Notícias do Mar n.º 408

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Pesca Desportiva

Histórias de Pesca

Pescar fundo com carretos eléctricos

Aqui mostro um carreto que é uma bomba: Daiwa Marine Power 3000 12v, uma máquina que leva 1200 mts de linha de 130 lbs, para pescar a 600, 700 mts de fundo. Para pesca desportiva, nunca vi nada parecido. Acima disto, só mesmo os aladores dos profissionais. Com este carreto já pesquei chernes, peixe espada, gorazes, cantaril, etc. É um sistema fixo, (o carreto pesa 5,5 kgs!), e está preparado para levantar peixes bem acima dos 50 kgs. A cana é uma Daiwa Tanacom Deep 210, com….900 gramas de acção na base e ponteira muito sensível. Não se trata de equipamento muito utilizado entre nós. Definitivamente, tudo o que exceda o carreto barato, a cana barata e a tradicional chumbada e dois anzóis por cima, é estranho, não vale a pena e não funciona. E no entanto, há mais mundo para além do material corrente. Falamos hoje de carretos eléctricos e dos acessórios que lhes estão associados.

O

carreto eléctrico existe para possibilitar pescas que, de outra forma, nos se-

riam interditas. Pescar a 300 / 400 mts de fundo, ou muito mais, não é possível à mão. A não ser que a pessoa que

pesca entenda como aceitável o martírio de levantar uma chumbada que pode ultrapassar facilmente 1 kg de

As canas AlphaTackle são construídas a pensar em trabalhos pesados, o objectivo é conseguir trabalhar peixes de grande porte. 2

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peso. Pesquei na Ponta dos Mosteiros, em S. Miguel, ao cherne, com 2 kgs de chumbo e era pouco, a corrente forte levantava o peso do fundo. Quando queremos chegar a cotas que raramente são pescadas, há que assumir a compra de uma máquina destas, e ponto final. A cana para carreto eléctrico tem as suas particularidades e obviamente não serve a mesma que se utiliza para pescar ao pica-pica….o que constitui desde logo um problema, porque a maior parte das pessoas acha que uma


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Texto e Fotografia Vitor Ganchinho https://peixepelobeicinho.blogspot.com/

cana apenas …deve fazer tudo. Repito: tudo! Queremos uma cana flexível para acompanhar a batida do peixe Tratamos aqui, para esta função, de uma cana robusta que vai ter de suportar a pressão do chumbo, da baixada, do peixe que se debate, da corrente que empurra a linha, e isso é feito com material próprio para o efeito. Até hoje, o melhor que encontrei foi producto da marca Alpha Tackle, japonês, que fabrica como ninguém canas sólidas mas elásticas, com uma enorme resistência ao esforço, e preparadas com o número certo de passadores para guiar e acompanhar a linha trançada sem que esta sofra desgaste. Explico este

Este modelo da Daiwa é também utilizado pelos pescadores profissionais japoneses para o seu trabalho diário de pesca em profundidade. Nos Açores, os locais pescam com um carretel de madeira, com linha de arame zincado. Porque o esforço feito é enorme, procuram pescar nas cristas dos montes submarinos. Com esta máquina, pode começar-se a pescar de onde os nossos homens açorianos pescam, …para baixo, ou seja, a bater zonas não pescadas. Já o utilizei até 700 metros, no Mar da Prata.

Quanto a porta-carretos para canas, não há que facilitar: o metal é a única possibilidade duradoura.

ponto mais abaixo, em detalhe, no parágrafo dedicado a linhas. Se desenharmos a cana óptima para carreto eléctrico, não andaremos muito longe disto: Tem de ter um blank sólido, que aguente pressão, quer da baixada com o chumbo quer dos esforços do peixe para se libertar. Queremo-la sensível na ponteira, porque queremos ver os discretos toques dos peixes. E queremos uma cana algo parabólica, flexível, para acompanhar a batida do peixe, já que no caso de ser muito rígida vai certamente dar-nos muitos desgostos. O peixe debatese muito desde o fundo à superfície, temos muito tempo de luta e muito esticão, logo o buraco feito pelo anzol vai sempre alargando mais e mais. Na maior parte dos

Passo-vos um exemplo de como se constrói uma cana para carreto eléctrico, com diferentes acções e capacidades de carga. O elemento comum é a curta distância entre passadores, e a enorme robustez da vara. Os construtores aplicam uma quantidade de passadores acrescida, os quais dão um melhor suporte à linha. 2020 Dezembro 408

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e iniciar a subida. Sobre o porta carretos, esqueçam os plásticos, aqui entramos nitidamente no dominio dos metais, do aço inox, não há espaço para produtos baratos. Desde logo porque o carreto irá exercer uma pressão enorme sobre o conjunto, e ao fim de uns dias, temos o equipamento todo estragado. Para porta-canas, para passadores, é exigir sempre o melhor e fica resolvido. Vejam abaixo exemplos de porta- carretos aplicados em canas Alpha Tackle.

As senhoras encontram nos carretos eléctricos uma forma prática de ultrapassar algum menor e natural vigor físico. casos, o peixe solta já muito perto do barco. Como é inglório que isso aconteça já com o trabalho todo feito. É muito esforço e tempo perdido para nada e isso acontece devido à utilização de canas demasiado duras. As marcas que fabricam varas para este fim tão específico constroem-nas de trás para a frente, partindo de uma base muito rija, toda a zona do porta-carretos é muito consistente, frequentemente em aço inox. O blank é sólido onde tem mesmo de o ser e à medida que nos

aproximamos da ponteira, a cana vai ficando mais macia, com uma ponteira fina, que nos diz tudo. Não esqueçam que tratamos aqui de uma pesca em que a cana não está na nossa mão, e nem sequer se chega a ferrar levantando a cana, …apenas se recolhe rapidamente, à velocidade máxima do carreto, e é o peixe que tem a isca/anzol na boca que acaba por se ferrar por si próprio. Chegam cá acima muito bem cravados, mas isso tem a ver com a forma violenta como

Carreto Leobritz 200 J, da Daiwa. Uma pluma, com 460 gramas de peso. Vejam como pesca. 4

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se debatem durante todo o percurso, que pode demorar um ou dois minutos, consoante a velocidade do carreto e …o peso do peixe. O anzol espeta pela força exercida na recolha. Um pau de vassoura rígido, sem sensibilidade, não nos diz qual o melhor momento de levantar o sistema, não nos ajuda a entender qual o melhor momento de carregar no botão

A linha indicada não difere muito da que utilizamos para jigging Sobre linhas: imaginem uma cana com poucos passadores. A linha passar, …passa sempre, mas vai ter um contacto com o apoio do passador que a vai roçar, que vai levantar e desalinhar as fibras que a compõem. Isso significa a médio ou longo prazo uma linha trançada fragilizada, mais quebradiça, que na primeira oportunidade de peixe grande nos vai deixar agarrados. A linha indicada para carretos eléctricos não difere muito da que utilizamos para jigging. A explicação é simples: a

Para pescar em zonas entre os 80 e os 200 metros, utilizo este modelo: Seaborg 300 MJ


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Modelo Daiwa Seaborg 500 MJ, um carreto topo de gama, que permite pescar com muita qualidade. Isto é mesmo muito bom...

Este é o modelo mais leve, o Leobritz 200 J-L, com o qual pesco frequentemente em fundos até 60 metros. Aqui com uma saima que subiu à superfície em três tempos.

De quando em quando, um bonito cherne, para alegrar a esposa. Sem carretos eléctricos estes peixes não seriam possíveis. 6

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cobertura de silicone que a torna mais rígida vai funcionar como camada protectora das fibras. Permite-lhe deslizar melhor sobre os passadores. Esta camada de protecção ajuda a prevenir quebras, e todos sabemos da fragilidade dos trançados a esforços sobre a sua secção transversal. São muito resistentes à rotura,

mas no sentido longitudinal, no sentido de orientação das fibras, o comprimento. Quando falamos de resistir a esforços abrasivos sobre a secção transversal, o nylon é francamente melhor. E o fluorocarbono ainda melhor. Mas estas são linhas elásticas, e não precisamos disso quando o objectivo é sentir um peixe que está 400 me-

Pargo pescado a 170 metros de fundo. Aqui, o modelo de carreto Leobritz 200 já não seria o mais indicado, já que estas profundidades obrigam à utilização de chumbadas mais pesadas, na ordem das 250 gramas, e isso iria castigar demasiado o equipamento. Por isso utilizei o Seaborg 300.


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tros abaixo de nós. Queremos uma linha não elástica, que marque em cima aquilo que se está a passar em baixo, no fundo que encurte o nosso tempo de reacção.

Nada pior que pescar com um “elástico”, uma linha de nylon que nos faça saber que andou algo lá em baixo quando …já lá não está nada.

A diferença entre pescar ou não pescar É muito importante que todo o sistema esteja pensado para ser prático. Tratamos

A maior parte das pessoas liga esta imagem a um tibarão à superfície. Na verdade, trata-se da ponta da asa de uma jamanta. Fiz esta foto na zona dos Mosteiros, em S. Miguel. 8

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de esforços muito prolongados, de pesos consideráveis, e que não nos poupam o corpinho. Logo, ter um bom suporte para colocar a cana é imprescindível. Na circunstância, na GO Fishing temos este modelo que vêm acima, com um diâmetro de tubo inox que encaixa na perfeição no porta canas do barco. Um detalhe importante: a horizontalidade e fixação do carreto é conseguida através da soldadura de um pino, ou uma cruzeta, que encaixa na base da cana e a mantém sempre na mesma posição. E chegamos à peça que muda tudo, que faz a diferença entre pescar ou não pescar: o carreto eléctrico. A tendência é cada vez mais a de produzir equipa-


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mento mais pequeno, mais ligeiro e ao mesmo tempo mais eficaz. Porque tratamos de carretos que obrigam a manutenção cuidada, nomeadamente a lubrificação do sem fim e da corrediça que faz de guia fios, aconselhamos a que, no fim de cada pescaria, não esqueçam esse detalhe. Dessa forma, prolongam por muitos e bons anos a duração do equipamento. Tenho carretos destes a trabalhar há mais de cinco anos, sem uma visita à fábrica para revisão. Mas limpo-os e cuido deles. Pensem apenas nisto: levantar peixe e chumbo de 400 metros, ou seja, quatro estádios de futebol alinhados, desde o fundo à superfície, não pode ser feito sem esforço. Os materiais estão preparados para aguentar, e aguentam. Mas façam a vossa parte, não os deixem abandonados, a trabalhar

em seco, sem lubrificação. Os japoneses utilizam modelos muito pequenos e leves, para pescar até aos 60 metros, têm modelos intermédios para cobrir profundidades de 80 até 200 metros e a partir daí passam aos modelos mais pesados, com maior capacidade de linha e superior diâmetro. Trata-se de um carreto muito ligeiro, que nos permite fazer 45 metros de recuperação em cerca de 15 segundos. Uma flecha! Em poucos segundos temos a pesca à superfície. Com peixes grandes podemos trabalhar o peixe devagar, com a calma devida. Inclusivé enrolar à mão, utilizando a manivela, para peixes muito grandes. Aqui, a alimentação é feita a partir de uma bateria recarregável de lítium, que em condições normais dura o suficiente para uma pescaria. Normalmente levo duas

Curiosa foto de um pargo capatão. 2020 Dezembro 408

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baterias carregadas, como precaução. Existem versões com manivela à direita ou à esquerda. Na verdade, não é nunca um problema, já que a linha é recuperada até três metros da ponteira, o que nos obriga a dar apenas três ou quatro maniveladas. Reparem que a operação de iniciar a subida é feita pelo polegar, empurrando a roda central. É um sistema muito prático, que permite aumentar ou diminuir a velocidade de subida. Este modelo tem uma particularidade, a de

permitir que o pescador opte por velocidade máxima de recuperação, ou por recuperação em força. Isso faz-se pressionado apenas uma patilha com o polegar e é bastante útil para enfrentarmos os tais… grandes. Vejam como pesca Estes carretos possuem embraiagem, a qual deve ser regulada em função da resistência da linha. Isso é feito em casa, com a devida atenção. Quando saímos a pescar, … apenas pescamos, o pla-

neamento é feito antes. Mas a operação de ajustar a recuperação de linha é muito fácil e rápida. Com exemplares de maior tamanho, por vezes é conveniente dar-lhes mais tempo, deixálos bater. O carreto faz isso automaticamente, continua a recuperar linha e quando o esforço é demasiado grande, patina e mantém a mesma posição. Caso o peixe puxe com força a valer, leva linha. Assim que deixa de exercer essa pressão, o carreto recomeça a enrolar linha no-

Peixe-espada com 2,05 mts de comprimento. Pesquei-o ao largo da Ilha de S. Miguel, nos Açores. 10

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vamente, até à superfície. A alimentação dos carretos é também muito importante. Sempre que possível, utilizo baterias portáteis, que podem ser acopladas aos carretos. Roscam onde iria entrar a ficha macho que se encontra na ponta do cabo de alimentação. Tornam-se muito práticas, porque nos permitem deslocações no barco, e ganhamos de facto em autonomia, em conforto, em ligeireza do sistema. Mas as baterias são caras, porque não podem ser transportadas via aérea junto com a restante carga, obrigam a um transporte especial. Estes carretos são fornecidos de fábrica com cabo de ligação, que traz duas pinças para os bornes das baterias. Uma solução possível é a compra de uma bateria seca a 12v, recarregável, de pequeno tamanho, que nos garante 8 horas de pesca. Existem no mercado inúmeras marcas que as fornecem por preços muito baixos. Nos barcos GO Fishing estão instaladas nos postos de pesca pequenas tomadas estanques às quais o pescador liga um cabo que alimenta os seus carretos eléctricos. As baterias de 12v instaladas a bordo são exclusivas para este fim, não interferindo na restante manobra do barco, nomeadamente ignição de motores, aparelhos de navegação, frigorifico, etc. Nada pior que esgotar a bateria do barco e no fim da pescaria, ….ficar lá. Todos estes equipamentos se encontram à venda na loja GO Fishing Portugal, em Almada. O que não se vende é apenas a isca, que na circunstância é sardinha, cavala ou lula às tiras. O peixe de fundo não é muito “belicoso” a comer. O que encontra, …come.


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Pesca Lúdica

Texto Antero dos Santos

Pesca Embarcada no Estado de Emergência em Setúbal

A pesca lúdica embarcada em Setúbal, enquanto durar o Estado de Emergência é considerada pela Capitania desaconselhada e as embarcações encontradas na água pela Polícia Marítima durante a semana, são mandadas para seco, ou navegar sem canas.

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pesca lúdica, principalmente a embarcada, vive momentos altos, sobretudo nesta fase do ano em que as douradas encostam à desembocadura do rio Sado. São três meses de azáfama, de Outubro a Dezembro, meses que geram um amplo desenvolvimento económico nesta área de negócio, sobretudo em Setúbal, em lojas de equipamentos de pesca, canas, carretos, linhas, venda de iscos, combustíveis, licenças, acessórios marítimos, etc. E também muito movimento de barcos no clube náutico local, o velhinho e cheio de tradições Clube Naval Setubalense. Um praticante de pesca lúdica tem por definição imensas limitações para poder disfrutar do seu passa12

tempo favorito. Desde logo a possibilidade de acertar ao fim de semana com a meteorologia/estado de mar certa, que lhe permita a saída. Esse era até agora o grande handicap a ultrapassar. Mas deixou de o ser, passou até a estar em segundo plano. Para um praticante de pesca, e porque estamos agora com restrições de circulação entre concelhos, tem também de conseguir harmonizar a sua vida profissional, eventualmente tirar um dia de férias, trocar folgas, quando a lei lhe permite livre circulação entre concelhos, para finalmente sair no seu barco. Ou conseguir obter lugar num dos barcos MT que saem à pesca no dia em que o pode fazer. Depois de meses e meses confinado, depois de muitas

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semanas em teletrabalho, de fins-de-semana em casa, finalmente essa pessoa tem o prazer de sair e a possibilidade de usufruir dum momento de relax em alto mar. Finalmente consegue reunir todas as condições e está à beira mar, pronto para sair. Mas eis que alguém resolve decidir por si: afinal não é possível sair à pesca. Isso aconteceu em Setúbal há dias. Agentes da Policia Marítima, a bordo de uma embarcação semirígida, identificavam e vistoriavam as embarcações dos pescadores que saiam da doca do Clube Naval. No fim, informavam as pessoas de que deveriam voltar de imediato a terra. Sabemos que desobedecer a uma ordem directa de uma autoridade é crime, e

é punido por lei. E isso fez com que inúmeros pescadores voltassem de imediato a suas casas, não obstante estarem legais, com as licenças de embarcação e pesca em dia, com máscara, com gel desinfectante a bordo, e cumprissem com todos os requisitos. Esta situação aconteceu inclusive a embarcações com uma única pessoa a bordo. Por absurdo, uma dessas pessoas foi informada pelas autoridades de que, caso não tivesse canas de pesca a bordo, poderia ir passear no mar. O que esta situação tem a ver com a propagação do vírus COVID é algo de insólito e inexplicado. Não é evidente que uma pessoa que sai ao mar em solitário, possa auto infectar-se, caso leve uma cana de pesca…


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Sabemos que em Cascais, Sesimbra, Paço d´Arcos e Sagres, os pescadores lúdicos saíram com os seus barcos e foram pescar. Admirados com a situação dos pescadores lúdicos da pesca embarcada em Setúbal, solicitámos ao senhor Capitão do Porto de Setúbal esclarecimento sobre este assunto. A resposta foi: - Manutenção da proibição de circulação na via pública entre as 23h00 e as 5h00. - Manutenção da proibição de circulação na via pública aos sábados e domingos entre as 13h00 e as 5h00. - Proibição de circulação na via pública nos feriados de 1 e 8 de dezembro entre as 13h00 e as 5h00. - Dever cívico de recolhimento domiciliário. Nos períodos mais restritos, a prática da pesca lúdica está interdita, porque é proibida a circulação na via pública e não se encontrar nas exceções previstas no artigo 35º, do Decreto nº 9/2020, de 21NOV. Nos restantes períodos, os cidadãos devem absterse de circular em espaços e vias públicas, exceto para deslocações autorizadas pelo artigo 36º, do mesmo Decreto. Não sendo a pesca lúdica uma dessas exceções a sua prática encontra-se desaconselhada, mantendo-se o dever cívico de recolhimento. Falámos também com o senhor Capitão do Porto de Setúbal que nos dsse que cumpria com o Aviso da Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos DGRM

Informa-se que relativamente aos concelhos com risco elevado e onde vigoram as medidas mais restritivas, havendo um dever de permanecer no domicílio e, em determinados horários, proibição de circulação (recolher obrigatório), considerase que a pesca lúdica não é permitida, porquanto: 1 - Nos horários abrangidos pelo recolher obrigatório (das 23h às 5h dos dias úteis e das 13h às 5h de sábado e domingo), não é permitida a circulação nas vias públicas ou equiparadas, exceto para situações muito específicas, onde não se inclui a atividade desportiva, logo, não é permitida a pesca lúdica; 2 - Nos demais horários, há um mero dever de permanência no domicílio, havendo apenas algumas deslocações especificas autorizadas; 3 - De entre as deslocações autorizadas, identificam-se as deslocações para exercício de atividade profissional ou equiparada, sendo equiparadas a esta as deslocações dos praticantes desportivos federados; Na medida em que a pesca lúdica não configura uma modalidade desportiva federada, nem está excecionada em nenhuma das outras alíneas, considera-se não ser permitida. O Aviso da DGRM apenas

não permite a saída de casa até às 5h da manhã num dia de semana, depois desta hora o pescador lúdico pode sair. Portugal já foi campeão do Mundo e Europeu em diversas modalidades de pesca desportiva de alto mar e já organizou alguns desses campeonatos. Setúbal é precisamente um viveiro de campeões e participa com os seus clubes de pesca desportiva em inúmeros campeonatos regionais e nacionais. Todos os pescadores desportivos são pescadores lúdicos que treinam a pescar peixe. Durante o treino experimentam as linhas, os estralhos, as amostras e os pesos, que vão substituindo consoante os resultados. Um pescador impedido

de sair para o mar deixa de treinar. Melhor que ninguém é o próprio pescador que sabe se tem condições para poder sair em segurança. A sua segurança e a dos seus familiares. As recomendações da DGS referem-se a situações de trabalho, mas também de lazer. Se há algum local seguro, sem COVID, é o mar alto. Em embarcações com alguma dimensão, podem perfeitamente coabitar duas ou três pessoas, e provavelmente com melhores condições que as que são encontradas num autocarro, um comboio, um supermercado, etc. É um abuso de poder a Capitania decidir que o pescador tem que ficar em casa, porque o Aviso da DGRM não obriga.

Pesca Lúdica no atual estado de emergência Transcrevemos este aviso. 2020 Dezembro 408

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IV Campeonato Açoreano de Jigging de 2020

Campeonato Muito Competitivo

A equipa vencedora Realizou-se no fim-de-semana de 22 de novembro, o IV Campeonato Açoriano de Jigging 2020.

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ste ano participaram 9 embarcações, com um total de 25 participantes. A pesca mostrou-se competitiva com bons resultados e como sempre decorreu num ambiente festivo de amizade e cheio de diversão. O título de campeões Marienses da modalidade, o 1º Prémio foi para a equipa da embarcação “RIMAR”, composta por Ricardo Botelho, José Costa e Marco Costa com um total de 20,635 Kg de pescado, o 2º Prémio foi para a equipa da embar14

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cação “CAVEIREX”, composta por António Freitas, Tiago Andrade e Teófilo Figueiredo com um total de 12,890 Kg, o 3º Prémio foi para a equipa da embarcação “Sr.ª DE MONSERRATE“, composta por Adelino Silveira, Dinis Braga e Rui Sousa com um total de 12,425 Kg e o aliciante prémio do Melhor Exemplar foi para o Ricardo Botelho, da equipa da embarcação “RIMAR” com um total de 14,475 Kg. A organização teve o privilégio de este ano ter a presença de uma equipa em representação do JIGGING CLUBE DE PORTUGAL, com o presidente 2020 Dezembro 408

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Jorge Sousa e Carlos Soares, que conquistaram o 4º lugar na classificação final com a embarcação “NANNY” com um total de 7,970 Kg de pescado. O final do evento e entrega de prémios decorreu durante a tarde com um convívio na sede do Clube, em sã camaradagem entre os participantes. O Clube Naval de Santa Maria, agradeceu a preciosa colaboração de todos, sem o esforço dos quais não seria possível a realização destes eventos que tanto caracterizam esta Associação. Agradeceu também em particular ao Jorge Sousa, Presidente do JIGGING CLUBE DE PORTUGAL da sua participação no Campeonato e para ano contam novamente com a sua presença e de mais equipas Regionais. Bem haja ao Clube Naval e a todos os seus membros e amigos! 16

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60º Salão Náutico de Génova

Texto e Fotografia João Carlos Reis

Quando Não Podemos Parar

Salão Náutico de Génova Com a ponte de San Giorgio terminada, depois da grave crise de saúde do início do ano, apesar do segundo pico da pandemia e do mau tempo, a edição de 2020 do Salão Náutico de Génova que se realizou de 1 a 6 de Outubro, será conhecida como a edição que se realizou contra todas as probabilidades.

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Muito interesse nos barcos a motor 18

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urante os seis dias do maior evento do Mediterrâneo houve 73 eventos paralelos, incluindo seminários, conferências, workshops técnicos, painéis e apresentações. Também assistimos 18 estreias mundiais, incluindo o MAMBO da MOI Composites Srl, o primeiro barco do mundo a ser criado com tecnologia de impressão 3D. Graças à enorme doca, à entrada do porto de Génova, este evento destaca-se por ser o que maior número de embarcações tem dentro de água na Europa, as embarcações com mais dos oito metros de comprimento, estão dentro de água com as popas amarradas a pontões, de modo acessível para serem visitadas e saírem para o mar para os test ride. Em três planos de água, os visitantes podem ver veleiros, semi-rígidos,


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barcos a motor, catamarans ou os Superyachts. Esta é uma óptima forma de ver e visitar um barco, ao ar livre, desde um pequeno pneumático de 2,50 metros ao Sanlorenzo SD126 de 38 metros de comprimento. As novidades e os barcos bandeira estiveram lá e tivemos oportunidade de visitar alguns dos quais destacamos os SD126 e SX112 da Sanlorenzo, o Benetti Oasis 40m, o Invictus TT 460 e o Mylius 80 FD da Mylius Yachts. As Marcas presentes no 60.º aniversário Os expositores de 2019 estiveram presentes no 60.º aniversário do Salão, incluindo as marcas líderes da indústria mundial, bem com algumas novas. Nos motores: Amer Yachts, Arcadia, Azimut Benetti, Bluegame, Boston, Canados, Cayman Yachts Axopar, Fiart, Fijord, Galeon, Gruppo FIPA, Invictus, Menorquin, Pardo, Patrone, Prestige, Princess, Rio Yachts, Rizzardi, Sanlorenzo, Sciallino, Sealine, Sessa Marine, Solaris Power, Sundeck, Sunseeker e VanDutch. Entre as novas marcas incluem-se Antonini Navi, Arcadia, Cantiere Franchini, Cetera, Comitti, De Antonio Yachts, Delphia, Evo Yachts, Explorer Yacht Gulf Craft, Fabbrica Italiana Motoscafi, Fincantieri, Gruppo Ferretti com FSD - Ferretti Security Division, Nadir Yachts, Sea Infinity Iates, Sea Ray, Steeler Yachts e Terranova Yachts. Na Vela marcaram presença Baviera, Beneteau, Dehler, Discovery Yacht, Dufour, Elan, Eleva Yachts, Hanse, Jeanneau, Kufner, Mylius Yachts, Nautor’s Swan, Salona, ​​Schmidt & Partner, Solaris Yachts e Vismara. No Catamaran Hub estiveram as marcas Bali, Fountaine Pajot, Lagoon, Leopard e Nautitech. Na 60.ª edição os superbarcos estiveram em destaque com área própria. Este segmento emergente esteve representado pela Anvera, Magazzù, Pirelli e Sacs. Já o mercado de RIBs foi defendido pelas marcas BWA, BSC, Capelli, Italboats, Joker Boats, Lomac, Mar. co, Master, MV Marine, Nova-

Barcos à vela com com grande exposição marine, Nuova Jolly, Ranieri International, Scanner, Salpa, Selva e Zar Formenti. Os motores fora de borda fizeram a sua aparição dentro de portas com a Brunswick Marine/Mercury, Selva, Suzuki e Yamaha. Os acessórios e electrónica tiveram uma área de exposição no Pavilhão principal com as marcas: Humminbird, Raymarine e Garmin a marcarem mais uma vez presença. Os destaques de Génova 2020 foram o SD126 da Sanlorenzo (37,95 metros), uma estreia mundial e na vela, o Mylius 80 da Mylius Yachts com 25 metros de comprimento. O Design Innovation Award O “Design Innovation Award” é um novo prémio, exclusiva-

mente para expositores, criado para celebrar o 60.º Salão Náutico de Génova e entregue pela Associação Italiana da Industria Náutica e pela I Saloni Nautici, em parceria com a Agência Italiana de Comércio, com o objectivo de apoiar e promover a excelência na Indústria Náutica e que premeia o nível de inovação demonstrado pelos expositores participantes no Salão Náutico de Génova, com os seus produtos mais recentes. Os nomeados para o prémio estão divididos em nove categorias: Veleiros de cruzeiro, Velejadores, Barcos a Motor com menos de 10 m, Lanchas com mais de 10 m, RIBs, Superyachts - mais de 24 m, Superbarcos - mais de 10 m, Multicascos, Acessórios e Equipamentos Náuticos. Podem

participar quaisquer expositores que apresentaram os seus produtos, que devem ser novos, original entre a edição anterior 2019 e a edição 2020. Para decretar os vencedores reuniu um júri internacional composto por Silvia Piardi, Professora de Desenho Industrial no Politécnico de Milão, Franco Michienzi, Director da revista Barche, Andrea Pagnin, Estratega de Inovação Instituto Italiano de Tecnologia, Justin Ratcliffe, Editor-at-Large, Yachts International, Philip Easthill, Secretário Geral da Indústria Naval Europeia. O Presidente do Júri foi a Arquitecta Luisa Bocchietto Senadora WDO - Organização Mundial do Design. “Este ano - explica Luisa Bocchietto - é a edição zero de um prémio que se vai conso-

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Os grandes superyachts continuaram em presença

Sanlorenzo SD126

Capelli Tempest 50 com 4 Yamaha XTO de 425 cv 20

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lidar nos próximos anos para destacar os produtos mais inovadores. Os valores que queríamos expressar através dos prémios são a pesquisa, inovação, qualidade técnica, qualidade formal e sustentabilidade”. Os Design Innovation Award 2020 foram atribuídos da seguinte forma: Na categoria de veleiros de cruzeiro, ganhou o Swan 65 da Nautor Swan, enquanto nos veleiros de regatas, ganhou o Mylius 80 FD da Mylius Yachts. O Joker Boat Coaster 650 Plus venceu na categoria RIBs, enquanto nos barcos a motor (de 10 a 24 metros) venceu o Invictus TT 460. Na categoria Superyacht (acima de 24 metros), o SX112 da Sanlorenzo recebeu o Design Innovation Award. O Seadrive Electric POD da Seadrive, exposto no SAIM Boat Show, venceu na categoria Acessórios e Equipamentos Náuticos. O Design Innovation Award 2020 também concedeu uma Menção Honrosa à Ecoprimus da start-up Northern Light Composites e um Prémio de Inovação especial à MAMBO - Motor Additive Manufacturing Boat da MOI Composites Srl. O prémio especial pelo conjunto de sua obra foi para F.lli Razeto & Casareto, que celebra seu 100º aniversário este ano. Test Ride Toda a doca respira um ambiente de expectativa, de descoberta, entramos e sabemos que vamos testar ou experimentar algo diferente. O entra e sai de embarcações na marina em Génova, dos mais variados tipos, tamanhos, potência, com mais ou menos gente é impressionante e dura o dia todo. O ambiente estava muito bom, mas infelizmente o tempo não ajudou e o temporal que se abateu sobre a cidade de Génova cancelou um dos dias na água e o teste do Capelli Tempest 50 com 4 motores Yamaha 425 cv, foi cancelado. O grande final da Volvo Ocean Race 22-23 Tivemos a oportunidade de es-


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tar na apresentação do primeiro momento e “ponto de partida” oficial da iniciativa Genova: Grand Finale, durante o Salão. Ficamos a saber que Génova será o porto de chegada e a última cidade da regata à volta do mundo, The Ocean Race 2022-23, esta iniciativa fez parte da apresentação às empresas, imprensa e público global. A equipa do Salão esteve acompanhada por autoridades locais, a agência internacional GroupM e órgãos dirigentes da The Ocean Race, o que incluiu a participação do CEO Richard Brisius. Um salão único em pandemia Os números do Salão apesar da pandemia e do limite de entradas diárias, por questões de segurança, foram impressionantes e muitas pessoas ficaram sem entrada. Visitaram o salão 71.168 pessoas (compara com 174.610 visitantes em 2019). As 824 marcas em exposição ocuparam aproximadamente 200.000 m2 de área em terra e na água, com 90% no exterior. No encerramento, Saverio Cecchi, o Presidente da Associação da Indústria Náutica Italiana: “Gostaria de agradecer a todos os expositores e a todos os mais de 71.000 visitantes que compareceram ao Genoa International Boat Show. Estes números são a prova do milagre realizado na organização desta 60.ª edição, permitindo que os nossos negócios continuassem a funcionar como se nada tivesse acontecido. Mesmo depois de meses tão difíceis, a oposição política ainda prevalece sobre a realidade, sobre as acções concretas destinadas a anular a lacuna entre as regulamentações Italiana e Francesa, que actualmente obriga nossas empresas a mudar seus escritórios para além dos Alpes ou para Malta, levando consigo os impostos que pagariam em Itália e aniquilando a capacidade de empresas e instituições locais de demonstrar sua resiliência, hoje mundialmente conhecida ”. A feira náutica de 2020, não

Capelli Cap 33 com motores Yamaha F300 pode ser comparada com nenhuma edição anterior. Marina Stella, directora-geral da UCINA comentou: “Um Boat Show que colocou a segurança e a indústria no centro das atenções, porque será a nossa indústria que fará a Itália recuperar, criando valor e empregos. Reinventamos o que significa organizar um evento, com foco na eficácia e na qualidade dos contratos dos nossos expositores, tudo em conformidade com as directrizes mais rígidas da Organização Mundial da Saúde e do Comité Técnico Científico Nacional”. “Esta foi uma edição ímpar – disse também Alessandro Campagna, Director da I Saloni Nautici - a expressão de um

novo paradigma, caracterizado pela forte presença de um público mais especializado, de qualidade e mais orientado para os negócios. Colocamos em destaque a qualidade do produto, com o objectivo de permitir que as empresas atinjam os seus mercados-alvo. Há muito do que nos orgulharmos, os 6 dias do evento, foram importantes e eficazes, tanto para os expositores quanto para os visitantes. Todo o evento foi uma experiência positiva e emocionante, um esforço da equipa excepcional”. Boating Economic Forecast 2020 Em ano de crise e de pandemia os números que caracterizam

o sector foram mais uma vez revelados na 41.a edição do “Boating Economic Forecast”, e revelaram-se animadores. Na conferência de apresentação do estudo, este ano dedicado à “Resiliência da Indústria Náutica e aos cenários que se colocam ao sector na era do novo normal?” estiveram presentes Saverio Cecchi, Presidente da Associação Italiana da Industria Náutica, Carlo Mescieri, Presidente da Associação Italiana de Leasing, Marco Fortis, Vice-presidente da Edison Foundation – Universidade Católica, Francesco Tilli, Diretor de Relações Externas do SIMEST e Philip Easthill, Secretário-geral da EBI - European Boating Industry. O evento foi moderado por Stefano Pagani Isnardi,

Barcos Capelli com motores Yamaha para test drive 2020 Dezembro 408

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Semi-rígidos Capelli Tempest Diretor Executivo do Departamento de Análise de Mercado da Associação da Indústria Marítima Italiana. Os aumentos de + 17%, + 19%, + 13%, + 10%, + 12% são números que mostram o crescimento sustentado pela indústria de iates nos últimos cinco anos. O ano de 2019 fechou mais uma vez com um aumento de dois dígitos, elevando a receita do sector para 4,78 mil milhões de euros (+ 12% em relação a 2018), quase o dobro, desde os números mais baixos em 2013/2014 e maior do que as previsões feitas em Fevereiro. O emprego também está em alta (para um total de 23.510 pessoas, + 5,4% em comparação com 2018, uma parte dos

mais de 180.000 empregados em toda a cadeia de abastecimento), bem como a contribuição da indústria para o PIB de Itália (2,22 ‰, 11,9% acima do ano anterior). As receitas do sector estão divididas da seguinte forma: 64,4% construção naval, 27% equipamentos e 8,6% motores. O leasing será essencial para o crescimento do mercado Carlo Mescieri, Presidente da Associação Italiana de Leasing referiu: “Em 2020, todos os sectores de leasing e fretamento de longo prazo têm um sinal negativo, assim como o PIB do país, os contratos ca-

íram 25%. Todos os sectores estão negativos excepto o sector náutico, que nos primeiros nove meses de 2020, já atingiu o mesmo volume de 2019 (+ 30%). Este é um sinal importante para o Governo, chamado a regulamentar o novo regime tributário do arrendamento náutico”. Quanto às tendências, o que chama a atenção é a subida dos contratos directos com indivíduos e a queda dos contratos de charter, outro aspecto que decorre de um sistema tributário pouco atraente, que deve fazer pensar os decisores das políticas públicas. No que diz respeito à distribuição em todo o território, se num primeiro momento o Nor-

A Mercury apresentou a nova linha Racing 22

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te dominava o mercado, agora o Sul e as ilhas da Sicília e da Sardenha, estão a aumentar rapidamente a sua quota de mercado (+ 30%) favorecidas pelas políticas de investimento em infraestruturas nas regiões do sul. Desta forma, o leasing náutico está a contribuir para a “coesão territorial”, definida pelo Governo no âmbito das suas intervenções-chave, no que diz respeito ao Fundo de Recuperação ”. Os Iates italianos permanecem entre os dez principais produtos de exportação – com um valor total de mais de mil milhões de euros - em que a exportação cresceu significativamente nos últimos vinte anos, alcançando o nono lugar. Os dados do Istat e do ITCUN Comtrade analisados pela Edison Foundation colocam a Itália em segundo lugar em 2019, nas exportações mundiais do mercado náutico, com 2,6 mil milhões de dólares, uma parcela de 15% do mercado mundial de exportação, crescendo 19,6% de 2018. Já no valor comercial do sector da construção naval, a Itália ficou em primeiro lugar com um valor total de 2,2 mil milhões de dólares. Os EUA são o primeiro mercado externo, com 15,9% das exportações Italianas da Náutica de Recreio, no valor global de 386 milhões de dólares. Com o fim do ano Náutico (que terminou a 31 de Agosto), verificam-se diferentes tendências de evolução de receitas nas empresas: 11,5% da amostra estima uma redução no crescimento de mais de 15%, 17,9% de até 15%, 21,7% prevê uma estabilidade substancial, 32,6% uma redução na receita de até 15%, e 16,3% prevê uma redução de receitas maior. Aumento do número de praticantes a nível Europeu durante a pandemia O Departamento de Análise de Mercado da UCINA realizou este inquérito com uma amostra representativa de empresas associadas que representam o sector náutico da Itália para avaliar a tendência de 2020. Em comparação com as estimativas


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feitas durante o período de confinamento, que previam uma queda na receita de pelo menos -13%, esta distribuição fornece uma variação mais forte em relação ao impacto da crise de saúde mundial nas empresas. Portanto, ainda é possível que o ano civil de 2020 termine com o desempenho geral da indústria melhor do que o esperado. O período entre o Salão de Génova e o de Düsseldorf com as encomendas de stock para a próxima temporada e as novas encomendas para o segmento de super iates, será, essencial para definir a tendência final para 2020 e para criar as bases para próxima temporada. A pesquisa também mostra um sentimento de optimismo muito maior para 2021: 8 em 10 empresas vêem o próximo ano como um ano de estabilidade ou crescimento de receita. Uma situação semelhante pode ser observada à escala Europeia, conforme confirmado por Philip Easthill, SecretárioGeral da EBI, associação que representa a indústria náutica europeia, onde o impacto da crise na época turística foi menos negativo do que se temia e o interesse na náutica de recreio está em crescimento, inclusive com novos praticantes. A encerrar o evento Marco Fortis, afirmou que: “Actualmente os cenários continuam incertos. As estimativas são continuamente reavaliadas e o real impacto da pandemia ainda é desconhecido. De 2015 a 2018 e durante uma parte de 2019, testemunhamos uma fase de modernização importante, a Indústria 4.0. Com a chegada da pandemia, as nossas exportações foram as últimas a lidar com a nova realidade. Podemo-nos orgulhar de um sistema cada vez mais competitivo e voltado para a inovação, inclusive no que diz respeito às pequenas e médias empresas. Os nossos negócios estão na pole position assim que o mercado internacional recupere”. Embarcações e destaques de Génova Mylius 80 FD da Mylius Yachts Um dos destaques de Génova

100º Aniversário da Suzuki em destaque

Mylius Primadonna

Sanlorenzo SX112, recebeu o Prémio Design Innovation 2020 Dezembro 408

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Benetti Oasis 40m Rebeca 2020 na Vela, foi o Mylius 80 da Mylius Yachts, com 25 metros de comprimento. Tivemos oportunidade de visitar este veleiro construído para regatas. Construído inteiramente em fibra de carbono, o Mylius 80 foi projectado pelo arquitecto Albero Simeone, arquitecto de longa data do estaleiro baseado em Podenzano. Agora no seu sexto modelo, o Mylius 80 (comprimento máximo de 25 metros) pode ser construído em duas versões, uma com deck nivelado (sem deckhouse) e a outra versão DS (Deck Saloon), com deckhouse e muita luz natural. Os proprietários também podem optar por uma quilha telescópica (elevatória) permitindo o acesso a águas menos

profundas. Ganhou o Design Innovation Award na categoria de veleiros de regatas. SD126 da Sanlorenzo Outro dos destaques de Génova 2020 foi o SD126 da Sanlorenzo (com 37,95 metros de comprimento), uma estreia mundial. Com quase 38 metros de comprimento, o Sanlorenzo SD126, do estaleiro Sanlorenzo em Ameglia (La Spezia), foi o destaque deste ano para Superyachts no Salão Náutico de 2020. A forma foi inspirada nos grandes transatlânticos dos anos 30, enquanto a própria estrutura é construída em fibra de vidro, distribuída por quatro decks. A cabina do proprietário fica

no convés principal, enquanto os hóspedes dispõem de quatro cabinas duplas. A propulsão depende de dois motores MTU de 1.724 cv, que permitem uma velocidade máxima de 17 nós. SX112 da Sanlorenzo O Sanlorenzo SX112 de 34 metros é a mais recente embarcação da linha crossover SX. Muitas soluções inovadoras estão no cerne do design do modelo, como terraços que se podem abrir para o mar, a expansão do deck de popa criando uma monumental zona recreativa e de lazer, uma porta que se pode abrir completamente entre o cockpit e o salão, concebida para criar um ambiente único por dentro e também por fora. O design é assinado por Bernardo

Invictus TT 460 24

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Zuccon do Studio Zuccon International Project, enquanto a forma do Iate foi projectada por Piero Lissoni, Director de Arte da Sanlorenzo desde 2018. Na categoria Superyacht (acima de 24 metros), o SX112 recebeu o Prémio Design Innovation. Dados Técnicos: Comprimento: 34,16 m; Boca máxima: 8 m, Calado: 1,49 m; Depósito combustível: 18.800 l; Motores: 4 x IPS3 1350S VOLVO D 1.000 cv; Velocidade máxima: 23 nós; Acomodações Passageiros: 10 Pessoas; Acomodações Tripulação: 5 Pessoas Benetti Oasis 40m Rebeca Um barco com um comprimento de 40,80 m e equipado com dois motores MAN 12 – V, de 1.400 cv às 2.300 rpm. Multideck com acomodações para 11 passageiros em 5 Cabinas. Atinge uma velocidade máxima de 18 nós e tem um alcance máximo a uma velocidade média de 11 nós de 4.000 milhas náuticas. Teve uma classificação RINA C HULL • MACH Y. O design exterior ficou a cargo da RWD e o interior da Benetti – Bonetti/Kozersky Architecture D.P.C. Dados Técnicos: Comprimento: 40,80 m; Boca máxima: 8,5 m; Calado: 2,14 m; Construção do casco: GRP; Deslocamento: 310 t; Depósito combustível: 45.000 l; Depósito de água potável: 8.000 l; Acomodações / Passageiros: 5 Cabinas / 11 Pessoas (1 cama Pullman); Acomodações / Tripulação: 4 Cabinas / 7 Pessoas; Motores: 2 x MAN 12 – V 1.400 cv às 2.300 rpm cada; Velocidade máxima: 18 nós; Alcance (a 11 nós): 4.000 milhas náuticas. Invictus TT 460 No stand da Invictus estava mais uma das Premières do Salão o Invictus TT 460, que venceu o Design Innovation Award na categoria barcos a motor (de 10 a 24 metros). O TT460 tem as linhas alongadas e características dos cascos Invictus. Todo o projecto, desde o conceito de espaços a bordo à escolha de materiais, é criar o espaço para um dia de partilha e diversão. O pára-brisa, funde-se perfeitamente com a capota rígida de carbono, destaca-se da proa ao centro do barco. O convés


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principal tem um deck confortável que envolve, tem um amplo solário de proa, equipado com um assento retráctil; no meio, graças às mesas dobráveis, a mesa pode dar lugar a uma alcova, agradável sombreada pela capota rígida. Ficha técnica Invictus TT 460: Comprimento: 14,27 m; Boca máxima: 4,43 m; Passageiros: 12; Motor Diesel: Volvo Penta 2x IPS 650; Depósito combustível: 1.300 l; Depósito de água: 330 l; Material de construção: Fibra de vidro; Projecto: Christian Grande; Estaleiro: Cantieri Aschenez MAMBO impresso em 3D apresentado no Salão Durante o Salão foi apresentado o MAMBO - Motor Additive Manufacturing Boat, um trimarã com motor de 6,50 metros, o primeiro barco do mundo criado com sistemas de impressão 3D construído pela startup italiana MOI Composites. A madrinha do lançamento foi Carla Demaria, CEO da I Saloni Nautici: “O lançamento de um barco é sempre um momento importante. Tive a sorte de ter sido madrinha de um bom número de barcos, mas o lançamento de hoje será algo ainda mais especial. Criar um barco impresso em 3D parecia impossível, tão impossível que optamos por acreditar e estávamos certos. Hoje o Mambo foi lançado oficialmente no Salão Náutico de Génova, o que é uma valiosa lição para todos nós: precisamos de ouvir e aprender com as novas gerações”. A construção do Mambo, que não exigiu, ao contrário do que costuma acontecer, a construção de uma maquete e portanto de um molde para laminar o barco, permitirá à Moi Composite mostrar todo o potencial da sua técnica de impressão 3D denominada Continuous Fiber Manufacturing, capaz de depositar selectivamente materiais compostos termofixos de fibra contínua. Uma característica única do Mambo é o facto de o casco ter formas côncavas e convexas, o que na moldagem tradicional exigiriam a criação de moldes e seções de casco relacionadas, que deveriam depois ser unidas para obter o produto final. Pro-

Mambo Impressão 3D blema superado por impressão 3D e a fabricação aditiva. Recebeu um Prémio de Inovação especial do Design Innovation Award 2020, durante o Salão. Exposição de novas soluções da Yamaha no 60º Salão de Génova Do novo motor fora de borda V MAX SHO, ao Waverunner 2021, do sistema de amarração Helm Master EX, à série de barcos dinâmicos com motor fora de borda, linha Cantieri Capelli com motores Yamaha, rápidos e leves, projectados para pesca e

lazer, estiveram em exposição. Destacamos as estreias mundiais de quatro novos modelos Yamaha, o V MAX SHO 90, o V MAX SHO 115, o V MAX SHO 150 e o V MAX SHO 175, com quatro configurações de motor nesta Série de motores compactos que permitem a redução do peso, qualidade e confiabilidade. O Helm Master EX, o mais recente sistema de rigging da Yamaha, inclui um controlador elegante, o Drive-by-Wire 6X9 (DBW), um ecrã táctil a cores CL5, fácil de usar, funções de piloto automático sofisticadas, um sistema de direcção eléc-

trica digital (DES) e um joystick inovador para um controle perfeito sobre os movimentos do barco, mesmo nas áreas mais apertadas. Dentro das secções da Yamaha disponíveis para testes de mar estavam disponíveis sete barcos da linha Capelli com motores Yamaha, todos equipados com o novo sistema de amarração. Entre os vários modelos disponíveis para test drive no mar estiveram o novo Capelli Cap 33 WA com 2 motores F300B (de 300 cv) Yamaha de cor branca e o Capelli Tempest 50 com quatro motores XTO Yamaha de 425 cv.

A nova linha VMAX da Yamaha 2020 Dezembro 408

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Náutica Texto e Fotografia Gonçalo Rodrigues

Notícias Yamaha

Novo Yamaha SuperJet Foi em Maurik, na Holanda que fomos testar o novo Yamaha SuperJet 2021. A mais recente novidade da gama Waverunners da Yamaha e com o cariz mais divertido foi completamente renovada e claro não faltam pormenores que devem ser realçados.

Motor do novo Yamaha SuperJet 2021 26

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Comecemos então pelo motor: O novo Yamaha SuperJet está equipado com um motor TR-1, 3 cilindros a 4 tempos e 1050 cc. Durante os testes na Holanda, a nossa equipa notou que este pequeno, mas potente motor tem uma excelente aceleração o que o torna tão único e emocionante. Acha que ainda não tem habilidade suficiente para guiar este fantástico


Náutica

L Mode e indicador de combustível

Gonçalo Rodrigues e o novo Yamaha Superjet

SuperJet devido à oferta de potência que o mesmo oferece? Não se preocupe. A Yamaha pensou em todos os pormenores. Por isso mesmo, o novo SuperJet vem equipado com o sistema “L mode”. É um sistema eletrónica que restringe potência oferecida pelo motor e que o ajuda a guiar de forma mais tranquila. Para tal, basta clicar 3 vezes no botão do stop e ativa automaticamente o “L mode”. Outra grande novidade que deve ser mencionada é a coluna de direção ajustável. Com 3 diferentes posições de condução

Coluna de direção ajustável

Gonçalo Rodrigues (Campeão do Mundo de Jetski) testando o novo Yamaha Superjet em Maurik, Holanda. 2020 Dezembro 408

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Náutica

Gonçalo Rodrigues (Campeão do Mundo de Jetski) testando o novo Yamaha Superjet em Maurik, Holanda.

Deck mais largo e pega eficaz para subir ao jetski

cada utilizador pode ajustar às suas características a direção de forma a guiar mais confortável, mas também a virar de forma mais eficaz e rápida. O novo sistema de propulsão de 144mm deste novo SuperJet em conjunto com as linhas de cascos inovadoras da Yamaha fazem com que

haja uma grande facilidade de aceleração e tração na água. Ainda é possível ajustar o cone da turbina entre 16 a 19 graus fazendo com que guie de forma mais agressiva na competição ou mais suave no lazer. Realmente é impossível encontrar um defeito neste SuperJet, até por-

Linhas de casco e nova entrada de água 28

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Náutica

Cone de direção ajustável entre 16 a 19 graus

que a Yamaha já o andava a “cozinhar” á algum tempo. E para melhorar ainda mais o seu conforte, a Yamaha teve o cuidado de contrui um deck mais largo em relação ao modelo anterior bem como adaptou uma espécie de pega para subir de forma

mais rápida e sem complicações. Muito importante de referir, o novo Yamaha SuperJet tem apenas 170 kg o que o torna bastante

fácil de transportar bem como de meter ou tirar da água e com apenas 2.43 m de comprimento e 0.76

m de largura é também bastante acessível de o arrumar na garagem ou mesmo num iate.

Um jet ski compacto e fácil de transportar 2020 Dezembro 408

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Náutica

Primeira impressão com o novo Yamaha SuperJet na apresentação europeia à imprensa na Holanda

utilizado na competição como no lazer que é sempre bastante versátil. Continua a ter a ideia base do jet ski que é a diversão e

a rápida manobrabilidade que estas pequenas máquinas permitem. E claro, deixam qualquer um com um sorriso!

Capô ultra leve fazendo com que o centro de gravidade baixe

Por fim, destacamos a design inovador que este SuperJet tem. Com umas linhas diferentes do habitual o novo Yamaha SuperJet fica então tão único e distinto no mundo das Waverunners. Análise Final O novo Yamaha SuperJet, alcancou todas a espectativas. Tanto pode ser 30

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Design inovador do novo Yamaha SuperJet


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Notícias do Mar

Economia do Mar

Porto da Figueira da Foz com forte Crescimento

Porto da Figueira da Foz Devido ao desempenho e resiliência do Porto da Figueira da Foz, os números mostram um grande crescimento e a sua importância estratégica.

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s dados preliminares da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, referentes ao período Janeiro-Setembro já davam claros sinais de um rumo positivo na movimentação de cargas no Porto da Figueira da Foz; agora, a infra-estrutura portuária adiantou que, até ao mês de Outubro, atingiu a marca dos 1,7 milhões de

Figueira da Foz 32

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Notícias do Mar

Porto da Figueira da Foz em crescimento toneladas processadas, o que traduz um crescimento de +5,8% face ao período homólogo de 2019. As exportações representaram 67% do movimento total», adiantou o Porto da Figueira da Foz, através de uma nota, acrescentando ainda que o «número de navios aumentou mais 4,2%, num total de 401, bem como a sua dimensão (GT) mais 7,6%». Até Setembro, o porto havia movimentado, aproximadamente, 1,5 milhões de toneladas, apresentando um crescimento homólogo de +2%; apenas a descida nos granéis líquidos impediu um maior crescimento no período Janeiro-Setembro, como atestam os dados da AMT. Em ano de comoção generalizada, que teve forte impacto no comércio global e nos negócios, a infra-estrutura jun-

ta-se àquelas que demonstraram solidez assinalável. Toda a sua comunidade portuária, traduz a sua importância estratégica e competitividade na resposta logística à indústria nacional. Foi importante no contexto de exportação, o porto tem sido essencial enquanto interface logístico no processo de exportação da pasta de papel. A exportação de pasta de papel, revelou o porto no arranque do mês de Novembro, tendo crescido cerca de +18% até Outubro de 2020, face ao período homólogo. Neste contexto, a administração portuária enfatizou que, “o Porto da Figueira da Foz continua a crescer demonstrando dedicação e resiliência e evidenciando, a importância estratégica deste porto para a fileira florestal nacional”.

Porto da Figueira da Foz 2020 Dezembro 408

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Notícias do Mar

Notícias da Marinha

Mergulhadores da Marinha Participaram num Exercício Internacional de Defesa Portuaria

Os Destacamentos de Mergulhadores Sapadores Nº1 e Nº 3 da Marinha participaram num exercício internacional de buscas militares submarinas e de protecção portuária, organizado pela Armada Espanhola, que decorreu entre os dias 16 e 20 de Novembro no porto de Cartagena, em Espanha.

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ste exercício, denominado por “Maritime Underwater Search and Harbour Protection Practical SeminarExercise 2020”, decorreu no âmbito do projeto “Military Search Capability Building Program Agreement”

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da Agência Europeia de Defesa (EDA – European Defense Agency). O exercício contou com a participação dos Destacamentos de Mergulhadores Sapadores Nº1 e N.º 3 da Marinha Portuguesa, em conjunto com unidades

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da Armada Espanhola e do Exército Sueco. Os principais objetivos deste exercício foram o treino conjunto e o desenvolvimento de doutrina, técnicas, táticas e procedimentos de buscas militares em ambiente submarino,

num cenário de defesa de instalações portuárias que são críticas contra ameaças convencionais e/ou terroristas. O foco do exercício foi a execução de técnicas de busca e recolha de evidências e meios de prova.


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Notícias do Mar

Notícias da Universidade de Lisboa

Pegadas de dinossáurios terópodes e “crocodilos” do Jurássico Superior português A revista científica Lethaia publicou em novembro um novo trabalho sobre pegadas de dinossáurios terópodes e “crocodilos” do registo fóssil do Jurássico Superior da Bacia Lusitânica, em Portugal

Vanda Faria dos Santos e Elisabete Malafaia paleontólogas do Instituto Dom Luiz

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ste trabalho foi liderado por Diego Castanera, investigador do Institut Català de Paleontologia Miquel Crusafont, em Espanha e contou com a participação das paleontólogas do Instituto Dom Luiz, polo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa), Vanda Faria dos Santos e Elisabete Malafaia, em colaboração com investigadores 36

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da Bournemouth University, no Reino Unido e da Sociedade de História Natural (SHN) de Torres Vedras. O artigo “New dinosaur, crocodylomorph and swim tracks from the Late Jurassic of the Lusitanian Basin: implications for ichnodiversity” resulta do trabalho desenvolvido sobre a coleção de icnofósseis de vertebrados mesozoicos da SHN. As pegadas foram recolhidas nas arribas da região Oeste de Portugal (entre Torres Vedras e Salir do Porto) durante os últimos 30 anos e são provenientes de diversas formações geológicas, correspondendo a idades que variam entre o Kimmeridgiano e o Tithoniano (c. 150 a 155 Ma). O registo fóssil português tem proporcionado, sobretudo nas últimas décadas, a descoberta de importantes restos de dinossáurios terópodes e de crocodilomorfos que representam uma elevada diversidade destes grupos de vertebrados. Neste trabalho, os restos icnológicos foram estudados com base em técnicas de fotogrametria e foram identificados quatro morfotipos de pegadas de dinossáurios terópodes (carnívoros), cujas formas e tamanhos variam desde exemplares pequenos e gráceis (com menos de 10 cm) a exemplares gigantes e robustas (alguns com mais de 50 cm). Estes quatro tipos de pegadas indicam uma ampla icnodiversidade que, ainda assim, é inferior à diversidade conhecida com base no registo osteológico (com mais de dez formas identificadas). No trabalho também foi identificada uma pegada de dinossáurio saurópode e de crocodilo do tipo Crocodylopodus, um icnotaxon previamente identificado em outras regiões da Península

Ilustração de crocodrilo com 10 metros Ibérica, como por exemplo em Astúrias e Sória, Espanha, mas só agora identificado pela primeira vez no registo português com base neste trabalho. Por último, também foram identificados icnofósseis interpretadas como marcas de natação, possivelmente produzidas por um crocodilomorfo. Em conjunto, a identificação destes novos registos icnológicos, juntamente com os trabalhos prévios, indicam

Razana, o crocodilo gigante que matava dinossauros que a Bacia Lusitânica tem um dos registos fósseis com maior número de morfotipos

de pegadas do Jurássico Superior, comparável ao registo das Astúrias e dos EUA.

Razana, o crocodilo do Jurássico 2020 Dezembro 408

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Tagus Vivan

Crónica Carlos Salgado

Que Tejo que Futuro 2

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ós cidadãos portugueses amigos do Tejo, quando há mais de quatro décadas assumimos esta nossa longa cruzada, devido ao nosso interesse pela natureza, o ambiente e particularmente pelo rio Tejo, optámos pela via de dar um contributo efetivo para a construção de um futuro melhor para este grande recurso hídrico, por meio da educação ambiental da juventude e a da sua formação e treino no terreno, a par da sensibilização dos municípios d das suas comunidades ribeirinhos, para o dever de interessarem-se mais pela defesa do rio que esteve nas suas ori38

gens, enquanto fomos também chamando a atenção dos organismos oficiais e das autoridades para prestarem mais atenção e interessarem-se pela defesa, salvaguarda e preservação deste nosso maior Rio , criador de vida, emprego e riqueza. Graças a todas as iniciativas e atividades que fomos empreendendo, a par da organização de conferências, debates e congressos para nos mantermos informados com atualidade sobre a evolução do estado do rio, para podermos agir informando, aconselhando ou reagindo protestando, sentimo-nos realizados com o contributo efetivo que prestámos.

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Em boa verdade, sentimos que todo este trabalho cívico exigiu muita dedicação, mas estamos conscientes de que contribuímos para que a sociedade civil ficasse mais esclarecida, atenta e sensibilizada para os problemas que estão a afetar o nosso Tejo, e mais interessada em defendê-lo e protegê-lo. Contudo, à medida que os tempos foram mudando, não podemos deixar de constatar que desta sociedade civil também foram surgindo outros a interessarem-se pelo Tejo, mas mais por interesses pessoais uns, e para aparecerem na ribalta outros, que acabam por ser um

falso cimento impróprio para a construção de um futuro melhor para este nosso Rio Grande. Contributos Para a Construção Desse Futuro Melhor O Ciclo das cinco Conferências Preparatórias Regionais que precederam o Congresso do Tejo III, tiveram uma importância muito significativa para desenhar o programa temático desse congresso que, graças às conclusões de cada uma dessas conferências, quer no seu conjunto quer também devido ao cuidado que a entidade organizado-


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ra, a TAGUS VIVAN, teve em convidar os oradores pertencentes a entidades públicas e privadas, conhecedoras da utilização do Rio Tejo, cidadãos, políticos, técnicos e cientistas, e uma assistência muito qualificada, que no seu todo contribuíram para que os debates atingissem um nível elevado e também para que o congresso tivesse excedido as expectativas. Aquelas conferências preparatórias e regionais, tiveram como principal objetivo cobrir regionalmente o Rio Tejo, enquanto que o Congresso teve como objetivo principal cobrir o Rio Tejo de uma forma temática global. De montante para jusante as Conferências Preparatórias foram designadas respetivamente como: Alto Tejo

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Português e Tejo Internacional (em Vila Velha de Ródão); Médio Tejo, Sustentabilidade do Rio Tejo (em Vila Nova da Barquinha); Lezíria do Tejo, Sustentabilidade do Rio Tejo e Políticas de Desenvolvimento (em Samora Correia); Navegabilidade do Tejo (em Vila Franca de Xira) e Estuário do Tejo (em Vila Franca de Xira). Embora cobrindo regionalmente o Rio Tejo, pelo facto de em cada troço haver uma predominância de uns aspetos em relação aos outros, e por esse motivo elaborouse umas conclusões únicas, abrangendo todas as cinco Conferências Preparatórias e o Congresso propriamente dito. .Na elaboração das Conclusões e Recomendações deste Congresso foram ti-

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das em consideração todas as comunicações apresentadas, bem como as informações que os promotores do Congresso do Tejo III tiveram acesso, pela sua experiência direta e contactos informais com as mais variadas pessoas conhecedoras do Rio Tejo. Estas Conclusões, em sequência as Recomendações constituem um conjunto alargado de propostas objetivas e oportunas apresentadas de uma forma hierarquizada pela sua emergência, importância, pertinência, oportunidade, inovação e impacto para servirem de orientação, apontar caminhos e medidas corretivas a tomar, propondo até algumas soluções. Seguindo este raciocínio, foi adotada a matriz das Conclusões do II Congresso

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do Tejo, isto é, é feita uma relação de alguns princípios que são considerados fundamentais, tendo como matriz base o desenvolvimento do Tejo com a envolvência social e económica do seu vale. O diagnóstico do rio Tejo deve ter por base aspetos técnicos e de conhecimentos dos fenómenos fluviais, dos recursos naturais, dos recursos económicos e da sociedade. As medidas de ação e desenvolvimento terão de integrar o preconizado na Diretiva Quadro da Água (DQA), e outros documentos legais, nacionais, europeus e internacionais, e incluir parcerias entre cidadãos, associações, entidades privadas e entidades públicas e o ciclo de conferências, de índole regional, permitiu analisar a realidade

atual do rio Tejo, da água, da sua utilização, das dificuldades e das possibilidades, permitindo preparar o Congresso do Tejo III. Ao percorrer o rio Tejo de montante para jusante, são enunciadas as conclusões com base nas Conferências Preparatórias e no Congresso: No Tejo Internacional e Alto Tejo Português, no corredor fluvial Alcántara (Espanha) e Vila Velha de Ródão: Há um destacado valor natural e cultural neste corredor fluvial, bem como planos estratégicos para a proteção e valorização do Rio Tejo. Há uma Associação de Estudos do Alto Tejo. O conhecimento do Vale do Alto Tejo, tem tido em consideração os valores naturais e culturais, a pre-


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sença humana antiga, o património arqueológico, a definição das fronteiras desde o 6º milénio até ao Tratado de Alcañices, a arquitetura, a navegabilidade comercial, turística e desportiva e a oferta turística. Há o Geopark Naturtejo, património da UNESCO, e poderá haver uma Paisagem Cultural do Tejo, um memorial da humanidade. No Médio Tejo, em que é essencial a existência de caudais ecológicos, os Ecosistemas Taganos e a garantia da sua sustentabilidade: A existência de uma monitorização internacional, com um adequado cumprimento da Convenção de Albufeira, com um conhecimento em tempo real dos caudais afluentes a Portugal, provenientes de Espanha. A

existência de um eficaz Plano de bacia Hidrográfico do Tejo, e uma APA atuante, garantindo o cumprimento da DQA. A definição de caudais ecológicos, garantidos e de acordo com o direito internacional. A produção de Energia Hidroelétrica, pela EDP, subordinada a outras utilizações e integrada com os outros tipos de produção, e com regularização de caudais, bem como o controlo de cheias em articulação com o Comité Permanente e Gestão de Albufeiras e com a Agência Nacional de Protecção Civil. A intervenção das Câmaras Municipais na utilização dos recursos hídricos e na gestão do território. Na Lezíria, a sustentabilidade

do Rio Tejo e políticas de desenvolvimento: Região que se caracteriza por incluir um troço fluvioestuarino, com uma hidrodinâmica complexa e predominância de solos para atividades agrícolas, e a disponibilidade da água do Rio Tejo para consumo humano, considerando a quantidade e a qualidade. O aproveitamento hidroagrícola da lezíria, a indústria agro-alimentar, proteção da natureza, o turismo e as políticas desenvolvimento. A navegabilidade no Rio Tejo: A gestão do leito móvel, a monitorização hidráulica e avisos de variação de caudais. Fauna, flora, qualidade da água e as estruturas ver-

des, e as paisagens fluviais. O Observatório de Paisagem do Tejo. Dificuldade de navegação no rio e a navegação no estuário, profundidades e larguras mínimas de canal navegação. Implantação de canais de navegação, sinalização, segurança, ajuda à navegação, gestão do tráfego e regulamentação da navegação. Enquadramento, escalas, portos, cais, rampas, tipologia de frotas. O Estuário do Tejo: Caracterização física do estuário, a distribuição sedimentar e cartografia dom leito aluvionar, a maré, o raso de maré, o sapal e as ocupações antrópicas. A construção naval, a atividade marítimo-turística e a náutica de recreio.

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Voo Guarda-Rios

Desde “O Tejo Pode Morrer” até “Como se Mata um Rio”

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Guarda – Rios é uma ave que, pelas características de que a Natureza o dotou, tem um voo rápido, rasante e curto, que não o impede de ter força e resistência para sobrevoar os rios e ribeiros de toda a bacia do Tejo lusoespanhol, com a missão de ver, ouvir e até estar atento às notícias sobre esterio, quer de Espanha quer de Portugal, para poder manter-se informado com alguma atualidade, o que o leva a constatar que, de facto, andam a matar o Tejo. A avaliar pelos títulos da imprensa desde os anos oitenta até aos de hoje, 42

tudo leva a crer que por este andar corremos o risco de virmos a ler o título “O TEJO ESTÁ MORTO”, e então nessa altura é preciso apurar responsabilidades, mas nós até sabemos quem foram os principais responsáveis, que têm vindo a comprometer o futuro das gerações futuras? Começando por Espanha, é sabido que nos tempos que correm devido a, por um lado às alterações climáticas e ao aquecimento global, que não deixam de ter origem também no comportamento do homem, a pluviosidade nas cabeceiras do rio é cada vez menos significativa, o que contribui para que deixe de nevar nas

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cabeceiras do rio, e portanto já não se dá o degelo de outros tempos, e consequentemente o rio traz cada vez menos água da nascente. Logicamente o homem comum, os políticos e os grandes consumidores de água deviam tomar medidas para gerir os consumos dessa água, proporcionalmente ao volume dos caudais de cada estação ou ano. Mas na realidade, aquilo que está a verificar-se verdadeiramente, é a retenção da água nas inúmeras mega barragens do Tejo de Espanha, o que é agravado pelos desvios da mais pura água da nascente para os transvases, destinada a outras bacias do sul, tendo como

consequência que na Extremadura espanhola o rio está a ficar cada vez mais seco, e até já se ouve dizer, que atualmente certas barragens estão a usar um sistema de retornar para a albufeira da barragem a água que foi usada na descarga para a produção da energia hidroelétrica, pelo. que não é de estranhar, que o caudal que o caudal regular e suficiente que deve entrar em Portugal, digam-se as mentiras que se disserem dos dois lados da fronteira, não está a correr na quantidade devida. Está à vista, que na realidade a nossa vizinha Espanha pelo facto do Tejo nascer lá, não deixa de aproveitar essa vantagem para usar essa


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água deste Rio como se fosse exclusivamente sua, retendo-a ou desviando-a para onde mais lhe convier, quer seja para o sul, para Madrid ou para Cáceres. Mas então para que servem os Acordos de Albufeira, ah, esses, isso é outra história, e a culpa não é da Espanha, que fez o trabalho de casa a tempo e horas. Mas sabe-se que lá em Espanha, muitos municípios (ayuntamientos) andam a contestar esta política, mas por outro lado sabe-se também que os chamados Senhores da Água e os Senhores do Deserto do Sul têm muita força, e até se vai dizendo à boca pequena, que com a água do Tejo em Espanha andam-se a fazer grandes negócios, de compra e venda. O Que Dizem os Ambientalistas de Espanha Segundo ambientalistas es-

panhóis, bastante credíveis, Miguél Ángel Sánchez da Plataforma de Defesa do Tejo e Nuria Hernández-Mora da Nova Cultura da Água,

“os problemas do Tejo começam logo a montante quando foi criado o Transvase Tajo/Segura, para irrigar as zonas mais pobres

em recursos Hídricos do Sul, que começou a funcionar nos anos oitenta, mas os caudais foram mal calculados, tendo o Tejo

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valores muito abaixo do estimado. O rio tem cerca de 51 barragens só em Espanha, e duas centrais de transvase, mas hoje estão

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disponíveis apenas 47% dos recursos hídricos e as centrais apenas 11% da capacidade. Hoje há uma lei que torna os transva-

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ses obrigatórios mal se atinjam “valores aceitáveis”, nem sequer se consegue proceder à recuperação do caudal. O Tejo

fornece água aos milhões de habitantes de Madrid, mas a cidade gere muito mal os recursos, primeiro com enormes desperdícios e depois porque os sistemas de tratamento de águas residuais são claramente inadequados, mas elas volta de novo para o Tejo, antes de irem arrefecer a central nuclear de Almaraz”. Um cenário muito semelhante foi traçado num recente relatório da Comissão Europeia, que defende também que a conjugação destes fatores “má gestão de recursos e poluição”, colocam o rio numa situação crítica, e os períodos de seca prolongada que vivemos agora, potenciados pelas alterações climáticas, agravam ainda mais a situação. PERANTE ESTES CENÁRIOS, É DE CRER, “ QUE ANDAM A MATAR O TEJO”


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O Tejo a Pé

Roupa para caminhar

Texto Carlos Cupeto (geólogo, professor na Universidade de Évora)

O que vestimos pode ditar o sucesso ou o fracasso de uma caminhada.

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Este é o meu conjunto tipo de eleição. Os bolsos na camisa e nos calções são de grande utilidade se não forem usados com inutilidades. Em tempo frio um bom polar e um corta vento, impermeável se chover, completa a indumentária. A qualidade do material é importante, incluindo a resistência à abrasão em matéria de proteção e longevidade. 46

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escolha do vestuário é da maior importância quando vamos andar no campo. Desde logo devemos ter em atenção a estação do ano, e, já agora, o país/região em que se vai andar. Muito para da escolha é fundamental ter em atenção que a opção deve incidir sobre roupa ampla, na qual não nos devemos sentir apertados, mas antes confortáveis e com grande liberdade de movimentos. O demasiado largo também se desaconselha, pois pode prender-nos na vegetação em passagens mais estreitas. Presentemente, materiais recentes, desenvolvidos para desporto de alta competição, têm uma comodidade muito boa e encontram-se a preços muito acessíveis. Se a caminhada se realizar na primavera ou no outono a indumentária adequada será aquela que for composta por t-shirts, calças de tecido sintético, chapéu com pala, colete com bolsos, impermeável com capuz e meias próprias para esta atividade. Prefiro as camisas e os calções. Tudo tem

vantagens e inconvenientes e nesta matéria é o gosto e o hábito de cada um. Pelo contrário, se a caminhada se realizar no inverno devemos tentar prevenir possíveis lesões, provocadas pelo frio. Há que caminhar com o máximo de conforto possível, bem agasalhado, com roupa adequada e usando várias peças de vestuário sobrepostas, afim de manter o corpo à temperatura ideal. Nesta altura devemos usar polares, que são uma excelente opção, já que permitem a evaporação do suor e mantém a pele seca. É fundamental não esquecer as luvas (para manter as mãos quentes) e um bom blusão que nos proteja do frio e vento. Caminhar no inverno pode ser tão prazeroso como numa estação mais amena, tudo depende de como estamos preparados no que respeita ao equipamento e à nossa “cabeça”; andar a chover é das melhores experiências que podemos ter na natureza. As meias são um dos artigos mais importantes para uma caminhada.


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Atualmente existem muitas marcas especializadas que propõem soluções que normalmente dão muito bom resultado a preços muito acessíveis. As meias devem ser respiráveis, protegendo assim o pé da humidade provocada pela transpiração e não devem possuir costuras, para evitar que se criem bolhas nos pés. Em matéria de meias devemos ter em atenção que as principais marcas têm uma oferta em função das condições que vamos encontrar, designadamente a temperatura. Durante uma caminhada é muito fácil que a cabeça aqueça demasiado, na primavera ou verão, ou arrefeça muito no inverno. Assim, há que protegê-la, evitando perigos de insolação ou sensação de muito frio, que quando não acauteladas poderão levar ao fracasso do que deverá ser uma boa experiência. Se estamos na primavera e verão, utilizaremos um boné com pala ou um chapéu de abas, para que tenhamos sempre sombra e assim se evite uma insolação. Se estamos no inverno, devemos usar um gorro quente que

proteja também as orelhas e reduza ao máximo a perda de calor. Ao mantermos a cabeça quente damos um grande passo para que o corpo se mantenha igualmente quente. As calças, ou calções, a usar durante a caminhada devem ser leves para facilitar a liberdade de movimentos, mas resistentes para suportarem as

agressões provocadas pelo contacto com pedras, ramos de árvores e arbustos. Na verdade, como todos sabemos, não há nenhuma teoria que valha tanto como a prática. Durante anos, no fim de todas as caminhadas, fiz uma análise cuidada da roupa e equipamento tinha usado. Todos os meses, uma caminhada acessível a todos,

sem custos, onde a motivação é o viver a natureza. Para caminhar no Tejo a pé, logo que as condições sanitárias o possibilitem, basta enviar um mail a cupeto@ uevora.pt. (tudo isto e muito mais no Fugas a pé, um livro guia para caminhar, disponível na loja online do jornal Público)

O descanso, sobretudo em lugares como este, também faz parte de uma caminhada. 2020 Dezembro 408

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Notícias Docapesca

Primeira Central Fotovoltaica Instalada nos Portos de Pesca Nacionais

A Docapesca no porto de pesca de Vila Real de Santo António, concluiu uma Central Fotovoltaica e já lançou um concurso para a iluminação LED.

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Docapesca concluiu a instalação de uma central fotovoltaica, que transforma energia solar em elétrica, que representou um investimento próximo dos 50 mil euros. O sistema fotovoltaico, que é o primeiro instalado em portos de pesca a nível nacional, permite cobrir cerca de 30 por cento dos consumos da lota, tendo uma produção anual estimada em 40 mil kWh, e é 48

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composto por cem módulos com a potência unitária de 310 Wp. A Docapesca lançou também um procedimento para reabilitação da rede de iluminação pública do porto de pesca de Vila Real de Santo António, com luminárias LED, com o preço base de 21.705 euros. Com estas intervenções, a Docapesca pretende melhorar a eficiência energética nos portos de pesca, contribuindo assim para a sustentabilidade ambiental, económica e social deste setor de atividade.

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Notícias da Universidade de Aveiro

Investigadoras portuguesas na fronteira da exploração do mar profundo

Depois de Marte, é, provavelmente, o mais enigmático local que a Humanidade não pisou: o mar profundo. Simbolicamente batizado de Challenger 150, em alusão ao ponto mais profundo do planeta (o Challenger Deep), um novo programa com cientistas de todo o mundo propõe-se trazer à superfície o conhecimento que ainda se esconde nas profundezas dos oceanos.

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Chiclete, pedra, corais moles e esponjas

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o leme, a bióloga portuguesa Ana Hilário, do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CE-

SAM) da Universidade de Aveiro (UA), quer dar um grande mergulho para a Humanidade e fazer com que o Challenger 150 seja

uma referência da Década das Nações Unidas da Ciência do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável.

“O mar profundo [vastas extensões de água e fundos marinhos entre os 200 e os 11000 metros abaixo da superfície do

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Ana Hilário no Ártico

oceano] é reconhecido globalmente como uma importante fronteira da ciência e da descoberta”, aponta a bióloga marinha Ana Hilário, coordenadora da Challenger 150

a par com Kerry Howell, investigadora na Universidade de Plymouth (Reino Unido) e especialista em Ecologia do Mar Profundo. Apesar de o mar pro-

fundo representar cerca de 60 por cento da superfície da Terra, aponta a investigadora da UA, “uma grande parte permanece completamente inexplorada e a Humanidade

conhece muito pouco sobre os seus habitats e como estes contribuem para a saúde de todo o planeta”. Para colmatar esta lacuna, Ana Hilário e Kerry Howell juntaram à sua volta uma equipa de cientistas de 45 instituições de 17 países que propõe um programa de investigação, com a duração de 10 anos, dedicado ao estudo do mar profundo. De Portugal, para além da equipa da UA, contribuíram para o desenho do programa também cientistas do CIIMAR (Universidade do Porto), do Okeanos (Universidade dos Açores) e do CIMA (Universidade do Algarve). O Challenger 150 - o ano 2022 marca o 150º aniversário da expedição do navio HMS Challenger que circum-navegou o globo, mapeando o fundo do mar, registando

Um peixe (Lepidion eques) nada entre corais moles roxos brilhantes 52

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NotĂ­cias do Mar

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Um recife de coral de água fria de -700m de profundidade

a temperatura global do oceano, e proporcionando a primeira perspetiva da vida no mar profundo - irá coincidir com a Década das Nações Unidas da Ciência do Oceano para

o Desenvolvimento Sustentável, que decorre de 2021 a 2030. “Um dos grandes objetivos do Challenger 150 é a capacitação e aumento da diversidade

no seio da comunidade científica, uma vez que atualmente a investigação no oceano profundo é conduzida principalmente por nações desenvolvidas com recursos

financeiros suficientes e acesso a infraestruturas oceanográficas”, explica a bióloga portuguesa. Este programa, esperam os cientistas, irá também gerar mais da-

Grandes corais de chiclete em um recife de coral de água fria a 1200 m 54

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dos geológicos, físicos, biogeoquímicos e biológicos através da inovação e da aplicação de novas tecnologias, e utilizar estes dados para compreender como as mudanças no mar profundo afetam todo o meio marinho e a vida no planeta. Este novo conhecimento será usado para apoiar a tomada de decisões a nível regional, nacional e internacional sobre questões como a exploração mineira nos fundos oceânicos, a pesca e a conservação da biodiversidade, bem como a política climática.

Mais e melhor colaboração e conhecimento Mas o mergulho no mar profundo do Challenger 150 só será possível através da cooperação internacional. Por isso, os investigadores do programa publicaram um apelo na revista Nature Ecology and Evolution enquanto, simultaneamente, publicam um esquema detalhado do Challenger 150 na revista Frontiers in Marine Science. Liderada por membros das redes internacionais Deep-Ocean Stewardship Initiative (DOSI) e Scien-

tific Committee on Oceanic Research (SCOR), a lista de autores dos dois artigos inclui cientistas de países desenvolvidos, emergentes e em desenvolvimento de seis dos sete continentes. Os cientistas alegam que a Década anunciada pela ONU proporciona uma oportunidade ímpar de unir a comunidade científica internacional para dar um salto gigantesco no nosso conhecimento das profundezas do oceano. “A nossa visão é a de que, dentro de 10 anos, qualquer decisão que possa ter impacto

no mar profundo, seja de que forma for, será tomada com base num conhecimento científico sólido dos oceanos”, aponta Kerry Howell. Para que isso seja alcançado, sublinha a investigadora britânica, “é necessário que haja consenso e colaboração internacional”. Ana Hilário antevê que “a Década proporciona a oportunidade de construir um programa a longo prazo de formação e capacitação de recursos humanos em ciências do oceano”. Com o Challenger 150, “preten-

Ana Hilário a bordo do navio de investigação Kronprins Haakon 2020 Dezembro 408

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Uma imagem em close-up de um coral de bambu chamado Acanella arbuscula

demos formar a próxima geração de biólogos do mar profundo. Vamos concentrar-nos na formação de cientistas de

países em desenvolvimento, mas também de jovens cientistas de todas as nações, incluindo Portugal”.

Tal formação, acredita, “irá criar uma rede reforçada que permitirá aos países exercer plenamente o seu papel nos

debates internacionais sobre a utilização dos recursos marinhos dentro e fora das suas fronteiras nacionais”.

Um afloramento de rocha é um lar perfeito para muitos peixes 56

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1ª Lisboa Coastal Regatta

Lisboa Rendeu-se ao Encanto do Remo de Mar

Largada para ondas Organizada pela Associação Naval de Lisboa relizou-se a primeira edição da Lisboa Coastal Regatta que mostrou uma nova modalidade do remo

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Atleta participante 60

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nova modalidade do remo encaixa como uma luva nas águas muitas vezes agitadas do estuário do Tejo. Com barcos capazes de resistir à ondulação, o remo de mar mostrou todo o seu potencial na primeira edição da Lisboa Coastal Regatta. Uma competição no Tejo que antecipa o Campeonato do Mundo de Remo de Mar, que se realizará em Portugal, em 2021. É a mais nova modalidade reconhecida pela Federação Internacional de Remo (FISA), é candidata a integrar os Jogos Olímpicos e está a dar os primeiros passos no nosso país. O remo de mar


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veio para ficar e está a mobilizar os clubes e os praticantes, como ficou provado no último fim de semana durante a primeira edição da Lisboa Coastal Regatta. A iniciativa foi da Associação Naval de Lisboa e contou com o apoio da Federação Portuguesa de Remo, Câmara Municipal de Lisboa e Administração do Porto de Lisboa. Uma centena de atletas de diferentes escalões etários, dos jovens aos veteranos, fez-se às águas do estuário do Tejo. O campo de regatas estabeleceu um percurso com partida e chegada junto à Ponte 25 de Abril, com 1500 metros para cumprir entre boias. A forte ondulaçã0 colocou à prova a capacidade dos remadores, proporcionando imagens inéditas no Tejo. A organização desta competição implicou medidas especiais de acordo com as normas de segurança e higiene validadas pela Direção Geral da Saúde. A ausência de público, a medição da temperatura corporal a todos os participantes, o uso permanente de másca-

Regata no Tejo ra e o distanciamento físico foram as principais medidas implementadas. A Lisboa Coastal Regatta contou com a participação de sete clubes: Associação Naval de Lisboa, Clube Naval de Lisboa, Clube Ferroviário de Portugal, Luso Futebol Clube, Clube Naval Barreirense, Nova Rowing Club e Grupo Desportivo Fabril. A ANL do-

minou, vencendo sete das 14 regatas disputadas. Remo de Mar É praticado em distâncias muito variadas e em qualquer tipo de condições de água, seja em mar aberto, seja em planos de água interiores. As embarcações são mais estáveis e estão preparadas

para aguentar condições adversas. Muito praticado na vertente de lazer e recreação, mas também em competições junto à praia com espectaculares entradas e saídas de água. É uma disciplina onde as componentes de aventura e diversão estão sempre presentes.

Regata no Tejo 2020 Dezembro 408

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6ª Edição dos Prémios XXL EDP Mar Sem Fim

De Forma Virtual os Prémios Foram Entregues

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cerimónia realizouse no passado dia 3 de dezembro, às 18h00, a partir do Cineteatro da Nazaré. Para os Prémios XXL EDP Mar Sem Fim, para a edição deste ano, foram submetidas 88 ondas nas 5 categorias. À semelhança do ano anterior, para além destes 5 prémios,foram ainda distinguidos o rookie da temporada, a melhor rapariga e o piloto de motas de água que mais ajudou os surfistas ao longo do ano. Dadas as condicionantes de saúde pública em vigor, a Cerimónia de Entrega de Prémios este ano foi virtual, transmitida em streaming para as páginas de Facebook e Instagram EDP Mar sem Fim. No total foram 8 as categorias premiadas: Onda

da Temporada, Melhor Tubo, Maior Onda (Remada), Maior Onda (Tow-In), Maior Wipeout, Rookie, Irmandade e Girl. Para além das categorias e das muitas ondas submetidas, o destaque vai também para os patrocinadores que se mantêm ligados ao projeto EDP Mar Sem Fim: a EDP, grande impulsionadora deste projeto, e adicionalmente a Yamaha e a Fonte Viva, marcas com forte ligação ao surf e que têm mantido o seu apoio ao longo dos anos. “Para a EDP é um orgulho fazer parte deste projeto e apoiar os surfistas portugueses nesta modalidade de grande exigência e superação. Numa altura como esta torna-se imperativo apoiar estas iniciativas que ajudam na promoção do nosso país. É cada vez maior o reconhecimento dos surfistas portu-

gueses de ondas grandes, que se desafiam em cada onda, numa demonstração de coragem e excelência”, afirma Teresa Loreto, diretora de Marca da EDP. A Yamaha volta a apoiar a edição deste ano, ao associar-se novamente ao prémio Irmandade. Sandra Cunha, Marine Marketing Coordinator da Yamaha referiu que “este é um prémio diferente. Há 3 anos, quisemos entrar no projeto porque as motas de água são fulcrais para a realização deste desporto. A verdade é que a surpresa do vencedor foi tanta que sentimos que realmente marcámos a diferença por estarmos ao lado de uma pessoa que por vezes não tem o destaque que merece e, consequentemente, ajudámos o desporto a crescer. Por isso e porque acreditamos

no projeto, continuamos a apoiar este prémio e este desporto”. Quem também se juntou mais uma vez aos prémios XXL EDP Mar Sem Fim foi a Fonte Viva, que volta a apoiar o prémio Rookie que distingue o mais recente atleta a participar nas ondas grandes. “A Fonte Viva tem feito uma grande aposta no surf. Já apoiamos um dos mais promissores atletas do surf de ondas grandes, e ao marcar presença neste evento, com este Prémio, estamos a apoiar também outros atletas que estão a dar os primeiros passos nestas aventuras e que tanto futuro têm pela frente”, refere Tiago Sampaio, Diretor do Departamento de Apoios, Parcerias, Patrocínios e Experiência do cliente da Fonte Viva.

Director: Antero dos Santos - mar.antero@gmail.com Paginação: Tiago Bento - tiagoasben@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Carlos Cupeto, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, João Zamith, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00

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