Notícias do Mar n.º 372

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Fotografia: Ortiz Rojas


Notícias do Mar

Comunicado da SCIAENA, Associação de Ciências Marinhas e Cooperação

Texto Gonçalo Carvalho

Política Comum das Pescas

Fotografia: Ortiz Rojas

a Meio Caminho Para o Fim da Sobrepesca?

Um comunicado da SCIAENA, Associação de Ciências Marinhas e Cooperação, sobre a Política Comum das Pescas interroga: estamos a meio caminho para o fim da sobrepesca?

A

Política Comum das Pescas (PCP) reformada da União Europeia (UE), que entrou em vigor no início de 2014, exige um fim à sobrepesca em 2015, se possível, e, o mais tardar até 2020. Restabelecer os stocks para níveis sustentáveis através da gestão baseada na ciência beneficiaria não apenas o ambiente marinho, mas também os cidadãos e pescadores da UE. Num momento em que estamos a meio caminho deste período, vamos fazer uma análise sobre o quão bem encaminhados estamos para atingir as metas da PCP, nomeadamente o rendimento máximo sustentável e os planos 2

plurianuais. Iremos também abordar algumas questões particularmente importantes para Portugal, como as quotas propostas para 2018 e a sardinha, entre outros temas. Ideias Chave - Existem razões ambientais, mas também sociais e económicas para recuperar e manter os stocks de peixe a níveis saudáveis, conforme previsto na PCP. - Tendo em conta os dados mais recentes, a sobrepesca não está a diminuir ao ritmo necessário para serem cumpridas as metas previstas pela PCP. - Segundo o acordado na reforma da PCP, os Ministros

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europeus das pescas têm que fixar limites de pesca que respeitem os pareceres científicos e que permitam atingir o rendimento máximo sustentável já para 2018. - O processo de tomada de decisão deve ser mais transparente, com os parlamentos nacionais e europeu a terem um maior papel de monitorização. Os estados membros devem tornar públicos os pareceres científicos e a informação que justificam o adiamento do fim da sobrepesca. - Em Portugal em particular, é urgente uma mudança de paradigma no que toca à gestão pesqueira. Estamos a falar de bens comuns que dependem de

ciclos que não controlamos. Assim, é imperativo que as decisões sejam tomadas tendo em conta o benefício comum. E têm de ser: 1) baseadas na ciência; 2) resultantes de processos transparentes e inclusivos; 3) valorizando comercialmente o que é capturado; 4) procurando alternativas para o sector. Enquadramento A nova PCP representou uma mudança de paradigma, contendo pela primeira vez enunciado claro sobre metas ambientais: prazos para o fim da sobrepesca; referências claras à abordagem ecossistémica e precaucionária; e ferramentas


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Relatório Poseidon Relatório encomendado pela The Pew Charitable Trusts para integrar na sua campanhas para acabar com a sobrepesca nas águas ocidentais da Europa. Nos parágrafos seguintes apresenta-se um resumo dos principais elementos e conclusões do relatório.

Pesca da sardinha já parou dem produzir o Rendimento Máximo Sustentável (MSY) avaliando o estado dos stocks em relação aos pontos de referência de biomassa. Isto foi conseguido analisando duas bases de dados com TAC e pareceres científicos e a biomassa desovante e os pontos de referência da biomassa. O relatório constatou que, tal como em anos anteriores, em 2017 mais de metade dos TAC foram estabelecidos acima dos pareceres científicos. No entanto, melhorias recentes reduziram muito o quanto é estabelecido acima

dos TAC, em termos de tonelagem total (uma redução de 61% entre 2016 e 2017). O relatório demonstra que é verdade que se está a avançar positivamente em direção ao objetivo da PCP de restaurar e manter os níveis de biomassa acima dos níveis capazes de gerar o MSY, mas que este está a ser inadequado e demasiado lento. A gestão da recuperação dos stocks no sentido de atingir o objetivo da PCP está a ser dificultado por porque mais de metade dos TAC continuarem a ser esta-

belecidos acima dos pareceres científicos; Falta de informação científica para avaliar adequadamente o progresso (c) Os pontos de referência de biomassa inadequados para medir adequadamente o progresso para o MSY. TAC acima do Rendimento Máximo Sustentável (MSY) Em 2017, 81 TAC (55%) foram estabelecidos acima dos pareceres do Conselho Internacional para a Explora-

Os objetivos Avaliar o progresso para a meta da PCP de acabar com a sobrepesca comparando a captura máxima aconselhada pelos investigadores com os Totais Admissíveis de Captura (TAC) estabelecidos pelo Conselho de Ministros Europeus das Pescas; e Avaliar o progresso para a meta da PCP de restaurar e manter os stocks de peixe acima dos níveis que po-

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Fotografia: Pierre-Gleizes

de gestão a longo prazo – os Planos Plurianuais (PPA). O corolário desta ambição está no artigo 2º, os Objetivos onde se estabelece que os recursos biológicos marinhos devem ser explorados de forma a restabelecer e manter as populações das espécies exploradas acima dos níveis que possam gerar o rendimento máximo sustentável, sendo que esta deve ser atingida, se possível, até 2015, e, numa base progressiva e gradual, o mais tardar até 2020, para todas as unidades populacionais. É fundamental restabelecer os stocks de peixe para níveis sustentáveis através da gestão baseada na ciência, não só porque a lei assim o exige, mas também porque vai ajudar a assegurar um ambiente marinho saudável para as gerações vindouras. Um estudo do Banco Mundial sublinha os benefícios económicos de acabar com a sobrepesca.


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Um maior transparência no processo de tomada de decisão dos TAC resultaria numa maior responsabilização.

O arrasto destrói 80% do que captura ção dos Mares (International Council for the Exploration of the Seas - ICES) (descida de 61% em 2015). Em 2017 registou-se uma melhoria, mas ainda assim mais de metade dos TAC são ficados acima dos pareceres do ICES. O prazo de 2015 não foi de todo atingido e o progresso lento sugere que o Segundo prazo de 2020 não será atingido se os decisores

não aumentarem significativamente os seus esforços para estabelecer os limites de capturas em linha com os pareceres científicos. Em 2017 quase 30% dos TAC estabelecidos acima dos pareceres científicos fizeram-no em mais do que o dobro da quantidade aconselhada. As maiores diferenças registam-se em espécies pelágicas, mas a maior proporção dos TAC fi-

xados acima dos pareceres científicos aconteceu nas espécies de profundidade. Foram ainda evidentes variações anuais dos TAC em relação aos pareceres científicos para vários stocks em particular. Entre 2013 e 2017 foi permitido pelo Conselho de Ministros das Pescas pescar uma média de 562,000 toneladas acima dos pareceres científicos.

Pesca de cerco à sardinha 4

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Escassez de informação científica O ICES desenvolveu uma estimativa do BMSY (o nível de biomassa capaz de produzir o MSY) para apenas 12 stocks (<10% dos stocks para os quais são estabelecidos TAC). Em 2017, 10 TAC (7%) foram estabelecidos sem que exista parecer do ICES (um decréscimo dos 19% registados em 2013 Têm de ser aplicados recursos adicionais à investigação pesqueira para assegurar uma correta gestão através de TAC ficados com base nos pareceres científicos, e que estes sejam adequados (ver ponto c, abaixo). O relatório encontrou desafios consideráveis em compilar e interpretar os dados de forma a permitir uma análise do progresso para as metas da PCP, devido sobretudo à complexidade do processo de estabelecimento dos TAC Para além de melhorar a informação científica, o acesso a essa informação também pode ser melhorado. Isto permitirá uma monitorização mais efetiva do progresso para os objetivos da PCP. Também é importante que o complexo assunto de avaliar e estabelecer os TAC, fundamental para obter stocks sustentáveis, seja devidamente monitorizado e comunicados. Pontos de referência inadequados Como o objetivo da PCP é restaurar e manter os stocks acima do MSY, não é sufi-


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ciente avaliar o progresso para este objetivo utilizando o limite inferior de uma gama de valores estimados de MSY. Este é claramente o caso para a maior parte dos stocks em que os pontos de referência de MSY são efetivamente os pontos de referência precaucionários. É necessário um esforço adicional em termos de investigação para determinar o BMSY para a maior parte dos stocks, que devia ser usado com a base da avaliação do progresso para o objetivos da PCP. Em termos de biomassa, este estudo identifica as limitações dos pontos de referência que são usados para avaliar o progresso para o objetivo de biomassa da PCP para stocks acima do MSY. Efetivamente, uma conclusão fundamental deste estudo é que devido à falta de estimativas de BMSY, é neste momento impossível determinar se o objetivo da PCP está a ser atingido. O ICES considera que o ponto de referência MSY Btrigger (nível de biomassa mínimo para gerar o MSY) deve ser o limite inferior de uma estimativa “flutuante” de BMSY. A análise deste estudo revelou que 24% dos stocks em 2016 tinham uma biomassa desovante abaixo deste nível inferior. Mas se forem explorados pontos de referência de MSY alternativos, este estudo definiu que 40% ou 56% dos stocks têm biomassa abaixo dos pontos de referência em 2016.

sibilidade de recuperar os stocks atempadamente. São necessárias decisões de gestão fortes e processos de decisão transparentes para que os TAC venham a ser alinhados com os pareceres científicos até 2020. Devem ser desenvolvidos esforços significativos para modelar e estimar os pontos de referência do BMSY para os stocks da UE. Em todo o caso, deveriam ser adotados pontos de referência de MSY mais apropriados para ajudar a monitorizar o

progresso para os objetivos da PCP. Águas Ocidentais Sul Para os stocks nas águas ocidentais sul o número de TAC estabelecidos acima dos pareceres científicos foi extremamente elevado entre 2013 (83%) e 2016 (78%). Apesar de um decréscimo significativo entre 2016 e 2017, mais de metade dos TAC continuam acima dos pareceres científicos. Para os TAC fixados aci-

ma dos pareceres científicos, >40% foram estabelecidos entre 50% e 100% acima dos valores recomendados entre 2013 e 2015, tendo esta proporção decrescido em 2016 e 2017. Em 2017 a maior parte dos TAC acima dos pareceres científicos (85%) foram fixados <50% acima dos valores recomendados. Os TAC para a sarda têm sido fixados acima dos pareceres científicos de forma consistente. Níveis elevados de tonelagem excessiva fo-

Conclusões Se a tendência verificada entre 2013 e 2017 se mantiver, estima-se que mais de metade dos TAC ainda estarão acima dos pareceres científicos em 2020. Isto seria uma clara violação dos requisitos da PCP e impediria a pos-

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Redes de emalhar de fundo abandonadas provocam sobre-pesca ram registados para a pescada, ainda que tenham sido registadas melhorias claras em 2017. Foram também registadas melhorias para espécies pelágicas, como o verdinho, o carapau e o biqueirão; enquanto os TAC para o tamboril, o badejo e o escamudo se mantêm acima dos pareceres científicos de forma consistente Possibilidades de Pesca– Recomendações A demora em alinhar as de-

cisões políticas com os pareceres científicos deve-se sobretudo ao facto da última palavra na definição dos limites de captura ao abrigo da PCP caber ao Conselho, um processo à porta fechada e pouco transparente, onde frequentemente aspetos políticos de curto prazo tomam primazia aos aspetos ecológicos e económicos de longo prazo. E é de salientar que segundo o Comité Científico, Técnico e Económico da Pesca (CCTEP), o desempenho económico das

frotas europeias (e a Portuguesa em particular) tem sido francamente positivo nos últimos anos. Transparency International Num estudo da organização Transparency International que existem vários argumentos a favor do aumento de transparência no Conselho: não só porque isso aumentaria a qualidade das políticas e a legitimidade democrática, mas também porque o Conselho deve cumprir as obri-

Portugal tem o stock de carapau ibérico como um dos mais bem geridos a nível da UE 6

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gações legais estipuladas no Tratado de Lisboa. Os estados-membros do Conselho não podem ser o obstáculo no caminho para uma EU mais transparente e mais responsabilizável pelos seus cidadãos. Se é verdade que alguns estados progressivos estão abertos a uma maior transparência, a maior parte continua a oporse a mudanças substanciais. O Conselho é atualmente a única instituição europeia que não está inscrita no registo de transparência da UE, e o acesso aos debates em direto e aos documentos utilizados durante as discussões é extraordinariamente difícil. O estudo incluiu um questionário sobre transparência no Conselho que foi enviado para os 28 estados-membros, sendo que apenas 11 responderam (incluindo Portugal). Enquanto o Conselho não se torna mais transparente, continuamos a acontecer as reuniões à porta fechada sobre as quais apenas sabemos os resultados. E mesmo estes são divulgados de críptica, demorada, sendo por vezes impossível ter acesso aos argumentos, documentos e estudos científicos que suportaram as decisões. Foi esse o caso dos dois Conselhos que já decorreram em 2016. Planos Plurianuais Os planos plurianuais (PPA) são as ferramentas de gestão por excelência previstas pela nova PCP, que visam minimizar a tomada de decisões com base em interesses de curto prazo e maximizar a probabilidade de práticas de pesca sustentáveis. A sua definição nos próximos anos constitui uma oportunidade crucial para transformar os ambiciosos objetivos da PCP em medidas de gestão concretas. Assim, é essencial que es-


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tes contribuam de forma clara e inequívoca para cumprir os objetivos vinculativos da PCP. Os planos plurianuais. Mar Báltico Em outubro foram estabelecidos os TAC para o Mar Báltico, pela segunda vez ao abrigo do Plano Plurianual (PPA). Até ao momento, estas foram as duas únicas

decisões de TAC ao abrigo de um PPA. Se é verdade que para a maioria dos 10 stocks os TAC foram fixados em linha com os pareceres científicos, o mesmo não terá acontecido para a totalidade, não sendo até ao momento possível confirmar estes factos, pois o acesso aos pareceres científicos adicionais que terão

sido apresentados durante o Conselho89. Este aparente incumprimento do PPA do Báltico, a ser confirmado, para além de por em causa a recuperação dos stocks, coloca várias questões importantes sobre o equilíbrio institucional e os poderes do Parlamento Europeu, o que certamente terá efeitos nas negociações do PPA do Mar

A Artesanal Pesca exporta a cavala de Sesimbra para aquacultura 8

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do Norte, que estão neste momento a decorrer. Águas Ocidentais Norte Planos similares para pesca nas águas ocidentais norte e, eventualmente, os que mais importarão diretamente a Portugal - os PPA das espécies demersais das águas Sudoeste e o do Carapau e Anchova - serão lançados pela Comissão, respetivamente, no início e no final de 2018. O que aprendemos com o processo de negociação e implementação do PPA Báltico é que é imperativo que o Parlamento Europeu continue a defender os objetivos fundamentais da PCP. Perante este cenário, torna-se imperativo que no Conselho de Ministros Europeus das Pesca – que irá reunir nos dias 11 e 12 de dezembro em Bruxelas para definir as possibilidades de pesca para 2018 - os Estados Membros decidam respeitar os pareceres científicos e estabelecer TAC que acabem com a sobrepesca. No entanto, para além dos resultados pouco animadores dos dois Conselhos que já decorreram este ano e do historial pouco favorável, existem mais dois elementos que ameaçam as decisões de dezembro: A CE voltou a propor vários TAC que não seguem os pareceres científicos (42%) Este ano voltará a haver a introdução de top ups aumentos de quota com o fim de refletir a introdução de obrigações de desembarque Assim, as organizações não-governamentais estão a apelar ao Ministros das Pescas da EU para: Devem ser definidos limites de pesca de acordo com o Artigo 2.2º da PCP,


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Pescada-Branca com o objetivo de restabelecer progressivamente e de manter todas as unidades populacionais de peixes acima dos níveis de biomassa que permitem obter o MSY. Qualquer adiamento desta meta só pode ser aceite “se tal comprometer seriamente a sustentabilidade social e económica das frotas de pesca envolvidas” Apenas estabelecer top ups para stocks para os quais existam dados científicos que o justifiquem, em pescarias cuja monitorização total das capturas seja possível e sempre com um âmbito limitado, para não colocar em causa metas de MSY, e tornar públicos os cálculos; Promover a recolha de dados, a transparência e a adoção de medidas técnicas que reduzam as captura acessórias, aumentando a seletividade das artes de pesca. Apresentar pareceres científicos adicionais e provas socioeconómicas atempadamente. Ajustar as áreas de gestão às utilizadas nos pareceres científicos – ou seja, ajustar os TAC às unidades usadas pelo ICES – o que facilitaria em muito a gestão com base no MSY destes stocks. Aumentar a transparência no Conselho E Portugal? Em termos de percentagem da quota pesqueira, tendo em conta as diferentes dimensões das quotas, foram Portugal está entre os países que registaram os valores mais elevados de tonelagem

bruta capturada acima do recomendado cientificamente, sendo um dos países que tem promovido o aumento de quotas pesqueiras acima do recomendado. Os ministros portugueses que, juntamente com os espanhóis, negociaram os maiores aumentos de quota pesqueira da UE, excedendo, em média, em 37% o recomendado nos pareceres científicos. Durante o Conselho de dezembro de 2016, Portugal registou uma ligeira melhoria em termos de número e percentagem de TAC que seguem os pareceres científicos, mas ainda assim acordou limites de captura para a pescada-do-sul, areeiro e linguado que ultrapassavam os pareceres científicos. Apesar das melhorias registadas na secção anterior Portugal continuou a ignorar a ciência e os TAC adotados contribuíram para não atingir os objetivos de FMSY da PCP, sem que tenham sido apresentados estudos socioeconómicos – pelo menos divulgados publicamente – que o justifiquem. Assim, será essencial que Portugal mude a sua postura em termos de gestão pesqueira, gerindo os mananciais que temos nas nossas águas de forma sustentável, permitindo um sector economicamente estável e rentável. Isto só poderá acontecer se Portugal lutar no conselho por possibilidades de pesca para 2017 em linha com o melhor conhecimento científico e com a PCP. E Portugal sabe como fazê-lo. Segundo um estudo recente, o stock

Areeiro de carapau ibérico é um dos mais bem geridos a nível da UE, com benefícios comprovados também a nível social e económico. De salientar ainda que foi desenvolvida um plano de gestão de longo prazo pelas várias partes interessadas, seguindo a ciência. Algumas indicações específicas, para stocks importantes para Portugal: Para o biqueirão deve ser seguida a abordagem precaucionária; O carapau terá diminuição, em linha com a recomendação do ICES; Os lagostins deverão ser geridos segundo as unidades de gestão aconselhadas pelo ICES e seguida a abordagem precaucionária aconselhada por aquele organismo; Propostas em linha com os pareceres científicos para a pescada, os areeiros e tamboril – adotar proposta da Comissão; Propostas acima dos pareceres científicos para a

solha, a juliana, e linguado – seguir os pareceres do ICES. O Conselho de 11 e 12 de dezembro representa mais uma ocasião de fazer progressos claros para as metas estabelecidas pela PCP. Portugal e os restantes estados membros não podem esbanjar mais esta oportunidade, pois estarão a por em risco não só os stocks e os ecossistemas marinhos, como as comunidades piscatórias e costeiras que deles dependem. A situação da sardinha ibérica vem sobretudo alertar para necessidade de uma mudança de paradigma na gestão pesqueira em Portugal. Estamos a falar de bens comuns que dependem de ciclos que não controlamos. Assim, é imperativo que as decisões sejam tomadas tendo em conta o benefício comum. E têm que ser: 1) baseadas na ciência; 2) resultantes de processos transparentes e inclusivos; 3) valorizando comercialmente o que é capturado; 4) procurando alternativas para o sector.

Verdinho 2017 Dezembro 372

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Notícias do Mar

Defesa Nacional

Marinha apoia Polícia Marítima

no alto mar

Militares da Marinha, a partir de 2018, vão constituir a guarnição permanente da primeira embarcação da Polícia Marítima com agentes a bordo com capacidade de navegação em alto mar.

B

atizada como “Madeira”, a nova Unidade Auxiliar de Marinha (UAM) já fez os testes de mar e entra ao serviço em janeiro de 2018 o que representa uma novidade, que acontece pela primeira vez

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Vai ser nas águas sob jurisdição da Madeira, que esta embarcação vai iniciar as suas missões e poder abordar as embarcações de recreio, pesca e da marinha mercante, pois está identificada como autoridade civil e tem os respetivos agentes

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policiais a bordo. O comandante Coelho Dias, porta-voz da Marinha, afirmou “Esta será a primeira embarcação oceânica da PM, retratando aquilo que tem sido o esforço de capacitação daquele órgão de polícia criminal e será também mais um importante passo naquilo que tem sido o apoio e articulação com a Autoridade Marítima Nacional”. A embarcação “Madeira” com a designação UAM 697 na amura e o símbolo da PM - uma estrela de seis pontas - no convés, é uma embarcação de casco rígido com 18 metros de comprimento e pode atingir a velocidade máxima de 42 nós. A UAM 697 “Madeira” vai operar com uma guarni-

ção de quatro militares um comandante, um sargento maquinista e duas praças. Como a lotação máxima é de 15 pessoas, pode embarcar mais 11 agentes da Polícia Marítima. Tem autonomia para viagens de Lisboa ao Funchal com 3500 litros de combustível a bordo. “É o primeiro marco de uma embarcação verdadeiramente ao serviço da Autoridade Marítima Nacional, operada com recursos humanos capacitados para operar em alto-mar e apoiada pela cadeia logístico-administrativa da Marinha, que permitirá potenciar a sustentação da embarcação e maximizar o seu emprego operacional”, terminou o comandante Coelho Dias.


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Notícias do Mar

Economia do Mar

Incubadora do Mar e Indústria Inaugurada na Figueira da Foz

No passado dia 7 de Dezembro foi inaugurada pela Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, na Figueira da Foz, a Incubadora do Mar e Indústria, dando um novo conceito à infraestrutura já existente e reforçando a sua aposta na economia azul.

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om 11 anos de actividade, a Incubadora de Empresas da Figueira da Foz é apoiada pela Universidade de Coimbra, através do Laboratório Marefoz, Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz e Câmara Municipal. De momento seis das 24 empresas incubadas pertencem à economia azul, sendo que o objetivo agora passa por associar mais empresas ligadas a esse sector. O Ministério do Mar, diz que este projeto visa o desenvolvimento de novas empresas para a economia do mar, sendo um passo na materialização da estratégia Port Tech Cluster, as 12

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Notícias do Mar

plataformas de aceleração tecnológica das indústrias avançadas do mar para criar sinergias na rede portuária portuguesa. Ana Paula Vitorino afirmou, “Estou orgulhosa com o que é feito aqui na Figueira da Foz pois é fundamental o apoio ao desenvolvimento nas atividades emergentes da economia do mar”. O Governo pretende promover a criação de start-ups tecnológicas nos portos do país, permitindo às empresas aproveitar as vantagens do acesso fácil ao mar que o sistema portuário oferece, designadamente, favorecendo oportunidades de teste a tecnologias marítimas ainda em fase de desenvolvimento Pretende-se agora atrair mais projetos empresariais ligados à Economia do Mar, potenciando a localização geográfica estratégica e contribuindo para um desenvolvimento económico sustentável e acompanhado de ganhos sociais. Dada a circunstância da atividade que era desenvolvida na

Figueira da Foz, justificava-se este novo conceito, mudando o plano estratégico original. Agora vai dar-se um passo mais forte para assumir essa especialização. Foi ainda celebrado um protocolo entre a Incubadora do Mar e a Câmara da Figueira da Foz, para permitir o arrendamento de secções de salinas na posse do município que podem ser utilizadas para o desenvolvimento de ideias de negócios de empresas associadas à economia do mar, nomeadamente na área da salicultura ou aquicultura. Carlos Moita, presidente da estrutura disse, “É um novo nome, uma nova designação, um novo conceito dentro da incubadora, que reforça a aposta na indústria do mar”. Organizada pela DireçãoGeral de Política do Mar decorreu também uma sessão de esclarecimento sobre as oportunidades de financiamento para projetos na área do Mar, como o Fundo Azul e Programa Operacional Mar 2020.

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Electrónica

Notícias Nautel

Novo VHF portátil RT411 da NAVICOM A Nautel apresentou o novo VHF portátil RT411 da NAVICOM, flutuante, submersível e com luz intermitente para melhor identificação na água

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Navicom RT411 existe em duas versões. Uma com a composição padrão e outra (versão pack) tendo a mais

um carregador de isqueiro (12VDC). O rádio tem 5W de potência com redução para 1W e usa bateria de Li-Polimer de 1200mAh. O Ecrã, LCD, é retroiluminado. Faz Escuta dupla e tripla, assim como pesquisa de canais. Dimensões sem a antena: 126 x 56 x 33mm Com antena a altura é 248mm. Peso 580gr Alcance típico em linha de vista: 5 a 8 milhas. Indicador dos níveis de emissão e receção. Ao flutuar em queda à água ativa uma luz (flash) que pisca. Estanquicidade IPX6 Tem 56 canais internacionais. A autonomia é de sensivelmente 8 horas. Fornecido com antena, cordão de pulso, clip para o cinto, bateria e carregador Como acessório existe o kit de microauricular. www.nautel.pt

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Notícias do Mar

Ambiente

Pesca por um Mar Sem Lixo Alargada à Ilha da Culatra O projeto-piloto, iniciado em 2016 no porto de pesca de Peniche arrancou também na Ilha da Culatra e vai estender-se a Aveiro.

A

ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, na ilha da Culatra, presidiu à apresentação do projeto “A pesca por um mar sem lixo a desenvolver pela Docapesca em parceria com a Câmara Municipal de Faro, Associação de Pescadores da Ilha da Culatra, Algar, Fagar - Faro, Gestão de Águas e Resíduos, E.M. e Associação Portuguesa do Lixo Marinho (APLM). O Projeto “A pesca por um mar sem lixo” alargouse assim ao Núcleo Piscatório da Ilha da Culatra onde já aderiram 87 embarcações, 11 viveiristas e 3 mariscadoras Trata-se de uma iniciativa do Ministério do Mar, 16

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Notícias do Mar

na remoção do lixo marinho dos Oceanos. A colaboração entre pescadores, respetivas embarcações e portos de pesca é também importante para uma maior sensibilização ao nível das comunidades costeiras e piscatórias e promoção da corresponsabilização de

todos aqueles que estão envolvidos direta ou indiretamente neste problema.

O projeto “A pesca por um mar sem lixo” tem como principais objetivos melho-

tendo sido criados dois pontos para deposição dos resíduos recolhidos em terra. .”A pesca por um mar sem lixo” tem como objetivo a promoção da redução dos resíduos no mar, através do apoio à adoção de boas práticas ambientais por parte dos pescadores, promovendo a valorização e reciclagem dos resíduos recolhidos no mar. Baseado no papel fundamental que o sector da pesca tem na resolução deste problema ambiental, económico e social, que afeta a sustentabilidade da sua actividade, este projeto vem atuar a dois níveis: na prevenção da entrada de lixo no meio marinho e 2017 Dezembro 372

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Notícias do Mar

rar a gestão de resíduos a bordo das embarcações de pesca e nos portos de pesca e disponibilizar equi-

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pamentos às embarcações de pesca que contribuam para melhorar a adoção e manutenção de boas práti-

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cas ambientais. Ao promover a recolha seletiva dos resíduos gerados a bordo e capturados

nas artes de pesca e disponibilizando as infraestruturas adequadas para a sua receção em terra, este projeto vem unir pescadores e portos na melhoria das condições ambientais da zona costeira portuguesa e na preservação dos ecossistemas marinhos. O projeto-piloto, iniciado em 2016 no porto de pesca de Peniche, reuniu oito entidades, três organizações de produtores, 66 embarcações e 419 pescadores. Foram até ao momento entregues 118 contentores a embarcações de Peniche, recolhidos 151.875 litros de plásticos e 295.000 litros de resíduos indiferenciados e entregues 24 galardões a embarcações aderentes pelas suas boas práticas ambientais.


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Náutica

Teste Cobalt CS1

Texto e Fotografia Antero dos Santos

Solução Económica para um Cobalt

No passado mês de Agosto, testámos em Tróia um Cobalt CS1 com um motor Mercruiser 4.5 MPI, uma novidade de 2017 do estaleiro de embarcações de recreio de maior prestígio dos Estados Unidos, um barco desportivo e simples que apresenta uma solução económica para se possuir um Cobalt.

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omos convidados para a apresentação do Cobalt CS1, pela Nautiser - Centro Náutico, importador exclusivo do estaleiro Cobalt para Portugal. Na náutica de recreio as embarcações Cobalt são consideradas como barcos de topo, os Rolls Roice do mar, porque são um sinónimo de luxo e requinte, 20

devido à elevada qualidade dos materiais e equipamentos que o estaleiro incorpora e também pelo excelente acabamentos dos pormenores que todos os barcos apresentam. Todos os anos a Cobalt apresenta novos modelos ou introduz inovações nos equipamentos da gama que enriquecem ainda mais a qualidade dos bar-

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cos, melhoram a acomodação no seu interior e aumentam o conforto dos ocupantes ou propõem soluções para conquistar novos clientes. Porque possuir um Cobalt também é prestigiante, o estaleiro lançou o modelo CS1. Cobalt CS1 Último modelo da Ga-

teway Series, o Cobalt CS1 representa bem a sua série, como embarcação bowrider para cativar o interesse de novos clientes Cobalt, a partir dum barco que se pode adquirir por um preço surpreendente, tendo em conta as suas dimensões, com 6,86 metros de comprimento e lotação para 11 pessoas. O plano do deck do Co-


Nรกutica

Posto de comando

Cobalt CS1

Passagem no cockpit para o bowrider

Enorme comodidade a navegar 2017 Dezembro 372

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Náutica

O Cobalt CS1 a curvar com toda a segurança

balt CS1 é simples, de fácil manuseio, ergonómico e com uma combinação de cores dos estofos de muito bom gosto. A moto-

rização está adequada e tem incorporado os equipamentos standard fundamentais. Na popa o CS1 tem a

necessária plataforma para os esquiadores, com a passagem a estibordo de entrada para o poço, sem passar por

O confortável banco do piloto tem duas posições de condução 22

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cima do solário à popa. A acomodação no poço conta com um banco em L atrás e um banco a estibordo. O piloto dispõe de um confortável banco individual, com a clássica ergonomia e funcionalidade Cobalt, com duas posições de sentado, uma em baixo e outra elevada, sempre muito útil em situações de manobras. O copiloto tem um banco com o encosto amovível, para servir de solário individual no poço. O párabrisas é arredondado e protege bem o cockpit. É aberto ao meio para dar passagem do poço para o bowrider à frente. O bowrider tem espaço para dispôr dos bancos


Náutica

encosto em U, estofados de modo a permitir o maior conforto e comodidade, em andamento ou nas horas do relax. O acesso ao motor feito manualmente é simples e sem esforço, graças aos amortecedores hidráulicos fixados no interior do banco da popa, que levanta sem qualquer dificuldade. Para guardar os esquis ou pranchas de wakeboard existe um compartimento no piso. Para arrumar a palamenta existem dois compartimentos no porão do motor, um deles com abertura pela popa, sem necessidade de levantar o banco.

O bowrider

O Cobalt CS1 com o motror Mercruiser 4.5 MPI, atingiu excelentes performances 2017 Dezembro 372

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Náutica

O casco do CS1 tem a característica clássica dos Cobalt

O casco tem a linha clásica dos Cobalt com um V profundo com 20 graus no ângulo de popa, os roba-

letes paralelos e os planos de estabilidade laterais a terminarem suavemente à popa. Trata-se de um cas-

co que oferece um desempenho muito confortável a navegar, facilidade de manobra e segurança a

O banco do copiloto tem o encosto amovível, para servir de solário no poço 24

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curvar, cumprindo bem as exigências dos desportos aquáticos. O modelo que testámos, traz o seguinte equipamento incluido no preço: Capa de proa, capa de poço, toldo de sol com “Bimini top”, profundímetro com temperatura água & ar, fixação para defensas “Fender clips”, sistema de som, kit de ferramentas, comutador de trim na popa, extintor automático, plataforma de banhos com “swim step”. Quanto às garantias, o Cobalt CS1 tem 2 anos de interiores, 5 anos de motor e 10 anos de casco. Excelentes performances no teste O Cobalt CS1, mesmo com um ângulo de 20


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Náutica

Entrada a estibordo para o poço

O banco à popa

Banco no poço atrás do banco do piloto

graus à popa, descola bem da água atrás, permitindo saídas rápidas. Equipado com o Mercruiser 4.5 MPI, com 250 HP, confirmámos no teste essa característica, quando no arranque em 2,60 segundos já planávamos e na velocidade mínima a planar o barco aguentou-se a 9,3 nós às 2.100 rpm. Também na aceleração

até aos 20 nós, para o arranque de esquiadores, o barco fez 3,36 segundos às 4.500 rpm. Também é assinalável a velocidade máxima que atingimos, com 37,9 nós às 5.100 rpm. Muito importante foi a velocidade de cruzeiro que fizemos com o motor numa rotação muito económica, às 3.200 rpm e o

O Cobalt CS1 tem uma plataforma de banhos com “swim step”. 26

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Náutica

Em velocidade de cruzeiro fez 20/22 nós, com o motor numa rotação muito económica às 3.200 rpm

barco a navegar a 20/22 nós. Não nos surpreendeu a comodidade do CS1 em navegação de passeio e com maior velocidade, pois é a característica do casco dos Cobalt. Quanto ao conforto que oferece a quem vai sentado também já esperávamos, pois os bancos, assentos

e encosto estão estofados com o máximo cuidado e qualidade. Na condução o piloto não faz qualquer esforço e domina facilmente as manobras, comandando o CS1 com toda a segurança, uma qualidade notável do barco para quem se queira iniciar em navegação de recreio.

O banco da popa é fácil de levantar, para acesso ao motor e aos compartimentos de arrumos

Características Técnicas Comprimento com plataforma

6,86 m

Boca

2,59 m

Lotação

11

Motor

Mercruiser 4.5 MPI – 250 HP

Preço com IVA

74.470 €

Performances Tempo para planar

2,60 seg.

Aceleração aos 20 nós

3,36 seg. às 4.500 rpm

Velocidade máxima

37,9 nós às 5.100 rpm

Velocidade de cruzeiro

20/22 nós às 3.200 rpm

Mínima velocidade a planar

9,3 nós às 2.100 rpm

2.500 rpm

11,6 nós

3.000 rpm

18,5 nós

3.500 rpm

24 nós

4.000 rpm

27 nós

4.500 rpm

31,6 nós

5.000 rpm

35,8 nós

5.100 rpm

37,9 nós

Importador Exclusivo Nautiser Centro Náutico Estrada Nacional 252 – 2950-402 Palmela Tel.: 21 22 36 820 - Mail: comercial@nautiser.com www.nautisercentronautico.pt

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Notícias do Mar

Notícias Lindley

Lindley Fornece Bóias de Novos Perigos

A Lindley, com apoio da sua associada Almarin – membro industrial da IALA e especializada no projecto, construção, instalação e manutenção de ajudas à navegação - forneceu duas bóias de novos perigos para a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra.

A

expressão novos perigos é usada para designar as obstruções que ainda não estejam sinalizadas nos documentos náuticos. Os novos perigos compreendem as obstruções naturais, tais como bancos de areia ou afloramentos rochosos, e 28

os perigos provocados pelo Homem, tais como navios naufragados. Segundo as recomendações da IALA transpostas para o Regulamento de Balizagem Marítima Nacional os novos perigos terão que ser adequadamente sinalizados utilizando duas bóias de as-

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sinalamento de emergência. Face a esta recomendação e à necessidade de garantir a segurança marítima, a disponibilidade de equipamentos deste tipo tem vindo a assumir cada vez maior importância. As bóias fornecidas pela Lindley são da gama Baliza-

mar®, respeitando as recomendações da IALA, projetadas e fabricadas em Portugal, possuem estrutura em aço galvanizado pintado, flutuador de uma só peça em polietileno rotomoldado cheio de espuma de poliestireno expandido, e estão equipadas com lanternas compactas autónomas


Notícias do Mar

com fonte de iluminação por LED disposta em dois anéis (um amarelo e um azul). Abaixo imagens das bóias e respectivas lanternas antes da expedição para as instalações da APSS. Sobre a LINDLEY A Lindley é especializada no projecto, fabrico, instalação e manutenção de soluções

flutuantes para marinas e docas. Sobre a ALMARIN A Almarin é especializada no projecto, construção, instalação e manutenção de ajudas à navegação. Sobre o Grupo Lindley O Grupo Lindley, com sede

em Cascais, é uma holding que conta com mais de 85 anos de experiência no sector marítimo-portuário, foi fundado em 1930 e é constituído por quatro empresas: - Almarin: Soluções e equipamento para ajudas à navegação marítima - Almovi: Sistemas de elevação e movimentação de cargas - Lindley: Soluções e equipamento flutuante para marinas e docas - Salt Technologies: Tecnologia e engenharia de estruturas marítimas O Grupo Lindley tem mais de 85 anos de experiência no fornecimento e fabrico de equipamento industrial e portuário. Para saber mais sobre as nossas

áreas de atividade, visite o nosso website: www.grupolindley.com

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Electrónica

Notícias Nautiradar

Nautiradar

lança Campanha de Natal 2017

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Nautiradar preparou uma seleção de produtos interessantes para este Natal, ideais para presente ou para si, a preços fantásticos! 30

Desde sondas para os amantes da Pesca, binóculos para os amantes da Natureza ou um telefone por satélite para todos aqueles que querem estar sempre comunicáveis

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onde quer que estejam, nesta Campanha de Natal irá encontrar fantásticas oportunidades a preços competitivos. Esta campanha é válida até dia 31 de Dezembro de

2017 e limitada ao stock existente. Para mais informações visite a página de promoções no site www.nautiradar.pt e encontre o presente perfeito para este Natal!


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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica: Carlos Salgado

Passado, Presente e Futuro O Tejo Internacional cuja margem da esquerda da imagem é portuguesa e a da direita é espanhola Como é sabido sem passado não há futuro e no que se refere ao nosso Tejo, passando pelo presente que estamos a viver que sobretudo este ano de 2017 foi mais adverso ao estado da sua salubridade. Há quem diga que o Tejo do passado não volta mais e nós estamos conscientes disso, mas não podemos conformar-nos que assim seja por sermos seus indefectíveis amigos e como tal temos de continuar a pugnar mais para que ele tenha um futuro melhor, e foi precisamente por essa razão que tomámos a iniciativa de promover um grande debate plasmado no programa dos trabalhos do Congresso do Tejo III para que os portugueses tenham Mais Tejo com Mais Futuro, o que assumimos como um Compromisso Nacional.

C

omo é que os portugueses podem conformar-se com aquilo que está bem patente aos seus olhos relativamente ao estado de saúde deveras preocupante em que o Tejo português se encontra, onde são bem visíveis os abusos e as agressões que o homem tem vindo a cometer-lhe causando vulnerabilidades e insuficiências no seu corredor fluvial, por um lado, mas por outro, esse homem não é capaz de evitar nem controlar as adversidades que a Natureza e não só, causou com os terríveis fogos que descontrolada34

mente destruíram muitos milhares de hectares de floresta da Bacia Hidrográfica do Tejo e as desgraças que daí resultaram. A realização Congresso do Tejo III, cuja preparação do programa temático teve início no ano de 2015 e foi sendo baseado nas conclusões do Ciclo das 5 Conferências regionais preparatórias realizadas por esse rio acima durante um período de pré – Congresso que contou com a colaboração de alguns Municípios ribeirinhos e de algumas CIMS e que foi bastante profícuo. Mas devido ao facto de

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desde essa altura terem vindo a surgir uma série de mais acontecimentos adversos ao Tejo como o aumento da poluição, a falta de água vinda de montante e com qualidade duvidosa, o que causou a insuficiência do caudal ecológico do rio em Portugal, agravado pela diminuição significativa da pluviosidade nas cabeceiras dos rios e dos seus afluentes devido à alteração do clima provocada pelo aquecimento global do Planeta, o que resultou inevitavelmente numa seca extrema. Tudo isto que aconteceu por razões que não podem deixar de ser devidamente

apuradas, vide o relatório do Guarda Rios nas páginas seguintes a esta crónica, sobre o que ele viu, ouviu e leu durante as suas viagens a sobrevoar o Tejo, tanto em Portugal como em Espanha, que deve ser tomado em consideração no Grande Debate sobre o Tejo porque não podemos de forma alguma encolher os ombros perante estas fatalidades abdicando de querer saber os porquês, quem, como e o quando da sua origem e sobretudo fazermos questão em encontrar as possíveis soluções para mitigarem futuras situações destas, para


Notícias do Mar

que sejam tomadas medidas urgentes por quem negoceia os acordos e convénios, legisla e deve defender as leis inclusivamente internacionais, com o objectivo de garantir a sobrevivência dos bens de que a humanidade depende para continuar a existir, particularmente os portugueses e os seus vindouros, estas são as causas principais da organização do Congresso do Tejo III. O GRANDE DEBATE DO CONGRESSO DO TEJO III É O SÍTIO APROPRIADO PARA PROCURAR AVALIAR AS SITUAÇÕES E ENCONTRAR AS SOLUÇÕES POSSÍVEIS, COM RIGOR, REALISMO E VERDADE PARA QUE SEJAM TOMADAS EM CONSIDERAÇÃO PARA QEM DE DIREITO PASSE A AGIR EM CONFORMIDADE.

O nosso belo Tejo, amplo e azul, tão abundante de águas como de tradições, por igual brilhantes, tão cheio de luz como de memórias, tão povoado de velas brancas como de recordações eternas … Nada lhe falta ao belo rio azul do extremo ocidente para ser famoso entre os famosos, notável entre os notáveis. Grande pelo seu curso, pelo seu porto, pelas suas tradições histórica…Pitoresco pelas suas margens e pelos seus castelos, que ou ressaltam do seio das águas, como o Almourol, ou as dominam do alto, como Santarém. Belo pela cor, que tem o brilho e a pureza de uma safira, onde o famoso céu meridional espelha uma eterna apoteose de luz… Alberto Pimentel

Os fundadores da AAT Associação dos Amigos do Tejo em 1984 e alguns deles que criaram a Tagus Vivan em 2012 para dar continuidade à obra profícua de quase três décadas daquela AAT, que nos princípios dos anos sessenta do século passado subiram o Tejo nos seus barcos à vela a partir do estuário e conseguiram singrar para montante de Santarém e chegar até quase à ponte da Golegã-Chamusca e mais tarde desceram o rio num pneumático em 1990 desde a foz do afluente Erges, que marca o início do Tejo Internacional a montante e desceram o Rio até à foz tiveram o privilégio de ainda conhecer este Tejo descrito pelo Alberto Pimentel. É precisamente por isso que temos vindo a actualizar o programa deste Congresso para que não seja só mais

um, porque estamos determinados a que ele marque a diferença e que para isso seja de sinal mais = MAIS TEJO, por entendermos que o sinal mais significa valor acres­centado, algo melhor porque o MAIS é uma mensagem mobilizadora de vontades, de mudança, de inovação, de transformação para me­lhor, de união de esforços, incentivador de diálogos e consensos, de estabelecer pontes, de obviar rupturas, de desafios para a imple­mentação de melhores es­tratégias para corrigir, criar, arriscar, empreender en­fim, dinamizar tudo aquilo que possa concorrer positivamente para melhorar e enriquecer o nosso Tejo, MAIS TEJO, para além de procurar des­cobrir e encontrar as soluções para que ele tenha um futuro melhor, MAIS FUTURO.

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Notícias do Mar

O Voo do Guarda Rios

A Verdade Está a Emergir Como sabem o Guarda Rios (GR) anda voando sobre o Tejo vigiando como sentinela sempre atenta, e ao reparar que o Rio em Portugal traz cada vez menos água e como sabe que ele nasce em Espanha voou até à fronteira onde sentiu o tal vento nem... nem de que o nosso povo fala, e estranhou que a barragem ali existente que é espanhola situada noTejo Internacional que é de ambos os países ibéricos, e que ainda por cima é alimentada por dois rios nascidos em Portugal, o Ponsul e o Sever, barragem essa que tem a responsabilidade de abrir ou fechar a torneira da água do Tejo que nos pertence para o lado de cá da fronteira, e que na altura em que o GR ali chegou, por acaso não estava a deixar passar água em quantidade que se visse.

trica, seria revertida para as respectivas albufeiras, porque já existem tecnologias para esse efeito, de forma a que os outros 50% se destinassem a alimentar também o regular caudal ecológico, e desta forma conseguia-se ter a nossa autonomia, mas isso é um assunto para ser estudado pelos especialistas e aceite pelos políticos. É evidente que a barragem de Cedillo continuaria a deixar passar a quantidade de água convencionada.

E

ntão ele pensou: Ora se a água dos rios Ponsul e Sever é portuguesa, do que é que estamos à espera para fazer transvases dessas águas para o Tejo português, como a Espanha fez unilateralmente para desviar a água da nascente para o rio Segura, ou até talvez optar por um processo mais seguro, em vez de transvazar o Ponsul e o Sever directamente para o Tejo mais próximo, o que 36

faria que essas águas iam parar à barragem do Fratel o que significa que não é directamente para o Tejo, será preferível que a água de cada um desses afluentes fosse destinada a duas albufeiras separadas cujo destino das suas águas fosse exclusivamente para manter o caudal ecológico do Tejo regular, e já agora também, 50% da água de cada uma das barragens do Fratel e de Belver usada para produzir energia eléc-

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O Guarda Rios pela Espanha dentro Então o GR decidiu entrar pela Espanha dentro e logo a seguir viu para além daquela barragem de Cedillo mais duas barragens interligadas que mais pareciam um braço de mar dada a sua extensão e a quantidade de água que armazenavam, que o deixou de asa atrás. Prosseguiu a viagem mais para montante, pousando aqui e ali, e foi ouvindo com espanto, vo-

zes de alguns cidadãos espanhóis alarmados ao afirmarem que o Tejo em Espanha está a morrer por falta de água, o que levou o GR a fazer a seguinte pergunta ingénua: Então se o Tejo nasce aqui no território da nossa vizinha que fica a montante e com quem compartilhamos o Tejo, a menos que o verbo compartilhar tenha outra conjugação diferente desde os Acordos de Albufeira, afinal com que quantidade de água o nosso Tejo em Portugal vai poder contar no futuro? Mas como o GR é sensato e crédulo pensou, aqui há mistério, porque a ser verdade o que tinha ouvido aos cidadãos espanhóis sobre a morte do Tejo com certeza que o Estado espanhol já tinha mandado estrangular ou fechar o mega desvio, ou melhor a grande subtracção da água mais pura vinda da nascente para o transvase Tajo-Segura, ou mesmo ter suspendido a laboração da Central Nuclear de Almaraz para a impedir que ela


Notícias do Mar

retire do Tejo a quantidade muito significativa de m3 de água para o arrefecimento dos seus reactores, ou até tivesse proibido a produção de energia eléctrica nalgumas das suas barragens no Tejo. Começou a voar mais alto Como ficou incrédulo começou a voar mais alto para ter uma visão mais alargada do território para montante e sobrevoou várias barragens para tentar entender o que se estava a passar mas viu várias barragens bastante maiores do que as portuguesas, e que ainda tinham água que se visse. Continuou a viagem um pouco baralhado e foi pousando aqui e ali para escutar o que

mais cidadãos espanhóis conversavam sobre o Tejo e também foi passando os olhos por um ou outro jornal para saber o que afinal está a acontecer e aproximou-se de alguns deles, que tinham ar de quem sabe o que diz e se interessam seriamente pelo Tejo, em mais do que um sítio e de tudo o que lhe foi dado ouvir e ler foi resumidamente o seguinte: “o mais recente Plano Hidrológico do Tejo de Espanha, de Abril de 2014, é prejudicial aos valores e necessidades do Rio e dos seus afluentes e que se mantiver os caudais ecológicos mínimos propostos, descaracterizam e modificam significativamente as reservas fluviais naturais e é um

incumprimento flagrante dos caudais ambientais da Rede Natura 2000, pelas insuficientes medidas propostas para melhorar o bom estado ecológico do Tejo, porque não é aceitável que continuem a existir as grandes pressões para que 2/3 dos caudais da cabeceira do Tejo continuem a ser desviados pelo transvase Tajo-Segura. Isto acontece ao mesmo tempo que não são depurados os efluentes urbanos provenientes da grande Madrid que continuam a conspurcar a água do rio que segue para jusante, que também chega à fronteira de Portugal, e reclamam por isso o estabelecimento de um verdadeiro regime de caudais eco-

lógicos nas cidades a jusante Aranjuez, Toledo e Talavera de la Reina”… mais ouviu o GR “Que a gestão lamentável do Tejo na região da Extremadura contribui para o aumento dos interesses económicos das hidroeléctricas espanholas e que a estratégia por elas seguida gera impactos ambientais significativos com graves alterações nos regimes dos caudais ambientais que chegam ao Tejo português” e ouviu-os também dizer “que se os Convénios de Albufeira não forem completamente revistos para que a partilha da água do Tejo/Tajo entre Espanha e Portugal seja devidamente equitativa o Tejo português vai acabar por

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Notícias do Mar

secar” Ainda sobre o tal transvase, já em 2013 um amigo espanhol do GR lhe tinha dito que o Tejo que nasce em Albarracin deixou de desaguar no Atlân-

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tico em Portugal, porque na verdade a água proveniente da nascente do Tejo que é desviada pelo transvase, a que sobra, vai desaguar no Mediterrâneo.

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Seguiu para outras paragens O GR levantou voo dali, seguiu para outras paragens e foi pousar noutro lugar onde se debatia também a

situação crítica do Rio onde participavam municípios, independentemente da sua cor política, especialistas e cidadãos defensores do Tejo “unidos contra o roubo da água” onde ouviu o seguinte: “Há outras soluções para obviar os efeitos que a paragem da transferência de água teria nas populações servidas pelo transvase Tajo-Segura, se acabarem nessa região com as canalizações ilegais de água em edifícios ilegais, os campos de golfe, e com o cultivo intensivo e cada vez mais extensivo no meio do deserto, onde não se deve poder cultivar. Mas o que impressionou mais o GR foi ter lido que: “Os 600 milhões de litros de água desviados para regar os campos agrícolas de Múrcia, levam a que os especialistas, autarcas e cidadãos defensores do Tejo espanhóis afirmem convictos de que o rio está a morrer em Espanha, o que está a causar uma onda de revolta no país vizinho contra o tal transvase, ao ponto de já ser visível em cidades espanholas, nas varandas das casas, nos edifícios de autarquias, nos autocolantes de viaturas e em graffiti pintado nas paredes onde se pode ler “NÃO NOS ROUBEM A ÁGUA” ou “ A ÁGUA É NOSSA” ou ainda “TAJO/SEGURA NEM UMA GOTA MAIS” e há até quem já fale à boca pequena que já se encontra lá instalada a “MÁFIA DA ÁGUA”. Cansado de voar o GR ainda teve fôlego para perguntar: ENTÃO NÓS POR CÁ, COMO VAI SER? E


Notícias do Mar

questionou ainda com uma certa ingenuidade, então se o Rio está a morrer no país onde nasce, como é que a água vai chegar a Portugal futuramente? O estuário do Tejo é o maior berçario da Europa Mas o GR ao cair em si também reconheceu que no nosso Tejo há muitos erros, abusos e crimes para apontar, em várias vertentes, começando por notar que o estuário do Tejo é um dos maiores, senão o maior berçário da Europa e é o responsável pelo povoamento peixes da zona costeira adjacente mas

tem observado que ali o peixe anda, cada vez mais, a ser capturado por processos sofisticados e com artes e redes duvidosas e outras artimanhas para capturar a maior quantidade possível e o pior é que é capturado peixe fora da medida legal. Ao estar-se a capturar espécies fora da medida, praticando um salve-se quem puder , está a impedir-se que elas atinjam a idade adulta o que, para além de não permitir que elas se reproduzam e/ou possam chegar a ter o justo valor comercial, impede que essas espécies se desenvolvam causando assim a diminuição dos seus stocks, a par de provocar o desequilíbrio do

ecossistema.. O GR também vem observando já há uns bons anos o que está a acontecer a uma riqueza que é nacional e que continua a ser delapidada criminosamente, e sente-se revoltado e acusa as polícias de estarem aparentemente indiferentes àquilo que continua a acontecer na captura desmedida do meixão (enguia bebé) que é contrabandeada para o estrangeiro, e não vai pelo rio nem pelo mar como se sabe, é por estrada que é transportado, e mais recentemente o mesmo está a acontecer com a apanha também desmedida da amêijoa japónica, que para além de ser ilegal é

um perigo para a saúde pública, por não ser depurada. Para além disto a poluição tem recrudescido, os caudais ecológicos de montante têm sido insuficientes o que permite que a língua salina suba e vá criar um problema sério à irrigação dos campos das lezírias, para além de problemas de outra ordem que contribuem para que o nosso Tejo perda a capacidade de criar vida e consiga que os seus recursos naturais possam contribuir para criar riqueza sem recorrer a ilegalidades, e possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida das comunidades ribeirinhas.

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Notícias do Mar

O Tejo a Pé

Texto e Fotografia Carlos Cupeto

Tejo,

e agora, quem paga?

H

á algum tempo que não punha os pés no Tejo. Nesta ausência fui lendo, ouvindo e vendo através da comunicação social. Possovos garantir que se não “tocasse” o Tejo com todos os meus sentidos não acreditava. É criminoso. Depois de algumas centenas de milhões de euros (não me enganei, centenas de milhões, algumas) de investimento em saneamento e todo o tipo de infraestruturas, um rio estar como está o Tejo não tem justificação. É inaceitável e inexplicável, é um crime e devia ser tratado como tal. Todos somos responsáveis, mas uns são bem mais que outros. Na prática, é um problema muito complexo que não tem solução simples e fácil. Vai necessitar de muito dinheiro e tempo. Quan40

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Notícias do Mar

do um ecossistema como o Tejo chega a esta situação, mesmo com a ação certa, a inércia para a inversão é grande. Se juntarmos a tudo isto a situação de “crise” que sustenta a “justificação” para más práticas do sector empresarial e público, e ainda a grave seca que vivemos, a equação para a catástrofe está completa. Estive na foz do Alviela e o que vi é indescritível. Não estive em Alcanena, mas vi fotografias e ouvi relatos na primeira pessoa: a nascente do Alviela está como não se via há muitos anos. Dias houve em que algumas pessoas mais frágeis não puderam sair à rua, porque até os estores ficaram vermelhos. Alcanena é, pois, um bom exemplo; nos últimos seis a sete anos investiram-se cerca de trinta milhões de Euros para que tudo o que era devido fosse feito – ETARI – tratamento de efluentes industriais

-, aterro, rede de coletores, etc. Como se pode aceitar o que em cima se descreve?

E agora, quanto dinheiro e tempo depois voltamos a ter o Tejo? Voltamos mesmo

a ter? Senhor Presidente Marcelo, vá alternando Pedrogão com o Tejo.

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Náutica

Notícias Touron

Quicksilver Apresenta Nova Gama de Pneumáticos e Semi-Rígidos A Mercury Marine continua a investir no crescimento da marca, consolidando a sua liderança no segmento de embarcações pneumáticas e semi-rígidas (RIB’s) com o lançamento duma nova gama de embarcações pneumáticas e RIB’s altamente competitiva e inovadora.

são para uma montagem mais fácil e rápida, maior versatilidade e boa performance, com um preço extremamente acessível. Os flutuadores em branco são arredondados na proa e estão protegidos por uma cinta de borracha anti-sapicos em azul.

sentam flutuadores em branco com design triangular e estão protegidos com cinta de cor preta. O Tendy 2.40 Air Floor está, também, equipado com una quilha insuflável.

A

nova gama Quicksilver foi apresentada na Feira Náutica de Génova 2017 e começará a ser comercializada na Europa no início de 2018. A nova gama Quicksilver oferece uma imbatível combinação de valor, qualidade, equipamento e inovação em quatro famílias de produto.

insuflável de 2,40 m, portáteis e fáceis de transportar. São pneumáticos com um preço muito competitivo e acessível. Apre-

QUICKSILVER TENDY A família Tendy disponibiliza três modelos ultraleves: dois modelos com piso de ripas de 2,00 m e de 2,40 m e um com piso 42

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QUICKSILVER AIRDECK A família AirDeck é constituída por três modelos entre 2,50 m e 3,20 m com piso insuflável a alta pres-

QUICKSILVER SPORT Os modelos da família Sport com piso de tábuas de alumínio abrem um novo capítulo no que concerne à rigidez em pneumáticos com tábuas desmontáveis Esta família conta com seis modelos entre 2,50 m e 4,70 m, oferecendo uma combinação única em qualidade, durabilidade, rigidez do piso com possibilidade de desmontar, armazenar e transportar a embarcação num espaço


Náutica

relativamente diminuto. Com uma aparência de semi-rígido profissional, esta família tem flutuadores em cinzento-escuro, com a proa na forma triangular e cinta de protecção em borracha a preto. Os três maiores modelos são em PVC de maior espessura (1,2 mm) e a parte superior do flutuado está protegida com reforço anti-deslizante. QUICKSILVER ALUMINUM RIB Os modelos da família Aluminum RIB ampliam a nova oferta da Quicksilver com modelos com cascos de alumínio que combinam o melhor de ambos os mundos, a estabilidade, segurança e facilidade de utilização dum semi-rígido com a durabilidade e uso prático duma embarcação de alumínio. Tudo isto com um preço surpreendente, nunca visto em embarcações com este nível de capacidade e equipamento. Esta nova família conta com 6 modelos, entre 2,70 m e 4,20 m, divididos

em dos segmentos: o 270 e o 290 com piso de fibra “Ultra-light”, em cinzento claro, mais destinadas auxiliares duma embarcação maior; os modelos superiores têm flutuadores em cinzento-escuro e piso de alumínio 3D. Os modelos de maiores têm casco de alumínio com 4 mm de espessura e um amplo compartimento de arrumação na proa para guardar um kit de amarração e um depósito de combustível de 24L. A nova gama de pneumáticos e semi-rígidos Quicksilver foram pen-

sados para utilizadores exigentes, mas com um preço muito competitivo. Estas embarcações contam com muitas características inteligentes baseadas na larga experiencia da Mercury Marine, como por exemplo os indicadores de pressiona nas válvulas, drenagem de água de deck com válvula de saída, banco ajustável (até 3.65 m), placas internas e externas do motor para proteger o espelho de popa, reforço de PVC no espelho de popa, entre outras. Esta nova gama é constituída por 18 mo-

delos, vindo completar a ampla oferta da Mercury Marine em embarcações pneumáticos e semi-rígidas, que incluem os semirígidos Valiant (com oferta de 15 modelos de recreio entre os 3.20m e os 7.50 m, nas famílias Sport e Classic, a gama Raptor para aplicações comerciais), as embarcações pneumáticas Mercury e os semi-rígidos Black Fin. A oferta global tem mais de 75 modelos de embarcações pneumáticas e semi-rígiddas, comercializadas na Europa através da Rede de Concessionários Mercury.

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Náutica

Notícias Touron

Novos Mercury de 15 e 20 HP EFI a 4 Tempos

Primeiro Punho Ambidestro com Alavanca de Mudanças A Mercury Marine, líder mundial em motores e tecnologia marítimos, anuncia o lançamento dos novos motores fora de borda de 15 e 20 CV EFI a 4 tempos ultraleves e resistentes.

S

imultaneamente, a Mercury tem o prazer de apresentar o inovador comando de punho multifuncional, desenvolvido especialmente para a plataforma de motores a 4 Tempos F15-20 CV EFI, o primeiro comando de punho no mundo que permite operar, indistintamente, com a mão esquerda ou com a mão direita. “Estamos muito entusiasmados por colocar no mercado, uma plataforma fora de borda a 4 tempos EFI 15-20 CV totalmente nova, um motor muito fácil de arrancar, intuitivo na operação e manejo, leve, económico no consumo de combustível, silencioso, potente e extremamente fiável”, comentou John Buelow, Vice-presidente de Marca da Mercury Marine. “Ao longo dum processo de estudo e investigação junto dos consumidores, identificámos as características e elementos que os nossos clientes procuram. Tal resultou exactamente no que é oferecido por estes novos motores. O objetivo é sempre proporcionar a melhor as melhores sensações na navegação e disponibilizar, para tal, os motores que o possibilitem”. Esta nova plataforma de motores portáteis, pesa apenas 45 kg, sendo 5 kg 44

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Náutica

mais leve que os motores que substitui. O novo punho multifuncional e ergonómico do comando punho da Mercury permite um maior controlo da posição do motor fora de borda. “O novo e exclusivo comando de punho da Mercury é ajustável em formas nunca antes vistas em motores fora de borda”, disse Jim Hergert, Director de Marca da Mercury Marine. “Pode-se configurar para a mão direita ou para a esquerda e pode ser movido para cima e para baixo permitindo a condução de pé ou sentado, adaptando-se aos diferentes tipos de embarcações, sendo extremadamente fácil de usar, melhorando toda a experiência de navegação”, acrescentou. A nova plataforma de foras de borda Mercury sobe o nível da indústria marítima Desenvolvido para qualquer tipo de aplicação, seja recreio ou trabalho, entre as características destes novos fora de borda Mer-

cury destacamos a injecção electrónica de combustível (EFI) sem necessidade de bateria para arranque rápido e fiável, resposta instantânea do acelerador e rendimento geral muito maior. No seu segmento, é um dos motores mais leves no mercado, o que melhora a aceleração, a velocidade máxima e a condução, ao mesmo tempo que oferece uma excepcional economia no consumo. Da mesma forma que os restantes motores Mercury a 4 tempos, a nova plataforma EFI de 15-20 CV também foi desenvolvida tendo em conta a importância de oferecer manurenção simples e fácil. Com um sistema de drenagem de óleo anti-gota e anti-derrames, acessório para adoçamento por água doce, decantador de água no combustível e a guia de manutenção por baixo da carcaça fazem com que este seja um dos

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Náutica

motores fora de borda mais desejado pelo usuários actuais. Comando de punho ambidestro da Mercury, o primeiro no seu segmento A grande novidade que a Mercury desenvolveu para o novo motor EFI de 15-20 CV a 4 tempos é o comando de punho multifuncional ambidestro com alavanca de mudanças incorporada. Para John Lasschuit, director de Produto da Mercury EMEA, “O novo comando, especialmente pensado para melhorar o manejo pelo usuário, oferece um novo nível de características, funções, design, estilo e controlo para foras de

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borda portáteis”. Tradicionalmente, os comandos de punho são montados a bombordo

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dos motores fora de borda, sendo manejados pelo lado esquerdo. Mas, o estudo realizado com clientes da Mercury Marine apontou que uma percentagem significativa dos nautas preferem controlar o comando com a mão direita, com excepção dos casos em que as embarcações têm assentos fixos, onde se poderá ajustar ao máximo a disposição em função da forma mais conveniente para operar o motor fora de bora. Usando ferramentas básicas, os nautas podem ajustar o comando de punho de 6 em 6º até um máximo de 18º a bombordo ou a estibordo.

A rotação do acelerador também é reversível para complementar a posição do ângulo do comando de punho para proporcionar uma navegação mais cómoda e intuitiva, independentemente da preferência do lado em que se maneja o motor. Actualmente, os utilizadores aspiram a ter a possibilidade de ajustar o ângulo de funcionamento vertical do comando de punho. A investigação da Mercury demostrou que a maioria dos utilizadores desejam ter essa capacidade, porque determinados designs de embarcações às vezes dificultam o acesso.


Náutica

Notícias Touron

Mercury Apresenta Nova Geração de Monitores VesselView 903

Mercury Marine, líder mundial em motores e tecnologia marítimos, tem o prazer de anunciar o lançamento do monitor VesselView 903, o maior e mais avançado monitor multifunções.

O

VesselView ® 903 tem um ecrã táctil de cristal 16x9 de alta definição com revestimento anti-brilho e iluminação regulável. Similar ao VesselView® 703, lançado no Miami International Boat Show de 2017, a nova tecnologia avançada da Mercury permite incorporar toda a gama de acessórios Simrad® para a gama de

produtos Go9: radar, transdutores, sonda de pesca, AIS, VHF, Sonic Hub/ Fusion Link/ SiriusXM, comutação digital C-Zone/Naviop, capacidade Bluetooth, entre outros. O novo VesselView ® 903 dispõe de GPS integrado de 10 Hz, Plotter (a cartografia electrónica regional é adquirida em separado), ecrã táctil que permite visualização

clara dos dados e operação intuitiva do interface (disponível botão opcional de controlo remoto) e notificação automática de actualizações de software através do WiFi integrado. “A nossa tecnologia VesselView de última geração oferece aos utili-

zadores a possibilidade de ter informação de até quatro motores num ecrã táctil e fácil de usar “, disse Zachary Savage, director do programa VesselView da Mercury Marine. Esta nova tecnologia permite 16 idiomas e conversões de unidades múltiplas com o VesselView Link, o que proporciona aos utilizadores a capacidade para integrar completamente o sistema de propulsão e fazer com que o monitor seja multifuncional (incluído no el kit). Por outro lado, o VesselView® 903 apresenta uma visualização descritiva das leituras de falhas, assim como informação actualizada de mais de 30 parâmetros do motor, incluindo: nível e autonomia de combustível, temperatura e pressão do óleo, voltagem da bateria, profundidade da água, grupo electrógeno, entre outros. O novo monitor VesselView® 903 estará disponível para venda no mercado europeu a partir de Dezembro de 2017.

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Pesca Desportiva

Pesca Embarcada

Texto e Fotografia: Redação /Mundo da Pesca

Dicas para pesca às douradas O que lhe pode estar a passar ao lado

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Pesca Desportiva

Se há assunto que está mais do que batido, esse é o da pesca às douradas. Seja na pesca fundeada vertical , à chumbadinha ou mesmo à rola, o tema parece esgotado. No entanto – e felizmente que assim é -, há sempre mais coisas que podemos fazer para melhorar, não fosse a pesca um apelo à criatividade e ao poder de adaptação do pescador.

Variar as iscadas Um aspeto de particular importância é variar as iscadas. Na pesca das douradas não há dois dias iguais e no mesmo dia podemos encontrar as douradas a comerem de forma diferente. Isto é algo que se generaliza para a pesca vertical fundeada, à chumbadinha e à rola. No mesmo dia podem querer um caranguejo-verde inteiro, noutro dia podem querer apenas metades, em outras ocasiões querem

apenas os peitos dos pilados, enfim… pode acontecer de tudo um pouco e por isso mesmo há que ir variando. Pode parecer um pouco conversa fiada mas faz mesmo muita diferença e isso comprova-se num barco com mais pescadores, onde trocando opiniões, se consegue perceber o que está a funcionar melhor, dando obviamente o desconto pois cada um terá a sua forma de pescar e sensibilidade. Só para se ter uma ideia, há dias em que o simples facto de o caranguejo ser ou não

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Pesca Desportiva

Na pesca das douradas não há dois dias iguais iscado com patas faz toda a diferença. Iscos alternativos Nem só de caranguejo vive

um pescador de douradas. Há outros iscos alternativos que podem fazer toda a diferença e até podem ser um recurso para os pescadores que não têm uma

sensibilidade tão apurada para “ir ao toque” do caranguejo ou, pura e simplesmente, para se habilitarem a umas douradas XXL. Um destes iscos é o ferrado ou

Iscos alternativos 50

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bucho de polvo. Trata-se de uma isca por excelência para peixes gran-


Pesca Desportiva

Variar as iscadas des à chumbadinha, seja aos pargos, robalos, sargos e, claro está, as douradas. Nesta isca a regra mantém-se e se a pesca estiver mais complicada deve optar-se por um ferrado mais generoso, do tamanho de uma noz ou ligeiramente superior; já se as douradas grandes estiverem em força podemos aumentar o tamanho da isca, podendo ser um ferrado do tamanho de um punho…sim, não é exagero. Nestes casos iscar com dois anzóis, em tandem, é uma

excelente opção. Passar despercebido... Não se pense que por a dourada andar em fundos consideráveis no inverno, que podem ir dos 40 aos 100 metros, é menos desconfiada por isso. Continua a ser um peixe bem manhoso e que acusa a pressão caso não tenhamos alguns cuidados, pois há outros que nos passam ao lado sem que possamos fazer nada.

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Pesca Desportiva

Passar despercebido… Estes fatores são muitas sondas abertas e a emitirem ecos permanentemente; os peixes apercebem-se disso e em locais frequentados por muitas embarcações pode ser complicado evitar o stress dos peixes. Muitos pescadores experientes que pescam à rola optam por desligar a sonda depois de detetado peixe no local, passando depois a guiarem-

se apenas pelo GPS e tentarem passar pelos mesmos locais onde detetaram peixe inicialmente. Isto é apenas um pequeno contributo, mas que pode ajudar a “escaldar” menos o pesqueiro. Um grande contributo que se pode dar – sobretudo a quem pesca no Algarve e costa vicentina - é quando tentamos tirar os moradores da

concha com um martelo. Para o efeito recomenda-se que se use uma base de madeira, se possível com um pano por baixo. Desta forma reduz-se o prejudicial barulho que se difundirá rapidamente na água e que deixará mais atentas as nossas queridas douradas. Duras, durinhas... Muito se tem discutido so-

Duras, durinhas… 52

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bre se a cana para pescar às douradas deve ser rija. Para isso peço apenas que façam o seguinte exercício e imaginem a boca de uma dourada. Pois, é dura, muito dura e para cravar bem o anzol é necessário que a cana seja durinha, mais ainda porque muitas vezes têm de se expor o bico do anzol que tem de atravessar a carapaça do caranguejo por não ter ficado exposto. A acrescer a isto que só por si valida a escolha de uma cana dura, imagine o que é ter uma cana mais macia e ter que responder aqueles toques rápidos das douradas. Isto é válido quer para as canas destinadas à pesca à chumbadinha quer às canas para pesca a vertical; nestas últimas o que variará é a ponteira, que simplesmente ditará a sensibilidade e forma de vermos os toques. O resto tem de ser potência para que o anzol se espete bem na boca muito óssea deste esparídeo. Fino, fininho... Quanto às linhas é consensual que as mesmas devem ser finas, preferencialmente em multifilamento. Agora a questão é: o que é que é fino? Para mim um 0,18 pode ser grosso e para outro pescador pode ser fino. Para baralhar mais as voltas à rapaziada, não há nos multifilamentos uma “verdade” muito grande e contrariamente aos monofilamentos e fluorocarbonos, é mais difícil aferir com muita exatidão o seu diâmetro. O conselho vai para que seja o seu bom senso e experiências adquiridas em épocas anteriores lhe digam se nesta época deve baixar ainda mais a espessura da linha, tendo como objetivo ganhar sensibilidade e mini-


Pesca Desportiva

Fino, fininho… mizar o efeito da aguagem. A nossa sugestão vai para algo entre o 0,10 e 0,16 mm, os quais dependerão da marca, pois há marcas em que um modelo de 0,10 é na verdade um generoso 0,16 ou mais. Por fim alertar para o facto de - se conseguir - optar por uma linha multicolor, algo muito útil em alguns momentos da pesca à dourada, nomeadamente quando andam levantadas do fundo.

no fundo é importante (pelo menos quando as douradas aí estão, pois sobem e muito), pelo simples facto de que se lá estiverem vão

investir de imediato sobre a isca e não as sentimos. Ter a noção de que quanto mais perto a oliva estiver da isca maior será a nossa sensi-

bilidade. Se me perguntarem se o peixe desconfia do chumbo peço que façam uma análise a dois pontos: (1) se já pescaram aos sar-

A eterna questão A chumbadinha continua a ser uma dor de cabeça para muitos pescadores. Não se perceber os toques levanta sempre a questão de que se está a fazer algo mal: se a chumbada está no fundo, se a mesma está encostada ao anzol, uma série de questões que é difícil explicar à pesca quanto mais nestas linhas. A palavra sensibilidade é a tónica dominante e perceber se o chumbo tocou 2017 Dezembro 372

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A eterna questão gos à chumbadinha já devem ter apanhado sargos com o chumbo encostado ao anzol; (2) já se deram ao trabalho de ver as vossas chumbadinhas novas ao fim de algum tempo de pesca? É que muitas vezes até as mesmas vêm com as marcas dos dentes…por isso não vamos por aí.

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Ir ao toque... Se perguntarem quando se deve ir ao toque isso é também algo subjetivo, sobretudo no caso da chumbadinha, em que isso varia e muito; é uma questão de ir tentando perceber como é que elas estão a comer para ver se temos de ferrar de imediato ou dar-lhes mais tempo para

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Ir ao toque… comer. Já na pesca vertical fundeada não é bem assim e, se estiver com dois estralhos, o mais certo é que se estiver à espera do terceiro toque, ele pode não vir a acontecer. O ideal é ferrar à primeira e isso é algo que tem a ver

com “a mão” de cada um, ou esperar pelo segundo toque. Aí é que não podemos falhar mesmo senão… toca a puxar para cima e iscar de novo. Se não tiver reflexos, encare o primeiro toque como um aviso…


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Surf

BATU BALI – Food & Friends

Já Abriu o Primeiro Restaurante

Português em Bali

Na conhecida zona de surf de Uluwatu, na península de Bukit, um verdadeiro cartão de visita para todos os surfistas que vão a Bali, podemos agora degustar a nossa gastronomia portuguesa.

A

li nasceu recentemente o Batu Bali (Batu significa pedra em indonésio), onde além de uma série de petiscos portugueses, tens como prato principal o típico “Bife na Pedra”, cozinhado numa pedra vulcânica. O menu do Batu Bali inclui ovos com farinheira, salada de polvo, moelas, ameijoas à bulhãopato, salada de grão com bacalhau, espetadas mistas, bife de atum, etc. O responsável por todas estas iguarias é o Chef Miguel Gonçalves, com uma vasta experiência em restaurantes, que aceitou este desafio. “Acho que foi mesmo pela aventura e pelo grande desafio que é abrir um restaurante português na Indonésia, que aceitei esta missão. Estou certo 58

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Surf

do sucesso e da afirmação da gastronomia portuguesa além-fronteiras,” comentou Miguel. João Patrocínio e Patrícia Curinha vão para Bali há muitos anos e, ao ficarem vários meses, tiveram a ideia de abrir o primeiro restaurante português na Indonésia. “Passados alguns meses de estarmos cá, tinhamos imensas saudades da nossa comida portuguesa, por isso achámos que fazia todo o sentido abrir um espaço, não só

para comer, mas também para receber os amigos.“ afirmou João, igualmente criador do Uni Sushi, na Ericeira e do Tawa, em Torres Vedras. Além do restaurante, constituído por dois andares e localizado à entrada da estrada mais concorrida do surf balinês, onde se encontram as praias de Bingin, Padang Padang, Impossibles e Uluwatu, podemos encon-

trar uma loja de souvenirs e a recriação de uma onda, para que todos os visitantes possam tirar fotos a simular um tubo, contribuindo assim para a Bali Life Foundation (www.balilife.org). A Bali Life Foundation é uma associação que ajuda todas as crianças de rua de Bali a terem uma vida melhor, facultando-lhes alimentação, educação e hospedagem.

A Taska Batu Bali – Food and Friends está pronta para receber todos os que queiram conhecer uma das maiores riquezas nacionais, a nossa gastronomia. Batu Bali Jalan Labuaint Sait n17 Uluwatu – Pecatu Tef: +62 81237564374 Facebook: batubali.restaurant Instagram: #batubali

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Vela

Volvo Ocean Race 2017/18

António Fontes

Navegador Rumo à Austrália A terceira etapa da Volvo Ocean Race largou no passado dia 10 de Dezembro da Cidade do Cabo na África do Sul para a Austrália com a chegada em Melburne, com o português António Fontes como navegador do veleiro da equipa “Sun Hung Kai/Scallywag”, que representa Hong Kong.

E

“Sun Hung KaiScallywag” tem agora António Fontes a navegador 60

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m prova está um veleiro com bandeira portuguesa e das Nações Unidas, o “RaceTurn the tide on plastic”, patrocinado pela Fundação Mirpuri de Portugal, de cuja tripulação fazem parte dois velejadores olímpicos portugueses, Bernardo Freitas e Frederico Melo. António Fontes, 44


Vela

António Fontes na base VOR em Pedrouços

contratação e realizar o sonho de fazer parte desta dura regata, foi o resultado de muito trabalho que realizou desde 2015 e experiencia que adquiriu na base da Volvo Ocean Race em Lisboa, onde teve a cargo a reparação e

Equipas Volvo Ocean Race Equipas

País

Skipper

RaceTurn the Tide on Plastic

Portugal/ONU

Dee Caffari

Sun Hung Kai/Scallywag

Hong Kong

David Witt

Mapfre Team

Espanha

Xabi Fernández

Dongfeng Race Team

China

Charles Caudrelier

AkzoNobel Team

Holanda

Simeon Tienpont

Vestas Team

USA /Dinamarca

Charlie Enright

Brunel Team

Holanda

Bouwe Bekking

Largada em Cap Town anos, licenciado em piloto para a marinha mercante, ex-campeão nacional de match racing, velejador solitário e profissional dede 2005, é a mais recente contratação da equipa “Sun Hung Kai/Scallywag”. Ele foi chamado a substituir o britânico Steve Hayles, que desistiu, depois de duas etapas, por razões que não foram explicadas. O velejador português diz que o que esteve por base nesta

“Dongfeng Race Team” à frente do “Vestas” 2017 Dezembro 372

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Vela

manutenção dos Volvo 65.

grande baixa pressão trazem os ventos fortes e ondas montanhosas. Oceano do Sul neste momento, ainda não está a experimentar as terriveis condições que todos esperavam e está relativamente agradável. O vento tem cerca de 10 nós. As velocidades dos barcos que estão todos na mesma área, tem sido baixa e o tempo tem estado relativamente benigno. A previsão é para ventos na faixa de 35 nós, com rajadas muito mais “Turn the Tide on Plastic da Fundação Mirpuri com a bandeira portuguesa fortes e ondas com técnica A frota largou da Ci- para Sul para a área mais de 6 metros são dade do Cabo rumando onde os sistemas de esperados para os pró-

Em Cap Town o Mapfre e o Brunel 62

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Vela

AkzoNobel à frente do Brunel

ximos dias. Desde a largada a equipa chinesa do “Dongfeng Race Team” com o francês Charles Caudrelier como skipper tem segurado uma pequena vantagem de 6 milhas sobre os espanhóis do “MAPFRE”, comandados por Xabi Fernandez.

O barco mais rápido na última medição é o “Turn the Tide on Plastic”, com a bandeira de Portugal na popa e com Dee Caffari em skipper, que vai bem mais ao norte da frota e com ventos mais fortes no momento, mas já a 90 milhas de distância dos da frente.

O veleiro Mapfre do team de Espanha

A 20 milhas dos dois que vão na liderança, estão o “Vestas” veleiro que representa os USA e Dinamarca, que leva o americano Charlie Enright como skipper, e quase juntos os dois veleiros com bandeira da Holanda “AkzoNobel” e o “Brunel”.

O “Sun Hung” com o skipper David Witt e António Fontes como navegador vai a 20 milhas atrás deste grupo. O Oceano Austral que possui uma mística incomparável para estes 67 velejadores, vai começar a puxar pela adrenalina de todos.

Dongfeng Race Team da China vai à frente 2017 Dezembro 372

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Notícias do Mar

Últimas Mundial de Surf Adaptado

Prova Valorizada pela Participação

N

uno Vitorino, único representante português, terminou no passado dia 3 de Dezembro, na praia La Jolla, na Califórnia, no ISA World Adaptive Surfing Championship, a sua bateria em 3º lugar, na primeira participação de Portugal neste campeonato. No total, encontram-se 109 atletas de 26 países em competição, num campeonato que bateu recordes de participação. Nuno Vitorino entrou confiante na água e conseguiu destacarse no início da sua bateria. O português começou a um bom ritmo e esteve prestes a fazer história na segunda surfada. No entanto, nos últimos minutos acabou por ser relegado para terceiro lugar, afastando a representação da seleção da participação na final. Um campeonato que vai, certamente,

mudar a história do surf adaptado em Portugal e garantir um futuro promissor para os atletas da modalidade. “Independentemente do resultado, esta participação foi, sem dúvida, um marco histórico para mim. Na água dei sempre o meu melhor, tentei fazer boas ondas. Esta competição ficará

sempre como aprendizagem para melhorar o meu surf”, realça Nuno Vitorino, o único atleta que Portugal levou para a Califórnia. Segundo João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf, o resultado não foi o pretendido, mas “esta primeira participação no Campeonato Mundial de Surf

adaptado é, e será, um marco que vai servir para motivar outros atletas a treinarem e a estarem presentes em futuras Seleções Nacionais. Para a FPS implica fazer ainda mais e melhor de forma a desenvolvermos o surf adaptado de forma a atingirmos mais e melhores resultados”.

Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com

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