foi inverter as coisas: se no inverno apanhávamos alguns pargos enquanto pescávamos às douradas é natural que na primavera e restante parte do ano se apanhem pargos também com este isco. Os resultados até ver têm sido muito positivos com o peixe a colaborar; têm saído excelentes exemplares de pargos legítimos para alegria de quem faz esta pesca de grandes emoções. Resta apenas desejar boa sorte e boas proas.


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Náutica

Notícias Touron

Touron Portugal é o Novo Distribuidor dos Geradores Marítimos Cummins Onan Para o Mercado Português A Cummins Onan é líder mundial em geração de energia marítima, reconhecida pela inovação tecnológia, pelo engenharia de ponta, pela qualidade e robustez dos seus produtos, pela assistência técnica e, sobretudo, pelo operação silenciosa dos seus geradores, factor muito importante para quem quer desfrutar da náutica e ouvir apenas o mar.

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epois de alguns anos com a distribuição para Espanha, a Touron foi nomeada, também, distribuidor dos geradores marítimos da Cummins Onan para Portugal. Esta decisão permitirá, certamente, dar um novo fôlego à Cummins Onan que tem, sem dúvida, um enorme potencial em Portugal. Esta nova gama de produtos está disponível a público, desde 1 de Janeiro último, através da Rede de Serviços Cummins da Touron Portugal. Com a introdução desta nova gama de produtos, a Touron Portugal afirma-se, cada vez mais, como o maior e mais completo distribuidor náutico em Portugal Sobre a Cummins Inc. A Cummins Inc, líder mundial em equipamentos de

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potência, é um conjunto de diferentes unidades de negócio que desenvolvem, fabricam, distribuem e dão assistência a motores e tecnologias relacionadas, como sistemas de alimentação

de combustível, controlos, tratamento de ar, filtração, soluções para emissão de gases e geração de potência eléctrica. Com sede em Columbus, Indiana (EUA), a

Cummins opera em 190 países através de 5.200 pontos de venda e serviço aproximadamente. Para mais informação, consular: www.cummins.com


Náutica

Mercury Apresenta a Nova Gama de Motores Mercury Diesel 6.7L A Mercury Marine, líder mundial em sistemas de propulsão e tecnologia marítima comercial e de recreio, tem o prazer de anunciar o lançamento da nova gama de motores Mercury Diesel 6.7L. Os novos motores electrónicos common-rail estarão disponíveis com três potências: 480 CV, 500 CV e 550 CV. Bem como em versão com linha de veios ou com transmissão pod Zeus da Mercury.

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ste novo motor Mercury Diesel é compatível com toda a gama de comandos e sistemas electrónicos SmartCraft, incluindo o sistema de pilotagem com joystick para motor interior e o sistema de pilotagem com joystick para pod Zeus. Para David Foulkes, Vicepresidente e director de tecnologia da Brunswick Corporation e Vice-presidente de desenvolvimento de produtos, engenheira e Racing da Mercury Marine; “ A Mercury consolidou-se como o fornecedor da melhor oferta de propulsão integrada. Temos, agora, a oportunidade de fornecer, aos nossos cliente de motores diesel de gama media, os nossos sistemas de navegação de fácil utilização e o nosso pacote de tecnologia totalmente integrada”. “A aliança estratégica com a Mercury Marine, iniciada em 2015, reforça a liderança tecnológica da FPT Industrial, proporcionando aos nossos clientes o melhor produto e serviço no seu segmento, aumentando a competitividade industrial da FPT no negócio dos motores marítimos”, disse Massimo Rubatto, Vicepresidente de Vendas de FPT Industrial. A FPT manufatura os novos motores Mercury Diesel 6.7L numa fábrica exclusivamente dedicada a motores marítimos industriais onde estão implementadas as mais recentes exigências de controlo de qualidade. A nova gama de motores diesel da Mercury oferece excelente aceleração e elevada performance à máxima velocidade,

aliados com um funcionamento suave e silencioso. O sistema de controlo do motor de última geração e a tecnologia electrónica de injecção de combustível common-rail permite um baixo consumo de combustível. “Queremos ser a primeira escolha dos nossos clientes. A entrada no mercado diesel de gama media dá à Mercury a oportunidade de levar a nossa marca aos clientes do

segmento de embarcações premium”, disse Reinhard Burk, Director Sénior Diesel e Propulsãon Strategy da Mercury Marine. “Com esta nova oferta, o consumidor no só poderá optar pelo motor diesel da Mercury, como também terá acesso a toda a gama de características SmartCraft, a apoio e, mais importante, a toda a nossa rede de serviços a nível mundial”.

Características e Vantagens Motor • Bloco reforçado de 6 cilindros em linha • Bloco e culatra em fundição de alta resistência • Bielas únicas fabricadas por fractura • Sistema de temporização na popa • Design funcional do motor • Equipado com sistema de evacuação de óleo Sistema de lubrificação • Filtro de óleo auto-drenante para facilitar as mudanças do filtro • Pistons refrigerados por J-jets Sistema de combustível • Bomba de escorvamento Racor montada no motor • Bomba de alta pressão Bosch CP3.3 • Injectores de combustível CRIN 2 • Filtro de 4 microns para proteger o sistema Controlo de motor • Controlador Bosch EDC17 • Controlador isolado para maior durabilidade Tomada de ar • Filtro/silenciador Walker incluído para reduzir o ruido Turbo-compressor • Turbo-compressor • Válvula de descarga • Refrigeração em circuito fechado Sistema de refrigeração • Controlo termostático • Motor com refrigeração em circuito fechado para melhor protecção contra a corrosão • Arrefecimento por ar de carga refrigerado por água do mar • Ligações standard do aquecimento da cabina Sistema de escape • Colector frío fechado • Turbo-compresor refrigerado por circuito fechado • Codo de escape sobre-elevado refrigerado por água do mar Sistema eléctrico • Disponível em 12V ou 24V • Alternador de alto rendimento (12V = 90 Amp; 4V = 70 Amp) Emissões • Nivel 3 EPA • RCD 2 • Nivel 2 IMO

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Náutica

Apresentação do Relógio BR 03-92 Diver da BELL & ROSS

O Primeiro Relógio de Mergulho Quadrado da Bell & Ross

A fascinante beleza das profundidades e o sentimento de liberdade do universo subaquático sempre atraíram o ser humano. Este ano ao lançar o novo relógio de mergulho BR 03-92 Diver a Bell & Ross escreve um capítulo inédito na história da relação da marca com o universo oceânico, para todos os praticantes náuticos.

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uando chega o momento do contacto com a água salgada, quando a pressão aumenta à medida que nos aproximamos do fundo imenso dos oceanos, quando a legibilidade de uma informação se torna uma questão de sobrevivência, os relógios de mergulho Bell & Ross oferecem soluções aos utilizadores que exploram um ambiente tão fascinante quanto perigoso. A experiência marítima da Bell & Ross resulta da combinação de conhecimento e competência de designers, mestres relojoeiros e profissionais do meio subaquático Bell & Ross 54

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e o Mergulho, uma Longa História 1997

Em 1997, a Bell & Ross revelou a sua mestria no universo dos relógios de mergulho profissionais ao lançar o HYDROMAX®, um modelo icónico que detém, ainda hoje, um dos recordes mais impressionantes da história da relojoaria submarina. Concebido para

responder às condições mais extremas do mergulho profissional, o HYDROMAX resiste, efetivamente, a uma pressão de 1110 bar, o equivalente a uma profundidade de 11.100 metros graças a uma importante inovação técnica: uma caixa totalmente cheia de óleo fluorado transparente cuja patente é propriedade da marca. 2007

Em 2007, a Bell & Ross apresenta uma nova coleção especificamente dedicada ao universo subaquático: a gama BR02, imediatamente reconhecível pela sua caixa em forma de barril, a válvula de descompressão de hélio e o vidro de safira abaulado e ultrarresistente. 2017


Náutica

www.bellross.com Este ano, confiantes na sua experiência no domínio militar e da aeronáutica, mestres relojoeiros, designers e mergulhadores experientes uniram competências para criar um novo instrumento de mergulho profissional. Dando continuidade à forte ligação da marca ao universo marítimo, a Bell & Ross lança um inédito relógio de mergulho integrado na icónica caixa quadrada da marca: o BR 03-92 Diver, o primeiro relógio de mergulho quadrado criado pela Bell & Ross e que garante uma estanqueidade até 300 metros. Há homens e mulheres cujas profissões lhes exigem que suportem temperaturas extremas, acelerações violentas ou que resistam a pressões perigosas. O relógio BR 03-92 foi concebido para eles. Um Relógio de Mergulho Quadrado e Profissional Instrumento de mergulho profissional resistente à água até 300 m, o relógio BR 03-92 Diver é impulsionado por um movimento mecânico suíço, de corda automática e tem provas dadas em termos de precisão e robustez. Com uma ergonomia estudada e completamente adaptada à sua função subaquática, a icónica caixa quadrada da Bell & Ross foi dotada de um aro giratório unidirecional graduado de 60 minutos cujo ponto luminescente – situado às 12h – permite fixar marcas no tempo, tanto à superfície como na escuridão das profundezas dos oceanos. Perfeitamente adequado para o uso profissional, este aro permite um controlo imediato do tempo passado debaixo de água. O aro é unidirecional (o que significa que roda apenas num sentido, neste caso no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio) para evitar que as suas marcas se percam. Se for rodado por engano, o tempo de mergulho é automaticamente reduzido, prevenindo assim qualquer risco de perigo. Aparafusada para contrariar 2017 Maio 365

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Náutica

As Especificidades Técnicas Conforme as Normas Suiças

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ó podem aspirar à classificação de relógio de mergulho ou “diver” os modelos que cumpram determinadas exigências definidas pela norma internacional ISO 6425. As doze páginas do caderno de encargos da Organização Internacional de Normalização (ISO) relativo aos relógios de mergulho contêm uma lista exaustiva das qualidades indispensáveis de um relógio de pulso devendo este “resistir a uma imersão em água a uma profundidade de, pelo menos, 100 metros e dispor de um sistema de controlo de tempo”. Assim, as exigências gerais de um relógio de mergulho profissional reconhecido como tal pela norma ISO 6425 são – entre outras – a resistência à água até 100 metros, no mínimo, e a presença de um dispositivo de controlo do tempo (um aro rotativo unidirecional e graduado de 60 minutos), que deve estar protegido contra uma rotação involuntária ou uma má manipulação.

No universo do mergulho, a legibilidade das indicações de um relógio é crucial, podendo até mesmo vir a ser vital. Assim, deve ser possível ler facilmente os indexes a uma distância de 25 cm na escuridão. Paralelamente, a indicação do ponteiro das horas deve distinguir-se da do ponteiro dos minutos, dando primazia à legibilidade dos minutos para um melhor cálculo do tempo de mergulho. O relógio deve ser controlado e passar com sucesso em exigentes testes de robustez das suas fixações, de resistência aos impactos, aos choques térmicos na água salgada e à sobrepressão, entre outros.

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a pressão das grandes profundidades, a coroa do BR 03-92 Diver está equipada com uma proteção de coroa que assegura uma resistência perfeita aos choques e garante uma ótima estanqueidade. Cuidadosamente estudada, a coroa foi também dotada de uma inserção de borracha para oferecer uma melhor ergonomia. Com um design sofisticado e funcionalidades irrepreensíveis, o novo modelo de mergulho Bell & Ross está

protegido por uma combinação de aço resistente a todos os riscos subaquáticos. Uma caixa reforçada com um fundo de grande espessura (2,80 mm no BR 03-92 Diver ao invés de 1,80 mm no BR 03-92 Aço), o que é mais uma garantia de extrema estanqueidade. Invisível do exterior, mas fundamental para a sua fiabilidade, a caixa do BR 03-92 Diver está também equipada com uma gaiola de ferro macio para melhorar a sua resistência aos campos magnéticos. Também para garantir uma estanqueidade sem falhas, o vidro de safira com tratamento antirreflexo tem a espessura impressionante de 2,85 mm – em vez dos 1,50 mm de um BR 03-92 clássico em aço. De um preto intenso, o mostrador está dotado de indexes metálicos esqueletizados aplicados com Superluminova® branca, o que significa uma melhor legibilidade; o preto do mostrador e o branco das indicações horárias criam um contraste extraordinário. O ponteiro das horas é cor de laranja enquanto o dos minutos está revestido com Superluminova branca, para garantir uma distinção imediata entre ambos; o ponteiro dos minutos serve igualmente para o cálculo dos


Náutica

tempos de mergulho. Por último, o ponteiro dos segundos também foi tratado com Superluminova® branca para permitir uma verificação rápida do bom funcionamento do relógio, mesmo debaixo de água. Fornecido num estojo impermeável PELICAN®, o BR 03-92 Diver é proposto com dois braceletes: o primeiro, em borracha preta com trama, dispõe de um fecho com fivela em aço. O segundo, em tela sintética preta ultrarresistente, permite uma adaptação rápida e ergonómica do relógio sobre o fato, graças a um fecho com velcro. Ambos foram concebidos para uma utili-

zação profissional submarina. Logo ao primeiro olhar, o estilo de um ou de outro evoca as grandes profundidades do oceano Um Instrumento Fiável para Mergulhadores Profissionais Cada relógio Bell & Ross foi concebido em função do meio a que se destina. No universo do mergulho, a Bell & Ross desenvolveu ferramentas de medição perfeitamente adequadas ao elemento subaquático, capazes de auxiliar eficazmente os mergulhadores em qualquer circunstância. Legíveis, funcionais, rigorosos, fiáveis e únicos na forma quadrada evocadora da marca, respondem às exigências específicas dos profissionais no cumprimento das suas missões e revelam, numa utilização civil, a personalidade de quem o usa.

BR 03-92 Diver

Características técnicas Movimento: calibre BR-CAL.302. Mecânico automático. Funções: horas, minutos, segundos e data. Caixa: diâmetro de 42 mm. Aço polido-acetinado. Aro rotativo unidirecional com graduação de 60 minutos, em aço, e inserção em alumínio anodizado preto. Mostrador: preto. Indexes e ponteiros aplicados metálicos esqueletizados, revestidos com Superluminova®. Vidro: safira com tratamento antirreflexo. Estanqueidade: 300 metros. Braceletes: borracha preta com trama e tela sintética ultrarresistente preta. Fecho: fivela. Aço polido-acetinado. PVP: 3.300 €

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Motonáutica

Grande Prémio de Motonáutica de Portimão 2017

Vitória de Philippe Chiappe com Duarte Benavente em 3º

Duarte Benavente terceiro no Grande Prémio de Portimão

Foi o francês Philipe Chiappe do China Team, actual campeão do mundo, o vencedor do Troféu de Fórmula 1 do Grande Prémio de Portugal de motonáutica, que se disputou em Portimão, entre dias 21 e 23 de Abril, em que o português Duarte Benavente do Atlantic Team terminou no terceiro posto.

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ste ano Portimão voltou a receber uma prova do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 em Motonáutica, que constituiu um emocionante espectáculo de alta velocidade no estuário do rio Arade. Participaram 9 equipas com 18 pilotos, oriundos de 11 países diferentes. Actualmente, a especialidade de F1 é a mais categorizada Fórmula da UIM, a União Internacional de Motonáutica.

Depois do Grande Prémio de Portimão o campeonato dirige-se para Evian, nas margens do lago Leman, onde decorrerá no início de Julho o Grande Prémio de França. Seguem-se as provas no sudoeste asiático e nos Emirados Árabes Unidos, onde a modalidade é seguida apaixonadamente por milhares de pessoas. Após o Grande Prémio da China, em Harbin, em Agosto, terão lugar os Grandes Prémios da Ásia em Setembro-Novembro e os dos Emirados Árabes Unidos

No momento da partida em Portimão 58

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em Dezembro, primeiro em Abu Dhabi e alguns dias depois, em Sharjah. Esta prova foi uma organização da F1h20/UIM com a Associação Turismo de Portimão e Município de Portimão, contando com o apoio da Capitania do Porto de Portimão; Administração dos Portos de Sines e do Algarve, S.A, Turismo do Algarve, e com o apoio técnico da Federação Portuguesa de Motonáutica e do Clube Naval de Portimão. O circuito português é consi-

derado como um dos mais técnicos e difíceis do calendário internacional, com um traçado de 1.937 metros no estuário do rio Arade, na zona ribeirinha de Portimão, e delimitado por sete boias de rondagem, seis a bombordo de cor laranja e uma a estibordo de cor amarela, mantendo a distância de cerca de 700 metros, entre o pontão de largada e a primeira boia de rondagem para permitir uma maior vantagem ao detentor da ‘pole position’. Na corrida ao título deste ano


Motonáutica

estavam o tricampeão mundial e campeão do mundo em título, o francês Philippe Chiappe do China Team, que persegue a segunda vitória consecutiva na prova portuguesa, o norteamericano Shaun Torrent do Victory Team, vice-campeão mundial, e o finlandês Sami Selio do Mad Croc Baba Racing, terceiro classificado em 2016. Duarte Benavente o único piloto português a competir na F1 de motonáutica terminou no terceiro lugar depois de completar 49 voltas ao circuito, com menos uma que o vencedor. Detentor da ‘pole position’ é o norte-americano Shaun Torrente da Victory Team que parte à frente. Chiappe, o quarto da grelha de partida, largou melhor do que Hamed Al Hameli do Victory Team e Erik Stark do Team Sweden posicionando-se logo no segundo lugar. Chiappe, conseguiu manterse sempre no segundo lugar na perseguição a Torrente e acabaria por beneficiar da desistência do norte-americano devido a problemas mecânicos, quando estavam decorridas 10 voltas, assumindo a partir daí, o comando que manteve até ao final da corrida com considerável avanço para o segundo classificado, Sami Selio. Duarte Benavente, da Atlantic Team, partiu da quinta posição da grelha, posicionando-se no quatro posto que manteve até três voltas do fim da corrida, atrás do sueco Erik Stark doTeam Sweden. Na 48ª volta o sueco tem um acidente batendo com o barco e é obrigado a reduzir a velocidade, terminando a prova em 8º lugar. Duarte Benavente que o perseguia ficou com a oportunidade de fechar o pódio, com o piloto português bem à frente do italiano Alex Carella, do Team Abu Dhabi, com as mesmas 49 voltas. Duarte Benavente no final da corrida “Estou muito satisfeito. Foi uma corrida difícil, mas o barco teve um bom comportamento, permitindo que fizesse um excelente tercei-

O vencedor Phillipe Chiappe em Portimão

ro lugar” e destacou “a saída dos lugares da frente permite olhar de forma diferente para a corrida e, naturalmente, que sem problemas mecânicos as coisas correm bem melhor”. O Grande Prémio de Portugal de F1 de Motonáutica está orçado em 480 mil euros, dos quais 150 mil são assegurados pela Câmara de Portimão, sendo o restante suportado pelo Turismo de Portugal. “Trata-se de um investimento com um enorme retorno em termos de visibilidade, não só para Portimão, como para o Algarve e para Portugal”, indicou a presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, estimando que o retorno “seja superior a 10 milhões de euros”. Segundo a autarca, a autarquia “está interessada em manter a prova para próximos anos, devido ao movimento e notoriedade que dá ao concelho e à região, com transmissão televisiva para mais de uma dezena de países”. Após o Grande Prémio de Portimão, que foi prova de abertura do Campeonato do Mundo de 2017, o Mundial de pilotos é liderado por Philippe Chiappe, com 42 pontos, seguido pelo finlandês Sami Selio com15, sendo o terceiro posto ocupado pelo português Duarte Benavente com 12 pontos.

Acidente de Erik Stark na 48ª volta

Duarte Benavente

Classificação Final Piloto

Equipa

Phillipe Chiappe

China CTIC Team

50 voltas.

Sami Selio

Mad Croc Baba Racing

50 voltas. 12,88 seg.

Duarte Benavente,

Atlantic Team

49 voltas

Alex Carella,

Team Abu Dhabi

49 voltas

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Vela

Notícias do Clube Naval de Cascais 1º SB20 Spring Cup 2017

Texto e Fotografia CNC

Dom Pedro Hotels de volta às Vitórias A frota SB20 voltou a comparecer em massa para disputar a sua quarta prova do ano, num evento que contou com a presença de 14 tripulações, de Portugal, Ucrania e Suiça e onde os participantes foram presenteados com dois dias de vela fantásticos, com temperaturas de verão e ventos entre os 10 e os 12 nós de intensidade.

Quebramar ficou em 3º 62

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Fotografia: Neuza Pereira/CNC

Vela

Largada em Cascais

Vitória do Dom Pedro Hotels

C

om o vento a soprar de oeste com cerca de 8 nós, o “Dom Pedro Hotels” não poderia ter iniciado a prova da melhor forma, com um dia quase perfeito, onde conseguiu dois primeiros lugares e um terceiro, nas três regatas disputadas, terminando assim o dia na liderança da prova, empatado em pontos com o “Quebramar” de Rui Brites, que depois de uma prolongada pausa, voltava também em grande forma às competições. O domingo amanheceu sem vento, e após uma pequena espera em terra, o vento apareceu para a disputa das derradeiras regatas do campeonato. Com o vento de Oeste com cerca de 10 nós, e com o campo de regatas na guia, o “Dom Pedro Hotels” não deu

hipótese aos restantes adversários, vencendo as duas primeiras regatas do dia e garantindo assim a vitória na prova, ainda antes da ultima regata da prova, que foi ganha pelo “GameChanger” de Julia Freespirit Na classificação geral, a vitória foi para o “Dom Pedro Hotels” de José Paulo Ramada, Gonçalo Ribeiro, António Pereira, Miguel L. Faria, seguidos do “Game Changer” de Julia Freespirit, Gustavo Lima, Semen Dmytrenko, Viktor Kandyba em segundo e pelo “Quebramar” de Rui Brites, Pedro Andrade e

Dylan Soares de Mello. A próxima prova da classe em Cascais é a 2ª Spring Series nos dias 27 e 28 de Maio, e

que contará com a presença de cerca 20 barcos, estando prevista a participação de muitas equipas estrangeiras.

Classificação Final Barco

Skipper

POR3738

Dom Pedro Hotels/Generali

José Paulo Ramada

UKR3179

GameChanger

Julia Freespirit

POR3115

Quebramar

Rui Brites

POR3733

So Fly

Peter Stratton

POR3

Bravo

Rita Leal Faria

POR3123

Enfant Terrible

José Bello

POR3114

Animal/Mobiag-Clever Mobility

Vasco Serpa

POR3203

Miúdas

Margarida Aguiar

SB20 em regata em Cascais 2017 Maio 365

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Surf

Notícias do Surf Clube de Viana

Viana Promove 1º Acampamento de “Náutica Adaptada” na Europa

Mónica Barroso Um projeto pioneiro de inclusão social, o primeiro Acampamento de “Surf Adaptado para Pessoas com Deficiência” da Europa, que teve por base logística o Centro de Alto Rendimento de Surf de Viana do Castelo, terminou no sábado dia 29 de abril, após seis dias de intenso programa.

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Cerimónia de Abertura 64

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egundo João Zamith, presidente do clube anfitrião e parceiro europeu do projeto Adaptive Surfing Camp for People with an Impairment, esta atividade foi um êxito devido ao excelente trabalho de cooperação entre todos os intervenientes. “Este acampamento resulta da forte colaboração entre os três parceiros europeus do projeto (o Surf Clube de Viana, a Associação Play&Train, da Catalunha, em Espanha, e a Associação Happy Wheels, de Livorno, Itália) e do trabalho desenvolvido pe-


Surf

los parceiros locais. A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM), a Mobilitas e a Íris Inclusiva contribuíram em termos de participantes e ainda disponibilizaram monitores e terapeutas. O apoio da Câmara Municipal de Viana do Castelo também foi importante”, refere João Zamith. A semana de atividades, incluída neste projeto europeu de surf adaptado cofinanciada pelo Programa Erasmus+ Sport da Comissão Europeia, registou a participação de 25 pessoas com diferentes deficiências, provenientes de Itália, Espanha e sobretudo de Portugal. Contou ainda com 40 voluntários, entre os quais treinadores de surf, do SCV e da Mobilitas, e terapeutas, da APPACDM. A agenda programática do evento foi intensa. As atividades de surf adaptado ocuparam grande parte do programa. Realizam-se também cinco workshops, que registaram grande participação e debate. Mariona Masdemont, da Play&Train, apresentou “Tipologia de deficiências motoras”; “Tipologia de deficiências intelectuais” foi apresentada por Rita Vintém e Paulo Santos, da APPACDM, e “Surf e Ambiente”, por João Zamith; “Media” este a cargo de Joana Margarida, do SCV; “Nutrição e Doping”, pelo Dr. Henrique Pacheco, de Medicina Desportiva, e “Surf Adaptado”, por João Taborda Lopes, terapeuta ocupacional e treinador de surf; e “Equipamentos de surf adaptado”, por Maximiliano Mattei e Lorenzo Bini, da Happy Wheels, Loic Santos (SCV) e Jorge Gomes. Do programa principal, ainda fizeram parte visitas

Parceiros do projecto e Vice Presidente da CMVC

culturais e visitas técnicas aos centros de Vela e Remo, que contribuíram para dar a conhecer a realidade de Viana do Castelo ao nível do desporto náutico adaptado. Para Mariona Masdemont, membro da coordenação deste projeto europeu e da Play&Tray, “este primeiro acampamento foi muito positivo. Todos os objetivos propostos foram

atingidos. A colaboração e a cooperação entre os parceiros foram excelentes. Conseguimos, ao nível da prática do surf adaptado, partilhar metodologias de trabalho e equipamentos. Atingimos os objetivos também ao nível dos participantes, tanto em género, em idades e em diversidade de incapacidades. As associações locais, a

APPACDM, a Mobilitas e a Íris Inclusiva foram muito colaborativas. O Surf Clube de Viana também fez um excelente trabalho”. Acrescenta também que “as condições meteorológicas foram boas e as várias atividades muito positivas para todos. Foi muito importante tomarmos conhecimento do que está a ser desenvolvido também

Samuel Lopes e Lorenzo Bini 2017 Maio 365

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Surf

João Paulo

ao nível do remo e da vela. Conhecer um sítio como Viana do Castelo foi fantástico”. Para Tommaso Pucci, também da coordenação do projeto e da associação italiana Happy Wheels, “este acampamento permitiu-

me descobrir uma nova realidade. Ver que há uma comunidade como a de Viana que acredita muito no desporto. Que há instituições que apoiam o desporto desta forma, não só economicamente, mas que o consideram um recurso.

O Centro de Alto Rendimento de Surf de Viana do Castelo é fantástico. Concilia muitas realidades, como intercâmbios, formação e desporto de elite. É algo que gostaria de ver em Itália. É um exemplo fantástico”.

Joana Maciel 66

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Mariona Masdemont explica que “com este projeto europeu pretendemos semear a semente desta atividade de forma mais contínua”. E acredita que “em Viana do Castelo, o surf adaptado terá, de futuro, uma presença mais constante, não só devido às boas condições existentes, em termos de infraestruturas e de recursos materiais e humanos mas também pela impor-


Surf

Gabriel Gorce

tância que esta prática assume para a inclusão das pessoas com incapacidade”. Viana do Castelo, a praia do Cabedelo e o Centro de Alto Rendimento de Surf têm ótimas condições e equipamentos de resposta ao surf adaptado. “A estratégia orientadora do SCV é proporcionar surf a todos. O surf adaptado é muito importante, pois proporciona, como se verificou neste acampamento, que as pessoas com incapacidade tenham acesso a aulas de forma inclusiva, ou seja que es-

tejam incluídas em aulas normais de surf. Fomentamos um modelo de inclusão ativo e pró-ativo. A verdade é que as pessoas com incapacidade que procuram este tipo de atividade são uma inspiração para as outras pessoas que não têm as mesmas limitações”, explica o presidente do SCV. Este acampamento de surf, que significou o salto

dos eventos pontuais de surf adaptado do SCV para uma programação de uma semana, serviu também para mostrar o potencial do “desporto náutico adaptado de Viana do Castelo”, dando também a conhecer aos participantes os projetos que estão a ser desenvolvidos igualmente pelo Centro de Vela e pelo Centro de Remo. “O futuro do surf adaptado europeu irá, de cer-

teza, passar por Viana do Castelo”, refere João Zamith. O próximo “Acampamento de Surf Adaptado para Pessoas com Deficiência” terá lugar em Fuerteventura, nas Canárias, entre 10 e 17 de julho próximo. Irá contar com participantes de Itália e Espanha e Mariona Masdemont espera também vir a contar com a participação de alguns portugueses.

Marta Paço

Filipe Faria 2017 Maio 365

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Notícias do Mar

Últimas 3ª Etapa do Circuito de Surf do Norte

Os melhores surfistas da região nas ondas de Matosinhos

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Praia Internacional do Porto recebeu, no fim-de-semana de 6 e 7 de Maio, a terceira etapa do Circuito de Surf do Norte, uma prova inserida no programa do Porto & Matosinhos WAVE SERIES 2017. Os grandes vencedores foram Salvador Couto (Sub 18), José Bruschy (Sub 16), João Crespo (Sub 14), Salvador Tavares (Sub 12), Catarina Beirão (Sub 18) e Benedita Neves (Sub 16). Esta etapa bateu recordes de participação, tendo contado com mais de 120 atletas a lutar pelo apuramento para os campeonatos nacionais. A notável qualidade das ondas, aliada ao vento favorável de leste, criou as condições necessárias para as excelentes performances, manobras de grande qualidade e elevados scores registados durante toda a competição. Salvador Couto,

atleta matosinhense, fez valer o fator casa e venceu a categoria de Sub-18. Destaque para a performance de José Bruschy, atletasub-16 que obteve o melhor score total da competição (15 pts). Entre as participantes femininas, excelente prestação de Catarina Beirão, vencedora do escalão sub-18, com um score de 14,25 pts. “É um prazer enorme assistir à evolução destes jovens surfistas, que surgem com cada vez mais qualidade e técnica nesta competição. É também com enorme orgulho que percebemos o crescimento da modalidade e a atenção cada vez maior que esta desperta nos portugueses, em especial da região Norte. Estamos certos que são eventos como o Wave Series que contribuem para que esta tendência se mantenha”, afirma Marcelo Martins, responsável pela organização desta iniciativa.

A animação e atividades na Sponsor Village dinamizaram o evento e atraíram milhares de curiosos e espetadores. Em simultâneo, realizou-se a ActivoBank Surf Experience, uma aula de surf solidária com crianças do concelho de Matosinhos. Durante a tarde de domingo, a Expression Session Powered by SurfSkate brindou os espetadores com exibições de grande nível e coroou Sasha Garcia e José Bruschy pelas manobras de maior espetacularidade. O cartaz Wave Series 2017 prossegue durante o mês de maio com a Liga Meo, o Campeonato Nacional de Desporto Escolar, o LOG Surf Fest, o Circuito Nacional Universitário e o Circuito de Bodyboard do Norte, encerrando em Setembro com a realização do Junior Cup 2017. Classificações Sub 12 1º - Salvador Tavares

2º – João Maria Pereira 3º – Francisco Silva 4º - Jaime Olazabal Sub 14 1º- João Crespo 2º - Salvador Tavares 3º - Sasha Garcia 4º - Lourenço Jervell Sub 16 1º - José Bruschy 2º - Filipe Cruz 3º- Francisco Pereira 4º - Tomás Jervell Sub 16 Feminino 1ª – Benedita Neves 2ª – Joana Anjo 3ª – Ana Lima 4ª – Raquel Vale Sub 18 1º - Salvador Couto 2º - Gonçalo Magalhães 3º - Filipe Cruz 4º - Marcelo Martins Sub 18 Feminino 1º - Catarina Beirão 2º - Mariana Gonçalves 3º - Luísa Meneses 4º - Raquel Vale

Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com

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