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Notícias do Mar
Texto Antero dos Santos e Ministério do Mar
Economia Azul
Náutica de Recreio na Marina de Pedrouços
Ministério do Mar avança com Ocean Campus Portugal num Investimento de 300 M € Numa zona que se manterá sempre em domínio público, a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, apresentou no passado dia 22 de Julho num edifício da Docapesca, o Ocean Campus Portugal, projecto de requalificação urbana e ribeirinha de toda a área entre Pedrouços e Cruz Quebrada que prevê um investimento total de 300 milhões de euros.
A
pós ter revogado um Regulamento da Náutica de
Recreio que durante duas décadas aniquilou as actividades náuticas em Por-
tugal e aprovado um novo que passou a “bola” às associações desportivas e
Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino 2
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económicas, para serem os motores do desenvolvimento, Ana Paula Vitorino arranca com um novo projecto que se apresenta como pólo dos desportos náuticos. A zona escolhida não podia ser melhor, porque está perfeitamente vocacionada para os desportos náuticos e há muito a aguardar que se use. Vai desde a doca de Pedrouços, em Lisboa, à praia de Algés e ao Dafundo até à foz do rio Jamor que pertencem à autarquia de Oeiras e para os quais já se fizeram muitos projec-
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Apresentação do Ocean Campus num edifício da Docapesca
tos que nada deram. Numa área junto à torre do VTS existe a funcionar desde 2012 o Centro Náutico de Algés, da Sopromar, com importantes
infraestruturas a fazerem assistência e reparação de embarcações de recreio. Respondeu ao projecto Ocean Campus, quem não devia faltar, Isaltino Morais, presidente da Câmara de Oeiras, o único autarca que teve, até hoje, a coragem de construir uma marina. A área total de intervenção do projecto abrange
Ocean Campus Portugal 2019 Agosto 392
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Notícias do Mar
Numa área de 18,6 hectares, a Doca de Pedrouços vai arrancar com o Ocean Campus
64 hectares e concretiza o objectivo estratégico do Governo de posicionar Portugal como uma referência internacional nos domínios da ciência, da I&D e da tecnologia no
que respeita às Ciências Marítimas e Marinhas e à Economia Azul, potenciando um cluster de desenvolvimento associado ao mar. Isto será possível com
a instalação de pólos universitários com uma rede de unidades de investigação dos assuntos do mar, ensino e desenvolvimento tecnológico, cujo objectivo principal será gerar inovação e investigação qualificada e fornecer aos diversos serviços que aqui se instalem as melhores condições para competir no mercado global. O Ocean Campus é um projecto com vista a fomentar o empreendedorismo. Deve-se criar um campus de I&D internacional de atividades ligadas ao mar, criando condições logísticas para o desenvolvimento da economia nacional, potenciando a economia azul; Sob a temática do mar devem-se juntar vários
organismos, serviços e instituições públicas, que funcionem como unidades âncora para o desenvolvimento de novos modelos de relacionamento. Também se vai criar uma zona embrião de startups, com salas de reuniões, auditório e zona de exposições, alojamen-
Fernando Medina, Ana Paula Vitorino e Isaltino Morais a inaugurarem a Ciclovia do Mar 4
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Ciclovia do Mar
A ciclovia em Algés
to temporários para investigadores e postos de atracação de navios de investigação; Vai ser requalificada uma zona de mais de 64 hectares no limiar da malha urbana de Lisboa e Oeiras e na linha de água da foz do Tejo, apostando-se na reabilitação da Doca de Pedrouços e dos armazéns da Docapesca. Foi anunciado também que já foi lançado o concurso da Marina de Pedrouços Na apresentação do Ocean Campus, Ana Paula Vitorino sublinhou que “O intuito é reabilitar uma área abandonada há décadas e queremos que o Ocean Campus se constitua como um espaço de referência no contexto internacional nos domínios das Ciências Marítimas e Marinhas e da Economia Azul, cujo objectivo principal será gerar inovação e investigação qualificada e fornecer aos serviços que aqui se instalem as melhores condições para competirem no mercado global”. 2019 Agosto 392
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A Ciclovia do Mar
Investimento vai mudar frente ribeirinha entre Lisboa e Oeiras O Investimento de 300
milhões de euros, para alguns, vai ser uma Nova Expo um projecto que será dividido em três fases e promete requalificar a zona ribeirinha desde Pedrouços até à Cruz
Quebrada, englobando também um hotel. A cerimónia de apresentação do Ocean Campus incluiu também a inauguração da Ciclovia do Mar, feita pela Ministra do Mar,
na presença de Fernando Medina e Isaltino de Morais, respectivamente presidentes das Câmaras de Lisboa e Oeiras. A Ciclovia do Mar consiste em um quilómetro e meio de
O Centro Náutico de Algés a receber um veleiro para assistência 6
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Notícias do Mar
A Doca de Pedrouços e os armazéns da Docapesca vão ser reabilitados num investimento de 118 milhões de euros
um trajecto entre Pedrouços e Algés que se encontrava interdito ao público e vai-se estender até ao Dafundo. Toda a zona ribeirinha será requalificada com es-
paços verdes e pretendese que seja uma área de circulação de transportes sustentáveis. Está a ser equacionada a criação de uma zona de estacionamento para libertar o espa-
ço de carros e devolver às pessoas a frente de mar. O Ocean Camus é um projecto inovador que vai resultar, a partir de um investimento que vai ser realizado, na sua maio-
ria, por capital privado em cerca de 73% e que a partir do início o Governo pretende começar a atrair investidores. A concretizar até 2030 o Ocean Campus vai ser
As três fases de construção do Ocean Campus Portugal 8
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Junto ao VTS, área vocacionada para náutica de recreio, encontra-se o Centro Náutico de Algés
construído em três fases. Numa área de 18,6 hectares, vai decorrer a primeira fase até final de 2022, com um investimento de 118 milhões de euros, dirigidos à Marina de Pedrouços com 31 milhões, uma área para a instalação de empresas 21,2 milhões de euros, a criação de um Ocean Lab com 20,7 milhões de euros, a construção de residências temporárias para investigadores e cientistas com 18,4 milhões e estabelecimentos para restauração para os quais se destinam 11,5 milhões de euros. Na segunda fase de 2022 a 2026 serão investidos 152 milhões de euros, destinados a um hotel com 38,4 milhões de euros, um espaço empresarial e para centros de investigação com 36,8 milhões de euros a Marina do Jamor para a qual se destinam 30 milhões de euros, a Blue Business School com 27 milhões de euros e mais um investimento de 20 milhões de euros para os arranjos exteriores e os acessos. A última fase vai desenvolver-se entre 2026 e 2030 e para ela serão investidos 30 milhões de
euros que se destinam a terraplenos, arranjos exteriores e acessibilidades. Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, considerou que “Este é um projecto de profunda ligação da terra com o mar, de devolução às pessoas de um espaço que hoje se encontra fechado e agora já contempla amplas zonas de fruição pública”. Isaltino Morais, presidente da Câmara Municipal de Oeiras, anunciou, “Existe a possibilidade da primeira e segunda fases arrancarem em simultâneo. E faremos também a requalificação das praias de Algés e da Cruz Quebrada, esperando que venham a ter Bandeira Azul no futuro”. Ana Paula Vitorino insistiu “É preciso ir mais além. Sabemos que o potencial do oceano é determinante para impulsionar o crescimento económico, o emprego e a inovação” e que “a contribuição das indústrias baseadas nos recursos do oceano para a economia e emprego globais é crescente e cada vez mais importante”. 2019 Agosto 392
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Notícias do Mar
Notícias da Fundação Oceano Azul
Cavalos-marinhos da ria Formosa a «cavalgar» para a extinção
Houve milhões de cavalos-marinhos da ria Formosa só restam 10%
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Foto de Nuno Sá de Cavalo-marinho da ria Formosa 10
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Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, o Parque Natural da ria Formosa e a Fundação Oceano Azul iniciam, quinta-feira, dia 1 de agosto, às 11h30, no Cais das Portas do Mar (Faro), a campanha “A cavalgar para a extinção”, para sensibilizar o público para alteração de comportamentos e a necessidade de proteger os cavalos-marinhos da ria Formosa. A ria Formosa teve a maior comunidade do mundo destes animais, com as populações das duas espécies de cavalos-marinhos a ascenderem a milhões de indivíduos. Passadas duas décadas, após esta descoberta, desapareceram 90% dos cavalos-marinhos. Segundo Emanuel Gonçalves, administrador da Fundação Oceano Azul, “Em 2018, solicitámos ao investigador da Universi-
dade do Algarve, Miguel Correia, a realização de um censo, pois havia indícios de que as populações da ria estariam a ser delapidadas e as últimas contagens tinham sido realizadas em 2012. Em seis anos, desapareceram 600 mil cavalosmarinhos! Se os fatores de pressão identificados não forem eliminados num curtíssimo espaço de tempo, os cavalos-marinhos correm o risco de não terem um número mínimo que permita a sua recuperação, extinguindo-se na ria Formosa”. “As duas espécies existentes em Portugal são particularmente vulneráveis a fatores de pressão (pesca ilegal, poluição sonora, alteração/destruição do seu habitat preferencial, nomeadamente áreas de pradarias de ervas marinhas), que os afetam direta ou indiretamente por serem peixes sedentários e frágeis. Assim, a Direção Regional de Conservação da Natureza e Florestas do Algarve reconhece como fundamental a execução de um plano de ação desenvolvido em parceria com entidades regionais e nacionais, visando a preservação destas espécies”, refere Joaquim Castelão Rodrigues, Diretor Regional. Esta campanha pretende sensibilizar o público e apontar três soluções concretas: Não apanhar ou tocar nos cavalos-marinhos, fundear os barcos de recreio com precaução evitando zonas de ervas marinhas e evitar fazer ruído com as embarcações fora dos canais de navegação.
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Notícias do Ministério do Mar
Governo Aprovou o Crescimento do Porto de Sines com 642 Milhões € de Investimento
O Conselho de Ministros aprovou no passado dia 25 de Julho o novo Terminal Vasco da Gama e a ampliação do actual Terminal XXI do Porto de Sines
O
Governo aprovou os diplomas que estabelecem as bases da concessão do novo Ter-
minal Vasco da Gama e a ampliação do atual Terminal XXI. O Porto de Sines tem um peso de 1,5% na Eco-
nomia Nacional, 2% no Emprego e representa mais de 56% da carga contentorizada movimentada nos portos comer-
Terminal XXI no Porto de Sines vai entrar na 3ª fase de expansão 12
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ciais do continente. Sines tem vindo a registar importantes índices de crescimento neste tipo de carga, tendo nos últimos 15 anos crescido de 20.000 TEU em 2004 para mais de 1.750 M TEU em 2018, o que representa um crescimento de mais 8.652,2% a uma taxa média anual de crescimento de mais de 37,6%. O Terminal XXI, o único terminal de contentores atualmente existente no Porto de Sines, neste momento já opera acima da assimptota da capacidade teórica e por essa razão não tem sido possível captar novas linhas, que manifestaram interesse,
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mas face à falta de capacidade divergiram para outros portos internacionais. Por isso, face às conclusões de um estudo de mercado e económicofinanceiro, a “Estratégia para o Aumento da Competitividade da Rede de Portos Comerciais do Continente - Horizonte 2026”, aprovada pela RCM n.º 175/2017, com o objetivo de aumentar a capacidade no segmento da carga contentorizada do Porto de Sines para responder à procura não satisfeita e à estimada para as próximas décadas, prevê os seguintes projetos core:
milhões de TEU e um cais com um comprimento de 1.375 m com 3 posições de acostagem simultânea dos maiores navios do mundo (400 m comprimento, 60 m boca e capacidade 24.000 TEU). Terá uma área de terrapleno de 46 hectares, 15 pórticos de cais e fundos de -17,5 m ZH. Representa um investimento total estimado em cerca de 642 M€ de fundos privados a cargo da futura entidade concessionária. Para este montante
de investimento estimado, o Estudo EconómicoFinanceiro considera um prazo de concessão de 50 anos. Estima-se que a construção do Terminal Vasco da Gama gere um impacto económico total de 524 M€, representando 0,28% do PIB e 0,33% do VAB português. Estima-se que o novo terminal crie 1350 postos de trabalho diretos na fase de exploração. O Terminal Vasco da Gama será construído e financiado exclusivamen-
te por fundos privados através da concessionária que vier a ser selecionada num procedimento de contratação pública internacional, incluindo a assunção de todos os riscos associados, concretizando o modelo de gestão portuária do tipo landlord port aplicável ao sistema portuário nacional e recomendado pela Comissão Europeia e pela OCDE. O espaço da concessão manter-se-á no domínio público sob jurisdição portuária, para
A expansão do Terminal XXI e construção do novo Terminal de Contentores Vasco da Gama. Aprovado o Decreto-Lei nº 225/2019 que aprova as bases da concessão de exploração, em regime de serviço público, de um novo terminal de contentores no porto de Sines, incluindo o seu projeto e construção Este diploma estabelece as bases da concessão e autoriza o lançamento do concurso público internacional para a concessão de exploração, em regime de serviço público, de um novo terminal de contentores no porto de Sines, Terminal Vasco da Gama, incluindo o seu projeto e construção. O novo terminal terá uma capacidade de movimentação anual de 3
Terminal XXI 2019 Agosto 392
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Fotografia: Tobias Langer
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A ampliação vai possibilitar a atracação simultânea de quatro navios porta-contentores de última geração
onde reverterá integralmente no final do período de concessão. Aprovado o DecretoLei nº 328/2019 que al-
tera as bases da concessão da exploração, em regime de serviço público, do Terminal XXI para movimentação
de contentores no porto de Sines. Aprovado o diploma que altera as bases da concessão da exploração, em
regime de serviço público, do Terminal XXI, possibilitando a assinatura do 5º aditamento entre a APS e a PSA Sines, que permite
Terminal XXI de Sines passará para uma frente de cais de 1.950 metros 14
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a realização de novos investimentos de expansão do cais e redimensionamento e modernização desta infraestrutura. Em 17 de julho de 2019, a comissão de negociação nomeada pelo Governo e a Concessionária, a PSA Sines, assinaram uma ata onde foi acordado o Modelo Financeiro da Concessão para a Expansão do Terminal XXI: Modelo Financeiro da Concessão para a Expansão do Terminal XXI: Um investimento global de 547 milhões de euros, totalmente privado,
a concretizar pela concessionária, a PSA Sines, compreendendo não só a expansão do cais de acostagem e respetivos equipamentos de movimentação, mas também a manutenção, substituição e renovação de equipamentos já instalados nas fases anteriores, ao longo de toda a vida da concessão. Extensão do prazo de concessão em 20 anos, de forma a ser possível à concessionária amortizar o investimento acordado. Uma frente de cais de 1.950 metros (atualmente 1.040 m), repartidos numa frente de 1.750 metros e noutra de 200 metros, possibilitando a atracação
simultânea de quatro navios porta-contentores de última geração. Instalação de mais 9 gruas “super post-panamax” (total passará a ser 19), 30 pórticos de parque e equipamentos transportadores. Ampliação da área de armazenagem dos atuais 42 hectares para 60 hectares. Aumento da capacidade dos atuais 2,3 milhões para 4,1 M TEU. Ficou também acordado na ata assinada pela Comissão e pela Concessionária, que a PSA Sines abdica do direito de preferência, através da revogação da cláusula 8 da Secção 11 do Con-
trato de Concessão (“Instalações Adicionais”). A revogação desta cláusula assegura o afastamento de qualquer direito de preferência ou exclusividade da concessionária deste terminal. O Terminal XXI é atualmente o maior empregador da região, com mais de mil postos de trabalho. Este aditamento virá reforçar a criação emprego, contribuindo para o desenvolvimento socioeconómico da região e do país. O impacto no PIB ascende a 118 milhões de euros e promoverá a criação de cerca de 4.600 postos de trabalho se considerados os efeitos diretos, indiretos e indu-
Terminal Vasco da Gama 16
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zidos. Em termos diretos prevê-se a criação de 900 novos postos de trabalho. A aprovação destes dois diplomas permite colocar o Porto de Sines como um dos principais portos de nível mundial e particularmente do “West Med”, em termos de oferta portuária no segmento da carga contentorizada, atingindo mais de 7 milhões TEU, garantindo capacidade para competir e atrair novas cargas e clientes, das cadeias logísticas globais, reforçando o posicionamento de Sines no contexto marítimo-portuário internacional.
Porta-contentores MSC em Sines
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Economia do Mar
Investimento em Peniche para Segurança e Investigação A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino apresentou em Peniche, no dia 1 de Agosto, a obra para prolongamento do quebra-mar interior do porto de Peniche, um Iinvestimento de 1,120 milhões de euros e fez ainda a apresentação do SmartOCEAN
O
prolongamento do quebra-mar destina-se para melhoria das condições de abrigo da frota artesanal de pesca, e a empreitada foi consignada num prazo de execução de 150 dias. Esta obra, lançada pela Docapesca e cofinanciada pelo programa operacional Mar 2020, tem por objetivo melhorar as condições de
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abrigo das bacias de estacionamento da frota artesanal de pesca, contempla o prolongamento do quebra-mar em 140 metros e ainda a reabilitação da superestrutura já existente. A intervenção abrange ainda a instalação de pavimento pedonal, contido por blocos de coroamento e murete no extradorso nos primeiros 75 metros, com colunas de ilu-
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minação e mobiliário urbano, além da colocação na sua cabeça de um farolim de alimentação autónoma. Prevê-se igualmente a realização de duas operações de dragagem, uma a cargo da Docapesca, de plataforma à cota -1,50m (ZH) no extradorso do quebra-mar atual, e uma segunda, da responsabilidade da DGRM, na bacia portuária, representando um investimento de cerca de 643.000€. Durante a cerimónia, para além de uma apresentação do Parque de Ciência e Tecnologia do Mar, SmartOCEAN, foi também assinado o contrato relativo à empreitada de reabilitação da estação de captação de água salgada do Porto de Peniche, da responsabilidade da Docapesca, representando um investimento de cerca de 195.000 €. Para o Smart-OCEAN será atrbuído um investimento de 3,5 milhões de euros, para criar em Peniche um parque para empresas ligadas ao mar.
O projecto cria uma infraestrutura tecnológica para empresas da economia do mar, promovido pelo Instituto Politécnico de Leiria em parceria com a Câmara Municipal de Peniche e a Docapesca e o Biocant, parque de biotecnologia de Cantanhede. Segundo o IPL o SmartOCEAN nasce em Peniche para promover a exploração sustentável dos recursos marítimos Trata-se de um projeto estruturante que promoverá a transferência de conhecimento para o tecido empresarial e a inovação de base tecnológica. O SmartOCEAN permitirá captar e reter talentos e recursos e gerar inovação sustentável, assumindo o papel de agente catalisador de uma economia do mar sustentável, fortemente empreendedora, valorizando economicamente a investigação aplicada, e tirando vantagem de uma rede colaborativa focada na inovação amiga do mar e do ambiente O SmartOCEAN nascerá em 2020, com 1500 m2, junto ao edifício CETEMARES, na zona central da cidade de Peniche. Está desenhado para servir de interface entre os sistemas empresarial e científico, e será dotado de condições de excelência, em termos físicos e em equipamento tecnológico, com vista à incubação de empresas com atividade no âmbito da aquacultura, biotecnologia, inovação alimentar, turismo costeiro e tenologias de informação, comunicação e eletrónica.
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Investigação no Mar dos Açores
Descoberto Novo Jardim de Corais Moles
Na zona dos Capelinhos na ilha do Faial Expedição Luso-Espanhola descobriu novo jardim de corais moles nos Açores após erupção vulcânica
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o âmbito da expedição científica Explosea2, foi descoberto um novo jardim de corais mo- les no mar
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dos Açores. Localizado entre 125 e 160 metros de profundidade, na zona dos Capelinhos na ilha do Faial, este novo jardim de corais moles é uma zona de elevada riqueza biológica. É a primeira vez que uma expedição organizada por instituições espanholas e portuguesas localiza um jardim de corais moles em águas portuguesas e é o primeiro jardim de corais moles registado nos Açores. A expedição, a bordo do navio “B/O Sarmiento de
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Gamboa”, promovida pelo Instituto Geológico e Mineiro de Espanha (IGME) em colaboração com a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), no âmbito do projeto EXPLOSEA começou dia 11 de junho e decorreu até 27 de julho com o objetivo de estudar locais de interesse com emissões submarinas associadas a vulcanismo. Com este objetivo têm sido realizados levantamentos de multifeixe para aquisição de batimetria, perfis de CTD (salinidade, temperatura e pressão) e mergulhos com o
ROV “Luso” para recolha de amostras de água e vídeos de alta resolução das zonas de interesse. A bordo a equipa científica do IGME, EMEPC, CSIC, ITER, Universidade Complutense, Universidade de Gottingen, IHM, IMAR da Universidade dos Açores descobriu, através de mergulhos com o ROV “Luso”, um novo jardim de corais moles dominado por uma espécie da Ordem Alcyonacea. Segundo Luis Somoza, chefe de missão da Expedição Explosea2, “Esta é uma descoberta extraordinária pois trata-se de um jardim de coral formado num de três cones vulcânicos submarinos
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na zona dos Capelinhos e que esteve em erupção há 52 anos atrás, sendo uma zona relativamente recente à escala geológica. Trata-se de uma zona rica em ferro, que cria as condições perfeitas para o desenvolvimento de todo um ecossistema, com elevada riqueza biológica, mostrando a importância de proteger estes locais. Esta descoberta permite ainda avaliar a sucessão ecológica de espécies que ocorre quando um evento geológico de grande impacto ocorre”. “Um evento vulcânico similar ocorreu em 2011 e 2012 na Ilha El Hierro nas Canárias e com esta descoberta sabemos agora que o mesmo tipo de jardim se poderá formar, sendo uma das primeiras comunidades de corais a crescer na zona, uma vez que os corais rígidos dependem da disponibilida-
O ROV Luso num mergulho de de carbonato de cálcio na água, que está menos disponível nestas zonas de erupção recente. No caso dos Capelinhos, no Faial, a área agora descoberta já se encontra dentro de uma área marinha protegida, do Parque Ma-
rinho dos Açores, sendo importante proteger locais similares”. Como explica António Calado, coordenador da equipa de pilotos do ROV Luso a bordo, “com a experiência que temos de mais de 10 anos de operação no
mar profundo, com o ROV Luso, conseguimos perceber quando chegamos a um local especial. E este foi sem dúvida um desses locais! É para mostrar ao mundo locais como este e para perceber como funcionam para os podermos
Localizado entre 125 e 160 metros de profundidade 2019 Agosto 392
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O ROV Luso proteger, que trabalhamos todos os dias”. “Quando os encontramos temos o desafio dos caracterizar da melhor forma, quer seja através da aquisição de dados que ajudem a compreender as especificidades daquele local, quer através das imagens de alta definição que adquiri-
mos, tentando disponibilizar imagens de qualidade que ajudem a compreender a singularidade do local, quer através da recolha de amostras que em locais como este pretendemos que seja o menos perturbadora possível preservando o local e as suas características”.
Os corais moles são animais coloniais que crescem usualmente em superfícies rochosas. Não têm um esqueleto rígido de carbonato de cálcio que lhes sirva de suporte, ao contrário dos corais duros. Marina Carreiro-Silva, investigadora do IMAR da Universidade dos Açores, es-
Corais moles 22
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pecialista em ecossistemas de corais de profundidade, e investigadora convidada a bordo, refere que “este jardim de corais constitui um novo tipo de habitat nunca antes descrito, contribuindo para aumentar o conhecimento da biodiversidade e mapeamento dos ecossistemas marinhos vulneráveis dos Açores no âmbito de projetos internacionais e nacionais em curso no nosso grupo de investigação. A monitorização deste local constitui ainda uma oportunidade singular para o estudo dos processos de colonização biológica, crescimento e longevidade destes organismos, bem como para a avaliação do potencial de recuperação natural de comunidades de corais impactadas por atividades humanas, como paralelo a um evento geológico”.
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Náutica
Notícias GROW
Motores TOHATSU Símbolo de Tecnologias Avançadas
Em Portugal a GROW Ibérica é o importador exclusivo dos motores a quatro tempos Tohatsu, com uma gama dos 3.5 CV aos 60 CV
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os últimos 62 anos, os contínuos desenvolvimentos tecnológicos, fizeram da Tohatsu um dos nomes mais reconhecidos e confiáveis na náutica. O orgulho em sermos os primeiros e os melhores, ajudou a Tohatsu a ser um líder proeminente na Industria náutica. O que começou com um único motor a 2 tempos em 1956, transformou-se hoje num dos maiores construtores de motores fora-de-borda do Japão. Apesar de os nossos motores fora-de-borda estarem equipados com as mais recentes tecnologias disponíveis neste mercado, a Tohatsu reconhece que é a fiabilidade dos seus moto24
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res que mantém os nossos clientes fieis à marca, passados 62 anos. Equipados com tecnologias superiores e um nível de fiabilidade a toda a prova, poderá continuar a depositar toda a sua confiança na Tohatsu durante os próximos 60 anos e mais além. Tecnologias Sistema de Lavagem com Água Doce
Equipado de série com um sistema incorporado e conveniente de lavagem com água doce, para simplificação das operações rotineiras de lavagem.
vel da indústria. Este sistema oferece acelerações e respostas rápidas, excelente economia e navegação muito suave. Nova Relação de Transmissão
o ruído da admissão do ar durante o funcionamento do motor Placa Anti-cavitação de Grandes Dimensões, com Compensador de Direcção
Controlo Variável da Ignição
A rotação do ralenti/corrico pode ser regulada para quatro valores (650, 750, 850 e 900 rpm), carregando na chave. Sistema de Injecção Eléctrónica de Combustível sem Bateria
Para os modelos de 25 e de 30 cv que estão equipados com o primeiro sistema sem bateria de controlo electrónico da injecção de combustí-
A alavanca de fricção da direcção, localizada na parte da frente do motor, permite ajustar a fricção da direcção, oferecendo uma navegação estável a alta velocidade e manobras fáceis com o motor a baixa rotação (apenas modelo com punho de direcção). Sistema TOCS
Agora, disponível com uma ampla variedade de hélices. Relação de transmissão (26:12/2,17) adaptada para hélices de maiores dimensões Sistema de Admissão Silencioso
O nosso sistema de admissão está equipado com um silenciador de grande volume, assegurando o arranque do motor e eliminando
A placa anti-cavitação de grandes dimensões evita a cavitação do hélice de forma muito eficaz. O grande compensador da direcção contribui para uma navegação sem esforço a alta velocidade e oferece excelente protecção anti-corrosão.
É o sistema de comunicação de bordo. O sistema TOCS suporta a comunicação entre outros dispositivos eléctricos standard de bordo através de uma ligação simples “plug-and-play”, para conta-rotações velocímetro inclinação (Trim) combustível voltímetro Escape pelo Hélice
Alavanca de Direcção Simples com Regulação da Fricção
O escape pelo hélice permite um funcionamento silencioso e estável. 2019 Agosto 392
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Náutica
trim/tilt num punho multi-funções de maior dimensão. A gama Tohatsu de 2019 MFS 60 CV Novidade 2019
Punho do Acelerador
O acelerador é do tipo rotativo e oferece também um controlo rápido sobre a direcção da embarcação, num único punho de comando.
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Sistema de Amortecimento de Quatro Pontos
O sistema de amortecimento de concepção específica permite reduzir a vibração do motor em todas as ga-
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mas de rotação. Punho Multi-funções (opcional)
Controlo suave e maior facilidade de utilização, graças à inclusão da chave de ignição, punho das mudanças de maior dimensão e interruptor
Esta nova motorização concebida com o objectivo de
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ser o 60cv mais leve, pesa apenas 98,5 Kg e menos poluente do mercado e o mais eficiente em termos de consumo de combustível, é um motor de elevadas prestações, apresentado com uma arquitetura simples com um design minimalista, elegante e com marcantes linhas desportivas. Toda a sua concepção técnica teve como objectivos manter os níveis de qualidade e fiabilidade a que a marca já habituou tanto os Clientes profissionais como de recreio, para disfrutarem ao máximo o seu barco. Tem como relação de transmissão: 2,15:1 Tecnologias - Controlo Variável da Ignição - Sistema de Lavagem com Água Doce - Sistema TOCS - Punho Multi-funções (opcional) Cores; preto e branco beluga MFS 50-40 CV O Tohatsu MFS50/40A não é apenas o motor mais leve da sua classe, mas também o mais potente para lhe dar os arranques e as acelerações que procura. A coluna melhorada de relação mais baixa também oferece o binário a baixa rotação adequado à sua embarcação. Os 3 conceitos do MFS50/40: Baixo peso, ECOlógico e Desportivo. Estes são os motores mais leves da sua classe e oferecem consumos excepcionalmente reduzidos, permitindo reduzir custos de funcionamento graças às tecnoclogias comprovadas. Uma excelente experiência de utilização para todos os utilizadores. O MFS40/50 conclui expedição de 5.000 km O MFS40/50 concluiu com sucesso uma expedição de 28
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5.000 km em condições de funcionamento muito extremas no rio Lena (Rússia), sem qualquer problema. Esta expedição comprova as excelentes performances e fiabilidade do MFS40/50. Tecnologias - Controlo Variável da Ignição - Sistema de Lavagem com Água Doce - Sistema TOCS - Punho Multi-funções (opcional) Cores; preto e branco beluga. MFS 30-25 CV O primeiro motor fora-deborda do mundo com sistema de injeção eletrónica de combustível sem bateria é a referência do segmento. Este modelo possui relação de transmissão otimizada para melhores acelerações. Os novos capots com novo design permitem maior facilidade de manutenção. Leves e compactos, oferecem performances elevadas. Novas relações de transmissão. Cores: O MFS30AW em Branco Beluga está agora disponível Tecnologias - Sistema de Injecção Eléctrónica de Combustível sem Bateria - Controlo Variável da Ignição - Nova Relação de Transmissão - Sistema TOCS - Punho Multi-funções (opcional) MFS 20-15 CV O motor fora-de-borda mais leve de sua classe, o MFS20/15E é fácil de transportar. Com excelente aceleração e binário e baixos consumos de combustível, este modelo oferece um funcio-
namento muito silencioso graças ao sistema injeção eletrónica de combustível sem bateria. Independentemente do tipo de embarcação, a Tohat-
Náutica
su oferece sempre a melhor experiência de navegação. Tem sistema assistido de levantar/bai- xar o motor para facilita a utilização. Tecnologias - Sistema de Admissão Silencioso - Placa Anti-cavitação de Grandes Dimensões, com Compensador de Direcção - Alavanca de Direcção Simples com Regulação da Fricção Cores:O MFS20EW em Branco Beluga está agora disponível. MFS 9.8-8-6Z CV Potentes e de peso reduzido, são a melhor escolha para uma grande diversidade de utilizadores com o mesmo nível de performance dos outros motores da nossa gama. O design dos capots foi renovado, com uma exce-
- Sistema de admissão silencioso - Placa anti-cavitação de grandes dimensões, com compensador de direcção - Alavanca de direcção simples com regulação da fricção
lente aparência. MFS9.8 tem o sistema assistido de levantar/baixar o motor. Tecnologias
MFS 6SP-6-5-4 CV Os modelos MFS6/5/4/3.5/2.5 são motores portáteis. Pode levá-los facilmente consigo para todo o lado.Para um funcionamento fácil, as suas funções são simples de usar. O acelerador é por punho rotativo, o escape pelo hélice e a opção de seleccionar o depósito de combustível oferecem enorme flexibilidade.Por outro lado, estes modelos têm peso muito reduzido e são extremamente funcionais Tecnologias - Escape pelo hélice - Punho do acelerador
- Sistema de amortecimento de quatro pontos - Alavanca de direcção simples com regulação da fricção MFS 3.5 CV MFS 3.5 CV é o mais leve portátil da Tohatsu, com 18,4
2019 Agosto 392
29
Náutica
kg de peso e fácil de transportar porque tem uma Pega de Transporte larga e embutida.
O acelerador é por punho rotativo e o escape é pelo hélice. Tem elevada relação de
transmissão: 2,15:1 Depósito de combustível integrado Tecnologias - Escape pelo hélice
- Punho do acelerador - Sistema de amortecimento de quatro pontos - Alavanca de direcção simples com regulação da fricção.
Especificações Tohatsu 60
50
40
Cilindros Potência
60cv
50cv
40cv
Cilindrada
866 cm3
Arranque
Eléctico
Relação transmissão Peso Kg
30
30
25
20
15
3
2,08:1 98,5
95
2019 Agosto 392
9.8
8
6z
6sp
6
5
2 30cv
25cv
526 cm3
20cv
15cv
9.8cv
333 cm3
4
3.5
4cv
3.5cv
1 8cv
6cv
209 cm3
5cv 123 cm3
Eléctico e Manual ou Manual
86 cm3
Manual
2,17:1
2,15:1
2,08:1
71,5
43
37
2,15:1 26,1
25,6
25,6
26,1
18,4
2019 Agosto 392
31
Notícias do Mar
Economia do Mar
Investimento Público de 7,38 Milhões Euros no Porto de Aveiro Foi lançado no passado 22 de Julho o concurso público para construção de um cais acostável de navios no Porto de Aveiro
O
concurso público foi publicado em Diário da República e também no Jornal Oficial da União Europeia o anúncio do concurso público internacional para a construção de um cais acostável de navios no Porto de Aveiro. O cais destina-se a servir a Unidade de Produção de Estruturas Metálicas Offshore da ASM Industries, uma sub-holding da A. Silva Matos, unidade situada no Porto de Aveiro. O preço base do procedimento é de 7.380.000.00 EUR, tendo sido fixado o prazo máximo de execução de 330 dias. 32
2019 Agosto 392
Notícias do Mar
O Processo de Concurso encontra-se disponível, na plataforma eletrónica, através do endereço http://www.anogov.com/op-portoaveiro/ faces/app/dashboard.jsp, onde pode ser acedido, mediante registo prévio e respetiva password de acesso, bem como na sede da APA - Administração do Porto de Aveiro, S.A., onde pode ser consultado, durante os dias úteis das 09h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30 até ao termo do prazo fixado para a apresentação das propostas. Os interessados poderão apresentar propostas até às 19h00 do próximo dia 30 de agosto de 2019, sendo obrigados a mantêlas pelo prazo mínimo de 90 dias a contar do termo
do prazo para a respetiva apresentação. Consulte aqui o anúncio (Procedimento n.º
7710/2019) https://www.anogov. com/op-portoaveiro/faces/app/dashboard.jsp
Recorde-se que a 25 de Novembro de 2017, em cerimónia presidida pela Ministra do Mar, Ana
2019 Agosto 392
33
Notícias do Mar
Paula Vitorino, se procedeu à assinatura do contrato de concessão para a construção e instalação de uma Unidade de Produção de Estruturas Metálicas Offshore situada no Porto de Aveiro.
34
O contrato então assinado integra-se na Estratégia do Governo para o Aumento da Competitividade Portuária- Horizonte 2026 que o Ministério do Mar lançou em 2016, sendo um projeto estraté-
2019 Agosto 392
gico para a concretização de um Cluster Nacional de Energias Renováveis Offshore. A nova unidade produtiva, que já se encontra pronta a laborar, representa um investimento
de 29 Milhões de euros, destinando-se à produção de torres eólicas, peças de transição e fundações offshore. Vai gerar a criação de 105 postos de trabalho. A localização do Porto de Aveiro e a possibilidade de usufruir de um cais de uso privativo são fatores de competitividade a relevar, sabendo-se que devido às dimensões e peso destes elementos os custos logísticos representam, aproximadamente, 20% do custo no caso de um aerogerador. É pois muito relevante a localização num porto, permitindo eliminar o custo de transferência entre o local de fabrico e o ponto de embarque para efetuar o transporte até ao local da instalação.
Electrónica
Novidades Nautel
Geradores PAGURO
Silenciosos, Leves, Compactos e Seguros Desde 1933, que a PAGURO se tem especializado na produção de soluções para a náutica, para aplicações terrestres e para o marítimo profissional. A Nautel passou a ser o distribuidor oficial para Portugal.
O
s produtos têm sido sinónimo de desempenho dos seus geradores com a sua a relação ideal entre potência, silêncio e tamanho pequeno. A gama PAGURO é muito ampla (vai dos 2Kw aos 22) , permitindo o cumprimento de todos os requisitos de potência e desempenho para iates e barcos a motor.
Qualidades Silenciosos … Tanto o motor, quanto o alternador dos geradores Paguro são resfriados a água: sem a necessidade de ventilação para resfriamento, o ruído é drasticamente reduzido. Além disso, o invólucro externo possui um único furo pequeno para a entrada do ar comburente,
com um layout de labirinto que evita a emissão de ruído; o revestimento externo é feito de fibra de vidro reforçada de múltiplas camadas e revestido em neoprene de alta densidade para máxima insonorização. Leves e compactos… Todos os produtos da gama Paguro são concebidos, desenhados e fabricados com componentes especiais para reduzir as dimensões e utilizar espaços interiores vazios. Graças à tecnologia VTE, cada gerador Paguro
é mais compacto, mas com o mesmo desempenho energético. Como o Paguro 2000, que, com um peso de apenas 46 kg e dimensões ultracompactas (47 x 40 x 47 cm), produz continuamente 2 kW. Seguros… Os geradores de VTE são equipados com indicadores de alarme e carga com poste de luz LED para avaliação imediata da potência fornecida. Eles param automaticamente no caso de baixa pressão do óleo ou sobreaquecimento.
2019 Agosto 392
35
Notícias do Mar
Notícias da Docapesca
Requalificada a Lota da Trafaria A Docapesca adjudicou por 89.360 euros a requalificação do novo edifício da lota da Trafaria, na sequência de concurso lançado no início de junho, visando a melhoria das suas características físicas, de higiene, de segurança e ambientais.
P
retende-se com este investimento, a realizar no
36
prazo de 90 dias após a consignação da empreitada, a otimização funcional
2019 Agosto 392
das operações de escolha, acondicionamento, pesagem e expedição de pescado, bem como dos inerentes procedimentos administrativos. O novo edifício será implantado a cerca de 50 metros do atual posto de vendagem, no casco antigo da Trafaria, integrando-
se naturalmente nos usos e pré-existências sociais. Esta requalificação visa dar resposta às atuais exigências e regulamentos em vigor para manipulação, acondicionamento e primeira venda de pescado, com vista à obtenção do número de controlo veterinário.
2019 Agosto 392
37
Notícias do Mar
Tagus Vivan
Crónica Carlos Salgado
A Mudança Toma Novas Qualidades…
A AAT- Associação dos Amigos do Tejo, entidade declarada de Utilidade Pública, andou du-
rante 25 anos a pugnar pelo rio Tejo, construindo uma obra profícua por meio dos mais di-
versificados programas e ações, alguns deles inovadores para a época, a par da formação e
O grupo fundador Tagus Vivan 38
2019 Agosto 392
treino da juventude para o futuro, na defesa do ambiente, vigilância do rio e agentes de divulgação e consciencialização sobre estas matérias junto dos pais, avós e dos demais cidadãos das comunidades ribeirinhas de onde eram oriundos, para além de outras iniciativas que têm vindo a ser relatadas neste jornal. Ao cabo desses 25 anos os fundadores e outros dirigentes da AAT, conscientes de que os tempos mudaram decidiram mudar também de paradigma e fundaram a Confraria Cultural do Tejo Vivo e Vivido, com
Notícias do Mar
a marca Tagus Vivan, para ser a continuadora daquela obra de décadas, mas com um objeto de “Observatório”, com a missão de “Observar, Avaliar e Ponderar para Opinar ou Agir” sob tudo o que diga respeito ao universo do Tejo. Na continuação do relato que temos vindo a fazer mensalmente neste Noticias do Mar, entramos agora na fase da continuação da obra da AAT pela mão da Tagus Vivan, sua legítima sucessora, mas com o novo estatuto de um “Observatório” pragmático que, graças à experiência adquirida durante a obra construída no passado, procura estar permanentemente atenta e a par dos acontecimentos e comportamentos que ocorrem e das consequentes circunstâncias, para poder avaliar a verdade dos factos de quem, como, porquê e quando, tarefa cada vez mais difícil de cumprir, devido ao estado atual em que se encontra o país, que invocando a bandeira da “democracia”, o crime e a corrupção compensam, a comunicação social está cada vez mais populista e a nova geração da desmesurada divulgação noticiosa nas “redes sociais” é perversa, e perante este ambiente a roçar o “vale tudo”, a sociedade está a perder a noção dos valores do civismo, como é evidente. Mesmo perante este estado de coisas a Tagus Vivan, que não é de
A Tagus Vivan em acção
blá, blás, balelas, fantasias ou coisas balofas, só para mostrar que faz serviço, tem prosseguido o seu trabalho em prol do Tejo, como os caros leitores têm acompanhado, o que está comprovado pela respetiva iconografia ilustrativa. CONTINUA NO MÊS QUE VEM
Reuniões na Sociedade de Geografia de Lisboa para desenhar o programa do Ciclo de Conferências preparatórias para o programa do Congresso do Tejo III 2019 Agosto 392
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Notícias do Mar
O Voo do Guarda-Rios
Agua Mole em Pedra Dura…
A Espanha tem invocado a falta de pluviosidade nas cabeceiras do rio Tejo e as alterações climáticas para justificar a falta de água na sua bacia hidrográfica.
O
Guarda-Rios que tem acompanhado este
problema de perto como sabem, ouviu dizer que o governo espanhol apro-
A mais pura água da nascente que está a ser desviada para Múrcia 40
2019 Agosto 392
Notícias do Mar
vou mais um transvase de 20 hectómetros cúbicos de água deste rio para a bacia do rio Segura, e desconfia que poderá avançar ainda com mais outro transvase até ao fim do ano, com o mesmo destino que, ao que parece, e o que parece muitas vezes é, para ir abastecer novos empreendimentos turísticos e campos de golfe lá para os lados de Múrcia, e contribuir também para garantir o regadio de um enorme complexo hortícola que vai transformar o deserto daquelas paragens no maior abastecedor de verduras de toda a Europa e outros projetos afins. Como é que se deve qualificar esta atitude unilateral quando se trata de um desvio ou melhor, de uma subtração da mais pura água da nascente de um rio transnacional que, por direito deve ser repartida equitativamente pelos dois países que o rio atravessa. Já é sabido que, como diz o povo, daquele lado “nem bom vento nem bom casamento” mas parece que deste lado está finalmente a soprar um vento que contribui para levar as vozes dos “Velhos do Restelo” para mais longe, e o tempo está a ficar mais favorável ao avanço do processo do novo Projeto Tejo, que o GR tem vindo a anunciar nesta rubrica mensal, um projeto de “Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Tejo e Oeste. – Um projeto de rega para cobrir uma área territorial de 300 mil hectares, que correspon-
A torneira que fecha mais do que abre a passagem da água do Tejo para o nosso lado
de ao dobro do Alqueva, e pode abranger o Ribatejo, a Península de Setúbal e a Região do Oeste, que prevê uma rede de aproveitamento hidráulico da água existente à superfície na bacia, com funções múltiplas (turísticas, agrícolas e ambientais), que pode transformar o Tejo
num rio autossuficiente e num ativo importante para o crescimento económico do país. O mais importante é fazer uma gestão mais adequada dos recursos hídricos da bacia portuguesa do Tejo e as recentes notícias do avanço da barragem do Alvito devi-
damente dimensionada é um contributo chave, para além de outras notícias sobre uma possível nova barragem do Pisão-Crato com cerca de 9000 hectares para regadio, que vai favorecer o caudal do vale do afluente Sorraia. CONTINUA NO PRÓXIMO JORNAL
O Tejo em Portugal 2019 Agosto 392
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Notícias do Mar
O Tejo a Pé
Harley a Oeste
Num tempo de tantas palermices inovadoras ao “Tejo a pé” também se pode permitir, por uma vez, andar de moto.
P
or profissão e vocação conheço bem o Oeste. O Oeste é aquela terra que está aqui à mão e tem tudo. Tudo o que
é bom: mar, serra, campo, vinho, fruta, pessoas, cultura, patrimónios e vilas e cidades. É um lugar bom, muito bom, com excelente
O prazer das curvas do Oeste. localização. Gosto de escrever que é um Portugal em ponto pequeno, estupidamente geodiverso. Mas é mais, muito mais que
O mar do Oeste, como tudo o resto, excelente. 42
2019 Agosto 392
Texto Carlos A. Cupeto Fotografia Ana Teresa
Portugal; se Portugal assim fosse era muito diferente, para melhor. Pelos seus rios e serras, andar pelas terras de Mafra, Torres, Lourinhã, Peniche, Óbitos, Bombarral, Cadaval ou Nazaré, fora todas as outras, é excelente para quem vive o stress semanal da cidade de betão e automóveis parados nos acessos e avenidas à espera de conseguirem chegar ao destino. Provavelmente tenho mais de 500 quilómetros andados, a pé, pelos lugares do Oeste. Conheci muito boa gente nesta terra e comi e bebi em muitas mesas tudo o que esta terra tem de bom. Num grupo de motos nunca tinha estado no Oeste, que me lembre, embora já tivesse ido ao Oeste muitas vezes de moto. Aconte-
Notícias do Mar
A fotografia de família no melhor dos cenários. ceu num destes domingos. E o melhor é que não era um grupo de motos qualquer, como o Oeste bem merece, foi o Chapter de Lisboa da Harley Davidson que me levou ao Oeste. Tudo bom, exceto saber a pouco – apenas um dia a conduzir uma Harley com boa gente como companhia sabe sempre a pouco. No fim do passeio subsiste um mistério: por que razão se juntam 60 pessoas que não (ou mal) se conhecem e a coisa corre tão bem como se fossemos todos amigos de longa data? Quiçá Irmãos, de sangue ou não. Será que as “peças de arte” que nos transportam e que nos apaixonam têm este maravilhoso efeito? Mesmo devagar, a saborear a paisagem e o vento, rapidamente estamos no destino, Foz do Arelho. Como sempre, os melhores quilómetros são feitos nas estradas secundárias, longe da A8, no sobe e desce desta terra onde em cada curva surge um novo povoado. O mar das arribas da Foz do Arelho foi o brinde para o almoço que nos esperava na margem da Lagoa de Óbidos: esse efémero lago que a estupidez do nosso tempo
insiste em manter com dragagens que custam “os olhos da nossa cara” e o suor do nosso trabalho (abençoados impostos!). Mas o dia não merecia ser estragado, o lugar e o almoço foram justos e perfeitos, talvez pela presença feminina, das motos, estacionadas ali mesmo ao nosso lado, e ainda deu para espreguiçar numa espécie de sesta ou de boa conversa. Quando se juntam duas coisas boas, Harley e Oeste, só pode dar algo muito bom.
Recebidos como merecemos; só faltou meter as “meninas” dentro do restaurante.
Mau; até quando vamos contrariar o assoreamento natural da Lagoa de Óbidos gastando os milhões que nos faltam para a saúde, educação, cultura, justiça…? 2019 Agosto 392
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Notícias do Mar
Notícias Docapesca
Foz de Odeleite com Novo Cais Flutuante Com a substituição integral dos passadiços e reparação da ponte de acesso, a Docapesca concluiu a instalação do novo cais flutuante da Foz de Odeleite, no concelho de Castro Marim.
A
empreitada que representou um investimento de 66.290 euros consistiu na substituição integral dos passadiços e na beneficiação da ponte de acesso, sendo a nova estrutura constituída por três elementos de passadiço flutuante com estrutura em aço galvanizado, convés em ‘deck’ de madeira e flu-
44
2019 Agosto 392
tuadores em betão com núcleo em poliestireno expandido, estando igualmente equipada com os necessários meios de amarração e segurança. A atual ponte metálica de acesso ao cais, com 15 metros de comprimento, foi também objeto de reparação, através da renovação da pintura anti corrosão.
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Notícias do Mar
Desenvolvimento da Náutica de Recreio
Inaugurada Rampa em Setúbal de Acesso Público à Água A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, inaugurou no passado dia 25 de Julho emSetúbal, uma rampa de acesso público à água, a renovada Rampa das Baleias, depois de ter terminado a empreitada de reabilitação, levada a cabo pela Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS).
A
empreitada de reabilitação da rampa varadouro e esporão adjacente em Santa Catarina, comumente designada por “Rampa das Baleias”, vem melhorar a segurança e a qualidade de utilização pública desta infraestrutura de apoio à náutica de recreio. Recorde-se que esta rampa é o único acesso público à água, existente em Setúbal. A intervenção na Rampa das Baleias tornava-se prioritária uma vez que 46
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Notícias do Mar
a mesma se encontrava bastante deteriorada, pelo seu longo tempo de vida útil e pela ausência de operações de manutenção. Ao longo dos últimos anos, tinha sido alvo de diversas intervenções sem qualquer tipo de estudos e projeto, deixando a rampa com uma geometria irregular, colocando frequentemente em risco a segurança dos utilizadores e disponibilizando condições de utilização muito deficientes a todos os nautas que a procuravam. “Quando, há cerca de dois anos, o temporal que assolou diversas
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Notícias do Mar
zonas do país quase fez desaparecer a rampa, a população e os diferentes utilizadores ocasionais mobilizaram-se numa ação espontânea e, com o seu trabalho, com os seus meios e o
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dispêndio do seu tempo livre, tornaram novamente operacional esta rampa. Contudo, estando esta infraestrutura na área de jurisdição do Porto de Setúbal e correspondendo ao alerta
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de muitas vozes, o Ministério do Mar e a APSS não poderiam ficar indiferentes à necessidade de corresponder a este anseio popular e intervir de uma forma mais consistente e duradoura neste projeto”, referiu a Ministra do Mar na cerimónia de reabertura da rampa. Complementarmente, a intervenção da APSS contemplou ainda a me-
lhoria do acesso à estrada E10/4, com 70 metros de extensão e 10 metros de largura. A empreitada foi adjudicada à empresa Obricaje, por um valor total de 45.000€, ao qual acresce 1.000€ para o melhoramento ao acesso à estrada E10/4. No âmbito da intervenção, foi também melhorado o esporão existente, que se encontrava bastante danificado.
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Electrónica
Notícias Nautiradar
Nova Atualização
do S.O. LightHouse - Bermuda v3.10 É com grande entusiasmo que Raymarine apresenta a nova versão do seu sistema operativo LightHouse, o LightHouse Bermuda v3.10.
E
sta atualização oferece novas funcionalidades e melhorias e já se encontra disponível. Pode efetuar a atualização através de um display multifunções ligado via Wi-Fi ou descarregar o LightHouse Bermuda v3.10 para um cartão microSD. Novas funcionalidades do LightHouse Bermuda v3.10: Estabilização das câmaras
50
térmicas M132 e M232 com o módulo AR200 Novas aplicações meteorológicas Buoyweather e Predict Wind Aplicação de controlo de iluminação LED, Shadow Caster Novas funcionalidades avançadas de regata Suporte para SiriusXM SR200 Visualizador de documen-
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tos PDF Suporte para a aplicação Fishidy Sinc Melhorias de diagnóstico e deteção de problemas A LightHouse Bermuda é uma atualização gratuita, disponível para todos os displays multifun-
ções Axiom, Axiom PRO, Axiom XL, série eS, série gS. Para mais informações sobre este nova atualização, por favor visite o site www.nautiradar.pt ou contacte através do 21 300 50 50.
Notícias do Mar
Notícias da Docapesca
Removidas duas embarcações afundadas na barra de Portimão
A Docapesca terminou em julho a remoção de duas embarcações há muitos anos afundadas na Ria de Alvor, que foram encontradas na zona da dragagem que estava em curso ma zona da barra.
O
aprofundamento do canal que estava a ser feito trata-se de uma empreitada da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente (APA). No decurso dos trabalhos de dragagem dos sedimentos na Ria de Alvor na barra,
no canal de acesso e bacia portuária do porto de Alvor, foi comunicada pelo empreiteiro a existência de duas embarcações afundadas no leito da Ria, em área de jurisdição da Docapesca. Com o auxílio de mergulhadores a Docapesca procedeu à remoção das
embarcações, de modo a que os trabalhos de dragagem pudessem ser devidamente executados naquela zona. Envolvendo os merguladores e outros meios, fezse a reflutuação das duas embarcações e posterior
desmantelamento, operação que representou um custo de 22 mil euros. Os destroços das duas embarcações foram encaminhados para zona de deposição temporária e seguiram posteriormente para aterro.
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Pesca Submarina
Campeonato Nacional de Pesca Submarina 2019
Jody Lot é Campeão Pela Quarta Vez
Peniche recebeu as 3ª e 4ª jornada da competição, últimas duas jornadas do Campeonato Nacional de Pesca Submarina 2019 e no final do passado dia 14 de julho, Jody Lot sagrou-se campeão nacional de pesca submarina, pela quarta vez e Teresa Duarte venceu em Feminino e levou o troféu de melhor exemplar com um robalo de 2,766 kg.
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Pesca Submarina
Jody Lot rápido para a sua zona de prova
A
o pódio subiram também, Matthias Sandeck, no segundo lugar, e Rui Antunes, no terceiro.
Depois das duas primeiras jornadas, que se realizaram em Cascais, 36 atletas rumaram a Peniche para o apuramento
do Campeão Nacional da modalidade, numa prova organizada pela Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas
(FPAS) em parceria com o Clube Naval de Peniche. A grande surpresa da competição foi a partici-
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Pesca Submarina
Atletas e Equipas
pação de 5 mulheres, que demonstraram que a Pesca Submarina não é, nem deve ser, um desporto só para homens. Teresa Duarte, vencedora da Taça do Mundo em 2018, sa-
grou-se Campeã Nacional, seguida pela Catarina Santos e pela Beatriz Lopes, no segundo e terceiro lugar, respetivamente. A algarvia Teresa Duarte levou ainda para casa o
troféu de melhor exemplar do campeonato, com a captura de um robalo de 2,766 kg. No masculino foi o atual Campeão do Mundo que voltou a subir ao pri-
Atletas femininas com o peixe 54
2019 Agosto 392
meiro lugar do pódio. O luso-holandês do Clube Naval de Portimão, Jodi Lot, conquistou o título de Campeão Nacional, seguido de muito perto pelo seu colega de equipa Matthias Sandeck. Rui Antunes do Estoril Praia fechou o pódio. De realçar ainda a entrega do troféu de melhor classificação sub 23 a Rodrigo Montez do Estoril Praia. Na competição individual, as classificações resultaram do somatório de pontos conquistados pela variedade de espécies capturadas, assim como o respetivo peso. De referir que existem mínimos de tamanho/peso para cada espécie, sendo o atleta penalizado pela captura de exemplares com valores inferiores aos estabe-
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Pesca Submarina
A pesagem
seguido do Estoril Praia, no segundo lugar, e com o Vasco da Gama Suzuki Marine a ocupar o último lugar do pódio. Os resul-
tados foram apurados pela classificação dos três melhores atletas de cada equipa. Esta foi mais uma pro-
Fotografia: Rita Magalhães
lecidos. Na classificação de clubes, o primeiro lugar foi conseguido pela Clube Naval de Portimão,
Matthias Sandeck e Jody Lot, do Clube Naval de Portimão 56
2019 Agosto 392
va organizada pela FPAS, que tem como objetivo promover a prática da pesca submarina, desconstruindo alguns mitos relacionados com este desporto. Neste sentido, importa ainda destacar que, tal como em todas provas do género promovidas pela FPAS, todas as espécies capturas ao longo dos dois dias foram doadas a uma instituição de solidariedade social, desta vez, o Centro de Solidariedade e Cultura de Peniche. Perguntámos a Jody Lot se estava convicto de vencer quando entrou na água “ Fui na quartafeira anterior à prova para Peniche, mas só tive tempo de preparar um dia para cada lado, mas se eu estivesse
Pesca Submarina
Jody Lot na pesagem do seu peixe
convicto que ia ganhar ao Mathias nem precisava dessa preparação apesar de já ter ganho lá um Campeonato Euroafricano. Por isso não, não estava nada convicto. A profundidade que andei a mergulhar mais foi sempre perto dos 7 metros, mas as profun-
didades máximas que atingi foram entre os 15 e os 19 metros”.Perguntámos onde gosta mas de capturar peixe em campeonatos “Gosto mais de caçar nos campeonatos em zonas com alguma corrente e passagens, de preferência entre os 4 e os 12 metros”.
Pódio Masculino
Pódio Feminino 2019 Agosto 392
57
Pesca Submarina
Rodrigo Montez, Sub 23
À nossa campeâ de Pesca Submarina Tere-
sa Duarte, perguntámos também se estava à es-
Pódio Sub 23 58
2019 Agosto 392
pera de vencer. “Sabia que havia grande probabilidade de ganhar. Ia motivada e com vontade de mergulhar num sítio novo para conhecer. No primeiro dia de prova mergulhei sempre em zona de pouca profundidade e não tive muito sucesso. No segundo dia havia mais peixe e mergulhei em zonas
com 3-8 metros de profundidade”. Perguntamos ainda se sentia que tinha sido prejudicada por ter feito a prova juntamente com os homens. “Não sinto que me prejudique em nada, até acho que ajuda. Aprendo mais e acho que os homens estão sempre a tentar motivar-nos e até nos ajudam muito”.
Pódio Coletivo
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60
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Surf
Eurosurf 2019
Portugal é Vice-Campeão e o Hino foi de Itália
A seleção portuguesa ficou perto de revalidar o Título, mas foi ultrapassada na reta final pela Itália, no Eurosurf que se disputou em Santa Cruz entre os dias 20 e 28 de Julho, organizado pela Federação Portuguesa de Surf.
João Dantas, medalha de prata
P
A praia de Santa Cruz com o Euro Junior 2018 62
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ortugal, campeão em título, teve que se bater com catorze selecções, Dinamarca, Irlanda, Alemanha, Itália, Bélgica, Rússia, Inglaterra, Suíça, Noruega, País de Gales, Escócia, Suécia, Espanha e Holanda, para um campeonato logo de início elogiado por Huw John, presidente da Federação Europeia de Surf. O líder da ESF não poupou elogios à organização, mas também à simpatia do povo português, a sua paixão pelo surf e as condições de exceção que o nosso país apresenta para os desportos de ondas. “Há dois
Surf
fatores que gosto de destacar em Portugal: o calor humano do vosso povo e a consistência das ondas. Numa altura em que quase não há ondas no hemisfério norte, tenho a certeza que teremos ondas de qualidade em Santa Cruz. Mas Portugal é um país que está em destaque no mundo do surf, quer pelas ondas como pela qualidade dos seus eventos. Neste momento, Portugal está no pelotão da frente do surf mundial.” No fim João Dantas sagrou-se vice-campeão europeu de Longboard, Eduardo Fernandes foi terceiro em surf open, mas os italianos conquistaram o título europeu ao vencerem três títulos individuais em quatro possíveis. O País de Gales furou o domínio transalpino ao arrecadar o título de surf open graças a uma excelente exibição de Jay Quinn O hino italiano tocou três vezes em Santa Cruz, na conclusão do Eurosurf 2019, Europeu de Seleções que, a um dia do final do período de espera, coroou a “Squadra Azzurra” campeã da Europa de surf pela primeira vez na sua história. Portugal foi segundo, com o longboarder de São Pedro do Estoril, João Dantas, a destacar-se com o segundo lugar da especialidade. O feito histórico da Itália foi conquistado na reta final do campeonato graças aos triunfos de Federico Nesti no Longboard masculino e Francesca Rubegni no Longboard feminino, já que, recorde-se, Claire Bevilacqua já tinha vencido a categoria de surf feminino, deixando a jovem prodígio portuguesa Francisca Veselko com a prata. Portugal tinha começado mal último dia, com a eliminação de Inês Martins
O desfile em Santa Cruz com 15 países
Francisca Veselko, medalha de prata
Eduardo Fernandes foi medalha de bronze 2019 Agosto 392
63
Surf
Mafalda Lopes na final de repescagem do longboard feminino e João Dantas entrou para a água com grande responsabilidade. Contudo, o campeão europeu em título mostrou o porquê do título e assinou uma exibição de luxo, onde
se destacou um raríssimo tubo nas difíceis condições em que se disputou a bateria, e ainda uma onda que lhe valeu 8.00. Ficou, ainda assim, a 3 décimas de bater o italiano Federico Nesti na derradeira onda, pelo que o
transalpino conquistou a bateria (14.65 contra 14.30)...e o título. No final, depois de ter ido abraçar o amigo Federico Nesti, um obviamente desgostoso João Dantas assumiu o resultado: “Foi um
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heat bem disputado com o Nesti. Sei que fiz ondas boas e estou orgulhoso. Era melhor ter levado a vitória para casa, o apoio da Seleção foi fantástico e saio daqui com o sentimento de missão cumprida.” O domínio italiano só foi mesmo quebrado em surf masculino, com o galês nascido na Nova Zelândia, Jay Quinn, a levar a melhor frente ao alemão Leon Glatzer num duelo de dois estilos radicalmente diferentes: o “power surfing” de Quinn contra os aéreos de Glatzer. Em terceiro ficou o português Eduardo Fernandes, que fez um campeonato exemplar, vencendo todos os seus heats até à final. Todavia, na bateria decisiva, não encontrou ondas que lhe permitissem mostrar o surf poderoso que deslumbrou todos ao longo do campeonato. De fora ficou Pedro Henrique, surpreendentemente afastado no penúltimo heat
Surf
de repescagem e sem oportunidade de se juntar a Fernandes na final. “Dei o meu melhor neste campeonato. Podia ter corrido um pouco melhor na final, mas por vezes não conseguimos estar em sintonia com as condições e foi o que aconteceu hoje”, justificou “Edu” Fernandes, sublinhando a força da equipa portuguesa: “Não podemos sair de cabeça baixa. Fomos um grupo muito forte, dentro de água mas também cá fora, a apoiarmo-nos mutuamente. Queríamos muito ser campeões, desta vez não foi possível, mas de certeza que teremos nova oportunidade e venceremos.” Coube ao Selecionador Nacional David Raimundo fazer o balanço da participação portuguesa ao cabo destes seis dias de competição: “O balanço que faço da nossa prestação como equipa é um balanço bastante positivo. Fomos, desde o primeiro dia, uma equipa unida, coesa, motivada, concentrada, competente...por isso não podia estar mais orgulhoso e contente, tendo também em conta que parte da equipa [o surf feminino] é mais jovem, menos experiente e conseguiram chegar aqui e fazer um trabalho brilhante que culminou com o título da ‘Kika’ Veselko. Hoje é um dia triste, com toda a equipa devastada, pois trabalhámos muito e fizemos o suficiente para sairmos daqui campeões. Contudo, os resultados ditaram que tivesse sido a Itália a campeã e só tenho de lhes dar os parabéns. Daqui a dois anos teremos nova oportunidade e o trabalho para reconquistar o título começa daqui a pouco.”
Pedro Henrique
Francisca Veselko
David Raimundo, Selecionador Nacional 2019 Agosto 392
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Vela
Cascais 52 SUPER SERIES Sailing Week
Fotografia Nico Martinez
“Quantum Racing” Vence em Cascais
O “Quantum Racing”, de Doug DeVos, foi o vencedor da Cascais 52 SUPER SERIES Sailing Week, prova que se realizou entre 15 e 20 de Julho com a participção de sete veleiros, organizada mais uma vez pelo Clube Naval de Cascais e o apoio da Câmara Municipal de Cascais.
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Cascais 52 SUPER SERIES Sailing Week teve um final emocionante para decidir os lugares do pódio, pois.à entrada para o derradeiro dia de prova, o “Quantum Racing” e o “Azzurra” estavam separados por 5 pontos. O “Azzurra”, com Guillermo Parada ao leme, tinha prometido lutar até final e assim aconteceu. Venceu o “Quantum Racing” seguido pelo “Azzurra”, de Alberto e Pablo Roemmers, e o “Platoon”, de Harm Muller-Spreer. O “Quantum Racing” superou o percalço da última etapa das 52 SUPER 66
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Vela
Quantum Racing venceu em Cascais
SERIES, disputada há um mês em Puerto Sherry e apresentou-se com outra força em Cascais. O barco do armador norteamericano Doug DeVos e com Ed Baird ao leme A tripulação mudou o “chip” e fechou o primeiro dia de regatas em águas cascalenses alcançando um 2º e uma vitória nas duas regatas realizadas. Com este resultado começaram na frente a Cascais 52 SUPER SERIES Sailing Week com três pontos de vantagem sobre o trio formado por “Provezza”, “Bronenosec” e “Azzurra”. O campo de regatas de Cascais voltou a demonstrar que é um dos melhores do mundo com um vento estável a soprar perto dos 20 nós de inten-
sidade. O “Quantum Racing” foi o melhor e para esse facto muito contribuiu Ed Baird. A sua experiência foi decisiva face às condições de vento e mar. Aliás, recorde-se que triunfou em Cascais no ano de 2015 também com o “Quantum”. Também o táctico Cameron Appleton esteve em destaque acer-
tando em quase todas as decisões tomadas No segundo dia o “Quantum Racing” continua a liderar. O barco dos Estados Unidos está a demonstrar uma solidez impressionante na etapa portuguesa, terceira do circuito, e nas 4 regatas realizadas nunca esteve abaixo do segundo lugar. Hasso Plattner alcan-
çou no terceiro dia de regatas o seu primeiro triunfo. O armador da tripulação sul-africana não vai esquecer-se do dia 18 de Julho quando, em Cascais, com mais de 20 nós de vento, foi capaz de levar o seu “Phoenix 11” à vitória na segunda regata do dia. O feito do alemão tem muito mérito já que ganhar uma regata com
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Vela
estas condições de vento é algo habitualmente reservado a velejadores profissionais. No quarto dia o vento decidiu não colaborar,
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permitindo apenas a realização de uma das duas regatas agendadas. Para o “Phoenix” não houve grandes dúvidas e repetiu a mesma táctica
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das jornadas anteriores. O “Alegre” seguiu-o, enquanto o “Quantum” e o “Azzurra” optaram pelo centro do campo. As opções mais conservadoras
foram recompensadas com o “Alegre”, de Andy Soriano a alcançar o seu primeiro triunfo nas águas de Cascais. O “Azzurra” foi segundo e o “Quantum” terminou na terceira posição beneficiando de uma penalização atribuída aos alemães do “Platoon”. Para o quinto dia es-
Vela
tavam previstas as duas derradeiras regatas. Na oitava regata, penúltima do evento o “Azzurra” foi segundo e o “Quantum” quedou-se pela quinta posição. O “Bronenosec Gazprom”, de Vladimir Liubomirov, alcançou o triunfo, fazendo com que todos os barcos presentes tivessem pelo menos uma vitória em Cascais. Em nove regatas realizadas, houve sete vencedores diferentes o que demonstra o enorme equilíbrio da frota. A última regata foi espectacular com o “Platoon” a ser primeiro, superando o “Azzurra” por apenas 2 segundos. O “Quantum Racing” foi quinto classificado, conquistando a etapa de Cascais das 52 SUPER SERIES, com um escasso ponto de vantagem sobre o “Azzurra”. O “Platoon” fechou o pódio, igualado em pontos com o “Bronenosec Gazprom”, mas com vantagem por ter vencido duas regatas. O “Quantum Racing”, com Ed Baird ao leme, beneficiou do facto de ter sido muito consistente e regular nos primeiros dias
A garra da tripulação do “Azzurra” quase os levou à vitória em Portugal. Na geral do circuito e após três etapas, a liderança é do Azzurra com 95 pontos, seguido do Quantum Racing e do Platoon, ambos com 103 pontos. A próxima prova das 52 SUPER SERIES realiza-
se, de 25 a 29 de Agosto, em Puerto Portals, na ilha de Maiorca, Espanha. No final, Cameron Appleton, táctico do Quantum, afirmou: “Obviamente, estamos muito felizes. As condições foram duras mas fizemos um excelente trabalho. Os barcos foram puxados até ao limite e
as regatas foram muito equilibradas. Depois de Puerto Sherry tivemos de recomeçar e chegados a Cascais conseguimos aproximar-nos do Azzurra. Ganhámos esta semana e temos dois eventos mais até ao final da época para tentar conquistar o circuito.”
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Notícias do Mar
Últimas Fotografia: Íris Graciosa
IV Campeonato Regional de Botes Baleeiros na Graciosa
Faial sagrou-se Campeão em Vela e Remo Feminino
O
ano de 2019 está a ser glorioso para a Secção de Botes Baleeiros da Ilha do Faial. Depois de terem conquistado as taças todas (Vela Feminino e Masculino e Remo Feminino e Masculino) na X Regata Internacional de Botes Baleeiros, que decorreu nos dias 5 e 7 DE Julho, no Faial e Pico, as Tripulações Baleeiras Faialenses sagraram-se Campeãs em Remo Feminino e Vela (Masculino) no IV Campeonato Regional em Vela e Remo de Botes Baleeiros dos Açores, realizado nos dias 19, 20 e 21 do corrente, na ilha Graciosa. Foram 3 dias de prova, em que as Companhas do Faial alcançaram sempre resultados muito semelhantes e de destaque. Em Remo Feminino, a Equipa do “Senhora da Guia”, da Junta de Freguesia da Feteira, sagrouse Campeã. O 2º e o 3º lugar foram para o Pico: “São Pedro”, do Clube Náutico Aliança Calhetense, e “Santo Cristo”, da Junta de Freguesia de São João,
respectivamente. Em Remo Masculino, o “Senhora do Socorro” manteve o 4º lugar. O pódio ficou assim preenchido: “Maria Celeste” (1º lugar) e Maria Armanda” (2º), ambos do Clube Náutico das Lajes do Pico; e “Serra Branca”, do Clube Naval da Ilha Graciosa. Feitas as contas finais, em Vela, o bote “Senhora do Socorro”, da Junta de Freguesia do Salão, ficou em 1º lugar, secundado pelo “Capelinhos”, da Junta de Freguesia do Capelo. O 3º lugar foi para o Pico: bote “Maria Armanda”, do
Clube Náutico das Lajes. Vítor Mota e José Macedo, do Clube Naval da Horta (CNH), integraram a Comissão de Regata, que foi presidida por Ricardo Ferreira, Presidente do Clube Náutico das Lajes do Pico. Carlos Silva, do CNH, também deu apoio a este IV Campeonato Regional em Vela e Remo de Botes Baleeiros dos Açores, promovido pela Direcção Regional da Cultura, através do Museu do Pico, com organização do Clube Naval da Ilha Graciosa. Neste último dia do Campeo-
As campeãs do bote “Senhora da Guia”, da Junta de Freguesia da Feteira
nato – domingo, 21 – realizaram-se 2 regatas de Remo: 1 Feminina e 1 Masculina, as quais “decorreram lindamente”, atendendo a que o vento ainda soprava fraco. Mas o aumento da intensidade deste, na parte da tarde, não permitiu a concretização da regata de Vela, que estava prevista, explica Vítor Mota. No Jantar,houve a entrega de Troféus e a festa terminou com a actução dos ConCorda. Vítor Mota destaca “a satisfação dos Faialenses e os bons resultados alcançados”. Este evento decorreu a partir do porto da Barra, onde se situam as instalações do Clube Naval da Graciosa, o anfitrião deste Campeonato, disputado por todas as ilhas dos Açores, à excepção do Corvo. A prova contou com botes (de 16 entidades) do Faial, Pico, São Jorge, Graciosa, Terceira, Flores, Santa Maria e São Miguel, nas modalidades de Vela, Remo Masculino e Remo Feminino, o que envolveu cerca de 200 pessoas.
Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com
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