Mineração em Mar Profundo
Evitar a Mineração em Mar Profundo
Desde há uns meses a ANP/WWF e a Sciena têm promovido e organizado diversos debates sobre a Mineração em Mar Profundo, principalmente nos Açores, com o objetivo de evitar que tal seja autorizado.
Contando sempre com a presença de investigadores, ativistas, técnicos de políticas e membros de grupos parlamentares, os debates focaram os riscos de se aceitarem as oportunidades encontradas pelas empresas mineiras e depois os impactos desta atividade.
Projeto de Resolução do PAN
O PAN apresentou na Assembleia da República, para discussão, um Projeto de Resolução pela definição de uma moratória à mineração
em mar profundo no âmbito nacional e internacional, em respeito pelo princípio da precaução
Exposição de motivos
A exploração de recurso os naturais e o crescente interesse da indústria mundial na prospeção e exploração dos fundos oceânicos, nomeadamente de metais e minerais como cobalto, lítio e níquel, teria um impacto destrutivo nos ecossistemas e biodiversidade no fundo do mar, comprometendo os ciclos de carbono e nutrientes dos oceanos. O potencial impacto da mineração em mar profundo assume maior gravidade numa altura em que, como têm alertados as Organizações Não-governamentais do Ambiente, “o restauro da natureza e do oceano devem ser a prioridade: agora é o tempo de restaurar e não destruir” (Ângela Morgado, diretora executiva da ANP, que em Portugal trabalha em associação com a WWF, por ocasião da Conferência dos Oceanos).
Minerais existentes no mar profundo, como sejam os nódulos polimetálicos, os sulfuretos hidrotermais ou as crostas de ferro-manganês, têm atraído a atenção desde há muito tempo, na expectativa de que constituam uma fonte alternativa de metais em face à acelerada depleção que se tem registado no que respeita os depósitos terrestres. De tal modo se afigura apetecível a exploração deste tipo de depósitos nas águas internacionais que se tornou premente a sua regulamentação ao abrigo da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, através da criação da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, na sigla em inglês).
Com efeito, o número de interessados em reclamar
vastas extensões de fundos marinhos e em obter direitos exclusivos de exploração subiu de apenas oito entre 1970 e 2010 para 25 entre 2011 e 2015. O aumento do nível de interesse pelo mar profundo registou-se também em matéria de Investigação e Desenvolvimento referentes ao desenvolvimento de tecnologia para prospeção e exploração mineiras, assim como quanto ao processamento deste tipo de recursos. Do mesmo modo, aumentou também a emissão de licenças a empresários privados para acesso a depósitos dentro de Zonas Económicas Exclusivas de alguns países.
De acordo com dados da ISA, atualmente são 22 as
empresas/entidades com contratos ativos de exploração em todo o mundo, dos quais 19 são para exploração de nódulos polimetálicos - 17 na Zona de Fratura de Clarion-Clipperton no Oceano Índico; um na Bacia Central do Oceano Índico e um outro no Oceano Pacífico Ocidental. Existem sete contratos para a exploração de sulfuretos polimetálicos na Aresta Sudoeste do Oceano Índico, na Aresta Central do Oceano Índico e na Aresta Centro-Atlântica e, por fim, cinco contratos para a exploração de crostas ricas em cobalto no Oceano Pacífico Ocidental. Ou seja, num total de 31 locais em exploração globalmente.
A mineração em mar pro-
fundo é fonte de preocupação generalizada entre a comunidade científica e as organizações não-governamentais de ambiente (ONGA), devido aos seus potenciais impactes negativos nos ecossistemas e habitats das águas profundas, bem como quanto à forma como estas operações têm sido desenvolvidas.
O método de exploração encontra-se numa fase inicial, altamente especulativa e experimental. Por conseguinte, não são conhecidos dados concretos nem certezas sobre a extensão dos impactes negativos sobre os ecossistemas do mar profundo. Ainda que se considere insuficiente a informação existente, os cientistas vêm
alertando para o facto de a mineração em mar profundo afetar centenas de milhares de quilómetros quadrados do leito marinho, libertar químicos altamente tóxicos e vastas nuvens de sedimentos.
Estudos recentes alertam para os efeitos devastadores da mineração em mar pro-
fundo no ambiente marinho, os quais podem levar milhares de anos a ser revertidos e a necessidade de se fazer prevalecer o princípio da precaução.
Em fevereiro de 2021, a WWF Portugal / ANP divulgou uma investigação intitulada “O Que Sabemos e
Não Sabemos sobre Mineração em Mar Profundo”, na qual descreve os possíveis impactes desta atividade nos ecossistemas e na biodiversidade marinha, assim como os riscos associados a um avanço por parte da indústria. Conforme alerta o referido estudo, a
exploração dos fundos oceânicos “teria um impacte destrutivo nos ecossistemas e biodiversidade no fundo do mar, com possíveis efeitos colaterais sobre a pesca, meios de subsistência e de segurança alimentar, comprometendo os ciclos de carbono e nutrientes dos oceanos”
A organização desmente, porém, os argumentos que alegam que a mineração em mar profundo é essencial para assegurar a produção, nomeadamente, de baterias de veículos elétricos e aparelhos eletrónicos.
Segundo realça o relatório, o facto de os ecossistemas marinhos estarem ligados e de muitas espécies serem migratórias, implica que a mineração em mar profundo não possa ocorrer isoladamente, pois as perturbações podem facilmente atravessar as fronteiras jurisdicionais.
Entre 27 de junho e 1 de julho Lisboa foi palco da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, realizada com o
apoio dos Governos de Portugal e do Quénia. Apesar de o tema da mineração em mar profundo não ter sido um assunto central no encontro, a tomada de posição do Presidente da República francesa Emmanuel Macron colocou
o tema na agenda, inclusive mediática. Emmanuel Macron defendeu na conferência a necessidade de “desenvolver um quadro legal para acabar com a exploração mineira em alto mar e não permitir novas atividades
que possam pôr em perigo os ecossistemas [oceânicos]”
Num evento à margem da Conferência dos Oceanos, organizado pela WWF e pela Deep Sea Conservation Coalition, as Palau, as
Fiji e a Samoa anunciaram sob a forma de aliança a sua oposição à exploração mineira em alto mar, apelando à aprovação de uma moratória sobre a indústria emergente, à luz do princípio da precaução.
Na cena internacional, destaque ainda para Vanuatu ter declarado recentemente a sua oposição à exploração mineira em alto mar e com o Chile a anunciar o apoio a uma moratória de 15 anos no início deste mês, juntando-se aos Estados Federados da Micronésia e Papua Nova Guiné que já tomaram medidas contra a exploração mineira em alto mar.
No entender de Phil McCabe, elemento de ligação do Pacífico para a Coligação para a Conservação das Águas Profundas de Aotearoa, uma moratória pode impedir ou retardar o processo da atividade mineira. Nesse sentido, vários são os países que têm aprovado legislação no sentido de proteger os seus oceanos deste tipo
de exploração. Em Espanha, por exemplo, os parlamentos regionais das ilhas Canárias e da Galiza adotaram resoluções solicitando uma moratória nacional à mineração em mar profundo. Em março passado, o próprio Governo Espanhol aprovou um Decreto em que definiu que a atividade de mineração em mar profundo fica sujeita, entre outros aspetos, à compatibilização com o princípio da precaução: “os princípios de precaução e de precaução citados na ‘Estratégia da UE para a Biodiversidade 2030’ e no apelo do Parlamento Europeu, para operações mineiras subaquáticas”
No entender do PessoasAnimais-Natureza, face aos potenciais riscos de impactes ambientais significativos e irreversíveis da mineração em mar profundo, urge a aprovação de uma moratória, em linha com o princípio da precaução de forma a proteger os recursos marinhos deste tipo de ameça setor emergente. Portugal deve
estar entre os primeiros que, globalmente, se posicionam de forma inequívoca contra a oposição à mineração em mar profundo, a favor da proteção do nosso território marítimo deste tipo de pretensões e apostar claramen-
te em soluções inovadoras e alternativas numa ótica que se prime pela primazia da economia circular. Se em finais de 2021, durante o Congresso Mundial da União Internacional para a Conservação da Natureza
(IUCN, na sigla em inglês), o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) votou favoravelmente uma moção que defendia uma moratória para a mineração no mar profundo, mais do que nunca é fundamental que
assuma uma posição clara e vinculativa. Porquanto, se, por um lado, o atual Secretário de Estado do Mar veio recentemente declarar que Portugal “quer que a legislação internacional defenda uma mineração sustentável e com base em estudos científicos prévios”, por outro, afirma que “Portugal quer privilegiar o conhecimento dos valores minerais e de toda a biodiversidade existentes no solo marítimo continental para poder definir áreas que possam ter alguma exploração”
A mineração em mar profundo não é, todavia, compatível com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, com a Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade 2030, com o Pacto Ecológico Europeu, nem com os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável 12, 13 e 14.
Foi Galardoado o Novo Motor Eléctrico Mercury Avator 7.5e
AMercury Marine recebeu o Prémio de Inovação de Miami pela primeira gama de motores fora de borda eléctricos da empresa no mercado náutico. O motor eléctrico Mercury Avator™ 7.5e, lançado em Janeiro de 2023, obteve o primeiro lugar na categoria de “motores eléctricos / propulsão a bateria /
híbridos”.
A Associação Nacional de Fabricantes Marítimos (NMMA) anunciou os vencedores dos prémios nas diferentes categorias. O júri, com larga experiência em produtos marítimos, era constituído por membros da Boating Writers International (BWI), tendo realizado várias provas ao longo
do último ano.
“Estamos muito contentes com este prémio, que vem confirmar o que nos transmitem os de todo o mundo. Fica provado que as características inovadoras que incorporámos no motor fora de borda eléctrico Avator respondem à crescente quantidade de consumidores que percebem o valor da
propulsão eléctrica”, declarou John Buelow, Presidente da Mercury Marine.
“A nossa extraordinária equipa de engenheiros cimentou a sua reputação com o desenvolvimento de novas soluções, tendo sido pioneiros nas novas tecnologias. E, por outro lado, os milhares de trabalhadores na produção da Mercury demonstram, todos os dias, dedicação e eficiência extraordinárias no grande desafio de tornar realidade os nossos designs inovadores”, acrescentou John Buelow.
A Mercury desenvolveu o motor fora de borda eléctrico Avator 7.5e com o objectivo de alargar o acesso à náutica, bem com a respectiva sustentabilidade, graças à sua facilidade de utilização, à sua conectividade e à tecnologia avançada das baterias.
Este motor fora de borda gera 750W de potência, oferecendo uma performance, em termos de veloci-
dade e aceleração, similar à dum motor fora de borda Mercury FourStroke de 3,5 CV. As suas baterias intercambiáveis, o sistema de
montagem de ligação rápida e os controlos intuitivos simplificam a instalação e o funcionamento. Para além disso, um monitor a cores
exibe, de forma nítida, a nível de carga da bateria e a respectiva autonomia, o que confere toda a confiança a qualquer nauta.
“Todo o design do Avator de Mercury foi muito bem pensado, a forma prática de mudança das baterias, o
design do punho (que funciona também como pega de transporte) e a facilidade com que se retira o motor do espelho de popa”, comentou o membro do júri Zuzana Prochazka.
Como anfitriã da MIBS, a NMMA lançou os Miami Innovation Awards em 2002 para distinguir os fabricantes e fornecedores que aportam ao mercado novos e inovadores produtos para a indústria náutica. Todos os anos, o júri avalia, e atribui prémios, aos produtos que apostam na inovação, que aportam benefícios para indústria náutica e/ou para os consumidores, sobretudo os que demonstram ser práticos e provam a sua rentabilidade.
Pode encontrar mais informação sobre motor eléctrico Mercury Avator 7.5e em MercuryMarine.com.
Notícias Adriminho
Lampreia do Rio Minho
Até 16 de abril, a Lampreia do Rio Minho está em degustação. Uma iguaria regional para saborear nos restaurantes aderentes à iniciativa “Lampreia do Rio Minho – Um Prato de Excelência”.
Promovida pela associação ADRIMINHO – Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho há mais de uma década (desde 2010), em parceria com a Confraria da Lampreia do Rio Minho e com os seis municípios do Vale do Minho (Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de
Coura, Valença e Vila Nova de Cerveira), juntando-se os restaurantes aderentes, o evento renova-se a cada ano como uma excelente oportunidade de apreciar este prato icónico da gastronomia do Vale do Minho. O principal objetivo é a promoção de um produto/prato gastronómico tradicional que tem assumido, desde
sempre, um caráter de forte atratividade turística para este território, valorizando a lampreia do Rio Minho, enquanto recurso endógeno e de elevado valor gastronómico, promovendo paralelamente, as potencialidades naturais e culturais de cada concelho, fatores que atraem milhares de pessoas de Portugal e Espanha neste período.
“As águas frias e limpas do Rio Minho são o habitat
de excelência da lampreia, um espaço onde, respeitando a sazonalidade, o “bichofeio” consegue cumprir o seu ciclo de vida na perfeição e, ao mesmo tempo, se criam as condições ideais para que ela chegue ao prato com o melhor sabor e a melhor textura, elevando, desta forma, a nossa gastronomia. Assim, tal como todos os anos a natureza se renova, a iniciativa “Lampreia do Rio Minho – um prato
de excelência” é já também uma tradição que se repete anualmente, juntando a ADRIMINHO - Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho, a Confraria da Lampreia do Rio Minho, os seis Municípios do Vale do Minho e os restaurantes aderentes, na vontade de promover conjuntamente este produto ancestral.
Assim, de 15 de fevereiro a 16 de abril, os restaurantes de Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e Vila Nova de Cerveira estarão de portas e braços abertos para receber os milhares de pessoas que nos visitam e que querem provar este prato de excelência. Ao mesmo tempo, é também a época em que todos os que nos visitam se permitem deslumbrar com as imagens únicas da captura e da confeção da nossa lampreia do Rio Minho, mais um momento que promove, anima e afirma a riqueza do património natural e cultural do Vale do Minho.
Do arroz de lampreia, à bordalesa, passando pela lampreia no forno ou seca, são cerca de 80 os restaurantes aderentes que, ao fim de semana, apresentarão, como principal sugestão, a degustação do sazonal ciclóstomo e onde é possível apreciar os nossos vinhos e todas as outras delícias que temos para lhe dar a provar e, também, participar na intensa e variada programa-
ção cultural. A 14ª Edição da “Lampreia do Rio Minho: um prato de excelência”, é também uma oportunidade para celebrar
a recente inscrição da pesca nas pesqueiras do rio Minho no Inventário Nacional do Património Imaterial, um reconhecimento que destaca e
valoriza a importância desta “arte”, ao mesmo tempo que lembra, reconhece e homenageia todos aqueles que, ano após ano, resistindo a dificuldades e enfrentando desafios, trabalham arduamente para que a lampreia chegue aos nossos pratos, contribuindo para a preservação e valorização deste recurso singular da gastro-
nomia do nosso território. Esperamos pela excelência da sua visita.
Mantenha a tradição e venha-se maravilhar com a excelência da Lampreia do Rio Minho! Obrigado!” Manoel Batista Calçada Pombal, Presidente da direção da Adriminho.
Lampreia Fumada
Outrora a abundância de lampreia de Caminha até Melgaço, levou a utilizar formas de conservação, como a lampreia fumada, conservada assim durante meses. Comia-se demolhada e cozida com batatas e verduras, assada, ou talhada da peça. Os mais velhos, recordam que se cozinhava a lampreia fumada, recheada com presunto, ovo cozido e pimentos assados (e até com grelos). Hoje tornou-se iguaria servida em muitos restaurantes e festins familiares.
Aproveite esta oportunidade singular para saborear os pratos mais genuínos da gastronomia tradicional, como o exemplo da famosa Lampreia Fumada, o Arroz de Lampreia ou a Lampreia à Moda de Monção.
Note que para garantir disponibilidade e/ou constrangimentos, aconselha-se a reserva, antecipadamente, nos restaurantes aderentes.
Para saber as datas, restaurantes e outros eventos pode consultar o guia do evento em: https://www.adriminho.pt/wp-content/uploads/2023/02/Guia2023.pdf
Editores
Lobo do Mar Fez 30 Anos
Parceira em muitas ocasiões com o Notícias do Mar, a Lobo do Mar, Sociedade Editorial, Lda, festejou o seu 30º aniversário num almoço de amizade connosco e com muitos clientes amigos, no restaurante Caravela d’Ouro, em Algés, numa animada confraternização da náutica.
ALobo do Mar fundou e publicou as revistas Mundo Submerso, a Pagaia e continua a publicar o Anuário Náutico.
Actualmente edita online a Náutica Press, Tudo Sobre Jardins e Passear.
Na Náutica Press informa tudo sobre Embarcações, Equipamentos, Empresas & Negócios, Portos & Marinas e Notícias Náuticas.
No site Tudo Sobre Sobre Jardins tem o Portal do Jardim que, à semelhança de uma publicação, disponibiliza conteúdos sobre Jardins, mas que também permite que os utilizadores se registem e interajam.
Vasco de Melo Gonçalves, conseguiu trazer ao seu almoço, as principais empresas náuticas do país, que desde os anos do Covid não tiveram a oportunidade de se juntar e este ano com a Nauticampo sem Náutica, também não. Durante o almoço soube-se que a APICAN (Associação Portuguesa de Indústria e Comércio de Actividades Náuticas) tentou e não conseguiu, dos dirigentes da FIL, as condições necessárias, para o setor Náutico expor na Nauticampo 2023. Sabemos, com a experiência já com décadas, que a Direção da FIL pretende ganhar sempre muito com este salão, aplicando preços por metro quadrado e o pagamento de serviços muito acima do que os expositores deviam pagar.
Para a Nauticampo 2024 a Direção da FIL devia perguntar à APICAN apenas isto: Quanto querem pagar para virem à Nauticampo?
Com um preço razoável para o sector, enchiam-se novamente os Pavilhões 1, 2 e 3.
No almoço da Lobo do Mar todos acabaram por sentir a falta do convívio que dá a Nauticampo e agora aproveitar a vontade de confraternizar
Ficou acordado juntarmosnos todos daqui a seis meses.
Seixal já Tem Hidrogénio Verde nos Fogões
O Governo marcou oficialmente, no dia 7 de março, a primeira injeção de hidrogénio verde numa rede de gás natural em Portugal no Seixal, até agora abastecidas em fase experimental pela Floene com uma mistura de 95% de gás e 5% de hidrogénio. O próximo passo é aumentar até aos 20% de H2 e fazer o mesmo abastecimento noutras redes do país.
Acerimónia contou com o primeiroministro, António Costa, o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, e
o presidente da Câmara do Seixal, Paulo Silva, para abrirem a válvula que marcaria o momento de injeção do hidrogénio verde na rede
de gás natural, ocupando 5% do volume total de gás a circular na rede.
Portugal deu um passo histórico no caminho da transição energética e da descarbonização da economia e esse passo foi dado no Seixal. O hidrogénio verde foi produzido pela Gestene, empresa do concelho e injetado na rede de gás natural da Floene.
Este Projeto pioneiro deu início na Estação de Mistura e Injeção (EMI), Paulo Silva, António Costa e Duarte Cordeiro abriram a válvula que marcou o momento de injeção do hidrogénio verde na rede de gás natural, ocupando 5 por cento do volu-
me total de gás a circular na rede. Num horizonte de dois anos, espera-se aumentar a percentagem de injeção até aos 20 por cento.
António Costa considerou “um dia muito importante e histórico, agora, mais de 20 anos depois da energia renovável eólica e solar, é a vez dos gases renováveis, do eletrão à molécula”.
Na fase experimental, já desde outubro de 2022 que 82 casas, empresas e indústrias na cidade da margem sul do Tejo que são abastecidas com uma mistura composta por 95% de gás natural e 5% de hidrogénio. Nos próximos dois anos o
objetivo é aumentar gradualmente o volume de hidrogénio até aos 20%. O CEO da Floene, Gabriel Sousa, disse “a primeira rede de gás do país onde circula hidrogénio verde desde o produtor até ao consumidor final já está a funcionar em pleno desde outubro no Seixal, sem ter sido necessário mudar os equipamentos já existentes nos clientes nem fazer mudanças na rede de abastecimento”
O projeto, chamado “Green Pipeline Project”, foi lançado a 15 de outubro de 2021, e contou desde logo com vários parceiros. Além da Gestene como produtora, a ISQ, a leiriense PRF que desenvolveu a tecnologia necessária juntamente com a Floene, nomeadamente a estação onde se misturam os dois gases. A Bosch e a Vulcano verificaram se os aparelhos em casa dos clintes teriam capacidade para receber o novo gás porque poderiam ter os aparelhos demasiado antigos ou ter deficiências.
Agora, o hidrogénio verde
é produzido localmente pela Gestene, no Parque Industrial do Seixal, recorrendo a energia renovável – energia solar durante o dia e energia verde da rede elétrica durante a noite. É uma instalação de 60 quilowatts. O eletrolisador produz 10 normais metros cúbicos por hora, à pressão de 10 bar e exigiu um investimento de 400.000 euros à Gestene.
Depois de produzido, o
hidrogénio é armazenado no depósito pulmão e percorre 1.400 metros num gasoduto de polietileno, igual a cerca de 95% da rede de gás utilizada em Portugal, até uma estação, onde é misturado com gás natural, sendo depois distribuído aos clientes.
O Seixal daqui a dois anos, espera-se aumentar a percentagem de injeção até aos 20%, fazer testes de como esta fatia é recebida por alguns equipamentos como
esquentadores e fogões, e ainda se querem fazer testes com a injeção de 100% de hidrogénio verde.
Gabriel Sousa considera, “Isto é um laboratório real para testarmos este processo e esperamos retirar daqui a capacidade tecnológica e o conhecimento necessário para se transitar para um projeto à escala real”
A cerimónia terminou com uma demonstração e antes de encerrar o evento, o pri-
meiro-ministro procedeu ao acendimento de um fogão alimentado pela mistura de hidrogénio verde com gás natural, mostrando assim a adequação dos atuais equipamentos domésticos à utilização deste gás renovável.
O Presidente do Conselho de Administração da Floene, Diogo da Silveira destacou que, “a introdução de gases renováveis, como o biometano e, neste caso, o hidrogénio, na rede de distribuição de gás é a prioridade e um compromisso da Floene, alinhada com o os objetivos nacionais e euro-
peus de descarbonização, redução das emissões de gases de estufa e de diversificação do cabaz energético”
A demonstração da utilização de hidrogénio no consumo doméstico evidencia o princípio de complementaridade entre os sistemas de gás e elétrico no processo de descarbonização: A rede portuguesa é uma das mais modernas da Europa, com cerca de 96% de polietileno, e está preparada para receber gases renováveis sem necessidade de adaptação ou investimento adicional.
Notícias ISQ
ISQ Parceiro da “A Energia Natural do Hidrogénio”
O ISQ é parceiro oficial da Floene no projeto “A Energia Natural do Hidrogénio”, apresentado no Seixal, num evento que contou com a presença do Primeiro Ministro António Costa e do Ministro da Ação Climática, Duarte Cordeiro.
Esta cerimónia marcou o início de injeção de hidrogénio na rede de gás natural.
O ISQ, o maior Centro de Interface Tecnológico Nacional, foi o responsável pela inspeção e monitorização dos
sistemas piloto de distribuição de hidrogénio.
A oferta de soluções do ISQ para o Hidrogénio Ver-
de é abrangente, cobrindo as várias fases da cadeia de valor: Produção, Distribuição e Utilização e tem como foco a maximização da segurança, fiabilidade e sustentabilidade.
O ISQ iniciou a sua atividade na área do hidrogénio em 2004, através da participação no pioneiro e emblemático projeto europeu Naturalhy que investigou os efeitos da introdução de misturas de hidrogénio com gás natural para transporte na rede europeia de gás natural.
O projeto Naturalhy incidiu especialmente nas componentes de avaliação de materiais, metodologias de inspeção, de avaliação de risco e adequação das instalações existentes à intro-
dução de misturas de gás natural com hidrogénio.
Atuamos nas áreas da segurança, na avaliação de risco, licenciamentos, na garantia da qualidade, na avaliação da integridade das infraestruturas, na análise de fiabilidade, modelação e otimização da integração dos sistemas energéticos e na avaliação do ciclo de vida e em diversas atividades de suporte como a avaliação metrológica, validação e certificação de equipamentos e a formação técnica.
O ISQ integra ainda o consórcio do H2 CoLAB Green Hydrogen, que visa o desenvolvimento de soluções de conteúdo científico e tecnológico relevante, bem como
a promoção da economia do hidrogénio, permitindo a sua disseminação e uso generalizado, em segurança e a custos eficientes. O consórcio H2 CoLAB Green Hydrogen é composto por instituições académicas, científicas e grandes players tecnológicos que, globalmente, reúnem de forma articulada as competências mais relevantes e transversais na cadeia de valor do H2. Desta forma, será possível assegurar o sucesso do H2 CoLAB Green Hydrogen e torná-lo um centro de referência científica e tecnológica para desenvolver as soluções mais adequadas atuais, e garantir a sua liderança tecnológica.
Campanha Ovos de Sardinha
Esta campanha insere-se no âmbito do protocolo celebrado entre Portugal e Espanha sobre gestão sustentável de pescas, firmado a 7 de dezembro de 2022, que tem como objetivo, a estimação da biomassa desovante de sardinha do stock Ibero Atlântico.
Decorreu entre os dias 9 e 28 de fevereiro de 2023 a campanha dirigida ao Método de Produção Diária de Ovos para sardinha (PTDEPM23-PIL) que tem como objetivo, conjuntamente com a campanha congénere espanhola, a estimação da biomassa desovante de sardinha do stock Ibero Atlântico (ICES áreas 27.9a-8c). A campanha portuguesa cobre a área desde o Cabo Trafalgar, em Cadiz, até à fronteira norte, entre Portugal e Espanha e a campanha espanhola decorre desde a fronteira com Portugal
até à fronteira com França. A campanha PT-DEPM23-PIL realiza-se a bordo do navio oceanográfico Vizconde de Eza, propriedade da Secretaria General de Pescas de Espanha, teve início em Vigo e terminará em Cadiz. Para além do contributo para a avaliação do stock de sardinha a campanha recolhe ainda diversa informação para a caracterização e monitorização do ecossistema pelágico.
A metodologia envolve o rastreio de toda a área de desova para recolha dos ovos de sardinha, para determinação da produção diária de ovos e em simultâneo a amostragem de sardinhas adultas, para estimação da fecundidade diária. Os trabalhos a bordo incluem colheitas de amostras para identificação e contabilização de plâncton e ovos de sardinha, registos de temperatura, salinidade e fluorescência, durante as 24h do dia, seguindo uma grelha pré definida de estações, ao longo de transectos perpendiculares à costa. Para a obtenção de sardinhas adultas opera, em coordenação com o navio de investigação, a cercadora, Deus Não Falta, da organização de produtores da pesca Artesanal, Apropesca, contratada especificamente para fazer pescas em toda a área de monitorização, durante o
período da campanha.
As campanhas para o Método de Produção Diária de Ovos (Daily Egg Production Method –DEPM) de sardinha
Sardina-pilchardus
são coordenadas no âmbito do Grupo de Trabalho, WGACEGG – Working Group on Acoustic and Egg Surveys for Small Pelagic Fish in NE Atlantic, do ICES (International Council for the Exploration of the Sea). Em Portugal, as campanhas fazem parte do Programa Nacional de Amostragem Biológica (PNAB) coordenado pelo IPMA, com financiamento da Comissão Europeia (FEAMPA), do MAR2020 (MAR03.02.01-FEAMP-0016) e da contribuição Nacional, através do IFAP (Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P.).
Para mais informações: https://www.ices.dk/community/groups/Pages/ WGACEGG.aspx
Maritime Motores Elétricos de Aro (RIM)
Existem boas razões para escolher um motor elétrico para sua embarcação, mas há muitas razões para selecionar um motor Rim Drive Technology em vez de um motor a combustão.
Um motor Rim Drive tem uma resposta de aceleração imediata. Unicamente combinado com o sistema de controle stepless, fornece-lhe uma maior sensação de manobrabilidade.
“A nossa missão é con-
vencer os clientes, convencê-los de que os nossos motores trabalhão por muitas horas com intervalos de serviço mínimos e que o usuário tem a mais alta experiência. Se formos bem-sucedidos nesta missão, avançaremos na nossa visão de um futu-
ro melhor e ecologicamente correto”, Maritime Rim Drive Tecnology.
O que é um motor elétrico de acionamento de aro?
É uma espécie de ‘motor com um buraco’, sendo o buraco o local onde se esperaria ver um eixo de hélice e as pás. Com uma unidade de aro, não há cilindro central ou eixo da hélice, em
vez disso, as pás da hélice estás fixas a um aro externo circular - daí o nome.
Um motor elétrico deste género, aliado a outras particularidades de projeto, tem uma eficiência muito alta e uma resposta de aceleração imediata, o que em combinação com o controle contínuo proporcionará uma muito maior sensação de manobrabilidade.
Quase todos os motores alternativos têm um eixo central, algo muito sensível a cabos, cordas, ervas daninhas e redes de pesca. O fato destes não terem um eixo central limita as possibilidades de materiais ficarem presos na hélice.
A Rim Drive Technology, ao projetar os seus motores, estabeleceu o objetivo de minimizar os custos de instalação e manutenção para os utilizadores. Por haver apenas uma peça rotativa, alcançam-se custos de manutenção limitados. Além disso, não há peças de desgaste nos motores e estes são totalmente lubrificados com água.
Para operar o motor não são necessários óleos que possam danificar o meio ambiente. Devido ao seu design compacto e leve, é possível instalá-lo até mesmo nos menores compartimentos.
A possibilidade de programação individual permite que o motor seja feito sob medida para a aplicação.
Para garantir que todos os proprietários de barcos possam instalar estes produtos, cada motor é resistente à água salgada. Além disso, todos os motores são classificados por uma classificação IP68.
Airmar, Rede e Módulos SMARTBOAT
O sistema SmartBoat® com certificação NMEA 2000® constitui o método mais fácil e económico de integrar dados de sensores novos ou existentes com componentes eletrónicos da atualidade.
Os módulos SmartBoat conectam sensores marítimos analógicos, independentemente do protocolo de saída, a uma rede NMEA 2000. Cada sensor pode ser controlado para alertas personalizados, automação e filtragem PGN por meio da interface intuiti-
va e orientada por menus do SmartBoat.
Os módulos SmartBoat são certificados para uso com redes NMEA 2000 e projetados especificamente para aplicações marítimas (classificação IP66 e IP67). Eles são os componentes marítimos dos novos produtos do sistema
SmartFlex™ da AIRMAR que suportam vários padrões de rede em muitos mercados.
Todos os módulos SmartBoat compartilham um conjunto comum de recursos, incluindo suporte de rede sem fio integrado e configuração e gerenciamento baseados em navegador.
Todos os modelos avançados (T1 e T2) fornecem interface de sensor incorporada e altamente configurável para uma ampla variedade de dispositivos e sensores analógicos, incluindo tensão, sensores de loop de corrente, transmissores resistivos, sensores de temperatura de
termistor e termopar, deteção de operação, deteção de chave, controle de relé.
Os modelos avançados adicionam suporte para bridging e gerenciamento de várias redes, incluindo várias redes NMEA 2000, suporte a NMEA 0183 e interfaces de mecanismo SAE J1939/ J1708/J1587. E os remetentes digitais, como medidores de vazão de diesel, monitores de bateria e dados do motor, também são facilmente conectados.
A interface baseada em navegador, SmartFlex View, é acessada sem fio a partir de qualquer laptop, tablet ou dispositivo móvel, que apresenta navegação intuitiva e orientada por menus para configuração, controle e gerenciamento de sensores e redes conectados.
Alerta e automação líderes do setor via SmartFlex Alert e SmartFlex Filter fornecem a capacidade de configurar sensores com interface diretamente para relatar, alertar e filtrar dados por meio de parâmetros programados pelo usuário.
Dados do medidor de va-
zão de diesel por meio dos modelos exclusivos de câmara única e dupla (diferencial) do SmartBoat. Esses sensores DFM baseados em CAN são facilmente conectados ao ASM e configurados usando o SmartFlex View. Os dados do fluxo de combustível ficam então disponível via
NMEA 2000.
O Sistema SmartBoat é ideal para construtores e instaladores de barcos. As configurações do sistema são facilmente salvas e clonadas para duplicação em instalações futuras.
Com uma equipe altamente experiente de cientistas, designers, engenheiros
e técnicos, bem como um modelo de negócios verticalmente integrado, a Airmar tem a capacidade de levar produtos inovadores do conceito à produção. Hoje, a Airmar emprega mais de 300 pessoas em todo o mundo e se dedica a produzir uma linha diversificada e inovadora de produtos para satisfazer os requisitos dos nossos clientes.
Pesca Lúdica Embarcada
Robalos de Ribeiro?!
Conto-vos a história: o Raúl Gil Durá, um dos melhores pescadores que conheço, natural de Valência, pesca indistintamente bem em águas salobras ou salgadas.
Nem sempre as condições naturais de Valência favorecem a pesca embarcada no mar. Mais ainda quando se tem a limitação de pescar com um kayak, que limita bastante em termos de distância de deslocação.
Por isso mesmo, acaba por fazer algumas incursões em águas interiores, riachos, lagoas, onde consegue encontrar peixes que poderiam passar despercebidos a pescadores mais comuns. Não é o caso dele! Se houver um peixe bom numa barragem, ele vai ao anzol do Raúl.
Trata-se de uma questão de intuição, de saber fazer, de instinto predatório, se quiserem. O que posso garantir, eu que já pesquei tanto a seu lado, é que nada tem a ver com sorte.
O Raúl saiu a um arroio interior para ver das carpas, dos achigãs, e, qual não foi o seu espanto, percebeu que havia algo debaixo de uma canas que não era nada daquilo que seria pressuposto encontrar numa água absolutamente doce, muitíssimo longe da foz desse riacho estreito. Eram robalos.
A profundidade média oscilava entre os 30 e os 60 cm de fundura, mas isso não é um problema para quem tem as mãos do Raúl. Ele pesca bem, tem uma agilidade de mãos que lhe permitem encontrar soluções técnicas onde outros só veriam dificuldades. Está super bem equipado, e pesca fino, por
Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com/ vezes parecendo-me a mim até demasiado fino. Mas ele tem mãos que lho permitem.
E ferrou dois robalos de seguida, emboscados debaixo das ditas canas. No meio de carpas e achigãs, havia “gente” estrangeira, peixes que não eram decididamente dali.
Mas todos sabemos que os robalos adentram os cursos de água doce até limites pouco suspeitos. Procuram comida fácil, pequenos peixes que nada podem fazer contra um predador tão qualificado quanto um robalo.
O mesmo peixe que massacra peixes de mar com enorme facilidade, carapau, sardinha, cavalas, biqueirão, galeotas, chocos, lulas, caranguejo pilado, ralos, etc, sente-se nas nuvens quando entra numa zona de comida tão fácil de descobrir e captu-
rar quanto peixinhos do rio.
Estamos a implorar alguma clemência ao tempo, para que ele possa fazer a sua peregrinação anual a minha casa, para pescarmos durante uma semana.
Não tem estado fácil, mas mais dia menos dia, conseguiremos concretizar esse desejo mútuo. Ele, porque gosta muito da minha família, sente-se muito confortável connosco, eu porque adoro pescar com ele, e não dispenso de o levar aos meus melhores sítios, onde ele pode facilmente brilhar, aos pargos, aos robalos.
Guardo religiosamente alguns locais de propósito para ele. Durante meses apenas passo lá, de motor ao ralenti, para ver se o peixe anda por aquelas bandas.
E quando a oportunidade chega, …é a loucura!
O Momento Certo Para... Não Pescar Robalos
Os nossos peixes estão agora numa fase crítica da sua vida. Aqueles que têm perto de si zonas estuarinas, rios, ou ribeiras com alguma protecção, adentram os cursos de água doce, sobem até onde lhes é possível, e procuram largar aí a sua descendência.
Esse é o sítio mais seguro para o fazerem, o local onde as probabilidades de sucesso reprodutivo são máximas. Todos os robalos que largarem a sua preciosa carga em mar aberto vão ser objecto de “pilhagem” por parte de pelágicos que aproveitam a oportunidade. De resto, não haverá muitas situações ao longo da sua vida que permitam às suas presas habituais, carapaus, cavalas, etc, inverterem os papéis de predador/ presa.
O equilíbrio natural é feito, e bem feito, e se algo o perturba, somos nós homens, que pescamos robalos à desfilada, em número e quantidade superiores às nossas necessidades. Um só lance de rede pode dizimar um cardume inteiro destes valorosos peixes.
Este é um tempo em que
as grandes fêmeas exibem barrigas descomunais, inchadas, gordas, e isso ocorre porque estão prontas a desovar. Cada fêmea madura pode produzir entre um quarto e meio milhão de ovos por quilo de seu próprio peso corporal.
Dentro de si transportam, sem o saberem, as esperanças de milhares de pescadores que procuram afincadamente robalos por toda a nossa costa.
Todos aqueles que, aos primeiros raios de luz, anseiam encontrar um bom robalo a atacar a sua amostra, dependem, porventura muito mais do que pensam, deste momento em que cada fêmea arrasta atrás de si uma imensidão de machos, sempre de tamanho mais modesto, prontos a cumprir o seu desígnio de reprodutores.
Nesta fase, os robalos já não pensam em mais nada
que não formar grandes concentrações de peixes e assim seguir o curso natural da vida, a reprodução. Até final de janeiro, irão estar em trabalhos de…parto.
A migração anual de peixes sexualmente maduros é feita em busca de temperaturas consistentes, mais estáveis, encontradas agora em águas mais profundas.
Esta estabilidade é essencial para a correcta formação dos ovos das fêmeas e para que os peixes machos alcancem a condição reprodutiva.
Porque o ano não tem vindo muito frio, é natural que ainda se pesquem alguns robalos grandes em águas mais superficiais, contrariamente ao que é habitual.
A água continua na casa dos 16 a 17ºC. Irá chegar aos 13ºC muito brevemente, expulsando os oportunistas
que esperam a desova dos robalos para se banquetearem com os seus flutuantes ovos fecundados.
Para pescadores que apostem em quantidades, para quem quer ferrar muitos peixes de tamanho mais modesto, a solução é agora ir procurar dentro de rios e afluentes. Mas os maiores, robalos adultos e velhos, estarão longe, mais fundos, reunidos em zonas ao largo, em pedras mais sossegadas, longe do reboliço da costa.
O grosso da coluna destes peixes terá um período de actividade de caça muito reduzido ao longo do dia, muito circunscrito a breves períodos de algumas dezenas de minutos, e sempre de acordo com dois factores primordiais: o nascer e o pôr do sol, e as marés.
Os grandes robalos, aqueles que mais gostamos de
ter na nossa linha, comem agora poucas vezes. Mas comem. É tudo uma questão de estar no local certo e no momento certo, e saber aproveitar as poucas e raras oportunidades.
Irão a seguir afundar mais algumas dezenas de metros, alguns ficarão inclusive abaixo dos 100 metros, e finalmente repousar destas correrias em que andam.
As primeiras capturas da nova temporada de robalos que irá começar lá para março geralmente não nos trazem peixes …“gordinhos”.
Quando voltam para junto dos pesqueiros de costa, após a viagem de regresso dos locais de desova offshore, parecem-nos e estão mesmo magros. Na verdade, o teor de gordura pode ter diminuído de valores superiores a 10% para quase zero.
Ficam magros e escanze-
Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com/
lados. O robalo de Fevereiro e Março é ainda um peixe seco, sem muita qualidade gastronómica. Este é o momento de os soltarmos, de praticar captura e solta.
Irão aos poucos ganhar a gordura que lhes é característica, mas para isso vão ter de comer caranguejo pilado, cavalas, galeotas, carapau, camarão, lulas e chocos miúdos, em abundância.
Todas as corridas que deram desde finais de Novembro até Fevereiro, pagam-se em escassez de reservas energéticas. Também o facto de as águas estarem muito mais frias pouco ajuda, pois isso significa um acréscimo de dispêndio de energia e queima forçada de gorduras.
Não é pois surpresa que os peixes que retornam dos locais de desova sejam geralmente muito mais magros e, em geral, não tão fortes e
poderosos se comparados com o estado físico que exibiam aquando do outono.
Por vezes pescamos exemplares de robalo tão magros que nos parece terem a cabeça desproporcionada para o tamanho do seu esguio corpo.
Isso deve-se ao facto de terem gasto as suas reservas de gordura, e o seu corpo estar mais estreito, mais fino. Podemos e devemos ter muito cuidado a desferrar e devolver ao mar. Para que se alimentem e possam vir a ser os robalos fortes que queremos voltar a pescar no futuro.
Acontece o mesmo com as douradas, é muito evidente o estado depauperado com que nos aparecem nos meses de Fevereiro a Abril, sem gorduras, sem perfil, quando a cabeça é a parte mais larga do corpo. O peixe nesta altura do ano é a ca-
beça e uma esguia e magra espinha.
Deixam-se vir, não lutam, porque não têm forças para isso.
Queremo-los fortes! Queremos peixes que ameacem partir-nos as linhas, e para isso, o bom mesmo seria nem os pescarmos neste período que vai seguir-se. Um robalo adulto, com alguns quilos de peso, e na posse de todas as suas faculdades, é um oponente sério.
Se capturado num local com mar batido, com espuma, com correntes, dá-nos luta e faz valer o seu poder de natação e velocidade.
Para que tenham uma ideia, robalos saudáveis foram testados num tanque de ensaios, e mostraram que, ainda com comprimentos entre os 24 e os 37 centímetros, podem suportar correntes com velocidade de 80
centímetros de deslocação por segundo (Pickett, 1994).
O seu poder de natação e velocidade aumentam proporcionalmente com o tamanho, e fica clara a razão pela qual os robalos não se incomodam com marés fortes, mar batido, espuma e turbulência. Eles aguentam!
Todavia, e como já vimos
em publicações anteriores aqui no blog, eles não desperdiçam energia e são particularmente hábeis em usar objectos, pilares, rochas, ou outras estruturas que possam servir-lhes de deflectores, de travões de águas rápidas. Querem lá estar, mas sem gastar demasiadas energias.
Podem estar pontualmente em correntes fortes, suportam-nas bem, mas fazem-no apenas o tempo necessário para caçar. E saem.
O corpo do robalo foi desenhado para provas curtas de velocidade. A sua forma de torpedo, fusiforme, uma característica comum de todos os peixes nadadores
rápidos, favorece-lhe o seu “estilo de vida”.
Para um predador, poder nadar a alta velocidade, ou ser capaz de grandes arranques bruscos, é vital para a sua sobrevivência.
A juntar a um corpo extremamente hidrodinâmico, o robalo acrescentou também uma grande barbatana caudal. Com isso, o seu poder de natação é maximizado, dando-lhes incontestáveis vantagens.
Bastam-lhe três a quatro movimentos de sua cauda, para se projectar a uma enorme velocidade para a frente. Nesse instante, todas as outras barbatanas colam ao corpo, fecham, para reduzir o atrito. O robalo é um torpedo veloz quando lançado contra um pequeno peixe.
A potência e a velocidade de natação são essenciais no ciclo de vida do robalo, em todos os aspectos. Desde logo enquanto é pequeno, juvenil, porque precisa disso para conseguir escapar a peixes pelágicos predadores, a pássaros, enfim a tudo o que possa querer comer um pequeno peixe de alguns centímetros.
Nos estuários e lagoas onde se cria, não faltam aqueles que o querem comer. Este é pois um factor crítico para a sobrevivência dos robalos juvenis.
À medida que cresce, e logo que avança para águas mais profundas, precisa muitas vezes de lutar contra fortes correntes de maré. Mais que isso, precisa de manter alta a sua capacidade de realizar sprintes rápidos para conseguir as suas presas.
Sendo um peixe que efectua longas deslocações, também está muito dependente da sua mobilidade para a execução das suas migrações ao longo da costa.
Boa forma física… precisa-se!
Raymarine Apresenta as Suas Novidades para 2023
A Raymarine anunciou recentemente uma gama impressionante de novos produtos, incluindo a gama Axiom® 2 Pro, uma poderosa série de chartplotters multifunções, o módulo de sonda CHIRP RVM1600, novas cartas LightHouse com cobertura expandida e a câmara de visão diurna e noturna IP CAM300.
Grégoire Outters, General Manager da Raymarine disse: “Regressámos à BOOT Düsseldorf com uma gama excecional de produtos que oferecem uma solução completa aos nave-
gadores de hoje. Os clientes estão à procura de sistemas de navegação a bordo intuitivos e fáceis de usar. Estamos confiantes de que a nossa premiada gama de dispositivos eletrónicos ma-
rítimos será extremamente bem recebida pelos visitantes.”
Axiom® 2 Pro
O novo Axiom 2 Pro é o mais
poderoso chartplotter Axiom já desenvolvido pela Raymarine, proporcionando uma experiência de navegação fluida e altamente intuitiva.
Este novo display tudo-emum, alimentado pelo mais recente sistema operativo LightHouse 4, integra uma rede de navegação Raymarine avançada que inclui cartas de radar, piloto automático e Lighthouse, bem como a tecnologia de visão noturna térmica da FLIR. O processador atualizado de seis núcleos permite percorrer mais rapidamente a carta, e aumenta a resposta instantânea e a capacidade de executar várias aplicações em simultâneo.
O Axiom 2 Pro foi desenvolvido com o exclusivo revestimento HydroTough™ da Raymarine, que repele a água para um controlo fiável de ecrã tátil em todas as condições. Os utilizadores também beneficiam dos controlos de teclado personalizáveis em todos os modelos de todos os tamanhos, incluindo uma opção de controlo de piloto automático ou teclas programáveis O Axiom 2 Pro S com sonda High CHIRP integrada, foi pensado para navegação à vela e a motor.
Concebido para pescadores, o modelo Axiom 2 Pro RVM tem incorporada a nova sonda RealVision®
MAX. Esta sonda Premium baseia-se na já impressionante tecnologia da Raymarine, permitindo que os utilizadores vejam mais fundo e com mais clareza do que nunca.
RVM1600
O RVM1600 é uma solução de módulo de sonda montada remotamente para a família de displays Axiom da Raymarine. O RVM1600 integra a tecnologia de sonda RealVision MAX CHIRP, proporcionando mais clareza e uma melhor imagem dos peixes. Os entusiastas também apreciarão as capacidades de sonda multi-
canal. Os modos de sonda DownVision, SideVision, 3D e CHIRP convencional foram atualizados com um alcance alargado e resolução superior, graças aos novos e melhorados transdutores de sonda RealVision MAX CHIRP.
CAM300
A minicâmara IP diurna/noturna CAM300 também faz a sua estreia. Equipada com um sensor de vídeo HD, a CAM300 transforma o Axiom num poderoso sistema de observação de vídeo a bordo. Esta câmara compacta pode ser combinada com o sensor AR200, permitindo a Realidade Aumentada ClearCruise™, uma experiência impressionante que sobrepõe alvos AIS, pontos de passagem e objetos cartográficos diretamente no display de vídeo de alta definição da Axiom.
Novas cartas LightHouse
A Raymarine também lançará novas cartas regionais
para o LightHouse. Criadas a partir de fontes hidrográficas oficiais, as cartas LightHouse oferecem máxima legibilidade, navegação intuitiva e qualidade superior. Com uma assinatura Premium, os navegadores têm acesso a uma biblioteca de pontos de interesse sempre em expansão, permitindo que encontrem rapidamente marinas locais, locais de reabastecimento de combustível, restaurantes, supermercados e muito mais. pinpinAs cartas beneficiam da velocidade de desenho melhorada
e encontram-se disponíveis em cartões microSD précarregados. As novas regiões incluem a Europa Ocidental, o Norte da Europa, o Mediterrâneo, a Austrália e a Nova Zelândia, enquanto as cartas da América do Norte foram atualizadas.
Para mais informações sobre este novo produto da Raymarine, por favor visite o site www.nautiradar.pt ou contacte através do 21 300 50 50.
Hella Marine Apresenta Nova Luz LED Subaquática Apelo A3 Bronze
Aumente a festa, selecione o clima, ligue os ímans de peixe. O brilho da iluminação subaquática Apelo da Hella marine permite que você faça tudo.
Amais recente adição à gama de luzes subaquáticas Apelo é a A3 Bronze. Com
uns potentes 6.000 lúmens de saída e uma dimensão superior ao modelo Apelo A2 Bronze, a nova versão
A3 apresenta uma fórmula melhorada com o dobro de saída de luz, maximizando
o azul vibrante ou o branco intenso ou, o espetro completo de cores RGBW.
O modelo azul e o branco retêm a funcionalidade strobe, a versão RGBW inclui LEDs dedicados que emitem luz branca, adicionando uma luz branca mais intensa e brilhante à sua iluminação RGBW subaquática. Ambas as versões possuem a característica Edge Lighting (rebordo iluminado), pela qual a série Apelo é conhecida.
A ótica inteligente espalha a luz pela água, sem perder a luz na profundidade, e projetando-se amplamente pela popa. Com a adição de níquel-prata à estrutura extremamente resistente a corrosão, a Apelo A3 é perfeita
para instalações submersas permanentes em embarcações maiores e navios.
A Apelo A3 é ideal para cascos de fibra de vidro, madeira, aço e de compósito. Para montagem em embarcações de casco alumínio é necessário um espaçador de isolamento adequado.
A Apelo é fabricada na Nova Zelândia e suportada por uma garantia da Hella marine de 5 anos.
As luzes subaquáticas Apelo são fabricadas para durar!
Para mais informações visite www.nautiradar.pt
Grupo Garland Cresce
13% face a 2021 e 21% face a 2019
O Grupo Garland, um dos principais players nacionais no setor de logística, transportes e navegação já cresce mais do que antes da Pandemia, com um volume de negócios em Portugal que representou 89% da faturação global do Grupo no ano passado.
OGrupo Garland faturou 144,3 Milhões de Euros (M€) no ano passado, mais 13% que no ano anterior e mais 21% que em 2019 (último ano completo antes da pandemia). Depois de uma ligeira quebra em 2020, de 18% face a período homólogo, motivada pelos efeitos da Covid-19, 2021 foi já um ano de crescimento exponencial para a Garland, que aumentou então a faturação em 29%. O Grupo Garland regis-
tou um crescimento médio anual de 6,4% desde 2019.
Grande parte da faturação do Grupo Garland foi obtida com as suas operações em Portugal. Com uma faturação em território nacional de 129 M€ (89% do total), o volume de negócios no país cresceu 21% face a 2021 e 31% comparativamente a 2019.
“Com perto de 250 anos, o Grupo Garland deve a sua longevidade à sua solidez financeira e à flexibilidade
com que se adapta a momentos adversos, aproveitando os mesmos para crescer. Somos uma empresa global, mas com a flexibilidade de uma pequena, o que nos permite ir ao encontro das necessidades específicas dos nossos clientes. Neste período de pandemia, nunca deixámos de investir no nosso parque logístico e no nosso desenvolvimento tecnológico”, explica Mark Dawson. O CEO do Grupo Garland acrescenta ainda que, durante a fase mais crítica da pandemia, “o grupo soube estar ao lado dos seus colaboradores, parceiros e fornecedores, procurando atenuar os efeitos desta crise para todos. Essa forma de estar leva a que os nossos vários parceiros sejam os nossos primeiros embaixadores, ajudando-nos a crescer”.
Crescimento em todas as áreas de negócio No ano passado, o Grupo
Garland registou crescimento em todas as áreas de negócio.
A Garland Logistics foi a empresa do grupo que mais cresceu. O número de pickings cresceu 14% face a 2021, de 7,8 para 8,9 milhões e o armazenamento de paletes passou de 336.500 para 519.000 (mais 54%).
As empresas de transportes do Grupo – Garland Transport Solutions e Garland Maroc, movimentaram via camião 684.000 toneladas, mais 4% do que em 2021 e 1.170 toneladas via aérea, um crescimento de 11% face ao mesmo período.
A Garland Shipping (no conjunto de Portugal e Espanha) cresceu 1% face a 2021, agenciando 505 navios e movimentando 55.000 TEUS. Recorde-se que a pandemia de Covid-19 perturbou os serviços de transporte marítimo de mercadorias, levando a cancelamentos, atrasos portuários, e escassez de contentores.
O Tejo que Temos, Como e Porquê?!
Overdadeiro estado do rio Tejo não pode deixar de trazer-nos bastante preocupados, não obstante estar a ser dito pelos dois países que ele atravessa, as mais diversas soluções para resolver este estado
de decadência a que o deixaram chegar entretanto, desde quase seco a maior parte do ano em Portugal, mas ao aproximar-se o fim do ano, a nossa vizinha Espanha mimoseia-nos com uma grande descarga de água, até por vezes exa-
gerada, que origina cheias nos campos e nas aldeias, argumentando que é para cumprir os célebres Acordos de Albufeira, quando uma grande parte dela vai perder-se no mar.
Mas sabem porque é que a nossa vizinha pode con-
tinuar a seguir esta prática ultimamente, é simplesmente porque os tais célebres Acordos, não definem qual é a quantidade de água deste rio transnacional que deve ser deixada passar para o nosso lado, nem mensal nem semanal nem sequer bimensal ou até semestralmente, note-se bem!... Então, como é que a APA pode periodicamente durante o ano, estar a afirmar que a Espanha está a cumprir os devidos caudais?
A bem da verdade, sabese que em declarações aos jornalistas, em Abrantes, à margem de uma reunião com autarcas de região do Médio Tejo, o secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, afirmou que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a sua congénere espanhola têm vindo a “monitorizar permanentemente” os caudais no rio Tejo e que essa relação “tem sido muito positiva. - Será mesmo? mas andam a monotorizar o quê, perguntará o cidadão ribeirinho?
aquilo que não vê?”… Mas o mesmo responsável também disse que esta questão dos caudais pode sempre estar em cima da mesa [na próxima Cimeira Ibérica, no outono] mas, até agora, eles têm vindo a ser cumpridos e não há razão para que seja o tema principal da Cimeira”. Mas quando e como é que foram cumpridos? aquilo que não se conseguiu ver na prática?
Tomar. “Existe ou não plano” para seca no Tejo?
Autarca de Tomar espera que Governo apresente um “plano” sobre nível de água no rio Tejo. Para já, as medidas que estão em vigor “não são suficientes”. “Há aqui zonas onde é possível atra-
vessar a pé – Esse plano é sem dúvida um plano imprescindível!
O Governo sugere duas soluções para cauda do Tejo: Uma solução seria construir uma ligação em túnel da barragem do Cabril a Belver, sem qualquer transvase, e a outra opção seria o reforço de capacidade armazenada, em barragem, no rio Ocreza. É de optar pela melhor solução!
Câmaras, defendem caudal mínimo no Tejo
Os presidentes das Câmaras de Abrantes, Mação, Vila Nova da Barquinha e Vila Velha de Ródão defendem caudal mínimo diário no rio Tejo para salvaguardar
ecossistema. Têm toda a razão! mas como é que se consegue que a espanha cumpra?
Os golfinhos
Proposta para conservar o Tejo
O primeiro estudo que pretende compreender o estado do estuário do Tejo recomenda a criação de uma Comissão de Acompanhamento do Estuário do Tejo, com base na Área Metropolitana de Lisboa. Não há dúvida de que a permanência dos golfinhos no Tejo, é uma garantia do melhor estado da água do rio!
A Polícia Marítima conseguiu capturar 900 kg de amêijoa garimpada ilegalmente, na Póvoa de Santa Iria. Mas todos os dias os garimpeiros continuam a apanhá-la!?
Dos jornais espanhóis chegam-nos mais notícias
O país vizinho está mais perto de ver declarada a condição de exceção prevista na convenção de Albufeira, devido aos níveis de precipitação verificados até agora estarem abaixo dos níveis previstos. Desta forma, a Espanha fica liberta para não cumprir os caudais mínimos semanais na bacia do Tejo. Mas esta dos semanáis? Nunca aconteceu!
Seco, sujo, elétrico (51 barragens só em Espanha) e virgem (só se for antes da primeira destas barragens), é o rio Tejo visto pelos espanhóis – (mas desta vez nem falam dos transvases da mais pura água vinda da nascente, para regar os de-
sertos do sul);
Uma reportagem do El País, intitulada “A agonia do Tejo”, mostra uma viagem pelos 1038 quilómetros do rio: um Tejo seco, sujo,
uma sucessão de pântanos hidroelétricos… “ O rio mais longo da Península Ibérica está a morrer”. Esta é a conclusão apresentada aos leitores da reporta-
gem intitulada “A agonia do Tejo”, publicada no jornal espanhol El País. O veredicto surgiu após uma viagem ao longo dos 1038 quilómetros do percurso do Rio Tejo. O
jornal apresenta a reportagem - dividida em quatro capítulos e com quatro vídeos - que é também a “história de um Tejo incapaz de dar tudo o que dele se deseja obter”. Nesta viagem, os repórteres encontraram um rio em que a seca deixou à vista alguns problemas estruturais - a poluição e o excesso de reservatórios de água - e onde apenas a primeira secção do rio mantém águas cristalinas Logo no capítulo um, intitulado “Fendas onde havia água”, o jornal identifica o local ao longo dos mais de mil quilómetros do Tejo onde as consequências da seca são mais notáveis: na zona de Aranjuez, onde o rio Tejo - limpo mas diminuído - e o rio Jarama - com mais volume mas poluído, encontramse neste estado.
É este afinal o Tejo que temos, como e porquê!
A História nas Pedras do Guincho
As rochas da zona do Guincho – Sintra contam-nos alguma da incomensurável história da Terra, a big story. Foi num solarengo domingo do final de fevereiro, que um excelente grupo do Tejo a pé
andou a “ler”, mais uma vez, estas “páginas” do fabuloso livro que a geologia nos mostra e ensina. Depois de percorrida a praia, com pouco mais que um olhar pela chaminé vulcânica basáltica no meio do areal, porque
a maré não nos deixou, a passo amigável, o grupo foi deambulando pelo topo da falésia, um antigo nível de praia, que os seixos rolados nos “contam”. Assim, entre o pormenor e o grande, como tanto a geologia gosta, se
passou a primeira parte da jornada. Mesmo antes da pausa do almoço (no Tejo a pé, à boa moda portuguesa, mesmo que seja só uma sandes, almoça-se) na bonita praia do Abano, apreciámos magníficos corais
com mais de 100 milhões de anos, contidos nas rochas jurássicas. Foi o pretexto para falar do princípio das causas atuais e do truque que a geologia usa de trocar tempo por espaço. Depois,
cada vez mais próximos do maciço sub-vulcânico, a que chamamos Serra de Sintra, foi o tempo do encanto com a profusão de filões de todos os tipos, com a mundialmente conhecida falésia de filões
entrecruzados a marcar um certo espanto.
De resto, um dia muito bem passado, numa paisagem e natureza únicas, marcado por um são convívio, como tão bem caracteriza
o Tejo a pé. O Tejo a pé é um grupo informal de amigos que se junta, desde há 15 anos, uma vez por mês, para andar. Para ser convidado basta enviar um email: cupeto@uevora.pt .
Notícias do Porto de Setúbal
Porto de Setúbal e Ocean Winds Assinam Memorando de Entendimento
O Ministro das Infraestruturas, João Galamba, no passado dia 10 de março, homologou o Memorando de Entendimento entre o Porto de Setúbal e a Ocean Winds.
AAdministração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, S.A. e a Ocean Winds, joint-venture entre EDP Renováveis e ENGIE, dedicada à energia eólica offshore, assinaram um Memorando de Entendimento com o objetivo de identificar e avaliar as capacidades existentes e potenciais do Porto de Setúbal para acolher eventuais projetos de construção de equipamentos de energia eólica marítima. A cerimónia decorreu no auditório do Edifício Sede da APSS.
O documento foi assinado por parte da APSS, pelo Presidente do Conselho de Ad-
ministração, Carlos Correia, que nas palavras aos presentes, salientou que «no ano em que o porto de Setúbal comemora o seu centenário, a assinatura deste Memorando de Entendimento é mais uma prova que este é um porto de futuro e quer continuar a desenvolver-se e servir a região e o país», acrescentando que o porto «pelas suas caraterísticas naturais, pelas infraestruturas existentes, pelos inves-
timentos de melhoria realizados nos últimos anos, pelas áreas de expansão» tem «potencialidades para um forte desenvolvimento e crescimento nos próximos anos de suporte à transição energética com base em energias renováveis».
Pela Ocean Winds, José Pinheiro, Country Manager Portugal, referiu: «Celebramos mais um passo no percurso que iniciámos pouco antes de 2010, her-
dado de nosso acionista EDP Renováveis e assim construímos sobre esse legado a nossa história agora como Ocean Winds em Portugal. Estamos conscientes de que um dos desafios do nosso setor é dispor de infraestrutura capaz de servir projetos offshore eólicos na costa portuguesa e que estrategicamente poderão servir uma logística internacional. Por isso, mais
importante do que o documento aqui assinado, será o trabalho e continuo diálogo com a autoridade portuária de Setúbal e Sesimbra para fazer mais uma vez da visão, uma realidade de todos.»
Reconhecida mundialmente pela experiência única herdada dos acionistas estratégicos, neste caso, a EDP, a Ocean Winds opera há mais de dois anos o Windfloat Atlantic, o primeiro
parque eólico semi-submersível do mundo, em Viana do Castelo. A Ocean Winds, que desenvolve, constrói e opera 15 projetos eólicos em alto mar, de tecnologia fixa e flutuante, em sete países do mundo, viu no Porto de Setúbal o potencial pela sua excelente localização e áreas disponíveis, inseridas num forte tecido industrial.
Este Memorando de Entendimento integra-se na Política seguida pelo Governo para o desenvolvimento da energia eólica offshore, sendo o Porto de Setúbal um porto estratégico enquanto plataforma logística e industrial para a produção e exportação de energias renováveis no seu hinterland, bem como no abastecimento de matérias-primas acrescentando elevado valor económico à região e ao país.
Este ato visa cumprir com o plano de ação para o Porto de Setúbal para o triénio 23-25 sob o mote: Investir, Inovar e Descarbonizar.
A cerimónia foi encerrada pelo Ministro das Infraestru-
turas, João Galamba, que referiu ser «a energia eólica uma das formas de energia renováveis mais promissoras e sustentáveis, e Portugal tem-se destacado nos últimos anos como um líder na produção de energia eó-
lica». João Galamba reforçou que «o aumento da produção de energia eólica em Portugal faz surgir a necessidade de infraestruturas adequadas para armazenar, transportar e exportar essa energia, sendo aí que
os portos portugueses têm um papel fundamental a desempenhar». O Ministro referiu ainda que estes «podem servir como bases de apoio para a construção
e manutenção dos parques eólicos offshore, bem como, para a exportação da energia produzida e transporte da turbinas eólicas e outros equipamentos ne-
cessários». Em relação ao porto de Setúbal, salientou ter «uma localização estratégica», com «infraestruturas adequadas para o armazenamento, transporte e dis-
tribuição de energia eólica para outros países da Europa», e finalizou referindo que o Memorando de Entendimento agora assinado é o reflexo desta realidade.
Notícias da Marinha
Aquário Vasco da Gama Comemora 125 Anos
No âmbito do seu aniversário de 125 anos em 2023 o Aquário Vasco da Gama lança várias iniciativas para assinalar a sua longa existência de contribuição na preservação e educação do nosso meio de água doce, salgada e salobra, da sua fuana e flora.
Inaugurado a 20 de Maio de 1898, a sua exposição de exemplares vivos no Aquário Vasco da Gama caracteriza-se pela diversidade, apresentando espécies animais e vegetais pertencentes aos mais variados grupos zoológicos e botânicos, provenientes de ecossistemas de água doce, salgada e salobra, de ambos os Hemisférios. A fauna da costa portuguesa ocupa, no entanto, o lugar de destaque.
Aquário Vasco da Gama liberta 900 peixes nativos de água doce No ano em que comemora
125 anos, o Aquário Vasco da Gama (AVG) da Marinha Portuguesa libertou cerca de 900 peixes de água doce, nos dias 14 e 23 de março, nos concelhos de Grândola e de Mafra respetivamente. O Aquário Vasco da Gama, em parceria com o MAREISPA e a Faculdade de Medicina Veterinária, participa no projeto “Conservação ex
situ de organismos fluviais”. O objetivo do projeto é reproduzir e manter espécies nativas de peixes de água doce da fauna portuguesa, criticamente em perigo, para repovoamento dos seus rios de origem. Os rios são posteriormente visitados e as populações de peixes são monitorizadas pelos investigadores do MARE-ISPA. As instituições participantes realizam ainda, com as escolas locais, atividades de educação para a conservação destas espécies nativas e dos seus habitats.
Esta é uma forma de proteger as espécies consideradas criticamente em perigo devido à redução das populações no meio natural, provocada por vários fatores: descargas de poluentes, ocorrência cada vez mais frequente de verões prolongados e secos, destruição da vegetação das margens e proliferação de espécies invasoras vegetais e animais.
Informação adicional Alguns destes peixes, reproduzidos e criados no Aquário Vasco da Gama, são agora libertados no meio natural, antes do início da época de reprodução, com a autorização do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas:
- No dia 14 de março, cerca das 15h30, foram libertadas, na ribeira de Grândola (no Eco-Parque Montinho da Ribeira), 600 bogas-portuguesas (Iberochondrosto-
ma lusitanicum) nascidas no AVG entre 2019 e 2022, descendentes de exemplares capturados na mesma ribeira. Esta é uma espécie considerada criticamente em perigo que apenas existe em Portugal onde vive nas bacias hidrográficas dos rios Tejo e Sado e nas pequenas ribeiras da região Oeste e da região entre o Sado e o Mira.
- No dia 23 de março, cerca das 11h00, perto de Sobral da Abelheira, Mafra, foram libertados, no rio
Safarujo, 300 ruivacos-dooeste (Achondrostoma occidentale) nascidos no AVG entre 2019 e 2022, descendentes de exemplares capturados no mesmo rio. Esta é uma espécie considerada criticamente em perigo que apenas existe em Portugal e apenas em 3 rios: Safarujo, Alcabrichel e Sizandro.
Este mês o AVG já realizou mais duas destas ações, uma no dia 09 com a libertação de 35 bogas-portuguesas (Iberochondrostoma lusitanicum), 2 escalos-do-sul (Squalius pyrenaicus) e 2 verdemãs (Cobitis paludica), no rio Jamor, que tinham sido resgatados pelo AVG e pela Câmara Munici-
pal de Oeiras, em agosto do ano passado, devido à seca que se fazia sentir na região. A segunda ocorreu no dia 10 de março, em Mértola, onde foram libertados cerca de 60 saramugos (Anaecypris hispanica), no âmbito de uma colaboração com o projeto de conservação desta espécie, desenvolvido pelo Parque Natural do Vale do Guadiana. Esta é uma espécie considerada criticamente em perigo que apenas existe na Península Ibérica, na bacia do Guadiana.
Aquário Vasco da Gama lança projeto “MAR”
O Aquário Vasco da Gama, da Marinha Portuguesa, comemora 125 Anos este ano. No mês de MARço, vai desenvolver uma iniciativa dedicada ao MAR, com o apoio da BP, que se dirige a todos os visitantes que têm no primeiro nome a palavra “Mar”, tal como Marcelo, Maria, Marco, Marina, entre outros tantos nomes, que poderão usufruir de entrada gratuita.
A atividade pretende promover e cativar o interesse de todos os visitantes pelo Aquário, principalmente neste ano tão especial em que completa 125 anos.
Nesta visita poderão conhecer a história do Aquário, como também observar e obter mais informação acerca da diversidade de fauna e flora, podendo desta forma ser uma oportunidade para ficarem a ter um conhecimento mais completo sobre o Aquário.
Esta atividade não apresenta limite de vagas, só terão de apresentar um documento comprovativo do nome e, associada à entrada gratuita poderão ainda receber uma recordação do Aquário Vasco da Gama e da BP, que se associou a estas comemorações dos 125 anos.
Notícias da Marinha
Veículo Autónomo Não Tripulado de Patrulha Oceânica
AMarinha juntamente com a Autoridade Marítima Nacional e a empresa TecnoVeritas, Serviços de Engenharia e Sistemas Tecnológicos, Lda., celebrou no dia 16 de Março, um protocolo no âmbito do desenvolvimento de testes de um veículo autónomo não tripulado de patrulha oceânica (UOPV), na Direção de Faróis.
Na cerimónia, o protocolo foi assinado pelo CEO da TecnoVeritas, engenheiro Jorge Antunes, pelo capitão-defragata Anjinho Mourinha e pelo capitão-de-mar-e-guerra Miranda de Castro.
Esta parceria visa desenvolver um protótipo de um veículo autónomo não tripu-
lado de patrulha oceânica, com elevada autonomia e capacidade de vigilância e de intervenção, de forma a melhorar as capacidades e requisitos operacionais do UOPV. Ao longo dos próximos meses será avaliado o seu potencial para integrar os meios navais da Marinha do futuro.
Desenvolvido pela Tecnoveritas, este protocolo tem como objetivo melhorar as capacidades e requisitos operacionais do UOPV adequando-os, às intenções da Marinha e da Autoridade Marítima Nacional potenciando o seu valor militar e comercial e permitindo a partilha de conhecimento.
TecnoVeritas
Sediada em Portugal, criada há mais de 25 anos e com um alcance global, focados em gestão de energia e emissões, têm um histórico de soluções que combinam inovação e conhecimento.
A TecnoVeritas desenvolve e fornece soluções de gestão de energia e de manutenção à face mundial para
o setor naval e industrial. A Tecnoveritas possui também uma ampla gama de serviços e produtos nos campos
da engenharia naval, energia e ambiente, certificados pela norma ISO 9001, desde 2004.
Notícias ONE
Projeto para Criar Soluções de Contentores Inteligentes
A Ocean Network Express ONE anuncia planos para desenvolver e integrar uma solução de contentores inteligentes em toda a sua frota global, em colaboração com a Sony Network Communications Europe Sony.
torização, Visilion, da Sony Network Communications Europe “Temos a honra de colaborar com a ONE e dedicarmo-nos a criar uma solução avançada para contentores inteligentes. Os conhecimentos adquiridos em tempo real na frota da ONE permitir-lhes-ão otimizar ainda mais o seu negócio de transporte marítimo e, ao fazê-lo, melhorar o serviço ao cliente. Estamos ansiosos por trabalhar em conjunto e criar o futuro da logística”.
Sobre a ONE Portugal
Como um dos maiores transportadores de contentores do mundo, esta colaboração reúne a ampla experiência de transporte de carga da ONE com a da Sony no desenvolvimento e inovação de sensores de classe mundial e tecnologias de conetividade.
Os contentores equipados com esta tecnologia darão à ONE um maior fluxo de informação sobre a sua frota. Os
dados permitirão melhor visibilidade dos contentores, uma tomada de decisão mais rápida e proativa, bem como uma movimentação mais eficiente.
Os clientes vão beneficiar da solução de contentores inteligentes, na medida em que poderão ter acesso a atualizações em tempo real durante toda a jornada de uma remessa. Também vão receber dados de expedição mais fiáveis para uma comunicação fácil e transparente com
os intervenientes relevantes.
Declaração de Hiroki Tsujii, Director Geral, Produto & Rede, Ocean Network Express “Desde o início, a ONE é uma empresa que acredita no valor da colaboração. Atualmente, em conjunto com a Sony, estamos entusiasmados para criar o futuro do transporte de contentores. Este é um futuro onde temos acesso aos conhecimentos que precisa-mos para oferecer aos no-ssos clientes uma maior qualidade de serviço de modo a obter um novo padrão de excelência dos processos.
O desenvolvimento desta solução inteligente de contentores combinará o melhor dos especialistas nas respetivas áreas. A nossa missão conjunta terá como objetivo ultrapassar os limites do que somos capazes de fazer com uma logística inovadora ao nível das tecnologias”.
Declaração de Erik Lund, Chefe da Divisão de Mono-
A Ocean Network Express (ONE) foi lançada a 1 de abril de 2018, tendo a sua sede baseada em Singapura. À data deste press release, a ONE é a sétima maior empresa de transportes do mundo, operando 204 navios, com uma capacidade total de cerca de 1,5 milhões de TEU. A ONE tem os seus negócios globais em mais de 120 países. No ano fiscal de 2020, a ONE completou quase 12 milhões de TEU em movimentos. A ONE tem promovido ativamente seus esforços em matéria de sustentabilidade ambiental e digitalização em seus negócios para cumprir as suas responsabilidades sociais e proporcionar a máxima satisfação aos seus clientes. Magenta é a cor corporativa de assinatura, usada nos seus navios e contentores espalhados em todo o mundo.
Para mais informações, visite ONE em https://www. one-line.com
Notícias do Mar
Notícias do Clube Naval de Sesimbra
Torneio de Canoagem NELO 510 CUP
Participação de 63 atletas
Mais de 60 atletas do Clube Naval de Sesimbra, estiveram na NELO 510 CUP, no sábado dia 4 de março, na baía de Sesimbra.
OTorneio de Canoagem NELO 510 CUP contou no dia 4 de Março com a participa-
ção de 63 atletas participantes na baía de Sesimbra, organizado pelo Clube Naval de Sesimbra.
O tempo de conclusão da prova, que partiu da praia do Ouro, variou entre 31 e 50 minutos.
A prova decorreu de forma tranquila sem quaisquer incidentes.
A organização do Clube
Naval de Sesimbra no final atribuiu os prémios aos três primeiros classificados de cada escalão.
Clube Naval de Sesimbra
Fundado a 4 de setembro de 1930, o Clube Naval de Se-
simbra foi sempre uma associação voltada para o mar, dinamizadora de atividades náuticas no concelho de Sesimbra. Com a instalação do Porto de Recreio em 1999, o Clube Naval de Sesimbra ganhou maior destaque no contexto portuário nacional e recebeu muitos novos associados, o que fez crescer o número de praticantes das
secções desportivas. Com 92 anos de história, o Clube Naval de Sesimbra, que já organizou várias provas mundiais, promove atualmente as modalidades de canoagem, vela, pesca e atividades subaquáticas. As aulas de canoagem e de vela decorrem todos os fins-de-semana. Clube Naval de Sesimbra, desde 1930, consigo no Mar!
Notícias da Federação Portuguesa de Surf
Seleção de Longboard Prepara Mundial em Peniche
Seleção de 8 surfistas, a elite do Longboard nacional, esteve concentrada no CAR de Peniche a preparar-se para o Mundial de Longboard.
Aequipa nacional de longboard esteve a trabalhar durante dois dias no CAR de Peniche, sob orientação do técnico João Ferreira. O objetivo: preparar a participação no Mundial ISA de Longboard que terá lugar em El Salvador nos próximos 7 a 13 de Maio.
Na mira deste grupo liderado pelo experiente João Ferreira está o melhorar o 10º lugar obtido na China há 4 anos, algo que o técnico
nacional encara com grande otimismo, “encontrei um grupo excelente, com nível muito alto, tendo constatado um grande salto qualitativo em termos técnicos, tanto no masculino como no feminino.”
O grupo de longboarders nacionais treinou em diversas condições de mar, do “excelente ao exigente”,conforme
o testemunho de João Ferreira, o que, acrescentou, “os obrigou a pensar e ajudou a prepará-los para todos os cenários que podemos encontrar no campeonato”
Além do treino de mar, o grupo encetou vários exercícios táticos com análise de vídeos, estatísticas de campeonato e, aproveitando a
presença do chefe de juízes
João Maia, um “mini-curso” de julgamento em que o juiz explicou quais os critérios de julgamento e qual a melhor forma de maximizar o desempenho e obter melhores notas em competição.
A Equipa Nacional
João Dantas (Surfing Clube
de Portugal)
António Dantas (Surfing Clube de Portugal)
João Gama (Surfing Clube de Portugal)
Frederico Carrilho (NOCAS)
Raquel Bento (NOCAS)
Inês Mendes (CS Faro)
Maria Melendez (Surfing
Clube de Portugal
Kathleen Barrigão (Surfing Clube de Portugal)
Nic von Rupp Sagra-se Tricampeão do Capítulo Perfeito powered by Billabong
Português viveu ode triunfal em Carcavelos conquistando os prémios de tricampeão, melhor português em prova e melhor onda do dia Cascais, 28 de fevereiro de 2023.
Nic von Rupp venceu a 9ª edição do Capítulo Perfeito powered by Billabong na praia de Carcavelos, em
Cascais, derrotando na final Pedro Boonman (2º), William Aliotti (3º) e Aritz Aranburu (4º).
Com sets a atingir os 2,5
metros e ventos offshore ligeiros a moderados durante praticamente todo o dia, Carcavelos esteve de gala durante toda a competição,
oferecendo das melhores condições que esta prova especial de tubos já viu.
Nic von Rupp foi mesmo o homem do dia, protagonizando o único tubo nota 10 de todo o evento na sua bateria dos quartos-de-final. Ao vencer uma final 100% europeia, o surfista da Praia Grande conquistou ainda o prémio de melhor português em prova e o troféu especial de tricampeão. Revelando a inteligência estratégica e técnica apurada que o levaram à vitória em 2013 e 2014, von Rupp conquistou o inédito galardão que disputava com o basco Aritz Aranburu, o único atleta em prova que também já vencera a prova duas vezes no passado.
Assim, para além do che-
que da vitória, no valor de 12500€, o português conquistou o prémio de Melhor Tubo by 58SURF no valor de 2500€, o prémio Best Portuguese Surfer by Joaquim Chaves Saúde no valor de 1000€ e o Prémio Especial Tricampeonato by Madpizza no valor de 2000€.
“Foi um dia difícil, com muitos heats e muitos momentos altos e baixos. Senti que estava longe de ganhar. Os rapazes começaram a final muito bem e eu tive de correr atrás. Mas tive algumas oportunidades e esta manhã quando acordei senti que ia ganhar. Numa final, todos queremos fazer notas 10 mas, por vezes, ondas de 5 pontos garantem a vitória. Já sonhava com um terceiro triunfo no Capítulo Perfeito desde 2014. Ganhar numa praia onde cresci a surfar e com grandes tubos faz-me sentir que voltei às minhas origens e deixa-me especialmente feliz”, disse Nic von Rupp.
“Foi um inverno atípico, com poucas ondas boas em Carcavelos, o que tornou esta ondulação ainda mais especial. Fomos brindados com o maior swell que o Capítulo Perfeito já teve. Tivemos a praia cheia num dia de semana para ver vencer um português. Só posso agradecer a todos os parceiros que sempre acreditaram, aos surfistas e à praia onde cresci, que hoje nos ofereceu dos melhores
dias de competição de surf que já testemunhei”, afirmou Rui Costa, organizador do Capítulo Perfeito powered by Billabong.
Apesar de não ter conse-
guido revalidar o título obtido no ano passado, Aritz Aranburu foi um dos destaques do dia ao alcançar a maior pontuação combinada e conquistando, assim, o
prémio de Best Score by Go Chill no valor de 2000€.
Outro dos grandes protagonistas do dia foi Matias Canhoto, de 15 anos, vencedor indiscutível da bateria
que, a meio da tarde, opôs os jovens surfistas da categoria New Generation. Com uma onda perto da perfeição (9,9) e outra na casa do excelente (8,5), o goofy footer de Peniche somou um score
total de 18,4 pontos, arrancando uma sonora ovação ao público presente na praia ao colocar todos os seus oponentes – Tiago Faria (2º), Martim Fortes (3º), Salvador Vala (4º) e Francisco
Mittermayer (5º) – em combinação. Pela sua performance eletrizante, Matias foi premiado com um cheque de viagem de 500€ oferecido pela Globalis e uma estadia de 7 dias no Hiddenbay
Resort nas ilhas Mentawai, na Indonésia.
Entre os surfistas, destaque ainda para o brasileiro Bruno Santos, vencedor do prémio de Maior Wipeout by Nixon no valor de 500€. O ex-campeão do Capítulo Perfeito (2015) viveu também um dos momentos mais dramáticos da competição, sofrendo três aparatosos wipeouts consecutivos no seu heat das meias-finais, o que lhe valeu o prémio Ricardo dos Santos Atitude by Corona no valor de 1500€, destinado a destacar o atleta com mais entrega ao longo da prova.
Depois de uma espera atipicamente longa, o Capítulo Perfeito powered by Billabong foi hoje para a água a escassos dias do fim do período de espera, realizando-se em condições épicas que fizeram justiça ao conceito e à história do evento, com mais de 5000
pessoas a passarem pelo local da prova ao longo do dia e Carcavelos a provar, mais uma vez, ser um dos melhores beachbreaks da Europa e do mundo.
Da lista de surfistas que disputaram a 9ª edição do Capítulo Perfeito powered by Billabong fizeram ainda parte Clay Marzo, Tiago Pires, João Mendonça, Torrey Meister, Pedro Calado, João Moreira, Michael February, Adrian Buchan, Adriano de Souza e Miguel Blanco.
Estatísticas
Final: Nic von Rupp 8.00 x Pedro Boonman 7.95 x William Aliotti 6.40 x Aritz Aranburu 1.90
Ex-campeões: Tiago Pires (2012), Nic von Rupp (2013), Nic von Rupp (2014), Bruno Santos (2015), Aritz Aranburu (2016), William Aliotti
(2018), Anthony Walsh (2020), Aritz Aranburu (2022).
Melhor Tubo: Nic von Rupp (PRT) 10
Maior Score: Aritz Aranbu-
ru (ESP) 14.25
Best Portuguese Surfer: Nic von Rupp (1º lugar)
Maior Wipeout: Bruno Santos (BRA)
Prémio Ricardo dos San-
tos Atitude: Bruno Santos (BRA)
Prémio Tricampeonato: Nic von Rupp
Vencedor New Generation: Matias Canhoto (PRT)
Governo Vai Lançar Novas Medidas para os Portos
Alteração dos prazos das concessões portuárias, revisão do modelo de governação dos portos e incentivos ao investimento nestas infraestruturas são algumas das medidas anunciadas por João Galamba, que entende que este é o momento para sermos mais ambiciosos.
O Ministro das Infraestruturas, João Galamba anunciou, no passado dia 22 de março, no Parlamento que o Governo está neste momento “a ultimar um pacote de medidas que iniciarão um novo capitulo para os portos nacionais”, que vai envolver, entre outros, a alteração
dos prazos das concessões ou a revisão do modelo de governação do setor.
Aos deputados, o responsável elencou as linhas gerais desse pacote, salientando que vai passar por “definir as linhas gerais de orientação estratégica para portos, promover uma reforma legislativa ampla que assegure uma simplificação legislativa que estabeleça um ordenamento transparente, sustentável, flexível, e alterar o limite do prazo das concessões portuárias”.
Irá ainda passar por “rever o modelo de governação portuária numa lógica de cooperação interna e especialização de cada porto e de aumento da competiti-
vidade externa, formalizar o conceito prático de domínio portuário, que não existe, e criar medidas que incentivem mais e melhor investimento e renovação das infraestruturas”
As medidas que João Galamba diz estarem em preparação passam ainda por “reconhecer e fomentar a especialização dos trabalhadores portuários e promover a valorização profissional das carreiras”
O governante considerou os portos um “pilar fundamental do desenvolvimento económico do país” e disse que “este é o momento para sermos mais ambiciosos”
Frisando que os portos “en-
Director: Antero dos Santos - mar.antero@gmail.com
frentam desafios novos no contexto internacional altamente competitivo, no que diz respeito à transição energética e digital”, João Galamba defendeu que estas infraestruturas “devem caminhar para ser hubs energéticos e industriais, numa lógica de especialização e complementaridade interna”
O ministro das Infraestruturas recordou ainda que o enquadramento legal do sistema portuário nacional data dos anos 90 e frisou que a estratégia para a competitividade dos portos do continente tem o horizonte temporal até 2026, “estando praticamente toda cumprida”
Paginação: Tiago Bento - tiagoasben@gmail.com
Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt
Editor de Motonáutica: Gustavo Bahia
Colaboração: Carlos Salgado, Carlos Cupeto, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, João Zamith, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00