Notícias do Mar n.º 370

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Economia do Mar

Centenas de pessoas na apanha da amêijoa japónica

Amêijoa do Tejo,

uma Economia a Desenvolver Foi criada no Barreiro em 30 de Junho passado uma infraestrutura para depósito, transformação e valorização de bivalves, que visa regular a apanha da amêijoajaponesa no Estuário do Tejo e a sua comercialização em condições de salubridade adequadas.

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erá a primeira central para depósito, transformação e valorização de bivalves do país num investimento estimado entre 1,2 e 1,4 milhões de euros. Esta central deverá estar criada no prazo máximo de um ano e tem como objectivo regular a apanha de amêijoa-japonesa no estuário do rio Tejo e a sua comercialização em condições adequadas de salubridade. Para o efeito, foi assinado um protocolo de colaboração para a construção da in2

fraestrutura entre a Câmara Municipal do Barreiro, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera,IPMA, a Direçãogeral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, DGRM, a Administração do Porto de Lisboa APL e a Docapesca. A realidade é que todos os dias se veem centenas de pessoas que se dedicam como único meio de subsistência a apanha da amêijoajapónica. Como é proibida a sua apanha, constituiu-se já uma intensa actividade ilegal de venda e até exporta-

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ção para Espanha. A amêijoa-japónica é uma espécie de bivalve invasor no Estuário do Tejo, que se julga ter sido trazida na água dos tanques de petroleiros que vinham receber assistência ou reparação na Lisnave. O problema desta amêijoa é que não tem a garantia de salubridade. A amêijoa do estuário do Tejo está ainda classificada pelo IPIMAR com o estatuto sanitário C. E enquanto estiver nestas condições nâo pode ser depurada. Para isso teria de

ter o estatuto sanitário B. Porém pode ser utilizada na indústria transformadora ou permanecer pelo menos dois meses em zona de transposição. Foi reconhecido pelo Gverno que a amêijoa é um recurso importante para um elevado número de apanhadores no Estuário do Tejo, maioritariamente não licenciados, sendo também uma espécie muito valorizada. Como os bivalves capturados só podem ser consumidos após cozedura ou transposição prolongado, o


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A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, a apresentar o projecto da Central de Depósito e Transformação de Bivalves do Estuário do Tejo protocolo prevê a criação, no período máximo de um ano, de uma infraestrutura dirigida a Depósito e Transformação de Bivalves do Tejo. A medida insere-se nos objetivos do Governo de assegurar a sustentabilidade da exploração dos recursos e a valorização do património natural e cultural das co-

munidades ribeirinhas, mas também de salvaguardar a saúde pública na exploração dos recursos no Estuário do Tejo. O IPMA ficou de apresentar um Plano Sanitário do Estuário do Tejo que inclua determinar uma zona regional para optimizar as condições de apanha.

Como é a DGRM que coordena a fiscalização e regula a pesca e o licenciamento dos apanhadores, cabe-lhe criar condições para, em conjunto com a Docapesca, efectuar o registo da primeira venda. A Câmara Municipal do Barreiro assegura o necessário apoio de proximidade.

A Ministra do Mar na visita ao local no Barreiro onde vai ser o Depósito de Transformação de Bivalves 2017 Outubro 370

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Amêijoa japónica Em 2016, foram capturadas em Portugal 1.021 toneladas de amêijoa, no valor de 2,7 milhões de euros, portanto esta economia vai passar a ter condições para se desenvolver. No momento da assinatura do protocolo, a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino disse “É crucial para o estuário do Tejo e para a comunidade de apanhadores, vasta, em que só uma parte tem licenças, e com bivalves com níveis elevados de contaminação. Esta será a primeira unidade em Portugal que pode transformar os bivalves para serem consumidos pelas pessoas e vai permitir também que a comunidade de apanhadores seja alargada”, Projecto 4

da Central de Depósito e Transformação de Bivalves do Estuário do Tejo Como partiu do IPMA o projecto para a criação da primeira central para depósito, transformação e valorização de bivalves do país, solicitámos à engenheira Narcisa Bandarra, responsável pelo projecto, as seguintes informações sobre ele: O projeto (Bivalor) inserese no MAR2020 - Portaria n.º 114/2016 de 29 de Abril, Artigo 4.º, número 1, a) e b), na medida em que visa dar um impulso decisivo à transformação, valorização e comercialização dos bivalves do estuário do Tejo (importante recurso aquático nacional e, em particular, da região de Lisboa) através

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da conceção e desenvolvimento de novos processos para a eliminação dos riscos associados a bivalves da classe C, nomeadamente, esterilização térmica e por altas pressões, aposição de barreiras adicionais como a embalagem sob vácuo e redução da atividade de água por processo de liofilização. O Estatuto Sanitário Neste sentido, torna-se importante encontrar soluções de comercialização que possam ser utilizadas pela comunidade de apanhadores independentemente do estatuto sanitário, o que leva à necessidade de serem combinadas funções de estabulação temporária (para material biológico proveniente de uma zona B), com funções de transforma-

ção (para material biológico proveniente de uma zona C), ou a reexpedição para grossistas. O Depósito e Unidade de Transformação e Valorização de Bivalves é assim constituído por 3 módulos fundamentais: Depósito de Bivalves Vivos Para Expedição, Sistema de Transformação e Sistema de Valorização. Depósito de Bivalves Vivos O Depósito de Bivalves Vivos assegura a receção de bivalves. Assim, este estabelecimento rececionará e poderá efetuar a triagem e lavagem do produto e formar lotes que encaminhará no circuito de acordo com a classificação. No caso, presente de bivalves classificados como C o proces-


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Toneladas de amêijoa japónica são apreendidas no Estuário do Tejo pela Polícia Marítima so envolverá as etapas de Transformação (via tratamento térmico) e a Valorização (via mineralização das

conchas). Caso se verifiquem mudanças no estatuto sanitário e no zoneamento das zonas de produção no

Estuário do Tejo, que originem classificações B, está previsto um espaço físico neste depósito onde poderá

vir a ser instalada uma depuradora. No entanto, esta infraestrutura não é contemplada neste projeto.

Amêijoa japónica apreendida pela Polícia Marítima 2017 Outubro 370

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Só quando a maré começa a encher os apanhadores vão embora dura à esterilização, na medida em que o calor destrói eficientemente a contaminação microbiológica. Aqui se incluem as tecnologias para cozedura, esterilização,

cravagem e congelação de acordo com a descrição. No entanto também serão usadas outros processos tecnológicos, como as altas pressões e a liofilização.

Mesmo sendo apreendidas a apanha da amêijoa japónica tem uma grande importância económica para as comunidades ribeirinhas do estuário.

Sistema de Valorização O Sistema de Valorização de subprodutos incide sobre o aproveitamento das conchas. A abordagem prevista envolve o aproveitamento da parte mineral das conchas para a formulação de suplementos destinados à avicultura e aquacultura. O cálcio obtido de conchas de ostra e mexilhão tem sido amplamente usado como suplemento no sector da avicultura. Por outro lado, há que controlar a qualidade dos suplementos produzidos e otimizar as condições operativas do processo para um maior rendimento e uma mais elevada qualidade.

Sistema de Transformação O Sistema de Transformação assegura os meios tecnológicos que permitem eliminar completamente o

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risco microbiológico e o desenvolvimento de produtos com valor acrescentado. Entre esses meios tecnológicos avulta o processamento térmico, indo da simples coze-

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57º Salão Internacional Náutico de Génova

Texto e Fotografia João Carlos Reis

O Boat Show do Retorno

O Salão Náutico de Génova que este ano se realizou entre os dias 21 e 26 de Setembro, com mais 8% de expositores e barcos que no ano passado, mais 70 novas marcas, e no final com 148.228 visitantes, mais 16,5% que em 2016, foi considerado pela organização “o Boat Show do retorno”.

A

assinatura de um Memorando de Entendimento entre as instituições oficiais e a UCINA (a associação da indústria náutica italiana) foi considertado um momento histórico para o Salão Náutico de Génova, pois tem como objetivo consolidar a Feira para os próximos anos, para promover a indústria na área de barcos de recreio e navegação de recreio e desporto, concordando com o modo de organização do evento pela UCINA tendo em vista os resultados, que testemunham o papel de referência do Salão de Génova para todo o campo de iatismo na Europa e no Me8

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diterrâneo. Com 884 empresas participantes, a exposição de 1.100 embarcações e o entusiamo diário dos visitantes, foi evidente o sucesso do Salão este ano. A concorrência do Salão de Cannes, que antecede o de Génova tem sido um factor dissuasor pa participação de grande estaleiros, como a Ferretti. Para a náutica de recreio, os desportos aquáticos e a vela Génova apresenta-se cmo uma mini-cidade náutica, com os barcos a motor ou à vela e os restantes produtos como motores e equipamnetos ou acessórios, em zonas bem organizadas e em espaços de fácil visita. Graças à enorme doca, à entrada do porto de Génova, que o Salão dispõe, este evento destaca-se por ser o que maior número de embarcações expôe na Europa, desde um pequeno pneumático de 2,50 metros até um megaiate como o San Lorenzo SD 126, com 38 metros de comprimento. As embarcações com mais dos oito metros de comprimento, estão dentro de água com as popas amarradas a pontões, de modo acessível para serem visitadas e sairem para o mar para os test drive. Em três planos de água, os visitantes podem ver veleiros, semi rígidos, sport iates e iates a motor, catamarans e os megaiates. Esta é a melhor forma de se ver e visitar um barco, ao ar livre e em cima dele. Dentro do pavilhão e no espaço de circulação do Salão estavam os restantes barcos mais pequenos e de motorização fora de borda. Impulsionada pela economia azul, a Itália tem no porto de Génova no primeiro semestre um crescimento de + 32%.

Estiveram 148.228 visitantes Carla Demaria, presidente da UCINA disse: “Mantivemos as promessas feitas em Abril passado e acabámos por exceder os resultados, porque acreditamos que este Salão é a ferramenta certa para o mercado e a assinatura do Memorando de Entendimento foi um facto muito importante para o futuro” O Salão Náutico de Génova tem como característica, ser dos primeiros salões europeus a expor as novidades. E há marcas, princi-

palmente as italianas, que já não se apresentam em mais nenhum outro salão. Das muitas novidades que vimos algumas têm representação no mercado português. Vamos dar alguma informação sobre essas. Novidades Capelli A Capelli tem em Portugal como importador exclusivo a Porti Nauta do Grupo Angel Pilot. Um novo Capelli, o Tempest 38 é o terceiro modelo

que se junta à Luxury Line, após o Tempest 44 e o Tempest 40. É um barco elegante e com estilo desportivo, que mostra conforto e inovação. O casco tem o tradicional design Capelli com um V profundo. Um layout inovador na área da popa facilita a saídas para o mar. O posto de comando tem uma consola de condução central ergonómica e confortável e permite que o piloto faça a condução de pé confortavelmente apoiado num banco encosto duplo. O design da

Estavam mais 70 novas marcas 2017 Outubro 370

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quenos barcos em fibra, embarcações de apoio, insufláveis ​​e veleiros. Este novo modelo incorpora tecnologia que contribui para um desempenho superior, fiabilidade e facilidade de uso. O compacto BF6 oferece seis características líderes da classe: facilidade de uso, início fácil, paragem com um toque, portabilidade, conforto e fiabilidade

Capelli Tempest 38 consola melhora a linha desportiva do barco e comporta um painel de instrumentos acessível que permite que se tenha sempre o controle sobre todo o equipamento de bordo. O máximo de conforto e relaxamento são garantidos tanto no poço, no confortável banco em U, como à frente, graças a uma espaçosa área para banhos de sol. Um hard-top de estilo desportivo sobre o posto de comando, aumenta bastante o bom visual do barco. Outra novidade, é um

novo Tempest 900 WA que foi reformado e remodelado em todas as suas partes, mantendo-se o estilo clássico do barco, procurou-se aumentar o conforto e a ofertas de utilização. Honda A Honda Marine é representada em Portugal pela GROW. No stand da Honda estava toda a gama dos motores fora de borda desde o BF2.5 ao BF250. Em realce encontrava-se

o BF6, o motor Honda que recebeu em Outubro do ano passado o Prémio de Inovação IBEX na convenção da International Boat Builder’s Exhibition IBEX, a National Marine Manufacturers Association NMMA. Este prémio é a maior honra da indústria náutica, atribuído ao avanço tecnológico e inovador do BF6. O Honda BF6 é um motor fora de borda leve, de 6HP, com um bloco de 1 cilindro, com 127 cm3 de cilindrada, projectado para equipar pe-

Stand da Honda 10

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Lagoon Em Portugal é a Seaway do Grupo Siroco o importador dos Lagoon. Estavam dois dos catamarãs de cruzeiro da marca da Lagoa em exibição no Salão Náutico de Génova os 40 e 50, novidade absoluta para o mercado italiano, ambos altamente aguardados pelos entusiastas do cruzeiro multi-casco. Estes dois modelos têm de comprimento, o primeiro com pouco mais de 13 metros, enquanto o segundo tem 17 metros, com uma boca de 8 metros e a capacidade de configurar quatro cabines. Ambos pertencem à nova geração de cruzeiro e estiveram a receber a curiosidade dos visitantes, impressionados pela habitabilidade e pela super qualidade de acabamentos dos interioros. Mercury Para Portugal, os motores Mercury e os barcos Quicksilver são importados em exclusivo pela Touron Portugal. No stand da Mercury foi apresentada a nova família de motores Mercury Diesel 6.7L Os novos motores eletrónicos Mercruiser Diesel common-rail, têm três níveis de potência: 480hp, 500hp e 550hp. O novo motor é compatível com o conjunto completo de controlos e eletrôni-


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Pavilão dos acessórios e equipamentos cos SmartCraft da Mercury, incluindo o comando opcional de joystick para intros e pilotagem de joystick para pods (Zeus). Os motores oferecem uma excelente aceleração e desempenho em alta velocidade combinado com operação silenciosa e suave e um baixo consumo de combustível. Na exposição dos barcos Quicksilver, apresentavamse os novos Quicksilver Activ 875 Sundeck e Quicksilver Activ 555 Cabin. O Activ 875 Sundeck vai juntar-se aos quatro modelos actuais 605, 675, 755 e 805 Sundeck, e amplia a gama de embarcações de 6 a 9 metros. É uma embarcação para a navegação costeira que combina máxima comodidade com manuseamento prático, para oferecer a vida a bordo numa experiência

agradável. Tem lotação até 10 pessoas na categoria B e 12 na categoria C. O Activ 555 Cabin com 5,50 metros, é um barco compacto, robusto e rápido, para navegar no mar. A

lotação para 6 pessoas permite desfrutar dos desportos náuticos, possuindo, ainda, uma cabina com cama para 2 pessoas. Yamaha

Em Portugal é a Sucursal da Yamaha Motor Europe N.V. que representa a Yamaha Marine. No stand Yamaha estava em grande destaque o novo F100F e tambem o

Lagoon 50 2017 Outubro 370

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Motor Mercury Diesel novo F80D, ambos concebidos a partir do F80 e F100, dois motores fora de borda que sempre foram apreciados em todo o mundo pela excepcional estabilidade e desempenho e agora foram redesenhados pelos engenheiros japoneses e passaram a ser mais compactos e significativamente mais leves.

Os motores têm 4 cilindros, com 1.832 cm3 de cilindra, 16 válvulas (SHOC) e Injeção eletrónica de combustível (EFI). Os Yamaha F80D e F100F têm mais energia, velocidade mais rápida e aceleração ainda mais agressiva. O ruído e a vibração foram minimizados, para uma navegação suave e silenciosa.

Estavam também destacados todos os novos motores de popa, com a tecnologia Drive-by-Wire. Graças à fiabilidade desta nova tecnologia, os motores têm um desempenho com excelente precisão na mudança de velocidades e fornecimento de potência sempre sob o controlo Drive-by-Wire (DBW). Para o utilizador a vantagem

A novidade Yamaha F100F 12

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é uma maior facilidade de utilização, relativamente ao controlo e funcionamento da embarcação. Os novos F150G e F175C com o controlo Drive-by-Wire (DBW) têm 4 cilindros em linha, 16-válvulas, design DOHC (Dupla árvore de cames), com 2.785 cm3 de cilindrada. Comportam o sistema de Injeção eletrónica de combustível multiponto EFI e todas as mais recentes tecnologias Yamaha Outra revolução Yamaha no controlo de embarcações é o Helm Maste agora com SetPoint, o mais recente sistema de controlo de embarcações integrado dispõe agora do sistema de 3 modos SetPoint e do novo ecrã CL7 Suzuki Para o nosso país a Suzuki Marine é representada pela Moteo Portugal. Na Suzuki estava um novo motor com 350 HP. O novo DF350A possui 4,4lt de cilindrada V6, sendo o 350 HP com maior capacidade da actualidade, devido


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à utilização de uma alta taxa de compressão (12:1) e graças a incluir sistemas que permitem garantir que o ar de admissão segue o mais fresco possível para as câmaras de combustão, com atomização do combustível quase perfeita, criando condições para uma queima completa e controlada. Na admissão tem o sistema ‘Dual Louver’ que incorpora dois escudos de lâminas, para que o ar de admissão esteja livre de humidade e chegue às câmaras de combustão com uma temperatura nunca superior a 10 graus face à temperatura ambiente. Na injecção de combustível para se alcançar a potência desejada utiliza-se um novo sistema de dois injectores por cilindro que proporciona a precisão necessária e a melhoria da atomização, aumentando a potência em 3% mas sem provocar qualquer risco de detonação. O DF350A tem um sistema de propulsão com duas hélices, com duas hélices

Suzuki F350A de contra- rotação coaxiais, uma inovação em motores fora de borda. Ao distribuir a potência do motor por seis pás, em vez de apenas três, o tamanho das engrenagens e respectivo cárter foi reduzido ao mínimo, mais fino e mais hidrodinâmico. para melhorar a aceleração e a velocidade. As hélices

Moto Yamaha, estrela no stand Yamaha

também garantem maior superfície de contacto com a água, assegurando maior ‘tracção’, aceleração imediata e a velocidade máxima é também superior, assim como a eficácia nas manobras em marcha à ré. O DF350A dispõe da tec-

nologia ‘Lean Burn’ de queima pobre, garantindo economia de combustível e um funcionamento muito suave e silencioso ao ralenti. O novo DF350A comporta também o sistema de comando sem cabos ‘drive-bywire’.

O Suzuki F350A esteve em teste em Génova 2017 Outubro 370

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Náutica

Teste Beneteau Flyer 8.8 Sundeck com 2xHonda BF250 VTEC

Texto e Fotografia Antero dos Santos

Com Todas as Vantagens de um Topo de Gama

Fizemos um teste nos finais de Junho no mar, ao largo de Portimão, ao topo da gama Flyer, equipado com dois motores Honda BF250 VTEC, o modelo Flyer 8.8 Sundeck, um barco com 9.00 metros de comprimento que pelas suas dimensões, ganha em elegância, desempenho no mar e maior oferta para os fins-de-semana

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ara este teste fomos convidados pela GROW, o importador exclusivo para Portugal dos motores fora de borda Honda que depois 14

teve na marina de Portimão o apoio da Porti Nauta, empresa do Grupo Angel Pilot que é a concessionária dos barcos a motor do fabricante francês Beneteau para o

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Algarve A Beneteau, peocupandose com o exigente mercado deste tipo de embarcações, criou a gama Flyer, desenvolvendo modelos para sa-

tisfazer o maior número de clientes possível. Ao renovar a gama, o estaleiro apresenta agora 10 modelos desde os 5,26 aos 9,00 metros de comprimento, para diferen-


Náutica

Beneteau Flyer 8.8 Sundeck

tes ofertas de uso e bolsas e que formam também uma linha estética comum a todos, conseguindo que se diga: “ olha ali vai um Flyer”. Para facilitar a escolha do barco “ideal” para cada um, a Beneteau desenvolveu para cada casco três barcos com diferentes ofertas de

uso, SpaceDeck, SundecK e SportDeck. No que respeita ao casco, todos incorporam o sistema exclusivo Beneteau “AirStep” que aumenta a entrada de ar abaixo do casco e amplia o desempenho. Graças ao sistema “AirStep” o arranque é mais rápi-

do, a velocidade maximizada e as curvas são mais facilmente obtidas, enquanto se reduz muito o consumo de combustível. Este sistema resulta num resultado elevado na segurança e em conforto no cruzeiro, facilitando a passagem através das ondas de um modo fácil e

confortável. O efeito da “almofada de ar” na parte traseira do casco proporciona um conforto surpreendente. Flyer 8.8 Sundeck O Flyer 8.8 Sundeck é pelas suas características um barco de mar.

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Náutica

O poço tem uma notável polivalência

Com 9,00 metros de comprimentos, o Flyer 8.8 Sundeck é um barco robusto com o peso de 3.200 Kg. E como foi concebido para comportar a potência de 500 HP, está equipado com dois motores Honda BF 250 VTEC. O casco incorpora o sistema “AirStep”, ampliando as características marinheiras pode navegar no mar com toda a segurança e bom desempenho, mesmo quando ele não está nas melhores condições. Com o objectivo de satisfazer o máximo o prazer do relax, diversão e os desportos aquáticos ou jornadas de

O Beneteau Flyer 8.8 Sundeck é um barco seguro e robusto vocacionado para o mar 16

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pesca, o Flyer 8.8 Sundeck é um barco muito polivalente. É notável o requinte e ergonomia do posto de comando, ligeiramente encostado a estibordo, para facilitar a circulação do poço para a proa, área que se destina ao relax e banhos de sol num amplo solário com três colchões. O barco tem um párabrisas arredondado envolvento o posto de comando, com altura suficiente para dar boa protecção. O piloto dispõe de um banco duplo. A consola tem a estibordo um lavatório e um armário bar e à frente é a entrada para a

No posto de comando o banco é duplo cabina. O painel de instrumentos em cor cinza e amplo, contém toda a electrónica do motor e de navegação e impõe-se pela estética. O poço é largo e tem a borda alta, para garantir segurança nas deslocações com o barco em andamento. A entrada é pela popa a bombordo, onde se encontra a escada de banhos. O poço tem um banco corrido à popa encostado a estibordo para quatro lugares. Nos passeios familiares, quando chega a hora do piquenique levantam-se bancos laterais e outro nas costas do banco do piloto, coloca-se uma mesa rectangular em madeira ao meio e podem comer a-vontade oito pessoas. É também esta polivalência do poço que devemos realçar, pois permite transformar este barco familiar numa embarcação para saídas de pesca, desimpedindo no máximo o espaço do poço para os pescadores. 2017 Outubro 370

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Náutica

Dois Honda BF 250 VTEC motorizavam o Beneteau Flyer 8.8 Sundeck A borda do poço está revestida em madeira de teca, tem duas aberturas de cada lado para passar cabos e comporta dois porta canas. Para pernoitar, fazeremse fins-de-semana náuticos ou pequenos cruzeiros, o Flyer 8.8 Sundeck está muito bem equipado, pois tem

uma ampla cabina com uma cama de casal à frente e outra sob o poço, também de casal, comportando no total quatro pessoas. Tem também quarto de banho com lavatório, sanitário e chuveiro, uma geleira e um microondas A cabina tem muita lu-

minosidade com entradas de luz a partir das janelas laterais e também bom arejamento com uma escotilha ao meio no tecto e vigias de ventilação. Deve-se destacar os acabamentos e equipamentos de alta qualidade, bem como a decoração, preveligiando a madeira e

O conjunto fez excelentes performances nos testes de velocidade e aceleração 18

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tons quentes, que aumenta a sensação de conforto. O banco do piloto tem incorporado na parte lateral um frigorífico que está de fácil acesso. Devemos salientar o bimini que foi montado no Flyer 8.8 SunDeck, pois cobre todo o espaço do posto de comando até atrás, incluindo todo o poço. Impressionantes performances no teste O mar fora da barra de Portimão, no dia do teste, estava ligeiramente agitado do vento. Para uma embarcação como o Flyer 8.8 Sundeck estava calmo e perfeito para o teste de mar. Mesmo com embarcações grandes e motores poderosos, no mar não se navega à velocidade que se quer, mas sim aquela que o mar deixa. Com 500 HP na popa dos dois poderosos Honda BF250 VTEC, em 2,48 segundos tinhamos já a planar


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Ampla cabina com quarto de banho e duas camas de casal o robusto Flyer 8.8 SunDeck, com o peso de 3.200 Kg. Mais confirmámos no que respeita ao poder da motorização, quando no teste de aceleração até às 5.000 rpm, em apenas 10,78 segundos, o barco atingiu a velocidade

de 38 nós. Quando acelerámos para a velocidade máxima, às 5.600 rpm atingimos os 43 nós. Consideramos que todos estes testes de velocidade e aceleração nos deram

impressionantes performances. No teste de velocidade mínima a planar, os apenas 11 nós às 2.700 rpm neste barco, representa também o efeito do sistema “AirStep” no casco, que depois em

O casco com um V bem marcado, tem bastante salientes os robaletes e os planos de estabilidade laterais 20

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velocidade a navegar contra a ondulação do mar, contribuiu para um desempenho confortável e facilitou as performantes velocidades. Também assinalável foi a velocidade de cruzeiro que fizemos, com o máximo de economia. Os motores Hon-


Náutica

Honda BF250 VTEC O

Painel de comando

Alessandro Balzer, na apresentação do Beneteau Flyer 8.8 Sundeck com 2 x Honda BF250 VTEC da BF 250 VTEC com o seu sistema ECOmo, às 3.500 rpm colocaram o Flyer 8.8 Sundeck a navegar a 22 / 24 nós. Quase se pode dizer que navegámos só com um “cheirinho de motor” para fazermos um passeio. Testes de fábrica indicam

que o consumo do Honda BF 250 VTEC é de 2,9 litros/H às 3.500 rpm. O depósito do Flyer 8.8 Sundeck é de 400 litros. Considerando o consumo dos dois motores em 6,00 litros/H à velocidade de 22 nós a dá-nos a extraordinária autonomia de 1.466

O poço com banco à popa, o posto de comando e área do solário à frente

Honda BF250 VTEC tem um bloco motor com 3.583 cm3 de cilindrada, é um motor V6 de 60 graus com 24 válvulas, (SOHC). O motor responde perfeitamente ao conceito de produto e de objectivos da gama de alta potência, através da incorporação das tecnologias exclusivas Honda, sobejamente comprovadas. Quanto ao desempenho, conseguiu-se um arranque soberbo, elevada potência durante todo o regime de rotação e excelente manobrabilidade. Isto deve-se por incorporar o sistema VTEC, que é o controlo electrónico do comando e abertura variável das válvulas que tem a função de variar electronicamente a elevação e duração da abertura das válvulas da admissão, gerando uma potência suave, desde a baixa à alta rotação. Quanto ao arranque, deve-se também ao sistema BLAST, binário aumentado a baixa rotação, que na injecção de combustível amplifica o binário através da optimização da quantidade de combustível fornecido, juntamente com o ponto de ignição. Esta tecnologia obtem acelerações rápidas principalmente no arranque, para as embarcações planarem mais rapidamente. O motor tem o sistema PGM-FI, a injecção programada de combustível, que faz o controlo da injecção de combustível, permitindo um superior controlo da combustão, reduz o consumo e aumenta a performance no arranque. No que respeita à eficiência de combustível, com o sistema ECOmo, o BF250 VTEC consegue baixos consumos em velocidades de cruzeiro em rotações entre as 3.000 rpm e 4.500 rpm. O esforço de engrenagem foi reduzido graças a incorporar um sistema de Controlo e Redução da Carga de Engrenagem. O motor tem a ligação NMEA 2000 que permite visualizar, em dispositivos compatíveis, informações sobre o funcionamento do motor. O Honda BF250 VTEC apresenta como características muito relevantes, ser um motor muito equilibrado e silencioso, com um consumo muito reduzido. O Honda BF250 VTEC tem 3 anos de garantia.

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Náutica

Foi assinalável a velocidade de cruzeiro 22/24 nós “só com um cheirinho de motor” milhas. O casco à proa com um V bem marcado e com os planos de estabilidade laterais muito salientes, facilita também a saída da água bastante para fora, deixando o barco seco até atrás.

Em conclusão consideramos o Flyer 8.8 Sundeck um seguro e confortável barco para o mar e para navegar até aos pesqueiros que se encontram longe, tirando vantagem da sua enorme polivalência.

Características Técnicas Comprimento

9,00 m

Comprimento do casco

7,98 m

Boca

2,94 m

Peso

3.200 Kg

Depósito de combustível

400 L

Tanque de água doce

100 L

Potência máxima

500 HP

Certificado CE

B8 / C11

Inovação

Air Step® 2

Motores do teste

2 x Honda BF 250 VTEC

Preço barco / motores

86.282 + IVA

Performances

A cabina tem muita luminosidade

Sanitário marítimo no quarto de banho 22

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Tempo para planar

2,48 seg.

Aceleração até às 5.000 rpm

37 nós em 10,78 seg.

Velocidade máxima

43 nós às 5.600 rpm

Velocidade de cruzeiro

22/24 nós às 3.500 rpm

Velocidade mínima a planar

11 nós às 2.700 rpm

3.000 rpm

14 nós

3.500 rpm

22 nós

4.000 rpm

28 nós

4.500 rpm

35 nós

5.000 rpm

38 nós

5.600 rpm

43 nós

Importador e Concessionário: GROW Produtos de Força Portugal Rua Fontes Pereira de Melo, 16 Abrunheira, 2714 – 506 Sintra Telefone: 219 155 300 - geral@grow.com.pt - www.honda.pt Porti Nauta Grupo Angel Pilot Complexo dos Estaleiros Navais, Lote E - 8400 - 278 Parchal – PortimãoEst Telm: 91 799 98 70 - info@angelpilot.com - www.angelpilot.com


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NotĂ­cias do Mar

Ambiente

Texto e Fotografia Vitor Ganchinho

Orcas em Sesimbra e SetĂşbal

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Notícias do Mar

A

bordo do barco Go Fishing III pesca-se a sério. Uma má pescaria é rara. Mesmo muito rara. E quando acontece, tem sempre uma razão de ser muito forte. Na circunstância, um “simpático” grupo de orcas

resolveu estragar a pesca a um grupo de 8 pessoas, entusiasmadas com a captura de pargos, peixe muito normal nesta época do ano, e que estavam a picar com entusiasmo. De um momento para o outro, tudo parou. Por ser algo insólito,

aqui deixamos o registo: Quatro orcas andaram alguns minutos encostadas ao barco, saltaram à nossa frente, e deixaram um filme que poderão ver na página Go Fishing, www. gofishing.pt, ou no nosso Facebook, Go Fishing Portugal, ou no Youtube.

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Náutica

Teste Tempest 560 Work com Yamaha F80 DETL

Texto e Fotografia Antero dos Santos

Barco de Trabalho Simples e Prático

Capelli Tempest 560 Work

Em finais de Julho testámos em Portimão, equipado com o Yamaha F80 DETL, um semi-rígido Capelli Tempest 560 Work, um barco de trabalho que mostrou estar muito bem adequado e com espaço para as tarefas necessárias dos profissionais nos portos, marinas e nos clubes náuticos.

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omos convidados para o teste pela Sucursal em Portugal da Yamaha Motor Europe que em Portimão teve 26

o apoio do seu Concessionário Porti Nauta do Grupo Angel Pilot, importador exclusivo dos barcos italianos Capelli para Porttugal.

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O Capelli Tempest 560 Work tem como característica base o espaço interior bastante desimpedido, para estar livre para carregar

as boias das regata ou para transportar equipamentos ou caixas de ferrramentas. Deste modo, pode-se carregar o que for necessário.e


Náutica

Posto de comando

caiba num espaço junto à popa, atrás do assento-encosto do piloto e noutro que fica à frente da consola de condução. Os flutuadores do Tempest 560 Work são construídos em Neoprene Hypalon Orca® 1100

O Capelli tempest 560 Work é um barco robusto com um bom desempenho 2017 Outubro 370

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Náutica

O conjunto desenvolveu excelentes performances

Capelli Tempest 560 Work é um barco de trabalho

dtex e colados por fora ao casco e por dentro à volta a toda coberta, para garantir mais ro-

Pormenor da consola de condução 28

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bustez à embarcação e elinimar vibrações com o barco em andamento. A consola de condução é central, larga e com espaço para colocar a electrónica. Tem um párabrisas, em vidro acrílico alto, que está bem protegido por um corrimão em aço inox. Dentro tem um compartimento para arrumos que tem porta estanque. O banco encosto do piloto está montado

Área atrás para carga


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Náutica

O motor Yamaha F80D com 80 HP estava montado

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O casco clássico Capelli Tempest com um V profundo

para facilitar a condução de pé. Levantando o encosto o banco comporta um compartimento para arrumações. Incorporados no convés existem à frente um porão com tampa para guardar palamenta e também um porão para o ferro. Na proa, colado no tubo, está fixado um cunho de amarração.

Em altas velocidades o Tempest 560 Work manobra muito bem

No teste boa informação das performances Neste barco, para os serviços que vai prestar, como o transporte de cargas pesadas, é muito importante o binário do motor ter bom desempenho. Vimos esse comportamento nos arranques e acelerações, com a planagem do barco em 1,53 segundos e


Náutica

Motor Yamaha F80D O

Área à frente para carga

na aceleração até às 5.000 rpm, em apenas 7,34 segundos termos atingido 23,7 nós. Quanto à velocidade máxima, atingimos 30,4 nós às 5.600 rpm. Como barco de traba-

lho ou de recreio, é fundamental que o conjunto Tempest 560 Work com o Yamaha F80D consiga um consumo económico e a velocidade de recreio ser a melhor possível. Assi-

O banco do piloto tem um compartimento para arrumação de palamenta

Cunho de amarração à proa

motor Yamaha F80D dispõe das mais recentes tecnologias da Yamaha em motores a 4 tempos, têm 1.596 cm3 de cilindrada com 16 válvulas e DOHC (dupla árvore de cames à cabeça), é fiável e fornece potência instantânea. Este motor comporta os avançados sistemas de admissão e escape e também o sistema exclusivo Yamaha, de injecção electrónica de combustível EFI, com uma atomização muito fina, que resulta em excelentes performances, economia e emissões reduzidas de gás no escape. O F80D tem o módulo de controlo do motor ECM, que controla o avanço da ignição e da injecção, para que a combustão seja sempre optimizada em qualquer posição de aceleração. O ECM, com seis sensores, alerta também para qualquer problema do motor. O F80D dispõe de um sistema de redução de ruídos e de redução das vibrações no painel de popa, resultando numa navegação calma e relaxante, tanto a baixa como a alta velocidade. Outras das características que beneficiam o ambiente e a eficiência do combustível, são o sistema de dupla queima de combustível e o sistema de retorno dos vapores do combustível, proporcionando uma navegação sem fumos nem cheiros e impedindo a saída de qualquer vapor para o ambiente. O F80D é totalmente compatível com o sistema digital de rede exclusivo da Yamaha, que proporciona um impressionante conjunto de funções e opções de controlo sofisticadas, com uma vasta gama de manómetros digitais. Uma das funções é o controlo VTS (velocidade de ajuste variável) integral que não só proporciona um ralenti inferior ao normal, também permite controlar a velocidade de ajuste em passos simples de 50 rpm, o que é ideal para a pesca ao corrico. Outra característica, é o exclusivo sistema de proteção antirroubo Y-COP que tem incorporado.

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Náutica

O barco mostrou muita segurança e estabilidade a curvar

nalamos muito bom, os 19/20 nós às 4.000 rpm, que fizemos com este conjunto em Portimão. Também consideramos muito boa, a velocidade mínima do barco a planar, com apenas 10 nós às 2.800 rpm. Com uma posição de condução em pé, o piloto consegue comandar o barco com segurança e conforto nas altas velocidades este Tempest 560 Work, graças ao

clássico casco Capelli com um V profundo que corta a ondulação sem bater. Como atrás os tubos assentam na água, facilitam o descolamento do casco para as saídas rápidas e garantem a estabilidade do barco nas curvas e nas manobras. Em conclusão, o preço do pack de 24.800 euros, é uma proposta muito interessante, para este conjunto.

O piloto tem boa posição de condução em pé 32

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Características Técnicas Comprimento

5,60 m

Boca

2,59 m

Diâmetro dos flutuadores

0,56 m

Peso

480 Kg

Lotação

12

Potência máxima

135 HP

Homologação CE

C

Flutuadores

Neoprene Hypalon Orca® 1100

Motor do teste

Yamaha F80D

Preço barco / motor

A partir de 24 800€ + IVA

Performances Tempo para planar

1,53 seg.

Aceleração até às 5.000 rpm

23,7 nós em 7,34 seg.

Velocidade máxima

30,4 nós às 5.600 rpm

Velocidade de cruzeiro

19/20 nós às 4.000 rpm

Velocidade mínima a planar

10 nós às 2.800 rpm

3.000 rpm

12,2 nós

3.500 rpm

16 nós

4.000 rpm

19,2 nós

4.500 rpm

21,9 nós

5.000 rpm

25,6 nós

5.500 rpm

29 nós

5.600 rpm

30,4 nós

Importadores e Distribuidor Porti Nauta Grupo Angel Pilot Complexo dos Estaleiros Navais, Lote E - 8400 - 278 Parchal – Lagoa - PortimãoEst Telm: 91 799 98 70 - info@angelpilot.com - www.angelpilot.com Yamaha Motor Europe N.V. Sucursal em Portugal Rua Cidade de Córdova, n.º 1


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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica: Carlos Salgado

Chegou a hora do grande debate sobre o futuro do rio Tejo, o rio que temos e o rio que devemos ter, vai ser em Lisboa e o sítio, bem como o programa temático estão praticamente definidos e quem deve participar e intervir nele. É nos dias 24 e 25 de Novembro próximo que se realiza o CONNGRESSO DO TEJO III, esse grande debate, para com validade actual, avaliar situações, procurar e encontrar soluções e apontar caminhos para que tenhamos Mais Tejo – Mais Futuro.

O Porquê Deste Congresso Como é sabido os rios têm assumido sempre uma grande importância no desenvolvimento económico dos territórios que servem. O nosso Tejo foi usado durante séculos como a principal estrada do país e foi historicamente o seu principal eixo identitário, para além de ter a via de penetração a partir do mar para o interior da Penínsu34

la Ibérica e a porta aberta para os Descobrimentos Portugueses, o achamento dos novos continentes que deu origem à primeira globalização mundial, e hoje o seu estuário voltou a estar no centro do Mundo. O país e os portugueses devem muito ao Tejo, tanto ao seu corredor fluvial como o seu estuário criaram bastante riqueza ao país devido em grande parte à em grande parte à navegação de

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transporte de mercadorias, pessoas e bens, actividade que deixou praticamente de existir a montante do Estuário, e talvez por isso os responsáveis foram deixando de se interessar por ele, ao ponto de permitirem que ficasse cada vez mais assoreado, inavegável, e com o seu ecossistema fluvial cada vez mais afectado. Um rio como o Tejo, que deixou de ser navegável não pode cumprir uma das

principais funções para que nasceu, porque para além da navegação comercial geradora de riqueza, existem nos tempos de hoje outras modalidades de navegação mais ligeira como a navegação lúdica, a turística e a desportiva que pode contribuir para manter o Tejo Vivo e Vivido, e atrair mais as populações para as frentes de água para conviverem com o seu rio, transformando-as em pólos de convívio e ani-


Notícias do Mar

mação turística. Mas não podemos ignorar que existe um problema grave que está por resolver relativamente ao nosso Tejo que por ser um rio transnacional, logo as suas águas têm de ser partilhadas, inevitavelmente. Quando isso acontece e o país a montante deixa de respeitar essa partilha optando por uma estratégia unilateral, provocando um desequilíbrio a seu favor, é uma atitude intolerável, sobretudo no século XXI, e no seio da União Europeia. É evidente que esse país a montante causador do desequilíbrio da partilha da água para benefício próprio, numa interdependência hidro-

gráfica, causa na outra nação a jusante prejuízos ecológicos, económicos e humanos. E então quando se trata de água doce que é indispensável à sobrevivência da humanidade, sabendose que ela para além de escassa é um bem finito, a situação torna-se insuportável, pelo que deve ser revista imediatamente, já não falando na duvidosa qualidade da pouca água deixada passar para o lado de cá da fronteira. Ora, o grande debate que se aproxima, corporizado pelo Congresso do Tejo III, para além de contribuir para encontrar formas e vias para resolver esta situação de dependência

nacional intolerável, pretende criar sinergias que consigam despertar as consciências, as vontades, os interesses e as motivações para aproveitar e potenciar as valências que este nosso grande recurso natural ainda possui para gerar riqueza, crescimento económico, constituição de empresas, criação de emprego e fixação de pessoas fora das grandes urbes, não deixando de respeitar o meio ambiente e a qualidade de vida das populações ribeirinhas. Ele tem de contribuir também para que sejam implementados e geridos, com inovação, competência, coragem política e empresarial, novos empreendi-

mentos e investimentos que acompanhem a mudança dos tempos. Pugnar por um Tejo Vivo e Vivido Não nos cansamos de clamar “até que a voz nos doa” que o nosso rio Tejo, o português, tem de afirmar o seu lado turístico porque ele é único e diferenciador, mas tem de passar a ser um sinónimo de uma visita que tenha conteúdo de um serviço, um serviço que seja real, visível e fácil de obter, tem de deixar de ser uma possibilidade para passar a ser uma realidade, um destino turístico de referência e diferenciado, quer associado a produtos, quer a serviços e equipamentos

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Notícias do Mar

de qualidade. O Tejo é único tanto no corredor fluvial como em todo o território adjacente, ou seja, na sua bacia hidrográfica que se estende por 1/3 do território continental, porque possui características e atributos muito peculiares, propícios para uma oferta turística de grande diversidade e valor, tanto na variedade das paisagens, na biodiversidade, no património cultural, material e imaterial, diferentes de região para região, no estuário, na lezíria do Tejo, no Médio Tejo, no Alto Tejo e Tejo Internacional onde estão inseridos o Alto Alentejo e a Beira Baixa, quer nas frentes de água por esse rio acima, onde se encontram inúmeras comunidades urbanas com os seus usos e

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costumes ancestrais, que são autênticos museus vivos, tanto na margem direita como na margem esquerda do Rio. Esse conjunto muito diversificado de paisagens e de culturas pode e deve ser o conjunto de ingredientes para um turismo de referência, onde podem coexistir e interagir várias modalidades e ofertas turísticas como o turismo da Natureza, o rural e agro-turismo, o de descoberta e aventura, o cultural e científico, o militar e o religioso, o pré-histórico e o náutico, para além de outro tipo de animações turísticas inovadoras. Porque a bacia do Tejo latos senso possui para além de um clima ameno, uma rica panóplia de ofertas, designadamente o artesanato,

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o folclore, a gastronomia, a biodiversidade, a variedade de paisagem que nenhum outro rio português tem, bem como as arquitecturas urbanas tipicamente regionais, os contadores de histórias locais e a afabilidade natural das suas gentes. Ora, é tudo isto, ou grande parte disto que projectado, implementado e gerido com saber, que vai contribuir para que tenhamos UM TEJO VIVO E VIVIDO, não esquecendo que os municípios têm aqui um papel muito importante a desempenhar na promoção das ofertas turísticas dos seus territórios, mas é a todos os títulos recomendável que sejam criteriosos na selecção prévia da qualidade e genuinidade dessas ofertas e dos seus produtores,

que garantam a qualidade dos produtos e serviços que prestam, evitando que alguns deles por incompetência ou ganância vendam gato por lebre, o que é bastante negativo para qualquer indústria e contamina a imagem do Turismo, que pode ser o nosso petróleo no futuro, e para o próprio concelho. Este Congresso do Tejo III foi preparado cuidadosa e criteriosamente para ser uma verdadeira PEGADA no Tejo, com uma participação significativa, com temas objectivamente seleccionados para conseguirem avaliar as circunstâncias negativas com que o Tejo se debate hoje, para permitir que seja feita uma a avaliação com realismo por especialistas competentes


Notícias do Mar

nas diferentes matérias, bem assim como outros com conhecimentos à altura procurarem encontrar e propor as soluções para serem tomadas na devida consideração pela Assembleia da República e pelas Tutelas correspondentes, no sentido de que a partir das conclusões sejam tomadas as medidas por meio de uma legislação adequada que possibilite dar o início à construção do futuro sustentável e sustentado de um Tejo Vivo e Vivido, para deixarmos Mais Tejo – Mais Futuro às novas gerações. Caro cidadão, para a construção desse futuro todos estão convocados, TRAZ OUTRO AMIGO TAMBÉM!

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Notícias do Mar

Texto Carlos A. Cupeto Fotografia C. M. de Constância

O Tejo a Pé

Sucesso do turismo ativo em Constância

A canoagem é uma das atividades que mais sucesso tem em Constância.

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No rio há atividades para todos os gostos. 38

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a terra dos dois rios, Tejo e Zézere tivemos a oportunidade de participar na Semana do Turismo Ativo e II Festival das Grandes Rotas, um evento de 9 a 17 de setembro. Vale a pena partilhar com os leitores do Noticias do Mar porque próximas iniciativas merecem uma visita, isto é uma atividade. A estratégia de Constância parece acertar com os desejos dos inúmeros visitantes que acorreram à vila. Os cinco percursos pedestres que integraram o festival alcançaram números muito significativos de participantes. Atividades de natureza e ar livre como canoagem, rappel, slide, aquabird, aquaball, stand up paddle e vertical playpen, levaram os participantes a superar mui-


Notícias do Mar

As rotas pedestres, pequenas e grandes, têm uma grande oferta em Constância. tos desafios. Paralelamente decorreram diversos espetáculos, o Fotopaper, a mostra de Expositores Grandes Rotas, passeios de barco e visitas ao Borboletário Tropical, ao Museu dos Rios e das Artes Marítimas, ao Jardim Horto de Camões e ao Centro Ciência Viva – Parque de Astronomia. A Grande Rota do Zêzere e a Gran-

de Rota do Tejo deram lugar ao Festival das Grandes Rotas, uma iniciativa na qual se potenciaram os equipamentos, se criou dinâmica cultural e se valorizou o património natural e construído. Impulsionada pelo sucesso da iniciativa, nesta segunda edição surgiu a Semana do Turismo Ativo, apostando no território do concelho de

Constância com a realização de várias atividades nas áreas do turismo, do lazer, do desporto, da cultura e da ciência, sem esquecer o objetivo primordial – a valorização do interior centro como destino visitável nas mais diversas vertentes. Agora só falta percorrer o longo caminho de todos anos fazer melhor.

A dança a música e outas artes também integraram a semana de atividades. 2017 Outubro 370

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Notícias do Mar

Doca de Recreio de Faro

Recomeçaram os Trabalhos de Reabilitação

Doca de Recreio de Faro A retoma dos trabalhos de reabilitação da muralha da doca de recreio de Faro tiveram já início, segundo informação da Docapesca – Portos e Lotas.

O

s trabalhos retomados referemse à reabilitação e revestimento da muralha da doca de recreio de Faro, num investimento de 93 mil euros

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e cuja conclusão está prevista para o final de janeiro. Esta segunda fase consiste da reabilitação da muralha de suporte nascente, compreendida entre o Hotel Eva

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e o quartel dos Bombeiros Voluntários de Faro. A obra teve início em 25 de setembro com a montagem do respetivo estaleiro. A intervenção abrange a

remoção das pedras de revestimento da muralha, com o comprimento total de 260 metros, e a execução de um novo revestimento em betão reforçado com fibras estruturais, com a estereotomia do revestimento existente. Os trabalhos serão executados à maré com recurso a plataforma elevatória do tipo bailéu. Refira-se que a primeira fase da intervenção, dedicada à reposição das condições que resultaram da abertura de uma fissura na muralha de suporte, foi concluída em 30 de junho. A interrupção dos trabalhos, decidida em estreita articulação com a Câmara Municipal de Faro, Ginásio Clube Naval de Faro e Capitânia do Porto de Faro, teve como principal objetivo minimizar os impactos no local da intervenção durante o período estival.


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Pesca Desportiva

Pesca Embarcada

Autor: José Luis Díaz Luna / Mundo da Pesca

A Autorregulação Populacional dos Peixes

Quando nos lembramos de outros tempos e nos vem à cabeça a pergunta: “quantas boas pescarias não tínhamos feito há 40 anos com as técnicas e materiais atuais”? Antigamente havia mais peixes e maiores na nossa costa, mas os materiais e as técnicas mais rudimentares. Basta ver o exemplo de enormes robalos que se faziam com uma amostra que por vezes não era mais do que um anzol grande com uma pena branca atada ou um simples tubinho de borracha rasgado, amostras que eram lançadas na rebentação, onde se pensava estarem os robalos, lastradas com pouco chumbo e era assim que se pescava robalos em muitos locais.

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Pesca Desportiva

H

oje a costa mais próxima a terra está mais pressionada pela pesca comercial, que esgota os stocks litorais, pela degradação dos fundos por artes lesivas, pela poluição e acidificação, etc., e ainda assim, à conta de muita paixão, arte, engenho e bom material, o pescador amigo de madrugar lá consegue “roubar” um robalo ao mar, uma teca de sargos bons ou uma dourada digna desse nome. Quem é que não era capaz destes feitos em outros tempos? Caso dos enormes robalos na Foz do Douro, de grandes pescas de sargos na costa alentejana ou as enormes douradas que se apanhavam na

desembocadura das ribeiras algarvias. Outros tempos… Esperança demonstrada e contrastada A boa notícia é que pouco a pouco, se tiverem oportunidade, os peixes até podem voltar a ser novamente abundantes, o que não é uma suposição e sim uma certeza como se demonstra pelas zonas protegidas que deixaram de ser exploradas e que voltaram a estar cheias de vida, com muitos robalos, douradas, meros, pargos, sargos, chernes, safios, rémoras, salmonetes, entre outros, formando comunidades biológicas densas, diversas, ricas, em

Uma cavala ou uma sarda podem libertar na ordem de um milhão de óvulos e só um ou dois chegam a ser peixes adultos reprodutores, um ano mais tarde.

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Pesca Desportiva

A capacidade de recuperação das diferentes espécies relaciona-se em boa

medida – ainda que não exclusivamente com mecanismos de autorregulação que as populações de peixe possuem

que não faltam polvos, chocos, caranguejos, bivalves e moluscos de vários tipos, crustáceos tão raros como a lagosta ou o lavagante,

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anémonas, babosas do mar, pepinos e toda uma enorme vastidão de algas, fanerógamas marinhas, seres coloniais, etc.

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Autorregulação individual, autorregulação populacional Esta capacidade de recu-

peração relaciona-se em grande medida – ainda que não exclusiva – com os mecanismos de autorregulação que as populações de peixe possuem. Alguns deles, especialmente aqueles que têm aumentos populacionais consideráveis, ou se preferirmos, aqueles que evitam a sua redução em maior grau – vão ser aqui expostos de seguida. Os peixes têm mecanis-


Pesca Desportiva

mos de autorregulação ou homeostáticos a nível individual (defesas contra as variações de salinidade do meio mediante osmorregulação, certa capacidade para suportar temperaturas aquáticas baixas graças à rete mirabile dos tunídeos, etc.), mas também a nível populacional, tratando de manter os níveis populacionais em níveis ótimos de acordo com as condições ambientais,

Um badejo na Noruega pode demorar o dobro do tempo a alcançar o mesmo peso que um em Portugal. A taxa de crescimento é muito menor que em águas temperadas.

Quando a retirada de peixe é intensa e continuada, ou quando há episódios

de condições ambientais adversas e a população se ressente, a resposta de muitos peixes marinhos é a precocidade sexual daí que quando estas são propícias há um aumento de stocks, assim como quando são adversas a população diminui. Taxas de crescimento Este parâmetro significa o aumento de peso de um exemplar por unidade de tempo; por exemplo, a taxa de crescimento anual. Mas esta taxa é mais informativa quando se refere a uma população completa e se obtém a partir de uma amostra significativa dessa mesma população. Em qualquer caso o seu valor varia muito ao longo do ano e varia sempre de ano para ano. Geralmente os meses de águas frias supõe pouco crescimento – até mesmo crescimento nulo – e nos quentes o contrário, e nisso os pescadores portugueses e espanhóis podem considerarse muito afortunados pois – por exemplo – os robalos nas nossas águas alcançam 2017 Outubro 370

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Pesca Desportiva

Concentrar a reprodução num só momento anual supõe correr riscos de que correntes marítimas adversas façam com que fracasse, daí que diversas espécies desovem em dois

um tamanho com três anos que nas águas do Canal da Mancha só alcançam com cinco anos e na Noruega com oito, pela água estar mais fria nessas latitudes, ainda que tenham influência outros fatores tais como a disponibilidade de alimento

que é maior num estuário do que numa zona rochosa. Isto serve para o robalo mas também para a dourada, o pargo, a saima, etc. Menos indivíduos, mais predação, maior crescimento

A taxa será maior ou menor em função das presas disponíveis em termos de biomassa potencial capturável, mas imaginemos uma lagoa geralmente ilhada do mar (ex.º: Lagoa de Albufeira); se forem pescados muitos exemplares de robalo sem

que as condições ambientais mudem, os robalos que não foram apanhados vão dispor de uma maior quantidade de presas em relação ao seu número, agora menor. Esta situação favorece um maior sucesso na predação e um consequente aumento da taxa de crescimento dos que ficaram confinados o que supõe uma chegada mais rápida ao estado adulto e que as fêmeas – de maior tamanho – possam libertar um maior número de óvulos, que também serão mais viáveis e compensar a população que sucumbiu à pesca. A mesma coisa acontece em águas não fechadas, seja de um litoral rochoso, de um estuário de fundo vasoso ou as de um porto de abrigo. Peixes mais precoces, reprodução mais cedo Quando a retirada de peixe é intensa e continuada, ou quando há episódios reiterados de condições ambientais adversas e a população se ressente, a

Ninguém tem dúvidas de que as populações das diferentes espécies estão relacionadas. Se a pesca de atuns dispara, diminuindo os stocks, os cefalópodes proliferam por desaparecerem os seus predadores naturais. 46

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Pesca Desportiva

A questão que se colocar tantas vezes é o que não faríamos há 40 anos com material mais moderno e técnicas mais avançadas. resposta que muitos peixes marinhos podem dar é a precocidade sexual, alcançando-a por vezes antes

do estado adulto, o que está a acontecer há algumas décadas com algumas espécies comerciais fre-

sucesso reprodutivo de uma população de peixes é influenciado pela proporção de machos e fêmeas manter esse ratio sexual em valores ótimos ajuda ao aparecimento de novas cohortes bem nutridas. 2017 Outubro 370

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Pesca Desportiva

A capacidade de recuperação dos peixes é assombrosa mas não milagrosa. É notório como em zonas protegidas e seu redor as populações piscícolas disparam.

Os pescadores portugueses e espanhóis podem considerar-se afortunados pois – por exemplo – os robalos nas nossas águas alcançam um tamanho com três anos que no Canal da Mancha só alcançam com cinco

quentemente exploradas e confirmadas pelos registos das capturas. Por isso, peixes que se reproduzem ao terceiro ano de vida – para dar um exemplo - e quando deviam ter 30 centímetros nas fêmeas e 26 nos machos, alcançam nestas condições, na sua primeira desova, com 22 e 20 centímetros respetivamente, aos dois anos de vida, recuperando assim a população com maior rapidez, ou pelo menos é isso que pretendem…mesmo sem saberem. De facto, um indício da sobre-exploração de um stock pesqueiro é a paulatina diminuição do tamanho das capturas. 48

Sexo mediado por feromonas, as hormonas externas O êxito reprodutivo de uma população de peixes é influenciado pela proporção de machos e fêmeas – entre outros fatores – e manter esse sex ratio em valores ótimos ajuda ao aparecimento de novas cohortes (grupo demográfico de população, especialmente de um grupo etário particular) bem nutridas. Nos peixes a diferenciação sexual – o ser macho ou ser fêmea – é influenciado por fatores ambientais, não é como o ser humano, que é uma determinação exclusivamente genética (se tem ou não o cromossoma

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“Y”) e assim a temperatura da água a que estão submetidos os óvulos fecundados determina a proporção dos que deles resultarão machos e fêmeas no caso do robalo, podendo acontecer em certos casos proporções de 4 para 1 a favor de um dos sexos. Mas também existem mecanismos de autorregulação da proporção de sexos, pelo menos assim está demonstrado. Menos machos na água, mais machos no ninho Os machos desta espécie, de menor tamanho médio, costumam ocupar fundos

de menor profundidade que as fêmeas. Esta zonação de sexos traduz-se em que se capturem muito mais machos, pois estão mais acessíveis às artes da pesca profissional e estão mais perto de terra. A razão entre sexos desequilibra-se pois a pressão pesqueira sobre este peixe com alto valor comercial é intensa. Por isso mesmo as suas populações deveriam cair mais do que na realidade acontece e tal facto explica-se porque em cada novo episódio de desova faz dar à luz um maior número de machos que equilibra o anterior decréscimo. Esta desproporção de sexos é produzida pela escassez de algumas substâncias produzidas pelos machos – agora escassos – e libertadas para a água, substâncias que se chamam feromonas (sexuais neste caso) e que atuam como hormonas


Pesca Desportiva

A percentagem de machos e fêmeas de uma postura não depende somente de uma questão genética mas sim de fatores ambientais. externas, feromonas que se encontrarão em tão menor concentração quanto mais escasseiem os machos, produzindo portanto uma maior proporção destes entre os nascidos no ano. Vários episódios reprodutores Se se tem presente que uma cavala pode libertar na ordem de um milhão de óvulos e que só um ou dois chegarão a ser cavalas adultas (reprodutoras) um ano mais tarde, compreender-se-á facilmente a importância de que a tarefa reprodutora seja bem-sucedida para esta espécie que exemplifica aqui muitas outras. Uma cavala adulta um ano mais tarde significa manter o stock da espécie; duas cavalas adultas um ano mais tarde significam uma explosão demográfica e zero cavalas adultas representarão um decréscimo populacional. Como o êxito reproduti-

vo está relacionado com as condições ambientais – via mortalidade de larvas e alevins – a dependência das condições hidrobiológicas é

forte (correntes que levem os recém nascidos a locais perigosos, tormentas, etc.). Concentrar a reprodução num só momento anual su-

põe correr riscos de que correntes marítimas adversas façam com que fracasse, daí que sejam bastantes as espécies de mares tempera-

Com um simples chivo, os velhos pescadores espanhóis fartavam-se de apanhar robalos. O que não fariam agora com amostras de última geração. 2017 Outubro 370

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Pesca Desportiva

Dupla coroa e agulhas afiadas a laser, luz led no interior alimentada a pilha, barbatanas em plumas, destorcedor dianteiro… dá para rir. Antigamente bastava um bocado de chumbo em forma de fuso forrado a linha para apanhar lulas.

os peixes até podem voltar a ser novamente abundantes, o que não é uma suposição e sim uma certeza que implica maturação ovárica diferenciada, quer a nível individual (na mesma ova) quer populacional (uns exemplares mais precoces, outros mais tardios) limita o risco de que num ano a reprodução corra mal, pois será menos provável que ambas as desovas coincidam com condições adversas.

favoráveis provocam aumentos espetaculares dos stocks. O aumento de cefalópodes que se citava no início deste texto tem muito mais a ver com as condições cada vez mais adequadas – aquecimento das águas – para cumprirem o seu ciclo biológico, mas também do seu elevado potencial reprodutivo, ainda que não sejam descartáveis outras causas coadjuvantes, como uma diminuição de predadores por intensa exploração pesqueira, como acontece com os pargos e os tunídeos.

Potencial reprodutivo individual Em geral, nos peixes de ciclo curto – aqueles que não alcançam grande longevidade e alcançam rapidamente o estado adulto, caso da sarda – os mecanismos de compensação face às adversidades ambientais é mais patente que nos de ciclo longo (caso do atum rabilho). O que é ainda mais patente em macroinvertebrados (lulas, chocos, crustáceos diversos…) é que recuperam muito rapidamente de quebras populacionais pelo seu grande potencial reprodutivo individual, e em anos

Benefícios para o pescador desportivo Como pescadores lúdicos que somos, estes mecanismos compensatórios face a um ambiente hostil, a episódios ambientais adversos, a intensa pressão da pesca profissional, etc., são algo que nos favorece pois evitam a diminuição dramática de bastantes dos nossos adversários preferidos. A eles devemos a captura dessa bonita dourada ou robalo, aquela bonita pesca de sargos, à bonita corvina que nos deixou de sorriso na boca… e que continue tudo a ser assim.

A boa notícia é que pouco a pouco, se tiverem oportunidade,

dos que desovem em dois – por vezes mais – episódios

anuais, separados por umas semanas. Esta estratégia,

O usufruto da pesca por parte dos nossos filhos e netos está dependente da capacidade de autorregulação populacional dos peixes, para além da nossa própria responsabilidade. 50

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Pesca Desportiva

Workshop na Go Fishing

Mostrar um Pouco do Muito que Sabem Realizou-se em Almada, no passado dia 7 pelas 18.00h, nas instalações da Go Fishing, mais um workshop de pesca à linha. Desta vez subordinado ao tema: LRF- Light Rock Fishing.

C

ontou com a presença de duas distintas figuras da pesca europeia: António Pradillo e Raúl Gil Dura, que vieram de Valência, Espanha, mostrar um pouco do muito que sabem sobre esta técnica de pesca. O LRF está na moda, está a movimentar pessoas, e a dar uma lufada de ar fresco a um desporto que tanto precisa de inovação. A assistência gostou do que ouviu, aprendeu, testou os materiais e fez perguntas a quem sabe a sério do assunto. Em caso de dúvidas sobre a técnica, sobre equipamentos, comportamento dos peixes perante os vinis, etc, enviar e-mail para: vitor@gofishing.pt, e teremos muito gosto em responder, ou endereçar a sua pergunta aos nossos amigos espanhóis. Eles esclarecem. 52

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Pesca Desportiva

Muito equilĂ­brio nas canas e carretos

Raul Gil

Vinis especiais

Vinil para LRF 2017 Outubro 370

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Náutica

Notícias Suzuki

Suzuki DF350A Vence Prémio de Inovação

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Náutica

O novo motor Suzuki DF350A recebeu o prestigiado prémio de inovação atribuído pela Associação Norte-americana de Fabricantes (NMMA) ao motor fora de borda que mais impressionou o júri na edição deste ano da Exposição Internacional de Fabricantes de Barcos (IBEX), realizada em Tampa, Flórida, entre os dias 19 e 21 de Setembro.

G

raças às suas características inovadoras, aos inegáveis benefícios que as mesmas trazem para o consumidor e à

excelente relação custo/ benefício, o novo motor Suzuki DF350A mereceu este reconhecido galardão internacional, sendo de destacar as tecnologias

que estiveram na base de semelhante distinção: - O motor V6 com mais capacidade do mercado (4,4lt) - Sistema de dupla héli-

ce coaxial (excelente aceleração) - Sistema de admissão de ar directo e duplo injector por cilindro (combustão eficiente e possibilida-

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Náutica

O Suzuki DF350A foi apresentado no Salão Náutico de Génova 56

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de de utilizar uma elevada taxa de compressão) - Sistema ‘Dual Louver’ (separação do ar e da água na admissão) - Baixo consumo de combustível Este foi o nono prémio de inovação ganho pela Suzuki, de longe o maior número atribuído a um único fabricante nesta indústria, reflectindo o compromisso da Suzuki no desenvolvimento de soluções técnicas que permitam uma utilização mais divertida, económica e ecológica dos seus produtos.


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Surf

Eurosurf – Campeonato Europeu de Surf

Portugal Campeão Europeu deSurf

Conquista Quatro Medalhas de Ouro

Portugal no Pódio A seleção de Portugal acaba de fazer história na praia de Bore, na Noruega, com a conquista do Eurosurf 2017 que se disputou entre os dias 7 a 15 de Outubro, conquistando o título Europeu e ainda a medalha de ouro em quatro das cinco categorias.

A

seleção nacional realizou uma das melhores prestações de sempre em competições internacionais, somando ao troféu coletivo os títulos individuais de quatro das cinco categorias em disputa. Daniel Fonseca, no bodyboard open, Teresa Pa60

drela, no bodyboard feminino, Carol Henrique, no surf feminino, e João Dantas, no longboard, juntam ao troféu de equipa a medalha de ouro na respetiva categoria. Dificilmente a seleção nacional de surf, que iniciou no sábado dia 7 a disputa do Eurosurf 2017, podia ima-

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ginar um desfecho melhor. Portugal dominou a competição do primeiro ao último dia, terminando a prova com uma clara vantagem para o segundo classificado. Um título que desde 2011 teimava em fugir a Portugal, mas que nem as frias águas norueguesas conseguiram

impedir. Portugal entrou no último dia da competição com uma vantagem considerável para os principais rivais, mas, com todas as finalíssimas ainda por disputar, a seleção lusa sabia que precisaria de concentração total até ao último instante. A primeira medalha


Surf

Carol Henrique, medalha de ouro em surf feminino de ouro para Portugal seria obtida por Teresa Padrela. A jovem esperança portuguesa, ainda com idade júnior, não cedeu à pressão e realizou a sua melhor prestação na competição, relegando a experiente irlandesa Ashleigh Smith para o segundo ponto. Com apenas 16 anos, Teresa Padrela atinge o título de campeã europeia de bodyboard. No bodyboard open, Daniel Fonseca, atual campeão nacional, esteve verdadeiramente implacável, realizando a melhor pontuação de onda de toda a competição (9,3 pontos) e deixando o segundo classificado a mais de nove pontos de distância. Com uma pontuação total de 17,66 pontos, o atleta português tornou-se campeão da Europa da categoria, sendo um dos mais aplaudidos pelo muito público presente na praia de Bore. Nuno Trovão, selecionador nacional de bodyboard, revela-se “muito satisfei-

to com a prestação dos dois atletas. O Daniel dominou de forma avassaladora toda a competição e a Teresa, com apenas 16 anos, conseguiu o primeiro grande título da carreira. É um grande dia para o bodyboard português, que

se afirma como um dos melhores do mundo”. Seguiu-se na água a disputa da finalíssima de longboard, com o bicampeão nacional João Dantas a procurar confirmar o favoritismo. O mar esteve bastante desfavorável para os

competidores, que encontraram grandes dificuldades em pontuar, levando a disputa entre o português e o italiano Mattia Fabri até aos últimos segundos. João conseguiria, no entanto, fazer sobressair a sua qualidade, e garantir o primeiro lugar e,

Daniel Fonseca, medalha de ouro em bodyboard open 2017 Outubro 370

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Surf

João Dantas, medalha de ouro em longbord consequentemente, o título de campeão europeu da modalidade.

Portugal enfrentou a final de surf feminino com duas atletas, depois de Ca-

Teresa Padrela, medalha de ouro em bodybord feminino 62

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rol Henrique ter conseguido vencer nas repescagens e assim juntar-se a Mafalda Lopes na finalíssima da categoria. As duas portugueseas disputaram o título com a alemã Lilly von Treuenfels e com a italiana Giada Legati. Num dos heats mais disputados de toda a competição, com Carol, Mafalda e Lilly a passarem alternadamente pela liderança, acabou por ser a qualidade técnica e a experiência de Carol Henrique a fazer a diferença. A

portuguesa arrecadou o primeiro lugar, enquanto Lilly von Treuenfeles ficou em segundo e a jovem Mafalda, de apenas 16 anos, alcançou a medalha de bronze. A última finalíssima disputada seria a de surf open, com Portugal a tentar o ouro com Tomás Fernandes e Eduardo Fernandes. Sob condições extremamente difíceis, com o vento a afetar as manobras dos competidores, a vitória seria disputada até ao último segundo de competição entre os portugueses e o galês Jay Quinn. Tomás Fernandes levaria a incerteza mesmo para lá do som da buzina, com a multidão presente na praia de Bore a ter de aguardar pela decisão de júri em relação à última onda do atleta para conhecer o vencedor. O veredito seria, contudo, curto para o atleta e as aspirações portuguesas, que assim viram a medalha de ouro escapar por apenas três décimas. Tomás soma ao troféu coletivo a medalha de prata e Eduardo Fernandes leva para casa a medalhe de bronze da categoria.


Surf

Eduardo Fernandes, medalha de bronze surf open David Raimundo, selecionador nacional, não esconde a emoção: “Portugal conseguiu trazer de volta o titulo de campeão da Europa. Tivemos uma prestação brilhante! Cinco

Tomas Fernandes, medalha de prata surf open

dos seis títulos em jogo vieram para Portugal. Não podia estar mais orgulhoso deste grupo, que foi uma verdadeira equipa do primeiro ao último dia”. Já João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf, considera que este é um “dia

histórico para o desporto português. Esta vitória representa o culminar de uma grande caminhada, com muitos esforços individuais e coletivos. Portugal está mais forte do que nunca e queremos dar continuidade a este percurso brilhante”.

Uma prestação para a história da seleção nacional, que leva assim para Portugal o troféu coletivo, quatro medalhas de ouro, uma de prata e duas de bronze. Um feito difícil de igualar, que fecha com chave de ouro um ano histórico para o surf português.

Mafalda Lopes, medalha de bronze surf feminino 2017 Outubro 370

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Notícias do Mar

Últimas Notícias de Viana do Castelo

Viana do Castelo Recebe Título “Município Amigo do Desporto 2017”

A

Câmara Municipal de Viana do Castelo recebeu o galardão “Município Amigo do Desporto 2017” atribuído pela Associação Portuguesa de Gestão do Desporto (APOGESD) pela sua “intervenção no desenvolvimento desportivo, nos resultados obtidos e na adoção de processos de melhoria contínua no seu município”. A distinção, avalizada pela Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, foi instituído em 2016 por aquela associação

e pela Cidade Social, empresa especialista na área da certificação da qualidade. Este prémio visa o reconhecimento desportivo, ambiental e solidário de organizações, instalações, eventos e programas desportivos, assim como a identificação e difusão de práticas de gestão implementadas pelas autarquias. O prémio, que tem como princípios gerais a melhoria contínua, a responsabilidade social e ambiental, bem como reconhecimento público, foi entregue tendo por base os seguintes critérios de

análise: organização, instalações, eventos, programas, parcerias, desporto solidário, sustentável e inclusivo. O galardão “Município Amigo do Desporto” fundamenta-se em dez áreas de análise, nomeadamente a organização desportiva, as instalações do município, eventos realizados, programas, estratégias de sustentabilidade ecológica, desporto solidário, parcerias, realidade desportiva, legislação, marketing e inovação. A Associação Portuguesa de Gestão de Desporto é uma organização sem fins

lucrativos que pretende contribuir e colaborar na criação de uma cultura de eficácia, qualidade e responsabilidade na gestão das organizações desportivas. A APOGESD é membro da EASM – European Association for Sport Management, a associação europeia das associações nacionais de gestão de desporto que pretende promover, estimular e encorajar a realização de estudos, investigação, artigos e o desenvolvimento profissional no campo da gestão de desporto.

Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com

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