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Notícias do Mar
Nauticampo 2019
Texto e Fotografia Antero dos Santos
Aposta Forte do Sector Náutico no Salão
Com a Legislação agora adequada ao desenvolvimento de náutica de recreio, mas ainda desconhecida dos visitantes, a Nauticampo deste ano, que decorreu entre os dias 20 a 24 de Fevereiro, encheu finalmente o Pavilhão 1 de barcos e motores, com todas as principais empresas náuticas e estaleiros nacionais presentes.
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Cobalt na Nautiser Centro Náutico 2
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Nauticampo é habitualmente pouco publicitada pela FIL e este ano como também não se distribuíram os convites VIP, houve muita gente que só soube dela depois de ter fechado. Segundo dados da FIL recebeu 29.555 visitantes, A Nauticampo é a montra e o local dos primeiros contactos. Foi sempre assim. Este ano como os expositores apostaram forte nesses cinco dias, os visitantes tiveram a possibilidade de admirarem enorme quantidade de novidades. Todos tinham algo de novo para mostrar e isso é o melhor passo para cativar o
Notícias do Mar
Glastron na Nautiser Centro Náutico visitante. Como o Pavilhão 1 encheu-se de barcos, todas as outras empresas de equipamentos, acessórios náuticos e electrónica estavam no Pavilhão 2 que recebeu também as empresas de marítima-turística. Faltou a informação muito importante, quanto ao novo Regulamento da Náutica de Recreio, no que respeita às novas habitações das Cartas de Navegador de Recreio, principalmente à de Marinheiro que já habilita a condução de qualquer das embarcações que estavam expostas no Salão. Existem milhares de portadores com a Carta de Marinheiro sem barco porque apenas podiam conduzir barcos a motor
Jeanneau na Nautiser Centro Náutico
Novo Yamaha XTO XF425
Stand com barcos Powered by Yamaha
Obe e Sirius Powered by Yamaha 2019 Março 387
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Notícias do Mar
Catamarã Cheetah Powered by Yamaha
Riamar Powered by Yamaha
Semi-rígidos Capelli Powered by Yamaha até os 60HP e agora já podem comprar o barco com sempre sonharam até aos 12 metros de comprimento e com a motorização adequada. Estes para o ano vão lá estar de certeza. No que respeita a motores, todas as marcas apresentaram novos modelos e de elevadas potências instalados em embarcações. Quanto a embarcações a motor, o Salão mostrou muito do que se constrói em Portugal, de barcos em fibra e semi-rígidos e embarcações de todas as
Na Touron Mercury V6 SeaPro 225 4
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marcas que se importam. A Nauticampo deste ano estava bem recheada de barcos. Em relação a embarcações à vela, destacava-se na Siroco, sempre com muitos visitantes, a apresentação do novo Jeanneau Sun Odyssey 410, indicado para barco do ano. Na edição do Notícias do Mar nº 386, de Fevereiro, descrevemos todas as novidades que seriam expostas pelas empresas Grow Ibéria, Grupo Siroco, Limatla, Moteo, Motolusa, Nautel, Nautiradar, Portinauta, San Remo, Touron, Yacht Works e Yamaha, das quais recebemos a informação indispensável. Vamos dar também algumas das novidades que vimos durante o Salão, começando pelos stands à entrada do Pavilhão 1. Depois passámos para Pavilhão 2 para vermos as empresas de equipamentos e electrónica NAUTISER CENTRO NÁUTICO Como habitualmente a Nautiser- Centro Náutico encontrava-se logo à entrada do Pavilhão 1 com um grande stand onde expunha os serviços que presta e os barcos que importa em exclusivo e apresentava também a Ma-
Notícias do Mar
Na Touron Valiant Black Carbon com um Merury ProXS 175
Na Touron embarcações Quicksilver
rina Setúbal, empresa propriedade do mesmo empresário. Da Nautiser- Centro Náutico, estavam em exposição barcos Cobalt, Fjord, Glastron e Jeanneau Cap Camarat A Marina Setúbal apresentava os Sea Ray YAMAHA A Yamaha expunha ao longo do lado esquerdo do Pavilhão 1, quase até ao fim, barcos das marcas “empowered by Yamaha”. No início do stand Yamaha estava o estaleiro espanhol Dipol, seguindo-se semirígidos Grand. Do estaleiro português Obe estavam modelos Obe e Sirius. A marca britânica de catamarãs Cheetah Marine tinha um barco fabricado em Portugal. Da Portinauta estava uma jangada Sunchaser e semi-rígidos Capelli,entre os quais, o Tempest 38 com dois Yamaha XTO XF425. Do estaleiro português Riamar estavam seis modelos Riamar A Yamaha apresentava toda a sua gama de motores fora de borda, as novidades de motos de água, barcos de apoio e semi-rígidos YAM e em grande destaque o novo e poderoso motor Yamaha XTO XF425, um motor com 2019 Março 387
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Notícias do Mar
175 e os novos Quicxksilver Activ 905 Weekend, com 8,91 m de comprimento, topo de gama da linha com cabina de pilotagem e Quicksilver Activ 675 Cruiser, com 6,48 m de comprimento, com uma cabina à proa para duas pessoas pernoitarem Também novidade era a máquina da SeaChoice, uma ideia extraordinária, para se comprar acessórios ou equipamentos através de moedas, quando não haja hipótese de ir a uma loja, tal como se compram bebidas.
Na Motolusa embarcações Cap Ferret
Na Siroco Sun Odyssey 410 425 HP.
Na Grow Ibérica novo Honda BF250 6
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TOURON O stand da Touron, também à entrada, tinha em exposição muittas novidades. Em grande destaque os novos Mercury V6 e V8. Os V6 num bloco de 3,4 litros num motor SeaPro 225 e os V8 num bloco de 4,6 litros com um Verado 300. Quanto a embarcações, estava um Valiant Black Carbon com um Merury ProXS
MOTOLUSA Na Motulusa estavam em evidência três modelos do estaleiro francês Cap Ferret, embaracções Open para utilização polivalente com consola central de condução, banco à frente, bancos indiduais para o piloto e copiloto e banco corrido à popa O maior é o o Cap Ferret 652 Open com 6,38 m de comprimento. O Cap Ferret 552 Open tem 5,35 m e o Cap Ferret 522 com 5,22 m.. GRUPO SIROCO No Grupo Siroco destacouse a apresentação do novo veleiro Jeanneau Sun Odyssey 410 e da I Regata Lisboa Jeanneau no Tejo, no próximo 15 de Junho e aberta à participação de todos os proprietários de veleiros Jeanneau. O Sun Odyssey 410 é um veleiro que mostra um impressionante potencial e está mencionado para barco do ano. GROW IBÉRICA No meio do Pavilhão 1, o stand da Grow Ibérica ocupava um grande espaço. Destava-se a nova gama de motores fora dee borda Honda V6 de 3.6L com os modelos BF175, BF200, BF225 e
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Notícias do Mar
Na Grow Ibérica os barcos Saver BF250. Também estava bem destacado o novo Tohatsu MF S60 Como novidades de embarcações, estavam os barcos Saver, com os modelos 650 Cabin Sport, do tipo sport cruiser, 650 Cabin Sport, 590 Cabin Fisher, 560 Walkaround e Open 585 Estavam igualmente semirígidos Lomac, com destaque para o ergonómico Adrenalina 7.5, com wc marítrimo. Salientam-se ainda o novo Beneteau Barracuda 7, para os pescadores e os Beneteau Antares 8 OB e Flyer 7.7 Sundeck.
Na Grow Ibérica o Novo Tohatsu 8
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MOTEO No stand Moteo importador dos motores Suzuki Marine, estava em exposição o novo Suzuki DF175A e DF150A, com o modelo DF150A, bem saliente. São motores de 2,9 litros de cilindrada que usam uma relação de compressão elevada de 10,2 : 1com excelente binário a baixa rotação e acelerações impressionantes, fornecendo também ao motor a mistu-
NotĂcias do Mar
Stand da Karnic
Na Navproject o novo Levant 700
Na Limatla os Starfisher 2019 Março 387
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Notícias do Mar
ra ar/combustível otimizada, para obterem reduzidos consumos. Estavam também as novidades DF90A e DF70A, compactos, de peso reduzido, que comportam o sistema Lean Burn, para optimizar a admissão de combustível, fornecer uma mistura ar-combustível precisa para um desempenho performante e baixo consumo.
Na Limatla os Monterey e Supra
KARNIC Os barcos Karnic, com estaleiro em Chipre, são Importados em exclusivo para Portugal por Orlando Rosa
Na Sopromar motores MAN & Filhos. No stand encontravam-se em exposição seis barcos com o novo modelo SL800, um sport cruiser, com cabina, a chamar a atenção dos visitantes,pela iluminação do interior. O modelo 2255 Storm com cabina de pilotagem e o modelo 2452 Sundeck, com cabina e solário, estavam também bem destacados. Na Sopromar semi-rigidos Williams com motor TurboJet 10
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SAN REMO A San Remo apresentou o
San Remo 865 CC / T-Top barco para a pesca lúdica, com o estilo dos pesqueiros dos USA. Cabina com cama para um casal pernoitar e quarto de banho. Bancos estofados no poço e à proa. O posto de comando tem três lugares e pára-brisas. Tecto em fibra com estrutura em tubo, com porta canas para seis canas. Os pescadores dispõem de cinco porta canas na borda, porões para o peixe e palamenta e viveiros para isco vivo. LIMATLA Como habitual, a Limatla apresentou uma colecção de diferentes tipos de embarcações, que importa em exclusivo e que cobre um vasto número de clientes. De Itália os Sessa Marine KL One e o KL 27, barco de consola, solário e cabina. Dos USA, da Monterey, barcos bowrider para wakeboard, os modelos 196 FS e 238 SS e também o Supra 450, barco bowrider para wakesurf. Fabricado em Portugal estava o Starfisher 650 OBS, um pesca-passeio com cabina de pilotagem. NAVPROJECT A Navproject apresentou o novo Levant 700 Sea Pro ST, um barco Open com 7,12 m de comprimento, para a pesca lúdica. Tem uma consola central de condução, e um banco duplo para o piloto para condução de pé, com porta canas..Tem um banco à popa e o poço amplo com 2,53 m de boca. O casco tem a proa com perfil deflector e um V muito pronunciado. SOPROMAR Na Sopromar as novidades eram muitas com SoproYacht. Para além dos semi-rigidos com casco em alumínio Higthfield e os motores fora de borda OXE, importa em exclusivo agora também
Notícias do Mar
semi-rigidos Williams com motor TurboJet Como e motores MAN. Na SoproYacht, outra notícia é a representação dos catamarans Fountaine Pajot. O prestigiado estaleiro francês dos luxuosos catamarans à vela e a motor. Actualmente com uma produção de modelos à vela de 40 a 67 pés e de 37 a 44 pés nos catamarans a motor, o estaleiroFountaine Pajot dá como imagem “alargar o horizonte com sofisticação”. BOAT CENTER No espaço Boat Center, havia vários stands, um para o Rent a Boat, uma actividade que está a promover, e os outros para expor embarcações. Estavam um Princess e um Greeline de um lado e
Na Boat Center o Rent a Boat
Na Boat Center semi-rigidos Joker
Na Moteo o novo Suzuki DF150
Na Boat Center o novo Chris Craft Launch 28 GT 2019 Março 387
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Notícias do Mar
quatro Chaparral, três semírígidos Joker, com o novo Wide 750 à frente. O novíssimo Chris Craft Launch 28 GT, estava bem destacado. É um sport cruiser desportivo com 8,78 m de comprimento com motor Mercruiser 8.2 com 380 HP, tem um Hard-top GT, cabina com cama para pernoitar e wc
San Remo 865 CC T-Top
Stand Nautel no Pavilhão 2
Stand Nautiradar no Pavilhão 2 12
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NAUTEL Em grande evidência da Humminbird as novas séries com display de 8” e, 9” G3N, 3ª geração, antena de Radar, com sonar de varrimento lateral (Megaimaging+) Autochart Live: Capacidade de auto-mapeamento instantâneo dos fundos, DualSpectrum CHIRP e XD-Extreme Depth Para detecção dos fundos a maior profundidade Da Furuno estava o NAVpilot-300 Novo piloto automático o novo VHF Classe D FM-4800 um 5-em-1 Rádio VHF, GPS, AIS, Loud Hailer (alta-voz), e o Novo VHF Classe D Furuno FM-4850 um 5-em-1: Rádio VHF, GPS, AIS, Loud, rádio ideal para economia de espaço. NAUTIRADAR Estavam muitas novidades na Nautiradar, das qais já nos referimos na edição passada. Em relevo estavam também: Raymarine RVX1000, novo módulo de sonda CHIRP 3D de elevado desempenho, módulo de sonda versátil para pescadores costeiros e pescadores de alto mar. Mastervolt Alpha Pro III: Regulador de Carga para Alternadores standard e de alto desempenho, um avançado regulador de carga, de temperatura controlada que irá aumentar bastante a eficiência de qualquer tipo de alternador marítimo.
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Náutica
Notícias Grupo Angel Pilot
Apresentação Sealegs Portugal
Sealegs 6.1M RIB É com grande satisfação que o Grupo Angel Pilot celebra a recente parceria com a marca de embarcações anfíbias Sealegs, com a apresentação que efectuou do primeiro modelo 6.1M RIB durante a Nauticampo.
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Grupo Angel Pilot iniciou esta parceria no final de 2018. Desde então, os técnicos têm vindo a testar o modelo equipado com o
Consola de condução 14
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Náutica
motor Yamaha F115BETX, e os resultados são surpreendentes: a poupança de tempo ao entrar e sair da água é enorme e o sistema anfíbio não compromete a excelente navegabilidade. Com uma tecnologia anfíbia patenteada, os Sealegs circulam em terra e rapidamente se transformam em embarcações de alta velocidade. Esta marca foi criada com o objetivo de solucionar vários problemas, entre os quais as perdas de tempo e complicações relacionadas com a colocação de um barco na água. O interesse do Grupo pela marca nasceu com a necessidade de solucionar esses problemas, não só na própria empresa, mas também para todos os clientes profissionais e de recreio. Sealegs é a solução Uma embarcação anfíbia Sealegs pode entrar na água sem necessidade de qualquer outro meio. Tudo isto com os ocupantes a bordo. Depois de entrar na água, o marinheiro recolhe as rodas para a posição “UP”, pressionando um botão. As rodas ficam completamente fora de água. No regresso, o marinheiro baixa as rodas à medida que a embarcação
Assentos à proa
Sealegs 6.1M RIB a sair da água no lago do Parque das Nações se aproxima de terra. De seguida, basta aproximar-se o suficiente para as rodas tocarem o fundo e retirar a embarcação da água. Os ocupantes podem, por fim, desembarcar em segurança e sem se molharem.
Tecnologia A gama Sealegs é composta por modelos de embarcações rígidas e semirrígidas com casco em alumínio. Todos os modelos incluem o sistema patenteado de propulsão em terra, deno-
minado Sealegs Amphibious Enablement System ou AES. O AES é um sistema marítimo de rodas hidráulicas impulsionadas por um motor interior de 22hp que permite atingir uma velocidade em terra de 7,5km/h. Este motor
Motor interior de 22HP 2019 Março 387
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Náutica
Durante a Nauticampo o Sealegs 6.1M RIB foi testado
O Sealegs 6.1M RIB depois do teste. 16
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utiliza o mesmo combustível do motor fora-de-borda da embarcação, e é muito fácil de usar. Os modelos Sealegs incluem também o All Wheel Drive. As rodas anteriores e posteriores são todas motrizes. Isto permite tração máxima em terrenos arenosos das mais diversas tipologias e em terrenos escorregadios. O opcional diff-lock, ou bloqueio diferencial, permite ainda à embarcação enfrentar terrenos com condições extremas, forçando as rodas a girar à mesma velocidade, independentemente da tração (ou falta dela). Por fim, com a vasta lista de equipamento standard e opcional disponível, as embarcações Sealegs podem ser adaptadas para se ade-
Náutica
Com o Yamaha F115 o Sealegs 6.1M RIB planou bem quarem a qualquer utilização. A Gama A marca, originária da Nova Zelândia, opera em três áreas de negócio distintas: a produção de embarcações Sealegs para recreio, a produção de embarcações Sealegs para uso profissional e a produção do sistema anfíbio (AES) para embarcações de outras marcas parceiras. Modelos Recreio e Profissional 6.1M RIB 7.1 RIB 7.7M SPORT D-TUBE 7.7M WIDE CONSOLE RIB 8.5M ALLOY CABIN 9.0M HYDRASOL RIB Modelos Amphibious by Sealegs IKA - 11 AMFIBIA RESCUE A primeira unidade em Portugal esteve em exposição na Nauticampo O Sealegs 6.1M RIB é o modelo disponível em Portugal, utilizado pelo Grupo Angel Pilot para teste e para aumento da eficiência nos serviços técnicos da empresa. Teste dedicado a Entidades Pela sua facilidade e rapi2019 Março 387
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Náutica
A roda da proa
As rodas à popa
Um modelo militar Sealegs Características Técnicas SEALEGS 6.1M RIB Motor
Yamaha F115BEXT
Comprimento (rodas recolhidas)
6,13m
Comprimento casco (sem rodas)
4,91m
Altura
2,35m
Boca
2,46m
Calado (apenas casco)
0,41m
Peso a seco
1150kg
Lotação
6 pessoas
Capacidade dep. combustível
80 litros
Velocidade máx. indicada pela fábrica
35 nós
Potência recomendada
1x 115HP (86 kW)
Velocidade máxima em terra
7,5km/h
Motor do sistema SAE
Motor inboard a gasolina 4t - 22HP (16kW) refrigerado a ar
Direção
Seastar power assisted hydraulic steering
Travões
25”x 12” todo-o-terreno
Flutuadores
Flutuadores em hypalon, de 6 camaras, com 52cm de diâmetro
Inclinação máxima em terra
11 Graus (20% gradiente) em subida e descida
Condições de mar suportadas (recomendado)
Ondas até 2m / Ventos até 26 nós
Importador: Angel Pilot B.G. Equipamento Náutico, Lda Complexo dos Estaleiros Navais, Lote E, 8400 – 278 Parchal Lagoa +351 282 343 086 - info@angelpilot.com
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dez, a marca Sealegs tem um importante papel em trabalhos de patrulhamento, salvamento e turismo, um pouco por todo o mundo. O seu reduzido tempo de resposta e capacidade de enfrentar terrenos com condições desconhecidas, têm sido as razões mais importantes para a escolha desta embarcação por parte de entidades diversas, tais como bombeiros, institutos de salvamento e socorro a náufragos. Cientes da importância que este anfíbio pode ter para entidade governamentais, o Grupo Angel Pilot e a Yamaha Motor Europe organizaram na sexta-feira, dia 22 de Fevereiro, um evento exclusivo para entidades, para que puderam testar esta nova embarcação e conhecer tudo o que ela tem para oferecer.
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Notícias do Mar
Economia do mar
Texto e Fotografia Sérgio Mangas
Santa Luzia
Também Precisa de Obras Registo com agrado a dinâmica da Docapesca - Portos e Lotas, S.A., sobretudo nos tempos mais recentes, quer em portos de pesca quer em portos de recreio.
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Notícias do Mar
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ó no Sotavento Algarvio constatamos obras na doca de Faro, na ilha da Culatra, em Tavira (Rio Gilão, quatro águas e ilha de Tavira), Fuseta e Foz de Odeleite, para além de outras. Em Santa Luzia decorrem os trabalhos de dragagem junto ao porto de pesca, há muito necessário. Sendo Santa Luzia uma vila virada para o mar e banhada pela Ria Formosa, com a maior frota de pesca do concelho e a única lota, merece esta intervenção para melhoria das condições de trabalho dos pescadores. Também em Santa Luzia existem largas dezenas de embarcações de recreio que duplicam no Verão que se encontram fundeadas ao longo da ria, numa total
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Notícias do Mar
anarquia. Com as dragagens agora efetuadas, e como se pode ver pelas fotos, o espaço entre o baixa-mar e o porto de pesca aumentou significativamente, o que per-
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mitiria a instalação de um cais flutuante entre a rampa e a lota, que albergaria todos os barcos de recreio e ainda serviria de apoio às marítimo~turísticas. Sendo o Mar um desígnio
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nacional e a náutica de recreio uma atividade em franca expansão e de interesse para a economia nacional, esta seria uma estrutura de grande utilidade e que mudaria para muito melhor a já
bonita vila de Santa Luzia. Deixo a sugestão à Docapesca - Portos e Lotas, S.A., Município de Tavira e Freguesia de Santa Luzia, a bem de um futuro cada vez melhor!
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Náutica Texto Antero dos Santos Fotográfia Jeanneau
Novidade Jeanneau Merry Fisher 1095
Um Topo de Gama para o Cruzeiro
Jeanneau Merry Fisher 1095 com motorização fora de borda tem mais espaço para o cruzeiro O novo Jeanneau Merry Fisher 1095, topo da gama, ganhou a enorme vantagem de ter motorização fora de borda, ampliando o espaço interior para oferecer maior e mais confortável acomodação para o cruzeiro.
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Completo painel de instrumentos 24
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Nautiser-Centro Náutico é o importador exclusivo para Portugal de embarcações a motor do estaleiro francês Jeanneau. Gama clássica do estaleiro Jeanneau, Merry Fisher é uma linha de embarcações a motor que comporta há largos anos de enorme prestígio no mercado dos barcos para pesca passeio e pesca cruzeiro, porque são construídos com grande robustez, os cascos desenhados para enfrentar as águas difíceis do Atlântico Norte e renovando-se
Náutica
Entrada a estibordo para o poço
todos os anos com inovações para servir melhor os clientes. Actualmente a gama Merry Fisher comporta cinco modelos, todos com motorização fora de borda, o mais pequeno é o 605 com 5,79 metros de comprimento, segue-se o 695, 795, 895 e agora o maior, o Merry Fisher 1095, com 10,50 metros de comprimento.
Este barco foi desenhado para tirar o máximo patido do espaço que ocuparia um motor interior e aproveita as possibilidades que dão os motores fora de borda Anteriormente, parecia impossível o cruzeiro com motores fora de borda em barcos com mais de 10 metros de comprimento. Houve uma evolução nos estaleiros para apro-
O piloto tem uma porta lateral
Férias náuticas no Merry Fisher 1095 2019 Março 387
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Náutica
Casco desenhado e construído para as águas duras do Norte
Salão
Bancos e mesa no salão 26
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veitar igualmente a evolução dos construtores de motores fora de borda, com motores cada vez mais potentes, e com a enorme vantagem de serem facilmente assistidos, para além da fiabilidade que oferecem. Esta nova combinação favorece o Merry Fisher 1095, com mais espaço
para dispor de três cabinas com camas de casal e facilidade de utilização, garantindo um desempenho excepcional, com um casco que foi projectado especificamente para esse tipo de propulsão. Com um design moderno e inovador, o Merry Fisher 1095 tira partido esteticamente da cabina
O poço tem mesa para as bebidas e refeições
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Náutica
O Jeanneau Merry Fisher 1095 é extremamente seguro e confortável a navegar
muito luminosa e o largo pára-brisas combinando com as janelas laterais no casco, oferecendo um conjunto elegante e agradável.
Os bancos e a mesa convertem-se numa cama 28
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Boa e simples circulação no exterior A cabina de pilotagem do Merry Fisher 1095 está encostada a bombordo, tem muita visibilidade devido às largas janelas e o piloto dispõe de uma porta a estibordo para um corredor, para facilitar a manobra de acostagem ou quaisquer outras e circular melhor para o poço
Náutica
A cabina do proprietário
bre o tecto da cabina da proa de cada lado da clarabóia No tecto da cabina de pilotagem existem duas clarabóas, para arejar e iluminar o interior. Espaço e conforto no interior O Merry Fisher 1095 tem e para a proa. Existe uma porta de entrada a estibordo para o poço, facilitando com segurança as entradas e saídas no barco quando está acostado. No casco existem janelas que oferecem ampla luminosidade para os camarotes. O poço é muito amplo e comporta um banco em U,onde se pode montar uma mesa ao meio, para os piqueniques e os coctails. Na popa há uma saída fácil, por uma porta a estibordo para a escada de banhos. Na hora dos banhos de sol, existe um solário so-
um amplo salão com porta de correr para o poço. A estibordo encontra-se o ergonómico posto de comando, com um confortável banco individual para o piloto. A bombordo do salão é a zona de convívio e de comer com dois bancos duplos e uma mesa ao meio. O móvel de cozinha, com lavatório,
fogão e frigorífico, encontra-se atrás do banco do piloto. Na coberta inferior ficam três cabinas e o quarto de banho. A da proa, a cabina do proprietário, é muito luminosa, com janelas laterais e duas clarabóias no tecto. A cama é larga e redonda à frente.
Cabina de bombordo 2019 Março 387
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Náutica
Cabina de estibordo
As duas outras cabinas têm porta e camas de casal. Como têm janelas laterais com vigias são
muito iluminadas e bem arejadas. O quarto de banho tem também janela e vigia,
Quarto de banho com duche separado
para entrada de luz e arejamento. possui sanita
marítima, lavatório e o duche separado.
Características Técnicas
A motorização fora de borda é uma mais-valia no Jeanneau Merry Fisher 1095 30
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Comprimento total
10,50 m
Comprimento do casco
9,95 m
Boca
3,35 m
Calado
0,69 m
Peso s/motores
4.638 Kg
Depósito combustível
2 x 400 L
Depósito de água doce
160 L + 100 L
Cabinas
2/3
Camas
4/6
Potência máxima
2 X 300
Potência recomendada
2 X 250
Categoria CE
B8 – C10
Preço com motor (a partir de)
215.000,00 IVA incluído
Importador Exclusivo Nautiser Centro Náutico Estrada Nacional 252 – 2950-402 Palmela Tel.: 21 22 36 820 - Mail: comercial@nautiser.com www.nautisercentronautico.pt
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Notícias do Mar
Notícias do Ministério do Mar
Estaleiros de Viana do Castelo Vão Construir Navios Maiores
Cerimónia da apresentação do Projeto “Aprofundamento do acesso aos Estaleiros vai gerar 90 milhões de euros e criar mais de 400 empregos”, disse a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, na apresentação no passado dia 27 de Fevereiro em Viana do Castelo, do projecto de desenvolvimento de Viana do Castelo na área da economia do mar.
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Ministra Mar, Ana Paula Vitorino apresenta um investimento de 28,5 milhões de euros para o aprofundamento do canal 32
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lém do impacto directo na indústria de construção naval, a obra, num investimento público de 18,5 milhões de euros e privado de 11 milhões de euros, melhorará a operacionalidade do porto comercial. Para os objectivos do Estaleiro de Viana do Castelo, o aprofundamento do canal de acesso é fundamental, para permitir a entrada e saída de navios maiores, e o.sucesso da indústria naval em Viana do Castelo “Além de serem reparados e produzidos navios muito maiores do que são feitos hoje, alargará o mercado e permitirá, acima de tudo, aumentar as nossas
Notícias do Mar
exportações”, disse, Ana Paula Vitorino, referindo que, “em 2018, o volume de negócios da indústria naval portuguesa cresceu cerca de 14%” O projecto para a doca actual é ser transformada em doca seca, permitindo receber navios com 200 metros de comprimento, com maior boca e mais calado. Actualmente o estaleiro está limitado a receber navios com o máximo de 180 metros de comprimento, 28 metros de boca e 5,3 metros de calado. Carlos Martins, presidente da WestSea, empresa subconcessionária dos Estaleiro de Viana do Castelo, disse “Esta obra vai dotar a empresa de capacidade para responder às novas tendências do mercado, com navios cada vez maiores,” adiantando que “a intervenção será não só fundamental para a WestSea como para toda a região, porque vai permitir a criação de mais postos de trabalho”. Na mesma altura foi assinada a concessão da empreitada de construção dos acessos rodoviários ao porto de mar por 7,3 milhões de euros, uma infraestrutura muito importante para o sector portuário nacional, no conceito do transporte marítimo. A Ministra do Mar explica as razões “Apostámos na complementaridade entre o porto de Leixões e de Viana do Castelo numa lógica de abrangência de todo o tecido económico exportador. É o reconhecimento da importância das relações logísticas entre Leixões, Viana do Castelo, a região Norte e do Noroeste Peninsular”. O primeiro-ministro, António Costa que presidiu às cerimónias de consignação
Porto de Viana do Castelo
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Notícias do Mar
Estaleiro Naval de Viana do Castelo dos acessos rodoviários ao porto de mar e ao lançamento do concurso para o aprofundamento do canal, disse estes são “excelentes exemplos de como um
bom investimento público pode contribuir para melhorar o investimento privado”. “O país tem que se construir assim. As verdadeiras parcerias entre o
setor público e o setor privado são aquelas em que os investimentos públicos servem as populações, mas permitem também gerar atividades que produ-
zem riqueza, que com essa riqueza permitem sustentar as finanças públicas do país, reforçando a nossa capacidade de continuar a investir”, concluiu
O NRP Figeira da Foz em construção nos Estaleiro Naval de Viana do Castelo 34
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Notícias do Mar
Tagus Vivan
Crónica Carlos Salgado
Navegar é Preciso…
“Navegare necesse, vivere non est necesse”, era uma mensagem que os navegadores da antiguidade tinham para expressar o seu espírito e sentimento de “Navegar é preciso, viver não é preciso” sobre a qual o nosso grande Fernando Pessoa comentou: Quero para mim o espírito desta frase transformada a forma de casar com o que eu sou: viver não é necessário, o que é necessário é criar. Com efeito, esta gloriosa e histórica frase pode ser aplicada com toda a razão a um rio grande que, se não for navegável, deixa de cumprir uma das principais funções para que nasceu, como é o caso do nosso Tejo.
T
ornado público este nosso desabafo por ser oportuno por tudo aquilo que nos é mostrado pela imagem de abertura desta crónica, não são precisas mais palavras! Passamos agora a abordar outro tema de todo interesse que diz respeito à opção tomada pela Tagus Vivan – Confraria Cultural do Tejo Vivo e Vivido perante as Conclusões do Congresso do Tejo III realizado em fevereiro do passado ano 36
de 2018, pela premência justificada de passar-se a olhar o Tejo de outra forma mais participativa e interessada, com mais frequência, mais atualidade e dedicação cívica, designadamente da parte das Comunidades ribeirinhas dada a sua proximidade, interatividade e afetividade ao seu rio por um lado e por outro, quer os players e os stakeholders quer as tutelas, as entidades fiscalizadoras e policiais, quer ainda as associações cívicas de defesa
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do ambiente, dos recursos hídricos e do património cultural, material e imaterial que devem também prestar o seu contributo efetivo para a construção da sustentabilidade futura do Tejo para benefício de todos nós, do país e das gerações vindouras. Para conseguir-se ter a envolvência e a participação de todos estes parceiros numa futura frente ou plataforma de defesa e construção de um Tejo melhor, a Tagus Vivan optou por criar um novo
paradigma que consiga atrair e conquistar uns e consciencializar outros para esta nobre causa de “debater” o Tejo com mais atualidade, frequência e periodicidade garantidas, a realizar-se de dois em dois anos, num município ribeirinho ou numa frente de água ou ainda numa região, ao longo do corredor fluvial do Tejo português, alternadamente, numa Bienal do Tejo. Se o principal desígnio desta causa é mobilizar as comunidades ribeiri-
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nhas para procederem à vigilância e defesa do seu rio pela proximidade e afetividade e atrair os outros parceiros já referidos para em conjunto construírem um futuro do Tejo melhor, então esta Bienal do Tejo será uma grande festa do grande Rio com as suas gentes, festa essa onde serão também tratados assuntos muito sérios relacionados quer com o património natural e o cultural, quer com o crescimento económico provindo do aproveitamento das mais diversas valências potenciais que o Tejo ainda possui, entre elas a navegabilidade porque, como é evidente, sem ela estar garantida o Tejo nunca consegue
voltar a ser um rio vivo e vivido. A partir destes considerandos a Tagus Vivan elaborou a proposta de princípio de um programa da Bienal do Tejo que é ambicioso porque tem de ser abrangente, exigente e completo para corresponder ao seu principal desígnio que é o de conseguir atrair para a defesa desta causa o maior número de entidades e de cidadãos para conhecerem melhor o Tejo e a sua realidade, para passarem a interessar-se mais por ele, porque ninguém defende, cuida ou reconhece a importância e o valor daquilo que desconhece por um lado e por outro, a atualização do conheci-
mento por via do debate sobre o Tejo pode e deve ser feito a par das atividades de animação lúdica, desportiva e cultural interativas de dentro para fora e de fora para dentro do rio, bem assim como as mostras sobre as valências potenciais que o Tejo tem para oferecer, e foi a partir de todo este conjunto de ações que o programa de princípio foi construído. 1. TAGÍADAS – “Uma Festa do Tejo com as suas Gentes” - Atividades de fora para dentro e de dentro para fora do Rio para atrair os cidadãos para a borda d´água para conviverem mais com ele e fruírem-no, para o sentirem como seu (desportos
de ar livre, arraiais, piqueniques, concertos, artes e ofícios, desportos náuticos – Tagus Race Cup) 2. CONHECER E DISCUTIR O TEJO a- EXPO-TEJO - exposição de atividades, produtos e serviços de Players e Stakeholders do Tejo b- FEIRA de TURISMO do TEJO – exposição do património cultural imaterial do Tejo, tasquinhas, artesanato e folclore e a sua avaliação para potenciar o Turismo no Tejo c- ENCONTRO “O TEJO E OS MUNICÍPIOS” – Debater o Tejo ambiental e cultural e as ofertas turísticas – autarcas, técnicos, cientistas, entidades fiscalizadoras e autoridades, e o papel
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dos Municípios para a futura sustentabilidade do Tejo, na qualidade de seus guardiões. d- DEBATE “É PRECISO INVESTIR NO TEJO” – Players, Stakolders, Operadores turísticos, Empreendedores, Municípios, Turismo de Portugal e respetivas ERTs do Tejo. e- WORKSHOP “A NAVEGABILIDADE NO TEJO” – Projetos, Impactos, Oportunidades e Desafios – Navegação comercial, Marítimo turística, Clubes náuticos, Construtores navais, Armadores, Operadores portuários e Municípios. Da ronda de contactos que efetuámos entretanto com alguns parceiros, dentre eles dois municípios,
levou-nos a fazer uma reflecção e a reconhecer que talvez o programa proposto seja complexo e ambicioso para que a sua materialização fique a cabo de um município que não seja de primeira grandeza. Perante este cenário estamos já a procurar encontrar a melhor solução para conseguirmos levar este nosso projeto da Bienal do Tejo a bom porto e se possível a sua primeira edição acontecer no ano de 2020, pelo que se nos deparam as seguintes alternativas: 1.ª- Para atingir o mais alto significado da sua realização a nível nacional o que exige que a Bienal do Tejo, num ano par ou impar, seja celebrada por
todos os municípios ribeirinhos ao longo do corredor fluvial até à fronteira com a particularidade de cada um deles enquadrála nas suas Festas tradicionais, procurando que o programa estabelecido seja distribuido pelos municípios vizinhos, quer da mesma margem quer fronteiriços. 2.ª – Ser celebrada por lanços da mesma frente de água, por mais de um município, com alternância geográfica. 3.ª – Ser de âmbito regional (CIM) (Estuário ou Lezíria do Tejo ou Médio Tejo ou Alto Tejo português e Tejo Internacional, com alternância geográfica. Caros Municípios ri-
beirinhos do Tejo e outros parceiros que considerem de interesse aderirem à Bienal do Tejo com o programa de princípio supracitado, é para nós de particular interesse registarmos as vossas opiniões e propostas como contributo válido para ajudar-nos a resolver da melhor forma a situação presente. Queiram enviar-nos a vossa opinião para o endereço tagus.vivan@ gmail.com. SEGUE-SE A 2.ª Parte com a continuação do relato da obra de mais de três décadas da AAT – Associação dos Amigos do Tejo, de Utilidade Pública.
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Tagus Vivan
Crónica Carlos Salgado
A Pugnar pelo Tejo, Sempre!
Na continuidade do relato da obra da AAT- Associação dos Amigos do Tejo “POR AMOR AO TEJO, AFINAL QUEM EDUCOU QUEM? ou melhor QUEM CONSCIENCIALIZOU QUEM, AFINAL?”, que foi publicado no NM do mês de janeiro passado, devemos dar destaque ao facto desta associação cívica sem fins lucrativos, e de Utilidade Pública desde 1991, cuja origem remonta aos anos sessenta, ter sido uma das primeiras associações cívicas de defesa do ambiente e não só a inscreverem-se no INAMB – Instituto Nacional do Ambiente.
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omo a AAT optou pela estratégia, logo à partida, de atrair as populações para a borda d´água, populações essas que pelo facto da navegação fluvial para montante do Estuário ter ficado quase extinta, foram-se interiorizando e voltando as costas ao seu rio, atitude tomada pelos sucessivos governos que também acabaram por ir voltando as costas não só ao Tejo mas também ao transporte fluvial e ao transporte ferroviário, que acabou por ficar no estado que se vê, para darem toda a prioridade à construção de vias rodoviárias sem fim, para favorecer o lobie dos transportes TIR, e os
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bolsos de muitos outros, que como se sabe tem um custo mais elevado que o transporte ferroviário e muito mais elevado que o fluvial, para além destes últimos poluírem muito menos a atmosfera e não causarem os congestionamentos nos portos, nas cidades e no trânsito rodoviário, inclusivamente nas estradas secundárias para evitar o pagamento de portagens, onde tem vindo, como se sabe, numas e noutras vias, a provocar acidentes com casos mortais registados. Continuando o que começamos a dizer, a AAT quando deu início ao programa “Vamos pró Rio” deu prioridade a levar os
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filhos dessas populações ribeirinhas a conhecer melhor o Tejo, a formálos e a treiná-los quer na vigilância e defesa do ambiente fluvial e prática de navegação quer ainda no conhecimento do património cultural material e imaterial tagano a fim de estabelecer e manter viva uma cadeia de transmissão desses valores de filhos para pais, de pais para avós e também para as comunidades ribeirinhas a que pertenciam, por meio de programas específicos ao longo de 20 anos. Como sabem os caros leitores, conforme transmitimos no número anterior deste jornal generi-
camente, um resumo das passagens mais relevante da vida e obra dos “Amigos do Tejo” durante 25 anos, uma grande parte dela comprovada por imagens e notícias dos jornais sobre essas atividades e/ ou programas, designadamente: Fundação da AAT e do Movimento Juventejo; programa “Vamos PRÓ RIO – 1.ª Descida LusoEspanhola de canoagem “Salvar o Tejo é salvar o rio que corre na nossa Aldeia” de Aranjuez até Lisboa.; As Tagíadas da Juventude; Encontros Intermunicípios Ribeirinhos do Tejo” e o Programa “O Tejo na Escola”. Como as imagens falam por si só bem claro
e como também já vos transmitimos no jornal do mês anterior, genérica e resumidamenre, o historial mais relevante da obra da AAT, entendemos que no fascículo desta crónica será suficiente identificarmos por escrito as atividades e/ou os programas a que as imagens que as ilustram se referem, contudo, faltou nessa descrição genérica anterior da obra da AAT, por lapso, dois trabalhos relevantes, a participação no concurso de ideias da Associação dos Arquitectos Portugueses sobre a Cidade e o Rio (Lisboa) em 1988 e O Estudo das Potencialidades Náutico Turísticas e Lúdico Cultu-
rais do Vale do Tejo elaborado de 2000 a 2003, encomendado à AAT pela CCDRLVT, para apoio ao Programa VALTEJO, apoiado pelos Fundos Estruturais da CEE. A crónica do fascículo deste mês vai ser preenchida pelas imagens sobre os programas e actividades materializadas pela AAT, como segue: Cruzeiro do Tejo, original, não confundível com a romaria ou cortejo religioso que adotou o mesmo nome, por falta de imaginação; Levar a conhecer o Tejo ao Corpo Diplomático Acreditado em Lisboa; Actividades do Juventejo na região do Médio Tejo; 1.º Congresso do Tejo, 1987.
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Tagus Vivan
Crónica Carlos salgado
Conclusões do Congresso do Tejo III (Continuação)
Questões técnicas e administrativas e Planeamento de recursos hídricos e ambientais
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APA informou que uma das acções para mitigar pressões na gestão dos recursos hídricos é a promoção da eficiência das utilizações, pela avaliação da sustentabilidade das Taxas de Recursos Hídricos (TURH), face às disponibilidades, e pelo planeamento agrícola em função das disponibilidades hídricas, bem como a existência de uma plataforma electrónica única para a simplificação de licenciamentos em áreas da competência da APA, Sistema Integrado de Licenciamento do Ambiente (SILiAmb), sendo o sistema dinâmico e adaptado às circunstâncias. No mesmo sentido de aumentar a defesa do ambiente foi feita uma alteração do Regime de Caudais Ecológicos (RCE) no Rio Tejo (efluências de Castelo do 44
Bode, Pracana e principais barragens do Sorraia, e, no regime de exploração hidroeléctrico do Tejo (Fratel e Belver), que passam a turbinar o mesmo volume de água distribuído por dois períodos de quatro horas. Foi chamada a atenção de que a Directiva Quadro da Água se destina a assegurar o bom estado das massas de água e que para isso tinha sido necessário proceder à classificação do estado/potencial ecológico das massas de água de superfície. Foi posto em causa o elevado número de estações de monitorização existentes, e sido indicando que não era a quantidade que interessava mas sim a qualidade e a eficácia para a classificação das massas de água e para a tomada de decisões de gestão. Foi referido que em muitos
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casos os processos de licenciamento não estavam suficientemente informados com dados de base e que existia um grande desconhecimento de informação, ou com informação de base antiquada, sem medições e monitorização, e que as redes de monitorização e parâmetros a monitorizar estavam desadequadas; bem como foram colocadas reservas relativamente aos dados disponíveis (falta) e à sua qualidade Foi chamada a atenção para que na concessão de licenças ambientais, na maior parte dos casos, não atendem à realidade do rio e que os valores limites de emissões são estabelecidos como se houvesse uma capacidade infinita de recepção. Com a publicação do Decreto-Lei nº 232/2007, de 15 de Junho (alterado pelo Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de Maio), que consagra no ordenamento jurídico nacional os requisitos legais
europeus estabelecidos pela Diretiva nº 2001/42/CE, de 25 de junho, tornou-se necessário a elaboração da Avaliação Ambiental de Planos e Programas, na qual se identificam, descrevem e avaliam os eventuais efeitos significativos no ambiente, resultantes da sua aplicação e as alternativas que tenham em conta os objetivos e o âmbito de aplicação territorial respectivos. Considerando fundamental a definição de um programa de acção para se assegurar o contributo da AAE na fase de implementação dos Planos, houve uma referência ao papel da Participação Publica, através do envolvimento e participação da administração, dos stakeholders/actores-chave e da população, pois incentivando-se o debate dos problemas e a procura das soluções, podem criar-se responsabilidades colectivas na gestão dos recursos hídricos.
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Foi reconhecida a necessidade de construir um modelo integrado de simulação da qualidade da água na bacia do Tejo nacional, que permita estabelecer as relações entre pressões e efeitos e que é necessária informação para um adequado planeamento e suporte à tomada de decisões e tal determina um esforço continuado de monitorização, e de disponibilidade e partilha de dados ao nível da bacia hidrográfica. A análise da história dos recursos hídricos em Portugal mostra uma melhoria da capacidade de planeamento dos recursos hídricos desde os anos setenta, chegando no início do século XXI à criação das Administrações de RH’s (ARH’s), entidades regionais coordenadoras. Mas a seguir ao estabelecimento da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) que não tinha a necessária sensibilidade e motivação para a gestão da água, foi feito o desmantelamento dos progressos alcançados, só se mantendo os serviços de água e assistindo-se a medidas desagregadoras (dos fundos de recursos hídricos) e à má utilização das taxas recolhidas. É imperioso criar novas entidades administrativas, e estabelecer uma Entidade Nacional da Água (coordenação) e autoridades regionais, em vez de distribuir competências nas CCDR’s. É necessário estabelecer conexões entre RH’s e, nomeadamente, os recursos florestais. A gestão efectuada por regiões administrativas (CCDR’s) não é adequada, em comparação com as Regiões Hidrográficas, face à permeabilidade das fronteiras administrativas. Foi afirmado que a paisagem como elo de ligação, em que se deve considerar os seguintes objectivos: o território do Tejo – distintas competências, atribuições e instrumen-
tos; conceitos de paisagem (cultural da UNESCO e da Convenção Europeia da Paisagem, CEP), implementação da CEP em Portugal, unidades de paisagem no Tejo português; a variabilidade do leito; as marcas de cheias; as comunidades e usos tradicionais e o estuário e foz do Tejo. Há 3 unidades de paisagem no Tejo português, e no estuário há várias UP, nas margens norte e sul. Foram enunciadas as oportunidades que a paisagem proporciona, e referida a importância dos observatórios de paisagem. Caros amigos e leitores, o Guarda-Rios que partiu entretanto para sobrevoar o Reno na região de Alsácia – Lorena, não resistiu a pedir-nos para introduzirmos aqui a sua opinião pessoal relativamente ao desplante para não utilizar outro termo para qualificar a ignorância do governo anterior ao subalternizar a ARH do Tejo ou aquilo que dela deixaram ficar à APA porque uma ARH é uma Administração de determinada Região Hidrográfica com competências para o seu
exercício pleno, o que não morava nem mora na APA (será por surrealismo?). O GR quer aqui esclarecer para uma fácil comparação/avaliação da diferença que existe entre competência e o contrário sobre o que foi o trabalho desenvolvido pela ARH do Tejo enquanto durou no seu pleno direito e passou a ser substituída por um órgão chamemos-lhe de cariz científico, a APA-Agência Portuguesa do Ambiente, até porque a bacia do Tejo é mais do que água e ambiente, são também as comunidades ribeirinhas e a sua qualidade de vida bem assim como os players e os stakeholders etc. Com a criação, em boa hora, da Administração da Região Hidrográfica do Tejo, I.P. (ARH do Tejo), preconizada nas conclusões do II Congresso do Tejo de 2006, as matérias relativas aos recursos hídricos passaram a ser tratadas por uma única entidade na área da região hidrográfica do Tejo, ao contrário do que sucedia anteriormente, em que as referidas matérias eram tratadas pelas CCDRs do Centro, de Lisboa
e Vale do Tejo e Alentejo. Para além das vantagens associadas ao desenvolvimento e à aplicação de uma abordagem integrada para toda a área em causa, a ARH do Tejo imprimiu, desde a sua entrada em funcionamento, uma dinâmica de trabalho pro-activo e orientado para a prestação de um serviço de qualidade ao cidadão para além de outras medidas de proximidade e entendimento. A decisão estratégica de estabelecer parcerias com as Autarquias Locais, organismos da Administração Central, associações públicas e privadas, e empresas, iniciativa que foi muito bem acolhida por todos, permitiu estabelecer uma plataforma de trabalho assente na transparência e no diálogo, com uma clara convergência de objectivos para a protecção e valorização dos recursos hídricos. TODO O ESTE TRABALHO POSITIVO FOI LEVADO PELO VENTO E PELA ÁGUA POR SIMPLES IGNORÂNCIA, DESCONHECIMENTO VÁ LÁ, MAS IMPERDOÁVEL!
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Notícias do Mar
O Tejo a Pé
Ribeiras e Atlântico a Oeste
Mais uma vez pela mão dos nossos amigos da terra andámos no Oeste, em Mafra com a Ericeira à vista.
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em surpresa o mar estava magnífico, mesmo sem as surfar aquelas ondas elevamnos ao céu. É difícil começar num local melhor que a Capela de S. Julião na praia do mesmo nome. Tanta beleza e encanto que não se escreve. Curiosamente o caminho é anunciado como das Almas, logo na subida da bonita vertente, com o oceano nas costas, encontramos o primeiro Cruzeiro. Estamos no Oeste, a seguir passamos por um forte da segunda linha defensiva das Linhas de Torres. Depois é o Oeste no seu melhor e, às vezes, no pior, com um urbanismo que arrepia. Andando e falando o grupo, com bons regressos e gente nova, 46
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Notícias do Mar
Texto e Fotografia Carlos Cupeto (Universidade de Évora – Escola de Ciências e Tecnologia)
foi fazendo quilómetros sem dar por isso. O habitual sobe e desce do Oeste. Pouco depois encontrámos o Lizandro e a coisa tornouse ainda melhor. A perfeita mistura de natureza e agricultura local. Andámos nas suas margens até à foz onde uma varanda natural nos brindou com os últimos meandros antes da mistura do rio com o mar. Desta vez tínhamos mais uma motivação, um anunciado almoço que nos possibilitou prolongar o são convívio e partilha. Até já. PS: O Tejo a pé é um grupo informal de amigos que se junta para andar. Para ser convidado basta enviar um mail: cupeto@ uevora.pt 2019 Março 387
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Electrónica
Notícias Nautel
Dual Spectrum CHIRP Para Maximizar o Desempenho
As novidades da Humminbird para a nova época vêm tanto do lado de novas tecnologias aplicadas às suas gamas, como também de novos equipamentos.
A
Humminbird continua o seu caminho de vanguarda, desenvolvendo tecnologias que mais tarde ou mais cedo acabam por ser seguidas por todos os outros. Foi assim com a função de sonar de varrimento lateral (conhecida pelas expressões de mercado como “SideImaging”, SideScan”, Sidevue” etc), no ano passado surge o Megaimaging (introdução da frequência de 1200KHz nunca antes usada nas gamas de qualquer das sua concorrentes) , e há cinco anos a funcionalidade de automapeamento de
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fundos (AUTOCHART), com software e funções próprias sem ter que partilhar dados externamente. Eis o que acontece agora Dual Spectrum CHIRP Por via dos seus novos transdutores Low Q, a Humminbird passa a permitir que o utilizador escolha entre várias configurações para maximizar o desempenho do modo de sonda 2D. Antes, estas caraterísticas eram fixas do transdutor. A inovadora funcionalidade vem nas séries HELIX de terceira geração (G3 / G3N) e SOLIX de segunda geração (G2) .O transdutor também estará disponível como um produto de pósvenda compatível com os modelos HELIX de segunda e terceira geração e todos os modelos SOLIX. A maneira mais fácil de explicar o Sonar CHIRP
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Dual Spectrum é referir que se disponibiliza a flexibilidade de dentro da sonda 2D, se ajustarem diferentes freqüências e ângulos de abertura do feixe . Os pescadores podem escolher o Modo de maior abertura de feixe, que torna os arcos (forma do eco) de peixe grandes e bem definidos para garantir que o que se está a ver seja, na realidade um peixe. O Modo de feixe estreito dá um ângulo de cone mais apertado que permite distinguir claramente os detalhes de isco, peixe e estruturas de fundo e fornecer o máximo em separação de ecos, mesmo quando os peixes estão muito juntos. O Modo de cone mais largo opera em CHIRP entre 140 e 200 kHz e o Modo Estreito entre 180 e 240 kHz. Quando combinados, eles trabalham juntos para criar a imagem 2D mais completa.
Os pescadores podem escolher o modo correto para o seu estilo de pesca, levando em última instância, os retornos/ecos de sonda mais fortes jamais feitos, uma imagem nítida e clara mesmo com ajustes mínimos na sensibilidade. Olhando à esta imagem , é como se em modo de sonda normal 2D se possa conseguir, a côres, uma imagem tipo sonar DownImaging, só que em 2D o alcance em 2D é também maior. Resumo Feixe total: 150 a 220KHz permite muita boa separação dos ecos, e é o modo que vem nas unidades por defeito. Feixe Largo, 42°: 140200KHz permite um máximo de cobertura, melhor visualização para peixes e é ideial para “jigging “vertical. Feixe Estreito, 25°: 180240KHz, permite enorme detalhe do fundo.
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Notícias do Ministério do Mar
Portugal e Quénia em Cooperação em Portos e Indústria Naval A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, recebeu no pasado dia 8 de Fevereiro, uma delegação do Governo do Quénia, liderada pelo Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Macharia Kamau, e pelo Secretário de Estado das Pescas, Aquacultura e Economia Azul, Micheni Ntiba.
A delegação do Governo do Quénia em reunião com Ana Paula Vitorino
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a reunião foram estudadas possíveis áreas de cooperação entre Portugal e Quénia nos vários setores da Economia do Mar, tendo sido identificadas áreas prioritárias como os Portos e Transporte Marítimo, Pescas, Indústria Naval ou Aquicultura. Também no âmbito tecnológico foram avaliadas as diferentes oportunidades de cooperação, com a delegação queniana a mostrar muito interesse nos sistemas em operação no nosso país, reconhecendo o seu potencial para o incremento da produtividade portuária, para a melhoria da segurança marítima ou para o aumento da vigilância nas suas águas. Na deslocação a Portugal, a delegação queniana tem ainda visitas agendadas ao IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera (que
poderá vir a ser um parceiro de entidades quenianas em matéria de formação) e a uma estação de aquicultura de ostras em Setúbal, à qual se juntará o Secretário de Estado das Pescas, José Apolinário. A reunião desta segundafeira surge depois da visita de Ana Paula Vitorino à capital queniana, Nairobi, no passado mês de julho, na qual o governo queniano já tinha demonstrado um grande interesse em aprofundar relações com Portugal no âmbito dos assuntos do mar. Portugal e Quénia já preparam Conferência dos Oceanos 2020 das Nações Unidas Apesar de ainda não existir anúncio oficial da escolha do
nosso país como palco do evento, Portugal e Quénia já preparam a coorganizarão da Conferência dos Oceanos 2020 das Nações Unidas. A reunião desta segunda-feira serviu também para analisar conjuntamente as grandes áreas onde poderá recair o foco deste evento. De olhos já postos na
Conferência dos Oceanos de 2020, a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, admitiu que o objetivo passa por fazer conferência sobre os Oceanos diferente daquelas a que nos temos habituado. «Não queremos que seja apenas mais uma conferência sobre Oceanos, queremos ir mais além», antecipou.
Ana Paula Vitorino com os Secretário de Estado do Quénia 2019 Março 387
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Pesca Desportiva
Viagens de Pesca
Texto e Fotografia Vitor Ganchinho
À pesca da truta no asfalto de …
Osaka City!
Pescar trutas numa piscina. No Japão é possível! 50
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Pesca Desportiva
Embora a minha mãe o negue, acho que venho de série com um pára-raios que capta toda a sorte de caliqueiras nestas coisas da pesca. É impossível que eu não tenha qualquer defeito de fabrico.
O
s outros mocinhos pescam peixes gigantescos, robalos de 10 kgs, corvinas de 50 kgs, e tudo lhes corre
bem. Cá para o meu lado, a cada passo, as maiores misérias piscatórias batem-me à porta. Calham-me bogas e mais bogas. Recordam-se
de eu ter trazido a estas páginas uma odisseia na Nazaré, em que andei à pesca de rãs, com uma cana de Light Rock Fishing, nas valas de
rega dos pomares, em Valado dos Frades. É disso que falo. Tenho o raro condão de atrair todas as desgraças. Um pára-raios de marmela-
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Pesca Desportiva
Estava mesmo aflito, sem uma truta para vos mostrar. Passou uma morta, a boiar, e resolvi ferrá-la pelas costas, para o show-off. das que envolvem anzóis e linhas. Quando penso que já não posso descer mais, eis que algo me acontece e vem uma maleita pior. Hoje apareço-vos com uma história curiosa, sobre trutas citadinas.
Tabela de preços. Os homens pagam mais... 52
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Queres ir às trutas? Estava eu posto em sossego, no hall do hotel, pequeno almoço tomado e já de malas feitas para seguir directo ao aeroporto de Kansai, no Japão. Depois de dez quiló-
metros de sushis e sashimis, finalmente de volta a casa, a Palmela, para o peixinho no forno da Lena e para as minhas filhas. Aguardava o Fuminobu, um pacholas japonês que faz o favor de ser meu amigo, e que tinha ficado de me levar ao aeroporto. Pensando que a semana naquele país do sol nascente já me tinha dado tudo o que podia dar. Errado. Com um sorriso do tamanho do mundo, com aqueles olhos em bico que o tornam diferente dos meus amigos habituais, ele diz-me: _ Queres ir às trutas?! O chamamento para mais uma aventura é sempre mais forte do que a prudência de olhar para as horas: _Agora?!! A esta hora? … _ Sim. _Se achas que dá tempo, vamos nisso. O Garcia vai connosco, a Yuki também. Vamos às trutas, claro. Mas onde? Para quem está bem no centro de uma grande cidade, não resulta evidente que se possam pescar trutas no meio da rua. Muito menos quando o anfitrião lhe aparece de fato e gravata, … para ir pescar. Mas o Fumi sabe sempre mais do que parece: _ Sei de um Centro de Pesca, a 15 minutos daqui. Era um parque temático, com escorregas, piscinas, etc, e dadas as normais condições de tempo adversas, a água fria não convida a grandes mergulhos, foi à falência. E vai daí, os novos donos fizeram das piscinas, …lagos. E existem diversas variedades de trutas para pescar. Há resmas de trutas para podermos pescar, em cada lago. Ensinar a pescar desde muito novos Daí a minutos, estávamos
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Pesca Desportiva
...como nos bailes de gira-discos das sociedades recreativas. a parar o carro num parque de estacionamento cheio de viaturas. Eram centenas de “pescadores” entretidos a lançar as suas amostras. Sim, eles pescam sobretudo com artificiais. A cultura japonesa não está muito virada para iscos orgânicos, e a industria da pesca produz
qualidade suficiente para alimentar este conceito. Alugámos as canas e carretos, comprámos as amostras num ponto de venda que tinha, para além disso, camaroeiros, coletes salva-vidas, bobines de fio, cadeiras de encosto, etc. Os anzóis das amostras, pequenos po-
ppers e sobretudo pequenas colheres coloridas, são invariavelmente sem barbela. Há zonas onde apenas se pode lançar amostras, outras para quem quer pescar à mosca, outras para miúdos, etc. Sim, para miúdos. Eles fazem questão de os ensinar a pescar desde muito novos. E ali estávamos nós, lançando amostras. De quando em quando, um atleta do grupo tirava uma truta. A miúda que estava a meu lado, fazia trutas seguidas, sem ter tempo para pestanejar. Reparei que recolhia a linha muito devagar, roçando a amostra no fundo. Zero encalhes, porque numa piscina, ...não encalha. Os melhores postos estavam ocupados por duas dezenas de lançadores de chapinhas. Máquinas de fazer correntes disparavam água para criar
um ambiente mais natural, dentro do surrealismo de estarmos a pescar com os pés no cimento, com uma caleira de piscina à nossa frente. Resolvi dar um passeio pelas imediações. Um dos atletas estava positivamente a dormir com a cana na mão. O espaço é agradável, estava sol, as pessoas disfrutam de um ambiente calmo, em que apenas a agitação dos saltos das trutas quebra o silêncio. Continuei a dar a volta ao recinto, constituído por diversos “lagos”, cada um com a sua especialidade. A pesca não me correu particularmente bem. Com uma cana mole e sem acção, uma linha fininha que convidava a ter a embraiagem do carreto ligeiramente aberta, falhei alguns toques. Em desespero, porque vos queria mostrar ao menos
Pescando trutas à saída do…”correntão”…feito por máquinas 54
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Pesca Desportiva
Esta é ao sério! Estive mais uns quantos minutos com ela, para as fotos de toda a gente…o bicho acabou por ser devolvido já sem grande ânimo.
Ei-la, a picar numa colher pequenina, cor vermelha. 2019 Março 387
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Pesca Desportiva
Truta de 1 quilo feita por um simpático japonês, …à mosca. Restituída à água, …ao que se seguiu um pulo no ar, de contente, que lhe fez saltar a mascara anti-espirros. uma truta grande, resolvi seguir a técnica dos corvos cormorans: uma truta recentemente morta que passava junto à parede foi fisgada à
má fila, pelas costas. Feita a foto da praxe e já mais confiante na possibilidade de reportagem, fui a elas com ânimo redobrado. E lá apare-
ceu a truta para as imagens, aos pulos. O Garcia lutava contra o infortúnio. Numa as passagens que fiz por ele, não me desviei a tempo, e,
O Gustavo Garcia, pouco antes de ser “escorraçado do local” pelo fiscal, por estar a pescar à amostra, num sector de mosca. 56
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Pesca Desportiva
num lançamento pouco convencional, teve o cuidado de me lançar a amostra acima. Agarrado pela testa, acabei por desferrar, embora eu ache que ele nunca seria capaz de parar uma corrida minha com linha tão fina, um 0,20 mm fraco. Estou com 82 quilos…e num primeiro arranque, bem motivado, eu estou convencido que ele não me aguentava. Procura-se, viva ou morta, a truta leopardo Yuki, técnica de logística de uma empresa ligada ao sector da distribuição de equipamentos Daiwa, Shimano, Xesta, etc, dava os seus primeiros passos no maravilhoso mundo da pesca. E pescou! Quando tudo levava a supor ser um primeiro dia de pesca sem primeiro peixe, ei-la que aparece com uma truta aos pulos. À minha frente, um
A Yuki, a fazer a primeira truta da sua vida. Simpática e sempre disponível para ajudar os portugueses.
pescador de mosca travava uma luta frenética com uma truta de 1Kg, conseguindo pô-la a seco ao fim de algum tempo de trabalho. Reparei no cuidado com que a desferrou e restituiu à água. Outro artista com ar mais pro, sacava trutas com uma pequena chapinha amarela de 1 grama, e recorria a um marcador fixo ao cinto das calças, para saber no fim quantas teria pescado: marcava 15 quando olhei para a maquineta.
Uma das variedades de truta que existe nos lagos, é altamente agressiva, e ataca as outras ferozmente. Por esse motivo, a organização resolveu colocar cartazes, onde se podia ler: Procura-se, viva ou morta, a truta leopardo. A captura de um exemplar valia a oferta de um simpático bidon de água. Porque me passou uma bem perto, tentei a chance e consegui ferrá-la. As malhas pareciam-me ser as da famosa leoparda. Mas
não, rebate falso, tinha malhas mas não eram as que valiam bidons… Quem sabe daquilo são os inúmeros corvos marinhos que pululam no local. Eles perceberam muito rapidamente que algumas trutas não suportam a operação de restituição à água e ficam debilitadas. Por eles, comem-nas com ou sem malhas. Não fazem questão de ganhar os bidons da recompensa, com o logotipo da organização.
Sorriso maroto de uma japonesa de 23 aninhos, com um grande futuro de pescadora pela frente. 2019 Março 387
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Notícias do Mar
Notícias Ministério do Mar
Porto de Leixões com Investimento de 141 Milhões de Euros
Porto de Leixões até à barra Prolongamento do quebra-mar e novas acessibilidades ao porto de Leixões em concurso
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oi lançado, pela Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, no passado
dia 27 de Fevereiro, o concurso público para o prolongamento do quebra-mar exterior e das acessibilidades marítimas
do porto de Leixões, em Matosinhos. A empreitada, conforme publicação em Diário da República, tem um valor
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de 141 milhões de euros e um prazo de execução de 30 meses. A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, Já tinha revelado, durante a apresentação do projeto de reconversão do terminal de contentores sul, um investimento de 43,4 milhões de euros, totalmente privado, que no final do mês, iriam ser apresentados novos investimentos para que o porto de Leixões passe a receber mais, maiores navios e também mais quantidade de carga. “Ainda este mês vamos lançar novos investimentos porque precisamos de ampliar a capacidade do porto e acolher mais navios e navios maiores”, disse a ministra. O projecto lançado a
Notícias do Mar
Plataforma Logistica de Leixões
concurso pretende garantir a segurança da entrada e saída do porto de Leixões e das manobras de navios de maiores dimensões. Para isso é fundamental o prolongamento do quebra-mar, o aprofundamento do canal de acesso e da bacia de rotações, bem como da frente de cais do futuro terminal de contentores para profundidade
de14 metros. Esta obra é contestada pelos praticantes de surf, que receio que seja o fim das ondas na praia de Matosinhos. O Governo pretende, como estratégia para o aumento da competitividade da rede de portos comerciais do continente -- Horizonte 2026 o aumento da eficiência do terminal de granéis só-
Porto de Leixões
lidos e alimentares Norte, possível num investimento de 12 milhões de euros e a construção de um novo terminal de contentores com um custo estimado acima dos 170 milhões de euros. Juntam-se a estes investimentos, outros, nomeadamente na Plataforma Logística de Leixões, perfazendo mais de 420
milhões de euros, maioritariamente privados. A Ministra do Mar considera que o porto de Leixões é “a joia da coroa da região Norte e uma das joias da coroa da economia nacional sendo, por isso, essencial continuar a crescer, o que apenas é possível com mais investimento”.
O porto de Leixões vai receber maiores navios e mais quantidade de carga. 2019 Março 387
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Surf
Rip Curl Grom Search
Primeiros Vencedores no Wave Series 2019
Constância Simões vencedora nas categorias sub 12 e sub 14 Na Praia Internacional do Porto, no fim-de-semana de 9 e 10 de Março, cerca de 80 surfistas competiram em seis categorias o Rip Curl Grom Search, encontrandose os primeiros vencedores do circuito
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Praia Internacional do Porto recebeu, a primeira etapa do Rip Curl Grom Search que pôs à prova cerca de 80 atletas nas categorias sub 12, sub 14 e sub 16, femininas e masculinas. O primeiro evento do Wave Series 2019 nomeou os jovens sur-
fistas que irão continuar na luta por um lugar nas finais desta competição mundial. Constância Simões sagrou-se vencedora na categoria sub12 com 10,34 pontos, a par de Matias Canhoto, vencedor na mesma categoria, com um score de 12,66.
A atleta oriunda de Portimão foi também a justa vencedora sub14, obtendo nesta etapa 9,57 pontos, juntandose a João Maria Pereira, o vencedor, na mesma categoria, que obteve um total invejável de 15.07 na pontuação. Este foi também o atleta que arrancou a nota
Beatriz Carvalho venceu em sub 16 62
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mais alta do campeonato, a pontuação 9 num heat unanime para todos os júris da prova. Já na competição dos atletas mais velhos desta prova, os sub16, foi Beatriz Carvalho que com uma boa prestação chegou ao lugar mais alto do pódio, através de uma pontuação de 12,40 pontos. Na ala masculina, todos os surfistas lutaram até ao fim numa competição renhida, onde Martim Paulino venceu 14,83 pontos. Esta prova no norte do país foi brindada com as excelentes prestações dos atletas que fizeram deste arranque do Rip Curl Grom Search uma competição com ondas muito consistentes e um nível de surf elevado. “Uma das muitas razões que alicia os jovens surfistas para esta prova é terem a possibilidade de mostrarem o seu talento a nível internacional. É uma
Surf
competição muito importante para as camadas de formação e temos um enorme orgulho em poder integrá-la no Wave Series”, realça Marcelo Martins, promotor do evento. A edição este ano do Rip Curl GromSearch, em Portugal, vai realizar uma segunda etapa na Costa da Caparica e uma finalíssima em Peniche. O campeonato está a ser disputado, simultaneamente, em vários países europeus e mundiais. A Onda Pura – Produção de Eventos em colaboração com a AON – Associação Onda do Norte e com as Câmaras Municipais do Porto e de Matosinhos são as entidades organizadoras deste evento que tem o apoio institucional da Federação Portuguesa de Surf e da entidade de Turismo de Porto e Norte de Portugal e da Junta de Freguesia de Matosinhos e Leça da Palmeira. Conta com o patrocínio oficial Rip
João Maria Pereira vencedor sub14 com 15.07 pontos Curl, Citroen, Smith, FCS, Gorilla, do Grupo Crédito Agrícola, e com os apoios da Fonte Viva e Simple Fruit, Hospital de Santa Maria – Porto, MEO, Solinca, Be Stronger, Edifício Transparente e cobertura mediática da WGC, Surf Total, Beachcam, e Fuel TV. Resultados Sub12 1º - Matias Canhoto
2º - Mário Leopoldo 3º - Bruno Amado 4º - Ricardo Teixeira Sub12 Feminino 1º - Constância Simões 2º - Inês Santos 3º - Miriam Julião 4º - Maria Silva Sub14 1º - João Maria Pereira 2º - Matias Canhoto 3º - Tomás Nunes 4º - Guilherme Costa Sub 14 Feminino
1º Constância Simões 2º - Leonor Gomes 3º - Helena Costa 4º - Ana Lima Sub 16 1º - Martim Paulino 2º - Martim Nunes 3º - Joaquim Chaves 4º - Sasha Garcia Sub16 Feminino 1º - Beatriz Carvalho 2º - Constância Simões 3º - Inês Guerreiro 4º - Raquel Otero
Martim Paulino venceu em sub 16
Praia Internacional do Porto
Martim Paulino venceu com 14,83 pontos
Constância Simões a primeira vencedora deste ano 2019 Março 387
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Surf
BWRAG Safety Summit Açores 2019
Megaevento de Segurança para Surfistas de Ondas Grandes
Alex Botelho no Baixio de Santana Surfistas de ondas grandes regressam aos Açores para megaevento de segurança, organizado pela Câmara Municipal da Ribeira Grande e EDP Mar Sem Fim
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João Guedes no Baixio Viola 64
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município da Ribeira Grande vai receber nos dias 27 a 31 de março a equipa do Big Wave Risk Assessment Group para um dos maiores eventos de segurança e salvamento de ondas grandes realizados em Portugal: o BWRAG Summit Açores 2019. Depois de vários anos a organizar as Expedições EDP Mar Sem Fim, a consciência da importância da formação em segurança levou a equipa do EDP Mar Sem Fim a propor à CM da Ribeira Grande um evento muito especial. Foi assim lançado o convite à mais famosa equipa mundial de resgate e salvamento em ondas gran-
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des, o Big Wave Risk Assessment Group, do Havai, que vai realizar o BWRAG Safety Summit Açores 2019. Inserido na 5ª temporada do projeto EDP Mar Sem Fim, este evento vai reunir na Ribeira Grande os especialistas mundiais do BWRAG, representados pelos surfistas internacionais Danilo Couto e Kohl Christensen, membros fundadores do projeto e pelo lendário Brian Keaulana, um dos maiores e mais prestigiados gurus de segurança em ondas grandes do mundo. Juntar-se-ão ainda os melhores surfistas portugueses de ondas grandes, nomeados e vencedores dos Prémios XXL EDP Mar Sem Fim. O Programa inclui Workshops de formação de segurança e resgate em ondas grandes, cujas inscrições podem ser realizadas através do site do BWRAG e passeios/demonstrações de Surf a jornalistas convidados, nas ondas descobertas pelas Expedições EDP Mar Sem Fim, nomeadamente
no Pico da Viola e no Baixio de Santana. Com a organização do BWRAG Summit Azores 2019, a Câmara Municipal da Ribeira Grande, principal patrocinador do evento, aposta no excecional potencial do município para o turismo de natureza da região. Portugal já é uma marca de referência no mapa do surf mundial, que tem vindo a contribuir cada vez mais para o desenvolvimento e crescimento da economia de inúmeros municípios portugueses. O evento contará ainda com o apoio de vários parceiros habituais do EDP Mar Sem Fim - Mitsubishi Motors, Yamaha, Azores Airlines - e um conjunto de parceiros locais que se quiseram associar a este evento de repercussão internacional e que disponibilizarão meios e materiais indispensáveis à realização do mesmo. Sobre o BWRAG O Big Wave Risk Assessment Group existe para
consciencializar os surfistas para os riscos dos oceanos, ensinando-lhes os protocolos de segurança, o uso de equipamentos e tecnologias, e treino de habilidades para maximizarem a prática de surf de forma segura. A missão do BWRAG consiste na partilha do seu conhecimento e progresso com todos os membros ligados ao surf, melhores práticas e para o avanço tecnológico da modalidade. Sobre o EDP Mar Sem Fim A celebrar 5 anos de existência, o projeto EDP Mar Sem Fim foi pioneiro na descoberta de ondas grandes, desconhecidas e inexploradas em Portugal. Desde a sua criação tem apoiado vários surfistas de ondas grandes portuguesas, permitindo o desenvolvimento da modalidade em Portugal e a presença de vários surfistas em grandes competições internacionais.
João Macedo no Baixio de Santana 2019 Março 387
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Notícias do Mar
Últimas Wave Series 2019
Circuito de Surf do Norte Volta a Agitar as Ondas
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já nos próximos dias 16 e 17 de Março que os melhores atletas da região Norte do país voltam a dar espetáculo nas praias do Porto e Matosinhos com o Circuito de Surf do Norte (CSN). Esta terceira etapa deste Circuito Surf do Norte vai juntar centenas de surfistas a competir pelo apuramento para o Campeonato Nacional de Surf Esperanças. Este evento é aberto a atletas federados nas categorias sub14, sub16 e sub18. Os jovens talentos da modalidade serão, assim, colocados à prova nesta grande competição. Dependendo das condi-
ções do mar, o campeonato vai realizar-se na Praia Internacional do Porto ou em Leça da Palmeira, Matosinhos. As inscrições já se encontram abertas no site da Federação Portuguesa de Surf (FPS): www.surfingportugal. com. A terceira etapa do Circuito Surf do Norte presented by Credito Agricola é o segundo evento do “Porto & Matosinhos Wave Series” que volta a unir as duas cidades na promoção do Norte como destino privilegiado para a prática de desportos de ondas. A Onda Pura – Produção de Eventos em colaboração com a AON – Associação
Onda do Norte e com as Câmaras Municipais do Porto e de Matosinhos são as entidades organizadoras deste evento que tem o apoio institucional da Federação Portuguesa de Surf e da entidade de Turismo de Porto e Norte de Portugal e da Junta de Freguesia de Matosinhos e Leça da Palmeira. Conta com o patrocínio oficial do Grupo Credito Agricola, Mazda e Autosueco, 58 Surf Shop, Mike Davis e com os apoios da Fonte Viva e Simple Fruit, Hospital de Santa Maria – Porto, MEO, Solinca, Be
Stronger, Edifício Transparente e cobertura mediática da WGC, Surf Total, Beachcam, e Fuel TV.
Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com
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