Apresentação
Yamaha Apresenta o Novo e Emocionante 350 HP V6
Para Atender às Encomendas dos Clientes
A Yamaha em La Spezia
Desta vez a Yamaha escolheu a antiga e marítima cidade La Spezia em Itália, para apresentar à imprensa náutica europeia nos dias 24 a 26 de abril o novo e emocionante V6 de 350 HP desenvolvido para atender à procura por maior variedade de potência.
AYamaha Motor Europe anunciou uma série de inovações para promover aos clientes embarcações, incluindo a principal atração que é um novo motor V6 de 350 HP e outras melhorias no Sistema Helm Master® EX.
O emocionante 350 V6 recentemente projetado juntase à família de motores de popa Yamaha para atender à procura dos clientes por maior variedade de potência, desempenho e confiabilidade premium.
O Helm Master® EX com propulsor de proa integrado
Reportagem e Fotografia André Santos e Yamaha Motor Europe NV Sucursal em Portugal apoioaocliente@yamaha-motor.pt
expande-se para aplicações motorizadas de motor de popa simples, quádruplo e quíntuplo sendo agora compatível com Vetus e Sleipner.
Duas tendências principais influenciaram as prioridades da Yamaha na inovação de motores e sistemas de navegação até 2024.
A primeira é que os fabricantes de barcos estão cada vez mais cientes de que os motores de popa representam uma opção versátil totalmente focada no interesse do cliente para impulsionar embarcações de grande porte.
A segunda é a sofisticação progressiva dos proprietários de barcos, que exigem cada vez mais opções, melhor tecnologia e integração de sistemas para os seus agora iates.
Como uma marca verdadeiramente centrada no cliente, a prioridade da Yamaha é crescer para atender às necessidades dos navegadores, em constante evolução.
“Nos últimos anos, a Yamaha fez grandes progressos, deixando de ser um fornecedor líder de motores de popa para se tornar um verdadeiro fornecedor de sistemas de navegação. Nós temos lançado muitas inovações líderes do setor durante este período, mas não temos ficado aí” disse Fabrice Lacoume, diretor de marinha da Yamaha Motor Europe. “A gama deste ano oferece um
novo motor excitante e poderoso que reflete verdadeiramente a diversidade que tem o proprietário de barcos de hoje, além de uma série de melhorias técnicas mais sutis do que atender e, esperançosamente, superar as expectativas crescentes de nossos clientes.”
Yamaha V6 de 350 HP
O emocionante V6 de 350 HP é uma adição valiosa à linha de motores de 225 HP, 250 HP e V6 e 300 HP que cobre a lacuna de potência entre o V6 e o V8 (XTO V8 400 HP e XTO V8 450 HP).
Os clientes vão adorar a maior potência de um V6 e o maior torque em velocidades
mais baixas, o que permite uma experiência mais estimulante e com maior capacidade de resposta ao pilotar o barco.
O novo V6 de 350 HP foi projetado com válvulas de admissão e escape maiores que o V6 do 300 HP e usa uma válvula de admissão eletrônica do mesmo diâmetro do XTO V8 de 450 HP para maximizar o movimento do ar. Melhor fluxo de ar equivale a mais potência, já que o combustível determinado com precisão e o avanço da ignição correspondem à aceleração do operador para obter um desempenho maior, enquanto um virabrequim novo e robusto, com um curso mais longo permitindo que um torque maior seja alcançado em velocidades mais baixas.
Desde as cabeças dos cilindros ao cárter, o novo V6 de 350 CV da Yamaha caracteriza-se por um design meticuloso técnico. Com uma impressionante taxa de compressão de 11:1. O novo V6 de 350 HP gere efetivamente o deslocamento de ar usando coletores de admissão personalizados.
Equipado com tanques de expansão 40% maiores para maximizar a quantidade e a alimentação do fluxo de ar para as portas de admissão, garantindo ao mesmo tempo uma distribuição uniforme do ar em cada cilindro. Coletores de admissão idênticos a bombordo e estibordo permitem o posicionamento ideal para a válvula de aceleração eletrônica de 81 mm, que é 8% maior que a válvula de aceleração do V6 de 300 HP e montagem central para fluxo de ar e potência mais suaves e de maior resposta. As válvulas de admissão e escape são maiores e a sincronização das válvulas é variável (VCT) e oferecem uma clara vantagem de fluxo de ar para o novo Yamaha
V6 de 350 HP. O perfil melhorado da árvore de cames define uma maior elevação da válvula para uma maior duração de abertura para a admissão e escape, enquanto os elevadores de válvula agora projetados fabricados no mesmo material durável usado nos elevadores do XTO de 450 HP, eles criam uma folga precisa das válvulas para obter combustão reforçada.
Para aproveitar o aumento do fluxo de ar, um novo virabrequim de design robusto cria um curso com mais tempo para mais torque em todas as faixas de RPM O Yamaha V6 de 350 HP também incorpora o uso de velas de irídio, muito apreciadas por sua resistência e centelha concentrada e eficiente, combinado com o novo mapeamento de controle de injeção de combustível da Yamaha, que atinge uma vida útil mais longa do injetor do que no V6 de 300 HP para obter mais potência.
Helm Master® EX
O sistema de controle Helm Master EX® exclusivo e definidor de categoria da Yamaha torna as operações do barco mais fáceis e agradáveis. O Helm Master EX® usa tecnologia sofisticado para ajudar os profissionais das marinas e os pilotos, de aumentar o prazer de navegar com confiança, maximizando a diversão na água, com configurações de motor de popa única ou múltipla. Em 2024, a Yamaha contará com o sistema de propulsor de proa de velocidade variável integrado no joystick, com a adição de aplicações externas simples, quádruplas e quíntuplas para embarcações de grande porte que podem exigir monitoramento adicional. Além disso, Sleipner junta-se à Vetus para esta nova geração de propulsores
de proa integrados, como marcas fornecedoras que suportam esta tecnologia.
Novidade em 2024, o comando mecânico 704 da Yamaha agora está disponível com um integrado mecanismo de travamento neutro que permite que o fora de borda mantenha uma posição neutra enquanto o motor está funcionando. Esta funcionalidade é perfeita para ficar ao ralenti na água ou esperar nas docas. O botão montado na parte superior permite fácil controle do acelerador com um toque com a mão e o ajuste do trim é sem esforço graças a um interruptor operado com o polegar.
Navegar nunca foi tão fácil!
Sobre a Yamaha Motor
A Yamaha Motor é líder mundial em motores marítimos e sistemas de navegação, conhecida pela sua incansável
Manobra para atracar do Invictus TT 420 S, facilitada pelo sistema Helm Master® EX
busca por inovação, engenharia excepcional e produtos de alta qualidade. Com um legado de mais de
há 60 anos, a Yamaha Motor continua a inspirar e encantar clientes em todo o mundo, oferecendo motores e sistemas
de navegação emocionantes e confiáveis que aumentam a alegria do tempo passado na água.
Nos Testes destaque para as Performances Muito Elevadas
Os jornalistas náuticos convidados tiveram à sua disposição seis embarcações para testar equipadas com o novo Yamaha F350.
As embarcações eram o Invictus TT 420 S com 3 Yamaha F350BET, o Sterk 31 RC com 2 Yamaha F350BET,
Jeanneau CC 10.5 com 2 Yamaha F350BET, Capelli T 42 com 2 Yamaha F350BET, Capelli T 900 com um Yamaha F350BET e o Yamarin 80 DC com um Yamaha F350BET
Invictus TT 420 S com 3 Yamaha F350BET
Em Portugal, o estaleiro Invictus tem como importador
a Yamaha Motor Europe NV Sucursal em Portugal apoioaocliente@yamaha-motor. pt.
O Invictus Yacht é um estaleiro de Itália de Sport Cruisers dos 8 aos 15 metros de comprimento, com o casco, o estilo e um design italiano muito especial e ergonómicos
O Invictus TT 420 S tem 12,30 metros de compri-
mento. Destaca-se pelo design do longo teto que cobre o posto de condução e o poço.
No poço tem um banco e á popa fica um amplo solário.
À frente da consola de condução fica um banco de solário e repouso.
De realçar no Invictus TT 420 S a luxuosa cabina com dois quartos, cozinha e quarto de banho, inclui tecidos especiais, couro e madeira.
Performances do Invictus TT 420 S
Velocidade máxima: 45 nós às 6.100 rpm
Velocidade de cruzeiro: 31,7 nós às 4.500 rpm
Sterk 31 RC com 2 Yamaha F350BET Para Portugal a importação de embarcações Sterk é pela Yamaha Motor Europe NV Sucursal em Portuga apoioaocliente@yamaha-motor.pt.
O Sterk 31 RC, com 9,28 metros de comprimento, é uma embarcação muito inovadora criada pelo designer
Carlos Vidal e pelo arquiteto naval Sasha Vlad para o construtor de barcos Milan Sterk.
Produzido na Alemanha o Sterk 31 tem sido um êxito, para quem quer barcos muito rápidos e polivalentes.
O Sterk 31 RC impressiona pelo seu layout que permite muitos usos, apresenta tecnologias de ponta e uma funcionalidade perfeita.
O Sterk 31 RC dá para sair com a família ou os amigos e ir mergulhar ou à pesca e passar um fim de semana ou férias, porque tem uma ampla e completa cabina com quarto, cozinha e quarto de banho.
Uma das inovações, o Sterk 31 RC tem na popa um amplo solário e sob o solário tem um acesso ao sanitário e quarto de banho, evitando ir dentro da cabina para fazer o uso da sanita.
Outra característica que que oferece o estilo de barco pescador é o T-Top, que cobre a consola do posto de comando e o poço e a facilidade de saída do piloto para a proa.
Como se pretende a prestação desportiva da embarcação, o Sterk 31 RC comporta um casco rápido e poderoso, podendo ser equipado com motores até 700 HP. Como prémio, o Sterk 31
RC foi nomeado para 2024 Prêmio Europeu De Barco A Motor.
Performances do Sterk 31 RC
Velocidade máxima: 61 mós às 6.000 rpm
Velocidade de cruzeiro: 37 nós às 4.000 rpm
Capelli T42 com 2 Yamaha F350BET
Da gama Luxury Line o Capelli T42, com 13,02 metros de comprimento, é um sem rígido do construtor italiano Capelli que em Portugal tem
como importador exclusivo a Porti Nauta do Grupo Angel Pilot.
O Capelli T42 é um pequeno cruzeiro com a imensa vantagem de ter a máxima segurança por ser um semirígido com os tubos colados ao casco.
O Capelli T42 tem na consola de condução um T-Top. que cobre também um amplo poço que tem bancos, mesa e uma cozinha. Dispõe de um enorme solário à popa
O Capelli T42 comporta uma cabina grande que comporta um salão.com bancos convertíveis em cama de casal e dispõe ainda de um lavatório e um quarto de banho.
O Capelli T42 pode fazer pequenos cruzeiros e navegar com o maior conforto e segurança porque tem o clássico casco Capelli Tempest, que é largo à proa e tem um V bastante profundo, incorpora de cada lado dois robaletes que fazem um ligeiro túnel de estabilidade até à popa. Com este casco safa bastante bem a água para fora e corta as vagas com segurança e comodidade.
O barco tem os tubos construídos, pelo processo de colagem a frio, em Neoprene/ Hypalon com 1670 detx, fabricado pela Orca. Os tubos
são colados ao casco por fora e por dentro, aumentando assim a robustez do barco e eliminam as vibrações nos tubos à popa com o barco em andamento.
Performances do Capelli T42
Velocidade máxima: 40 nós às 6.000 rpm
Velocidade de cruzeiro: 16,3 nós às 3.5oo rpm
Jeanneau CC 10.5 com 2 Yamaha F350BET
A Nautiser Centro Náutico é o importador exclusivo para Portugal dos barcos a motor do fabricante francês Jeanneau.
O Jeanneau CC 10.5, com 10.50 metros de comprimento, é um cruzeiro desportivo para levar a família e os amigos.
O casco do CC 10.5 foi desenhado pelo famoso designer americano Michael Peter. É um barco elegante, no estilo dos barcos de pesca desportiva dos USA.
Este modelo procura satisfazer melhor a sua utilização com soluções muito polivalentes. O poço pode estar completamente desim-
pedido para os pescadores ou montar bancos e mesa para refeições.
O posto de comando tem um T-Top e uma consola com entrada para uma cabina com um salão convertível em quarto de cama, tem um lavatório e quarto de banho.
À frente da consola do piloto o espaço junto à proa também se converte num amplo solário ou com bancos em U com mesa ao meio.
Performances do Jeanneau CC 10.5
Velocidade máxima: 42 nós às 6.000 rpm
Velocidade de cruzeiro: 25,1 às 4.000 rpm
Capelli T 900 com Yamaha F350BET
O semi-rígido Capelli T 900 é em Portugal importado em exclusivo pela Porti Nauta do Grupo Angel Pilot.
O Capelli T 900, com 9,62 metros de comprimento. foi desenvolvido para satisfazer o máximo de conforto e satisfação dos passageiros, com uma completa gama de acessórios incorporados.
O Capelli T 900 tem no
posto de comando uma alta e larga consola de condução e o piloto possui um banco duplo estofado. Para o proteger do sol, o piloto desfruta de um T-Top.
O Capelli T 900 tem um enorme poço com um banco à popa.
À frente o barco é bastante largo e tem bancos em U que se convertem num solário.
O Capelli T 900 tem os tubos construídos, pelo processo de colagem a frio, em Neoprene/Hypalon com 1670 detx, fabricado pela Orca, o melhor fabricante do Mundo. Os tubos são colados ao casco por fora e por dentro, aumentando assim a robustez do barco e eliminam as vibrações nos tubos à popa com o barco em andamento.
O barco tem o casco clássico Capelli, largo à proa com um V bastante profundo e incorpora de cada lado dois robaletes que fazem um ligeiro túnel de estabilidade até à popa. Este casco safa muito bem a água para fora, não molha o interior e oferece grande conforto a navegar.
Performances do Capelli T 900
Velocidade máxima 42 nós às 5.900 rpm
Velocidade de cruzeiro 22,3 nós às 3.500 rpm
Yamarin 80 DC com Yamaha F350NSAX
Para Portugal o importador dos barcos Yamarin é a Algarve Boat Sales, Marina de Lagos, Loja 11 http://www.algarveboatsales.com/
O Yamarin 80 DC, com 8,28 metros de comprimento é um Day Cruiser que está equipado e comporta várias soluções inovadoras que facilitam a cir-
e satisfação dos passageiros
culação. Para o acesso à proa tem passagens largas a bombordo e a estibordo da consola de comando, com aberturas laterais do para-brisas.
O posto de comando tem um largo para-brisas que se prolonga até à popa, protegendo todo o poço.
O piloto e o copiloto têm bancos que permitem duas posições de condução
O largo e comprido poço tem um banco na popa e está equipado com um móvel bar.
Sobre o teto da cabina pode-se montar um grande solário.
O Yamarin 80 DC possui uma espaçosa cabine com janelas laterais com bastante luminosidade, para duas pessoas dormirem num fim-desemana ou férias, porque na cabina o Yamarin 80 D C tem um grande sofá, uma cama de casal, uma cozinha com fogão e um lavatório, um frigorífico, armários de arrumação e um quarto de banho.
Performances do Yamarin 80 DC
Velocidade máxima: 45 nós às 6.050 rpm
Velocidade de cruzeiro: 27,5 nós às 4.000 rpm
Um Sucesso para o Sector Náutico em Portugal
A 54ª edição da Nauticampo, organizada pela Fundação AIP, destacou-se de 17 a 21 de abril como um evento central para a navegação de recreio, desporto aventura e caravanismo e em Portugal. Desde o primeiro momento, notouse a importância e a energia que este certame traz para o setor.
As grandes marcas e as principais empresas de embarcações, motores, electrónica, equipamentos e do sector náutico em geral estiveram presentes na feira, entre as quais destacamos: 3d Tender, Aife-Liferaft, Angel Pi-
lot, Axopar, Bayliner, Boatcenter, Bombard, Capelli, Chaparral, Compass, Dipol, Flipper, Grow Ibéria, Honda, Hydro Sport, Idea Marine, Invictus, Isonautica, Joker Boats, Korcula, Marex, Mercury, Montrey, Navan, Korcula Boat, Limatla, Marex,
Mercury, Montrey, Moomba, Moteo, Motolusa, Nautel, Nautiradar, Marina Marbella Setúbal, Navan, Obe & Carmen, Obe Fisher, Parker, Quick Silver, Rand, Riamar, Roto Tech, Salpa, Sanremo Boats, Saxdor, Seagame, Sea Ribs, Sirius, Suzuki,
TarPon, Tohatsu, Touron, Vanguard Marine, Vetus, Whaly, Windy, Yamaha ou a Yanmar
A presença da Marina de Vilamoura, habitual nestes eventos, foi novamente âncora para o que se passa no sector e aproveitou também esta participação para fazer a promoção do evento náutico, Boat Show Internacional da Marina de Vilamoura, que co-organiza com a FIL. As Estações Náuticas e os seus parceiros, com o apoio do Fórum Oceano, apresentaram uma oferta integrada. Municípios como Albufeira, Aveiro, Faro, Mértola, Portimão, a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, a Comunidade Intermunicipal do Oeste e a Entidade Regional do Turismo do Alentejo marcaram presença, refor-
çando a importância regional do evento.
Entre os expositores, a Grow Ibéria fez a exibição dos motores Honda, incluindo o novo BF350 de 350 cv e a Marina Marbella Setúbal reafirmou a sua presença no certame.
Instituições tradicionais, como a Mútua dos Pescadores, marcaram presença com suas soluções de seguros, refletindo sua posição histórica no setor.
A feira também apresentou uma diversidade de soluções e produtos para desportos náuticos, demonstrando a vitalidade e a inovação contínua do setor. A NAUTICAMPO 2024 reafirmou-se como um evento essencial para todos os entusiastas e profissionais da náutica em Portugal.
Fórum “Náutica Presente e Futuro”
O Fórum “Náutica – Presente e Futuro”, uma organização da Divisão Náutica ACAP/ APICAN, em parceria com o Jornal Notícias do Mar e apoio da nauticampo, reuniu no dia 19 de Abril, uma plateia repleta de profissionais e representantes institucionais, tendo contado com mais de 100 participantes. Foi um dos destaques da feira, contribuindo para o envolvimento do setor. Este espaço permitiu um diálogo franco e produ-
tivo sobre as diversas preocupações que afectam o sector náutico. A moderação ficou a cargo de João Carlos Reis do Notícias do Mar.
Fernando Sá, Presidente da Comissão da Divisão Náutica da ACAP/APICAN, inaugurou o evento às 15h, abrindo espaço para um debate profundo sobre o estado atual e o futuro da náutica em Portugal. O painel inicial, denominado “O Estado da Náutica em Portugal”, contou com a presença de José Simão, Diretor-geral da DGRM; Capitão-de-Fragata José Manuel Marques Coelho, Capitão do Porto de Cascais; Comandante Hugo Bastos, Administrador da Mystic Invest Holding e o Professor Mário Rui Rilhó de Pinho, Secretário Regional do Mar e Pescas do XIV Governo dos Açores. Entre os tópicos debatidos estiveram os
desafios regulatórios do setor, a necessidade de modernização da legislação, e o papel da náutica na biodiversidade e sustentabilidade ambiental. Destacou-se a necessidade de atualizar a legislação para simplificar processos de legalização de embarcações. Enfatizou-se a importância de agilizar trâmites, criticando a morosidade e exigências burocráticas excessivas. Discu-
tiu-se a inovação no turismo náutico e a urgência de melhorar infraestruturas e abastecimento. Por fim, falou-se sobre a estratégia marítima dos Açores, focando a conservação marinha e adaptação às mudanças climáticas e ressaltando os desafios únicos da região.
O Fórum prosseguiu com o Painel de Debate II, focado na “Visão e Caminhos para o Fórum Náutica, Presente e Futuro, uma organização da Divisão Náutica ACAP APICAN, em parceria com o Jornal Notícias do Mar
Futuro da Náutica”, onde participaram Sérgio Faias, Presidente do CA da Docapesca; Isaltino Morais, Presidente da Câmara Municipal de Oeiras; João Machado, Vereador da Câmara Municipal de Aveiro; Joaquim Baptista, Presidente da Região de Aveiro e António José Correia, Coordenador da Rede das Estações Náuticas de Portugal. Discutiu-se sobre o desenvolvimento de infraestruturas náuticas em Portugal, o impacto das marinas no crescimento do sector e as estratégias para promover a náutica como motor do turismo. Isaltino Morais revelou planos para o desenvolvimento náutico de Oeiras, incluindo a nova Marina de Paço D’Arcos, enfatizando a importância de novas marinas para impulsionar a náutica de recreio. Falou-se do papel da náutica no turismo de Aveiro, discutin-
do expansões e a sustentabilidade. Joaquim Baptista falou sobre como a Ria de Aveiro está sendo utilizada para promover a náutica, e mencionou eventos locais como impulsores da atividade. António José Correia discutiu o papel da Rede das Estações Náuticas de Portugal na estruturação do turismo náutico, destacando os desafios e sucessos na cooperação setorial.
Carlos Costa Pina, Presidente do Fórum Oceano, foi responsável pelo encerramento do evento, realçando a importância de tais encontros para o fortalecimento e crescimento do sector náutico em Portugal. O evento terminou com um cocktail e networking, cortesia de um dos parceiros da ACAP, a VALORPNEU e da empresa do presidente da Comissão Executiva ACAP/ APICAN, Treino de Mar.
Aumento de 11% de visitantes no maior Evento dedicado às actividades outdoor em Portugal
O Gestor da iniciativa, Miguel Anjos, destacou de forma bastante positiva a presença da oferta integrada de destinos náuticos, como o Município de Portimão, Albufeira, Faro, as Comunidades Intermunicipais das regiões de Aveiro e do Oeste, assim como a forte presença da Entidade Regional do Turismo do Alentejo (Nautical Alentejo). Considera ainda que é um sector com forte potencial e perspectivas de crescimento no futuro.
De destacar o aumento do número de expositores, e a presença marcas líderes do sector, que apresentaram as últimas novidades na sua oferta de produtos, serviços e experiências outdoor, junto
dos cerca de 17.500 visitantes presentes nesta edição. De salientar que 20% dos visitantes marcaram presença pela primeira vez. Dos visitantes inquiridos, 94% mostraram-se satisfeitos ou muito satisfeitos, sendo que 86% recomendariam a visita a amigos ou familiares. Entre os visitantes profissionais mais de 50% identificou oportunidades de negócios.
A Nauticampo está de volta definitivamente Os expositores estão satisfeitos e foi mesmo isso que sentimos das conversas que tivemos com eles.
A nauticampo 2024 foi amplamente avaliada como um evento positivo pelos expositores e participantes. As empresas alcançaram os seus objetivos comerciais, estabeleceram novas parcerias e fortaleceram as existentes. O aumento no número de expositores e visitantes, comparado a 2023, sinalizou uma recuperação e o reforço do prestígio da feira. Apesar das críticas construtivas sobre a necessidade de mais espaço e melhor promoção dos produtos, a organização e a divulgação foram bem recebidas. Em suma, a feira parece estar numa rota positiva, com expectativas de melhorias futuras e é isso que todos queremos.
A próxima edição já tem data marcada, de 26 a 30 de Março de 2025, na FIL, Parque das Nações.
Os Protagonistas da Nauticampo 2024
ACAP APICAN
AACAP/APICAN considera a Nauticampo de grande importância para o sector tanto da Náutica de Recreio como para o Caravanismo e Autocaravanismo (cujos associados a ACAP também representa).
A ACAP/APICAN preparou o Fórum Náutica Presente e Futuro, que teve mais de 100 participantes e que teve o apoio do Notícias do Mar.
ACAP/APICAN: “Foi muito importante para a ACAP/ APICAN voltar a estar presente como expositor e como parceiro da FIL.
A Nauticampo 2024 volta a crescer em n.º de expositores e de visitantes.”
AIFE-Liferaft
Na Nauticampo 2024, apresentámos várias novidades no campo da segurança náutica.
Destacamos especialmente a nova linha de balsas salva-vidas da marca Hero, que incorpora tecnologia de ponta para garantir a máxima segurança em emergências.
Além disso, também introduzimos novos modelos de coletes salva-vidas da marca
Baltic, projetados para proporcionar conforto e proteção otimizados.
Na feira, demos particular destaque à nossa vasta gama de produtos de salvamento marítimo, incluindo balsas salva-vidas, coletes, e equipamentos de segurança pessoal. Também apresentamos a nova linha de roupa técnica da Helly Hansen, projetada para garantir conforto e proteção em condições adversas.
Estivemos presentes na Nauticampo para fortalecer os nossos laços com a comunidade náutica, bem como para apresentar as nossas mais recentes inovações em segurança marítima. A feira proporcionou-nos uma excelente oportunidade para interagir com clientes existentes e potenciais, bem como para receber feedback direto sobre os nossos produtos. Fazemos um balanço extremamente positivo da nossa participação na Nauticampo 2024. Além de conseguirmos alcançar os nossos objetivos comerciais, também tivemos a oportunidade de estabelecer novas parcerias e fortalecer as existentes. A resposta dos visitantes à nossa expo-
oportunidade de partilhar as nossas soluções de segurança náutica com todos os nossos parceiros e amigos. Por fim, os nossos parabéns à organização pela excelente realização da Nauticampo 2024.”
Angel Pilot
AAngel Pilot / BG decidiu não expor barcos nesta edição e estar presente apenas no stand da Yamaha, em representação das marcas Empowered by Yamaha Beneteau, Capelli, Sealegs, Sunchaser e Quarken.
sição foi muito encorajadora, o que nos deixa confiantes no sucesso futuro dos nossos produtos e serviços.
Miguel Ferreira, AIFE-Liferaft: “A participação da AIFE-Liferaft SA na Nauticampo 2024 foi uma experiência verdadeiramente enriquecedora. Estamos gratos pela
A Angel Pilot / BG regressou à NAUTICAMPO em colaboração com um dos seus maiores parceiros a Yamaha, para marcar presença na qualidade de concessionários da marca e distribuidores de diversas marcas Empowered by Yamaha.
Stefania Balzer, Grupo Angel Pilot: “O balanço é positivo. Para além da possibilidade reencontrar alguns clientes, obtivemos novos contactos.”
Gama de produtos de salvamento marítimo (e.g. balsas salva-vidas, coletes) na AIFE-LIFERAFT
Stand da BoatCenter em destaque na entrada do salão
Boatcenter
OBoatcenter tem sempre os últimos modelos em stock das suas representadas Chaparral, Joker Boat e Rand, o que faz com que a nossa montra seja sempre bem composta.
Nos Yachts, a disponibilidade de stock é diferente e por isso o nosso Greenline 45 Fly não ficou pronto a tempo, pelo que utilizámos um mock up e outros equipamentos promocionais para marcar a
sua presença. Chegará em Junho às nossas instalações, estamos entusiasmados até porque é o primeiro modelo Greenline a chegar a Portugal desde a pandemia.
A Chaparral é sempre uma marca que inova, melhorando de ano para ano a qualidade dos seus acabamentos e tornando todos os modelos muito completos em termos de funcionalidades. Destacamos o 287 SSX e o 307 SSX, não são propriamente
do Município de Mértola
novidades, mas surpreendem quando aparecem.
Na Rand destacámos o modelo Source 22, pela primeira vez em Portugal.
Em relação às nossas novas instalações – Villa Náutica, estamos na reta final para dar início às obras.
Sofia Canêlhas, BoatCenter: “Felizmente notou-se um crescimento em relação à presença dos dos players do mercado náutico, o que faz com que a exposição naturalmente fique mais composta em relação aos dois últimos anos.”
Município de Mértola
Anauticampo, para além de ser mais antigo a nível europeu, é o maior e mais prestigiado evento de atividades outdoor realizado em Portugal. A Estação Náutica de Mértola, em parceria com as sete Estações Náuticas do Alentejo, a ADRAL e o Sines Tecnopolo, e com o apoio do Turismo do Alentejo e do Ribatejo – ERT, participou neste certame especializado em náutica de recreio e atividades de outdoor ao longo de cinco dias. Foram dados a conhecer os diferentes programas e iniciativas que o município de Mértola desenvolve em
torno da sua Estação Náutica, sejam elas atividades de turismo náutico integradas com propostas desportivas, outdoor, cultura, gastronomia, enoturismo, astroturismo, entre outras, sempre associadas a planos de água, com o objetivo de promover a região e alavancar a notoriedade da marca territorial nos mercados nacional e internacional. A época balnear na Praia da Albufeira da Tapada Grande em Mina de São Domingos. Esta instalação está dotada de infraestruturas que possibilitam uma distinta prática balnear, complementada com um anfiteatro ao ar livre, parque de merendas, espaço infantil renovado, bar de apoio, entre outras.
Desde 2012 que é galardoada com Bandeira Azul, cumprindo todos os requisitos deste programa. A Bandeira Azul é um símbolo de qualidade atribuído anualmente às praias que distingue o esforço de diversas entidades em tornar possível a coexistência do desenvolvimento local a par do respeito pelo ambiente, elevando o grau de consciencialização dos cidadãos em geral, e dos decisores em particular, para a necessidade de se proteger o ambiente marinho, costeiro e lacustre e incentivar a realização de ações condicentes à resolução dos problemas aí existentes.
Destacamos, ainda, que a Praia da Albufeira da Tapada Grande está inserida no Programa Praia Acessível, permitindo uma melhor utilização às pessoas com mobilidade condicionada. Possui acesso à praia, lugares de estacionamento exclusivos, sombra e cadeira anfíbia.
A Praia da Albufeira da Tapada Grande em Mina de São Domingos, localiza-se na maior de duas albufeiras de água doce criadas pela empresa Mason & Barry durante o século XIX para fornecer
água para o processamento de minerais de baixo teor pela via húmida.
Bastante positivo a presença do Município de Mértola, na parceria com a rede das estações náuticas do Alentejo.
João Rolha, Município de Mértola: “Para o Ano que vem, queremos a mesma dinâmica, para crescer contem connosco.”
Fórum Oceano
OFórum Oceano esteve presente com um stand Rede das Estações Náuticas de Portugal com 2 objetivos:
“Ancorar” Estações Náuticas e respetivos parceiros empresariais que não estavam presentes na Feira.
Promover a diversidade de oferta da Rede que integra o Nautical Portugal.
As Estações Náuticas prepararam e expuseram materiais promocionais próprios e dos parceiros empresariais.
Em articulação com a Rede, regionalmente foi elaborado um plano de iniciativas de promoção territorial e empresarial.
Por comparação com 2023 registamos um aumento do número de expositores e de visitantes. No entanto, em nosso entender, deve-se continuar a trabalhar para que a feira atinja uma dimensão crítica que a torne mais atrativa, justificando, por essa via, o investimento que os exposito-
res fazem.
Um aspeto muito positivo foi o Fórum sobre a Náutica e que, com painéis muito qualificados, registou uma excelente participação. Registámos um maior esforço promocional, nomeadamente, nas redes sociais, devendo ser intensificado nas próximas edições.
António José Correia, Coordenador da Rede das Estações Náuticas de Portugal: “Como atores da Náutica e do Turismo Náutico entendemos que a “marca” Nauticampo é um património a preservar e a intensificar. Cá estaremos para continuar a contribuir para o seu desenvolvimento.”
Limatla
ALimatla apresentou a nova representada, a marca Compass, com o modelo Compass 7S, novidade
para 2024. O novo Moomba Craz, também uma novidade. Apresentamos pela primeira vez na Nauticampo o Idea 80, que teve muito interesse da parte dos visitantes. Apresentamos a serie M da Monterey com o modelo M205 equipado com motor fora de bordo e o modelo M22 equipado com motor interior.
Podemos destacar a embarcação Moomba Craz e a Idea 80 que atraíram a curiosidade dos visitantes.
A Limatla participa na Nauticampo desde 1995, porque considera ser um certame importante para divulgar as marcas e a novidades ao publico visitante.
O balanço foi positivo, após uns anos difíceis provocados pela pandemia que afastou os expositores e visitantes. Este ano foi recuperado em muito o prestígio da Nauticampo que com certeza voltará ás
edições de referência. Rui Ferreira, Limatla: “A nossa presença na Nauticampo 2024 foi positiva, em 2025 lá estaremos para apresentar as novidades e as nossas representadas.”
Suzuki N este ano, estivemos presentes na Nauticampo para apresentar as emocionantes novidades do Mar da Barca, desde que assumimos a gestão no início de 2024. Decidimos redirecionar nosso foco para a venda de embarcações semirrígidas e motores, reforçando a nossa parceria com a prestigiada marca Tarpon, que é parte do renomado grupo Rodman, e da qual somos distribuidores exclusivos em Portugal. Além disso, estamos entusiasmados em oferecer um serviço de oficina para reparação e manutenção de embarcaçõ-
estiveram em exposição juntamente com os concessionários
es semirrígidas, em colaboração com os especialistas da JC-Ribs, garantindo assim um serviço pós-venda de excelência. Continuamos a oferecer também uma ampla gama de produtos náuticos e equipamentos eletrônicos em nossa loja, mantendo-nos como um destino completo para os entusiastas do mar.
Na feira, optamos por destacar o Tarpon Pro AD55 equipado com um motor Suzuki DF100 CTL. Esta escolha reflete a qualidade e o desempenho da linha Pro, reconhecida pela sua resistência e durabilidade, bem como pelo casco em V profundo que proporciona uma excelente navegação. É por estas razões que a linha Pro é altamente procurada por profissionais nos setores marítimo-turístico, de pesca e caça submarina.
Estivemos na Nauticampo com o objetivo de promover
a nossa empresa e os produtos que representamos, em especial os barcos da Tarpon. Além disso, queríamos destacar os serviços que atualmente oferecemos, incluindo a venda de embarcações semirrígidas, a nossa loja náutica e os serviços da nossa oficina de reparação.
A NAUTICAMPO é uma plataforma importante para nos conectarmos com entusiastas da náutica e potenciais clientes, e aproveitámos a oportunidade para mostrar o que temos a oferecer.
Fazer parte da Nauticampo 2024 foi uma experiência muito positiva para nós. Conseguimos estabelecer vários contatos com potenciais clientes que demonstraram interesse na nossa marca de barcos Tarpon. Esta participação foi fundamental para divulgar não só a nossa marca, mas também os serviços que
oferecemos na nossa oficina, o que certamente irá expandir a nossa rede de clientes e parceiros dentro do setor náutico. Estamos satisfeitos com os resultados alcançados e esperamos continuar a fortalecer a nossa presença na indústria náutica.
Mar da Barca, Concessionário Suzuki: “A Nauticampo 2024 foi uma oportunidade extraordinária para nós. Durante o evento, pudemos não só apresentar os nossos produtos e serviços, mas também estabelecer conexões valiosas com entusiastas da náutica e profissionais do setor. No entanto, também recebemos algum feedback menos positivo de alguns visitantes que expressaram deceção com o tamanho da feira, esperando que fosse maior. Além disso, houve quem comentasse a ênfase
excessiva no segmento de luxo, com poucas opções para outros setores, como a pesca ou a caça submarina. Apesar destas opiniões menos positivas que pudemos verificar, acreditamos firmemente no potencial de crescimento e melhoria da Nauticampo nos próximos anos. O Mar da Barca está disponível para fazer parte desse processo, em colaboração com os organizadores e outros participantes para garantir que a Nauticampo continue a ser um evento de referência no setor náutico do país.”
Motolusa
AMotolusa encarou o certame de 2024, com muita seriedade, tendo em conta o momento que atravessamos e a responsabilidade e importância de garantir a continuidade da feira náutica referência em Portugal.
Como tal pela primeira vez a Motolusa separou os produtos náuticos de representação exclusiva para o mercado português num stand completamente novo e com um layout atractivo e fresco apelativo ao verão.
As novidades foram muitas e algumas delas merecem destaque pelos prémios/ nomeações conquistados em 2023, tais como:
• Lançamento mundial do Temo 1000, com baterias intercambiáveis, maior potência, grande autonomia que pode
ser extensa com a existência de uma bateria suplente. Ainda na Temo apresentámos o Carbon 450, sendo igual ao modelo anterior, mas este com corpo em carbono, logo mais ligeiro e com maior autonomia. A Temo é o produto mais premiado de sempre na indústria náutica.
• Apresentação da OceanVolt com 2 motores. A OcenVolt ganhou em 2023 o Prémio DAME, o óscar da indústria náutica.
• Estivemos presentes ainda com o lindíssimo Levanzo 25, barco Siciliano da marca Lilybaeum, que foi nomeado Best Power Boat of the year em 2023 para a categoria e ainda ganhou o prémio de Best Design Award 2023. O único barco na feira que equipava com no novíssimo V8 da Honda BF350.
• Não menos importante foi o lançamento exclusivo da marca Finlandesa Terhi, para Portugal. A Terhi são barcos produzidos em ABS abaixo de 5 metros de comprimento, sendo a principal virtude o baixo custo de manutenção e facilidade de transporte.
Em outro espaço totalmente distinto e separado do primeiro, apresentámos produtos de lazer e actividades lúdicas tais como: ATV’s e Motos 4 da marca Yamaha, fizemos o lançamento da comercialização das bicicletas e-bikes da Yamaha. Sendo a Motolusa jetcenter Yamaha para lisboa apresentámos o novíssimo modelo VX Cruiser HO, com o novíssimo motor 1.9 HO.
O Evento deste ano acabou por ser positivo, notou-se um esforço organizativo quer da Fil assim como da APICAN, com um excelente Fórum, que poderá ser um bom ponto de partida para unir o sector e tirar dividendos estatísticos e maior envolvência entre os diferentes players.
Ainda assim realço que um segundo pavilhão teria
sido perfeitamente possível, este ano.
Uma critica construtiva sobre os destaques da feira nas redes sociais, devia ter existido um guião a levar em conta, ou seja, os produtos acima indicados, referência em qualquer feira náutica mundial, foram completamente esquecidos pela organização e passaram completamente despercebidos.
Continuo a acreditar que para trazer pessoas a estes eventos é necessário mostrar as razões pelas quais eles existem, o mais importante são os expositores e os produtos expostos. Não basta registar corredores cheios de pessoas.
Francisco Galhoz, Moto-
lusa: “A Motolusa apostou fortemente na Nauticampo 2024, será que a FIL também apostou?”
Nautel
Sucintamente as novidades apresentadas foram:
1. Os motores de proa da Minnkota para uso no mar e operarem entre outras coisas como “âncora eletrónica” em embarcações até 9m, gerando grande eficiência e eficácia na pesca, e reduzindo emissões CO2, ruídos, poluição química etc.
2. Conetividade 5G a bordo, da SCOUT Antennas, com reforço da captação dos sinais para internet até 20 milhas da costa, e ordenando a rede in-
terna da embarcação.
3. Novo tipo de âncora para embarcações de turismo e não só, da marca Quick. Âncoras Olimpic, com haste compacta e projeto para ter maior quantidade de chumbo na parte frontal da pata. Em aço inox.
4. Dynamat: absorvedor termoacústico para ruído, vibrações e calor na base de uma fibra especial.
5. Furuno: novas sondas FCV-800 e FCV-600.
6. Humminbird: MegaLive: imagem subaquática em tempo real
Destacamos toda a parte do stand onde estavam os equipamentos do fabricante japonês Furuno que aportou, para além da náutica, uma vertente de pesca profissio-
nal de grandes embarcações, permitindo que a Nauticampo seja um fórum também para outros mercados marítimos nacionais.
Igualmente referência à presença de responsáveis dos fabricantes Quick e Furuno.
No caso da Quick, um espaço também á parte com um giroestabilizador (manter embarcação sem oscilação, mesmo em situação de vagas), as âncoras Olimpic, Molinetes, Aquecimento de água, propulsores de proa e cabrestantes. É o único espaço neste momento onde as empresas podem apresentar a totalidade do que pretendem, e man-
ter uma tradição da empresa participar ininterruptamente desde há 35 anos.
Nelson Lima, Nautel: “Ainda não foi desta que o esplendor regressou, e que ao menos dois pavilhões é o mínimo que se pode esperar, sendo um para náutica integralmente e o outro meio a meio, náutica e outras coisas.
Há que trabalhar para convencer muitos atores a regressarem ao evento, sendo que uma descida dos custos seria desejável.”
Nautiradar
Em ano de 25.º Aniversário, a Nautiradar assina-
lou esse marco com regresso ao maior e mais emblemático evento da Náutica de Recreio, Desporto Aventura, Caravanisno e Piscinas – Nauticampo!
Com um vasto portefólio de soluções nas áreas de Eletrónica, Eletricidade, Energia, Segurança e Telecomunicações; surgimos nesta última edição com algumas novidades para o setor e com novas marcas no portefólio, que acreditamos serem uma mais valia em resposta às necessidades observadas no mercado Português. Regressamos à Nauticampo com espírito renovado, acreditando ser edição perfeita e acreditando no crescimento e ressurgimento do próprio certame.
Na área da Segurança, apresentamos algumas soluções, como a SEA.AI, marca que se destaca no mercado com câmaras de segurança marítima integradas com Inteligência Artificial, capazes de oferecer uma navegação e monitorização mais seguras e eficientes. Estes sistemas, automatizam a análise de imagens, detetando e classificando diferentes tipos de objetos em qualquer período do dia, a partir de dados gerados pelas câmaras térmicas e de baixa luz.
Ainda na área da Segurança, destacamos a Sensar Marine, com a solução Boat Monitor, um sistema integrado de monitorização remota para embarcações, que funciona 24/7 e sem consumir qualquer energia a bordo. Este sistema funciona, com uma bateria interna, de forma contínua durante 40 dias. Permite, via app, a monitorização de nível de água no porão, bomba de fundo, baterias, temperatura, posição GPS e impactos.
Destacamos ainda, uma nova marca e solução que integramos no nosso portefólio de produtos – Watersnake, Fabricante Australiano de re-
nome mundial de motores elétricos e com distribuição europeia. Com diferentes gamas de motores elétricos quer para propulsão quer para posicionamento.
Nautiradar: “Acaba por ser positivo. Dado o interregno que tivemos nesta feira, a expetativa e ceticismo face ao nosso regresso acabaram por estar presentes.
No entanto e em última análise, podemos afirmar que correu bastante bem. Com o maior stand presente, com soluções na área da eletrónica, eletricidade, energia, comunicações, entretenimento e ótica, apresentámo-nos da melhor forma a mostrar as marcas que representamos e respetivos produtos, assim como a destacar todas as novidades relevantes para o setor. Em paralelo com toda a exposição que conseguimos dar aos nossos produtos, todo o interesse demonstrado por parte dos visitantes, parceiros e clientes, acabou por levar toda a nossa participação e esforço a um patamar extremamente positivo e ao qual vamos dando continuidade. Esperamos em edições futuras a continuação, senão mesmo um êxito melhorado.”
Obe & Carmen
Oestaleiro Obe & Carmen, Lda, sediado em Águeda desde 1972, nasceu pelo gosto e “mão” do seu sócio fundador Obe da Silva.
O seu capital social é 100% nacional e mantem-se na família onde já trabalham três gerações.
A empresa é criadora e proprietária das marcas Obe e Sirius, tem uma importante quota de mercado a nível nacional e uma taxa de exportação a rondar os 50% do volume de negócios.
Com um portefólio interessante que resulta da capacidade de adaptação às exigências do mercado, conta com 5 cascos que derivam para 12 versões na marca OBE e 6 cascos que derivam para 10 versões na Sirius.
Em 2024 celebramos 20 Anos de parceria com a Yamaha Motor Europe – Sucursal em Portugal!
Tendo como rumo a missão de construir embarcações com ênfase na máxima satisfação do utilizador final e de toda a comunidade envolvente, achamos que este seria o momento para voltar a sentir o publico náutico. Ver, Ouvir e Sentir o potencial cliente e registar as diversas opiniões por forma a criar e manter os laços que nos unem ao mercado, são as razões que nos levaram a participar na Nauticampo de 2024.
Neste contexto, resolvemos apresentar 4 modelos já existentes na nossa gama, mas todos eles com detalhes que os tornam diferenciados.
A salientar:
O Sirius 500 Open com um casco azul pastel e com um convés em Deckmarine criaram muita empatia junto do público transmitindo um toque clássico e ao mesmo tempo acessível;
O Obe Fisher 485 CC em tons de cinza esverdeado demonstrou a sua versatilidade.
O Obe Fisher 700 CC Confort demonstrou aos amantes da marca como um casco com garantias dadas no trabalho árduo pode resultar num espaço sedutor para disfrutar em família com a máxima segurança;
Dora Silva, Obe & Carmen: “O feedback dos clientes foi muito positivo demonstrando um grande apreço pelo nosso trabalho.
Em termos de visitantes a feira não foi muito concorrida, mas fizeram-se negócios e contactos interessantes.”
CIM OesteAEstação Náutica da Comunidade Intermunicipal do Oeste participou, pela 3ª vez consecutiva, na edição de 2024 da Nauticampo, no âmbito da rede portuguesa de Estações Náuticas. Considerando a importância que este certame tem na promoção do turismo em Portugal, e tendo em contra a necessária retoma do sector deste a crise pandémica, a Comunidade Intermunicipal do Oeste considera relevante participar na revitalização desta ancestral feira de desportos aquáticos e turismo náutico em Portugal.
A Estação Náutica do Oeste esteve presente, acompanhada de diversos parceiros empresariais subscritores da sua rede protocolada e do manifesto para a sustentabilidade do território. Através da divulgação da aplicação para smartphone ‘Visit Oeste Portugal’, os visitantes do espaço de exposição Oeste Portugal poderem passar a valorizar a proximidade da região Oeste a Lisboa, a reconhecer a tranquilidade que a região oferece, a disponibilidade de atividades náuticas e conexas, os grandes eventos, os pontos de interesse disponíveis na região e muito mais. Por outro lado, esta participação reforça a importância que as Estações Náuticas têm vindo a adquirir na divulgação do território nacional e, mais concretamente, na promoção dos parceiros empresariais e operadores que constituem a rede protocolada da Estação Náutica do Oeste. O balanço desta edição, relativamente à participação de 2023 foi mais positivo, uma vez que mais Estações Náuticas se juntaram à iniciativa, criando um contexto simbiótico no seio da rede nacional e na promoção conjunta dos diversos destinos.
Obe Fisher 700 CC Confort para disfrutar em família
Neste 3º ano em que as estações náuticas portuguesas se apresentaram num certame nacional de grande dimensão, a Comunidade Intermunicipal do Oeste considera que a iniciativa terá uma relevância crescente na divulgação e oferta turística das regiões.
A presença da Estação Náutica do Oeste através da Comunidade Intermunicipal do Oeste na Nauticampo é parte integrante da estratégia de desenvolvimento da Região Oeste como território inteligente, sustentável e inclusivo, onde o foco da governação são as pessoas, reafirmando o compromisso de alcançar os
seus objetivos, promovendo a Região, agregando valor económico e turístico e incrementando a sua notoriedade junto dos públicos alvo nacionais e internacionais como um destino náutico de referência. Pedro Dias Ferreira, Estação Náutica da Comunidade Intermunicipal do Oeste.
Região De Aveiro Estações Náuticas da Ria de Aveiro Presentes na Nauticampo Reeditando a presença do ano passado, as 6 Estações Náuticas da Ria de Aveiro, estiveram presentes no stand comum da Nauticampo 2024, que é o maior
A Estação Náutica da Comunidade Intermunicipal do Oeste esteve muito animada
e mais prestigiado evento de actividades outdoor realizado em Portugal.
Com a chancela da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, a promoção nacional e internacional no certame passou pelas imagens vivas e atividades referenciadas às Estações Náuticas de Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Ovar e Vagos.
A dinamização do stand pelas Estações Náuticas da Ria de Aveiro, correspondeu a uma presença com maior visibilidade quer na imprensa quer nas redes sociais, e ainda a um acréscimo de networking com Estações Náuticas congéneres.
A presença nesta edição da Nauticampo foi também
aproveitada para mediar interesses de parceiros junto de entidades terceiras, e ainda para divulgar alguns dos produtos endógenos disponibilizados por cada uma das Estações Náuticas.
No dia 19 de Abril 2024, coube ao Presidente do Conselho Intermunicipal da Região de Aveiro, participar no fórum “Visão e Caminhos para o Futuro da Náutica” que versou os caminhos para navegar este futuro, destacando também as tendências emergentes, como a digitalização, a sustentabilidade e a economia azul. Discutiram-se estratégias para impulsionar o crescimento do setor, abordando temas como investimento em tecnologias limpas, educação para a náu-
tica do futuro.
Região de Aveiro
Riamar
Na feira Nauticampo, a Riamar apresentou diversas novidades, destacando-se uma imagem renovada e uma nova linha de modelos de barcos. Estas novas embarcações são mais modernas e vanguardistas, incorporando as últimas tendências em design e tecnologia náutica. A nossa nova linha de barcos com um design contemporâneo, oferece um maior conforto, eficiência e desempenho.
Essas inovações refletem o compromisso da Riamar em continuar a ser líder no setor náutico, adaptando-se às demandas do mercado e às necessidades dos clientes.
A Riamar está presente na feira Nauticampo desde a sua primeira edição, este ano reveste-se de um significado ainda mais especial, celebrando os 60 anos da marca. Essa longa trajetória na participação da feira Nauticampo destaca a importância histórica da RIAMAR, reforçando a sua posição de liderança no setor náutico ao longo dos anos.
A Riamar escolheu a Nauticampo como palco para apresentar a sua nova linha de modelos, aproveitando a visibilidade da feira para alcançar um público amplo e especializado.
Esta decisão demonstra o compromisso contínuo da Riamar em inovar e compartilhar as suas conquistas com os clientes, parceiros e entusiastas da náutica.
A Riamar faz um balanço muito positivo da sua participação na Nauticampo. A feira proporcionou vários contactos comerciais e simultaneamente a apresentação dos novos modelos com a previsão de lançamento no primeiro trimestre de 2025.
A nova linha de barcos foi
muito bem recebida pelo público e pelos especialistas do setor, despertando um grande interesse pelos mesmos e sendo bastante elogiada.
A feira possibilitou a criação e o fortalecimento de relacionamentos importantes com fornecedores, parceiros comerciais e clientes, abrindo portas para futuras colaborações e oportunidades de negócio.
Francisco Cálão, Riamar: “A participação na Nauticampo 2024 da Riamar foi um enorme sucesso. Este ano, que marca o nosso 60º aniversário, foi particularmente especial para nós. A Nauticampo tem sido uma plataforma vital para apresentarmos as nossas inovações e fortalecer a nossa posição no mercado náutico.
Durante a feira, lançamos com orgulho a nossa nova linha de modelos, que foi recebida com um grande entusiasmo por visitantes e especialistas do setor. A receção positiva aos nossos barcos modernos e vanguardistas reafirma o nosso compromisso contínuo com a inovação e a qualidade.
Além de celebrar o nosso aniversário, a feira proporcionou valiosas oportunidades de networking, permitindo fortalecer relações com parceiros de longa data e estabelecer novas conexões promissoras. Recebemos um feedback direto do público, essencial para aprimorar os nossos produtos e serviços.
Agradecemos à organização da Nauticampo por mais uma edição memorável e a todos os visitantes pelo apoio contínuo. Continuaremos a nossa jornada de inovação e excelência, sempre comprometidos em oferecer o melhor em soluções náuticas.”
As embarcações Vanguard são fabricadas segundo as exigências do cliente
Sanremo Boats
Anovidade apresentada pela Sanremo Boats foi o Korkyra 650, um catamaran em HDPE.
A Nauticampo permite a apresentação dos nossos produtos e angariação de futuros clientes.
Ana Paula Cardoso, Sanremo Blue – Indústria Náutica: “Boat Show essencial à Náutica.”
Touron
As novidades apresentadas pela Touron:
• Apresentação da nova marca de barcos, a Navan, com o modelo S30 em exposição (com 2 x Mercury 225 XL/ CXL DTS V6 C-WHITE);
• Apresentação da gama de motores fora de borda eléctricos, Mercury Avator, com os modelos 7.5e e 35e em exposição;
• Apresentação da nova gama V10 da Mercury com um 400 XL DTS V10 em exposição.
Para além das novidades, destacar a exposição com 3 modelos de embarcações Quicksilver (Activ 555 Bowrider, Activ 605 Open e Activ 675 Sundeck) e 3 modelos Bayliner (M19, VR5 OB e VR6 OB ), todos com motorização Mercury.
A Touron em representação dos motores Mercury, bem como embarcações, peças e acessórios faz questão de marcar presença nas feiras internacionais de Portugal e
Espanha. No caso do nosso país, na Nauticampo.
Para além do acompanhamento dos clientes das nossas marcas, a exposição de produto e, sobretudo, apresentação de novidades, a presença na edição deste ano sinalizou a aposta das nossas marcas no relançamento da Nauticampo como feira náutica de referência tão necessária no mercado náutico português.
O balanço da Nauticampo terá de ser feito a médio prazo para que se possa avaliar do real impacto da feira, seja do ponto de vista comercial seja de imagem e notoriedade.
Numa primeira apreciação, em cima do acontecimento, a Nauticampo merece, desde já, uma nota positiva pela organização, divulgação, imagem e visitantes.
Carlos Costa Santos, Tou-
ron Portugal: “Diria que a edição deste poderá ter sido o início do renascimento da Nauticampo.”
Vanguard Marine
As embarcações Vanguard ao serem fabricadas segundo as exigências do cliente, podem, todas elas ser consideradas novidades, já que é muito raro o fabrico de duas unidades iguais.
Destacamos as nossas embarcações expostas.
• RB450 Solas. Embarcação com homologação SOLAS.
• DR660. Embarcação polivalente podendo ser utilizada para pesca, mergulho ou uso semiprofissional
• DR760 MT Embarcação com motor fora de borda de 12+2 lugares para pequenas empresas de Marítimo Turística.
Destacar sobretudo:
• O nosso TX.12.0 MT que é um barco com motor Yanmar de 509 HP intrabordo diesel e turbina Hamilton. Possui um óptimo desempenho ultrapassando os 40NTS; tem um consumo excepcional e requer uma manutenção simples e reduzida. Esta embarcação com 18+2 lugares está orientada para grandes empresas de Marítimo Turística.
A Nauticampo para nós é a Feira Nacional do sector e por isso, e apesar da sua dimensão, é sempre um evento importante. Consideramos que deveria ser mais potenciada para voltar à dimensão e expressão que já teve num passado não muito longínquo.
Na Vanguard não fazemos um balanço económico da feira, que, caso assim fosse, seria negativo. A nossa par-
ticipação foca-se mais numa visão global de marca e de presença no mercado que sempre consideramos positivo.
José Luis Rivera, Vanguard Marine: “Apesar da melhoria deste ano, a Nauticampo ainda não consegue consolidar-se como uma feira de nivel internacional.
A Vanguard Marine sempre esteve presente neste evento, e pensa continuar a estar ainda que ache que deverão ser conseguidos mais apoios para voltar a ser a feira de anos anteriores.”
Yamaha
Agrande novidade da Nauticampo foi o 350hp V6, que o Notícias do Mar experimentou em La Spezia. Mas tivemos também pela 1.ª vez em exposição o motor elétrico
da Yamaha, o Harmo e as eBikes Yamaha. Adicionalmente tivemos uma área dedicada ao nosso CleanTheSea, o nosso programa de limpeza do oceano, que demonstra a nossa responsabilidade social e ambiental e que promete ter mais ações nos próximos anos.
Marcar presença “maioritariamente pela nossa responsabilidade enquanto marca líder e porque, passado o tempo e os perigos do Covid, era importante dizer aos Clientes e Utilizadores que a náutica é uma fonte de atividades ao tempo livre benéfica para a saúde e o bem-estar do ser humano.
Para todas as Lojas e Parceiros dos barcos, era importante mostrar as novidades e incentivar o negócio. Os anos anteriores não fomos devido a fortes constrangimentos sociais, financeiros e corporativos.“
O balanço da Nauticampo é “muito positivo. Não só o público apreciou a feira, como as Lojas e parceiros ficaram com uma sensação de dinamismo forte e incentivador para eventos, campanhas e outras ações de marketing.”
Sandra Cunha, Yamaha: “Para a Yamaha a nauticampo 2024 foi um novo recomeço, que irá trazer muitos e bons frutos no futuro próximo. Criamos ligações, mantemos conexões e estabelecemos comunidades. Foi esse o resumo de 5 dias de muito trabalho e muito dinamismo comercial e de marketing. Acompanhemnos nas nossas redes sociais para ficarem a par de tudo.”
Zenrelax
Hydrosport
Este ano apresentamos o nosso RIB737 com va-
riações nas cores, acabamentos e equipamentos.
O RIB737 foi criado para dias longos ao sol, a pensar no conforto dos passageiros. É feito por encomenda com cores, acabamentos e equipamentos escolhidos pelo cliente.
Fazemos packs com todas as marcas japonesas e temos versões especiais para empresas marítimo turísticas.
Este ano decidimos participar na Nauticampo porque entendemos que nos temos que afirmar no mercado nacional. A nossa marca tem 25 anos de presença e ainda há muitos potenciais clientes que não nos conhecem. Para além disso estamos à espera de uma quebra nas encomendas fruto do actual clima económico, pelo que apostamos na promoção dos nossos barcos.
A Nauticampo nunca foi um local de venda para nós, mas consideramos importante para manter o contacto com os nossos clientes actuais e futuros.
A feira foi o esperado, não fizemos vendas no local, mas conseguimos contactos que se converteram em vendas posteriores.
Eddy Johansen, Hydrosport: “Cremos no conceito Nauticampo, mas para voltar à pujança do passado seria preciso um grande esforço por parte da organização, em vez de olharem para a feira como uma vaca leiteira que lhes dá lucro fácil.”
Seguro para o Mar com Muito Espaço e Polivalência
O Hydrosport RIB 646, desenvolvido pelo estaleiro nacional Hydrosport Performances RIBs, com 6.46 metros de comprimento, graças às suas dimensões é uma embarcação para muitos fins, com os acessórios e equipamentos adequados.
O casco é construídos em Poliester, reforçado com fibra de vidro
Desde o início o semi-rígido, é chamado o 4X4 do mar, porque é uma embarcação com casco e tubos flutuadores, mais seguro, inafundável e serve para todo o tipo de utilizações.
Para combater as imensas vantagens dos semi-rígidos, em segurança, arranque, velocidades de ponta e contorto, os estaleiros de barcos em fibra, procuraram criar nos cascos características que compensassem as desvantagens. Proas altas e o casco com um V profundo, planos de estabilida-
de laterais mais salientes e “Steps”.
Todos os estaleiros introduziram estas características nos cascos.
Porém, em função das dimensões, os semi-rígidos continuam em vantagem em performances e segurança.
O estaleiro português Hydrosport Performances RIBs desenvolveu igualmente nos cascos, características para deflectir a água à proa melhor, aumentar a saída da água no arranque e reduzir a pancada na água com o barco em andamento.
A olhar para um Hydrosport, uma característica que se destaca é a sua linha elegante e desportiva, e como dispõe dos cascos especiais que dão grandes performances, as potências aconselhadas dos motores são mais reduzidas.
Os cascos são construídos em Poliester reforçado com fibra de vidro e os tubos fabricados em Neoprene/Hypalon, colados por fora ao casco e por dentro às cobertas.
Os tubos são reforçados nas zonas de entrada
Deste modo, os barcos ficam mais compactos e os tubos não vibram com o barco em andamento.
O casco especial dos Hydrosport tem um V muito profundo e termina com um ângulo de 24 graus à popa. Tem “steps”, cortes nos robaletes formando pequenas rampas, que facilitam a formação de bolhas de ar, reduz o atrito e o barco descola muito melhor da água. O casco tem também à proa e a meio, um pequeno ressalto que se desenvolve como plano de estabilidade lateral, formando um pequeno túnel no início e largo à popa. Um dos efeitos deste túnel é ajudar a deflectir bem a água para fora e não salpicar para dentro.
Hydrosport RIB 646
O Hydrosport RIB 646 tem 1,55 metros de boca interior, muito importante para facilitar o aproveitamento do espaço dentro.
No mar, quanto maior for uma embarcação, mais segura e confortável ela é.
O nosso litoral, muitos dias batido por nortadas que massacram as embarcações mais pequenas, exige uma navegação cuidada e a escolha de embarcações com um comprimento o mais adequado possível para o uso que dela se pretende.
A partir dos 6 metros começa a conseguir-se navegar e vencer a pequena nortada. Com o mesmo tamanho e as mesmas condições de mar, o Hydrosport RIB 646 bate qualquer embarcação de casco, com muito mais segurança e conforto.
O Hydrosport RIB 646 aproveita bem três áreas, o posto de pilotagem central, o poço e a zona à frente até a proa.
A consola de comando é alta e larga, para facilitar a condução e equipar a eletrónica necessária. Tem um para-brisas em acrílico e muita arrumação dentro.
O posto de comando tem
um banco duplo para o piloto, que permite a condução de pé e deixa uma boa passagem para a circulação enPosto de condução
Especificações
Comprimento
tre o poço e a proa.
Todos os Hydrosport, são fabricados sob encomenda, de acordo com as necessidades do cliente o RIB 646 pode ser equipado com um banco no poço à popa e um banco à frente da consola.
Os tubos são reforçados nas zonas de entrada. Se for para mergulhadores e pescadores submarinos são colocadas também as pegas.
Os clubes com escolas de
6,46 m
Boca 2,49 m
Boca interior 1,54m
Diâmetro do flutuador
0,47-0,55 m
Peso a partir de 550kg
Tipo de casco V em 24º V @ popa, VFi de um step
Lotação 12
Capacidade de combustível
170 litros
Capacidade de peso :> 1200 kg
Motor recomendado
Velocidade máxima
90 – 150 HP
36-50 nós
Autonomia > 220nm
Preço do barco a partir de 18 900 euros com IVA
Preço conjunto barco/motor 140hp 34 600 euros com IVA
vela, para apoio às regatas, as marinas e para trabalhos profissionais a embarcação pode estar desimpedida e leva apenas a consola e um banco individual para o piloto. Para os passeios com a família e os amigos e para a pesca à linha, pode-se montar um banco à frente da consola e um banco à popa com dois lugares com o encosto amovível para a pesca ao corrico.
Para maior comodidade, existe um confortável banco duplo para o piloto, com encosto para a condução de pé.
À proa existe dois grandes porões para o ferro e a palamenta.
Para arrumação de sacos e equipamentos, dentro do banco do piloto e do banco traseiro existe muito espaço.
A potência do motor recomendado é de 90 HP a 150 HP.
Como tem um depósito incorporado de 170 litros, o barco consegue uma autonomia superior a 220 milhas náuticas.
Quanto a velocidades máximas faz 36 e 50 nós
Pesca Lúdica
Angola Mar de Monstros - Cap. I
Quatro semanas antes da data da saída dei por concluídos os trabalhos de preparação das malas.
Todos querem ir para Benguela pescar… os aeroportos estão cheios de pessoas cujo sonho é estarem ao lado dele
Tudo o que me ocorria levar para a minha expedição de pesca estava lá dentro. Carretos, canas, muitas linhas, uma imensidão de jigs, alicates, anzois e pouca roupa.
Vi e revi tudo em detalhe, inúmeras vezes.
Por mim, um mês antes eu já podia ir para o aeroporto de Lisboa e aguardar por lá, a roer as unhas de nervoso, esperando a chegada do ansiado momento de embarque.
Acredito que roendo-as bem, até aos ombros, teria uma forte possibilidade de bater o recorde de garoupa angolana, na modalidade paraplégico sem braços.
A razão desta anormal excitação não oferecia dúvidas: eu ia de novo pescar com o Luís Ramos!
Para mim, que preciso de aprender pesca como quem respira oxigénio, a possibilidade de ir pescar com ele pela segunda vez era vista como o momento alto do ano, uma autêntica…“peregrinação de fé”.
Tinha tantas expectativas nesta viagem a Angola, ia tão carregado de esperanças e sonhos de pescar garoupas grandes e pesadas com o Luís que infelizmente acabei por acusar excesso de bagagem mental.
A senhora do check-in no aeroporto, ao ter ideia dos peixes que eu iria combater em Benguela, sugeriu o pagamento das centenas de quilos a mais, e que as minhas ambições fossem despachadas no Fora de Formato.
Quatro semanas antes da data da saída dei por concluídos os trabalhos de preparação das malas.
Gente a querer ir pescar com ele há sempre muita. Demasiada, na opinião dele. É gente que pesca miudezas ao pica-pica durante décadas. Por isso vive as suas vidas em sobressalto, com sonhos pejados de peixes fantasma enormes, daqueles que deambulam envoltos em lençóis brancos pelo tecto do quarto.
Peixes de sonho sim, enormes, os tais que dobram canas, rompem linhas e roubam jigs.
Afinal, quem não quer ir pescar com ele?! Quem não quer aprender com quem sabe muito?
Questiono-me se as centenas de pessoas que costumo ver deitadas no chão do aeroporto de Lisboa, com
Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com
ar esgazeado, aquele olhar absorto e sonhador de quem quer ir pescar peixe grosso, não estarão todas a aguardar o dia da partida de um avião para Angola. E se o Luís terá lugar no barco “Incrível” para todas elas. Terá?! Talvez não, se excederem as seiscentas e vinte.
Provavelmente grande parte da multidão de pessoas que vai a pé a Fátima, de joelhos, de cócoras, de gatas, aparece lá no Santuário a pedir fervorosamente a bênção de vir um dia a receber um convite desses.
Que pode nunca chegar. Vocês nem se dão conta do privilégio e da raridade que é ser “O” escolhido para ir a bordo do barco “Incrível”.
O Luís é um dos últimos lobos solitários vivos, alguém absolutamente autossuficiente, alguém que pesca sempre melhor quando não tem
Onde acaba o peixe e começa o homem? Vocês têm alguma ideia da força e técnica necessárias para vencer um peixe com uma cauda destas?!... Acaso será possível que semelhante força bruta possa ser vencida com uma linha fina e um anzol?
de arrastar uma bola de ferro com ele.
Sim, tudo o que exceda o seu barco Incrível, uma cana Zenaq e um jig CB-One…está a mais.
Embora não o diga, e ele é uma pessoa muito reservada nesse aspecto, outros pescadores maçam-no. A explicação é simples: ter gente a pescar a seu lado faz com que pesque menos.
Os resultados de duas pessoas a pescar, ele e outro, são sempre inferiores aos que obtém quando pesca só. Os bichos selvagens sabem que contam apenas consigo próprios para conseguir alimento. Sabem o que fazer para obter resultados e fazem-no, abdicando de comodidades, de conforto.
Contam consigo e as suas capacidades e isso basta-lhes. Há gente que nunca poderá
ser….”domesticada”.
A minha cunhada tem um cão podengo em casa. É um cão de coelhos adoptado, que obviamente nunca irá virar cão de companhia.
Salta por cima de mesas e cadeiras, não pára de roer sofás e sapatos, em suma, faz do interior de uma casa um espaço de matagal.
O animal é hipernervoso, come tudo o que encontra, desde plásticos a chicletes passando por caixas cheias de comprimidos Ben-U-Ron.
Os veterinários não têm mão no cachôrro, e em estado de desespero, receitam que se dê ao bicho uma dose diária de carvão vegetal. Para o desintoxicar.
Não adianta querer domesticar um cão selvagem, pois ele nunca deixará de ser um cão selvagem, autossuficiente, independente e pou-
co dado a molenguices. O termo selvagem já diz tudo.
É sempre uma questão genética. Não tentem pôr o Luís a trabalhar atrás de um balcão numa peixaria, a escamar peixe. Embora esteja quase perto daquilo em que ele é bom …não é bem o mesmo. Não vale a pena! Ele nasceu para ser pescador, para guiar o seu barco por espaços abertos, livres. E mais que isso, para o fazer… sozinho.
Por vezes deixa que alguém visite o seu mundo, mas ninguém entra verdadeiramente nele. Um profissional é sempre mais eficaz a trabalhar isolado, sem entraves.
Mesmo assim muitos pescadores acreditam. Vão directos para o aeroporto e esperam por lá algo que nem sabem o que é. Ficam por ali, vagueando, como os fervorosos adeptos de um clube de futebol viajam para outro país, sem bilhete. Sabem que a lotação do jogo está esgotada mas vão. Rezam por um milagre. Pelo menos esses têm a esperança de ouvir o barulho das bancadas vindo do interior…
Dia 29 de Fevereiro de 2024 foi dia mundial das doenças raras. É celebrado apenas de
quatro em quatro anos. Também os convites para ir pescar com Luís Ramos são raros, … surgem quando surgem... Não faltará quem se atreva a sonhar que está ao lado do Luís, combatendo peixes enormes, combates duros e esforçados que duram eternidades de tempo. Mas mesmo esses que ousam sonhar glorias impossíveis estarão em termos de imaginação uns furos abaixo daquilo que é a realidade quotidiana, rotineira, de alguém que por profissão escolheu ser livre. Há pessoas que nem em sonho conseguem chegar tão alto quanto aquilo que é ser Luís Ramos no seu trabalho diário. A cada dia de mar o Luís faz o peixe da vida de milhares de pessoas. Todos os dias.
Acreditem que se me sinto honrado pelo convite pessoal para o visitar. De alguma forma também o faço em representação de todos aqueles que gostariam de poder estar presentes e não o podem fazer. Gostaria de poder transformar o meu “individual” em algo que seja o nosso “colectivo”. Por isso mesmo aqui assumo a responsabilidade de tentar que a minha escrita reproduza para vós as sensações que vivi durante uma semana incrível, muito desgastante em termos físicos mas ao mesmo tempo muito compensadora, quer em termos de resultados de pesca quer da aprendizagem contínua que pretendo fazer ao longo da minha vida. Venham daí para uma incrível odisseia de pesca. Aquilo que vos proponho é que se deixem ir pela mão de quem sabe do ofício: Luís Ramos de seu nome.
É um peixe com uma brutalidade de força! Vou explicar-vos num dos próximos artigos o que faz o peixinho vermelho pendurado num dos assistes do jig. Vão achar curioso…
Os próximos artigos irão trazer muita pesca: peixes gigantescos, linhas rebentadas e muito mar.
Não percam.
Pesca Lúdica Embarcada
Mar de Monstros – Cap. II Ser Humilde Ajuda-nos a Aprender Mais
Fui pescar a Angola com o Luís Ramos.
Não me perguntem porquê, mas isto soa-me um pouco como ”fui à escola do prof. Luís”. E pela segunda vez já que o ano passado tinha ficado “acordado” que eu voltaria, desta vez melhor equipado para aquilo que sabia ir encontrar: monstros. Sim, eu queria aprender a puxar à superfície peixes do meu tamanho. Sim, eu queria medir forças com quem é mais forte que eu. Quando o nosso oponente nos bate facilmente em força bruta, o que podemos fazer é aplicar técnica, e para isso há que olhar para o Luís e ver como ele faz.
Magnífica garoupa de 41 kgs pescada por ele alguns dias após eu ter saído.
Quando aprecio a sua técnica individual de pesca e comparo com a minha, aquilo que sinto é que ainda tenho uma … ligeira margem de aperfeiçoamento.
Ele olha para mim um pouco como os pais que compram aos filhos de 12 anos sapatos para …15 anos. Dois números acima, com muita folga para crescer, um dedo entre o pé e o calcanhar, se é que me entendem.
Ao lado dele, perseguenos uma angustiante sensação de “quase lá…mas ainda não…”.
É difícil explicar. É um pouco como pescar ao lado de al-
guém e sentir que essa pessoa nos está a colocar rodinhas de lado na nossa bicicleta, percebem?
Nós que somos pais zelosos, aplicamos umas preventivas braçadeiras insufláveis nos braços dos nossos miúdos e deixamo-los ir chapinhar para a piscina das crianças, com água pelos tornozelos. É isso que ele faz comigo. E, de resto, com todos os que pescam com ele.
Por mais que se lute, por melhor que seja o nosso desempenho, ele estará sempre e inevitavelmente um grau acima de todos nós.
Mas eu vou acreditar até
ao fim que o posso bater, que posso ter um dia de sorte extrema e fazer melhor que ele. Desculpem eu ser tão competitivo. E parvo.
Quando queremos aprender algo, devemos fazê-lo com quem é efectivamente bom a desempenhar essa tarefa. O princípio base é esse. Fiz isto toda a minha vida, sempre procurei perceber como fazem os melhores, e na pesca não poderia ser diferente. Se queremos realmente saber mais, de pouco adianta olhar para aqueles que estão num patamar muito inferior ao nosso, porque com esses apenas podemos aprender
Texto e Fotografia Vitor Ganchinho (Pescador conservacionista) https://peixepelobeicinho.blogspot.com a como…não fazer. São os bons que nos podem tornar melhores, se soubermos aprender com eles.
Ter a humildade de perguntar, saber ouvir, entender o que nos explicam e questionar os porquês é uma forma rápida de obter conhecimento.
A partir daí, podemos até criar variantes da técnica aprendida, dar-lhe um cunho pessoal, “ajeitar” o processo à realidade que vivemos, mas quanto a isso ninguém, nem mesmo a pessoa que ensina, irá levar a mal. Porque não?!
Trocarmos ideias e darmos a nossa opinião faz parte do processo e é altamente motivador para quem ensina. No fundo, ao colocarmos questões estamos a desafiar a pessoa para que conteste e explique as suas razões para concordar ou discordar.
Acontece-me isso quando visito o Luís Ramos.
Jig da marca Deep Liner, em 220gr.
Dias depois de eu partir, ele fez com ele a garoupa que podem ver na foto acima.
Ele, na sua qualidade de um dos maiores especialistas mundiais em pesca grossa a jigging, com muitos anos de prática diária, intensiva, profissional, nunca me negou uma explicação.
Eu, especializado em pesca ligeira, LRF e Light Jigging, a vertente oposta do jigging, assumo a minha menor pre-
paração quanto ao tipo de pesca profunda e pesada que ele faz. Não sei fazer o que ele sabe fazer bem. E quero saber mais e mais porque de pesca eu quero saber …tudo. Cabe-nos ser humildes, agradecer a quem se disponibiliza para nos mostrar o que sabe, e dar tudo para aprender. Estar muito atentos. Só
assim poderemos justificar o tempo e o empenho das pessoas que nos querem ensinar.
Olhos bem abertos aos pormenores, mente aberta a novas sugestões de pesca, e um sentido e sincero “obrigado Luís”!
Mas algo que nos sai do fundo do coração. No fim,
agradecermos tanto conhecimento, tanta sabedoria, é tudo aquilo que podemos e devemos fazer. E à pessoa que nos ensina, isso basta. Fui passar uma semana com ele, porque quis saber mais sobre a sua actividade, a forma como faz, e as suas
O mesmo jig, desta vez a servir para uma corvina, modesta sim, mas que me deu uma boa luta
razões de fazer. Quando ele fala e nos transmite a sua experiência, está na verdade a prestar um serviço público a todos os que pescam. O que nos diz, a sua mensagem, deve ser algo que não deve ficar restrito a uma só pessoa, mas sim partilhado por todos
aqueles que se interessam verdadeiramente pela pesca, por técnicas de pesca, por equipamentos e por peixes. Porque falamos de alguém que, quanto mais não seja por razões profissionais, tem um capital de conhecimento muito acima do pescador co-
mum. Nós podemos não pescar, mas ele não pode. Nós podemos não saber, mas ele não pode deixar de saber. Quando ele diz que há um diferencial de poder e força evidente entre as garoupas de 30/ 35 e as de 40 kgs, é melhor acreditar que sim. Para ele
esta faixa é a fronteira entre o “sim, …possível” e o “apenas possível para alguns”…
E 5 kgs de diferença não parecem ser muito.
Não preciso de vos dizer que foi uma semana fantástica, mesmo que o tempo nem sempre tenha ajudado.
Nos dias anteriores uma tempestade fez-se sentir, e no próprio dia da nossa partida de Lisboa para Angola o Luís abortou a sua saída matinal de pesca no Lobito por estar a chover torrencialmente e haver trovoadas sobre o mar.
Uma trovoada em Angola é coisa séria, não convém ignorar. De repente tudo fica negro, os raios caem violentamente onde calha e sem aviso. E passa em minutos.
No fim fica apenas um cheiro intenso a enxofre no ar…
Para quem pesca com canas de carbono sólido, autênticos para-raios, nem chega a ser um ambiente de pesca duvidoso. Não convém que tenham dúvidas.
Para esta expedição de pesca optei por um conjunto de canas Daiwa de última geração, a Saltiga AGS 55B2 TG e a versão acima, a B3, TG de corpo sólido, com ações de 120-200 e 150-260 gr respectivamente, cobrindo
assim a gama de jigs que iria utilizar.
São canas muito elásticas, seguras, absolutamente inquebráveis, pese os seus leves 100 gramas de peso. Esse é um factor a ter em conta quando estamos num local em que é impossível recuperar de uma quebra. E em que os peixes são de grande tamanho e combatividade, logo propensos a estragar material.
A princípio tratei a cana de pesca com cuidado, com tempo, sem forçar, tentando sentir os seus pontos fortes e eventuais fragilidades. Como trata um médico que faz uma mamografia geral a uma paciente, à procura de alguns caroços.
Mas depressa percebi que não valia a pena, podia “apertar” com ela a sério porque os seus limites estavam muito para lá do mal que eu e os peixes lhe poderíamos fazer.
Não se vai para um destino exótico com material ligeiro e frágil. Ao menor descuido, estamos “agarrados”, e sem possibilidade de continuar a pescar.
Disponho de outras canas que poderiam ser boas opções, por exemplo uma Deep Liner Premium, ultra ligeira e
nervosa, mas a qual seria incapaz de levar para Angola, dada sua fragilidade.
São canas para utilizar em ambientes controlados. Canas vibrantes, com alma, absolutamente espectaculares para pescar os nossos peixes europeus mas não podem passar daí. Boas para peixes de
tamanhos reduzidos, nunca muito superiores a 4 ou 5 quilos, eventualmente algum na casa dos 20/ 25 kgs, no caso de algum mero mais atrevido. Mas as águas de Angola cobram muito por cada um dos seus peixes recorde, e o risco de quebra por distração existe, mais ainda para uma cana
Os anzóis Suteki deram boa conta de si, não abriram mesmo quando sujeitos a cargas ultra-pesadas. Cordas curtas, 1 a 2 cm, para zonas de pargos, porque mordem, e cordas longas de 3 a 4 cm para quem tem bocas grandes, as garoupas, que aspiram
os Konoha - Second Stage de 160 gramas deram boa conta de si, e pretendo voltar a apostar neles na próxima expedição.
Têm o peso certo, descem bem (e o quanto isso é importante quando queremos colocá-los rapidamente num peixe visível na sonda e que está 140 metros abaixo de nós….), e trabalham de forma espectacular.
Para o mercado nacional, a GO Fishing Portugal tem versões de 130 gramas, para quem pesca desde 80 / 90 metros até perto dos 110/ 120 metros, e de 160 gr, para quem pesca abaixo disso.
cujo peso não excede os 100 gramas.
Material leve, mas não tão leve no preço, cerca de 800 euros.
Essas canas “finas” e delicadas ficam em casa e saem a terreiro as canas em carbono sólido, não ocas por dentro.
Um dado é garantido e seria bom que todos entendessem isto: as canas apenas servem para trabalhar o jig, não para puxar o peixe até nós. Varas de 90 a 120 gramas de peso não podem levantar peixes de 50 kgs. Partem de imediato.
Não são as canas que levantam o peixe. Isso é feito pelos carretos e respectiva linha.
A cana, após a ferragem, apenas se mantém na vertical, rigorosamente a apontar para baixo, sem participar no esforço. Devemos mantê-la apenas com uma ligeira inclinação, para controle de linha.
Bem sei que isto vos parece estranho… mas estas são as regras do jogo.
Quanto a jigs, levei uns quilos valentes de chumbo pintado….
A Deep Liner foi a marca mais utilizada, mas também
Há versões simples, com tons de azul e espelhado, e versões glow, com brilho, para dias escuros. São mortíferos para pargos! A título informativo passo-vos alguns dos modelos utilizados:
Os meus assistes eram diferentes. Primeiro porque foram feitos por mim, e isso já é em si uma garantia de desgraça. Segundo porque as pontas eram de tal forma aguçadas que metiam medo. Para serem ainda mais letais já só mesmo adicionando algo que corresponde a uma antiga técnica dos povos bosquímanos: besuntar as afiadas pontas dos anzóis com veneno curare. Não há peixe que resista a tanta tecnologia.
A minha aposta foi em material da marca Suteki, anzóis e cordas PE, estas de 120 e 150 libras, e pontualmente alguns anzóis e mesmo assistes já feitos, da Van Fook, também eles de qualidade irrepreensível e ultra testados pelo Luís no seu território de pesca. Não tive problemas com anzóis. Fiz-vos hoje uma apresentação sumária dos meus equipamentos.
Vamos nos próximos números ver alguns dos peixes que surgiram nesta digressão. Preparem-se porque vêm aí….monstros!
O Senhor Daquém e Dalém Mar
Como é óbvio, o senhor a quem eu carlos salgado estou a refir-me, é ao meu grande amigo e confrade antero dos santos, o distinto diretor do jornal notícias do mar a quem já tencionava dedicar o presente artigo, mas em boa verdade só agora consegui ter condições à altura para o fazer.
Quando se ouve hoje falar sobre os desportos náuticos em Portugal, vem logo ao de cima o nome do Antero dos Santos, naturalmente, isto porque ele para além de ser
bastante eclético e exigente foi sempre uma âncora firme em prol dos desportos náuticos em Portugal mas não só, tema ao qual dedicou grande parte da sua vida, sobretudo à navegação des-
portiva, e até para além disto chegou a ser o piloto de ensaios internacionalmente preferido para testar e avaliar na prática, quer os motores de grande cavalagem quer os fixos quer os fora de borda das principais marcas, sejam elas de origem japonesa, americana ou até chinesas.
Este meu grande amigo e confrade de há muitos anos foi sempre, sem dúvida, um homem que fez a diferença, graças ao seu rigor e exigência na avaliação de várias causas e produtos, para além da sua forte afetividade e até clareza nas relações com os amigos, e eu sou testemunha disso há largos anos, felizmente!
Não foi por acaso que, quando os Amigos do Tejo fundaram a Confraria Cultural do Tejo Vivo e Vivido, a Tagus Vivan, que o mesmo Antero dos Santos, logo na Assembleia Geral da funda-
ção dessa Confraria, foi o eleito para exercer o cargo de seu Grão – Mestre, que ainda continua a exercer. Falemos então um pouco mais sobre ele: O seu currículo brilhante é invejável, pois logo à partida reza assim, pelas palavras do próprio: Tive a sorte de ser filho do Alfredo dos Santos, que foi presidente do Clube Nacional de Natação durante muitos anos. Aos oito anos de idade já eu nadava e até ganhei a minha primeira medalha nos campeonatos regionais de natação em infantis.
O meu primeiro barco, tinha eu 12 anos, foi um charuto, um barco do tipo de canoa estreita e mais longa feita em madeira, que se remava com uma pagaia, simples ou dupla, alternadamente nos dois bordos, que o meu pai me comprou na praia de S. Pedro do Estoril onde passávamos as
férias. Este “charuto” foi registado na Capitania de Cascais com o nome “Tubarão VI”, porque já havia 5 embarcações registadas com o mesmo nome. O banheiro da praia de S. Pedro do Estoril, o senhor Júlio, nalguns dias de manhã costumava ir à pesca na sua chata para o largo para pescar peixão e sarguetas, e um dia ensinou-me a empatar os anzóis, deu-me uma chumbada, uma linha e uma sardinha para isco, e eu fui também à pesca no meu charuto a remar de pagaia atrás da chata dele, mas quando cheguei lá já este banheiro estava a pescar, mas eu não desisti, e com uma pagaia numa mão e uma linha de pesca na outra, lá comecei a pescar também, mas como o peixe não picava, comecei a sentir uma sensação esquisita, e quando o senhor Júlio perguntou-me estás a sentir-te bem? Se não estás é melhor ires-te embora, que isso passa-te,
porque tu estás é enjoado. Então pagaiei para a praia e quando pus os pés na areia já me sentia melhor. Mas como com a pagaia remava pouco e nem conseguia acompanhar a chata do banheiro, pedi ao meu pai que mandasse fazer umas aranhas em ferro para levarem forquetas para usar dois remos, e assim conseguir passar a acompanhar a chata do senhor Júlio, transformando o meu charuto “Tubarão VI” num skiff e a partir daí passei a remar mais depressa que os banheiros das chatas e até comecei a passear até à praia da Parede e à praia do Forte do Salazar, porque com os dois remos na água, o charuto não balançava tanto, e também nunca mais enjoei. Quando fui aluno na Escola António Arroio, inscrevi-me no Centro Especial de Vela da Mocidade Portuguesa cujo Cento era na Cruz Quebrada, mas como morava em Lisboa ia ao
sábado de comboio desde o Cais do Sodré até à Cruz Quebrada para fazer vela num fantástico barco, o Lusito, um barco de iniciação já com duas velas, a grande e um esta, com o qual se aprendia também a caçar a escota com os dentes.
Entretanto o Centro de Vela passou para Algés e foi aqui que passei a fazer regatas já num barco da classe Snipe.
A Praia de S. Pedro do Estoril com uma baía calma, pouco profunda e protegida do vento, na Linha do Estoril, como tem também as melhores condições para se aprender a fazer a caça submarina, levou-me um dia a experimentar usar uns óculos de natação que eram os mesmos que os homens-rã franceses usaram na guerra, porque eu já tinha visto os filmes a preto e branco do Jaques Cousteau, o que me permitiu passar a ter outra visão colorida e fantástica, quer das algas, desde as
grandes laminárias até às pequenas e vermelhas agarófitas que cobriam o fundo de pedra e da areia do fundo do mar e até os peixes nem fugiam ou escondiam-se nas algas. Depressa percebi, que capturar um desses peixes era mais fácil desta maneira do que pescá-los com um anzol.
A Socidel que vendia material para desporto subaquático, começou a importar da marca francesa Champion, as mascaras, os tubos respiradores e uma pequena espingarda de elásticos com um arpão, onde se enroscava uma ponteira com barbela ou um tridente. Foi a minha primeira espingarda de caça submarina.
Nos dias em que as águas eram mais limpas e transparentes, na baía da praia de S. Pedro do Estoril, entrava muito peixe e as grandes laminárias com 3 metros de altura, que só em Setembro nas marés-vivas eram arrancadas, cobriam
mais de metade da baía, e escondiam e abrigavam principalmente os bodiões e às vezes alguns robalos, enquanto nas pedras da Ponta do Sal e da Bafureira caçavam-se os sargo, para além de nesse tempo todos os areais tinham linguados e às vezes salmonetes e onde havia tantos polvos, onde apanhava-se sempre um dos mais pequenos. As navalheiras, só anos mais tarde é que comecei a apanhá-las à mão quando
já tinha luvas.
Como não havia ainda fatos isotérmicos, o problema era o frio e ao fim de meiahora dentro de água começava a tremer e tinha que vir para a praia aquecer-me na areia. Aquecia-me durante meia-hora e voltava para a água e era assim que passava as manhãs nos dias de águas limpas.
Um dia experimentei meter numa garrafa de água do Luso uma mistura de vinho do Porto e de baga-
ço e nesse dia já consegui permanecer mais vezes e durante mais tempo dentro de água e cacei mais peixe, mas o senhor Júlio teve que me trazer a casa que era na Marginal defronte da praia, porque eu já estava com uma piela.
Aos 15 anos já andava na vela e mergulhava em S. Pedro do Estoril e também como já trabalhava, ganhava algum dinheiro.
O meu pai tinha três lojas de fotografia com o nome Foto A. Santos. A fotografia era a preto e branco e eu era o melhor retocador de negativos e como ganhava à peça, já tinha algum dinheiro para os meus gastos. Comprei então um fato isotérmico da Spirotechnique e fiz-me sócio do Centro Português de Atividades Subaquáticas, quando este clube ainda tinha a sede na Av. Almirante Reis, e dedicava-se às atividades da caça submarina.
Foi o CPAS que organizou o 1º Campeonato da Europa de Caça Submarina em Sesimbra e foi onde participou também o famoso francês Philippe Cous-
teau.
Foi no CPAS que tirei o curso de mergulho com garrafas, mas como ainda não tinha carta nem automóvel, ia com amigos mais velhos à boleia caçar aos melhores locais como ao Cabo Raso, Cabo da Roca, Sines e Sagres onde caçávamos principalmente robalos e não perdia o tempo aos sargos. Uma vez, no Cabo da Roca arpoei uma corvina com 36 kg e mais uns diversos robalos.
Já com o 2CV Citroen, o meu primeiro carro, e com maior autonomia, umas vezes ia para Sesimbra, alugávamos uma traineira para mergulhar de manhã no Cabo Espichel, onde capturava sempre, pelo menos uma lagosta e da parte da tarde ía caçar aos sargos nas paredes por baixo do farol.
Foto dos Campeões, Antero está no meio
Como conhecia nessa altura caçadores submarinos da Parede, Lisboa e de Sines, com os quais resolvemos fundar uma nova Federação, eu pelo Clube Nacional de Ginástica da Parede e os outros por clubes de Lisboa e de Sines, que ficou a chamar-se Federação Portuguesa de Atividades Subaquáticas, e como ainda não havia barcos para apoiar a caça submarina, nós alugávamos traineiras, mas quando começaram a parecer entretanto os pneumáticos Zodiac, fiquei de olho neste tipo de barco. Conhecia um grupo de amigos, entre eles o Manuel Alves Barbosa, praticantes da motonáutica. Um dia deixaram-me participar numa prova e a partir daí não demorou muito tempo para eu ter um barco de corrida, inscrito com o nº 23, na Federação Portuguesa de Motonáutica, e a partir daí passei a praticar esta modalidade durante diversos anos.
Aqui eu, Carlos Salgado, aproveito para recordar outro piloto de motonáutica meu amigo, o Maimone Madeira, de Salvaterra de Magos, que também já não vejo há muito tempo.
Prosseguindo sobre o Antero dos Santo que confessou o seguinte: Em Janeiro de 1974, parei a prática da motonáutica porque fui convidado a ser Diretor Geral da Penta Publicidade em Luanda, e levei tudo o que tinha que me podia dar prazer em Angola, o carro, o barco, garrafas de mergulho e as espingardas de caça submarina.
Como tinha primos com casa no Mussulo, fiz-me sócio do Clube dos Amadores de Pesca de Luanda, na Corimba, para guardar o barco de corrida com o nº 23, que passou a ser o barco de pesca, e durante dois anos mergulhei, cacei e pesquei nele
peixes em Luanda, Benguela e Moçâmedes, que ainda recordo com gozo e saudade.
Quando regressei a Portugal não voltei a fazer motonáutica e troquei o barco de corrida por um semirígido.
Os meus filhos com 10 e 14 anos, companheiros nas aventuras de África, voltam para a praia de S. Pedro do Estoril que tem também as melhores condições para a prática do Surf, que passou a ser um viveiro de surfistas, e com os surfistas mais velhos e os meus filhos formei o Surfing Clube de Portugal, o primeiro do país a organizar competições, e uns anos mais tarde constituí com os clubes de Carcavelos, Caparica, Ericeira e Aveiro a Federação Portuguesa de Surf.
O meu jornal Notícias do Mar que nasceu em 21 de
Junho de 1985, um quinzenário de atualidade naval, científica, pesca, desportos náuticos e atividades subaquáticas, que no primeiro número teve entre outros temas: o mergulho profundo, a biologia marinha, a pesca profissional, a vela, o surf, para além da pesca desportiva que hoje continuam a ser os temas que continuo a desenvolver com a colaboração de outros, que vieram
enriquecer o jornal Notícias do Mar.
Foi depois que voltei a praticar a vela na Associação Naval de Lisboa, num barco meu da classe Snipe, ao qual dei o nome de “Notícias do Mar”
Anos mais tarde troquei este Snipe por um veleiro para fazer regatas oceânicas, com o nome “Notícias do Mar I”, um rapidíssimo e espetacular veleiro do esta-
leiro francês Archambault, do modelo Surprise, com 7,65 metros de comprimento, veleiro que foi preparado para as regatas com o mastro reforçado por dentro para evitar de partir e velas de kevlar, que eu só usava nas regatas.
Este veleiro “Notícias do Mar I” deu-me muitas vitórias e um imenso gozo até à última regata da Volta ao Algarve, já no ano em que fiz os meus 80 anos de idade. Como recordação maior, nesse mesmo ano foi publicado o novo Regulamento da Náutica de Recreio, que elaborei quando era dirigente da Federação Portuguesa de Vela, e que me obrigou a lutar durante 10 anos como membro do Conselho da Náutica de Recreio do Ministério do Mar, e foi graças à Eng.ª Ana Paula Vitorino, como Ministra do Mar, que o RNR (Regulamento da Náutica de Recreio) foi finalmente aprovado.
Mais palavras para quê?
O Tejo a Pé
Parque Municipal do Cabeço de Montachique, Loures
A revisão da “lição”
Um grupo de 24 apaixonados pela natureza juntouse no Parque Municipal do Cabeço de Montachique, Loures, no dia 28 de abril de 2024 para mais um Tejo a pé.
Este parque municipal fica situado na Freguesia de Fanhões, Loures, com uma área de 32 hectares onde dominam áreas florestais com frondosos sobreirais (Quercus suber L.), medronheiros (Arbutus unedo L.) com porte arbóreo e grandes manchas de carvalhoportuguês (Quercus faginea Lam.) aos quais se associam os matos característicos da região.
A proposta para este mês foi uma imersão na floresta com os cinco sentidos despertos e atenção plena, usufruindo de benefícios através do contacto com o ambiente natural presente no Cabeço Entre a Terra e o Céu
de Montachique.
A manhã esteve fresca, mas sempre presenteada com um sol radioso.
Esta atividade foi guiada pela autora, Leónia Nunes, investigadora do Instituto Superior de Agronomia, onde
foram propostos vários exercícios de competências mentais que permitem desenvolver a auto-consciência,
possibilidades de introspeção e a integração na natureza, contribuindo estes para o bem-estar físico e mental. Fusão
Estes benefícios são já comprovados em vários estudos científicos, que apontam para a promoção de bem-estar e saúde através do tempo passado na floresta.
A caminhada terminou com um poema de Laura Foley (The Quiet Listeners) e com um sorriso no rosto dos participantes.
O Tejo a pé é uma iniciativa que junta uma vez por mês um grupo de amigos para caminhar e viver a natureza, conta já com 16 anos de existência.
Para ser convidado basta enviar um email:cupeto@uevora.pt
Notícias Nautel
SATURN Series Carregadores de Bateria a Bateria, Bidirecionais
A Nautel apresenta a nova linha inovadora de carregadores de bateria a bateria, bidirecionais, Saturn Series da Sterling.
ASterling continuou a inovar no mercado de carregamento DC/DC e a mais nova
linha, a série Saturn, é o culminar do seu conhecimento de mercado que acumulou longo dos anos. Potência, eficiência e capacidades líderes de mercado são os pilares de um produto que esperamos exceda as suas expectativas. Eficiência de 96-98%, oferecendo a melhor colheita do ponto A ao ponto B e também o funcionamento com aquecimento mínimo.
O arrefecimento por ventilador (em unidades com classificação 40A ou superior) e um chassi de metal significam que se funcionará com potência total o dia todo. Quando o motor estiver a funcionar, o carregador Saturn carregará a bateria no perfil
de carga da bateria escolhido, usando o alternador como fonte de energia. O Saturn é ainda adequado para veículos Euro-6, Euro-7 e Elétricos, em diversas configurações. É a melhor forma de carregar de forma segura e inteligente um sistema de bateria traseiro durante a condução. Uma das características mais importantes do Saturn é o que ele faz quando não se está conduzir. Quando tiver carga excedente disponível na bateria de reserva do Solar ou Shore Line Charging*, o carregador Saturn ativará automaticamente seu recurso de carga inversa. A corrente de carga inversa varia por unidade (disponível na tabela de modelos na próxima página) e a tensão de carga inversa é de 13,4V (26,8V a 24V). Esta tensão é perfeita para manter baterias de arranque uma tensão de flutuação. Entrada positiva da bateria de partida, saída positiva para as baterias de reserva e um negativo comum por toda parte. O único cabo adicional necessário será a alimentação de ignição e isso somente se tiver um alternador inteligente ou uma tensão de entrada ligeiramente baixa. Alternadores inteligentes representam um desafio para muitos carregadores DC/DC, mas a capacidade de ser controlado por ignição ou mesmo por vibração garante que o Saturn funcione sempre que
sua chave for girada, como se deseja. A natureza limitadora de corrente inerente de nossas unidades Saturn garante que se tenha equipamentos e vetores de desempenho previsíveis para planear o seu sistema. Ele garante que as baterias sejam carregadas dentro da faixa de corrente desejada e, desde que classificada corretamente, garantirá que o alternador não esteja sobrecarregado. Saída de tensão confiável e controlada, modos de saída ao vivo (para acordar um BMS adormecido), desligamentos de
saída em baixa temperatura (0DegC) e 2x predefinições de carga adequadas para lítio. A série de carregadores Saturn possui 6 predefinições integradas para se escolher. Eles são adequados para uma ampla variedade de baterias e Sterling tentou tornálos o mais aplicáveis possível. Na improvável possibilidade das predefinições não serem adequadas, pode-se usar o
controlo remoto BBR para definir um perfil personalizado. Os Saturn abrem toda uma gama de possibilidades - oferecendo a possibilidade de passar para sistemas de reserva/domésticos de 24V ou mesmo 48V. (A carga reversa é ativada em> 13,8 V em configurações de lítio,> 13,6 V em outras configurações. Multiplique por 2 para 24 V e 4 para 48 V).
Noticias do Instituto da Soldadura e Qualidade
ISQ Reforça Posição na Argélia e Ganha Contratos Acima de 1M €
O grupo ISQ acaba de ganhar três novos contratos no mercado argelino, num total de mais 1M€, vendo assim a sua posição de mercado reforçada no sector do OIL&GAS.
Ocontrato com o agrupamento RKF – uma joint-venture entre a espanhola CEPSA e a argelina SONATRACHprevê a execução de “Fitness for Service” (FFS). Trata-se de uma avaliação técnica ri-
gorosa, realizada em instalações e equipamentos industriais, que visa determinar a sua capacidade de continuar a operar de forma segura e eficiente. Este processo garante que os ativos existentes estão em conformidade com
estão protegidas contra corrosão, assegurando assim a sua durabilidade e integridade.
O trabalho será realizado pela filial do ISQ na Argélia, ISQ-SARL, e incidirá na elaboração de procedimentos de inspeção, formação e ensaios de campo em coletores, tanques, tubagem e equipamentos de interligação de 26 poços de gás e uma linha de exportação de gás. Esta unidade produz 8 milhões de metros cúbicos de gás / dia.
os padrões e a regulamentação, prolongando assim a sua vida útil e maximizando o retorno do investimento.
Este projeto será realizado em colaboração entre duas empresas participadas do grupo: o ISQ Engenharia, que conta com uma equipa de engenheiros especialistas em FFS e o ISQ-SARL, a filial do grupo na Argélia.
Já em matéria de proteção catódica foram ganhos dois contratos. Um deles diz respeito ao agrupamento GRN – uma parceria entre a REPSOL e a SONATRACH - para a execução de serviço de assistência técnica nesta área.
A proteção catódica consiste num suporte técnico especializado. É um método utilizado para prevenir a corrosão de estruturas metálicas submersas, enterradas ou aéreas, como plataformas, oleodutos e tanques, entre outras. Através deste serviço, é possível garantir que as instalações
O segundo contrato na área da proteção catódica é com a TOUATGAZ (uma parceria entre a ENGIE, a ENI e a SONATRACH) onde será realizada inspeção e assistência técnica nos campos Oued Zine e Hassi Ilatou. Nestes campos encontram-se 2 fabricas de tratamento de gás (GTP), 22 poços de gás, 11 poços água, tubagem, equipamentos de interligação e uma linha de exportação de gás de 28”. Estas unidades produzem 4,5 biliões de metros cúbicos de gás / dia e 630 mil barris de condensados / dia.
“De salientar que o Grupo ISQ está na Argélia desde 2002 e conta já com mais de 100 colaboradores. Da sua carteira de clientes constam empresas dos sectores da água, medicina, investigação industrial e petróleo. Este mercado tem-se revelado uma aposta ganha, quer pelo volume de negócios, quer pela afirmação do ISQ enquanto entidade de referência na sua área de expertise”, comenta José Figueira, administrador do Grupo ISQ.
Notícias do Instituto Português do Mar e da Atmosfera
Campanha de Avaliação de Lagostim
Os dois elementos da Divisão de Modelação e Gestão de Recursos da Pesca (DivRP) do IPMA receberam formação a bordo do navio de Investigação Svea
De 18 a 25 de Abril 2024, participaram na campanha UWTV FU3-4 (Skagerrak e Kattegatt), na Suécia, dois elementos da Divisão de Modelação e Gestão de Recursos da Pesca (DivRP) do IPMA.
Imagem de vídeo subaquático para identificação de lagostins e galerias de lagostins
Os dois elementos da Divisão de Modelação e Gestão de Recursos da Pesca (DivRP) do IPMA receberam formação sobre os equipamentos e métodos utilizados para avaliação do lagostim a bordo do NI Svea da Swedish University of Agricultural Sciences (SLU), numa expedição coordenada por Patrik Jonsson. A monitorização do recurso de lagostim na costa continental portuguesa é obrigação do IPMA, no âmbito do Programa Nacional de Amostragem Biológica (PNAB), com financiamen-
Sistema de Underwater Television utilizado para avaliação da abundância de lagostim na Unidade Funcional 3-4 (Skagerrak e Kattegatt)
to da Comissão Europeia do MAR2030 (MAR-014.7.2-FEAMPA-00001) e contribuição
Nacional, através do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P. Até à
data, esta monitorização tem envolvido, anualmente, a realização de campanhas de
arrasto dirigida a crustáceos, a bordo dos navios do IPMA (NI Noruega e NI Mário Rui-
vo). Nos restantes paísesmembros da União Europeia a principal base de avaliação,
para propor opções de captura para as unidades funcionais (FU) de lagostim, tem
vindo a ser realizada através de campanhas de recolha de imagens de vídeo
subaquático e contagem de galerias de lagostim: Underwater Television Surveys (UWTV) [ICES, 2023/grupo ICES WGNEPS].
De modo a acompanhar as melhores práticas e obter formação especializada sobre o planeamento, execução e análise de dados de imagem recolhidos a bordo da campanha de UWTV, o IPMA prepara-se para uma transição na metodologia adotada na monitorização do recurso. Foi com esse propósito que a Doutora Bárbara Pereira, coordenadora da campanha de crustáceos e do stock de lagostim nas Unidades Funcionais 28-29 (sudoeste e sul de Portugal) e Corina Chaves, chefe de missão das campanhas de arrasto dirigido a Crustáceos desde 2016, participaram na campanha UWTV na FU3-4 (Skagerrak e Kattegatt), Suécia, a bordo do RV Svea.
Notícias do Instituto Português do Mar e da Atmosfera
A Associação Portuguesa de Oceanografia
Celebrou a Sua Primeira Década
Participantes no Encontro de Oceanografia 2024 reunidos no Hotel Star Inn, em Peniche.
A Associação Portuguesa de Oceanografia (APOCEAN) celebrou os seus 11 anos de existência por ocasião do Encontro de Oceanografia 2024, que se realizou nos dias 3 e 4 de maio no Hotel Star Inn, em Peniche.
Homenagem da direção da APOCEAN, representada por Miguel Santos, aos sócios fundadores e membros com importantes contribuições para a temática, durante o Encontro de Oceanografia 2024, em Peniche. Da esquerda para a direita, Isabel Ambar, José Hipólito Monteiro, Fátima Abrantes, Miguel Santos, Fátima Sousa e Paulo Relvas
AAPOCEAN é uma sociedade científica, constituída em 2013 por reformulação da antiga Associação Portuguesa de Paleoceanografia, que pretende ser um ponto de intercâmbio de cientistas de áreas distintas na área da oceanografia, divulgando a importância do estudo do oceano.
Durante o evento, foram homenageados alguns dos sócios fundadores da Associação e outros membros, cuja contribuição para a divulgação da oceanografia em Portugal tem sido inestimável. José Hipólito Monteiro, Fátima Sousa, Fátima Abrantes, Isabel Ambar e Paulo Relvas, com trabalho reconhecido in-
ternacionalmente na área da oceanografia, receberam por parte de todos os participantes no Encontro uma especial ovação, reconhecimento pelo trabalho desempenhado ao longo de décadas. Também Luís Gaspar, Luís Menezes e Álvaro Peliz, que não puderam comparecer, receberam a devida homenagem pelo seu trabalho na temática.
O Encontro de Oceanografia realiza-se bianualmente e reúne investigadores, estudantes e convidados de diferentes vertentes da oceanografia, focando a oceanografia física, química, biológica, operacional, paleoceanografia e matemática. A edição de 2024 foi um êxito, contando com a presença de 80 oceanógrafos de diversas regiões do país, sendo que muitos não eram associados da APOCEAN, superando significativamente a participação dos anos anteriores. Participaram 46 investigadores, 23 estudantes de doutoramento e 9 estudantes de mestrado.
O Encontro contou ainda com a presença dos convidados Blanca Ausín da Universidade de Salamanca e Marcos Fontela do Instituto de Investigacións Mariñas, CSIC que apresentaram os seus trabalhos nas temáticas da paleoceanografia e oceanografia química, respectivamente. Também as palestras highlight de Luís Menezes, Lélia Matos, Telmo Carvalho e Lara Mills foram bem recebidas pela audiência. O evento contou ainda com a exibição de um curto documentário sobre mineração em mar profundo, da responsabilidade da Sciaena.
O prémio APOCEAN 2024 para melhor artigo científico foi entregue a Ana Duarte e colegas pelo trabalho “Acoustic imaging of stable double
diffusion in the Madeira abyssal plain”, também apresentado durante o evento.
O IPMA e o projeto Somos Atlântico foram dois dos patrocinadores principais do evento, e contribuíram de forma crucial para o seu sucesso.
Durante o encerramento do evento, Miguel Santos, presidente da atual direção da APOCEAN, mostrou-se muito satisfeito, referindo que: “A APOCEAN celebrou uma década de existência da melhor maneira, com um Encontro que se destacou pela maior participação de sempre e pela grande diversidade de temáticas nos trabalhos apresentados“.
A organização esteve a cargo da comissão reunida para o efeito, com o apoio da APOCEAN - Giulia Molina (CCMAR – Ualg, IPMA), Humberto Pereira (CESAM, DFis, UA), Jacqueline Santos (CIMA, FCUL, IDL, IPMA), Pedro Nunes (FCUL, IDL, IPMA) e Teresa Leal Rosa (CCMAR, IPMA, Ualg).
A colaboração dos patrocinadores - feeling Berlenga, Centro de Ciência Viva de Tavira, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Somos Atlântico, Ins-
Miguel Santos, presidente da atual direção APOCEAN, durante a celebração dos 11 anos associação no Encontro de Oceanografia 2024.
tituto Politécnico de Leiria, Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Município de Peniche, Porto da Figueira da Foz, vinhos Cortém e Hotel Star Inn - nas mais diferentes etapas do Encontro, foram
complementos cruciais para um evento bem sucedido. A APOCEAN espera poder contar novamente com a participação de todos na próxima edição do Encontro, em 2026.
Durante o evento foi também apresentado o artigo científico “Acoustic imaging of stable double diffusion in the Madeira abyssal plain”, vencedor do prémio APOCEAN 2024
Economia do Mar
100 Atuns-Rabilho no Início da Campanha do Algarve
A campanha de pesca do atum-rabilho, no dia 17 de maio começou no Algarve, com a captura de 100 peixes, o maior deles com 330 quilos, numa armação de pesca a quatro quilómetros a sul da Ilha de Tavira.
Foi um dia que correu bem e os pescadores esperam que seja um presságio para o resto da campanha. Pescaram 100 atuns, a maior parte deles sempre com pesos superiores a 200 quilos, um deles pesava 330 quilos, capturados pela Real Atunara.
A Real Atunara e a Tunipex são as duas empresas que em Olhão se dedicam à pesca do atum-rabilho seguindo
o método secular da almadrava, uma armação de pesca, ou arte de pesca sustentável, que, em oposição ao arrasto, evita a destruição do fundo do mar e que respeita a preservação da espécie.
Para os pescadores o dia começou às 06:30 no Porto de Pesca de Olhão com a chegada e preparação de uma equipa de cerca de 30 pessoas e dois barcos, que pouco depois iniciaram a viagem de cerca
de 15 quilómetros até à armação de pesca.
A almadrava é uma estrutura suportada por âncoras e cabos, composta por redes verticais que criam um sofisticado labirinto, uma armadilha que apanha o atumrabilho que viaja em direção do Mediterrâneo.
Esta arte de pesca existe há mais de 3.000 anos e chegou a haver 18 armações na costa algarvia. Mas nos anos cinquenta do século passado
a crise da pesca do atum no Algarve ditou o quase desaparecimento desta técnica. A temporada da almadrava decorre normalmente entre maio e setembro. Em maio, o atum-rabilho migra das águas frias do Atlântico para as águas mais quentes do Mediterrâneo para desovar, passando pelo Estreito de Gibraltar. A partir de julho, a espécie faz o seu percurso de regresso ao Atlântico.
Este ano, a Real Atunara vai poder capturar 220 toneladas de atum, operação que envolve uma equipa de 35 pessoas, fundamentalmente composta por marinheiros, mestres, maquinistas e uma equipa de mergulhadores.
Depois de anos de excessos de captura que ditaram uma redução assinalável das existências da espécie no mar, a pesca de atum foi regulada, para reconstituir o ‘stock’, tendo a pesca do atum-rabilho passado a ser uma operação sustentável, respeitando as diretivas da União Europeia.
É um produto que 100% vai ser exportada e vai seguramente fazer as delicias dos chefes mais exigentes, que só trabalham com produtos de primeira qualidade.
O atum-rabilho faz parte da gastronomia tradicional de vários países, e muito particularmente no Japão, com a sua popularidade e o seu preço a crescer constantemente, sendo considerado uma jóia culinária, cobiçada por cozinheiros de grandes restaurantes e apreciada por consumidores em todo o mundo.
Notícias da Marinha
Antigo Submarino Barracuda Abre ao Público em Cacilhas
O Submarino NRP Barracuda
A Marinha Portuguesa inaugurou no dia 9 de maio, o novo navio-museu, o Submarino Barracuda, em Cacilhas, Largo Alfredo Diniz, junto ao terminal fluvial, concelho de Almada.
Cerimónia de inauguração foi presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Henrique Gouveia e Melo
Acerimónia de inauguração foi presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Henrique Gouveia e Melo, e contou com a presença da Presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, entre outras entidades.
O NRP Submarino Barracuda entrou ao serviço da Marinha no dia 4 de maio de 1968 e durante 42 anos, desempenhou diversas missões nacionais e internacionais, contabilizando mais de 300 missões nas suas mais de 800 mil milhas percorridas, como nas Ilhas Britâ-
nicas, Ilhas Canárias e no Mediterrâneo Ocidental.
Mas o que interessa agora é que finalmente vais poder visitá-lo, no Largo Alfredo Diniz, próximo ao terminal fluvial de Cacilhas, naquilo que agora é considerado um navio-museu.
Em 2010 desempenhou a última missão e agora volta ao “ativo” como navio-museu, com o objetivo de contribuir para a cultura naval sobre Marinha Portuguesa.
O submarino irá integrar o polo museológico da Marinha Portuguesa na doca seca de Cacilhas, em Almada, juntamente com a Fragata D. Fernando II e Glória.
A abertura ao público deuse no dia 11 de maio, sendo o horário de visita do submarino de terça-feira a domingo das 10h00 às 18h00. Os bilhetes podem ser adquiridos no local e têm um custo de 4€ por visitante.
No primeiro dia em que o antigo submarino Barracuda abriu ao público, recebeu a visita de 706 visitantes.
Notícias
Notícias da Marinha
NRP Arpão Navega Debaixo do Gelo
pela Primeira Vez
Após concluída a primeira patrulha de 22 dias ao serviço da NATO, na Operação Brilliant Shield, o NRP Arpão atracou no porto de Nuuk, na Gronelândia, de forma a realizar uma paragem logística e a preparar a próxima fase da missão, a navegação debaixo da placa de gelo Ártico.
Ao chegar a Nuuk, o navio foi recebido por algumas dezenas de pessoas no cais, que se encontravam bastante curiosas com a chegada de um submarino a um lugar tão recôndito como a Gronelândia. Embora as paragens nos portos tenham como objetivo primário a logística, também são aproveitadas para o descanso das guarnições. Porém desta vez foi ligeiramente diferente, o navio ia iniciar uma das suas maiores aventuras até à data.
Para que fosse possível cumprir com o desígnio, de navegar debaixo do gelo, foi necessário um intenso período de preparação e estudo, em que a guarnição quase que teve que “reaprender” a operar o navio, uma vez que
a navegação submarina nas altas latitudes apresenta condições ambientais, sonoras e perigos à navegação, como a existência de Icebergs e gelo solto obrigando assim a adaptar muitos dos normais procedimentos e técnicas normalmente usadas pelos submarinos, quando a navegar em latitudes mais baixas.
A Operação Ártico 2024 contou com o apoio de Marinhas aliadas nomeadamente, a US NAVY, através do Artic Submarine Lab (ASL), e das Marinhas da Dinamarca e Canadá, fazendo jus às boas relações bilaterais entre a Marinha e os diversos parceiros internacionais, fortalecendo assim a coesão da Aliança Atlântica, no seu trabalho combinado e num momento
de elevada instabilidade mundial, onde os valores da democracia e o respeito pelas regras Internacionais estão a ser colocadas em causa.
Em paralelo ao estudo e preparação da missão, o navio passou por um processo de manutenção que embora normal, foi adaptado para fazer face às especificidades da missão, nomeadamente a instalação de uma proteção na torre para os mastros pela Divisão de Submarinos da Direção de Navios (DNDS) e pela Arsenal do Alfeite, SA ou a instalação de um sonar de alta frequência na torre do submarino com o apoio do Instituto Hidrográfico (IH). Importa relembrar que no ano 2023 o Arpão navegou 212 dias, atravessou o Atlântico duas vezes, es-
teve presente em sítios tão longínquos como o Rio de Janeiro, no Brasil e a Cidade do Cabo, na África do Sul, e ainda terminou o ano operacional com uma patrulha no Mediterrâneo.
Os processos de manutenção e treino são os dois principais fatores que permitem a condução das operações em segurança e com sucesso. Foi com o sentimento de lição bem estudada e de navio pronto que o NRP Arpão largou da Base Naval de Lisboa no dia 3 de abril. Os quase sete meses de preparação culminaram num conjunto de alterações significativas quer aos procedimentos normais, por exemplo vindas à cota periscópica sem seguimento, de forma a minimizar possíveis danos no caso de um
contacto inesperado com algum bloco de gelo, quer na organização de bordo para conseguir maximizar a operação de todos os sensores. Durante a primeira patrulha da Operação Brilliant Shield foi possível treinar, testar e validar a funcionalidade dos novos procedimentos e das alterações efetuadas.
A úlima fase de aprontamento da missão começou com o navio atracado no porto de Nuuk. Ao nível logístico, uma vez que o navio vinha de 22 dias de mar, foi necessário reabastecer o navio de combustível e géneros alimentares. Em termos operacionais, observando as últimas Cartas de Gelo, com o registo das mais recentes movimentações da placa de gelo, e já com a presença dos Ice Pilots, do ASL, foi desenhado o plano final e acertados os procedimentos e plano de comunicações entre todos os parceiros, nomeadamente o navio da Marinha Real Dinamarquesa, HDMS Ejnar Mikkelsen, que iria acompanhar o trânsito até à zona do gelo. Desta forma, com todos os preparativos realizados, com o Plano Final aprovado, no dia 28 de abril o Arpão largou de Nuuk, para a realização da Operação Ártico 2024, com a presença a bordo do Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Henrique Gouveia e Melo, decano dos submarinistas no ativo. Após largar, acompanhado pelo HDMS Ejnar Mikkelsen, o submarino iniciou trânsito para norte e no dia 29 de abril começou a escrever mais uma página, na já significativa história dos submarinos da classe “Tridente”, iniciando com a passagem pelo mítico paralelo 66º33’N, que marca a fronteira do Círculo Polar Ártico, algo que à semelhança da passagem do Equador, é uma marca relevante para todos os Marinheiros, e esta
marca ainda não tinha sido alcançada pelos submarinistas portugueses.
Ao alcançar a posição de início da primeira fase da missão, já com a placa de gelo à vista no horizonte e bastante perto da Marginal Ice Zone (MIZ), zona de mistura entre a placa de gelo e o mar aberto, caracterizada por ter diversos fragmentos de gelo solto à deriva, foi tempo de fechar a escotilha e entrar em imersão, para iniciar a aventura de navegar debaixo da placa do gelo Ártico, e confirmar todo o estudo e preparação dos últimos meses.
Passados alguns minutos do início do planeamento eram cada vez mais evidentes os sinais de que o navio se encontrava muito perto da placa de gelo. Desde as diferenças de temperatura, entre 0 e -2 ºC à superfície e de 2 a 5 ºC em cotas mais profundas, ao aumento significativo quer em tamanho, quer em quantidade, dos pedaços de gelo à deriva (possíveis de detetar nos diversos sensores de bordo, sonares ativos e passivos). Umas das particularidades de navegar nesta zona, é inicialmente o aumento significativo do ruído ambiente na MIZ, devido à forte presença de vida ma-
O NRP Arpão atracou em Nuuk, tornando-se assim no primeiro submarino da Marinha Portuguesa a navegar tão a Norte e praticar um porto na Gronelândia
rinha e ao gelo bater e partir, seguido de uma diminuição acentuada do ruído ambiente, passando ao silencio, si-
nal de que já nos encontrávamos mesmo debaixo da placa de gelo.
O “feito” inédito, do NRP
Com a conclusão desta missão o NRP Arpão tornou-se, num dos muito poucos submarinos convencionais a navegar debaixo do gelo, uma área normalmente reservada aos submarinos de propulsão nuclear
Com o desígnio de navegar debaixo do gelo, foi necessário um intenso período de preparação e estudo, em que a guarnição quase que teve que “reaprender” a operar o navio
Arpão se encontrar a navegar em imersão profunda com um teto de gelo, confirmado pelos sonares ativos e sonda, trouxe a todos os elementos da guarnição um sentimento de expectativa realizada, que justificava todo o tempo e a dedicação empenhados na preparação da missão estavam a começar a pagar os dividendos, ampliado ainda com a presença de SEXA
ALM CEMA no Combat Information Center (CIC).
Depois de 39h 30min em imersão profunda sob o gelo, o navio cruzou novamente a MIZ para leste e regressou à superfície com o sentimento de missão cumprida, mas haveria ainda mais...
Tendo em conta a forma serena como decorreu a execução da Fase 1 do planeamento, deu-se início à Fase
2, aumentando o nível de expectativa. Desta forma, iniciava-se a fase em que se ia fazer a exploração operacional de um submarino debaixo do gelo, desde o mapear de Polyanas, aberturas naturais na placa de gelo para uma possível emersão de emergência, até monitorizar a largura da placa ou a densidade de gelo derivante.
Após ter concluído a Fase
O mítico paralelo 66º33’N, marca a fronteira do Círculo Polar Ártico, é uma marca relevante para todos os Marinheiros, esta ainda não tinha sido alcançada pelos submarinistas portugueses
2 com sucesso e cumpridos todos os objetivos, desde aqueles que foram planeados com antecedência aos que foram sendo propostos com o decorrer da missão, a 3 de abril o navio voltou à superfície em segurança, e iniciou o trânsito de regresso para Nuuk.
Com a conclusão desta missão o NRP Arpão tornouse, se não no primeiro, num dos muito poucos submarinos convencionais a navegar debaixo do gelo, uma área normalmente reservada aos submarinos de propulsão nuclear. Permaneceu debaixo da placa de gelo num total de cerca de quatro (4) dias, tendo também explorado a operação na Marginal Ice Zone, com grande densidade de gelo solto, zona essa com elevado valor tácito, área em que nenhum outro submarino do ocidente se atreveu a operar, desde a II grande Guerra, com total sucesso. Além de adicionar uma nova capacidade aos submarinos portugueses e, consequentemente, à Marinha, o Arpão pôs mais uma vez em prática a “arte de bem fazer”, o que demonstrou que mesmo com todas as condicionantes, mas com dedicação, competência e força de vontade é possível continuar a ultrapassar novos desafios alcançando objetivos considerados por muitos, incluindo aliados, inultrapassáveis.
Como é apanágio dos submarinos – serviço silencioso – mais uma vez esta Esquadrilha voltou a superar-se.
A Marinha demonstrou que com ambição, foco, competência e sacrifício faz jus à longa história marítima portuguesa, repleta de heróis anónimos e de feitos notáveis como canta Camões, o nosso poeta: “…Passaram para além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados, Mais do que prometia a força humana,..”
Notícias Nautiradar
Sensar Marine – Boat Monitor, Monitorização Remota para o Seu Barco
A Nautiradar apresenta no seu portefólio uma nova e galardoada (NMEA 2023 Technology Award) solução de monitorização remota – Boat Monitor da Sensar Marine.
O Boat Monitor está sempre Ligado
Funciona 24/7 sem consumir qualquer energia do seu barco. O Boat Monitor é o cérebro do sistema, onde informação sobre a sua embarcação é continuamente recolhida e enviada à sua aplicação móvel.
O sistema funciona com uma bateria interna, com autonomia para 40 dias, que recarrega automaticamente sempre que as baterias da sua embarcação sejam carregadas. Por outras palavras, não necessita de qualquer manutenção e irá monitorizar a sua embarcação durante anos, sem que haja a neces-
sidade de ser removido para carga.
A sua Melhor Defesa contra os Danos causados por Água
Com o Bilge Sentry, vai ficar sempre a saber o que se passa no fundo do porão do
seu barco. O Bilge Sentry dálhe a medida exata do nível de água entre 0 a 15 cm. A aplicação móvel mostra-lhe o nível atual de água e informação sobre o momento em que a água começou a entrar no seu barco e velocidade à qual está a entrar.
Além disso, mede a temperatura dentro do porão, para garantir que o seu barco não seja exposto a danos causados por gelo e frio.
Cabos Elétricos
Feitos para uso Marítimo
Os cabos fornecidos ligam-se diretamente a dois bancos de baterias e à bomba de porão. Estes cabos foram desenvol-
vidos especificamente para funcionarem nas exigentes condições do ambiente marítimo e irão sempre apresentar dados ao Boat Monitor, independentemente da humidade existente na sala do motor.
Monitorize o Seu Barco em Qualquer
Momento
Funcionalidades automáticas de GPS oferecem-lhe paz de espírito. A posição e movimento são rastreados por sensores no interior do próprio Boat Monitor. A aplicação mostra-lhe a posição atual do seu barco em qualquer momento.
As funções GeoFence e Registo de Viagem são atualizadas automaticamente, para que saiba sempre que a sua embarcação está de viagem, localização atual e onde esteve.
Instalação
Simples
Não necessita de parafusos nem componentes metálicos. Tudo sem problemas. O processo de instalação foi desenhado para que o utilizador a possa fazer, sem o auxílio de ferramentas. Juntamente com o sistema, é
fornecida fita adesiva industrial para montar todo o sistema em situações que não queira usar mesmo quaisquer parafusos no seu barco. Além disso, foram selecionados componentes de plástico para evitar eventuais fontes de ferrugem.
Este sistema requer uma subscrição de serviço mensal ou anual, por forma a que possa estar sempre em contacto com a sua embar-
cação e enviar-lhe notificações via app.”
Todas as subscrições incluem: monitorização contínua da embarcação; operação e manutenção do sistema; tráfego de dados da embarcação à aplicação do utilizador; mensagens SMS enviadas ao
utilizador, caso certos níveis de alarme sejam alcançados; rastreio da embarcação em caso de furto e desde que esteja dentro da cobertura 5G. Para mais informações contacte-nos via 213 005 050 ou via www.nautiradar.pt
Notícias do Clube Naval de Sesimbra
Dez Medalhas de Ouro para Atletas do CNS
Os atletas do Clube Naval de Sesimbra conquistaram dez medalhas de ouro, dez de prata e três de bronze no III Madeira Underwater Open 2024 e na primeira etapa da Taça de Portugal, que se realizaram em simultâneo de 11 a 16 de maio, em Porto San-
to, Madeira.
Luís Campos, com Patrícia Araújo, foi o grande vencedor na categoria Ambiente no Open de fotografia, Filo-
mena Sá Pinto, com Leonor Paução, arrecadou o 1.º lugar em Macro e Nuno Gonçalves, com Ana Gomes, tirou a melhor fotografia de Peixe.
No vídeo, Joel Machado, com Mariana Chilão, conseguiu o ouro nas categorias de Filme Promocional de Porto Santo e Filme Subaquático.
Na Taça de Portugal, Filomena Sá Pinto, com Leonor Paução, alcançou o ouro em Grande Angular, Nuno Gonçalves, com Ana Gomes, em
Tema e Luís Campos, com Patrícia Araújo, em Criativa.
As outras duas medalhas de ouro foram conquistadas no vídeo por Joel Machado, com Mariana Chilão, nas categorias de Documentário e Videoclipe.
A prata foi conseguida por Luís Campos, com Patrícia Araújo, em Grande Angular e Tema, por Nuno Gonçalves, com Ana Gomes, em Macro, Peixe e Criativa e no vídeo por Miguel Jerónimo, com Pedro Valle Abrantes, em Documentário.
Nuno Gonçalves, com Ana Gomes, conseguiu ainda uma medalha de bronze na categoria de Grande Angular. Filomena Sá Pinto, com Leonor Paução, também alcançou o 3.º lugar em Peixe e Tema.
Destaque ainda no Madeira Underwater Open 2024 para as medalhas de prata alcançadas por Filomena Sá Pinto, com Leonor Paução, em Ambiente, por Nuno Gonçalves, com Ana Gomes, em Macro, por Luís Campos, com Patrícia Araújo, em Peixe e, no
vídeo, por Miguel Jerónimo, com Pedro Valle Abrantes, no Filme Promocional de Porto Santo.
Com a delegada Carla Siopa, o Clube Naval de Sesimbra participou nas duas competições, organizadas pela Federação Portuguesa de Atividades Subaquáticas e pela Associação de Natação da Madeira, com um atleta no Open, quatro duplas de fotografia e duas duplas de vídeo no Open e na Taça de Portugal.
As provas realizaram-se durante dois dias, com duas imersões por dia e no final, as fotografias e os vídeos foram submetidos e avaliados pelo júri.
Inscritos já 140 Barcos
Este ano marca a 5ª edição do Troféu de Vela da Fundação Mirpuri, uma regata sustentável que verá um grande número de barcos à vela a competir na costa atlântica de Portugal.
Organizado em parceria com o Clube Naval de Cascais, o evento tem como objetivo sensibilizar para a conservação dos oceanos.
A regata contará com a presença de um grande número de veleiros de várias classes populares na Baía de Cascais: NHC, ORC, J70, SB20, Snipe, Finn e Optimist.
A Fundação Mirpuri irá patrocinar um desconto de 50% nas taxas de inscrição até 6 de junho. As taxas de inscrição de todos os barcos serão doadas a programas de conservação marinha. Serão atribuídos 35 troféus, incluindo o troféu perpétuo, uma obra de arte fabricada em ouro maciço e prata.
A equipa profissional local e vencedora em tempo real em 2020 e 2023, a Mirpuri Foundation Racing Team, competirá pela quinta vez consecutiva a bordo do seu veleiro VO65 “Racing for the Planet”.
A 5ª edição do Mirpuri Foundation Sailing Trophy terá lugar em Cascais, Portugal, entre 5 e 7 de julho de 2024. São esperados mais de 150 veleiros, entre convencionais e cruzeiros de alta performance. Organizada em parceria com o Clube Naval de Cascais, esta regata sustentável verá um grande número de barcos à vela a competir na costa Atlântica de Portugal, para sensibilizar e angariar fundos para programas de conservação
marinha.
A dez semanas do sinal de partida, a lista de inscritos continua a aumentar, com 140 barcos já registados. A edição deste ano conta também com a introdução, pela primeira vez, da popular classe J70, que irá competir juntamente com as classes NHC, ORC, SB20, Snipe, Finn e Optimist.
Criada em 2020 para ajudar a angariar fundos para a conservação marinha, as taxas de inscrição para esta regata focada na sustentabilidade são doadas a projectos de conservação oceânica pelo patrocinador principal, a Fundação Mirpuri. E até 6 de junho de 2024, todas as taxas de inscrição serão também patrocinadas a 50% pela Fundação.
Sendo um evento anual, a regata está a tornar-se rapidamente num dos pontos altos do calendário europeu de vela de verão e num evento de referência para a cidade de Cascais e para os organizadores Clube Naval de Cascais.
Os fãs da modalidade e os visitantes de Cascais podem esperar um espetáculo de vela quando os iates se alinharem para a largada em julho nas águas de Cascais, reconhecidas como um dos melhores locais para a prática da vela na Europa.
A regata Mirpuri Foundation Sailing Trophy já atraiu o interesse de muitos dos maiores nomes da vela profissional do mundo, tendo como participantes alguns dos mais famosos barcos do mundo, incluindo os IMOCAs e VO65 que competiram na The Ocean Race. A equipa profissional local e vencedora em tempo real de 2020 e 2023, a Mirpuri Foundation Racing Team, competirá pela quinta vez consecutiva a bordo do seu veleiro VO65 “Racing for the Planet”.
No sábado, dia 6 de julho, a cerimónia do tiro de canhão
do navio da Marinha Portuguesa dará início às regatas em todas as classes, incluindo a popular classe Optimist, que a Fundação Mirpuri reconhece como uma classe essencial para o desenvolvimento da vela profissional, patrocinando a Academia de Vela da Mirpuri Foundation, para jovens velejadores no Clube Naval de Cascais. No domingo, dia 7 de julho, o segundo e último dia da regata, veremos novamente todas as sete classes a competir. Este memorável festival de vela chega ao fim com este espetacular evento. As 35 equipas vencedoras do Mirpuri Foundation
Sailing Trophy 2024 receberão os seus prémios, e tanto o Mirpuri Foundation Ocean Award como o cobiçado troféu perpétuo, uma peça de arte desenhada pelo artista Jorge Lé Moura e fabricada com ouro maciço e prata pela Leitão & Irmão, Joalheiros da Coroa Portuguesa, serão entregues.
A sustentabilidade está no centro do Mirpuri Foundation Sailing Trophy, que é um evento livre de plásticos de uso único e uma plataforma para comunicar as iniciativas de conservação marinha da Fundação Mirpuri.
A Fundação Mirpuri tem um legado na vela de com-
petição como plataforma global para partilhar mensagens importantes de conservação marinha e encorajar mudanças positivas para um melhor impacto no planeta. Através da campanha “Turn the Tide on Plastic” na edição de 201718 da Volvo Ocean Race, a Fundação Mirpuri fez parte de um movimento global contra a poluição por plásticos e, nas edições de 2021 e 202223, a Mirpuri Foundation Racing Team concentrou-se na sensibilização e na promoção de acções sobre as alterações climáticas, uma vez que o barco da equipa levou a mensagem “Racing for the Planet” através dos mares.
Notícias do Porto de Setúbal
Navio de Cruzeiros Sea Dream I Escalou Porto de Setúbal
OSea Dream I, que é operado pela empresa norueguesa Sea Dream Yacht Club, escalou no dia 14 de maio o Porto de Setúbal, tornando-se no segundo navio de cruzeiros a escalar o porto sadino no corrente ano.
A embarcação de luxo, que trouxe a Setúbal cerca de 100 turistas, foi pilotada desde a entrada da barra até ao cais pela Comandante Susana Félix, piloto de barra do Porto de Setúbal, e foi recebida por uma comitiva liderada pelo Presidente da APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, Carlos Correia.
A maioria dos turistas a bordo puderam visitar a Serra da Arrábida e toda a
sua envolvente num passeio de veículos 4x4 e aproveitaram ainda a estadia de cerca de 7 horas para conhecer
a cidade de Setúbal, as suas belezas naturais e a gastronomia regional.
Até final do ano, o Porto de
Setúbal de irá receber mais dois navios de cruzeiro e prevê, a breve prazo, atingir uma média de 40 escalas anuais. Para tal, a APSS está a desenvolver infraestruturas adequadas para a receção de mais embarcações, estando já a projetar a construção de um futuro terminal de passageiros. O Porto de Setúbal tem vindo a delinear uma estratégia de crescimento no setor dos cruzeiros e náutica de recreio, tão importante para o crescimento económico da cidade e região.
Setúbal a receber o Seadream I
O Sea Dream I saiu de Lisboa no dia 13 de maio e, além de Setúbal, fez escala ainda em Huelva, Cádiz, Tânger, Motril, Puerto Banus e chegou a Málaga no dia 20 de maio.
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