Mergulho Diário

mergulhodiário 27 de junho de 2016

Facom/ UFJF

Edição 18

FOTO: MATHEUS BERTOLINI

Chapas apresentam propostas para eleições do DCE

Votação acontece nos dias 6 e 7 de julho. Alunos estão sem representação desde 2014. p. 4 ESPORTE

ECONOMIA

Saída do Reino Unido da UE reflete na economia brasileira PÁG. 3

CIDADE

Alunas de JF se classificam para fase estadual dos Jogos Escolares PÁG. 12

Especialista discute perigos no uso de armas de brinquedo PÁG. 8

mergulhodiário

Editorial

Rompendo o muro da polarização

Esse tem sido um ano atípico tanto para a política nacional quanto internacional. Depois de 24 anos, o Brasil acompanha novamente um processo de impeachment, dividindo o país em dois discursos políticos. Essa “onda” de posições conservadoras versus progressistas não é um debate exclusivamente brasileiro. Como acompanhamos, na última sextafeira (24), o Reino Unido votou pela saída da União Europeia. Por lá, assim como nos Estados Uni-

dos, a população também se divide entre opiniões que se divergem em pontos como imigração, políticas sociais e intolerância religiosa.

Em meio a toda essa efervescência, nos deparamos com a necessidade de não tomar decisões no “calor das emoções”. A bipolaridade nem sempre prevê um lado certo e outro errado, daí precisa surgir o olhar não exato, que pode até mesmo ser capaz de unir posições e romper muros na luta pela democracia e bem-estar social.

EXPEDIENTE Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação Social da Universidade Federal de Juiz de Fora, produzido pelos alunos de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso.

Reitor

Prof. Dr. Marcus David

Vice-Reitora

Profª. Drª. Girlene Alves da Silva

Diretor da Faculdade de Comunicação Social

Prof. Dr. Jorge Carlos Felz Ferreira

Vice-diretora

Profª. Drª. Marise Pimentel Mendes

Crônica Um dia sem celular

Mariana Meirelles

Hoje um dos meus piores pesadelos se tornou realidade: meu celular caiu na pia, como se não bastasse, com a torneira aberta.

Sim, parece bobo, eu sei. Como aconteceu? Nem me pergunte, quando vi já estava lá.

Minha primeira reação foi de choque, comecei a sacudir o celular desesperadamente, em uma tentativa falha de que ele voltasse à vida, que não tinha sido nada de mais. Engano meu!

Desesperada, recorri ao secador de cabelo. Um minuto, dois minutos, dez. Nada! Tentei ligálo diversas vezes e ele não demonstrou a mínima disposição para ligar.

Fui então pedir ajuda ao Google, “como recuperar celular que caiu na água?”, abri o primeiro site, que me pareceu bem sério e confiável. Ao contrário do que eu esperava encontrar, o site listava primeiro uma série de coisas para NÃO fazer em caso de celular afogado.

Instrução 1: jamais tente ligar seu celular; Instrução 2: não sacuda, pode espalhar a água ainda mais fundo no aparelho; Instrução 3: não utilize jatos do secador.

Pronto, eu tinha acabado de

27/06/2016

fazer toda a lista de coisas para não fazer.

Passado o primeiro momento de desespero, comecei a refletir sobre o porquê daquela tristeza tão profunda. Será que é porque agora vou ter que comprar outro? Porque preciso dele para o trabalho? Porque vou sentir falta do Instagram?

Não cheguei à conclusão alguma. A verdade é que eu sempre estive tão ligada ao meu celular, de tantas formas diferentes, que a função menos importante pra mim era a de, acreditem, celular!

Tentei contar mentalmente o número de ligações que fiz na última semana, dava pra contar com os dedos. Mas ele estava presente em todos os momentos da minha vida, na hora de checar as redes sociais, pra tirar uma foto de um momento importante, pra rever as fotos antigas, ou mesmo pra ficar só segurando, pra saber que ele está ali.

Queria poder dizer que não me fará falta, que vou tirar esses dias pra viver a vida longe da tecnologia, mas essa não sou eu e não consigo superar isso.

No momento meu celular está lá, semimorto, em um saco cheio de arroz, e eu aqui, à espera de um milagre.

Coordenadora do Curso de Jornalismo Integral

Profª. Drª. Claúdia de Albuquerque Thomé

Chefe do Departamento de metódos aplicados e técnicas laboratoriais

Profª.Drª. Maria Cristina Brandão de Faria

Professores Orientadores

Prof. Me. Guilherme Moreira Fernandes Profª. Me. Marise Baesso Tristão

Projeto Gráfico

Bruna Luz, Bruno Marangon, Bruno Paiva, Débora Alves, Isabella Gonçalves, Lucas Alves, Lucas Guedes, Moisés Fialho, Naiara Neves, Rafael Antunes, Prof. Me. Rodrigo Barbosa

Edição

Letucya Bernadete Mariana Dias

Diagramação

Carla Gonçalves Igor Santos Victor Ferreira

Repórteres

Carolina Leonel Carolina Tosetti Caroline Ferreira Larissa Garcia Matheus Bertolini Paula Breviglieri Pedro Soares Raquel Cataldi Ruth Gonçalves

Contato

mergulhodiario@gmail.com facebook.com/mergulhodiario (32) 2102-3612

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ECONOMIA

mergulhodiário

27/06/2016

Brexit

Saída do Reino Unido da União Europeia gera incerteza no cenário mundial

Foto: Tom Evans / Crown Copyright

Especialista explica consequências para economia brasileira

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou a saída da UE

Raquel Cataldi Três dias após votação do referendo, a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia (UE) gerou mal estar nos mercados financeiros, devido à incerteza sobre o impacto que a saída deve causar ao resto do mundo. Algumas das bolsas da Europa caíram mais de 12% e a cotação da libra afundou 10% em valor – ponto mais fraco desde 1985. No Brasil, o clima também é de incertezas.

Para o economista Fernando Agra um mundo que caminhava cada vez mais para a atuação em blocos pode voltar a ser mais estratificado. “Começam mais negociações entre países do que entre blocos. Cria-se um clima de incerteza e quem sente de cara são a bolsa e as moedas”, afirma.

Sobre a consequência do aumento do dólar frente ao real, Fernando Agra explica: “O dólar alto é ruim porque prejudica o controle da inflação. Por outro lado, favorece as exportações. Seriam esses os primeiros efeitos, não só para a economia brasileira, mas para o mundo. O que vai acontecer nas

próximas semanas, ou até mesmo meses, é que vai tornar mais claro como seremos afetados”, explica.

O Chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, explicou em entrevista para o Portal Brasil, que a saída do Reino Unido da União Europeia trará, em curto prazo, apenas impactos pequenos para economia brasileira. “O impacto de curto prazo será pequeno. As mudanças serão graduais nesse processo de saída. Em termos de fluxo comercial, o Reino Unido representa 1,5% para o Brasil”, relatou.

O processo de saída da União Europeia não é imediato e deve durar dois anos.

Brasileiros no Reino Unido O Mergulho Diário ouviu brasileiros que estão morando no Reino Unido para saber como o resultado do referendo foi recebido por eles. A estudante Thaís Rodrigues mora em Londres e relata que a maior parte dos professores e alunos da faculdade é formada por estrangeiros, grande parte europeus. “Há um grande

receio de que essa mudança afete a atração de alunos, dificulte a permanência de professores e a obtenção de verbas de pesquisa por instituições pan-europeias.

O receio é de que o Reino Unido perca sua posição como centro de referência em ciência”, afirma.

Na turma de Thaís, na London School of Hygiene and Tropical Medicine, há mais de 25 nacionalidades e 55 alunos. Segundo ela, a maioria absoluta foi contra a Brexit. “Os britânicos que votaram contra a saída se revoltam porque acreditam que um discurso de ódio, xenofobia e nacionalismo de extrema direita foi capaz de enganar a população”. Esse discurso atribuía os problemas do sistema de saúde pública e educacional a grande quantidade de imigrantes, especialmente do Leste Europeu, que tinham livre entrada, e agora do Oriente Médio, ilegais, mas cuja represália é limitada pela União Europeia. Sobre isso, Thaís opina: “a verdade é que todos os serviços públicos sofreram cortes do próprio governo no último ano, pelos Tory, partido conservador no poder agora”.

A brasileira Illanah Falconiere estudou em Londres durante o Ensino Médio e diz estar vendo suas amigas, que continuam na Inglaterra, enfrentando dificuldades. “Para a maioria delas, será inviável continuar em Londres.

A maior parte dos estudantes do Reino Unido, ao contrário do que parece, não são ingleses”. Illanah diz que muitos brasileiros que já conseguiram o visto permanente estão cogitando voltar para o Brasil. “Eles acham que a situação, tanto econômica quanto social, vai ficar insustentável”, completa.

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POLÍTICA

mergulhodiário

27/06/2016

UFJf

Chapas ganham forma para disputar representatividade no DCE da Universidade Diretório está sem liderança há mais de um ano; eleições acontecem na próxima semana em Juiz de Fora e Governador Valadares Seis chapas estão disputando a representatividade no Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFJF. A campanha vai até o dia 5 de julho e a eleição acontece nos dias 6 e 7 de julho. O DCE está sem representatividade desde que a última gestão deixou o órgão, em 2014. No ano passado, a votação foi invalidada porque, segundo o representante da comissão eleitoral, Igan Ranieri, uma das chapas fraudou o processo, colocando e retirando cédulas das urnas.

Na semana passada, as chapas começaram a organizar a comunicação com os estudantes, principalmente pelas redes sociais e a divulgarem suas principais propostas de representatividade e luta para o movimento estudantil. Os universitários estão divididos e aguardando os debates para tomarem uma decisão. A estudante de

Foto: matheus bertolini

Carolina Leonel Matheus Bertolini

Eleições ocorrem nos dias 6 e 7 de junho

Ciências Sociais Ana Clara Lima afirmou que não está muito esperançosa. “Todas as chapas, de certa forma, não me agradam. Umas menos que as outras. Até agora, a chapa que mais se aproximou do que eu acredito foi a chapa 2, mas por questões ideológicas, não apoio totalmente. Apesar disso, ainda não tomei uma decisão”. O aluno do curso de Engenharia Elétrica Álvaro Salles ainda não decidiu seu

A chapa “Pro Dia Nascer Feliz” é composta por alunos de diversos cursos da UFJF que atuam, também, em Empresas Juniores, Grupos de Educação Tutorial (GET), Atléticas, Centros e Diretórios Acadêmicos. Dentre as principais propostas e pautas a serem abordadas pela chapa estão: segurança humanizada; iluminação no campus; transporte de qualidade, regulamentação da festas e organização de eventos e canais de comunicação.

Mergulho Diário (MD): Como está sendo feita a campanha da chapa?

Chapa 1: A campanha está sendo

feita nas redes sociais e também corpo a corpo, sendo esse meio feito com passagem em sala e ainda abordagens em local de aglomeração, como o RU. Além disso, por meio da nossa comunicação, pretendemos mostrar quais nossos objetivos e por quais motivos nós da Chapa 1 somos a melhor opção para a gestão do DCE. MD: A organização interna das chapas tem mudado bastante nas últimas gestões. Como é a de vocês?

Chapa 1: A nossa chapa se organiza de forma não-presidencial, horizontalmente. Temos dois coordenadores em cada um dos

ARTE: DIVULGAÇÂO FACEBOOK

Chapa 1 - Pro Dia Nascer Feliz

voto, mas se diz esperançoso para uma nova gestão. “Espero um DCE que lute, de fato, pelos alunos, pelo bom funcionamento do RU, distribuição de bolsas e um DCE que lute contra as opressões”.

A praticamente uma semana das eleições, o Mergulho Diário entrevistou os representantes de cada chapa e, esta edição, traz um panorama das principais bandeiras defendidas por cada uma.

campi (Juiz de Fora e Governador Valadares) e as outras pessoas se encontram em diretorias (com uma, duas ou três pessoas, dependendo da demanda que observamos).

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POLÍTICA

mergulhodiário

MD: Então, não existe nenhuma ligação com partidos políticos?

Chapa 1: Nós, enquanto chapa não temos nenhuma ligação política, pois enxergamos como algo importante o DCE não ter aparelhamento com nenhum partido, mas isso não significa que seja “vetado” aos integrandes que se organizem de forma política como preferirem.

A chapa “Lutar Sem Temer” é composta por diversos estudantes da UFJF campi Juiz de Fora e Governador Valadares, independentes e também organizados. É uma chapa de esquerda combativa.

MD: Quais são as principais bandeiras defendidas por vocês?

Chapa 2: Temos várias propostas no nosso programa divididas em oito eixos: permanência estudantil, combate às opressões, produção acadêmica (pesquisa, ensino e extensão), cultura, esportes, políticas de segurança, trabalhadores da universidade e infraestrutura. Em todos eles, ressaltamos a importância não só de garantir uma universidade pública, gratuita e de qualidade, mas que seja de todos(as) e para todos(as), sem perder de vista a função social da produção de conhecimento e por uma atuação para além dos muros da universidade.

Chapa 2 - Lutar Sem Temer

MD: Como têm sido feita a campanha da chapa?

Chapa 2: Estamos focando nossa campanha em ouvir as demandas e cada curso e instituto e mostrar aos estudantes a necessidade de um DCE combativo e autônomo.

Iremos passar nas salas levando as nossas propostas e posicionamentos e pedindo aos alunos para falarem o que querem que seja diferente, mostrando como o DCE pode e deve atuar dentro dessas demandas, sendo uma entidade central de representação estudantil. Também estaremos distribuindo a nossa carta-programa e postando na página algumas de nossas propostas e apoiadores.

Além disso, nossa campanha é financiada de forma independente.

Não recebemos dinheiro de empresas, governos e também não temos ligação com a reitoria. Realizamos uma festa junina com a intenção e arrecadar fundos e continuaremos com vendas pelas faculdades e no RU. Entendemos que essa independência é fundamental para garantir o caráter combativo e representativo do DCE, afinal, “quem paga a banda escolhe a música”, e não temos rabo preso com ninguém.

MD: O posicionamento político de vocês é bem evidente. Existe alguma ligação partidária?

Chapa 2: Acreditamos ser fundamental nos apresentarmos e definirmos em alto e bom som como uma chapa de esquerda. E uma esquerda combativa, porque não nos escondemos atrás de discursos vazios e infundados como o do “apartidarismo”. Não temos ligação com nenhum governo e nem com a reitoria.

MD: O nome “Lutar Sem Temer” é bem emblemático, nesse sentido.

Como surgiu?

Chapa 2: Antes de tudo, pensamos ser de suma importância demarcar o nosso posicionamento contra o governo ilegítimo de Michel Temer, por isso o trocadilho com o

MD: O nome da chapa nos remete a algo positivo, esperançoso.

Como surgiu e o que vocês pretendem passar com ele?

Chapa 1: Votamos entre todos que participam da chapa um nome que remetesse à esperança que temos em relação à mudanças na UFJF, por isso escolhemos “Pro Dia Nascer Feliz”.

ARTE: DIVULGAÇÂO FACEBOOK

MD: Existe algum tipo de financiamento? De onde vem os recursos para a campanha de vocês?

Chapa 1: A verba vem de doações de amigos, professores e de quem deseja apoiar a campanha da nossa Chapa 1. Nós não somos financiados por nenhum órgão ou partido político, somos totalmente independentes.

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verbo “temer”. Também quisemos colocar a nossa posição de luta, não só contra o Temer, mas contra os cortes de verbas e direitos sofridos nos últimos anos e intensificados agora, uma vez que outras chapas também se colocam como contrárias ao governo Temer, mas mostram-se passivas aos ataques dos últimos governos. Sabemos que a comunicação é um dos fatores principais nesse processo, uma vez que precisamos nos utilizar dela de forma eficaz para colocar o nosso posicionamento político e nossas propostas concretas, atingindo quem queremos defender e chamando para a uma construção coletiva de lutas. Queremos atingir os e as estudantes para além do processo eleitoral em si, mas chamando atenção à necessidade de nos organizarmos nos órgãos que existem para nos representar e construir um movimento estudantil que consiga reivindicar e lutar pelas questões locais, sem perder de vista as questões políticas mais amplas, uma vez que a conjuntura influencia diretamente a qualidade da nossa formação.

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POLÍTICA

mergulhodiário

A “Chapa Amanhecer Popular - De mãos dadas com a democracia” também é formada por universitários dos campi de Juiz de Fora e Governador Valadares.

MD: Como têm sido a campanha de vocês e como vocês estão se organizando?

Chapa 3: Nossa campanha está sendo feita pela galera da chapa, estamos no RU panfletando, vamos passar na salas e promovendo todas de conversa sobre assuntos importantes para os e as estudantes. Nos organizamos em.comissões e todas estão trabalhando de forma igual, sem um líder ou coisa parecida. Somos uma chapa horizontal e tudo é decidido democraticamente.

MD: Vocês têm alguma ligação política? Como é o financiamento da campanha?

Chapa 3: Nossa chapa é composta por militantes de movimentos sociais e coletivos, e alunos independentes. Não temos vínculos com partidos, apenas coletivos e movimentos sociais. Queremos construir não só uma nova Universidade, não estamos apresentando só a possibilidade de uma nova UFJF, e, sim, a possibilidade de uma nova sociedade, pautas que vão para além do muros da universidade, mas que também precisa dessa instituição. Em relação à verba da campanha, está saindo do nosso bolso mesmo, sempre que precisamos de dinheiro pra alguma coisa fazemos vaquinha.

A Chapa Marco Zero é formada por acadêmicos de diversos cursos da UFJF que participam de outros projetos na universidade: Empresas Juniores, Centros e Diretório Acadêmicos.

MD: Como vocês se organizam e estão trabalhando na campanha?

Chapa 4: A chapa tem feito campanha pelo Facebook, reuniões presencias com os universitários de Juiz de Fora e de Governador Valadares, além de panfletagem e colagem de cartaz nos dois campi.

Nossa principal meta da chapa é conciliar a representação direta e suprapartidária das alunas dos alunos da UFJF, a atuação política e social do Diretório Central e também a reestruturação e regularização da instituição. Nossas principais propostas foram pensadas justamente para atingir essas demandas, e podemos citar respectivamente a realização de reuniões periódicas e frequentes com os alunos, DA’s e

CA’s, participantes dos movimentos sociais e outras organizações estudantis da UFJF e a elaboração de um portal de relacionamento com as alunas e com os alunos que permita críticas e sugestões de forma anônima; a atuação em parceria com a Ouvidoria Especializada e com a Diretoria de Ações Afirmativas para enfrentar as mais diferentes situações de opressão, discriminação e vulnerabilidade; a criação de um novo Estatuto e a obtenção de estabilidade financeira. Dessa forma, com o DCE realmente funcionando, acreditamos que conseguiremos de fato impactar e promover mudanças na vida e no ambiente universitário.

MD: De onde veio o nome da Chapa? O que vocês querem passar com ele?

Chapa 3: O Nome surgiu em uma das reuniões de organização, nós queríamos trazer algo novo, algo que representasse nossas pautas, a cultura brasileira e o movimento social, por isso somos o Amanhecer Popular.

ARTE: DIVULGAÇÂO FACEBOOK

Chapa 4 - Marco Zero

ARTE: DIVULGAÇÂO FACEBOOK

Chapa 3 - Amanhecer Popular

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pósito: lutar por melhorias que vão impactar no dia a dia dos universitários, representá-los e reorganizar a instituição, a fim de solidificá-la.

Nossa chapa é formada por pessoas atuante na comunidade, sem vínculo político-partidário e que fizeram parte de organizações estudantis da UFJF. Por isso, carregam consigo bagagem suficiente MD: Existe algum posicionamen- para estruturar um DCE plural e to político ou partidário da chapa? eficiente.O financiamento é parChapa 4: Nossa chapa não está ticular: os materiais de campanha vinculada a nenhum partido polí- estão sendo pagos pelos próprios tico. A Marco Zero é composta por integrantes que estão arrecadando alunas e alunos de diversos cursos, dinheiro entre si para custear os que se uniram por um mesmo pro- cartazes, folders e bottons.

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POLÍTICA

mergulhodiário

A chapa “Não Temos Tempo de Temer” é formada por estudantes de todas as áreas da universidade, com forte protagonismo dos estudantes do campus de Governador Valadares.

do nosso programa. Além disso, participaremos dos debates promovidos pela Comissão Eleitoral para que todas e todos possam conhecer todos os programas em disputa. A chapa traça como desafios as reformas curriculares, a conquista efetiva da transparência e da participação, além do término das obras necessárias. Nossos recursos são escassos e provenientes de doações dos próprios membros da chapa e de outras pessoas que não são integrantes da mesma mas que acreditam na nossa proposta. Não recebemos doações de empresas, partidos ou direções e reitorias.

MD: Como é organizada a chapa?

Chapa 5: Nossa organização é plural e horizontal, com abertura para que todas e todos possam participar, assim como acreditamos que deva ser uma gestão do DCE: aberta a todas e todos que compartilham do programa eleito nas urnas. Evidentemente, algumas tarefas devem ter seus responsáveis definidos e definidas, o que deve ser realizado no seminário de ges- MD: Como vão se dar essas refortão, que ocorre no início da gestão, mas? Quais são as principais proaberto a todas e todos. postas e mudanças?

Chapa 5: Resumidamente, sabeMD: Como vocês têm articulado mos que no âmbito local temos a campanha da chapa? Quais têm grandes desafios em nossa universido os recursos? sidade, como as reformas curricuChapa 5: Nossa campanha se ba- lares, a conquista de efetiva transseia em materiais online, pelo nos- parência e participação e ainda o so Facebook, e também em idas a término das obras necessárias no salas de aula com a apresentação campus, bem como soluções aos

A Chapa “Livres Para Escolher” é formada por alunos de de vários cursos da UFJF nos campi de Juiz de Fora e Governador Valadares.

E baseia suas propostas e princípios no conceito de liberdade, defendendo, também, a pluraridade da universidade.

MD: Como é a campanha que vocês estão desenvolvendo e como tem se organizado para isso?

Chapa 6: A campanha tem se desenvolvido através de redes sociais e por meio de distribuição de material publicitário impresso. A verba para campanha foi arrecadada através de doações dos membros da chapa e de

pessoas externas que partilham das mesmas ideias que os nossos. Não contamos com apoio de partidos e de movimentos estudantis.

MD: Qual a mensagem que essa chapa que passar ao escolher um nome que remete à autonomia?

Chapa 6: Todos nós somos adeptos dos ideais da liberdade e, como sabíamos que seríamos uma chapa “diferente” do padrão tradicional das eleições ao DCE, escolhemos “Livres Para Escolher”, pois apesar de não nos encaixarmos no mainstream, todos devem ter a liberdade de escolherem quais pessoas deveriam melhor representá-los.

problemas de Governador Valadares. Ao mesmo tempo, acreditamos que a UFJF não é uma bolha e devemos atuar em conjunto com toda a educação pública brasileira.

Temos pela frente grandes desafios para barrar retrocessos que estão sendo criados, como a cobrança de mensalidades nas universidades, o corte de verbas na educação, o fim das bolsas de permanência e apoio estudantil e a privatização da universidade pública. Nesse sentido, nos propomos como uma solução de manter um DCE atento e forte para enfrentar os retrocessos e lutar por mais avanços para nossa universidade, que não tem tempo de temer!

ARTE: DIVULGAÇÂO FACEBOOK

Chapa 6 - Livres Para Escolher

ARTE: DIVULGAÇÂO FACEBOOK

Chapa 5 - Não Temos Tempo de Temer

27/06/2016

MD: Então, não existe nenhuma ligação político-partidária?

Chapa 6: Somos uma chapa apartidária, que isaso fique claro. Não temos nenhuma ligação com partidos políticos ou com outras organizações. Todos são capazes de se expressar e serem felizes por estudar na UFJF. 7

CIDADE

mergulhodiário

27/06/2016

BRINCADEIRA PERIGOSA

Psicopedagoga alerta os pais para o perigo das armas de brinquedo Discussão divide opiniões entre pais e profissionais sobre a influência de um brinquedo na criação do caráter da criança

Foto: PEDRO SOARES

Pedro Soares

Para especialista, os pais são a maior influência sobre os filhos, inclusive na hora da comprar de brinquedos.

A expressão desarmamento infantil pode assustar muita gente por esse nome, mas a ideia é incentivar os pais a não presentearem as crianças com brinquedos que se pareçam com armas de verdade. Muita discussão envolve essa iniciativa, como algumas pessoas que acham poder estimular a violência, outras já não acreditam que exista uma relação entre isso. As armas de brinquedo já não são fabricadas por grandes empresas do ramo infantil no país, apesar disso elas ainda podem ser encontradas no comércio.

A psicopedagoga Cristina Coronha conta que esse tipo de brincadeira pode influenciar no desenvolvimento da criança: “Nós vivemos numa sociedade na qual a criança é exposta à violência em diversas formas como na televisão, jogos, vídeo games, desenhos, brinquedos, etc. Então, toda essa

atmosfera de violência mais os brinquedos violentos podem sim influenciar negativamente a formação da criança”, comenta.

As crianças descobrem maneiras de convencer os pais quando querem alguma coisa, e é importante perceber a influência que elas podem exercer na hora de comprar os brinquedos. Cristina Coronha alerta que os pais devem fazer uma seleção maior dos brinquedos dados aos filhos, pois eles exercem uma influência direta na formação dos pequenos. Não são apenas as armas de brinquedo que preocupam as autoridades e alguns pais. Os vídeo games estão cada vez mais elaborados e parecidos com a realidade.

Porém, não são todos os pais que se importam em comprar um brinquedo desse tipo para seus filhos.

Esse é o caso da fotógrafa Pâmela Guimarães, 26, que tem um filho

de seis anos e não vê problema em presentear o pequeno com esses brinquedos. Para a mãe, comprar brinquedos ou jogos eletrônicos que possuem armas, ou que são classificados como violentos, não influenciam no caráter do filho.

“Eu acho que tem que conversar em casa, mostrar o que é certo e o que é errado e não vai ser um brinquedo que vai mudar isso e vai fazer com que ele cresça e seja uma pessoa ruim”, disse Pâmela.

No Rio de Janeiro, em 2015, foi sancionada a Lei nº 7048, que proíbe a fabricação, venda e distribuição de réplicas de armas de fogo, inclusive as de brinquedo, em todo o Estado, o que já acontecia em outros lugares do país, como São Paulo. Em Juiz de Fora ainda não existe nenhuma regulamentação sobre o assunto, mas cabe aos pais terem um bom senso na hora de escolher com o que seu filho irá brincar.

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mergulhodiário

CIDADE

27/06/2016

violência

Denúncias de maus-tratos a animais crescem em Juiz de Fora nos últimos anos A partir da criação da Delegacia de Animais, casos de abusos podem ser divulgados e investigados

Foto: pedro soares

Carolina Tosetti

SJPA e o Canil Municipal são os principais mantenedores de animais resgatados da rua em JF

As notificações de maus-tratos e abusos a animais domésticos aumentaram no ano passado, e só este ano já são contabilizadas 23 ocorrências. O Núcleo de Atendimento às Ocorrências de Maus-Tratos a Animais da Polícia Civil, conhecido como Delegacia dos Animais de Juiz de Fora, é responsável por registrar e investigar as denúncias.

A média de ocorrências chega a oito por dia na Delegacia, que é amparada pela lei 9.605, contra os crimes ambientais. De acordo com o Núcleo, os casos mais habituais são de cachorros e gatos afetados por violência, envenenamento e abandono.

Dentre as 23 denúncias confirmadas pela Polícia Civil de Minas Gerais em Juiz de Fora de janeiro de 2016 até o momento, estão classificados casos de crueldade ou de abusos e maus tratos contra Fonte:armazem reids sids

Natureza das ocorrências:

animais. O mês de junho ainda não teve nenhuma ocorrência confirmada, e fevereiro contabiliza 8 incidências, o maior número mensal até então. De acordo com dados anuais fornecidos pela Polícia Civil, o ano de 2015 teve 15 práticas confirmadas de abuso e maus tratos a mais do que em 2014. O número de casos investigados aumentou de 24 para 39.

A veterinária Helena Motta conta que as clínicas e os profissionais da área podem ajudar a agilizar o processo de investigação.

“Cada veterinário age de uma forma porque a clínica não entra em contato, quem faz isso é o veterinário. Quando a gente atende algum animal que vem resgatado proveniente de maus tratos, normalmente é a pessoa que resgata esse animal quem vai fazer a denúncia. Para dar peso na denúncia

JAN FEV MAR ABR MAI TOTAL

Crueldade contra animais

1

2

4

5

0

12

Abuso/ maus tratos

0

6

3

1

1

11

Total

1

7

6

8

1

23

o veterinário pode fazer um laudo médico do que observou, e o que pode ter acontecido com esse animal a partir das lesões. Depois disso entregamos o laudo para um tutor e aí ele dá a entrada na Delegacia de Animais”.

Helena Motta explica que casos de abandono de animais são repassados diretamente para o Canil Municipal, onde são tomadas providências e feitas denúncias junto à Delegacia de Animais se necessário. “Eu tenho atendido mais cães na clínica. Mas tenho visto, em Juiz de Fora, muitos casos em equinos, animais de carroça que ficam nas ruas muitas vezes sem água e alimentação adequada.

Principalmente esses animais vão direto para o Canil Municipal”, afirma Helena.

O funcionário da Sociedade Juizforense de Proteção aos Animais (SJPA) Lucas Patrício explica que desde a criação da Delegacia de Animais, em dezembro de 2014, a instituição não tem recebido denúncias e diz que a população tem procurado diretamente o órgão.

Lucas também conta que vê mais cachorros sofrendo maus tratos em comparação aos outros animais. “No momento a gente não está recebendo denúncias porque a Prefeitura, por meio da Delegacia de Animais, está com uma equipe justamente para esses casos. Na SJPA, quando ficamos sabendo de casos que podemos resolver, agimos por nossa conta, mas em situações mais complicadas repassamos direto para a Delegacia”.

A médica Veterinária do Canil Municipal, Neísa Teixeira, informou que em ocorrência de notificações de maus tratos a animais o Canil encaminha os casos diretamente para a Delegacia de Animais e Proteção ao Meio Ambiente.

Dados fornecidos à nossa reportagem pela Polícia Civil de Minas Gerais

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CIDADE

mergulhodiário

27/06/2016

SEGURANÇA PÚBLICA

Menina é estuprada por oito no Olavo Costa Uma menina de 13 anos foi estuprada por oito homens na Bairro Olavo Costa, Região Sudeste, na madrugada de ontem (26). Segundo o registro policial, a vítima saiu de uma festa junina da própria escola com uma amiga e dois rapazes.

Os quatro foram para uma casa abandonada do bairro, onde fizeram sexo e, em seguida, foram abordados por oito homens que ameaçaram as meninas no local.

Ao afirmar ser irmã de um traficante da região, a amiga e os dois rapazes foram liberados pelo grupo. A outra menina, no entanto, foi mantida em cárcere privado na casa e obrigada a ter relações sexuais com todos. A vítima afirmou que foi liberada por volta das 8h de ontem.

Ela recebeu atendimento médico e apoio no HPS, mas após o atendimento do médico legista da Polícia Civil, não foi constatada

Assaltos em locais com movimento em Juiz de Fora De ontem (26) para hoje, foram registrados roubos em lugares movimentados da cidade. Os infratores abordaram as vítimas com facas. A Polícia Militar não realizou nenhuma prisão.

Avenida Itamar Franco Ao descer de táxi, na manhã de ontem (26), um homem de 22 anos foi abordado por dois indivíduos na Avenida Presidente Itamar Franco, próximo ao São Mateus, Região Central. Os infratores levaram um celular e R$ 80.

indivíduos ao andar por Avenida Rio Branco, no Bairro Cruzeiro do Sul, na madrugada de hoje. Um dos assaltantes ameaçou a vítima com uma faca. O homem, então, correu e conseguiu fugir dos bandidos, que nada levaram.

Roubo de veículo

Vila Ideal Um veículo foi furtado na Avenida Francisco Valadares, Vila Ideal.

O VW Gol estava na garagem da casa da vítima quando foi levado.

As chaves do carro estavam com Ipiranga o proprietário, o que indica que os Um homem foi abordado por um autores provavelmente arrombaindivíduo que o segurou e o ame- ram o automóvel. Nenhum suspeiaçou com uma faca no pescoço ao to foi identificado. chegar em casa, na noite de ontem. Ao entregar o celular, o ban- Cerâmica dido fugiu. A vítima, então, tentou Segundo relato da vítima, a mesma rastrear o aparelho e conseguiu teria deixado o veículo na tarde de chegar a um suspeito, no entanto, ontem (26) no Bairro Cerâmica, não foi possível encontrá-lo.

Zona Norte e ao retornar na data de hoje não mais o encontrou. VeAvenida Rio Branco ículo não possui seguro, e estaria Homem foi abordado por três com ¼ de combustível.

nenhuma lesão na vítima resultante das alegadas relações mantidas com os infratores, sendo o exame inconclusivo. O Major da Polícia Militar, Marcellus Machado, orientou as mulheres que “fiquem mais atentas e que denuciem no telefone do 190, caso percebam atitudes suspeitas de pessoas conhecidas”.

Se estiverem sendo seguidas ou algo do tipo, ele ainda acrescentou que elas devem se dirigir para locais mais movimentados.

Suspeito de homicídio é apresentado hoje Um homem de 25 anos, suspeito de ter assassinado um comerciante de 43 anos no Bairro Filgueiras, Zona Nordeste, foi apresentado hoje de manhã pela Polícia Civil.

O crime ocorreu no dia 06 de junho. De acordo com José Márcio de Almeida Lopes. titular da Delegacia Especializada de Homicídios, o acusado afirmou que a vítima seria um delator. “ Segundo o autor, o comerciante seria um ‘X9’ e estaria atrapalahndo as práticas criminosas que ocorriam no local”. O suspeito foi preso na última quarta-feira (22) e encaminhado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Juiz de Fora.

Segundo informações da PM, houve vários disparos de armas de fogo contra o comerciante, próximo à lanchonete da vítima, na Rua Orlando Riani. O homem foi atingido por três tiros na cabeça e um nas costas.

Ele morreu no local.

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SAÚDE

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27/06/2016

PREVENÇÃO

Riscos de infarto podem aumentar em 30% em dias de temperaturas baixas

Foto: Paulo Pinto/Fotos PÚBLICAS Públicas

Além de acidentes cardiovasculares, o inverno pode causar ainda arritmias cardíacas e AVC. Uma alternativa é se agasalhar bem

Especialista orienta que além da visita ao médico anualmente, a única saída é se aquecer bem

Caroline Ferreira Um estudo apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia no ano passado afirma que os riscos de infarto aumentam em 30% em temperaturas mais baixas, cerca de 14ºC. O estudo foi desenvolvido durante cinco anos em umas das cidades mais frias do Canadá.

Neste ano, o inverno em Juiz de Fora, pode chegar a ter temperaturas mínimas de 9ºC. Os grupos de risco, como os diabéticos, têm a possibilidade aumentada durante esta época do ano que, de acordo com especialista, exige mais do corpo. As recomendações são simples: além de cuidar da alimentação e exercícios físicos, se proteger do frio é o mais indicado.

A cardiologista Camille Bor-

ges de Freitas explica que o risco aumenta pois o metabolismo fica mais acelerado. “Durante o período a temperatura está baixa, precisamos aumentar o nosso metabolismo para manter a nossa temperatura corporal adequada.

Então, nosso organismo precisa de trabalhar mais para manter nossa homeostase, ou seja, manter o organismo equilibrado, inclusive o coração precisa mandar mais sangue pela circulação.

Esse trabalho reforçado em pessoas que possuem fatores de risco seria a causa de infarto”.

Colesterol alto, obesidade, pressão alta e histórico na familiar, são alguns dos fatores que aumentam as chances de ter um acidente cardiovascular. A cardiologista explica ainda que a gravidade da doença não se altera devido as baixas temperaturas. “O infarto sempre é

grave em qualquer época. A gravidade está ligada a área de necrose do coração e se a pessoa teve o tratamento adequado”, afirma.

No entanto, quem já teve este tipo de doença as chances aumentam ainda mais nesta época do ano e podem ser mais graves.

“Quem já teve infarto e tem a doença arteriosclerótica, que são doenças causadas pelo acúmulo de gordura nas artérias, tem chances reais de ter novo infarto. Principalmente se tiver outras lesões e não estiver fazendo o tratamento adequado, que inclui mudança de hábito de vida e medicações prescritas pelo cardiologista, até porque no inverno além do Infarto agudo do miocárdio, aumentam ainda, as chances de risco de arritmias cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC)”, comenta a médica.

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ESPORTE

27/06/2016

COMPETIÇÕES ESCOLARES

Alunas de Juiz de Fora vencem jogos da etapa Regional dos Jogos Escolares Estudantes representaram a cidade no Vôlei, Handebol e Xadrez Larissa Garcia Estudantes do Ensino Fundamental e Médio de Juiz de Fora participaram da Etapa Regional dos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG), que começou na última terça (21) e encerrou neste sábado (25) em Além Paraíba, cidade da Zona da Mata que sediou a competição. As equipes de Vôlei feminino do Colégio Apogeu, Handebol feminino da Escola Estadual Nyrce Villa

Verde e de Xadrez do Colégio Militar venceram nas suas categorias e garantiram suas vagas para etapa estadual.

De acordo com Jarbas Duque, responsável pela delegação de Juiz de Fora do JEMG, o desempenho dos times foi excelente.

“Nós levamos quatro equipes para a Etapa Regional e elas chegaram às finais. Duas foram campeãs e garantiram lugar na Etapa Estadual, as outras foram vice. Além disso, no xadrez, fomos com cin-

Escola Colégio Apogeu

Equipe Vôlei Feminino

Módulo* II

Escola Estadual Nyrce Villa Verde Escola Estadual Nyrce Villa Verde Colégio Metodista Granbery Colégio Militar

Handebol Feminino

I

Handebol Feminino

II

Handebol Masculino

II

Xadrez Feminino

I

* Módulo I (alunos de 12 a 14 anos). Módulo II (de 15 a 17 anos)

“O foco mesmo é a evolução dos nossos jogos” O time de vôlei feminino do Colégio Apogeu foi bicampeão na Etapa Regional do JEMG e garantiu sua classificação para próxima fase. O coordenador de esportes da escola, Erik Chaves, aponta que o desempenho das alunas evoluiu muito, “a equipe conseguiu ser campeã invicta, sem perder nenhum set”.

Através de uma parceria com o técnico André Muzzi, os treinos são oferecidos às alunas como atividade extra. O objetivo é incentivar ao máximo o esporte. “O aluno atleta adquire diversos valores através do

esporte e utiliza isso dentro de sala, como disciplina, concentração e força de vontade”, explica Erik.

A estudante e atacante de ponta do time, Marcela Amaral, 16, conta que os treinos para essa fase foram mais intensos, buscando corrigir os erros dos jogos anteriores.

“O nosso desempenho vem sendo cada vez melhor em comparação ao da etapa microrregional. Erramos menos e, principalmente, ficamos mais unidas”.

Segundo Erik, a próxima fase é mais difícil e, portanto, o treinamento precisa ser ainda mais forte. “O estadual conta com alguns dos principais times do Brasil,

co atletas e duas conseguiram a classificação”, diz.

O JEMG é uma competição esportiva educacional em que alunos atletas de escolas públicas e particulares, dos 853 municípios de Minas Gerais, podem disputar com suas equipes nas modalidades de vôlei, handebol, futsal, basquete, xadrez e outros.

Além da Zona da Mata, as etapas regionais do JEMG acontecem nas regiões Centro, Norte, Sul, Triângulo Mineiro e Vale do Aço.

Classificação Campeã e classificada para a etapa estadual Vice-campeã Campeã e classificada para a etapa estadual Vice-campeã Campeã e classificada para a etapa estadual como o Praia Clube Uberlândia.

A ideia é aproveitar o tempo livre das férias para aumentar a carga de trabalho”.

Para Marcela, participar dessa competição é uma forma de abrir oportunidades para outros times, e sobre a conquista do título, ela considera que foi um reconhecimento do empenho da equipe.

“Sabemos que a etapa estadual do JEMG não é fácil e os times são muito fortes. Vamos ter que nos esforçar muito mais. É claro que queremos ficar em primeiro, mas o foco mesmo é a evolução dos nossos jogos, ganhando ou perdendo”, acrescenta.

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Foto: DIVULGAÇÃO COLÉGIO APOGEU

ESPORTE

Vôlei Feminino do Colégio Apogeu: bicampeão na Etapa Regional do JEMG 2016

“A transformação na vida delas é comenta “vamos nos preparar muipelos valores que tem o esporte” to melhor, com mais treino”.

“Esse ano o JEMG foi mais difícil do que o ano passado. Houve mais participantes e todos são bons jogadores. Vou continuar dando o meu melhor para vencer de novo. Para quem quer obter bons resultados, necessita de treinar bastante”, conta Isabela.

Leandro Conti é pai de Isabela e, a partir do incentivo à filha, se tornou o responsável pela Liga X de Xadrez em Juiz de Fora. “A participação das meninas foi excelente. Outros competidores, que se classificaram e não são de Juiz de Fora, jogam também na Liga, o que mostra que essa também é uma competição forte da região. Juiz de Fora fez bonito mais uma vez”, comenta.

O time de Handebol Masculino Etapa Estadual do Colégio Metodista Granbery, A próxima etapa é a estadual das módulo II, ficou em segundo lugar, modalidades individuais, que vai mas não se classificou. acontecer em Lavras, no Sul de Minas, de 11 a 16 de julho. “A gente “Para quem quer obter bons vai levar atletismo, natação, judô, resultados, necessita treinar tênis de mesa, natação paraolímpibastante” ca, atletismo paraolímpico. Além A estudante do Colégio Militar do xadrez, que é a única modalidade Juiz de Fora, Isabela Conti, 13, de individual que é disputada desvenceu pela segunda vez a compe- de a Etapa Microrregional. Serão tição de Xadrez. No ano passado, cerca de 80 atletas de Juiz de Fora. ela também foi campeã estadual. A Em agosto, do dia 1 a 7, tem a fase aluna da Escola Cultura Viva, Ana das competições coletivas. Daí, as Clara Furtado, ficou em quarto lu- duas equipes nossas, que foram gar e também se classificou para a campeãs agora, estarão em Itajubá próxima etapa. Além delas, mais competindo”, explica Jarbas Dutrês estudantes representaram Juiz que, responsável pela delegação de Fora nessa fase. de Juiz de Fora do JEMG.

Foto: DIVULGAÇÃO/E. E. NYRCE VILLA VERDE

Os times de Handebol feminino da Escola Estadual Nyrce Vila Verde chegaram as finais da Etapa Regional. A equipe do módulo I ficou em segundo lugar, mas não se classificou. Já a do módulo II, venceu e avançou para a fase estadual.

Segundo Francisco Dos Santos, técnico do time e Vice-Diretor da Escola Estadual, os treinos são feitos após as aulas. Para a continuação nos jogos, as alunas vão ter um pequeno descanso e já vão retomar as atividades.

As competições no JEMG envolvem outros fatores além do esporte que contribuem diretamente para a formação humana de quem participa. “Elas vivem uma realidade muito forte ali, tem que se esforçar muito. Estar num ambiente diferente, de alojamento, convivendo com outras pessoas. É preciso se adaptar a uma série de coisas. Então, em termos de educação pra vida faz toda diferença”, afirma Francisco.

A aluna e armadora esquerda do time, Mariana Costa, 16, relata “eu jogo e viajo desde os 10 anos.

Eu gosto muito, as meninas além de serem companheiras de quadra, são mais que amigas. Sobre os próximos passos do time, Mariana

27/06/2016

Handebol Feminino da Escola Estadual Nyrce Villa Verde: promessa de mais resultados

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CULTURA

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27/06/2016

EXPOSIÇÃO

Festa Junina é mostra no Forum da Cultura

Fotos: IGOR SANTOS

Obras pertencentes ao acervo do Museu de Cultura Popular retratam os tradicionais festejos dessa época do ano; visitação vai até dia 3 de julho

A exposição conta com 58 peças, compostas dos mais diversos materiais como cerâmica, madeira e tecido; a entrada é gratuita

Ruth Gonçalves Até o dia 3 de julho os juiz-foranos podem conferir a mostra “Festa Junina”, que está exposta na Galeria de Arte do Forum da Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora. São 58 peças de origem portuguesa, mineira e nordestina, e que fazem parte do acervo do Museu de Cultura Popular do Forum.

O curador da mostra, José Luiz Ribeiro, diz que é um costume eles prestigiarem as festas de Santo Antônio, São João e São Pedro. O objetivo é resgatar essa cultura em Minas Gerais. “Praticamente essas festas juninas estão bombando no Nordeste, por causa das quadrilhas temáticas. A gente tem alguma coisa aqui, mas não com a mesma força. Então a gente tenta resgatar esse padrão cultural”, explica.

As peças exibidas são de diversos materiais, como cerâmica, madeira e tecido. Música, dança, figuras simulando o casamento na roça e a quadrilha, são atividades presentes nas festas juninas e que estão representadas na exposição.

Segundo o curador da exposição José Luiz Ribeiro, os visitantes irão encontrar vários costumes das festas representados. “Nós temos uma mesa de sorte, por exemplo, para o público poder saber se vai casar, se vai viajar, se vai se dedicar a vida religiosa. Tem uma porção de ele-

mentos aqui da cultura popular que veio a tradição de se ter os dois são as sortes. E temos também coi- nas festas, essa tradição cristã”, explica Marcos. sas mais religiosas”.

O historiador também comenta Tradição religiosa sobre as roupas e comidas típicas do período. A camisa xadrez, O costume das festas do mês de o chapéu de palha “antigamente junho no país remontam a época eram considerados trajes de fesda colonização do Brasil. A fé ca- tas religiosas, eram roupas de galã tólica trazida pelos portugueses e para eles”. Veio depois a construdisseminada pelos jesuítas, trouxe ção do ‘caipira’, a relação desses todos esses elementos de religiosi- trajes com o campo, então esse dade, como também o hábito das vestuário se tornou caricato, que celebrações nessa época do ano. por vezes é motivo de deboche O historiador Marcos Olender para quem é da ‘cidade’.

O milho está muito presente nos explica que a tradição era comum em Portugal, mas que suas origens alimentos das festas juninas e essa têm duas vertentes: a pagã e a ca- particularidade veio devido a cotólica. A pagã vem desde os povos memoração da colheita. Junho é bárbaros que comemoravam a co- o período de colheita do grão nos lheita e o solstício de verão (que trópicos, então ele se tornou um no hemisfério norte ocorre entre os alimento tradicional na culinária dias 21 e 24 de junho). Essa tra- dos festejos. dição foi assimilada depois pelo Exposição “Festa Junina” cristianismo, que associou as comemorações a datas de nascimenForum da Cultura tos de Santos como João, Antônio, Pedro e Paulo.

Endereço: Rua Santo AntôUm exemplo da relação dos nio, 1112 - Centro santos católicos com a festa é a explicação para a tradição do masAté dia 3 de julho, de segunda tro e da fogueira nas festas de São a sexta, das 14 às 18h e aos João.“Conta-se que quando Sansábados e domingos, das 15 ta Isabel ia dar a luz à São João, às 20h ela combinou com Maria que iria anunciar o nascimento do filho.

Telefone: (32) 3215-3850 Então ela sinaliza isso com um Entrada Franca mastro e uma fogueira, é daí que 14