Mergulho Diário #6

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Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF | Juiz de Fora, Setembro de 2016 | Ano 2016 | Nª 06 Foto: Luiza Dias

Greve de bancários começa hoje em todo o país População enfreta filas em agências da cidade na véspera da paralisação nacional >>>P. 5 Cultura

Curta juiz-forano Política é premiado em Festival de Gramado P.12

Ato contra governo Temer reúne centenas de manifestantes P.3


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Opinião

Editorial A

última edição do Mergulho Diário trouxe uma matéria a respeito da influência do afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff da Presidência nas eleições municipais em Juiz de Fora. O cenário político turbulento do país certamente terá repercussão nas eleições para a prefeitura da cidade. A votação do impeachment na última quarta-feira, 31 de outubro, não se restringiu apenas à mudança na Presidência da República. Nesse cenário, é possível traçar duas formas de enxergar os efeitos da saída de Dilma do poder e a consequente tomada do comando do país pelo peemedebista Michel Temer. Margarida Salomão (PT) e Bruno Siqueira (PMDB) estão no centro das atenções e terão suas imagens afetadas pelos acontecimentos relacionados ao impeachment. Não é novidade para o cidadão juiz-forano a vinculação da imagem de

Política 3

Manifestação em JF

Margarida Salomão com a da ex-presidenta do Brasil. A população da cidade que foi favorável ao impeachment tem tudo para não votar na candidata do PT. Não só pelo afastamento definitivo de Dilma, mas pelos escândalos ligados a políticos petistas, a imagem de Margarida Salomão fica prejudicada diante de parte dos eleitores. Por outro lado, o impeachment pode ser usado como um exemplo que serve de superação para a candidata à prefeita de Juiz de Fora. Após falhar nas eleições anteriores, Margarida Salomão poderá contar com o apoio daqueles que se posicionam contra a entrada de Michel Temer na Presidência. Na realidade, o que é afetado diretamente é a imagem do partido, e não dos candidatos especificamente. Por isso, é perceptível que a candidata à prefeitura está procurando evitar associar a imagem de sua campanha à simbólica estrela do Partido dos Traba-

lhadores. Da mesma forma, Bruno Siqueira poderá experimentar os dois lados da moeda. O candidato do PMDB à prefeitura tem tudo para angariar os votos da população pró-impeachment. Por outro lado, ele sofrerá com os eleitores que apoiaram Dilma Rousseff e que participam das manifestações contra o recém-empossado presidente Michel Temer.

Ato contra o governo Temer reúne centenas de pessoas nas ruas da cidade A mobilização “Fora Temer! Greve Geral Já!” é a terceira na cidade desde o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff. Por Caio Gonzaga Foto: Caio Gonzaga desde a Avenida Barão do Rio Branco até a Praça Agassis, no Bairro Manoel Honório, encerrando por volta das 21h. A PM e a organização não informaram o número de manifestantes presentes. “A importância é compor, juntamente com o país, todas as manifestações de rua para mostrarmos que esse golpe não será dado de forma que a população fique passiva. A população, no geral, está rejeitando este ataque a democracia”, explica Leonardo Iung, organizador e integrante da “Povo sem Medo - Juiz de Fora”, frente de mobilização composta por mais de 30 movimentos nacionais, focada em mobilizações

Carta do leitor

“Bem legal o jornal. Achei que seria um jornal que veicularia apenas assuntos da UFJF, mas me surpreendi positivamente.” Arthur Avelar, estudante de Engenharia “Adorei o jornal, as informações e diagramação. Agora posso participar mais diretamente dos assuntos de Juiz de Fora mesmo estando de longe. Parabéns.” Lilian Medeiros, artista

contra o ajuste fiscal e o conservadorismo. Para o participante do ato, Lucas Nunes, o atual presidente da república “tomou de assalto” o cargo e não deveria estar lá. “Eu não levanto bandeira nenhuma!”, justifica. “O Temer e todo seu grupo de pilantragem assaltou nossa democracia. Isso foi feio e covarde. Quero mesmo que ele saia de lá.” Segundo Leonardo, uma grande greve geral seria possível para construir uma nova constituinte para mudar todo sistema político do país. “Nenhum direito a menos! A gente não quer ver o retrocesso nos direitos trabalhistas que o governo Temer vai trazer para o país neste momento”.

Expediente Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação Social da Universidade Federal de Juiz de Fora produzido pelos alunos de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso. Reitor: Prof. Dr. Marcus Vinicius David

Projeto gráfico: Caio Gonzaga

Vice-Reitora: Profª. Drª. Girlene Alves da Silva

Diagramação: Larissa Alves. Laura Conceição Matheus Andrade

Diretor da Faculdade de Comunicação: Prof. Dr. Jorge Carlos Felz Ferreira Vice-Diretora da Faculdade de Comunicação: Profª. Drª. Marise Pimentel Mendes Coordenadora do Curso de Comunicação Social diurno: Profª. Dra. Cláudia de Albuquerque Thomé Professores orientadores: Prof. Dr. Marco Antônio de Carvalho Bonetti Profa. Mestre Marise Baesso Tristão

Reportagem: Amanda Cadinelli Amanda Cordeiro Padilha, Caio Gonzaga, Cynthya Marangon, Davi Carlos Acácio, Franco Ribeiro, Gabriella Weiss, Laura Sanábio, Ludmilla Azevedo, Luiza Dias, Maria FernandaPernisa, Matheus Soares Editores de texto: Amanda Padilha, Matheus Soares. Endereço: Campus Universitário de Martelos, s/n - Bairro Martelos 36036-900 - Telefones: (32) 2102-3601/21023602

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Manifestantes trouxeram botons “Fora Temer” As ruas de Juiz de Fora foram novamente ocupadas, na noite de ontem, 5, por manifestantes que protestavam contra o impeachment sofrido pela presidente Dilma Rousseff, pelo Senado Federal, na última quarta-feira, 31. Entre as principais reivindicações, estavam o pedido de eleições diretas no país e greve geral dos trabalhadores. Os manifestantes se concentraram no Parque Halfeld, por volta das 18h, pedindo a saída de Michel Temer (PMDB) da Presidência da República. A Polícia Militar (PM) acompanhou os manifestantes que caminharam Terceiro ato ocupa Av. Rio Branco

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Em s


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Política

Movimentação universitária As organizações estudantis da UFJF têm feito parte dos atos e colaborado para a organização dos mesmos. O Diretório Acadêmico Padre Jaime Snoek, da faculdade de Serviço Social da Universidade, foi uma das frentes organizadoras do ato de ontem. “O Diretório Acadêmico é uma organização politica e seu papel é mobilizar e aglutinar os estudantes para as lutas sociais”, enfatiza Juliano Zancanelo, Coordenador de Relações Institucionais do DA do Serviço Social. Juliano conta que, em um momento

como esse, o golpe institucional significa o aprofundamento dos retrocessos políticos e sociais, além do grande sucateamento da educação pública como justificativas para processos de privatização. “O papel do DA é pautar a unidade de classe lutando contra o golpe e seus retrocessos, colocando na ordem do dia a defesa de uma educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.” Próximos passos O ato de ontem é o terceiro em Juiz de Fora desde o processo de impeachment

sofrido pela presidente Dilma Rousseff na semana passada. Os dois últimos atos, na última quarta-feira (31) e quinta-feira (1º), reuniram cerca de mil e cinco mil pessoas, respectivamente, segundo os organizadores. Na quinta-feira, os manifestantes foram até o Bairro Bom Pastor, em frente ao prédio do prefeito da cidade, Bruno Siqueira (PMDB), chamando o prefeito de golpista e gritando palavras de ordem contra o governo atual. O próximo ato irá acontecer amanhã, após o desfile do dia 7 de setembro, juntamente com o chamado “Grito dos Excluídos”.

Com medo de cortes na educação, instâncias estudantis se organizam para debate CA’s, DA’s e o DCE da UFJF se mobilizam em torno das consequências da retirada de presidente Dilma do governo Por Maria Fernanda Pernisa Com o governo provisório, as perspectivas de cortes na educação, congelamentos dos gastos públicos e multas por manifestação chamam a atenção das instâncias estudantis. Recém-eleita para o Diretório Acadêmico Estudantil (DCE) da UFJF, a chapa Marco Zero, se posicionou contrária à decisão do impeachment da Presidente Dilma no dia primeiro de setembro, um dia após a votação no plenário do Senado. Em publicação oficial na rede social da chapa no Facebook, o Diretório afirma não reconhecer os motivos da decisão por eles ferirem um Estado Democrático de Direito. Além disso, as diferenças de medidas para a educação entre o governo Dilma e do atual presidente Temer, preocupa a instância. Arthur Avelar, presidente do DCE: “A gente entende isso como dois momentos. Primeiro, o processo, da forma que foi conduzido, é problemático porque é inegável que não foi primordialmente jurídico e, sim, político. Isso já demandaria um posicionamento do DCE.“ Em relação às consequências do Impeachment para o ambiente acadêmico, Arthur explica que é preciso entender o contexto. “As consequências que já se apresentam não

são coincidência. Mais cortes na educação, congelamentos dos gastos públicos, multas por manifestações. Isso vai impactar a nossa vida como estudante e também como cidadãos e cidadãs.“ Debates Os Centros e Diretórios Acadêmicos também se mobilizam e se posicionam em relação à mudança do cenário político. Hyrlla Tomé, estudante de jornalismo da Ufjf e secretária-geral do Diretório Acadêmico Wladimir Herzog (DAWH), conta que “os alunos da Facom procuram o DA em busca de posicionamento oficial. No entanto, isso não pode ser feito sem que haja uma discussão urgente em que todos os alunos possam colocar sua opinião. Afinal, o diretório representa todos os alunos da Faculdade. A partir disso, tiraremos nosso posicionamento e promoveremos ações de reflexão e reação ao impeachment e esperamos a colaboração de todos os alunos.” Para que os debates produzam resultados, o Diretório Central dos Estudantes irá realizar hoje uma reunião com o conselho de CAs e

DAs para que direcionamentos possam ser dados. “A relevância do debate é justamente essa análise mais ampla e a conscientização das pessoas, que achamos que ainda não sabem exatamente o que se passou e o que se passa. O direcionamento do debate é passar essas informações e promover reflexão das alunas e dos alunos para que todos e todas possam se posicionar na Assembleia que faremos”, conta Arthur Avelar. Uma convocatória foi enviada para os representantes das instâncias a fim de garantir quórum para as decisões que serão tomadas. Outro debate que acontece hoje, é no Centro Acadêmico do ICH, às 17h. A Assembleia popular para discussão da conjuntura política é uma iniciativa do CA do curso de História já que, de acordo com o presidente, Tomás Freitas, “O centro Acadêmico de história pensa que suas maiores atribuições são a política e o combate - ir contra qualquer medida que traga retrocessos, corte de direitos ou ameace a democracia. temos 30 estudantes já confirmados e estendemos o convite a alunos e alunas de todos os cursos para endossar o debate” , finaliza.

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Economia

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Bancários em Greve

Começa hoje greve de bancários em todo o país Na véspera da greve, população já sofre com caixas eletrônicos defeituosos Por Luiza Dias

Foto: Luiza Dias

e aplicações de altos valores, mas o que a pudermos fazer pela internet, devemos”. As operações como depósitos e saques poderão ser feitas pelos caixas eletrônicos, que não serão selados pelos bancários, de acordo com Watoira. Em caso de urgência, o cidadão pode procurar a gerência do banco, que normalmente não adere à greve. Transtornos

População enfreta filas em agência na véspera da paralisação

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Sindicato dos Bancários da Zona da Mata e Sul de Minas (Sintraf JF), decidiu em assembleia na sexta-feira, 2, aderir à greve nacional do setor a partir de hoje, 6 de setembro. O Sintraf deflagrou greve por tempo indeterminado, sendo que a última greve ocorreu em outubro do ano passado e se estendeu por 21 dias. A decisão foi tomada no dia 30 de agosto após as reivindicações dos bancários não terem sido aceitas pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban), que ofereceu 6,5% de reajuste salarial e abono de três mil reais, que é pago apenas uma vez ao funcionário, não aumentando seu poder de lucro.“Nós entregamos a pauta para a Fenaban no dia 9 de agosto,” esclarece Watoira Antônio, diretor do Sintraf JF. “Dia 29, eles trouxeram uma oferta, indecorosa e rebaixada. Decidimos entrar em greve por que a Fenaban apresentou a proposta efalou que não iria conversar mais, apostando na mobilização do bancário”. Watoira ainda explica que

“não estamos entrando de greve somente por que queremos o reajuste salarial, mas também por que queremos mais funcionários nas agências, melhores condições de trabalho e menos assédio moral. Nós entendemos que isso prejudica a população, mas precisamos lutar pelos nossos direitos”. O economista Fernando Agra atenta que “o importante é que haja, em qualquer setor da economia, uma relação saudável entre empregador e empregado. Quando um empregado tem boas condições de trabalho, ele produz mais, beneficiando a empresa”. Outras alternativas Com o início da greve, a população precisa encontrar outras formas de acessar os serviços dos bancos e não sair prejudicados em tarefas do dia a dia. O economista Fernando Agra aconselha “para amenizar o impacto da greve, podemos intensificar o uso da internet. Não conseguimos fazer depósitos, nem saques ou transferências

Mesmo com as opções de realizar serviços pela internet ou pelos caixas eletrônicos, a greve dos bancários ainda atinge a população de maneira direta, como é o caso da estudante de Jornalismo, Leticya Bernadete. “O problema é o seguinte: meu pai não sabe fazer depósito pelo caixa eletrônico, então quando ele me manda dinheiro, ele precisa ir em um caixa com um funcionário. Com a greve dos bancos, ele será obrigado a aprender a fazer depósito pelos caixaseletrônicos, o que vai ser bem difícil”.Ontem, 5, véspera do início da greve, vários bancos de Juiz de Fora se encontravam lotados, com filas saindo das agências e mesmo assim, muitos não conseguiram resolver seus problemas mais simples. Leticya comenta o que observou no centro da cidade “os caixas eletrônicos já estão dando muito problema. Muitos não estavam fazendo depósito e saques, que são as operações principais. E outros nem estavam funcionando, o que causou um grande transtorno e demora”. Ainda sem ideia de quanto tempo a greve de bancários irá durar, Fernando conclui “Eu espero que as partes entrem em um acordo o mais rápido possível para que qualquer prejuízo à sociedade seja o mínimo”.

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Geral

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Geral

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Polícia

UFJF

Traficantes teriam mandado executar vítima por causa de dívida Por Ludmila Azevedo

Inicitiva teve o apoio do Centro Acadêmico do Turismo do Instituto de Ciências Humanas Por Amanda Cadinelli

Polícia encontra corpo carbonizado de Bolsistas de projeto de extensão promovem venda de pipoca para arrecadar fundos jovem desaparecida

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a tarde dessa segunda-feira, 5, o corpo de uma mulher de 20 anos foi encontrado na divisa dos municípios de Santa Bárbara do Monte Verde e Rio Preto. A 3ª Delegacia da Polícia Civil estava investigando o caso da jovem, desaparecida desde as 19h do dia 30 de agosto, terça-feira. De acordo com o delegado titular, Rodolfo Rolli, a polícia acreditava que ela teria fugido de sua casa no bairro Monte Castelo, zona Nor te de Juiz de Fora. “A família da vítima havia apontado um suspeito, de 33 anos. O homem prestou depoimento na manhã dessa segunda-feira, dizendo

que sabia onde o corpo da garota estava, mas não teria par ticipação no crime”, explicou o delegado. “O suspeito afirma que é taxista, e que teria sido obrigado a levar a garota para a Zona Rural, onde ele viu alguns homens com galões de gasolina e ouviu o barulho de disparos de arma de fogo. Ao analisar o corpo, a perícia constatou que a mulher foi amarrada e mor ta com um tiro na nuca, tendo seu corpo queimado logo depois”. Rolli relatou ainda que cinco autores estão sendo investigados. “Acreditamos que alguns traficantes na zona Nor te ordenaram sua execução por conta de uma dívida.

A mãe da vítima já foi ouvida e confirmou que a filha devia dinheiro de tráfico, mas não pôde fazer o reconhecimento do corpo, que se encontra carbonizado. A identidade deve ser comprovada por exames de DNA e na arcada dentária da vítima”, concluiu. O caso teria relação com a prisão de três homens e duas mulheres por tráfico de drogas no último dia 22 de agosto, no Monte Castelo. Segundo as investigações, esses autores teriam dado a ordem para a execução da garota. A Delegacia de Homicídios continua a apurar o crime. O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal.

Polícia Civil confirma operações contra uso indevido de álcool Traficantes teriam mandado executar vítima por causa de dívida

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Polícia Civil (PC), a Polícia Militar (PM) e a Vara da Infância e da Juventude executaram, na última sexta-feira, 2, uma operação na zona Sul de Juiz de Fora, nos bairros São Mateus e Alto dos Passos, na zona Sul da cidade. O delegado Rodrigo Massaud e a delegada Bianca Mondaini, titulares das 1ª e 2ª Delegacias, comandaram a ação. “Seis viaturas e 20 policiais atuaram na noite de sexta-feira, além dos integrantes da Vara da Infância e do Comissariado de Menores”, relatou Massaud. “A blitz visou o combate à venda ilegal de bebida alcoólica para menores, a proteção da área azul contra a ação de fla-

nelinhas e o combate aos furtos a transeuntes, que frequentam os bares e restaurantes da região”. O delegado afirmou ainda que operações como essa se tornarão frequentes a partir de outubro. “Vamos, sistematicamente, começar a fazer blitz contra condutores de veículo alcoolizados pela famosa Lei Seca. Em outubro, nós já devemos começar essa operação semanalmente por toda a zona Sul. Nesse primeiro momento, estamos orientando a população, avisando que o álcool, apesar de ser permitido, passa pelas limitações impostas pela lei. A bebida alcoólica não deve ser vendida para adolescentes

e é contra a lei dirigir embriagado, então, estamos fazendo esse alerta. As próximas operações serão realizadas pela PC junto à PM e à Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra)”, completou. As fiscalizações da última sexta-feira não resultaram em nenhuma prisão. “Acreditamos que os comerciantes entenderam nossa mensagem, porque não havia menores de idade nos bares nesse dia”, finalizou Massaud. “Realizamos a ação porque, ao passar pelo local, obser vamos algumas situações que estavam passando dos limites, e constatamos a necessidade desse tipo de operação”.

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Foto: Amanda Cadinelli

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ntem à tarde o Instituto de Ciências Humanas da UFJF estava cheirando a cinema. Os bolsistas do projeto de extensão “Ações Educativas & Patrimônio: diálogos e saberes acerca da cultura em espaços de Juiz de Fora, Minas Gerais”, promoveram uma grande venda de pipocas, também conhecida como “pipocada”, e fizeram o sor teio de uma rifa. A iniciativa se fez necessária quando o projeto foi aprovado para o Congresso Nacional de Extensão Universitária na cidade de Ouro Preto, e o grupo se viu precisando de verba para par ticipar. Inácio Botto, um dos integrantes do projeto, fala que a ideia surgiu do Centro Acadêmico de Turismo, que tem como prática ajudar os alunos a arrecadar fundos para fins acadêmicos. “Além da venda de pipocas, a gente está rifando um kit de ar tesanato feito pela nossa bolsista Denise, e ainda tem um segundo prêmio: uma tor ta, também feita pela Denise”, lembra o estudante. Denise Gomide é aluna de Turismo da UFJF e fala que devido à atual crise econômica do país, eles tiveram que correr atrás para arrecadar a verba. “Colocamos a criatividade para fazer este evento, a pipocada e fizemos uma rifa com kit artesanato, que foi sor teada”, conta a bolsista. “Isso para não ficar dependendo de uma verba predestinada, que, espero que tenha mais para esse tipo de projeto de pesquisa cientifica.”

Inácio Botto, bolsista do projeto Foto: Amanda Cadinelli

Venda ajuda na arrecadação de verba do projeto.

Projeto de Extensão O projeto de extensão “Ações Educativas & Patrimônio: diálogos e saberes acerca da cultura em espaços de Juiz de Fora, Minas Gerais” é da Faculdade de Turismo em parceria com a Faculdade de Farmácia e tem como foco principal o Museu da Farmácia e o Museu Lucas Mar te Damaral. Denise Gomide, bolsista, diz que “esse projeto é muito impor tante pois consegue trazer à tona a questão de revitalização do museu, a questão de todo patrimônio que existe ali, a história da farmácia”. Ela afirma ainda que uma par te muito legal do trabalho é receber os estudantes nos museus, tantos os universitário da UFJF quanto os alunos de outra escolas.

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Geral

8 Feriado

Trânsito no centro será modificado para o desfile de 7 de setembro Confira algumas alterações nas principais ruas e avenidas de Juiz de Fora para o feriado Por Davi Carlos Acácio

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esta quarta,7, feriado da Independência do Brasil, acontece em Juiz de Fora o tradicional desfile cívico. Em virtude disso, a partir desta terça-feira, 6, a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), fará alterações no trânsito da Região Central da cidade para maior conforto e segurança dos participantes. A partir das 6h de quarta, até o término do desfile, o trânsito ficará interditado totalmente nos seguintes trechos da Avenida Barão do Rio Branco: pista central entre o trevo do Bom Pastor e Rua Barão de Cataguases; pista lateral sentido Bom Pastor/ Manoel Honório entre a Avenida Presidente Itamar Franco e Rua Jardim Silva; pista lateral sentido Manoel Honório/Bom Pastor entre as ruas Barão de Cataguases e Rei Alberto. Outras ruas da Região Central também serão interditadas, são elas: Rua Oscar Vidal, entre as ruas Santo Antônio e Avenida Presidente Itamar Franco; Rua Espírito Santo:, entre as ruas Santo Antônio e Henrique Surerus; Rua Brás Bernardino; Rua Barbosa Lima; Rua Batista de Oliveira, entre Avenida Presidente Itamar Franco e Rua Barão de São João Nepomuceno; Rua Fernando Lobo: entre a Rua Santo Antônio e Avenida Barão do Rio Branco; Rua Santa Rita, entre as Avenidas Getúlio Vargas e Barão do Rio Branco; Rua São Sebastião, entre Avenida Barão do Rio Branco e Rua Santo Antônio; Rua Benjamin Constant: entre Rua Jarbas de Lery Santos e Rua Tiradentes; Rua Silva Jardim: entre Rua Tiradentes e Avenida dos Andradas; Rua Santo Antônio, entre as ruas São Sebastião e Barão de Cataguases; Avenida dos Andradas: entre as ruas Silva Jardim

Foto: Divulgação

Alguns pontos da Av Rio Branco ficarão interditados no feriado. e Benjamin Constant (Largo do Riachuelo). A pista central da Avenida Barão do Rio Branco entre a Avenida Presidente Itamar Franco e o Trevo do Bom Pastor ficará impedida. Neste período, o transporte coletivo urbano, deverá circular pelas vias laterais deste trecho. Opções de desvios Os veículos que circulam nos trajetos Manoel Honório/Bom Pastor terão as opções de desvios nas: Av. Barão do Rio Branco, Rua Barão de Cataguases, Av. Olegário Maciel, Av. dos Andradas, Rua Silva Jardim, Roberto de Barros, Rua Jarbas de Lery Santos, Av. Getúlio Vargas e Av. Presidente Itamar Franco. Já as opções de desvio para quem faz o trajeto Bom Pastor/Manoel Honório são: Avenida Barão do Rio Branco, Avenida Presidente Itamar Franco, Pra-

ça Antônio Carlos, Travessa Doutor Prisco, Avenida Francisco Bernardino. O trajeto de algumas linhas do transporte coletivo urbano será modificado em razão do evento. Serviço de táxi Durante o evento, os táxis do ponto localizado no Parque Halfeld deverão entrar e sair pela Rua Marechal Deodoro, não podendo acessar a Avenida Barão do Rio Branco. Os veículos do ponto da Igreja Catedral, continuarão realizando a parada na Alça da Catedral, acessando pela Rua Espírito Santo e saindo pela Rua Fernando Lobo. Na Rua Floriano Peixoto, o ponto será desativado. Para garantir a segurança durante a realização do desfile, nos principais cruzamentos, haverá apoio da Polícia Militar e/ou Agentes de Trânsito. Durante este período, a entrada do Hospital de Pronto Socorro (HPS) ficará liberada.

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Comportamento 9

Dia do alfaiate

No dia do alfaiate, profissionais da cidade mostram orgulho

Uma das profissões mais antigas do mundo mantém seu espaço no mercado Por Laura Sanábio

Foto: Laura Sanábio

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amião Silva, 70, exerce, há 40 anos, a função considerda um luxo durante a Idade Média e a Renascença: “ Eu trabalhava no comércio. Um amigo meu conhecia uma pessoa que estava precisando de auxiliar de costura. Foi assim que eu comecei”. Ele calcula que já arrumou quase 10 mil peças ao longo da carreira. Segundo ele, a propaganda boca a boca ainda é o maior atrativo para os clientes. Hoje, trabalha sozinho, mas já teve pessoas trabalhando com ele, como o pai de Roberto, outro alfaiate da cidade. Roberto Louzada, 58, tem sua própria alfaiataria há quase 20 anos. “Meu pai, que já faleceu, era alfaiate. Aprendi a profissão com ele. Desde os oito anos, ficava olhando ele trabalhar e me interessei. Depois dos meus 11 anos, eu comecei a fazer arremate, acabamento interno das roupas”. Ele, que desenha, costura e reforma roupas, divide a paixão com a família. A herança do pai também passou para três de seus irmãos, além da esposa e dois de seus três filhos. Foto: Laura Sanábio

Senhor Damião, alfaiate há 40 anos.

(Da esq. para dir. Cassiano (filho), Rosileia (irmã), Tarcísio (filho) e Roberto. Roberto conta que, para se manter no gostar. Se eu não gostar, eu desmancho e mercado, assim como em toda profissão, faço de novo. O dinheiro é consequência. o mais importante é o diferencial: “A A realização como pessoa e como competitividade existe em todo setor profissional está acima de tudo isso” de trabalho. Isso é bom, porque obriga Mesmo com todas as mudanças no a pessoa a desenvolver mais, adquirir ramo, Roberto, lembrando dos filhos, conhecimento, novas técnicas. Tudo isso a conta porque a profissão não vai se gente busca. Agregado a isso, tem que ter extinguir: “Alfaiate, hoje, está igual a um atendimento bom, entregar o serviço no mico-leão-dourado, em fase de extinção. dia marcado. Atender o cliente da melhor Então a gente tem que procurar pessoas maneira prestando um serviço de boa que têm interesse em aprender para que qualidade”. não deixem essa profissão morrer”. Tarcísio, filho de Roberto, gerencia as páginas em redes sociais e o site da Foto: Laura Sanábio alfaiataria. Além disso, ele busca fazer parcerias com revistas e produtoras de moda, juntando o tradicional à novidade. ”A gente acompanha o que há de mais novo na moda. A gente pesquisa muito, lê, vê vídeos, procura estar por dentro do que existe de mais recente no Brasil e no mundo. Unimos isso à tradição da alfaiataria, que é o melhor da roupa feita sob medida, feita a mão, atendendo os públicos mais diversos”, conta Tarcísio. Atualmente, as próprias lojas que fazem roupas em série têm costureiras que fazem os ajustes. Mas isso tirou clientes da alfaiataria. “Procura tem. Só que não basta só saber trabalhar. É preciso, acima de tudo, gostar do que faz. Quando eu entrego um terno sob medida, por exemplo, antes do cliente gostar do terno, eu tenho que Roberto fazendo as medidas de Miguel

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Esportes

Paralimpíadas

Cidade se despede das Olimpíadas com partida dos atletas paralímpicos

Voluntários, alunos da UFJF, comemoram experiência de contato com delegação Por Gabriella Weiss

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pós oito dias de treino na UFJF, a delegação paralímpica do Canadá seguiu nesta segunda-feira, 5, para o Rio de Janeiro, onde farão sua estreia quinta-feira, 8, nos Jogos Paralímpicos. Durante 36 dias, a UFJF foi casa para atletas de 8 delegações. Em contrapartida, os atletas e equipe das delegações ministraram uma bateria de palestras, em especial para os profissionais da Educação Física, Fisioterapia e Nutrição em relação a técnicas de treino, experiências que eles tiveram no Brasil e no exterior, a organização interna das delegações, e a forma de preparação para olimpíadas. As palestras foram traduzidas pelos voluntários e pela equipe do Inglês Sem Fronteiras (ISF). “Para a comunidade acadêmica a contribuição foi muito grande”, ressalta Gustavo Resende, coordenador dos attachés (auxiliares de relações internacionais da UFJF) que auxiliaram as delegações olímpicas e paralímpicas do Canadá. “Tivemos um grande número de voluntários para receber as delegações. Cerca de 200 no total, e 20 para as paralimpíadas. Tivemos um treinamento antes das delegações chegarem com formas de tratamento e linguagem técnicas esportivas que não estávamos familiarizados”. Além de auxiliar nos treinos, os voluntários, alunos da UFJF, faziam o serviço de intérpretes e davam informações sobre a cidade e turismo. “A receptividade foi, de maneira geral, muito elogiada”, avalia Gustavo. Camila Mota, estudante de engenharia de produção, foi voluntária junto aos atletas olímpicos e paralímpicos do Canadá e avalia a experiência: “Foi maravilhoso conviver com eles e também conhecer mais

sobre a cultura e sobre as histórias do atletas que muitas vezes incluem histórias de superação muito bonitas”. A voluntária decidiu se inscrever para o projeto com a intenção de proporcionar uma boa experiência para os estrangeiros e se capacitar com o trabalho voluntário: “Muito além de traduzir, acredito que tivemos um papel de fazer parte do dia a dia dos atletas e não há sensação melhor no mundo do que saber que impactamos positivamente a trajetória deles”. Rebecca Gramlich, estudante alemã, será voluntária nos Jogos Paralímpicos e demonstra ansiedade: “Faz um ano que estou esperando essa oportunidade para ser voluntária e viajei da Alemanha especialmente para isso. Acredito que nas paralimpíadas o espírito voluntário é ainda mais forte, e mal posso esperar para ver a estrutura do evento e conhecer os atletas”. Foto: Letícia Rodrigues

Foto: Gabriella Weiss

Atletas da delegação paralímpica do Canadá se encontram com alunos do Instituto

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Nova associação esportiva

Alunos se reúnem no DAWH para formação da Atlética da Facom

Assembleia realizada com o apoio do Diretório Acadêmico Wladimir Herzog define estatuto, presidência e demais cargos da primeira gestão. Por Franco Ribeiro Foto: Franco Ribeiro

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Gustavo Resende faz parte da coordenação de voluntários.

Esportes

s estudantes da Faculdade de Comunicação (Facom) da UFJF se reuniram no Diretório Acadêmico Wladimir Herzog (DAWH) para formarem a Atlética do curso. O evento realizado na tarde de ontem havia sido anunciado na semana anterior via Facebook e contou com a presença dos alunos que demonstraram interesse em fazer parte do grupo. Na assembleia, houve a definição e a finalização do estatuto que deverá ser seguido por todos os participantes da equipe. Para tal, os idealizadores do projeto buscaram inspirações em Atléticas mais tradicionais da Universidade Federal de Juiz de Fora: “Temos confiança de que os estatutos das Atléticas da Engenharia e do Direito são de qualidade, afinal são duas associações bastante importantes dentro da nossa universidade. Procuramos pegar o exemplo de quem está fazendo bonito para podermos dar o pontapé inicial.”, disse o presidente Luiz Carlos Lima. Além disso, devido à proximidade dos jogos universitários, foi feita a distribuição dos cargos entre os interessados em fazer parte da primeira gestão de maneira indireta. Para as administrações seguintes, o estatuto prevê eleições diretas. Os mandatos têm a validade de um ano. A principal entidade estudantil da faculdade, o Diretório Acadêmico Wladimir Herzog, manifestou a sua aprovação ao desenvolvimento do novo projeto. Segundo Lucas Godinho, um dos responsáveis pelas questões esportivas do DAWH, a Atlética é essencial: “Apesar de termos um núcleo de esportes no D.A., as funções de agregar todas

as modalidades ficam prejudicadas devido à série de outras atividades do diretório. Por isso, apoiamos totalmente a criação da Atlética. Estamos trabalhando com o atual presidente Luiz Carlos para que esteja tudo funcionando quando as competições começarem”, explicou Lucas. Confira como ficou a diretoria da Atlética da Facom:

Diretor-Presidente Diretor-Técnico Coordenadores técnicos Diretora de Eventos Diretora de Marketing Secretárias Tesoureiro Colaboradores

Alunos da Facom discutem questões sobre o estatuto da Atlética.

Luiz Carlos Lima Davi Carlos Acácio Felipe Pacheco, Loren Martins e Robson Silva Camila Monteiro Júlia Coelho Fernanda Bonfim e Giulia Paixão Hugo Mendes Ighor Prado (eventos), Letícia Nunes e Wemerson Macanha (marketing)

Idealizadores da nova Atlética estão contentes com a realização. Foto: Franco Ribeiro

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Cultura

12 Cinema

Curta juiz-forano ganha duas estatuetas no Festival de Gramado O filme “Aqueles Cinco Segundos” recebeu os títulos de Melhor Diretor para Felipe Saleme e Melhor Atriz para Luciana Paes. Por Cynthya Marangon Foto: Cleiton Thiele

Juiz de Fora audiovisual

ganha

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“Aqueles Cinco Segundos” contou com o apoio de produtoras locais de audiovisual, como a Impulso Hub e o financiamento pela Lei Murilo Mendes. Fernanda Amaral, secretária da lei, afirma que a premiação do curta serve para mostrar o crescimento e relevância da produção audiovisual em Juiz de Fora. “A lei hoje é o maior e único mecanismo de repasse direto de recursos para o artista de Juiz de Fora. Cada ano a gente tem mais projetos de audiovisual aprovados. Ela possibilita que essas produções sejam feitas de forma independente, antes improváveis de serem realizadas devido ao custo de produção”, esclarece. Tairone Vale e Felipe Saleme comemoram as premiações do curta Aqueles Cinco Segundos no Festival de Cinema de Gramado

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curta-metragem juiz-forano “Aqueles Cinco Segundos”, foi premiado por Melhor Direção para Felipe Saleme, e Melhor Atriz para Luciana Paes no 44º Festival de Cinema de Gramado. A produção concorreu com mais 14 filmes, selecionados entre 574 inscritos. O evento é o maior festival ininterrupto de cinema do país e, neste ano, ocorreu entre os dias 26 de agosto e 3 de setembro. Felipe Saleme comenta que o reconhecimento da direção é resultado de uma atuação sinérgica da equipe. “Quando a direção é destacada, significa que a equipe inteira trabalhou pra isso. O diretor só faz orquestrar tudo o que está acontecendo ali”. A premiação de Melhor Atriz já era esperada: “Foi um encontro muito feliz que a gente teve. A Luciana e o Gabriel Godoy têm uma química muito certa. O próprio roteiro já começou puxando muito pros atores, porque não têm dificuldade téc-

nica. Luciana foi muito elogiada”, completa Felipe. O roteiro da obra é escrito por Tairone Vale e conta a história de um casal, que, mesmo namorando há dois anos, nunca viveu a emoção do primeiro beijo. O filme busca questionar a superficialidade dos relacionamentos interpessoais da atualidade. A produção tem duração média de 15 minutos, com cenas limitadas à relação dos atores dentro de um quarto de hotel. O filme foi lançado em janeiro deste ano no Festival de Tiradentes e também foi escolhido para o Festival de Cannes. Saleme ressalta que o reconhecimento em Gramado foi uma verdadeira honra, ainda mais diante de uma concorrência acirrada: “O Festival de Gramado esse ano fez uma curadoria muito delicada. Fiquei impressionado com a qualidade dos curtas que vi lá. É qualidade não só técnica, mas também de criação de conteúdo”.

Para Tairone, Juiz de Fora é um potencial em produções cinematográficas de qualidade: “Fomos a cidade com mais curtas na mostra de Tiradentes esse ano. Esse prêmio é importante para mostrar tanto para as autoridades quanto para a população que a gente tem a obrigação de continuar produzindo e que a cidade tem mais potencial do que se pensa”. Felipe Saleme reforça que o reconhecimento consolida Juiz de Fora enquanto um polo de produção audiovisual. “É uma cidade que tem muita arte acontecendo, não só no cinema. Há música, teatro e produção de conteúdo. Dá para ganhar um espaço maior sem precisar sair de casa”. A Lei Murilo Mendes está com um novo edital disponível. Fernanda ressalta que o sucesso de ‘Aqueles Cinco Segundos’ pode vir a impactar no número que produções audiovisuais inscritas, que já é crescente nos últimos anos. Os interessados devem se inscrever até o dia 28 de setembro, das 9h às 12h e das 14h às 17h, na Funalfa.

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