Notícias do Mar n.º 379

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Vela

Fotografia Jesus Renedo GC32 Racing Tour

GC32 Lagos Cup

Franck Cammas com “Norauto” Venceu a Lagos Cup O conhecido velejador francês Franck Cammas, com o GC32 “Norauto” foi o grande vencedor da GC32 Lagos Cup, que terminou no Domingo dia 1 de Julho em Lagos.

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Norauto o GC32 vencedor 2

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barco francês dominou a prova desde o início da competição, que começou na quinta-feira, dia 28 de Junho, não dando quaisquer possibilidades aos adversários Os catamarãs GC32, criados por Mantin Fhisher em 2012, em virtude do seu espectacular andamento, em alta velocidade e quase sempre a voar, rapidamente criou grande entusiasmo nos velejadores, para neles navegarem e participarem em regatas. O GC32 é um bi casco com 10 metros de comprimento, 6 metros de boca.e o mastro com 16,50 metros de altura. As suas tripulações são constituídas por profissionais e amadores com muita


Vela

A Lagos Cup disputou-se num dos melhores campos de regata do Mundo

experiência. O GC32 Racing Tour disputa-se este ano com cinco etapas, a primeira das quais foi em Itália no Lago Garda e a segunda em Lagos. Com a Lagos Cup, foi a primeira vez que a GC32 Racing Tour visitou Portugal e teve lugar devido ao grande apoio da cidade de Lagos, da Sopromar, da Marina de Lagos e do Turismo do Algarve. O circuito dos catamarãs voadores passa agora para o seu terceiro evento, que vai ser a Copa del Rey Mapfre, em Palma de Maiorca, de 31 de Julho a 4 de Agosto. Depois o quarto será o GC32 Villasimius Cup na Sardenha em Itália de 12 a 16 de Setembro. O GC32 Racing Tour terminará em Toulon, França, que se disputará entre os dias 10 e 14 de Outubro Lagos acolheu pela primeira vez o circuito GC32 Racing Tour, a elite da vela

mundial, contando entre outros com a presença do britânico Ben Ainslie, que tem cinco medalhas olímpicas no currículo, no Team UK, e do francês Franck Cammas com o Norauto. Desde os primeiros treinos no fantástico plano de água da baía de Lagos, a opinião foi unânime, Lagos é o um dos melhores sítios do mundo para embarcações com foils. Este evento vai colocar o Algarve novamente na rota dos grandes eventos internacionais de vela, que são fundamentais na promoção do Algarve durante todo o ano. Hugo Henriques, da organização da GC32 Lagos Cup, explicou como a cidade do barlavento algarvio está no circuito de GC32: “O Clube de Vela de Lagos andava à procura de uma prova que pudesse mostrar o nosso campo de regatas e tornálo mais internacional. Te-

A tripulação vencedora 2018 Julho 379

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Vela

O Zoulou terminou em 2º mos uma série de equipas que treinam aqui durante o inverno e acham o local maravilhoso mas ter uma prova desta dimensão é

totalmente diferente”, refere e acrescentou a propósito dos preparativos: “O objetivo da organização é que o evento se mantenha a

médio/longo prazo, para a prova repetir-se nos próximos dois anos, até porque os organizadores do circuito procuram parceiros

Os ingleses do Ineos a rondar 4

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que garantam estabilidade a médio/longo prazo e Lagos reúne estas condições”, explica Hugo Henriques. Em termos de investimento a GC32 Lagos Cup ronda os 150 a 200 mil euros: “A Câmara Municipal de Lagos comparticipa com 50 por cento, depois a Marina de Lagos e a Sopromar


Vela

têm uma participação em trabalho e serviços que representa um valor semelhante e os restantes parceiros completam o valor necessário para que a prova se realize. No entanto, sabemos que no futuro será necessário encontrar mais parceiros para viabilizar este investimento”, conclui Hugo Henriques. Um final apoteótico com seis regatas Em Lagos o final foi apoteótico para a GC32 Lagos Cup. No último dia da competição foram disputadas seis regatas, o que permitiu cumprir na íntegra o programa previsto da segunda etapa da GC32 Racing Tour. No total, foram 20 regatas realizadas ao longo de quatro dias e um vencedor incontestável, o “Norauto”; “Tivemos condições de vento e mar muito boas ao longo da prova aqui em Lagos. Depois do bom desempenho no primeiro dia, soubemos consolidar a liderança., evitámos os erros e correu-nos muito bem.A organização foi top, tivemos bom ambiente e todos foram muito simpáticos”, resume Franck Cammas. Na derradeira jornada, o

Os neozelandeses do Frank Racing

A equipa inglesa com Ben Aiinslie ficou em 4º 2018 Julho 379

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Vela

Os australianos no Filme Racing “Norauto” venceu apenas uma das seis, mas alargou a sua vantagem para os segundos classificados, os também gauleses do “Zoulou”, de Erik Maris. No final, 15 pontos separaram os dois primeiros. A grande dúvida antes das seis regatas do último dia era saber quem ficaria com o terceiro lugar do pó-

dio, dado que apenas oito pontos separavam 4 barcos. Levaram a melhor os suíços do “Realteam”, de Jérôme Clerc. Na sua estreia na GC32 Racing Tour, o “Ineos” do Team UK, do britânico Ben Ainslie, foi quarto classificado. O cinco vezes medalhado olímpico fechou a sua participação triunfando na

última realizada na baía de Lagos. Os neozelandeses do “Frank Racing”, de Simon Hull, foram quintos e terminaram em excelente plano, alcançando duas vitórias hoje, o que lhes permitiu conquistar o Troféu Owner Driver. Os norte-americanos do “Argo”, de Jason Carroll, aca-

bam a prova de Lagos na 6ª posição, seguidos dos australianos do .”film Racing”, de Simon Delzoppo. Os argentinos do “Código Rojo”, de Federico Ferioli, com o português Renato Conde a bordo foram oitavos, numa prova em que capotaram no primeiro dia. Christian Scherrer, responsável pela gestão do circuito GC32, não esconde a satisfação por estar em Lagos: “Tivemos sempre o desejo que o circuito passasse por Portugal, o que não tinha sido possível até este ano. Por isso estamos muito felizes de estar num local tão bonito como Lagos, que foi escolhido pelas excelentes condições para a prática da vela durante o mês de Junho e também pelo excelente acolhimento das entidades locais, da Marina de Lagos e da Sopromar. Todos tiveram uma atitude muito positiva e possibilitaram que o evento acontecesse, mesmo com pouco tempo para organizar”.

A baía de Lagos é um estádio para a Vela 6

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Economia do Mar

Em Setembro, Todos os Caminhos Marítimos Vêm dar a Portugal

Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino Nos meses de Setembro e Outubro, todos os caminhos do Mar vêm dar a Portuga. Durante duas semanas, o nosso país receberá quatro dos principais eventos mundiais sobre diversas atividades ligadas aos Oceanos, com foco na Economia, na Ciência, no Ambiente ou nos temas Sociais.

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Porto de Sines 8

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apresentação oficial destes eventos decorreu na terça-feira, dia 26 de junho, na Gare Marítima de Alcântara, tendo sido presidida pela Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino. A sessão contou com a presença de representantes de mais de 50 Embaixadas, o que espelha a atenção e interesse internacional nos certames que Portugal acolherá no final de setembro e início de outubro. Graças ao esforço do Ministério do Mar de Portugal e da Sea and Shipping Innovation (criador da London International Shipping Week) o primeiro destes eventos é a Portugal Shipping Week


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2018, que irá decorrer entre os dias 17 e 21 de setembro. O prestigiado evento internacional sobre Transporte Marítimo decorrerá em Portugal, devido ao grande empenho de Ana Paula Vitorino, prometendo trazer ao nosso país os principais especialistas mundiais do sector para a discussão das novas realidades e dos novos desafios do Transporte Marítimo mundial. A Portugal Shipping Week reunirá o mundo lusófono da Europa, América do Sul, África e Ásia, ao lado de líderes da indústria marítima internacional. É uma excelente oportunidade para os armadores, operadores e investidores, bem como representantes de toda a comunidade marinha, conhecerem, criarem redes e desenvolverem novas e importantes relações comerciais com os líderes do sector marítimo português. Em simultâneo com a Portugal Shipping Week 2018, decorrerá também a Seatrade Cruise Med 2018, entre os dias 19 e 20 de setembro. Trata-se de um dos maiores eventos do mundo sobre o sector dos cruzeiros – e o maior para a região do Mediterrâneo –, cuja organização foi este ano entregue ao Porto de Lisboa, graças ao esforço conjunto do Ministério do Mar e da APL Administração do Porto de Lisboa. O Seatrade Cruise Med é o principal evento comercial da indústria de cruzeiros para a região do Mediterrâneo e os mares adjacentes. Seja qual for o sector de cruzeiros onde os participantes actuem, há o maior interesse em terem um papel a desempenhar no desenvolvimento da região. Aprender com as mentes mais brilhantes da indústria; ser inspirado por novas ino-

Porto de Leixões vações; construir relacionamentos que levem a novas oportunidades de negócios é essa o intersse em participar no Seatrade Cruise Med. O Seatrade Cruise Med promete ser mais do que apenas uma feira comercial. Irá promover discussões abertas sobre o futuro do cruzeiro na região do Mediterrâneo e tornar-se o motor para facilitar o seu crescimento contínuo. A semana da Portugal

Shipping Week 2018 terminará com um outro evento que vem ganhando prestígio à escala global, a nível de governança dos Oceanos: o Oceans Meeting. A edição de 2018 do certame promovido anualmente pelo Ministério do Mar decorrerá entre os dias 20 e 21 de setembro, trazendo ao nosso País vários governantes mundiais e representantes das principais entidades internacionais ligadas aos Oceanos.

Estas duas semanas, em que o foco dos temas do Mar estará apontado a Portugal, terminarão com nova edição da BioMarine Business Convention 2018, certame internacional de grande prestígio, a decorrer entre os dias 2 e 4 de outubro em Cascais, onde serão discutidos os grandes temas da Economia Azul, com o principal foco assente na sustentabilidade dos Oceanos. O sector marítimo tradi-

Porto de cruzeiros em Lisboa 2018 Julho 379

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Vela

Recursos biológicos marinhos estão a ser estudados por cientistas portugueses cional e os sectores emergentes, como a biotecnologia marinha, são ativos altamente valiosos para Portugal, pois permitem que nossa economia inove e se desenvolva. Esta é uma es-

tratégia ambiciosa que visa apoiar o nosso conhecimento, a fim de desenvolver o enorme potencial do nosso espaço marítimo de uma forma sustentável que não é apenas respeitoso com os

ecossistemas, mas também rentável para a economia. Felizmente, Portugal está enfrentando uma reorganização de vários grupos que trabalham no sector marinho, que entendem que jun-

Organismos marinhos em investigação para a dor crónica 10

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tos eles são mais fortes e mais competitivos. É o caso de um grupo de actores (empresas, grupos de pesquisa, associações) trabalhando nos recursos biológicos marinhos e na cadeia de valor azul da biotecnologia. Devese incentivar a colaboração cruzada entre actividades e sectores da economia azul, nacional e internacionalmente. É por isso que Portugal apoia a Organização desta Convenção em 2018, promovendo empresas portuguesas e proporcionando um espaço privilegiado para estimular negócios sustentáveis ​​na área de recursos biológicos marinhos. Esta é uma oportunidade excepcional para estabelecer as bases para novas parcerias frutíferas, beneficiando as nossas sociedades e nosso meio ambiente.


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Náutica

Marina de Vilamoura Boat Show 2018

Texto e Fotografia Antero dos Santos

A Yamaha ocupou cerca de um terço do espaço

Yamaha em força em Vilamoura O Boat Show que decorreu este ano entre os dias 9 e 17 de Junho, organizado pela Marina de Vilamoura, teve uma forte presença da Yamaha com o evento “Experience Yamaha” com os seus parceiros, fabricantes e importadores de embarcações motorizadas Yamaha, dispondo de um pontão da marina para os barcos dos test drive facilmente sairem para o mar.

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ste ano, o Boat Show ocupou com stands todo o lado nascente da marina. Neste lado a Yamaha com os seus concessionários e parceiros ocupou cerca de um terço do espaço. Com um total de

40 pessoas a atender o público, as informações sobre qualquer das embarcações expostas foram sempre afavelmente prestadas. Para além dos motores Yamaha, os visitantes tinham bastantes barcos ex-

postos em seco e também na água, a melhor maneira de avaliar as características das embarcações e o seu desempenho. O objectivo da “Experience Yamaha” é dar motivação e gosto de andar

Entrada para o pontão dos barcos motorizados Yamaha 12

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de barco e incentivar mais experiências até que o interesse da aquisição de um barco seja uma realidade. A Yamaha nestes eventos conseguiu que muitos montassem pela primeira vez numa moto de água e se calhar também num barco de recreio. A Marina de Vilamoura tem excepcionais condições para este tipo de eventos, proporcionando saídas que oferecem a maravilhosa paisagem da praia da Galé ou as praias da Quarteira e Vale do lobo. Barcos testados em Vilamoura Foi extremamente interessante testar os barcos que ainda não tínhamos tido a oportunidade de conduzir e medir as suas performances. Neste artigo vamos dar algumas informações sobre os modelos que testámos e depois faremos a apresenta-


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ção completa dos testes nas próximas edições do Notícias do Mar. Brig 570 Navigator com Yamaha F100 Trata-se de um semi-rtgido com 5,70 m de comprimento, de estilo desportivo e rápido, que está equipado para uma boa utilização polivalente. Tem uma consola central com bastanet informação e o piloto dispões de um banco duplo com encosto. Atrás tem um banco corrido e comporta um - rollbar”. À frente da consola comporta um banco estofado e junto à proa um assento com estofo. Para guardar palamenta e equipamentos comporta um porão à proa, um porão à popa e compartimentos na consola e no banco do piloto.

Empresas presentes no YAMAHA EXPERIENCE VILAMOURA / VILAMOURA BOAT SHOW ANGEL PILOT/BG – com stand próprio junto à Yamaha, mais CAPELLI no Yamaha Experience. NAUTISER – com stand próprio junto à Yamaha, mais JEANNEAU, COBALT e GLASTRON no Yamaha Experience RIAMAR – área no Lounge Powered by Yamaha, mais RIAMAR no Yamaha Experience NAUTICOLOUR – Importador da GRAND, área no Lounge Powered by Yamaha, mais GRAND no Yamaha Experience DIPOL - área no Lounge Powered by Yamaha, mais DIPOL no Yamaha Experience ALGARVE BOATS – com stand próprio mais ou menos próximo da Yamaha, mais BRIG no Yamaha Experience MOTOLUSA – com CAP FERRET no Yamaha Experience AUTO-VALENTE – concessionário de Tavira, presente no Yamaha Experience e alguns dias do Vilamoura Boat Show para venda MOURAFIBRA – concessionário de Vilamoura, presente no Yamaha Experience e no Vilamoura Boat Show para venda Quanto a performances medimos: Arranque: 1,78 segundos Velocidade de cruzeiro: 19/20 nós 3500 Velocidade máxima: 30 nós às 5000 rpm

Cap Camarat 650 DC com Yamaha F175 É barco day cruiser, com 6,40 metros de comprimento, muito bem equipado para oferecer a um casal pernoi-

tar com muito conforto num fim-de-semana ou até numas mini-férias numa espaçosa cabina. É um barco para o mar, porque tem o clássico casco em V dos Cap Camarat e o

Brig 570 Navigator com Yamaha F100

Cap Camarat 650 DC com Yamaha F175 2018 Julho 379

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Náutica

Capelli Tempest 570 com Yamaha F80 poço muito seguro, porque tem a altura de borda bastante alta e está protegido pelo longo pára-brisas. O piloto tem um banco individual, existe um banco à popa e o copiloto dispõe de um banco encosto Para os esquiadores, acima do motor, existe à popa um anel de fixação dos esquis As performances foram: Arranque: 1,98 seg. Velocidade de cruzeiro: 20/22 nós 3500 rpm Velocidade máxima: 35 nós às 5200 rpm Capelli Tempest 570 com Yamaha F80 Embarcação do Grupo Angel Pilot, é um semi-rígido com 5,60 metros de comprimento, que está equipada

para a Marítimo-Turística, para alugar e oferecer muita polivalência. Apresentavase com os tubos em cores laranja e branco pérola e o motor Yamaha igualmente em branco. Com os tubos construídos em Neoprene/Hypalon de 1100 dtex, o barco comporta uma consola central de condução alta e o piloto tem um banco duplo. À popa fica um banco corrido e junto à proa existe um assento estofado. Para as arrumações o barco tem um porão à proa e outro à popa e compartimentos na consola e no banco do piloto. Tem ainda roll-bar e bimini. Quanto a performances: Arranque: 1,50 segundos Velocidade de cruzeiro: 19/20 nós às 4000 rpm Velocidade máxima: 5500

33 nós Cap Ferret 552 Open com Yamaha F70 Barco do tipo polivalente, com 5,35 metros de comprimento, serve bem ´para os pescadores e para os desportos aquáticos. A consola de condução é central bastante larga e tem o pára-brisas arredondado. O piloto e o copiloto têm bancos individuais estofados e giratórios e à popa existe um banco corrido com encosto. À frente existem bancos convertíveis num amplo solário. Na borda estão dois porta canas Para arrumar palamenta e equipamentos existem porões à proa e sob o

banco da popa.e ainda um compartimento na consola. As medições das performances foram: Planagem: 1,78 segundos Velocidade de cruzeiro: 17/18 nós às 4000 rpm Velocidade máxima: 29 nós às 5800 rpm Dipol 680-P Sport Fisher com Yamaha F150 Com diversos modelos construídos com o mesmo casco, com 6,70 metros de comprimento, a Dipol lançou um barco pescador para a pesca embarcada e que serve igualmente para a Marítimo-Turística, para jornadas de pesca. O barco tem um interior desafogado e uma excep-

Cap Ferret 552 Open com Yamaha F70 14

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cional estabilidade, que os pescadores gostam para se movimentarem com segurança. Ao centro fica a consola de condução com um Hard Top em aço inox e toldo. O piloto tem um banco duplo para condução em pé. Junto à proa existe um assento com almofada. Na popa há um assento estofado de cada lado. O banco do piloto tem atrás uma mesa rebatível. Para arrumações existe um porão sob o assento da proa e compartimentos na consola e no banco do piloto. Fizemos as seguintes performances: Planagem: 1,22 segundos Velocidade cruzeiro: 19 nós às 3500 rpm Velocidade máxima: 38 nós às 5700 rpm

Glastron 180 GTS com Yamaha F130 É uma embarcação do tipo bowrider, com 5,40 metros de comprimento, que apresenta um estilo desportivo bem reforçado pela decoração do casco e do interior. O casco tem o design tradicional Glastron em V com o ângulo à popa com 20 graus, para garantir o máximo conforto a navegar. No poço tem dois bancos individuais para o piloto e o copiloto e um banco corrido à popa. Para servir os esquiadores tem à popa duas longas plataformas. O pára-brisas abre-se ao meio e à frente existem dois confortáveis bancos encosto. Tem também um bimini Quanto às medições fizemos: Arranque: 1,94 segundos

Dipol 680-P Sport Fisher com Yamaha F150 2018 Julho 379

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Glastron 180 GTS com Yamaha F130 Velocidade cruzeiro: 19/20 nós às 4000 rpm Velocidade máxima: 42 nós às 6000 rpm Grand 580 com Yamaha F130 É um semi-rígido com uma forma elegante e desenhado dando grande valor à ergonomia, com 5,85 metros de comprimento. Sobressai no barco a bo-

nita consola de condução central, com um alto párabrisas e um banco à frente. O piloto temum banco encosto para a condução de pé. À popa encontra-se um confortável e muito ergonómico banco corrido. Junto à proa encontra-se um banco que se converte num amplo solário Em vez do clássico Roll

bar,destacase neste barco o suporte das luzes em aço inox lançado para trás. As performances foram: Arranque: 1,53 segundos Velocidade cruzeiro: 20/22 nós às 4000 rpm Velocidader máxima: 35,2 nós às 6200 rpm YAM 310 com Yamaha F20 Trata-se dum novo Semi-Rí-

gido de Casco em Alumínio com equipado com o novo Yamaha F20. O YAN 310, com o comprimentos de 3,10 metros, tinha um assento tipo jockey. Têm como carcterística o casco em V e o fundo anti-derrapante. Fizemos o seguinte teste: Planagem: 3,15 segundos (com o corpo bem encostado à frente). Velocidade máxima 26 nós

Grand 580 com Yamaha F130

YAM 310 com Yamaha F20 16

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Náutica

Apresentação em Baveno dos novos Fora de Borda Mercury V8

Texto Antero dos Santos Fotografia Antero dos Santos/Mercury

Mercury Lança Motores Da Nova Era Na maravilhosa paisagem de Baveno, no Lago Maggiori em Itália, nos passados dias 29 e 30 de Maio, a Mercury apresentou à imprensa internacional da especialidade uma nova gama de motores fora de borda, os motores V8, motores que pelas suas características especiais e potências, a começar nos 200 HP, vão agitar muito o mercado e a escolha dos estaleiros no fora de borda a equipar os barcos que constroem

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Mercury Marine montou a sua base no Grand Hotel Dino de Baveno, um sumptuoso hotel junto á água, com uma espectacular vista sobre o lago e com pontões para amarrar os barcos.

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Assente no êxito das tecnologias aplicadas nos motores a 4 tempos de 150 HP e no sucesso das secções intermédias dos motores Verado, os engenheiros da Mercury desistiram dos blocos dos motores de 6 cilindros em linha e lançaram-se na concepção, desenvolvimento e fabrico interno de uma nova gama de motores fora de borda a 4 tempos de maior cilindrada e fizeram um bloco de 3,4 litros V6 e com o peso de apenas 216

Kg.. Logo de seguida, com as tecnologias e materiais usados na produção dos motores V6, desenvolveram um novo motor que pesa só mais 62 Kg, com um bloco de 8 cilindros em V com 4,6 litros de cilindrada, graças a ligas de alumínio mais leves e resistentes. Com estes reduzidos pesos, os novos V6 e V8 da Mercury são os motores fora de borda mais leves a 4 tempos, nestas cilindradas e

potências. Outra característica dos novos fora de borda Mercury de altas potências é terem deixado de usar o compressor volumétrico que se aplicava nos motores Verado, porque passaram a ser de aspiração natural, terem cilindradas altas e disporem de maiores potências Como é a secção intermédia que agarra o barco e é nela que se fixa o motor e a coluna, é de extrema importância o seu bom de-


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A Secção Intermédia é uma das partes mais importantes dos novos V8

A base Mercury nos pontões do Grande Hotel Dino em Baveno sempenho, para reduzir ao mínimo as vibrações que se transmitem à embarcação com o motor a trabalhar. Em virtude da robustez e fiabilidade nos motores Verado 6L das secções intermédias AMS (Advanced Mid Section), os engenheiros da Mercury decidiram aplicálas também nos novos motores. Conforme os modelos são aplicadoas igualmente a secção intermédia CMS (Conventional Mid Section), similar à actual dos novos Mercury V6. A alta cilindrada do novo V8 gera um binário elevado, especialmente na faixa intermedia. Com quatro válvulas por cilindro DOHC, os novos motores, para além do bi-

nário, têm uma aceleração inigualável, desde o limite inferior da faixa de potência até a velocidade máxima do motor Os V8 são compatíveis com os controlos digitais desenvolvidos pela Mercury e comportam a direcção eletro-hidráulica para uma condução suave. Estão também

equipados com o controlo de velocidade adaptável, para oferecerem maior resposta do acelerador e uma sensação de navegação rápida e segura. Os novos V8 estarão disponíveis com comandos digitais (DTS), direcção hidráulica e o Mercury Joystick Piloting, oferecendo a máxi-

ma facilidade de manobra e controlo do barco. Quanto às cores a Mercury promove também uma revolução. Agora passa a existir motores negros e motores brancos e ainda podem ser personalizados com diferentes cores, com cinco painéis coloridos de fábrica e painéis para os proprietá-

A Secção Intermédia é que suporta todas as vibrações dos motores 2018 Julho 379

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Dois Mercury V6 225 equipavam o Jeanneau Cap Camarat 9 rios pintarem com diversas combinações de cores. Esta nova plataforma substitui os modelos V6 250 XS e 300 XS de dois tempos.

A revolução Mercury com os novos V6 e V8 atingiu toda a sua gama de motores dos 175 HP até aos 300 HP. Deste modo foram substituí-

dos 66.modelos e introduzidos 92 novos de 175, 200, 225, 250 e 300 HP. Esta espectacular oferta de motores fora de borda,

Mercury Verado V8 300 HP montado num Flipper 670 DC 20

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num tão grande leque de potências, vai estimular bastante o mercado. Em Baveno a Mercury apresentou-nos algumas das inovações, bem como o bloco do motor desmontado e a secção intermédia avançada que incorpora montagens que reduzem à mais baixa vibração e o ruído do motor em funcionamento. O design angular da tampa do motor dá-lhe um visual moderno e aerodinâmico, associado a rapidez Com tantos cilindros, agora oito, pensávamos que o motor era maior. Montados nos dezoito barcos que foram testados, pareciam motores mais pequenos. A Mercury em Baveno montou os novos V6 e V8 em dezoito embarcações, com motorizações simples e duplas, para demonstrar o enorme leque de tipo de bar-


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Dois Mercury Verado V8 300 HP num Axopar 37 Sun Top cos para os quais os novos motores estão perfeitamente adequados. Dez dos barcos em teste eram semi-rígidos e oito dos modelos eram de

casco em fibra. Teste no Nuova Jolly Prince 30 com dois

Mercury V8 300 Da conhecida marca italiana Nuova Jolly de modelos topo de gama, encontravase o modelo Prince 30, com

Dois Mercury V6 200 HP estavam num Black Fin Elegance 9 22

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9,50 metros de comprimento, e motorizado com dois Mercury V8 300. Facilmente, vimos uma das características dos Mercury V8, que nos agradou bastante, que foi a reduzida vibração dos motores no painel de popa, tanto a trabalhar parados, como em andamento e em altas velo-


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Dois Mercury V8 300 HP no Nuova Jolly Prince 30 cidades. Qualidade que se salienta ainda mais, quando estão instalados dois motores, como testámos no Nuova Jolly Prince 30, quando usámos o Joystick num exercício de atracagem, os motores e as colunas a funcionarem, cada um para seu lado até o barco encostar ao pontão e o painel de popa

Mercury V6 200 HP no Valiant 685 Classic

quase sem vibração. Nas acelerações o barco saltou rapidamente para a frente, mas os motores quase não se ouviam.

No teste de velocidade máxima atingimos 55 nós. Devemos salientar que os motores têm uma exclusiva tecnologia Advanced

Sound Control que permite aos utilizadores alternarem entre uma condução ultrasilenciosa e outra de um modo desportivo com maior

Mercury V8 Sea Pro 250 no Valiant 630 Black Carbon 2018 Julho 379

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presença do motor.

Mercury V8 Sea Pro 250

Teste no Valiant 630 Black Carbon com Mercury V8 250 SeaPro Da marca Valiant de semirígidos da BrunswiK Marine, que chegaram a ser construídos em Portugal, estava para ser testado o modelo Valiant 630 Black Carbon, com 6,30 metros de comprimento equipada com o Mercury V8 250 SeaPro. A primeira impressão que tivemos ao entrar no barco era que o motor era mais pequeno, porque ocupava pouco espaço à popa. Mas o motor era um V8 de 250 HP. O Valiant 630 Black Carbon é um barco para profissionais e clubes náuticos, preparado para transportar carga e com 250 HP como potência máxima. O motor instalado, o Mercury V8 250 SeaPro, destinase a cobrir os segmentos de pesca, marítimo-turística e de trabalho. Também no teste de aceleração a resposta do motor foi imediata e o barco descolou rápido, com o motor quase sem se ouvir. Esta foi precisamente a característica que marcou mais. Também levámos a velocidade ao máximo e o Black Carbon atingiu 48 nós.

Para a Europa estarão disponíveis os seguintes motores V8 verado 250 HP / 300 HP. Sustituirão os actuais Verado 6L de 250 HP e 300 HP. V8 Pro Xs 200 HP / 225 HP / 250 HP / 300 HP V8 SeaPro 225 HP/ 250 HP / 300 HP / 300 HP V6 Pro XS 175 HP / 200 HP

Mercury V8 300

Especificações Técnicas Mercury 250 / 300

Dois Mercury V8 300 HP 24

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Tipo de Motor

V-8

Cilindrada

4.6 L

Configuração

32-valve DOHC

Regime de rotação rpm

5200-6000

Arranque

SmartStart electric

Relação de caixa

1.85:1

Alternador

115 amp (1449 watt

Sistema de Trim

Power trim and tilt

Peso

272 kg

Direção

Electro-hydraulic power steering; JPO (optional)

Altura de colunas

508mm, 635mm, 762mm


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Notícias Touron

Mercury Marine Apresenta os Novos V8 Verado e ProXS de 175 a 300 CV

Mercury V8 300 A Mercury Marine, líder mundial em propulsão e tecnologia marítimas, tem o prazer de apresentar os novos motores fora de borda 4.6L V-8 - os 250 e 300cv200 os Verado® e os 225, 250 e 300cv Pro XS® e, também, o Pro XS® 175hp 3.4L V-6.

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stes motores fora de borda de última geração fazem parte do maior programa de desenvolvimento de novos

produtos que a Mercury realizou nos seus quase 80 anos de história, o que levou a um grande investimento na expansão das suas li-

Mercury V6 e V8 de 175 aos 300 HP 26

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nhas de produção. “O FourStroke V-6 foi o primeiro passo nos lançamentos de 2018, pelo que estamos muito entu-

siasmados em anunciar oficialmente o segundo passo”, disse John Pfeifer, presidente da Mercury Marine. “Os novos motores V8, tal como os V-6, estabelecem, aos olhos do consumidor, um novo marco na indústria marítima.” Os novos motores V-6 e V-8 da Mercury são totalmente adaptáveis a todas as necessidades da grande variedade de segmentos da náutica, desde o desempenho refinado do Verado até à eficiência de combustível do FourStroke, passando pela vantagem competitiva que o Pro XS oferece aos praticantes desportivos. Juntamente com a família 3.4L V-6 recentemente lançada, os novos motores V-8 completam o portfólio da Mercury, líder de mercado na faixa de 175-


Náutica

300hp. “Estes motores são naturalmente aspirados, resitentes, poderosos e oferecem opções ao consumidor que este nunca antes teve”, disse Pfeifer. “Esta nova linha vai ao encontro das solicitações dos consumidores e estamos muito satisfeitos em lhes disponibilizar esta oferta.” Projetados, desenvolvidos e fabricados internamente, os motores 4.6L V-8 a 4 Tempos de aspiração natural compartilham o lendário DNA da unidade de tração de quatro válvulas (QC4) da Mercury Racing completo com cabeças de cilindro de quatro válvulas de alumínio e árvore de cames dupla (DOHC). Estes estão integrados no bloco V-8 da Mercury, embalado com hardware de alto desempenho. A nova plataforma substitui os modelos V-6 250XS e 300XS de dois tempos.

dução ultra-silenciosa. A avançada secção intermédia avançada (AMS) desta nova geração de motores V-8 incorpora montagens que proporcionam a mais baixa vibração no seu segmento, enquanto as barreiras sonoras tornam-nos nos mais silenciosos fora de borda da sua classe. A exclusiva tecnologia Advanced Sound Control permite que os utilizadores alternem entre uma operação ultra-silenciosa e um modo desportivo mais vincado. Os novos V-8 Verado de 250 e 300cv estarão disponíveis com comandos digitais (DTS) e direção hidráulica, Mercury Joystick Piloting, oferecendo máxima manobrabilidade e controlo, podendo, também, ser personalizados com diferentes cores.

Opções de cor Os opcionais de cor Cold Fusion da Mercury ou o popular Phantom Black, podem ser combinados com cinco painéis coloridos de fábrica e painéis “prontos para pintura”, permitindo aos proprietários misturas, combinações de cores ou que pintem seus próprios painéis para personalizar ainda mais o motor. Novos 175-300 cv Pro XS Os novos motores fora de borda 175 V-6 Pro XS e 200, 225, 250 e, pela primeira vez, 300 cv V-8 Pro XS são pura e simplesmente a próxima geração de desempenho de navegação desportiva. Apresentando um novo capô compacto da Mercury, estes motores oferecem tudo para serem os mais competitivos

na água, incluindo um binário elevado, alta cilindrada e aceleração superior devido ao seu design quad-cam e à tecnologia Transient Spark. O V-8 Pro XS de 250cv superou o principal concorrente, tanto em aceleração quanto em velocidade, em testes no mar - e teve 16% a mais de economia de combustível a velocidade cruzeiro. Todos os motores V-6 e V-8 Pro XS possuem controlo de velocidade adaptativo, que mantém a rotação desejada, independentemente da carga ou condições. O sonido da exaustão ajustado ao desempenho do Pro XS foi projetado para oferecer uma qualidade de som, sendo muito mais silencioso do que a concorrência, tanto em velocidade de cruzeiro como a velocidade máxima.

Novos Verado 250 e 300 cv Os novos motores fora de borda V8 Verado de 250 e 300 cv elevam, ainda mais, os standards da indústria marítima. Continuando o legado do Verado como o motor fora de borda mais refinado na água, o novo design quad-cam de alta cilindrada do novo V-8 gera um binário elevado, especialmente na faixa intermedia. Os V-8 Verado são compatíveis com os controlos digitais (fruto da engenharia da Mercury) e direcção eletrohidráulica para operação suave. Equipados com Controlo de Velocidade Adaptável, oferecem maior resposta do acelerador e uma sensação de navegação “desportiva”. A experiência de condução do Verado é reforçada pela redução NVH, líder na sua classe, para uma con-

Mercury V8 300 2018 Julho 379

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Náutica

Notícias Touron

Mercury Marine Apresenta os Novos V8 225, 250 e 300 CV SeaPro para Utilização Comercial A Mercury Marine, líder mundial em propulsão e tecnologia marítimas tem o prazer de anunciar a expansão de sua gama SeaPro de motores fora de borda para utilização comercial com dois novos modelos 4.6L V-8. Após o lançamento do V-6 SeaPro de 200cv, em Fevereiro, os novos motores V-8 SeaPro de 225cv, 250cv e 300cv trazem a resistência, fiabilidade e eficiência que distinguem a marca SeaPro.

N

a apresentação, Tim Reid, vicepresidente de desenvolvimento e engenharia de produto da Mercury Marine, disse “O mercado comercial é muito importante para nós e estes motores completam a gama de motores fora de borda de utilização comercial de alta potência, o que nossos clientes há muito vinham solicitando” Estes novos motores aportam à Mercury uma linha completa de motores comerciais a 4Tempos de 40 28

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a 300 cv. Os novos motores SeaPro FourStroke de 225 a 300 cv da Mercury foram desenvolvidos para oferecer maior cilindrada e peso mais leve que os modelos da concorrência; De facto, cada um dos modelos SeaPro V-8 com Secção intermédia CMS (Conventional Mid Section) é o mais leve de sua classe. “A Mercury calibrou os novos modelos V8 SeaPro para oferecerem grande binário a níveis mais baixos de rpm, permitindo que os utilizadores trabalhem com

força, sem sobrecarregar o motor, enquanto seu design excepcionalmente compacto e leve e a Otimização de Faixa Avançada (ARO) maximizam a poupança em combustível. Fieis ao legado da SeaPro, os novos modelos V-8 SeaPro de 225-300 CV foram concebidos para proporcionar anos de desempenho sem problemas. São fabricados com componentes de serviço rigorosas para lidar com as exigências de operação comercial global - incluindo uma caixa de

engrenagens que assegura três vezes a vida útil duma caixa de engrenagens para utilização em recreio. Secção intermédia AMS (Advanced Mid Section) O novo V8 SeaPro de 300 cv está disponível com a Advanced Mid Section (AMS), exclusiva da Mercury, que move o motor para trás e para fora, eliminando virtualmente a vibração transmitida ao barco. De facto, a vibração transmitida é 60%


Náutica

Mercury V8 SeaPro 300 Mercury V8 SeaPro 250 menor do que o motor de 300 cv do concorrente líder. Os modelos equipados com AMS contam com direção eletro-hidráulica e são compatíveis com o sistema de pilotagem por joystick (JPO) da Mercury, que oferece controlo e manobrabilidade máximos. Outras inovações que se destacam nos novos modelos SeaPro de 225 a 300 cv - Compatibilidade com direção hidráulica ou mecânica e com o Big Tiller da Mercury. - O Controlo de Velocidade Adaptativo permite que os novos motores SeaPro mantenham as rpm dese-

jadas, independentemente das mudanças de carga ou condições, sem ajustes na posição da alavanca do acelerador - uma novidade em motores fora de borda. - Excepcionalmente suaves e silenciosos - a entrada de ar multi-câmara sintonizada minimiza o ruído; as tampas do injetor de com-

bustível reduzem o ruído de alta frequência. O motor SeaPro V-8 CMS de 300hp é mais silencioso que todos os concorrentes, incluindo 15-30% mais silencioso do que o concorrente a 4 Tempos mais próximo. - Tecnologia de gestão da bateria única no sector quando a voltagem da bate-

ria diminui, o motor aumentará automaticamente as rpm em marcha lenta para impulsionar a saída do alternador e recarregar as baterias, evitando, por exemplo, ficar sem carga de bateria durante uma operação de pesca. - O alternador de alta potência nos modelos SeaPro V-8 CMS oferece 20 amp líquidos em inativo e 85 amp de pico, enquanto o motor SeaPro AMS 300 cv V-8 possui um alternador de 115 amp líder na sua classe. - Manutenção fácil e intuitiva - os modelos SeaPro de 225 a 300 cv vêm equipados com um kit de filtro de combustível de separação de água montado no barco, medidores de diagnóstico SmartCraft e um suplemento manual do proprietário gráfico. A exclusiva porta de serviço Top Cowl simplifica a manutenção de rotina - possibilita a verificação do nível de óleo ou adicionar óleo sem remover a tampa superior. - O Controlo de Velocidade Adaptativo permite que os novos motores SeaPro mantenham as rpm desejadas, independentemente das mudanças de carga ou condições, sem ajustes na posição da alavanca do acelerador - uma novidade em motores fora de borda.

Mercury V8 225 com cores diferentes 2018 Julho 379

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Náutica

Notícias Touron

Mercury Marine Acrescenta V8 e V6 à sua Gama de Motores Fora de Borda Pro XS

Mercury V6 200 HP

A Mercury Marine, líder mundial em tecnologia de propulsão marítima, anunciou hoje a adição de novos motores fora 4.6L V-8 Pro XS de 200-300 cv e um novíssimo 3.4L V-6 175hp Pro XS. Estes espectaculares novos motores expandem a oferta da Mercury para competição e representam a próxima geração de motores fora de borda de elevado desempenho.

J

ohn Lasschuit, gestor de produtos da EMEA disse “A apresentação destes novos modelos Pro XS de alta potência culmina um processo iniciado em 2016 para completar de forma abrangente toda a marca Pro XS com engenharia de maior desempenho, mais economia de combustível, fiabilidade e durabilidade inigualáveis com um peso leve “, acrescentando “Agora temos uma família completa de motores fora de borda Pro XS de alto 30

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desempenho, de 115 a 300 cv, que o nauta desportivo vai adorar.” Novos V-8 4.6L 200 a 300 cv Pro XS Os novos modelos Pro XS de 200 a 300 cv foram construídos sob a nova plataforma V-8 da Mercury e possuem uma cilindrada de 4.6L líder na sua classe, oferecendo um binário fenomenal. Durante os testes de desempenho, o Pro XS de 250 HP definiu novos

padrões de alto desempenho, superando o principal concorrente em aceleração de carga pesada e velocidade máxima, com uma economia de combustível até 16% a velocidade cruzeiro. Novo V-6 3.4L 175 cv Pro XS O novo modelo Pro XS de 175cv baseia-se na plataforma V-6, de 3,4 litros, apresentada pela Mercury no Miami & Helsinki Boat Show em Fevereiro passado e premiada pela as-

sociação norte-americana de fuzileiros navais. Mantendo a marca Pro XS de desempenho máximo, a Mercury desenvolveu este espectacular motor para fornecer RPM máximas mais elevadas em plena aceleração, mantendo a leveza e a economia de combustível da plataforma Mercury V-6. Caracteristicas adicionais - Comandos digitais: standard para os modelos 200 a 300 CV Pro XS


Náutica

- Combustível: tanto o V-8 quanto o V-6 Pro XS ofere-

cem desempenho de ponta e fiabilidade total em combustível normal. - Advanced Range Optimization: melhora a eficiência do combustível em velocidade de cruzeiro, ajustando automaticamente a gestão de combustível de forma tão integrada que o operador não se apercebe do seu funcionamento. - Gestão automática da carga da bateria: quando a tensão da bateria estiver baixa, o mecanismo aumentará automaticamente as RPMs inativas para aumentar a saída do alternador e recarregar as baterias. - Sensor eletrónico do nível de óleo: o sensor opcional alerta automaticamente o operador para um nível baixo de óleo. - A porta de serviço superior no capô simplifica a manutenção de rotina, como verificações de óleo e enchimento sem remover a tampa. - Manutenção fácil: um autocolante de manutenção gráfico, baseado em hora, dreno e filtro de óleo sem derramamento, pontos de manutenção codificados por cor e o sistema de válvulas

livre de manutenção da Mercury tornam os novos motores V-8 e V-6 livres de stress. Controle Adaptativo de Velocidade: os motores fora de borda Pro XS mantêm automaticamente as rpm desejadas, independentemente das mudanças na carga, resultando em maior resposta do acelerador e uma sensação “desportiva” para o utilizador. - Painel Pro Black Accent: personalize o seu motor fora de borda Pro XS com um painel Pro Black pintado de fábrica; feito de policarbonato fino e durável que adere firmemente ao capô, o painel está disponível nos concessionários Mercury para os modelos Pro XS de 175 a 300 HP.

Mercury V8 300 HP branco com vermellho

Mercury V8 300 HP cores diferenters 2018 Julho 379

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Náutica

Notícias Touron

Mercury Racing Apresenta os Novos 250R e 300R Potentes Rápidos e Eficientes A Mercury Racing tem o prazer de apresentar os novos motores fora de borda 250R e 300R.

P

rojetados, desenvolvidos e fabricados internamente, os motores 4.6L V-8 a 4 Tempos de aspiração natural compartilham o lendário DNA da unidade de tração de quatro válvulas (QC4) da Mercury Racing - completo com cabeças de cilindro de quatro válvulas de alumínio e árvore de cames dupla (DOHC). Estes estão integrados no bloco V-8 da Mercury, embalado com hardware de alto desempenho. A nova plataforma substitui os modelos V-6 250XS e 300XS de dois tempos. Nada substitui a cilindrada A robusta cabeça V-8 fornece um surpreendente aumento de 44% na cilindrada quando comparada com os motores anteriores a dois tempos. Isto, combinado com quatro válvulas por cilindro e o trem de válvulas DOHC, permite que os novos motores a 4 Tempos gerem um binário sem precedentes e 32

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aceleração inigualável desde o limite inferior da faixa de potência até a velocidade máxima do motor, tudo isto sem qualquer aumento do peso dos motores. A economia de peso deve-se aos componentes de tecnologia de ponta utilizados. 250R 250R bombeia 250 cavalos de potência no eixo de propulsão e um binário muito maior do que o 250XS que substitui. A eficiente e resistente caixa de engrenagens Sport Master vem melhorar a operação das embarcações, bem como a velocidade máxima e a eficiência. 300R O 300R é o motor mais potente da sua classe. A cabeça do motor 300R possui eixos de came de admissão especificados, válvulas e um coletor de admissão de canal curto exclusivo. Um resfriador de óleo integrado mantém os níveis de óleo baixos durante toda a fai-

xa de operação exclusiva do Racing, 5800-6400 rpm. Uma infinidade de modelos com duas secções médias e três opções de caixas de engrenagens em diferentes comprimentos de eixo estão disponíveis para revolucionar a navegação. Sobre a Mercury Racing Com sede em Fond du Lac, Wisconsin (EUA), a Mercury Racing, uma divisão da Mercury Marine, é líder de sistemas de propulsão marítima de alto desempenho, oferecendo uma emocionante e gratificante experiência de navegação. Utilizando tecnologia de ponta, a Mercury Racing produz motores fora de borda, motores interiores com coluna, hélices, peças e acessórios de alto desempenho. A Mer-

cury Racing também produz motores para a indústria automóvel.


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Notícias do Mar

Economia do Mar

Dragagem do porto de Ericeira decorre a bom ritmo

A dragagem do porto da Ericeira, sob responsabilidade da DGRM, decorre a bom ritmo, devendo estar concluída no final do corrente mês de julho.

S

erá dragado um volume total de 60.000 m3 de sedimentos da bacia portuária, de modo a repor as cotas de serviço es-

tabelecidas para este porto, com a imersão dos dragados a ocorrer na deriva litoral a sul deste porto. A bacia do porto da Eri-

ceira tinha vindo a ser alvo de um franco assoreamento desde 2010, pelo que o projeto de intervenção neste porto contempla a dragagem

da bacia portuária no sentido da restituição das cotas de fundo necessárias à normal operacionalidade portuária e de modo a garantir as condi-

Será dragado um volume total de 60.000 m3 de sedimentos da bacia portuária 34

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Notícias do Mar

A bacia do porto da Ericeira em assoreamento desde 2010 ções de segurança de pessoas e embarcações que demandam a este porto. A dragagem foi adjudicada à empresa Manuel Maria de Almeida e Silva& CA, S.A., pelo valor de 532.098

euros. Recorde-se que o projeto de intervenção neste porto contempla também a execução de trabalhos de reparação do quebra-mar de proteção, que contempla a

reparação e reforço da cabeça da estrutura, através da colocação blocos Antifer de 550 kN, em substituição dos atuais blocos, e na materialização de uma banqueta no pé de talude do manto

resistente. Estes trabalhos no quebra-mar, terão inicio a curto prazo e representarão um investimento de 2.763.810 euros, contando com cofinanciamento do MAR2020.

Vão ser repostas as cotas de serviço estabelecidas para este porto 2018 Julho 379

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Electrónica

Notícias Nautel

PAGURO, Geradores Insonoros Diesel Marítimos A Nautel tem uma nova representação, Paguro, geradores insonoros diesel marítimos, conhecidos pelo poder do silêncio, em virtude da relação ótima entre força, silêncio e reduzida dimensão.

construídos usando técnicas e materiais testados e de alta qualidade, dando a garantia de uma longa vida no meio marinho, como por exemplo as partes em contato com água do mar que são feitos de aço inoxidável AISI 316. A Volpi Tecno Energia tem toda a produção e as fábricas em Itália e as exportações são em Trieste. Os seus geradores no exterior, tem distribuidores exclusivos em todo o mundo.

O

s geradores Paguro são construídos pela Volpi Tecno Energia (VTE), empresa italiana que nasceu há 80 anos como indústria produtora de geradores marítimos, terrestre e construção naval. Desde os anos 80 a empresa, mantendo todo o processo produtiva em Itália, é especializada unicamente na produção de geradores náuticos. A característica dos geradores Paguro é serem compactos, poderosos e silencio-

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sos. Eles são ideais para as viagens e para todos aqueles que amam viver o mar em silêncio, contando com a segurança e qualidade que só um produto totalmente Made in Itália pode dar. O arrefecimento do motor do gerador é total com a água, tem um desempenho ótimo, constante e é incrivelmente silencioso. O gerador Paguro é o perfeito equilíbrio entre alta potência, tamanho pequeno e o silêncio Os geradores Paguro são

Características Geradores de Paguro Eles são um ponto de referência no mercado para o relacionamento ótimo entre desempenho, silêncio e tamanho pequeno. O funcionamento Paguro é muito extenso, para satisfazer todas as necessidades de potência e desempenho, tanto para veleiros como para barcos a motor. Potência Os geradores Paguro são os mais potentes na sua classe de peso e de tamanho. Eles usam alternadores síncronizados e ímãs permanentes, gerando uma alta corrente, permitindo o uso de ar condicionado e aparelho dessalinizador. Silêncio máximo Eles são totalmente arrefecidos a água e a tampa é

à prova de som construída com multi-camadas, absorve o som do interior e reduz ao mínimo as emissões acústicas, além disso, dispõe de um sofisticado sistema antivibração que minimiza as vibrações. Compacto Os geradores Paguro são os mais compactos, leves e de dimensões mais pequenas da sua classe, com um elevado desempenho, permitindo muito fácilmente a sua instalação em espaços reduzidos. Onda senoidal. Os geradores Paguro produzem uma onda senoidal limpa que permite o uso de computadores portáteis e outros equipamentos comuns. Fácil de manter Os geradores Paguro estão já equipados com a bomba de extração de óleo, para ser fácil fazer as intervenções de manutenção. Autonomia O gerador Paguro no seu barco, vai permitir-lhe desfrutar plenamente do conforto, dando-lhe a liberdade de navegar com toda a comodidade e segurança. Modelos A Volpi Tecno Energia constrói geradores Paguro desde os 2.5 KW aos 18 KW de potência eléctrica para 230 V e com 18 A aos 400 A


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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica: Carlos Salgado

Pelo Tejo, Desde Sempre!… Bando de alfaiates, ave que é o símbolo da Reserva Natural do Estuário do Tejo.

Assinatura do protocolo do Programa “O TEJO NA ESCOLA” da esq.»dir. – Eng. José Carlos Gonçalves Viana, presidente da Ass. Amigos do Tejo (AAT), Eng. Carlos Pimenta, Sec. Estado do Ambiente, Secretária de Estado da Educação, Carlos Salgado, da AAT e Arnaldo Aboim da AAT. 38

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Como nas crónicas anteriores mais recentes fizemos referência apenas aos dois últimos Congressos do Tejo, o segundo realizado em 2006 e o terceiro e último, em 16 e 17 de Fevereiro passado, sentimos que estamos a cometer um erro histórico se não falarmos sobre o primeiro Congresso do Tejo que esteve na génese dos que se lhe seguiram, evento que teve a honra de ser convidado oficialmente para integrar o Programa das Comemorações do Ano Europeu do Ambiente, cuja celebração coube a Portugal no ano de 1987. De referir que este 1.º Congresso do Tejo – Que Tejo, Que Futuro? – Conhecer o passado, intervir no presente, construir o futuro, cujas actas foram publicadas em dois volumes, no total de 760


Notícias do Mar

páginas, e foi aquele que registou a maior participação de sempre, com quase quatro centenas de participantes em rotação durante um programa de trabalhos de três dias, dois no auditório principal da Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa e no terceiro dia durante a viagem de um barco Cacilheiro entre a Torre de Belém e Vila Franca de Xira, que terminou num almoço de confraternização com animação artística no Centro Equestre da Lezíria Grande em Povos, Vila Franca de Xira, no mês de Outubro de 1987, que foi organizado pela Associação dos Amigos do Tejo (AAT), e presidido pelo Eng. José Carlos Gonçalves Viana, coadjuvado pelo Vice-Presidente, Carlos Salgado. Para que uns recordem e os demais passem a conhecer, foi evidente e notória a pertinência deste 1.º Congresso do Tejo, por ter-se realizado num tempo em que devido ao desinteresse dos sucessivos governos a navegação fluvial para montante do Estuário era quase inexistente e por essa razão as populações ribeirinhas começaram a afastar-se da borda d´água, virando as costas ao seu Rio, por um lado, mas por outro, por coincidência, a Sociedade Civil começava a despertar para a Defesa do Ambiente e da Conservação da Natureza, pelo que este congresso registou a presença de quase quatro centenas de participantes durante os trabalhos de três dias que, para além de ter um programa muito criterioso técnica e cientificamente e ser bastante abrangente e diversificado nas matérias mais pertinentes, durante três dias, não se limitou a abordar e a debater situações apenas

Mesa de Abertura do 1.º Congresso do Tejo, vendo-se ao centro o Eng. José C. G. Viana, Presidente do Congresso fazendo o discurso de abertura dos trabalhos, ladeado de individualidades políticas e académicas. sobre um determinado local ou uma região do Tejo português porque estava determinado a abarcar todo o corredor fluvial desde a fronteira com Espanha até ao Oceano Atlântico, como foi sempre a política segui-

da e a visão da Associação dos Amigos do Tejo (AAT), bem assim como a da sua legítima continuadora Tagus Vivan – Confraria Cultural do Tejo Vivo e Vivido. Uma das principais preocupações, intencionalmen-

te, foi a de dar destaque à Educação Ambiental nas Escolas para incentivar o arranque do Programa “O Tejo na Escola” que teve início também durante as Comemorações do Ano Europeu do Ambiente, graças à cele-

Auditório cheio a assistir à abertura do Congresso, com a presença também de jovens universitários 2018 Julho 379

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Notícias do Mar

Todos os trabalhos decorreram com uma moldura humana significativa bração de um protocolo oficial firmado entre a Secretaria de Estado do Ambiente, a Secretaria de Estado da Educação e a Associação dos Amigos do Tejo (AAT),

como entidade dinamizadora do programa, AAT essa cujas origens remontam aos anos sessenta do século passado, que teve origem num grupo informal de jo-

vens velejadores de Alhandra, denominado Amigos do Tejo, que entenderam formalizar-se por escritura pública como associação cívica sem fins lucrativos, de Defesa do

Mesa do Painel sobre AMBIENTE – Educação Ambiental nas Escolas, da dir.ª » esq., Dr.ª Albina Santos Silva, Dr.ª Cândida Espanha, Carlos Salgado, moderador, Prof. José de Almeida Fernandes e Dr.ª Adelaide Espiga. 40

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Ambiente e do Património Cultural, material e imaterial do rio Tejo, no ano de 1984, que foi declarada de Utilidade Pública no ano de 1991. Foi no tempo em que a comunicação social tinha a preocupação de prestar um serviço público de informar educando, recheada de jornalistas competentes, ainda libertos da sombra dos ranking das audiências, o que lamentavelmente veio a acabar por descaracterizarse e a chegar aos dias de hoje completamente desgarrada e sem imaginação ou personalidade própria, com a maioria dos seus meios a darem sempre as mesmas notícias às mesmas horas, quase sincronizados, e só transmitindo desgraças, broncas, escândalos, denúncias, complementada por uma determinada rede social sem rosto, estado de coisas este que não pode contribuir de forma alguma para educar civicamente quem quer que seja, mas enfim, passemos ao que interessa. Já nesse 1.º Congresso do Tejo (1987) a AAT decidiu que fosse feita uma abordagem às possíveis influências das Centrais Nucleares Espanholas localizadas no Tejo com particular atenção dirigida à de Almaraz, sobre o 137 césio e o trítio e o controlo radiológico sazonal da água do rio ao longo de 4 estações de colheitas, efectuadas regularmente desde 1975, e muitas outras possíveis influências, e também sobre a evolução da qualidade biológica das águas do rio Tejo, traços do cádmio, chumbo, cobre e zinco, e a contaminação por mercúrio, que estiveram na origem de interromper uma determinada cadeia alimentar, que motivou que os golfinhos abandonassem o Tejo. Mas o mais importante


Notícias do Mar

é fazer notar que o vasto programa dos trabalhos era composto por oito grupos de temas, que corresponderam a outros tantos Painéis, que foram divididos em 68 subtemas, que exigiram ser abordados por 106 comunicadores especializados, divididos pelos seguintes Grupos de Temas: 1. AMBIENTE – Educação Ambiental = 7 Subtemas com a intervenção de 8 comunicadores; 2. AMBIENTE – Protecção da Natureza = 9 Subtemas por 13 comunicadores; 3. AMBIENTE – Poluição = 11 Subtemas por 27 comunicadores; 4. PATRIMÓNIO HISTÓRICO E CULTURAL – Inventário e Salvaguarda = 15 Subtemas por 20 comunicadores; 5. DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO – Turismo e Lazer = 6 Subtemas por 7 comunicadores; 6. DESENV. ECONÓMICO – Energia = 2 Subtemas por 3 comunicadores; 7. DESENV. ECONÓMICO – Pesca e Aquacultura = 11 Subtemas por 18 comunicadores; 8. DESENV. ECONÓMICO – Indústria e Transportes = 7 Subtemas por 10 comunicadores. Este congresso contou também com uma participação significativa de Municípios Ribeirinhos, de académicos e de professores do ensino preparatório e secundário e também da sociedade civil onde a juventude teve destaque. Como atrás referimos, a Sociedade Civil desse tempo estava a despertar para a Defesa do Ambiente e para a Conservação da Natureza, e foi por esse motivo que este primeiro Congresso do Tejo teve a particularidade de dar destaque à Educação Ambiental nas Escolas, para o arranque do programa “O Tejo na Escola”, programa que cobriu 51 escolas do ensino básico e secundário do Vale do Tejo.

Auditório cheio de cidadãs e cidadãos a acompanhar os trabalhos. Última Nota: Passadas que foram três décadas aconteceu o 3.º Congresso do Tejo, já pela mão da Tagus Vivan (TVV), que devido ao êxito por ele alcançado registou na Sessão de Encerramento a insistência do

auditório em querer saber “Quando é o próximo Congresso do Tejo?” o que a TVV interpretou como um desejo claro da Sociedade Civil, dos dias de hoje, em manter-se informada sobre o Tejo com mais actualidade e

frequência, o que a motivou a meter mãos à obra para a concepção de um novo conceito/proposta de um evento que possa ser realizado com mais frequência e que garanta a sua continuidade regular futura.

Carlos Salgado, Vice-Presidente do Congresso, lendo as Conclusões do 1.º e do 2.º Dia dos trabalhos, acompanhado por Gilberto de Oliveira Domingos da AAT e da Eng.ª Margarida Cardoso da Silva, técnica e cientista. 2018 Julho 379

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Notícias do Mar

O Voo do Guarda-rios

Por Este Rio Acima, Navegar, Navegar… (Fausto)

Por este rio acima…

O Guarda Rios (GR), chegou a conhecer este Tejo descrito por Alberto Pimentel: “O nosso belo

Tejo, tão abundante de águas como de tradições, por igual brilhantes, tão cheio de luz como de me-

mórias, tão povoado de velas brancas como de recordações eternas. Nada lhe falta ao belo rio azul do

TAGUSNATUR é tudo isto e não só… 42

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extremo ocidente para ser famoso entre os famosos, notável entre os notáveis. Grande pelo seu curso, pelo seu porto, pelas suas tradições históricas. Pitoresco pelas suas margens e pelos seus castelos, que ou ressaltam do seio das águas como o Almourol,


Notícias do Mar

ou as dominam do alto, como Santarém; Belo pela cor, que tem o brilho e a pureza de uma safira, onde o famoso céu meridional espalha numa eterna apoteose de luz”. 1.ª Parte O GR não perde a oportunidade de mais uma vez abordar neste jornal, a propósito do título em referência, aquilo que foi observando e ouvindo durante os seus voos de reconhecimento sobre o Tejo, e para além de ser um indefectível defensor da revitalização da navegação comercial, turística e desportiva para montante do Estuário do Tejo, o mais para cima possível, pelas reconhecidas vantagens que este tipo de transporte comprovadamente tem, em termos ambientais, económicos e de segurança, para além de contribuir para que as populações se reaproximem do seu Rio para o fruírem, ele sabe que a Tagus Vivan – Confraria Cultural do Tejo Vivo e Vivido criou um projecto/conceito a que deu o nome de TAGUSNATUR, um estilo diferente e inovador de fazer turismo no Tejo, porque o Tejo tem de deixar de ser uma possibilidade para passar a ser uma rea-

Turismo náutico em família

Valências e ofertas turísticas Por este Rio acima. lidade, porque ele é único e diferenciador e por isso precisa de afirmar o seu “Lado Turístico”, sinónimo de uma visita que tenha o conteúdo de um serviço, um serviço que seja real, visível, fácil

de obter, que não seja difícil, desordenado e obscuro, e só quando pode ser, quando calha, quando há possibilidade, porque o Tejo tem de ser um destino turístico de referência, quer associado

a produtos, quer a serviços e equipamentos de qualidade para que possa ser associado a profissionalismo, a garantia da qualidade, à constituição de empresas, à criação de emprego, à fi-

Turismo náutico, lúdico, desportivo e cultural 2018 Julho 379

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Notícias do Mar

Club Náutico – Turístico do Tejo, inovador e especializado. xação de pessoas, enfim, à criação de riqueza para o país, e só assim é possível ter um Rio Vivo e Vivido. Com TagusNatur viver o Tejo de

dentro para fora Resumindo: O TAGUSNATUR, baseando-se num mix de turismo náutico, turismo da natureza, turismo rural e turismo lúdico-cultural que tem a particularidade de o

Tejo ser vivido de dentro para fora, porque as cida­ des, os campos e as serras têm mais encanto vistos do Tejo, rio este que foi usa­do como a principal estra­da e mais segura do país no pas-

sado, pelo que o conceito deste projecto é de voltar a usar o nosso maior rio como via principal para a deslocação e penetração para o interior, e deste modo contribuir para dar-lhe a visibilidade e a notorie­dade que merece para voltar a ser um Rio vivo e vivido, quer pelos portugue­ses, quer pelos estrangeiros, fazendo dele um produto turístico de qualidade e re­ferência, conseguindo ao mes­mo tempo tornálo num rio de marca. É pois exigível voltar a viver o Tejo porque ninguém ama ou dá valor ao que desconhece e como ele é muito mais do que água, há um rico património na­tural e cultural, material e imaterial para oferecer ao turista durante a navegação e após o desembarque. É portanto chegado o momento para desenvolver este projec­to sério, até porque há que travar e inverter a tendência dos operadores turísticos nacionais, de vender o turismo do estrangeiro aos portugueses, quando cá dentro o Tejo tem tantas ofertas turísticas para oferecer, “ Vá para fora cá dentro vivendo o Tejo”! 2.ª Parte O PROJECTO TEJO que o Eng. Jorge Froes criou para responder ao desafio dos irmãos Campilho da Quinta da Lagoalva de Cima, caíu mesmo como uma cereja no topo do bolo para o projecto/ conceito TAGUSNATUR, da autoria da Tagus Vivan, porque para além de começar por ser criado para garantir o regadio do território ribatejano, ele tornou-se bastante mais abrangente não só em termos de rega, extensivo a outras regiões limítrofes, mas por ter tido uma visão de amplitude nacional por ser aberto a fins múltiplos, destacando-se dentre eles, conseguir tornar possível a

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Notícias do Mar

navegabilidade do Tejo até para montante de Abrantes, o que é “Obra” como se usa dizer. Quando a visão não alcança para além dos seus quintais Como o GR relatou anteriormente em relação a alguns entraves ou oposições a este novo projecto por aqueles que, ao bom estilo português, a sua visão não alcança para além dos seus quintais, quer por interesse profissional ou político ou apenas por estarem convencidos de que ser contra é o que os distingue e promove, o GR sabe que as coisas estão a mudar de feição, porque depois deste novo projecto que “Dá Vida ao Tejo”, ter sido apresentado à comunicação social e ser mostrado aos partidos políticos na Assembleia da Republica, ao Presidente da República, à EDP e a outros parceiros e entidades que depois de ouvirem a apresentação do projecto feita pormenorizadamente pelos os seus promotores, começaram a alterar a sua primeira opinião, o que é positivo e digno de registo.

Construir 6 açudes insufláveis A nova grande proposta deste PROJECTO TEJO, como já foi divulgado mas é bom continuar a ter presente, é a construção de 6 açudes insufláveis entre Vila Franca e Abrantes, equipados com eclusas que permitem um controlo imediato de caudais, e garantem que a língua sa-

Eclusas pneumáticas rebatíveis.

lina que está a subir para montante seja impedida de ir adulterar a qualidade da água doce para o consumo urbano e para o regadio, e torne possível a navegação para efeitos turísticos, de lazer e desportivos, bem assim como o transporte de mercadorias em navios mais ligeiros, construídos para o efeito e.dotados de características que permitam conciliar a sua capacidade de carga, do tipo e volume mais adequados, e tenham um

calado adaptado à profundidade do canal, como aliás já acontece noutros rios de planície doutros países mais desenvolvidos economicamente. Portanto caros leitores e amigos, se querem, como nós, contribuir para deixar um Tejo melhor aos nossos filhos, netos e bisnetos, devem apostar e colaborar neste Projecto Tejo que o GR tem vindo a divulgar no Notícias do Mar.

Património Cultural, imaterial do Tejo. 2018 Julho 379

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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Texto João Rocha

Conclusões do Congresso do Tejo III

Rio Tejo a jusante das Portas do Ródão O Congresso do Tejo III foi concebido com a seguinte estrutura: Conferência de Enquadramento Painéis Presente e Futuro, com um total de quatro pares de temas Portugal e Espanha e Acordos com Espanha Questões técnicas e administrativas e Planeamento de recursos hídricos e ambientais Conflitos de usos e Gestão com participação da sociedade Riscos (cheias, secas e poluição) e Controlo de riscos Posteriormente ao Con-

gresso seria elaborada a Carta de Lisboa Portugal e Espanha e Acordos com Espanha A água no Rio Tejo em Portugal está dependente da água proveniente de Espanha, que é controlada pela grande albufeira de Alcântara, e distribuída a jusante pela Barragem de Cedillo. A gestão partilhada dos recursos hídricos da bacia do Tejo está definida pelos Acordos de Portugal e Espanha, de 1964 e 1968 e com as definições dos volumes integrais mínimos da Convenção de Albufeira de 1998, em vigor desde 2000.

Rio Tejo a jusante do Castelo de Almourol 46

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Tanto em Portugal como em Espanha não é consensual que os Acordos e a Convenção sejam adequados a todos os interesses dos dois países. Há quem defenda que tudo estar a ser cumprido, há quem defenda que o grau de cumprimento é baixo, e incerto, isto é, a monitorização dos valores é incompleta e não calibrada. Também é reconhecido que os dois países devem melhorar a gestão dos recursos hídricos, havendo apenas um compromisso europeu de melhoria da qualidade físico-química e biológica da água, através da Directiva Quadro da Água, mas que não abrange todas as questões inerentes à gestão dos recursos da água, em cada país e nos dois países em conjunto. Em última análise, a solução segundo o direito internacional é de diplomacia, entre dois estados soberanos. Questões técnicas e administrativas e Planeamento de recursos hídricos e ambientais A APA informou que uma das

acções para mitigar pressões na gestão dos recursos hídricos é a promoção da eficiência das utilizações, pela avaliação da sustentabilidade das Taxas de Recursos Hídricos (TURH), face às disponibilidades, e pelo planeamento agrícola em função das disponibilidades hídricas, bem como a existência de uma plataforma electrónica única para a simplificação de licenciamentos em áreas da competência da APA, Sistema Integrado de Licenciamento do Ambiente (SILiAmb), sendo o sistema dinâmico e adaptado às circunstâncias No mesmo sentido de aumentar a defesa do ambiente foi feita uma alteração do Regime de Caudais Ecológicos (RCE) no Rio Tejo (efluências de Castelo do Bode, Pracana e principais barragens do Sorraia), e no regime de exploração hidroeléctrico do Tejo (Fratel e Belver), que passam a turbinar o mesmo volume de água distribuído por dois períodos de quatro horas. Foi chamada a atenção de que a Directiva Quadro da Água se destina a assegurar o bom estado das massas de água e que para


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isso tinha sido necessário proceder à classificação do estado/potencial ecológico das massas de água de superfície. Foi posto em causa o elevado número de estações de monitorização existentes, não é a quantidade que interessa mas sim a qualidade e a eficácia para a classificação das massas de água e para a tomada de decisões de gestão. Foi referido que em muitos casos os processos de licenciamento não estão suficientemente informados com dados de base e que existe um grande desconhecimento de informação, ou com informação de base antiquada, sem medições e monitorização, e que as redes de monitorização e parâmetros a monitorizar estavam desadequadas; bem como foram colocadas reservas relativamente aos dados disponíveis (em falta) e à sua (insuficiente) qualidade. Foi chamada a atenção para que na concessão de licenças ambientais, na maior parte dos casos, não é tida em conta a realidade do rio sendo os valores limites de emissões estabelecidos como se houvesse uma capacidade infinita de recepção. Foi reconhecida a necessidade de construir um modelo integrado de simulação da qualidade da água na bacia do Tejo nacional, que permita estabelecer as rela-

ções entre pressões e efeitos e que é necessária informação para um adequado planeamento e suporte à tomada de decisões e tal determina um esforço continuado de monitorização, e de disponibilidade e partilha de dados ao nível da bacia hidrográfica. A análise da história dos recursos hídricos em Portugal mostra uma melhoria da capacidade de planeamento dos recursos hídricos desde os anos setenta, chegando no início do século XXI à criação das Administrações de Recursos Hídricos (ARH), entidades regionais coordenadoras. Mas a seguir ao estabelecimento da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que não tinha a necessária sensibilidade e motivação para a gestão da água, foi feito o desmantelamento dos progressos alcançados, só se mantendo os serviços de água e assistindo-se a medidas desagregadoras (dos fundos de recursos hídricos) e à má utilização das taxas recolhidas. É necessário estabelecer conexões entre as ARH e outras entidades, por exemplo, os recursos florestais. A gestão efectuada por regiões administrativas (CCDR) não é adequada, em comparação com as ARH, face à permeabilidade das fronteiras administrativas. Os valores ambientais e

Barragem de Castelo do Bode

Rio Tejo na Lezíria culturais, bem como a paisagem têm de ser incluídos no planeamento dos recursos hídricos, tendo em consideração as distintas competências, atribuições e instrumentos. Há vários conceitos de paisagem, nomeadamente a paisagem cultural da UNESCO e a paisagem da Convenção Europeia da Paisagem. Esta última tem de ser implemen-

tada em Portugal, existindo já a definição das unidades de paisagem no Tejo português: UP 54, Tejo superior e internacional, UP 84, Médio Tejo, e UP 85, Vale do Tejo, Lezíria e ainda no estuário nas margens norte e sul. Foi referida as oportunidades que a paisagem proporciona, sendo de realçar a necessidade de ter os observatórios de paisagem.

Fragatas no rio Tejo

Evolução da capacidade de armazenamento nas barragens 2018 Julho 379

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Bienal do Tejo

Discutir o Tejo é Preciso, Sempre!

Considerando que: A Tagus Vivan – Confraria Cultural do Tejo Vivo e Vivido (TVV) registou, entre outras, três mensagens de particular significado durante os trabalhos do Congresso do Tejo III, a primeira “É preciso Pensar Grande”, a segunda “É sempre muito actual discutir o Tejo” e ainda uma terceira, que foi um alerta, que aconteceu na Sessão do Encerramento quando o auditório insistiu em querer saber Quando é o próximo Congresso do Tejo,

o que evidencia bem que a Sociedade Civil está hoje interessada em manter-se ao corrente da evolução do estado do Tejo, Ambiental, Cultural e Económico, com mais actualidade e regularidade. A TVV na sua praxis tem tido sempre bem presente que “Todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades” (Luis de Camões) entendeu por bem responder a este novo desafio, partindo para a concepção de uma nova iniciativa cujo

Exposições, mostras, Fóruns, Conferências, Work-shops, Visitas de estudo 48

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paradigma, sendo criterioso e realista, opte por seguir o caminho da inovação e da criatividade, para que seja pró-activa e diferente do tradicional, com os olhos postos no futuro, conseguindo promover e incentivar a discussão mais completa, competente e profunda sobre o nosso maior Rio, contribuindo para encontrar o modo e os meios para poder dar resposta à seguinte questão: “O que Fazer deste Tejo, e Como?”, é este o verdadeiro desafio. Conceito e Proposta: Nesse sentido a TVV criou um Conceito e uma Proposta de princípio de um futuro evento que possa corresponder aos requisitos para que ele, por um lado, incentive à discussão sobre o Tejo com mais actualidade, e por outro, garanta a continuidade cíclica e regular da sua realização, com um programa pró-activo e mais abrangente, com a exigência de ser aberto a todos os parceiros, o que acaba por ser na prática um Grande Encontro do

Tejo com as suas Gentes e outros amigos seus, Por Este Rio Acima (Fausto) e Por Este Rio Abaixo (TVV). Este Grande Encontro do Tejo com as suas Gentes e não só, cujo conceito e proposta tem como principal desígnio dar um contributo válido para ser encontrado o modo e os meios para que seja possível dar resposta à questão/desafio em causa, sendo exigível que ele se debruce sobre três temas chave: O Ambiente, a Cultura e a Economia do nosso Tejo. Os Municípios Ribeirinhos têm um papel crucial para que este Evento possa acontecer porque a sua materialização está reservada exclusivamente às Edilidades Ribeirinhas do Tejo situadas ao longo do seu corredor fluvial português, considerando as regiões, por ordem alfabética, do Alto Tejo português (CIMBB) e (CIMAA) e do Tejo Internacional, do Estuário, da Lezíria (CIMLT) e do Médio Tejo (CIMT), e que tenha em consideração que a partir da primeira edição deve ser respeitada a alternância relativamente à localização geográfica do Município anfitrião a eleger, ou em alternativa, dois Municípios vizinhos situados na mesma margem ou fronteiriços. É condição também que este Evento seja “Aberto” a


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mais parceiros, designadamente aos Stakeholders, às Tutelas, às Autoridades Fiscalizadoras e à Sociedade Civil, quer a do Conhecimento, quer a das Associações de Defesa do Ambiente, do Património Natural e do Património Cultural, material e imaterial, devidamente formalizadas, bem assim como as colectividades de âmbito recreativo, desportivo e cultural das Comunidades Ribeirinhas. A principal razão deste evento ser “Aberto” ao maior número possível de parceiros é para os motivar a serem parte integrante e interessada desta iniciativa, prestando a sua colaboração ou outro contributo efectivo para a materialização dos diversos componentes a enquadrar no vasto programa geral pró-activo das actividades, e não serem apenas assistentes, observadores ou interlocutores, para que esse programa possa ser cabalmente cumprido com qualidade e elevação, quer técnica e científica, quer cultural, erudita ou cívica, actividades que devem ser complementadas por outras de animação, quer de dentro para fora do rio, quer de fora para dentro, para estimularem as populações ribeirinhas a reencontrarem-se com o seu Tejo, e a interessarem-se mais por ele, porque ninguém ama ou protege o que desconhece. Trata-se portanto de um Evento cuja principal condição é a da localização de cada edição ser alternada geograficamente, com a periodicidade de dois em dois anos, e que garanta uma continuidade cíclica e regular da sua realização futura ao longo do corredor fluvial do Tejo português, o que tem todas as características e atributos para ser elevada ao nível de uma BIENAL do

TEJO. Normas a Observar e a Cumprir 1- O programa global e próactivo da BIENAL do TEJO deve ser construído em conjunto com o Município anfitrião eleito, tendo por base este conceito e proposta de princípio da TVV, cabendo à edilidade oferecer todas as condições e o apoio logístico para a materialização global do evento, que deve contar com a colaboração dos parceiros aderentes acima designados, bem assim como outros que o anfitrião entenda convidar, programa esse que pode e deve ser enriquecido com as tradições locais ou regionais dessa frente ribeirinha. 2- As actividades do programa global desta Grande Festa do Tejo que a BIENAL representa, devem ser desenvolvidas durante o período de 30 dias preferencialmente no mês de Junho, onde devem ter lugar Exposições, Mostras, Encontros, Fóruns, Conferências e Workshops, Visitas de formação, Artes e Autores, Animação turística, Arraiais, Concertos, Festivais Desportivos, preferencialmente náuticos, e eventualmente outras actividades que venham a considerar-se de interesse. 3- Relativamente às edições da Bienal do Tejo e à sua continuidade, serão regidas por princípios e normas a estabelecer entretanto durante o período de apreciação e crítica desta proposta de princípio, sendo que a TVV propõe à partida as seguintes: I- Após a primeira Bienal a eleição do Município anfitrião, respeitando aalternância geográfica, deve acontecer na Sessão de Encerramento da Edição anterior, entre os

Viver o Tejo de dentro para fora, fruindo-o e vigiando-o Municípios Ribeirinhos que se candidatarem entretanto para o efeito, candidatura que deve ser enviada previamente à TVV, por e-mail dirigido ao endereço: tagus. vivan@gmail.com. II- Se não houver candidatos para a Bienal seguinte, caberá à TVV convidar o próximo Município anfitrião porque como foi esclarecido anteriormente, este evento foi criado para ter uma continuidade cíclica e regular garantida da sua realização futura, pelo que deve prosseguir no tempo sem fim determinado. III- A TVV entende que é desta forma que consegue encontrar uma resposta ao desafio que assumiu de “O Que Fazer Deste Tejo, e Como?” para que possa

satisfazer o interesse manifestado pela Sociedade Civil na Sessão de Encerramento do Congresso do Tejo III, de se manter informada com mais actualidade e frequência sobre o nosso maior Rio por via da BIENAL do TEJO porque, quer durante o período de tempo que leva a preparar a próxima edição, quer durante o período de tempo necessário para tirar as conclusões da anterior, o que acaba por praticamente ligar-se ao início da preparação da seguinte, vai ser possível continuar a falarse e discutir-se o Tejo porque a TVV garante que vai manter mensalmente o país ao corrente da evolução do processo. TAGUS VIVAN

Arraiais, Animação turística, Feira gastronómica, Tertúlias 2018 Julho 379

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Notícias do Mar

Ciências do Mar

Descoberto Campo Hidrotermal no Mar dos Açores numa Expedição da Fundação Oceano Azul

No âmbito da expedição científica Oceano Azul, com o robô submarino ROV LUSO foi descoberto um novo campo hidrotermal nos Açores.

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ROV Luso a iniciar uma missão 50

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ocalizado a 570 metros de profundidade, no monte submarino Gigante, a 60 milhas da ilha do Faial, este novo campo hidrotermal é uma zona de elevada riqueza biológica e mineral. É a primeira vez que uma expedição organizada por uma instituição portuguesa, liderada por cientistas Portugueses e utilizando navios e meios nacionais localiza um campo hidrotermal em águas profundas no nosso território marítimo. A expedição, é organizada pela Fundação Oceano Azul em parceria com a Waitt Foundation e a National Geographic Pristine Seas, e em colaboração com a Marinha Portuguesa através do Instituto Hidrográfico, o Governo Regional dos Açores e a Es-


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trutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC) com o ROV “LUSO”. Esta é uma das mais completas expedições realizadas em águas nacionais, e tem como objetivo explorar zonas ainda pouco conhecidas do mar dos Açores para promover a conservação marinha no âmbito do programa “Blue Azores”. Participam na expedição cientistas de diversos centros de investigação nacionais, como o IMAR, o MARE, o CCMAR, o CIBIO e a Universidade dos Açores, e internacionais da Universidade do Hawaii, da Universidade da Califórnia em Santa Barbara, da Universidade de Western Australia, e do CSIC, IEO e Museu do Mar de Ceuta em Espanha. A bordo do navio “NRP Almirante Gago Coutinho” empenhado na missão do Projeto de Mapeamento do Mar Português do Instituto Hidrográfico, a equipa científica dedicada ao estudo dos ecossistemas do mar profundo descobriu, através de mergulhos com o ROV “LUSO” da EMEPC, um

Cientista e operacionais planeiam o primeiro mergulho do ROV Luso novo campo hidrotermal. Segundo Emanuel Gonçalves, líder da Expedição Oceano Azul e Administrador da Fundação Oceano Azul, “esta é uma descoberta extraordinária pois este campo hidrotermal

encontra-se a menor profundidade do que outros conhecidos na Dorsal Médio-Atlântica e apenas a 60 milhas da ilha do Faial, o que para a comunidade científica representa uma oportunidade única, mais

acessível, para conhecermos melhor estes ecossistemas dos quais sabemos ainda muito pouco. Esta descoberta reforça o papel único dos Açores como laboratório natural para o estudo do oceano”.

No ecrã é visível um gráfico da batimetria da zona de operação onde o ROV Luso mergulhou 2018 Julho 379

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Notícias do Mar

Primeiro avistamento dos corais de profundidade Telmo Morato, coordenador da equipa da expedição Oceano Azul dedicada aos ecossistemas de profundidade e investigador do IMAR e da Universidade dos Açores, refere que “os campos hidrotermais são zonas onde emergem fluídos quentes frequentemente relacionados com vulcanismo, ricos em minerais que criam as condições

para o desenvolvimento de um ecossistema único que não depende da luz do sol. O campo hidrotermal agora descoberto é composto por múltiplas chaminés de diferentes alturas. Os fluídos hidrotermais são transparentes, ligeiramente mais quentes que o exterior e ricos em dióxido de carbono. Foram

encontradas evidências da existência de bactérias associadas a este campo hidrotermal. Esta descoberta da expedição Oceano Azul vem mostrar que ainda existe muito para descobrir no mar Português, sendo os Açores uma região única para o estudo do mar profundo.” A maioria dos campos

hidrotermais localiza-se em zonas de fronteira de placas tectónicas divergentes, como é o caso da Dorsal Médio-Atlântica que separa o grupo ocidental do grupo central do Arquipélago dos Açores, precisamente onde se encontra o monte submarino Gigante. São zonas de elevada riqueza biológica e mineral, verdadeiros oásis escondidos no oceano profundo, que normalmente são encontrados a quilómetros de profundidade e a centenas de milhas das zonas costeiras. Atualmente, são conhecidos oito campos hidrotermais profundos no mar Português ao largo dos Açores: “Lucky Strike” (o primeiro a ser descoberto, em 1992), “Menez Gwen”, “Rainbow”, “Saldanha”, “Ewan”, “Bubbylon”, “Seapress” e “Moytirra”. Os estudos científicos neles realizados, nos quais os cientistas do IMAR e da Universidade dos Açores têm tido um papel de relevo ao longo dos anos, representam importantes contribuições para o conhecimento destes ecossistemas e dos recursos minerais a eles associados.

Imagem da recolha de amostras dos corais de profundidade efetuada pelo ROV Luso 52

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Pesca Desportiva

Big Game Fishing Tournament 2018

Largada em 2017

Europeu nos Açores já em Marcha A prova mais importante de pesca grossa e de maior nível que se disputa nos Açores, este ano EFSA EUROPEAN GAME FISHING CHAMPIONSHIP, organizada pelo Clube Naval de Ponta Delgada, vai decorrer entre os dis 14 a 20 de Setembro, patrocinada mais uma vez pela Sata – Azores Airlines.

V

ão estar oito países a disputar este Campeonato da Europa, Alemanha, Suiça, França, Inglaterra,Escócia, Islândia, Gibraltar com duas equipas e Portugal. Os Açores participam com quatro equipas de Ponta Delgada. Portugal vai ser representado pela equipa “Barca Velha” já vencedora deste Troféu. A equipa portuguesa é formada por Eduardo Picolo, capitão da equipa, Jorge Bri-

Clube Naval de Ponta Delgada 54

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Pesca Desportiva

to, Maria João Gaioso e Rui Teixeira Esta competição, assente no elevado prestígio internacional e carisma do Clube Naval de Ponta Delgada, desperta sempre o maior interesse nos aficcionados do Big Game, que sabem, os que já participaram, que juntamente com as emoções na luta intensa com os grandes espadins e os poderosos e lutadores atuns, vão viver dias de um fraternal convívio e ainda a visita das maravilhosas belezas da Iha de São Miguel e divertir-se bastante nos passeios, almoços, cocktails e jantares do programa. São de certeza cinco dias de festa no mar e em terra que vão viver. O prestígio do Azores Big Game Fishing Tournament deve-se á paixão pela modalidade e competente organização dos dirigentes do Clube Naval de Ponta Delgada

Uma captura que todos querem fazer que desde 2012 conseguem que esta competição de Big Game se dispute. Este ano no calendário da EFSA a prova chama-se EFSA EUROPEAN GAME FISHING CHAMPIONSHIP e é considerada o Campeonato da Europa. A importância desta prova está no facto de ser um ex-

traordinário meio para a promoção turística dos Açores e promover a divulgação de todo o arquipélago, incentivando o conhecimento de outras ilhas e da gastrono-

mia, rica em marisco, peixe e da carne especal, já reconhecido internacionalmente, resulta das espantosas pastagens ecológicas dos Açores.

Equipa Alabote ficou em 2º em 2017 EFSA CAMPEONATO DA EUROPA BIG GAME ATUNS e MARLINS

PROGRAMA DIAS DE PESCA Em 2017 a equipa Barca Velha a preparar 8 amostras para a água

Espadim azul capturado pelo Alabote

15 – 16 - 18 Setembro 2018

07H30 - Concentração na Marina 07H45 - Levantar no Secretariado CÓDIGO do dia 07H55 - Concentração na linha de Largada 08H00 - Largada com sinal sonoro e rádio VHF Canal 12 18H00 - Linhas fora de água 19H00 - Chegada das embarcações à Marina (Linha de Largada) - Canal 12 Porto Abrigo (dar como terminada a prova) - Entrega do Peixe para pesagem (Local de Descarga) - Inicio da pesagem, por ordem de chegada 19H15 - Entrega das Filmagens e fotografias no Gabinete Técnico, por ordem de chegada. 20H30 - Apresentação da Classificação do dia de Prova

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Pesca Desportiva

A corricar junto à Ilha de S. Miguel É fundamental também a realização desta prova para se promover as actividades económicas das empresas marítimo-turísticas, com embarcações para a pesca grossa, bem como participar no desenvolvimento da eco-

nomia na hoteleria e restauração. Os Açores e em especial Ponta Delgada dispôe de uma frota muito bem equipada de barcos de Big Game, com embarcações de empresas em actividade

A libertar um espadim azuL 56

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marítimo-turística e com skippers conhecidos internacionalmente. Todos os barcos têm canas, carretos e amostras para satisfazer os mais exigentes, porém há alguns pescadores que não deixam de levar, para experimentar, o último grito de amostra diponível no mercado. E às vezes é mesmo nessas que os peixes pegam. Todos os barcos que forem solicitados darão excelente resposta técnica às necessidades do EFSA EUROPEAN GAME FISHING CHAMPIONSHIP

EFSA CAMPEONATO DA EUROPA BIG GAME ATUNS e MARLINS

PROGRAMA DA PROVA 14 Setembro – 6ª feira Chegada dos participantes a Ponta Delgada Alojamento no Hotel 15.30 – Reunião com os Capitães das Equipas no Clube Naval de Ponta Delgada 17.30 – Cocktail de recepção 15 Setembro - Sabado Prova de Big Game Fishing Cocktail 16 Setembro - Domingo Prova de Big Game Fishing Cocktail 17 Setembro – 2ª Feira 10.00 – Passeio Na Ilha de S- Miguel 13.30 - Almoço Típico 19.00 – Jantar livre 18 Setembro – 3ª Feira Prova de Big Game Fishing Cocktail 19 Setembro - 4ª Feira 09h00 – Saída de Ponta Delgada com destino às Furnas c/ visita à Lagoa do Fogo 12h30 –Visita às Caldeiras das Furnas para ver desenterrar o cozido 13h00 – Almoço Cozido no Restaurante Terra Nostra Visita ao Parque Terra Nostra Visita às Caldeiras das Furnas Regresso a Ponta Delgada pela Costa Norte com visita à Fábrica de Chá Gorreana 18h00 – Chegada a Ponta Delgada 19h30 – Transfer para o Restaurante 20h00 – Jantar de encerramento e entrega de Premios 23h30 – Regresso ao Hotel 20 Setembro - 5ª Feira Regresso das equipas


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Pesca Desportiva

Texto e Fotografia: Mário Santos / Mundo da Pesca

Pesca Embarcada

De Aveiro a Viana Os Sargos do Norte

Quando se fala de pesca embarcada uma das espécies de que imediatamente nos lembramos são os sargos, efetivamente a espécie que maior número de indivíduos tem em todo o país e uma das poucas que se pode capturar ao longo de toda a costa nacional. Dito desta forma pode fazer pensar que a sua captura é fácil, e não há nada mais errado porque seguramente todos os que já tentaram a sua captura, sentiram seguramente algumas vezes um pouco de “amargo” na boca, porque quando os sargos estão para brincar com os iscos é uma verdadeira dor de cabeça, e perdoem-me a franqueza, não é mesmo para todos.

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o Norte do nosso País os sargos, não são seguramente diferentes dos seus congéneres, mas talvez pelo facto de serem águas mais frias e muito mais batidas (a costa norte de Portugal não é um doce fácil de se comer) e que por vezes estamos largos períodos sem se fazer qualquer tipo de pesca seja desportiva ou profissional, os nossos sargos regra geral comem com vontade, 58

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Falando dos sargos do Norte e em comparação com o resto do país, há uma diferença que qualquer pescador da embarcada sabe,

que é o tamanho que aqui atingem

sendo na maioria das vezes a perspicácia do mestre do barco a ditar o resultado da pescaria, embora quando não querem não querem mesmo. Quando se fala de sargos no Norte estamonos a referir à espécie mais comum que são os sargos

safias, porque das outras espécies como por exemplo o sargo veado ou o sargo legítimo são quase uma miragem na pesca embarcada, e só em sonhos é que os apanhamos, na pesca apeada lá vão saindo alguns, poucos, mas de boa vontade.

Falando dos sargos do Norte e em comparação com o resto do país, há uma diferença que qualquer pescador da embarcada sabe, que é o tamanho que aqui atingem, e capturar safias de 1 kg ou 1,5 kg é comum em quase todas as saídas para o mar,


Pesca Desportiva

A amêijoa é um dos iscos obrigatórios em águas nortenhas… riamente por parte da pesca profissional, e agora até arrastões trabalham por cima desta zona. Aqui impõem-se um “elogio” aos pescadores profissionais portugueses porque seguramente são a única profissão que não faz qualquer tipo de férias, porque aos fins-de-semana, fe-

riados, e mesmo quando estão semanas seguidas sem poderem ir ao mar, as suas artes continuam de forma imparável a trabalhar, mesmo que depois o peixe esteja podre e seja para o lixo. Uma autêntica vergonha; mas convêm não esquecer que estamos em Portugal

onde “tudo é possível”. Mas voltando à nossa pesca dos sargos, nesta zona existem enormes cardumes mas que não atingem o tamanho que referimos mais atrás, embora haja mestres que fruto da tal perspicácia conseguem fazer milagres e apanhar dos tais matulões. As zonas

sendo que a maior quantidade e qualidade é característica desta altura do ano. Podemos ao longo de todo o fazer pescarias daquelas que não se esquecem e que se tiram fotos para a posterioridade. Vamos agora tentar demonstrar como se podem capturar sargos ao longo da costa do Norte. Aveiro Durante muito tempo quando se falava de pesca embarcada, falava-se obrigatoriamente da “Galega”, pedra mítica na pesca embarcada, e que continua sem dúvida a ser um dos melhores locais de todo o país para se fazer a tal pescaria memorável, embora nos últimos tempos a pressão a que é sujeita dia-

O sargo é a espécie que há mais e se pode capturar ao longo de toda a costa nacional 2018 Julho 379

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Pesca Desportiva

Um daqueles sargos-safia de meter respeito. Como eles crescem no Norte… de pesca nesta área têm profundidades médias entre os 40 e os 75 metros, sendo nas zonas mais baixas que

provavelmente se fazem o maior número de capturas, mas sem dúvida que nas zonas mais profundas é que

estão os tais, além de ser nestas zonas que se podem capturar outras espécies. Os iscos mais utilizados são a amêijoa e o camarão, embora a navalha também funcione, mas é sem dúvida a amêijoa branca salgada que faz a diferença, havendo mesmo pescadores que se fazem ao mar apenas com este isco. As técnicas de pesca que aqui se utilizam são de certa forma comuns ao que se utiliza desta zona para Norte, e que consiste em canas de comprimento médio entre os 3 a 3,5 metros, fortes porque é normal duma só vez ter que içar para dentro do barco 2 ou 3 exemplares que podem ser de tamanho muito interessante, os carretos interessam principalmente que sejam fortes porque se for necessário o pescador pode imprimir mais velocidade com a força dos braços, estes carretos normalmente são cheios com multifilamento de diâmetro médio 0,10 a 0,20 mm, ao qual se adiciona um chicote de cerca de 6 a 10 metros em monofilamento de 0,30

Matosinhos é dos locais que maior quantidade e variedade apresentam a Norte. Esta bandeira de sargos é a prova. 60

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mm de diâmetro que funciona como amortecedor, como montagem mais comum sugerimos uma madre em fluorocarbono de 0,26 a 0,28 mm, tensos em fluorocarbono de 0,20 a 0,25 mm de diâmetro e com comprimento médio de 30 a 40 cm; anzóis finos com tamanho entre o número 6 ao número 3. As chumbadas variam o peso de pescador para pescador mas o peso médio será próximo das 160 g e a cor mais indicada é sem dúvida o vermelho e o branco Nesta zona e á semelhança do resto do país, e embora existam várias marinas em pode pôr o seu barco na agua, o método mais simples e mais cómodo é de procurar uma das várias embarcações marítimo-turísticas que aqui existem, porque os mestres destes barcos são bastante experientes e são uma mais-valia quando se quer apanhar peixe. Matosinhos Situada imediatamente ao lado norte do Porto é provavelmente a capital da pesca desportiva no Norte do País; cidade de gentes do mar, a atividade piscatória esta fortemente enraizada na cultura matosinhense e isso é visível em todos os locais onde estejamos, não sendo por esta razão de estranhar que a pesca desportiva seja também uma constante, havendo diariamente embarcações a sair para o mar. Para se chegar á marina Porto Atlântico – Leixões que se situa em Leça da Palmeira – Matosinhos, basta seguir A28 e sair para o porto comercial, ou cais de passagei-

Durante muito te embarcada, falav da “Galega”, pedra

sem dúvida


Pesca Desportiva

Uma geleira já bem composta… ros, porque a marina começa onde este acaba, mesmo em frente ao Forte (onde se situam as instalações da autoridade marítima local). Em Matosinhos pode-se capturar varias espécies durante todo o ano como por exemplo sargos, choupas, besugos e muita faneca entre outros. Mas é na pesca aos sargos e ao goraz que se centraliza a maior parte das saídas que por aqui se fazem. Na marina de Leixões pode-se por na água a maior parte das embarcações (até +/- 6 toneladas), mas a melhor opção é sem dúvida a de embarcar numa das marítimo-turísticas que lá existem devido ao profundo conhecimento das zonas de pesca. Na pesca aos sargos nesta utiliza-se essencialmente a amêijoa branca e o camarão mas o isco que tem dado resultados muito bons é sem duvida a navalha (preferencialmente viva) que, quando bem iscada, é terrivelmente eficaz. Nas montagens utiliza-se a montagem tradicional de pesca ao fundo com

madres em 0,28 e terminais em 0,20 a 0,25, mas se a pesca ocorrer no período de Outono/Inverno, bem temos que aumentar consideravelmente os diâmetros para madres em 0,35 a 0,40 e terminais em 0,30 a 0,35 porque com alguma naturalidade se conseguem capturar 2 a 3 exemplares de 1 a 1,5 kg de uma só vez! Em relação às canas e carretos aplica-se o mesmo que na zona de Aveiro, embora pelo facto de utilizar as montagens com os tensos mais compridos, haja uma clara tendência para canas um pouco mais compridas, na casa dos 3,5 aos 4 metros, e em relação às chumbadas se utilizem pesos um pouco maiores porque a profundidade média situa-se entre os 50 aos 80 metros, e por este facto o peso médio seja de 180 a 200 gramas. A zona de Matosinhos é possivelmente a mais completa em termos de quantidade, qualidade e ainda de maior diversidade de espécies para capturar em todo o Norte.

empo quando se falava de pesca va-se obrigatoriamente

a mítica na pesca embarcada, e que continua a a ser um dos melhores locais de todo o país 2018 Julho 379

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Pesca Desportiva

Ocasionalmente, os sargos legítimos fazem a sua aparição.

A zona de Matosinhos é possivelmente a mais completa em termos de quantidade, qualidade e ainda

de maior diversidade de espécies para capturar em todo o Norte

Póvoa de Varzim Situada a cerca de 25 km a norte do Porto é gentilmente apelidada do “Algarve do Norte”, devido ao facto de ser terra de gentes do mar e onde a pesca desportiva é parte do quotidiano de muitos poveiros. Chegar a esta bonita cidade é fácil bastando para tal seguir A1 até ao Porto e em seguida a A28 até chegar à Póvoa de Varzim e aí seguir as placas que indicam a marina que se situa no extremo sul da cidade. Na marina pode por o seu barco na água ou alugar algum charter dos que lá existem, sendo esta opção a mais indicada para quem não conhecer a zona. Nesta zona, durante todo o ano, pode capturar-se várias espécies como sargos, choupas e fanecas… muitas fanecas, mas a espécie que se destaca nesta zona é sem dúvida o goraz. Á captura

As surpresas acontecem e nisso a Galega é prodiga: os pargos-legítimos também podem tocar aos mais sortudos. 62

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Pesca Desportiva

Há exemplares de 1 a 1,5 kg desta espécie dedicam-se a maior parte dos pescadores que se fazem ao mar, fazendo por vezes alguns milhas a mais do que aquilo que deviam; mas quando dão com eles é… bingo! A pesca aos sargos nesta zona não é muito diferente daquela que se pratica em Matosinhos, exceto o facto de ser uma zona de tudo ou nada e isto deve-se essencialmente às profundidades médias em que se pratica normalmente a pesca embarcada já que nesta zona situa-se acima dos 75 metros e até quotas de 100 metros, e isto sem dúvida significa que quando tem peixe, tem muito e grande. Não fossem os enormíssimos exageros cometidos pela pesca profissional, estaríamos sem dúvida perante um dos muitos bons locais para pesca embarcada e seria provavelmente um dos locais em que se poderia por exemplo 2018 Julho 379

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Pesca Desportiva

Uma dupla de sargos fazer big game. Ainda agora e quem pesca normalmente nesta zona, sabe que tipo de surpresas pode esperar, porque com alguma frequência são capturados exemplares perfeitamente desmarcados de várias espécies. Viana do Castelo Situada no coração do Minho, Viana do Castelo tem

fortes tradições culturais estando entre elas a pesca desportiva. Estando a cerca de 80 km a norte do Porto, para chegar a esta linda cidade é bastante fácil, sendo apenas necessário apanhar a autoestrada A28 ou a nacional 1, e isto independentemente de estarmos a “navegar” de norte ou de sul, depois de entrarem na cida-

Quando se fala de sargos no Norte são os sargos safias 64

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de basta apenas seguir as muitas placas que indicam a marina. Estando dotada de excelentes condições para a prática da pesca desportiva de alto mar, possui na marina condições para que com total comodidade e segurança se colocar uma embarcação na água e rumar para alguns dos pesqueiros mais famosos do País. Pedras como o “Parcel” ou a zona de “Montedor” satisfazem na maior parte do ano as “necessidades” de qualquer pescador que se queira arriscar a encher um balde de peixe. Sendo correto dizer que ao longo do todo o ano sai peixe, é verdade que algumas épocas do ano são mais quentes. Os meses de Outubro a Novembro e Março a Abril são fantásticos para se poder capturar as enormes safias e choupas que caracterizam esta zona e que devido ao facto de serem águas de pouca profundidade, 20 a 40 metros, dão uma luta fantástica. Como isco a amêijoa branca e o camarão são essenciais, mas se conseguirem arranjar uns mexilhões que se descascam no dia anterior e ficam a marinar num pouco de sal durante a noite que antecede a pesca-

ria, bem que pode ser uma tragédia para o peixe. As montagens que por aqui se usam não são muito diferentes das que normalmente se utilizam em pesca embarcada ao fundo, bastando apenas serem mais reforçadas. Assim, utilizamos uma madre em 0,35 munida de terminais em 0,26 a 0,28 – sempre em fluorocarbono –; as chumbadas vermelhas costumam fazer alguma diferença naqueles dias mais difíceis. Mas se quiser ter ainda mais gozo, além de aumentar as possibilidades de apanhar estas grandes safias que são características desta zona, só tem que diminuir o diâmetro das linhas para por exemplo uma madre em 0,26 ou 0,28 e terminais em 0,20 ou, no máximo, em 0,22 mm. Uma dica que em dias difíceis pode fazer a diferença – e acreditamos que faz mesmo –, passa por usar uma chumbada em cor amarelo canário. Em tom de nota final resta dizer que o importante mesmo é ir à pesca. E não se esqueça que um homem troca de religião, troca de clube e alguns até trocam de mulher mas nunca se deixa de ir pescar!

Surpresa


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Náutica

Notícias Sun Concept

Sun Concept finalista nos Prémios

Fotografia: Bruno Orvalho

Inovação NOS

Sun Concept finalista nos Prémios Inovação NOS

A Sun Concept, líder da indústria naval electro solar nacional, diz-se “grata” pelo reconhecimento e aposta na pesquisa nacional amiga do ambiente

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Um Sun Concept em actividade marítimo-turística 66

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anuel Costa Braz, Administrador Executivo da Sun Concept, reconhece a nomeação para ps Prémios Inovação NOS com grande entusiasmo: “Está é mais uma prova do caráter inovador das embarcações que criamos e mostra-nos que estamos no rumo certo para o sucesso. A navegação ecológica é uma forma inovadora de manter a tradição naval portuguesa, aliada à proteção do ambiente” – declara, desde a sede da empresa em Olhão, Algarve.


Náutica

produção e comercialização de barcos movidos a energia solar. Com uma base tecnológica e industrial de desenvolvimento e construção naval em série, a Sun Concept surgiu da consciência ambiental e social de um núcleo de investidores preocupados com a degradação ambiental à escala global. Sediada e inspirada em terras algarvias, a Sun Concept tem como principal objetivo produzir embarca-

A decisão final será conhecida no próximo dia 28, no Teatro Thalia, em Lisboa, onde decorrerá a entrega dos prémios. Para o responsável da Sun Concept, estar nomeado é motivo de “gratidão à NOS pela inclusão da Sun Concept no restrito lote de start ups finalistas deste prestigiado prémio”, e destaca a importância de “se dar cada vez mais valor a projetos sustentáveis e que protejam o meio-ambiente”. A Sun Concept recebeu já o galardão GREEN PROJECTS AWARDS de 2017, que reconheceu o seu papel único no desenvolvimento,

ções com o menor impacto ambiental, quer ao nível da emissão de Gases com Efeito Estufa (GEE), quer ao nível do ruído e impacto nas margens e fundos marinhos, permitindo aos utilizadores das embarcações gasto zero com combustíveis e evitar a degradação dos ecossistemas, promovendo a harmonização da vida humana, ambiental e animal. O Prémio Inovação NOS é uma iniciativa conjunta da NOS, do jornal Dinheiro

Vivo e da rádio TSF. Está é já a 3ª Edição do Prémio Inovação NOS e visa premiar as empresas portuguesas, dando reconhecimento e projeção a novos projetos de inovação. São distinguidos três projetos noutras tantas categorias: Grandes Empresas, PMEs e Start Ups. Os projetos são selecionados pelo papel relevante da inovação na dinamização do sector empresarial e na economia nacionais.

Equipa Sun Concept - Sunsailer 7.0 2018 Julho 379

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Vela

Classe 420

Beatriz Gago e Marta Fortunato venceram Nacional Classe 420

Vitória da Equipa CIMAV / CVLAGOS Fotografia: Luis Frágas

A Equipa do CIMAV e Clube de Vela de Lagos vence Ranking Feminino Absoluto e Júnior na Classe 420 e apura-se para o Campeonato Mundial da Juventude, Campeonato Europeu de Juniores e Campeonato Mundial Absoluto.

B

anos, velejadoras da classe 420, a representar o Clube Internacional da Marina de

Vilamoura e o Clube de Vela de Lagos, respectivamente, foram as vencedoras do

Fotografia: Luis Frágas

eatriz Gago, de 16 anos, e Marta Fortunato, de 14

O pódio do Nacional 420 em Sesimbra 70

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ranking feminino absoluto e feminino júnior, nesta que é a sua primeira época na classe 420. Com estes resultados, Beatriz e Marta ocuparam a vaga feminina para a classe 420 no World Sailing Youth Worlds 2018,14-21 Julho, que se realiza em Corpus Christi, E.U.A., campeonato que reúne as melhores tripulações juniores do mundo. Beatriz Gago foi tricampeã nacional juvenil na Classe Optimist, e em 2017 ficou em 4º lugar feminino no campeonato mundial de Optimist, sendo o melhor resultado feminino português de sempre. Há cerca de seis meses Beatriz e Marta ingressaram na classe 420 e, neste curto espaço de tempo, e com uma adaptação rápida ao


Vela

Beatriz Gago e Marta Fortunato novo barco e ao trabalho em conjunto, a equipa discutiu os lugares cimeiros da frota de 420, e sagrou-se campeã nacional absoluta feminina, em Sesimbra, campeonato disputado entre 28 e 31 de Março. Digna de nota é também a vitória no ranking feminino absoluto, conquistada ao longo de 33 regatas durante a época, sendo também a primeira tripulação feminina júnior, com um promissor 10º lugar no ranking geral. Estas classificações permitiram o apuramento da equipa para todos os campeonatos internacionais da classe 420, nomeadamente: Campeonato Europeu de Juniores – 3 a 11 Julho, S esimbra,2018junioreuropea ns.420sailing.org/en/default/ races/race World Sailing Youth Worlds 2018 – 14 a 21 Julho, Corpus Christi, TX, E.U.A. www.worldsailingywc.org/ Campeonato Mundial Absoluto – 7 a 15 Agosto, Newport, RI, E.U.A. 2018worlds.420sailing.org/ en/default/races/race As atletas reconhecem

o papel fundamental dos seus clubes, CIMAV e Clube de Vela de Lagos, que lhes

proporcionam condições de treino e competição, e parceiros - Companhia Náutica,

Olimpic Sails e Alpha Ropes - agradecendo o apoio e confiança nelas depositada.

Marta Fortunato e Beatriz Gago com os seus Troféus

Mais informações disponíveis em: - Página Facebook - Bea Gago & Marta Fortunato - Instagram - www.instagram.cowww.instagram.com/gago_fortunato - Página Beatriz Gago - susananeryneto.wixsite.com/beatriznerygago 2018 Julho 379

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Notícias do Mar

XXVII Campeonato Nacional de Fotografia Subaquática

Sesimbra é um local de excelência para a fotografia subaquática

Rui e Sónia Bernardo Vencem o Nacional em Sesimbra Rui Bernardo e Sónia Bernardo, do Estoril Praia, vencem o XXVII Campeonato Nacional de Fotografia Subaquática realizado, de 21 a 24 de Junho de 2018, em Sesimbra, um dos locais de excelência, devido às suas condições naturais, para as actividades subaquáticas em Portugal Continental e muito procurado pelos amantes do mergulho.

A

prova deste ano teve o privilégio de se realizar no Par-

que Marinho Luis Saldanha, proporcionando a todos os mergulhadores concorren-

tes um local único, cheio de biodiversidade e vida para poderem fotografar e trans-

Peixes 1º - Rui Bernardo 72

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mitir ao público assistente o esplendor que existe abaixo da linha de água.


Notícias do Mar

Este foi o primeiro, de vários campeonatos nacionais, com um modelo organizativo um pouco diferente dos anteriores. Foi realizado mais um dia de competição e, consequentemente, mais dois mergulhos, as equipas tinham também mais desafios para realizar para além das tradicionais categorias a concurso e foi muito idêntico às competições oficiais da CMAS (Confederação Mundial de Actividades Subaquáticas) a nível federativo e internacional. Participaram nesta competição desportiva nove equipas, cada uma constituída por dois atletas, um fotógrafo e um modelo/assistente. Todas as equipas mergulharam

Macro com Tema 1º - Rui Bernardo em condições semelhantes e todas realizaram excelentes fotografias, pois o júri, constituído por cinco elementos,

teve uma missão difícil no apuramento dos vários vencedores de cada uma das categorias a concurso e tam-

Uma das viagens dos mergulhadores

Preto e Branco 1º - tNuno Gonçalves

Macro 1º - Rui Bernardo 2018 Julho 379

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Notícias do Mar

Peixes 2º - Rui Palma

Grande Angular com Mergulhador 2º - Rui Palma bém na atribuição da classificação geral. Após a realização dos três dias de prova, num total de seis imersões, as equipas entregaram para avaliação do respectivo Júri, sete imagens cada, uma por cada categoria: Grande Angular, Grande Angular com mergulhador, Macro com tema (Ou-

riços), Macro, Peixes, Preto e Branco e Arrastamentos. Os resultados foram apresentados no domingo à tarde, numa sessão pública que teve lugar na Fortaleza de Sesimbra e os prémios entregues pelo Presidente da Camara Municipal de Sesimbra e pelos elementos da Comissão de Audiovisuais

Arrastamentos 2º - Nuno Gonçalves 74

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Grande Angular 2º - Rui Palma da FPAS. No final, o pódio desta competição ficou composto em terceiro lugar pela dupla Rui Palma/ Carla Siopa, em segundo lugar Nuno Gonçalves/ Teresa Sousa e em primeiro lugar a dupla Rui Bernardo/ Sónia Bernardo. A FPAS agradece a colaboração da Câmara Munici-

pal de Sesimbra que desde o primeiro momento acolheu de forma exemplar este evento desportivo, do Clube Naval de Sesimbra e da Cipreia Dive Club, entre outras entidades. Esta prova teve por objectivo encontrar o campeão nacional de fotografia subaquática 2018, divulgar e

Arrastamentos 2º - Rui Palma


Notícias do Mar

Preto e Branco 2º - Rui Bernardo sensibilizar os praticantes e o público em geral para esta modalidade desportiva e consequentemente contribuir, por um lado, para o desenvolvimento das actividades subaquáticas de competição em Portugal e, por outro, para a promoção turística e económica do local onde o evento tem lugar.

Sobre a modalidade A fotografia subaquática é considerada como uma especialização do mergulho com escafandro ou em apneia. Podendo ser praticada por atletas de competição de uma faixa etária mais alargada do que o habitual noutras modalidades, para

Macro com Tema 2º - Nuno Gonçalves além dos 40 anos. Para além do tradicional equipamento de mergulho, é necessária uma camara fotográfica com uma caixa estanque e flash’s subaquáticos para iluminação do meio ambiente uma vez que as cores debaixo de água

se perdem com a profundidade. Os principais objectivos desta modalidade são: promover e divulgar os fundos marinhos, participação e representação de Portugal através de competições e eventos de fotografia.

Grande Angular com Mergulhador 3º - Nuno Gonçalves

Pódio 2018 Julho 379

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Notícias do Mar

Últimas Capítulo Perfeito Powered by Reef

Audiência de 36 milhões para Capítulo Perfeito

Fotografia: Vasco Lazaro

Bruno Santos

E

vento alcançou ainda mais de 2,5 milhões de pessoas nas redes sociais O Capítulo Perfeito powered by Reef, evento que reuniu alguns dos melhores free surfers do mundo na Nazaré em fevereiro passado, numa competição de tubos vencida pelo francês William Aliotti, teve uma audiência de 36 milhões numa transmissão televisiva que decorreu em mais de 90 países. A transmissão em direto do evento, que teve a duração de 8 horas, decorreu em simultâneo na ESPN Brasil, Fuel TV e EMEA, alcançando respetivamente 18, 2 e 16 milhões de lares. A estes valores soma-se ainda uma audiência de 30

mil espectadores na transmissão online. Esta presença mediática ocupou um espaço editorial avaliado em 17,4 milhões de euros, valor que representa um crescimento do retorno do evento de 2,4 milhões face à edição anterior. A exposição do evento foi maior na Televisão (17 milhões), seguindo-se a Web (236 mil), Rádio (155 mil) e Imprensa (15 mil). Os números são agora revelados pela organização do evento, num relatório que dá também conta de um alcance de 2,6 milhões de pessoas nas redes sociais, 1,3 milhões de visualizações (vídeos), 32 mil partilhas, 200 mil likes e mais de 2 mil publicações com alusões ao Capítulo Perfeito.

Estes números vêm comprovar o apelo crescente do evento em todo o mundo, alcançando o maior número de espectadores e retorno mediático de sempre no ano em que completou a sua sexta edição, gerando retorno promocional da marca Nazaré e beneficiando, direta e indiretamente, a economia do concelho. A organização do Capítulo Perfeito powered by Reef

agradece a todas as entidades do município da Nazaré envolvidas na organização do evento, nomeadamente à Câmara Municipal da Nazaré, ao Clube de Desportos Alternativos da Nazaré e polícia municipal, bem como aos estabelecimentos de hotelaria e restauração que receberam e serviram as cerca de 100 pessoas diretamente envolvidas no evento.

Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com

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