Edição 5

MERGULHO

DIÁRIO

Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF • Juiz de Fora, 17 de maio de 2017 • Edição 05

Semana defende luta contra o preconceito com doentes mentais Página 4

ECONOMIA

Nova Lei das Gorjetas muda a rotina de empregadores e empregados Página 10 CIDADE

Câmara promove evento no Dia Nacional da Luta Antimanicomial

Estudantes vão às ruas nesta quinta contra fechamento do Cine Palace Página 13

Ato na Câmara chama atenção para conscientização pelo Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes Página 5 POLÍTICA

Bruno Siqueira amplia lei de regulamentação de acesso à informação Página 8

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Juiz de Fora, 17 de maio de 2017

EDITORIAL

EXPEDIENTE

A obsessão de Michel Temer

O atual presidente tenta utilizar o poder de barganha para aprovação da proposta da Reforma da Previdência

Gustavo Pereira

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287/16, mais conhecida como reforma da Previdência, é um dos assuntos mais discutidos atualmente pela mídia. E um dos principais motivos disso é a clara fixação do presidente Michel Temer na aprovação do projeto, que ainda não tem uma data marcada para ser votada, já que Temer ainda está no processo de barganha para ter a certeza da aprovação.

O presidente já deu diversas demonstrações de que não abre mão de conseguir aprovar a reforma da Previdência, e, por isso, vem mostrando que não tem limites quando o assunto é troca de votos, que são tratados de forma aberta por Temer, que chegou a oferecer até mesmo cargos políticos em troca de votos.

Afim de conseguir com que a reforma da Previdência passe pelo Congresso Nacional, o governo vem tomando uma série de medidas, como ocorreu ontem, 16, quando o presidente anunciou uma medida provisória que deu prazo maior para os Estados quitarem dívidas com o Instituo Nacional do Seguro Social (INSS).

Uma outra manobra utilizada por Temer foi a liberação de verbas para cerca de 330 parlamentares, para que eles possam bancar obras e projetos nas bases eleitorais e congressistas.

Como o Governo precisa de 308 votos para que a reforma 2

da Previdência seja aprovada, a disponibilização desses recursos é uma clara ação que busca reduzir a resistência dos deputados na votação.

Por isso, parlamentares da oposição ou que são considerados traidores do Governo, ficaram fora dessa distribuição e provavelmente terão suas verbas presas até o fim do ano.

Interlocutores do Palácio do Planalto chegaram a oferecer cargos no terceiro escalão do Executivo para partidos considerados pequenos, em troca da quantidade suficiente de votos favoráveis à reforma, já que o Governo Temer pretende, o quanto antes, garantir um número seguro de votos e colocar em votação a PEC 287/16, na certeza de aprovação, no que seria uma demonstração de força do atual mandatário.

Se a proposta fosse tão boa para a população como afirma Temer, por que então conta com tanta reprovação? E a rejeição parte do povo, mas também encontra resistência na Câmara dos Deputados, até mesmo em sua base aliada. As medidas se mostram claramente impopulares, e os danos causados por uma possível aprovação da proposta impactarão diretamente no futuro do brasileiro.

Com isso, barganhar com quem não dispensa um privilégio parece ser a melhor forma de aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, e levá-la para o Senado, onde o jogo vai começar novamente.

Jornal Laboratório da Faculdade de Jornalismo da Universidade Federal de Juiz de Fora, produzido pelos alunos da disciplina de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso.

Reitor Profº Dr. Marcus David Vice-Reitora Proª Drª Girlene Alves da Silva Diretor da Faculdade de Comunicação Social Profº Drº Jorge Carlos Felz Ferreira Vice-diretora Profª Drª Marise Pimentel Mendes Coordenadora do Curso de Jornalismo Integral Profª Drª Cláudia de Albuquerque Thomé Chefe do Departamento de Métodos Aplicados e Técnicas Laboratoriais Profª Drª Maria Cristina B. de Faria Professoras orientadoras Profª Drª Janaina de Oliveira Nunes Profª Ms. Marise Baesso Tristão Repórteres Aline Negromonte, Bárbara Schmidt, Bruna Ogando, Clara Assis, Lizandra Braga, Luanny Gonçalves, Luiz Carlos Lima, Maria Elisa Diniz, Mariana Carpinter, Nayara Martins, Thamires Pecis.

Edição e Diagramação Giovanna Lima Gustavo Pereira Contato mergulhaodiario@gmail.com facebook.com/mergulhodiario (32) 2102-3612

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Juiz de Fora, 17 de maio de 2017

ARTIGO

Salve-se quem tiver bitcoin

A moeda virtual foi pedida como resgate no megaciberataque global da última sexta-feira Giovanna Lima FOTO: Tecmundo

Na última sexta-feira, 12, o mundo inteiro sofreu consequências do maior ataque cibernético da história. Foram 150 países ao todo que caíram nas garras do ransomware, um software que é usado para criptografar arquivos pessoais dos computadores.

De todos esses 150 países ao redor do mundo, o Brasil foi o quinto mais afetado pelo vírus, somando 2.114 detecções. De repente, sem aviso prévio e sem pistas, os sistemas de várias empresas e de serviços públicos simplesmente saíram do ar. No meio de um expediente comum, um quadrado vermelho apareceu nas telas com a seguinte mensagem com um certo tom de malícia: “Oops, seus arquivos foram criptografados”.

A primeira coisa que você pensa em uma situação dessas é “Como vou recuperar meus arquivos?”

Simples: pagando aos hackers o resgate em bitcoin, que nada mais é do que um sistema de moedas vir-

tuais. Se você ainda não conhece o bitcoin, seja bem-vindo(a) ao mundo no qual até mesmo o dinheiro se tornou impalpável, sem cor e sem forma. Tudo virtual e online.

No entanto, há um fator bem definido no bitcoin: o valor.

Atualmente, um bitcoin ou 1 BTC (é melhor você já ir se acostumando com a simbologia) equivale a R$ 6.423,01. É o gigante do mercado digital.

E foi esse gigante a escolha dos criminosos do também gigante ataque cibernético da última sexta-feira. Quem se deparou com a telinha vermelha foi avisado que teria somente 72 horas para pagar US$ 300 em bitcoins para ter seus dados recuperados. Caso esse prazo se esgotasse, o valor seria duplicado. E a ameaça não parou por aí. Se a pessoa não realizasse o pagamento em até sete dias, a perda dos arquivos seria total e irreversível. “Poxa, mas e se a pessoa

nunca sequer tinha ouvido falar em bitcoin, como ela pagou?” Os hackers foram solidários e compartilharam, junto à mensagem, um link que continha todas as informações necessárias para ajudar na transação.

No total, o estimado é que os criminosos arrecadaram US$ 50 mil em resgates. Mas se analisarmos a quantidade de computadores que foram invadidos pelo vírus, o valor é baixo, o que mostra que poucas pessoas acataram as exigências dos hackers. O sistema online de câmbio é o favorito dos invasores porque é uma forma de pagamento muito mais difícil de ser rastreada, facilitando a impunidade dos bandidos.

A reflexão que tiramos de todas essas invasões é: dominamos as máquinas ou somos dominados por elas?

Se engana quem pensou na primeira.

Como o ataque cibernético nos mostrou, nunca estaremos 100% seguros no universo virtual. A não ser que você tenha uns bitcons guardados por aí.

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Juiz de Fora, 17 de maio de 2017

CIDADE

Semana de Luta Antimanicomial ressalta necessidade de combate ao preconceito e de inserção social

Os usuários lutam para ser vistos como cidadãos normais e com habilidades a serem exploradas Foto: Gil Velloso / Site PJF

Bruna Ogando

O Departamento de Saúde Mental oferece ao longo do ano oficinas para os usuários

Programação > 17/05: Mesa-redonda “Preconceitos e Inserção Social com o Usuário após a Implementação da Rede de Atenção Psicossocial”, das 9h às 12h, na Faculdade Estácio de Sá. > 18/05: Evento “Pirando na Praça”, com desfile dos usuários, coral e recreação, das 9h às 17h, na Praça Antônio Carlos. > 19/05: Torneio de Futebol dos Caps de Juiz de Fora, das 8h às 16h30, na quadra do Sport Clube O Dia da Luta Antimanicomial é celebrado nacionalmente amanhã (18), mas os eventos em Juiz de Fora começam hoje (17) com uma mesa-redonda, que terá como tema “Preconceitos e Inserção Social com o Usuário após a Implementação da Rede de Atenção Psicossocial”, na Faculdade Estácio de Sá.

De acordo com a gerente do Departamento de Saúde Mental da Prefeitura de Juiz de Fora, Andréia Stenner, essa data envolve os profissionais ligados à saúde mental no Brasil todo. Andréia reforça o objetivo dos eventos que serão realizados: “Queremos que as pessoas percebam a importância e a grandeza da nossa luta. Juiz de Fora acabou com todos os 4

sociais e pessoais. A psicóloga Bianca Marques fala sobre alguns dados que esse tipo de tratamento pode trazer: “Nesse ambiente, os pacientes perdem sua autonomia por terem muitos de seus atos controlados e punidos. A falta de comunicação, de afetividade e de um tratamento acolhedor, humanizado e digno, faz com que eles tenham suas potencialidades reduzidas.”

A professora e mãe de um portador de transtorno mental, Maridete Santos, faz seu desabafo: “Só eu e Deus sabemos como é ruim ouvir as pessoas chamando o meu filho de louco, perturbardo e outras coisas.

A população ainda tem muito o que aprender sobre respeito , igualdade e amor. Estamos na luta.”

O trabalho do Caps A luta antimanicomial configura um processo de transformação dos serviços psiquiátricos derivados de umasériedeeventospolíticosnacionais e internacionais. A enfermeira e coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Liberdade HU, Aguida de Cássia de Araújo, ressalta que, na instituição, são desenvolvidos tratamentos psiquiátricos, psicológicos, além de atividades terapêuticas, que são realizadas em grupo e, muitas vezes, também são direcionados aos familiares”.

Os benefícios desse tipo de tratamento são muitos, A relevância da luta antimanicomial pois os indivíduos são vistos A internação manicomial coloca na sua singularidade e são como cidadãos. a pessoa sujeita a diversas perdas reconhecidos seus manicômios, mas ainda existem resquícios desse tipo de serviço, infelizmente.” A gerente do Departamento de Saúde Mental também comenta sobre a principal dificuldade das pessoas que têm algum tipo de transtorno mental: “Entre muitas coisas que elas enfrentam no dia a dia, a luta mais difícil é para que consigam ser olhadas como seres humanos capazes e normais. Muitos ainda não entendem que os usuários que têm um transtorno mental também possuem habilidades, qualidades e devem ser inseridos no meio social.”

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Juiz de Fora, 17 de maio de 2017

CIDADE

Ato público nas escadarias da Câmara Municipal lembra vítimas de abuso e exploração sexual Clara Assis Foto reproduçãoEstratégias e Concursos

Evento contará com ato para lembrar vítimas e palestras de conscientização

Um protesto na escadaria da Câmara Municipal de Juiz de Fora vai lembrar todas as crianças e adolescentes que foram abusados sexualmente na cidade entre janeiro de 2016 a maio deste ano. Durante o ato, que acontece nesta quintafeira (18), serão soltados balões para relembrar cada vítima. O número de abusados só será conhecido no evento.

A programação no Legislativo municipal será entre 9h e meio-dia e terá ainda duas palestras, com entrega de certificados aos participantes, e apresentação do Coral do Colégio dos Jesuítas. As realizações marcam o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Segundo a Comissão Especial de Combate à Pedofilia da Câmara, o objetivo é alertar sobre os casos de abuso contra as crianças e jovens e engajar a sociedade no combate à violência.

A primeira palestra “Juntos contra a pedofilia” será ministrada pela vereadora Sheila Oliveira (PTC).

Segundo ela, a melhor maneira de se combater a violência sexual contra crianças e adolescentes é a prevenção. “É necessário um trabalho

de sensibilização da população.

Precisamos mostrar que o combate a essa realidade exige que os casos sejam denunciados. A indiferença da sociedade e a cultura da impunidade dos agressores constituem uma nova forma de violação às vítimas.”

A segunda palestra será com a enfermeira do Hospital Pronto Socorro (HPS) e especialista em Saúde Pública, Ana Claudia Esteves, que vai falar sobre o tema “Violência Sexual – atualizando dados”.

Prevenção e combate O psicanalista Jodemar Costa explica que a principal forma de evitar o abuso e a exploração de crianças e adolescentes é através do diálogo. “A maior prevenção ao abuso passa pelo diálogo dentro de casa.

Os pais precisam ter a capacidade de conhecerem os filhos, terem liberdade de falar sobre o assunto. A prevenção também passa pela atenção aos ambientes em que a criança frequenta e ao comportamento que ela tem, caso percebam algumas reações diferentes nos filhos.”

Jodemar ressalta ainda que as campanhas de esclarecimento para

famílias e jovens são importantes, pois reduzem o potencial de vítimas, o que naturalmente diminui o número de casos. Além de, muitas vezes, as campanhas ajudarem no reconhecimento do abuso por parte da vítima. “Muitos adolescentes não têm noção da violência que podem estar sofrendo.”

A pedagoga Tina Duboc tem dois filhos, de 6 e 12 anos. Ela comenta que acha muito importante existir uma data para lembrar o tema e apoia a iniciativa do evento.

“Serve para enfatizar como estamos tratando nossas crianças e adolescentes, como vem sendo feita a prevenção e o combate a esses abusos. Mas esse dia por si só não basta, precisamos estar sempre de olho, pois para combater tais abusos é uma luta diária do poder público, da família e da sociedade. ” Dentro de casa, Tina já trata o assunto com o filho mais velho e acredita que essa seja uma das melhores formas de proteger as crianças. “Dependendo da idade, o tema deve ser discutido abertamente com os filhos, porque no mundo existem pessoas boas e ruins, que podem estar em todos os lugares, até dentro da própria família, na casa dos melhores amigos. Então, você tem que ensinar seus filhos a ficarem atentos.”

História da data A data foi escolhida depois de uma menina de 8 anos ter sido sequestrada e violentada na cidade de Vitória (ES), em 1973. O corpo apareceu carbonizado dias depois do assassinato, e os seus agressores não foram punidos. Diante da repercussão, foi criada o dia de combate ao abuso e expoloração.

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Juiz de Fora, 17 de maio de 2017

CIDADE

Doenças respiratórias e reumatológicas se agravam no frio Idosos estão entre os grupos de risco mais afetados neste período, por causa da baixa imunidade

Foto: Pixabay

Lizandra Braga

Idosos estão entre os que mais sofrem com a queda de temperatura

Com as baixas temperaturas, algumas doenças são agravadas, principalmente entre as crianças e os idosos, que apresentam uma menor imunidade. Em Juiz de Fora, foi sentida uma mudança na sensação térmica no última terça-feira (16).

Depois de seguidos dias de sol, o dia ficou nublado e, consequentemente, com temperaturas mais baixas.

O geógrafo Pedro Faria afirmou que esse fenômeno é devido a uma massa de ar polar marítima que está no Oceano Atlântico, soprando ventos úmidos para a região. Por isso, ocorre um aumento na nebulosidade e, consequentemente, temperaturas mais baixas.

Essa redução nas temperaturas é sentida ainda mais por pessoas portadores de doenças pulmonares e reumatológicas, e o grupo de risco são os idosos. O cirurgião de tórax e chefe do CTI do hospital Albert Saibin, Alexandre Tostes, afirma que 6

as maiores preocupações são com as pessoas que já possuem bronquite crônica, asma crônica, fibrose pulmonar e o câncer de pulmão. Elas são mais suscetíveis a terem seus quadros agravados nesta época.

O agravamento ocorre quando o processo de aquecimento e limpeza do ar é prejudicado. Normalmente, o ar entra nas fossas nasais e é aquecido por mecanismo fisiológicos, e as impurezas ficam no caminho até atingir as traqueias, brônquios e pulmões.

Uma vez que as temperaturas estão mais baixas, isso é atrapalhado, facilitando o aparecimento de infecções de vias aéreas, o que descompensa o quadro da doença pulmonar e respiratória já existente.

Alexandre aponta ainda que sintomas como a tosse, a febre e a falta de ar se agravam.

A dona de casa Maria Aparecida Ferreira, 78 anos, tem fibrose

pulmonar há cinco anos e apresenta a maioria dos sintomas citados, nos dias mais frios. ”Quando o tempo muda, eu sinto falta de ar, cansaço e dor nas costas, porque eu fico tossindo constantemente”, conta.

Para minimizar os efeitos da baixa temperatura, Alexandre afirma que a proteção das fossas nasais e cavidade oral é essencial. Além disso, ficar em locais arejados e que batem sol.

Especialistas ainda ressaltam que a imunização contra a gripe, atravé de vacinação, é essencial para esse grupo. A campanha na cidade se encerra no dia 26 de maio.

Doenças reumatológicas O reumatologista Marcelo Alvarenga afirma que, apesar do relatado pelos pacientes no consultório, ainda não existe uma comprovação científica da influência do clima sobre o quadro doloroso.

Porém, ele ressalta que estudos em artrite reumatoide encontraram um maior índice de dor e de reativação da doença sob baixas temperaturas, principalmente em indivíduos acima de 50 anos. Além disso, é comprovado que os anti-inflamatórios têm uma eficácia maior em dias de sol, já que a adrenalina e o cortisol do indivíduo variam com o clima.

“Observamos que a fibromialgia pode ser fortemente influenciada por mudanças climáticas”, conta Marcelo.

Também os pacientes que têm artrose e artrite reumatoide relatam um aumento da dor que coincide com a queda da pressão atmosférica e com as baixas temperaturas.

Juiz de Fora, 17 de maio de 2017

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CIDADE

Vagas de emprego crescem pela primeiro vez no ano Juiz de fora registra aumento de oportunidades após três meses de declínio e saldo negativo

FOTO: Camila Domingues/Palácio Piratini

Thamires Pecis

Vagas temporárias podem ser oportunidades para posteiror contratação de funcionários com carteira de trabalho assinada

O saldo de geração de empregos em Juiz de Fora, no mês passado, foi o primeiro positivo desse ano na cidade. Amargando maus resultados nos três primeiros meses de 2017, a abertura de vagas finalmente teve um superávit. Segundo dados do cadastro geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram 464 novas vagas de emprego em Juiz de fora em abril desse ano, sendo o comércio o setor que mais empregou, seguido da indústria.

Quando comparado ao mês de abril dos últimos três anos, o saldo de 2017 também é o mais favorável para a cidade. Esse ano, Juiz de Fora tinha perdido postos de emprego até o mês passado, registrando menos 541 em janeiro,

391 em fevereiro e 410 em março. gunda melhor época do ano para as vendas. O Dia dos Pais, em agosto, é a próxima aposta para impulsionar Comércio Wagner França, vice-presidente o mercado de contratações.

Um dos pontos fortes da cidade, do Sindicato do Comércio (Sindio comércio é um dos principais recomércio-JF) explica que, em parte, a realidade já era esperada: “Nos sponsáveis pelos novos empregos três primeiros meses, tivemos mui- com carteria assinada. O comertos fechamentos de empresas, então ciante Mauro Borges conta não isso fez com que muitas pessoas ter feito novas contratações ainda, fossem demitidas, o que foi nega- mas tem visto mudanças no setor: tivo para a cidade. Além disso, os “A gente, no comércio, tem sentido comerciantes geralmente esperam essa força maior na empregabilipassar o carnaval e a poeira abaixar dade ultimamente. Ao meu ver, isso para fazer novas contratações, então se deve muito às novas oportuniessa queda no início do ano é con- dades em empregos devido a abersiderada normal.” Ele destaca que o tura de empreeendimentos, como Dia das Mães foi um dos principais lojas no shopping novo”. O comercifatores que contribuiu para o cresci- ante diz, ainda, acreditar que as nomento de carteira assinada em abril, vas criações de empregos não têm já que a data comemorativa é a se- relação com a economia nacional.

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Juiz de Fora, 17 de maio de 2017

POLÍTICA

Bruno Siqueira assina decreto que regulamenta e "desburocratiza" o acesso à informação Fato ocorreu em seminário promovido pela PJF. Decreto entra em vigor esta semana FOTO: gil veloso/pjf

Aline Sotto Maior Negromonte

Seminário voltado para funcionários da PJF incluiu palestras sobre a Lei da Informação

O prefeito Bruno Siqueira (PMDB) assinou ontem um decreto, que amplia o acesso à informação ao "desburocratizar" a divulgação das informações públicas do Município.

A assinatura foi feita durante o seminário que marcou os cinco anos de vigência da Lei deAcesso à Informação (LAI).

Também presente no evento, o secretário de Comunicação da Prefeitura, Michael Guedes, lembrou que a “informação é pública, o sigilo é exceção. Por exemplo, um contrato da Prefeitura que antes era considerado sigiloso seria primeiramente colocado como público, até segunda ordem. O decreto começa a valer nesta semana", assegurou.

Michael Guedes, que falou sobre “Instrumentos de Controle da Aplicação da LAI”, afirma que o encontro foi útil para discutir com os funcionários da Prefeitura (PJF) sobre a informação. Quem qualifica a questão da transparência é o Ministério Público Federal (MPF).

“A última aprovação, no primeiro 8

semestre do ano, cobria todos os requisitos, tiramos nota 10 em transparência.”

Um segundo mecanismo que também atua na avaliação da transparência de informações é o do Ministério da Transparência, que vai avaliar a Escala Brasil Transparente nos municípios, através de requisitos diferentes daqueles do MPF. “A Prefeitura de Juiz de Fora não foi avaliada ainda, mas queremos atender na integralidade o ministério. Esse foi o objetivo do seminário.”

O evento O seminário aconteceu entre entre 9h e meio-dia de terça-feira no Anfiteatro João Carriço, sendo uma parceria entre a Prefeitura e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O encontro contou, além da palestra do secretário Michael Guedes, com explanações da mestre em administração pública Karina Furtado Rodrigues e ainda do procurador-geral do Município, Edgar Souza Ferreira.

A LAI em Juiz de Fora De acordo com a gestora da lei de informação Magali Delgado, 60 anos, a Lei (12.527) foi promulgada em 18 de novembro de 2011 e passou a valer em 16 de maio de 2012. Ela garante o acesso às informações públicas, além de ser um “instrumento de garantia de cidadania, de acesso à verdade histórica e ruptura com o sigilo facilitador de desvios na Administração Pública”. Para a gestora, a lei auxilia na luta contra a corrupção, além de aperfeiçoar a administração e fomentar a “participação social”.

Ainda segundo Magali, na cidade, a LAI começou a ser implementada em 1º de julho de 2013, com a publicação no Diário Oficial do Município do Decreto 11.615. “Assinamos um Termo de Adesão ao Programa Brasil Transparente, envolvendo capacitação de pessoal e código fonte do e-SIC (Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão) para disponibilização gratuita.” Após etapas internas de “planejamento, execução e avaliação”, os cidadãos tiveram acesso ao sistema em julho de 2014. A gestora completa que “O SIC presencial e o e-SIC estão na estrutura da Secretaria de Comunicação Social, com uma supervisão que faz a gestão do sistema”. O e-SIC permite que qualquer pessoa encaminhe pedidos de acesso à informação e receba a resposta da solicitação realizada a órgãos e entidades do Executivo Federal. O SIC, presencial, é o Espaço Cidadão da Rua Halfeld.

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Juiz de Fora, 17 de maio de 2017

POLÍTICA

Maior inclusão de educação especial na rede pública é tratado em audiência pública na Câmara de JF Maior planejamento na rede pública de ensino para atender a pessoas com deficiência FOTO: DIVULGAÇÃO/CMJF

Luiz Carlos Lima

Proponente do tema, vereador André Mariano (PSC) durante audiência desta terça-feira

A necessidade de maior planejamento na rede pública de ensino para atender a pessoas com deficiência foi debatida em audiência pública realizada na tarde desta terçafeira (16), na Câmara Municipal de Juiz de Fora. Quem chamou atenção para o assunto foi o proponente da audiência, vereador André Mariano (PSC). “É imprescindível que o poder público volte os olhos para a educação especial, para que o ensino de excelência não fique restrito somente a instituições particulares. Precisamos trazer esse modelo também para a rede municipal e estadual. Vamos desenvolver um planejamento de como isso pode ser feito em Juiz de Fora.”

Mariano ainda requisitou, ao presidente da Câmara, vereador Rodrigo Mattos (PSDB), que a utilização de um intérprete seja frequente nas reuniões e audiências. A sessão contou com a participação de

diversas instituições que tratam deste tema na cidade, além de uma intérprete da Língua Brasileira de Sinais.

Os principais pontos levantados foram a falta de aptidão das escolas em receber alunos que apresentam algum tipo de deficiência, fazendo com que muitos adolescentes não consigam ter a oportunidade de serem alfabetizados e a falta de um profissional bilíngue, que interprete a Língua Brasileira de Sinais (Libras), dentro das salas de aula.

O Instituto Bruno levou relatos de mães com experiência de dificuldades de ajuda a seus filhos com deficiência na rede pública da cidade. Representante do Instituto na audiência, Welbert Pires, diz que “por muito tempo, não tratavam da surdo-cegueira, impossibilitando o aprendizado de Libras. No instituto trabalhamos com a comunicação alternativa, que busca ajudar a este tipo de pessoa. Defendemos a

escola bilíngue com professor surdo acompanhado do intérprete”.

Pires ainda lembra que “um projeto eficaz teria que erradicar o número de pessoas que saiam do ensino fundamental sem o aprendizado de libras.”

A Interventora da Apae de Juiz de Fora, Cleusa Borges, esteve na audiência e afirma que a Instituição “é a favor da inclusão, mas que tem de ser feita de forma bem direcionada. Não foi bem explicado o que queriam de nós, pensamos que iríamos apresentar a instituição, mas havia outras aqui também.”

Cleusa diz que o saldo da reunião foi positivo, mas diz que os recursos estão em falta: “A troca de experiências com outras unidades de atendimento foi muito boa, mas, como dito na audiência, o que mais precisamos é de recursos financeiros, doações e apoio tanto do poder público quanto das pessoas. Temos diversas contas atrasadas desde o fim do ano passado.

Não podemos deixar a Apae fechar.”

A representante da Secretaria Municipal de Educação e diretora do Centro de Atendimento Educacional Especializado(CAEEs),AlineRancho, apresentou um balanço de ações desenvolvidas, como atendimento aos alunos, fortalecimento sóciofamiliar, interlocução com a rede de atendimento local, formação continuada de professores e assessoria sistemática às escolas e creches no processo de educação inclusiva são ações realizadas.

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Juiz de Fora, 17 de maio de 2017

ECONOMIA

Nova Lei das Gorjetas: entenda os benefícios econômicos

Obrigatoriedades trazidas pela nova lei melhoram a estabilidade e a segurança dos trabalhadores foto: CC0 Public Domain

Bárbara Schmidt

Nova Lei das Gorjetas, que entrou em vigor no último domingo (14), regulamenta rateio de gorjeta e taxa de serviço para os garçons

A nova Lei das Gorjetas, que regulamenta o rateio da taxa de serviço, foi aprovada e está em vigor no país. A partir de agora, donos de bares, hotéis e outros estabelecimentos comerciais terão que registrar as gorjetas na Carteira de Trabalho dos garçons, ou seja, a taxa de serviço, conhecida como “os 10%”, passa a ter uma destinação específica. A lei prevê que 20% das gorjetas sejam destinadas aos donos e o restante distribuído igualmente entre todos os garçons.

A lei em questão foi sancionada pelo presidente Michel Temer em março deste ano e entrou em vigor no último domingo (14).

Segundo o economista e professor da Faculdade de Economia da UFJF, Wilson Luiz Rotatori, o efeito da nova lei diz respeito, principalmente, ao rendimento das pessoas que recebem gorjeta e passa a ser tratado agora se serão incorporadas ou não ao salário desses. Ele ressalta também que os consumidores não serão impactados pela nova lei, pois a gorjeta dos 10% continua sendo opcional. Ele destaca: “Para o funcionário, a nova lei limita o que o estabelecimento pode utilizar 10

para cobrir despesas com encargos sociais, além de estabelecer que a divisão deve ser entre os funcionários, sendo definida por acordo.”

Benefícios econômicos Tanto o economista Wilson Luiz Rotatori como outros economistas do país acreditam que os benefícios virão a longo prazo. Primeiramente, por trazer estabilidade e segurança aos trabalhadores, uma vez que, com a renda formalizada, o funcionário pode comprovar crédito para adquirir bens financeiros para toda a família, como carro e casa própria. Além disso, futuramente, os garçons destes estabelecimentos podem comprovar as rendas recebidas pela gorjeta durante a vida de trabalho quando forem aposentar em busca de uma vida mais tranquila.

Quem será afetado O proprietário do bar Barril, Daniel Salvador, diz que as obrigatoriedades trazidas pela nova lei já eram adotadas em seu bar, pois eles já descontavam 20% do total de receita para cobrir custos de encargos, e os 10% dos

garçons sempre foram anotados na Carteira de Trabalho e no contracheque. O proprietário ressalta que sempre achou esse cuidado imprescindível, que a nova lei é um avanço e já deveria ter sido instituída anteriormente, não só pela segurança e estabilidade dos trabalhadores, como dos empresários. Daniel, porém, tem um receio: “O que nos preocupa com a nova lei é como incorporar na Carteira de Trabalho o valor dado de forma espontânea pelo cliente, pois não temos controle sobre isso.”

O garçom Alan Santos está otimista quanto à nova regulamentação, considerando ganho substancial no FGTS, no 13º salário e nas férias remuneradas.

Ele compartilha sua opinião: “Por um lado, a regulamentação de gorjetas será benéfica, a longo prazo, aumentando o salário base e promovendo maior participação do sindicato. Por outro, há os descontos: quanto maior o valor dos 10%, maior a tributação.

Enfim, por enquanto, no geral, estou acreditando que será melhor para os empregadores e para os empregados.”

Juiz de Fora, 17 de maio de 2017

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ECONOMIA

Juiz de Fora apresenta crescimento de produção agropecuária abaixo do nível nacional em 2017 Maioria de agricultores e pecuaristas da região trabalha com escala de produção pequena ou média

Foto: Pixabay

Luanny Cristina Gonçalves

Setor agropecuário de Juiz de Fora receberá investimentos para otimização de produção

certo tempo causou desinteresse, mas a intenção é mudar o quadro: “O tempo sem investimento levou muita gente a deixar o campo e buscar melhores oportunidades de vida na cidade. Mas isso vem mudando com a implantação de novas políticas de incentivo à produção.”

O grau de produtividade depende das técnicas e tecnologias utilizadas durante o processo para otimização dos espaços de cultivo e dos rebanhos. Segundo a engenheira agrônoma Ana Camilotto, a maioria dos agricultores e pecuaristas em nossa região trabalha atualmente com uma escala de produção pequena ou média.

Os investimentos realizados na agropecuária local se baseiam, Investimentos na produção local principalmente, na assistência Segundo o secretário de técnica aos produtores rurais, Agropecuária e Abastecimento através da Emater-MG e da (SAA), Carlos Alberto Ramos, a Prefeitura de Juiz de Fora, por meio falta de investimentos significativos da Secretaria de Agropecuária e na produção rural da região durante Abastecimento. O secretário da O Brasil é um dos países que apresenta maior crescimento de produção agropecuária no mundo.

Entre 2006 e 2010, o rendimento do setor no país aumentou 4,28% ao ano. Os dados são de um estudo publicado na revista científica EuroChoices Agri-Food and Rural Resource Issue e divulgados, na última sexta-feira, 12, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Apesar dos dados positivos no país, em Juiz de Fora, a produção agropecuária tem se mantido estável nos últimos anos, de acordo com a engenheira agrônoma da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater MG/Juiz de Fora), Ana Helena Camilotto.

SAA ressalta: “Recentemente, conseguimos junto ao Ministério da Agricultura, através do deputado Luiz Fernando Faria, um convênio de R$ 2 milhões, que possibilitará um investimento ainda maior na melhoria das técnicas de manejo e da qualidade do rebanho e do solo. O objetivo é um aumento considerável da produção em nossa região de forma contínua e sustentável.”

Quanto aos próximos anos, a previsão é que a produtividade agropecuária de Juiz de Fora siga uma tendência de crescimento.

“Estaremos oferecendo, além do apoio técnico, melhores condições para o escoamento da produção e ainda buscando condições para que os produtos sejam comercializados com preços cada vez melhores para os produtores. Dessa forma, com o aumento de produção e otimização dos custos, o consumidor final também seria beneficiado”, afirma o secretário Carlos Ramos.

Agricultura x pecuária O presidente do Sindicato Rural de Juiz de Fora, Domingos Frederico Netto, afirma que “a pecuária é mais intensa que a agricultura na região, e se destaca com a produção leiteira.”

O projeto ‘Pró-Leite’, da SAA, é mais um incentivo na área, visando um aumento da produtividade nas propriedades daqueles que aderem ao programa que aderem ao programa.

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Juiz de Fora, 17 de maio de 2017

UFJF

Inscrições para atuar como voluntários no Global July terminam nesta sexta-feira, 19 Estudantes selecionados no processo terão oportunidade de conviver com estrangeiros

Nayara Martins FOTO: nayara martins

que não conseguiu uma vaga devido ao grande número de inscritos.

E completa: “Eu adoro receber e ajudar as pessoas; poder fazer isso no meu campus, tendo também a oportunidade de passar a melhor impressão da minha faculdade e do meu país para os estrangeiros, vai ser uma oportunidade única.”

Diretoria de Relações Internacionais da Universidade Federal de Juiz de Fora

Termina nessa sexta-feira, 19, o prazo para inscrições de voluntários que irão atuar no Global July 2017.

O evento que ofertará aulas no período de férias, é inspirado nos cursos de verão da Universidade de Cambridge e vai acontecer entre os dias 3 e 31 de julho na Universidade Federal de Juiz de Fora. São 20 vagas para trabalhar nas áreas de recepção, técnico de suporte e eventos.

O edital vem de uma parceria da Diretoria de Relações Internacionais (DRI) com o projeto Buddy, da UFJF, que recruta estudantes dispostos a ajudar colegas estrangeiros em tarefas do cotidiano. Para participar da seleção, os candidatos devem preencher o formulário online disponível no portal da Universidade até 23h59 de sexta-feira, 19 de maio e aguardar o e-mail, confirmando a inscrição e o agendamento de entrevista.

A coordenadora geral do projeto Buddy, Eliza Feres, orienta sobre o perfil dos acadêmicos que podem 12

atuar no evento: “Procuramos discentes regularmente matriculados na UFJF, que sejam comunicativos, tenham habilidades para lidar com as diferenças culturais e estejam disponíveis no período das férias para apoiar o evento e especialmente seus participantes estrangeiros.” É necessário ter um bom conhecimento e boa comunicação em língua inglesa. A fluência em outros idiomas também conta pontos no critério de seleção, mas não é obrigatória.

Attachés Os voluntários participam na condição de attachés, o termo originário do Francês é atribuído a pessoas que atuam como diplomatas ou membros do pessoal de apoio.

A aluna do curso de Direito da UFJF, Stéphanie Magalhães, 19 anos, revela que o desejo de atuar como attaché é antigo; ela se inscreveu no processo de seleção para atuar na recepção das delegações olímpicas e paralímpica em 2016, mas explica

Quem já participou O estudante de Biologia da UFJF, Francisco Montessi, 20, atuou como voluntário na recepção e suporte às delegações olímpicas e paralímpica em agosto de 2016. O jovem lembra que a experiência foi enriquecedora, sentindo-se valorizado e contribuindo em prol de algo grandioso. Apesar de não poder se inscrever no processo seletivo para trabalhar no Global July, devido a um projeto de iniciação científica, Francisco destaca: “A participação como attaché traz uma maior confiança para a pessoa, faz com que a gente abra a mente para novas culturas. Eu treinei a língua e ganhei mais confiança no inglês.”

Os colaboradores não recebem remuneração pelas atividades desenvolvidas, porém a participação confere certificado de atuação como attaché do Global July 2017. Em caso de dúvidas, o candidato pode entrar em contato com o projeto Buddy no e-mail: accommodation. buddy@gmail.com O resultado dos aprovados na seleção será publicado no dia 29 de maio no site da Diretoria de Relações Internacionais da UFJF.

MERGULHO DIÁRIO

Juiz de Fora, 17 de maio de 2017

CULTURA

Fim do Cine Palace causa comoção entre estudantes e levanta debate sobre o patrimônio histórico Alunos de Aarquitetura da UFJF fazem manifesto para tentar impedir o fechamento do cinema Maria Elisa Diniz

FOTO: DIVULGAÇÃO

ressaltou: “Cabe salientar que o Cine Palace também é lugar de realização de mostras e festivais de cinema, por onde já passaram diversos artistas e profissionais do setor audiovisual brasileiro e latinoamericano”. Anualmente acontecia no local o festival de cinema Primeiro Plano.

A Funalfa divulgou uma nota afirmando o compromisso de renegociar um novo local para continuar os projetos de formação de público na cidade.

Cine Palace é o último cinema de rua que ainda resiste em Juiz de Fora

Estudantes do Curso de Arquitetura da Universidade Federal de Juiz de Fora organizaram um movimento nas redes sociais para abrir diálogo com a empresa que arrematou o prédio onde funciona o Cine Palace, através de leilão em 2015.

O movimento criado pelos acadêmicos recebeu o nome de “Salve o Cine Palace”.

A página no Facebook tem quase dois mil seguidores, e o grupo já definiu pela realização de um protesto, que está marcado para a próxima quinta-feira (18) às 19h, em frente ao edifício.

O Cine Palace, último cinema de rua de Juiz de Fora, encerra suas atividades depois de quase 70 anos de funcionamento. A Prefeitura anunciou o fim das atividades de formação de

público que aconteciam nesse cinema.

Localizado na esquina das ruas Halfeld com Batista de Oliveira, no Centro, o prédio é tombado como patrimônio histórico municipal, e o fim das atividades culturais no local levantaram a discussão sobre a preservação de construções históricas na cidade.

Importância cultural Três projetos de popularização do cinema com incentivo da Funalfa eram realizados neste cinema. A “Sessão Cidadão” era exibida duas vezes na semana com ingressos a R$1. Além disso, aconteciam o Clube do Professor, e o Escola vai ao cinema. Em carta aberta, o movimento Salve Cine Palace

Patrimônio histórico O prédio da década de 1940 é tombado como patrimônio histórico municipal e, por isso, sua fachada e volumetria (espaço físico externo) não podem ser alteradas. O movimento “Salve Cine Palace” levantou a questão da preservação de construções histórica. No manifesto, o grupo ressalta “a perda de referências importantes na cidade, como o Cine Excelsior, o Colégio Magister, o Palacete dos Fellet, a Casa Marajoara e tantos outros. Tudo em prol dos interesses da iniciativa privada” O historiador Bruno Rezende, que tem formação em patrimônio histórico, explica que o cinema se enquadra em um patrimônio imaterial que faz parte da criação da identidade cultural em Juiz de Fora, como também era o caso do Cine Excelsior, que foi transformado em estacionamento. “Juiz de Fora tem uma crescente perda de patrimônio material e imaterial, por especulação imobiliária ou negligência dos proprietários”, acrescenta Bruno.

Por meio de nota, a Funalfa também afirma que vai garantir o cumprimento das normas de tombamento em caso de uma eventual reforma do edifício.

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MERGULHO DIÁRIO

Juiz de Fora, 17 de maio de 2017

ESPORTE

Da B para A: Bahia e Vasco marcam extremos na primeira rodada do Brasileirão Matemáticos especialistas em probabilidade fazem apostas para campeão brasileiro de 2017 FOTO: ARTE/REDAÇÃO

Mariana Carpinter

Vasco e Bahia se enfrentam na Segunda Rodada do Brasileirão Série A no domingo, 21

Bahia e Vasco que retornam este ano à Série A do Campeonato Brasileiro, enfrentam-se no próximo domingo, 21, pela segunda rodada da competição. As duas equipes passaram por situações extremas no último final de semana.

Enquanto o Bahia garantiu a liderança da primeira rodada com uma goleada por 6x2 em cima do Atlético-PR, o Vasco perdeu de 4x0 para o Palmeiras, atual campeão brasileiro.

Matemáticos avaliam os times com maiores chances de se tornar campeão brasileiro de 2017, tanto Bahia quanto Vasco não estão entre as mais cotadas para o título.

Analisando esse cenário, o jornalista esportivo Bruno Kaehler acredita que o Bahia tem mérito no placar do jogo contra Atlétigo-PR por atuar de forma agressiva e ofensiva na estreia, mas afirma que o vencedor “se aproveitou da fragilidade defensiva da equipe mista do Atlético-PR”. O jornalista opina: “Contra times de grande investimento, não vejo o Bahia incomodando tanto, mas no Brasileirão não podemos descartar surpresas nunca”.

Quanto ao atual lanterna do 14

Por meio de milhões de simulações, os resultados dos jogos não realizados são projetados, em função desses perfis.

E as probabilidades são calculadas”, afirma.

Para o professor de matemática e probabilístico, a Série A do Brasileirão se inicia com três fortes candidatos ao título: Palmeiras, Atlético-MG e Flamengo. “Equipes como Santos, Grêmio, Fluminense, Botafogo e Corinthians formam um segundo escalão. As equipes do São Paulo e Vasco da Gama ainda não apresentaram resultados convincentes na atual temporada, e por isso não se candidatam ao título”, comenta.

campeonato, Bruno Kaehler faz uma aposta de melhora na equipe: “Apesar de ter anunciado os zagueiros Paulão e Breno, o Vasco ainda precisa se reforçar no setor defensivo e no ofensivo. A estreia obviamente gerou uma repercussão negativa, mas o Segunda Rodada da Séria A: campeonato vascaíno começa no Sab, 20, 16h00, Vila Belmiro duelo contra o Bahia”.

Santos x Coritiba Probabilidades Dando suporte à aposta do jornalista esportivo, as estatísticas do projeto “Probabilidades no Futebol” do Departamento de Matemática, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), colocam o Vasco da Gama na frente com 40% de probabilidade de vitória, acima dos 30% do Bahia e 30% de empate. Esse número se deve ao fato de ser mandante de campo.

O professor do Departamento de Matemática da UFMG, Gilcione Nonato Costa, comenta essa projeção.

“Essas são as probabilidades iniciais.

Em caso de vitória vascaína, a porcentagem de vitórias, do Vasco, jogando como mandante, aumentará, e as de empate e derrota diminuirão.

Sab, 20, 19h00, Serra Dourada

Atlético - GO x Flamengo Sab. 20, 19h00, Arena Condá

Chapecoense x Palmeiras

Dom, 21, 11h00, São Januário

Vasco x Bahia

Dom, 21, 16h00, Independência

Atlético-MG x Fluminense

Dom, 21, 16h00, Arena da Baixada

Atlético-PR x Grêmio

Dom, 21, 16h, Fonte Nova

Vitória x Corinthias

Dom, 21, 18h00, Engenhão

Atlético-PR x Grêmio

Dom, 21, 19h00. Ilha do Retiro

Sport x Cruzeiro

Seg, 22, 20h00 Morumbi

São Paulo x Avaí