Mergulho Diário #3

Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicaçao da UFJF | Juiz de Fora, 26 de outubro de 2016 | Ano I | N° 03

Alunos ocupam Colégio João XXIII em protesto contra a PEC 241 pág. 3

Conselho Superior da UFJF adia decisão sobre regulamentação de festas no campus pág. 5

Tupynambás dispara no hexagonal final e fica próximo do acesso na Segundona Mineira pág. 12

“Frente Escola sem Mordaça” é lançada em Juiz de Fora

Com o objetivo de lutar contra atuais medidas do governo, como a Escola sem Partido e a PEC 241, movimentos sindicais e estudantis se unem em protesto

pág. 4

OPINIÃO Pelo direito de pensar “Um país é feito com homens e livros”. A citação de Monteiro Lobato nunca fez tanto sentido, sob a ótica da política atual. Ontem a Câmara aprovou em segundo turno de votação a PEC 241 – que prevê um congelamento nos gastos previstos para a Educação e Saúde por um período de 20 anos. Segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), estima-se que a PEC 241 provocará uma redução de R$ 6 bilhões nos investimentos sociais somente no primeiro ano. No acumulado de 10 anos, as perdas serão de R$ 125 bilhões, chegando a R$ 868 bilhões nos próximos 20 anos.

EXPEDIENTE

É difícil termos uma dimensão real do rombo que isso vai causar na educação nacional. Se com todos os investimentos na educação de base o abismo para um ensino de qualidade são gritantes, imagina com um corte tão brutal nas verbas?

Será que não há outros caminhos de conseguir recuperar a frágil economia nacional sem ter que ferir diretamente um direito tão intrínseco ao ser humano que é o saber?

A questão é que os educadores sabem que para se criar uma geração politicamente pensante, crítica, que não fique presa nas garras de uma

alienação social, é preciso educar e conscientizar. Porém mais do que isso: é preciso fazer que este jovem adquira a habilidade do saber pensar.

Do saber decidir. E são esses jovens que estão dando um primeiro passo aqui em Juiz de Fora, num movimento que está acontecendo em todo o país. Os alunos do Colégio de Aplicação João XXIII ocuparam hoje sua escola – e sua porque sim, o espaço da escola é deles de direito. A educação é um direito de todos. Um direito, esse, que a PEC 241 visa restringir.

Ocupem, alunos, educadores, seres pensantes. Ocupem porque é de vocês. Porque é nosso.

Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação Social da Universidade Federal de Juiz de Fora produzido pelos alunos de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso Reitor: Prof. Dr. Marcus Vinícius David

Projeto Gráfico: Júlia Sales e Laura Kronbauer

Vice-Reitora: Prof ª. Dr ª. Girlene Alves da Silva

Diagramação: Geisiana Almeida, Júlia Sales e Rafael Mendonça

Diretor da Faculdade de Comunicação: Prof. Dr. Jorge Carlos Felz Ferreira Vice-Diretora da Faculdade de Comunicação: Profª. Dr ª. Marise Pimentel Mendes

Reportagem: Adriele Clavilho, Aline Introvigni, Carolina Rossi, Geisiana Almeida, Júlia Sales, Laura Kronbauer, Lucas Godinho, Marina Metri, Rafael Mendonça, Vinicius Grossos e Yann Barbosa.

Coordenadora do Curso de Comunicação Social diurno: Prof ª. Dr ª. Cláudia de Alguquerque Thomé

Editor: Vinícius Grossos

Professores orientadores: Prof. Dr. Marco Antônio de Carvalho Bonetti Profa. Mestre Marise Baesso Tristão

Endereço: Campus Universitário de Martelos s/n - Bairro Martelos 36036-900 - Tefefones: (32) 2102-3601/ 2102-3602

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GERAL

Colégio João XXIII é ocupado por alunos como resposta à PEC 241

A escola é a primeira a ser ocupada em Juiz de Fora. Em Minas, outras 48 intituilções seguem tomadas por estudantes que temem prejuízo na educação Aline Introvigni lidar a com a política como sujeito mesmo.”

Movimentos populares contra a PEC

Alunos fazem cartazes contra o governo (Foto: Ayrã de Oliveira)

Juiz de Fora teve sua primeira escola ocupada logo após a aprovação em segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 no Congresso Nacional.

O Colégio de Aplicações João XXIII foi tomado na manhã de hoje (26), por alunos do ensino médio e fundamental. Em Minas, outras 48 instituições seguem ocupadas.

A organização do movimento é de responsabilidade dos próprios alunos, como explica Isabela Peçanha, que trabalha com a assessoria de comunicação do colégio: “São os alunos que estão encabeçando isso. Principalmente os do ensino médio, e em maioria os do terceiro ano. Eles estão bem organizados a princípio, divididos em departamentos para cuidar da segurança, comunicação, e infraestrutura”.

O movimento é impulsionado

pela insatisfação dos alunos. De acordo com Ayrã de Oliveira, estudante do terceiro ano do ensino médio e responsável pela comunicação do movimento essa ideia já brotou há algum tempo: “Isso já vinha sido comentado, a gente já vinha fazendo protestos. Definimos isso para mostrar a revolta dos alunos com essas medidas que estão sendo adotadas pelo governo.”

Professor de sociologia e vice-coordenador do ensino médio do João XXIII, Júlio César Silva, garante o apoio dos professores à ocupação e destaca a importância de um momento: “Os professores estão dando apoio, só que ao mesmo tempo a gente reconhece que é uma ocupação estudantil. Eu pessoalmente acho que isso é um aprendizado para eles, é acima de tudo um exercício de cidadania, de assumir as rédeas de história, de aprender a

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A PEC 241 é a principal medida do governo de Michel Temer para recuperar as contas públicas.

De acordo com o cientista político Ademir Oliveira, a aprovação da PEC afetará negativamente a educação e a saúde do país: “hoje, pela Constituição, municípios, Estados e União são obrigados a gastar um teto definido por lei com saúde e educação. Esta PEC desmonta estas garantias constitucionais. Com o aumento de gastos em outras áreas, os governos deixarão estas áreas mais sucateadas do que estão.”

Na votação, ocorreram protestos na Câmara. Enquanto isso, mais de mil universidades e escolas permanecem ocupadas e diversos setores aderem à greve na luta contra a PEC. Porém, para Ademir, os movimentos sociais ainda não têm força suficiente para lutar contra o Congresso: “Houve um enfraquecimento dos movimentos sociais e partidos de esquerda. Apesar de estarem se mobilizando, ainda tem pouca influência diante de um Congresso majoritariamente conservador. Da mesma forma, a população mais pobre, que será a mais afetada pelos cortes, não está bem informada.”

Para ser aprovada no Senado, a proposta precisa de 49 votos. O primeiro turno das votações será em 29 de novembro, e o segundo tem previsão para 13 de dezembro.

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GERAL

“Frente Escola Sem Mordaça” é lançada com o objetivo de lutar contra atuais medidas do Governo Juiz de Fora teve ontem um dia de luta pela educação estudantil

Carolina Rossi Em todo o país vêm ocorrendo manifestações semelhantes contra a proposta apresentada pelo Governo Temer de reforma do ensino médio, com flexibilização do currículo. Segundo balanço da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), já são 1.072 instituições de ensino ocupadas no Brasil, sendo 995 escolas e institutos federais, 73 universidades e três núcleos regionais de educação. Há ações em pelo menos 21 estados.

Na Câmara Após o protesto, os representantes da Frente EscoAlunos do Colégio João XXIII realizam performance em protesto pelas atuais medidas do la Sem Mordaça foram regoverna na educação. (Foto Carolina Rossi) cebidos pelo presidente da A “Frente Escola Sem Mordaça” vem se contrapor à proposta da Escofoi lançada na tarde de ontem em la Sem Partido, que priva a liberdade Câmara, vereador Rodrigo Mattos Juiz de Fora. O grupo é formado por de ensino nas escolas por parte dos (PSDB), para discutir sobre o projeto integrantes de sindicatos, entidades professores”. O professor lembrou ain- “Escola sem partido”. Recentemente, estudantis e movimentos sociais que da de outras medidas propostas pelo essa proposição tramitou na Câmara lutam em defesa da educação no Bra- Governo de Michel Temer: “Estamos por iniciativa do vereador André sil. A manifestação pacífica ocorreu também nos opondo ao conjunto de Mariano (PSC), mas foi retirada posem frente ao Palácio Barbosa Lima medidas que o Governo Federal vem teriormente pelo próprio, após uma e contou com a presença de diversas implementando e que se mostram série de polêmicas.

O representante da Apes, Rubens representações sindicais e alunos de como um ataque às condições de fiRodrigues, relata que o movimento escolas públicas que apoiam as reivin- nanciamento e de viabilização da edudicações. Os protestos estavam vol- cação pública no Brasil. Esses ataques vai continuar com os protestos em tados contra o Escola Sem Partido, a estão expressos na Medida Provisória luta pela educação do país “Nós temos PEC 241 e a medida provisória de re- 746, que provoca um desmonte do en- uma jornada pela frente, acordada peestruturação do ensino médio. sino médio. Assim como, na PEC 241, las centrais sindicais que buscam se O diretor da Associação de Profes- que provoca um contingenciamento contrapor, resistir e barrar as propossores de Ensino Superior de Juiz de da educação, e também no PL 257, tas do governo para a educação. Já teFora (Apes-JF), Rubens Rodrigues, que diminui os salários, principal- mos atividades programadas para noum dos integrantes do movimento diz mente dos professores da rede pública vembro e nossa expectativa é fechar e organizar para uma greve geral.” que a “Frente Escola Sem Mordaça da escola básica.”

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GERAL

Comissão de alunos tem 45 dias para rever regras sobre festas na UFJF

Conselho Superior considera necessária nova proposta antes decidir sobre eventos Marina Metri

Reunião do Conselho aconteceu no Museu de Artes Murilo Mendes (Foto: Marina Metri)

A decisão sobre a regulamentação para a realização de festas no Campus da UFJF foi adiada pelo Conselho Superior (Consu). A proposta que estava em discussão partiu de uma comissão de alunos, que defende a realização dos eventos desde que a instituição também se responsabilize pela segurança.

Apesar de a discussão ter sido retomada pelos integrantes do Consu em reunião na última quarta-feira (25) no Museu de Artes Murilo Mendes (Mamm), a decisão ainda depende de novas avaliações.

De acordo com o diretor da Imagem Institucional da UFJF, Márcio Guerra, que esteve presente na reunião, ainda serão necessários mais debates em torno do plano. “Essa comissão entregou as normas para o Conselho, e o parecer do professor Jorge Felz, que foi o conselheiro que avaliou o processo, foi de que essa minuta volte para a comissão, para fazer ajustes, e o conselho concordou. Dentro de 45 dias, a comissão deve

apresentar uma nova proposta.” A regulamentação atual traz a responsabilidade das festas para os organizadores.

“Eles são responsáveis por cuidar da limpeza, dos banheiros químicos e da segurança”, lembra Márcio Guerra.

O diretor de comunicação do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Lucas Sidrach, disse que a comissão elaborou essa proposta para avaliação do Consu devido a esse total compromisso apenas por parte dos organizadores de eventos. “Queremos fazer festas, queremos que tenha essa preocupação com o patrimônio público, não queremos ser tachados de irresponsáveis ao tratar sobre o assunto, mas, a partir do momento que é institucional, que tem um trâmite burocrático e com a aprovação dos setores da universidade, não faz sentido ter a prerrogativa de, caso alguma coisa aconteça, a única culpada exclusiva ser a organização.”

Ainda segundo o integrante do DCE, a segurança no campus é uma

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assunto que tem sido muito abordado na comunidade acadêmica, porém há um impasse. “A gente entende como a segurança é frágil, mas toma certo cuidado ao discutir o assunto porque a universidade não está numa redoma de vidro e, a partir disso, ela está, consequentemente, com a possibilidade de ser afetada por fatores externos”. Ao mesmo tempo, Lucas ressalta que o DCE já entrou em contato com a Reitoria da UFJF reivindicando melhorias no que compete à universidade. “Entendemos que a iluminação do campus pode ser melhor em alguns aspectos, que a quantidade de seguranças e o treinamento dado a eles também deve ser um fator a ser considerado, até mesmo em relação ao transporte interno, a gente acredita que ajuda nessa questão da segurança, isso tudo já foi conversado com a Reitoria.”

Alunos Com as festas no campus, qualquer pessoa tem a possibilidade de diversão, por ser gratuita. A aluna, Letícia Trindade, destaca a importância de uma nova regulamentação. “Como as festas são para todos, isso acaba incluindo gente de fora da universidade. Não há um controle e a segurança se torna pouco eficiente. Acho que a UFJF deveria reforçá-la e não deixar essa responsabilidade na mão dos organizadores.”w A aluna da instituição, Marina Lopes, também concorda com a proposta da comissão. “A segurança deixa a desejar. Principalmente na saída das festas porque, nesse horário, o campus está deserto e sem vigilância. A UFJF precisa tomar uma providência em relação a isso.”

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GERAL

Acidente na BR-040 aumenta alerta para estradas no fim do ano

Após acidente no trecho entre Ewbank e Santos Dumont, Corpo de Bombeiros de Minas Gerais dá dicas sobre comportamento nas estradas Lucas Godinho

O que fazer ao se deparar com um acidente?

- Em casos de a cidentes de trânsito, ligue: 193 - Mantenha a calma - Sinalize o local (a uma distância de, pelo menos, 200m). Isso evita outros acidentes - Se houver vítimas, acione o Corpo de Bombeiros Militar - Mantenha a vítima calma e informe-a que o socorro está a caminho - Havendo outros voluntários, trabalhe em equipe - Não execute primeiros socorros se você não for treinado. Isso pode agravar a situação da vítima Acidente aconteceu de madrugada; trânsito foi normalizado por volta de 8h30 da manhã (Foto: Polícia Rodoviária Federal)

Na Madrugada do último domingo um ônibus de excursão colidiu com uma carreta no Km 726 da BR-040 deixando seis mortos. Segundo a assessoria da Polícia Rodoviária Federal, o caminhão que vinha de Goiânia com uma carga de biscoitos perdeu o controle no trecho entre Ewbank da Câmara e Santos Dumont, tombou na pista e se chocou com o ônibus que se dirigia para Belo Horizonte. O motorista da carreta e 5 passageiros do coletivo morreram na hora. Os feridos foram conduzidos a UPA Leste e ao Hospital João Penido e a pista ficou interditada até segunda feira pela

manhã.

Com a chegada do fim do ano e a proximidade do verão o fluxo de veículos nas estradas aumenta drasticamente, de acordo com a assessoria dos bombeiros apenas no réveillon do ano passado cerca de quatrocentos mil veículos utilizaram a Br-040 no sentido Rio de Janeiro, então vale a pena redobrar os cuidados e seguir algumas regras básicas para a segurança no trânsito.

De acordo com a Tenente Priscila dos Bombeiros Militares de Minas Gerais, boa parte dos acidentes é causada pela falta de manutenção no

Fonte: www.bombeiros.mg.gov.br veículo então cuidados como troca de óleo do motor, alinhamento de direção, checagem dos pneus e do cinto de segurança devem também fazer parte do planejamento de férias e não ser deixados para última hora.

Ainda de acordo com a Tenente, a imprudência também é um grande causador de acidentes, assim os motoristas devem ficar atentos principalmente nas ultrapassagens, que são uma das maiores fontes de acidentes, e estar sempre ligados nas chuvas típicas do fim do ano.

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ECONOMIA

Faturamento de franquias cresce 7,9% no primeiro semestre Até o fim do ano, a expectativa é de que o faturamento atinja aproximadamente R$ 150 bilhões

Laura Kronbauer

O mercado de franquias

Franquia da Casa X foi inaugurada em dezembro de 2015 (Foto: Divulgação)

Mesmo com a recessão economica que assola o país, o mercado de franquias cresceu no primeiro semestre do ano. De acordo com pesquisa feita pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) o faturamento cresceu 7,9% em relação ao ano passado.

A expectativa é de que o faturamento final do setor em 2016 seja em torno de R$ 150 bilhões. Dentre os estados que que mais expandem esse mercado estão o Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, nos segmentos de acessórios pessoais, prestação de serviço, hotelaria, alimentação, esporte, saúde, beleza, lazer e vestuário.

A franquia da Casa X, em Juiz de Fora, foi inaugurada em dezembro do ano passado e, desde então, tem

investido em várias ações comerciais para buscar aumentar o retorno financeiro. A gerente da franquia, Marcela Araujo falou sobre o resultado alcançado durante o primeiro ano da empresa. “A gente abriu em um período meio conturbado para a economia do país. Pela expectativa criada, a franquia ultrapossou nossa expextativa” Só em 2015, foram mais de 12 mil novas unidades abertas no país, gerando um aumento de mais de 10% em comparação ao ano anterior. O crescimento do mercado, gera aumento no número de postos de trabalho criados. Só em 2015, foram mais de 90 mil novos empregos gerados, segundo pesquisa da ABF. A o todo, o Brasil possui 143.866

lojas franqueadas e é o quarto maior mercado do mundo no setor.

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De acordo com o economista, Pablo Miranda esse modelo de negocio é atrativo devido a algumas facilidades. “Ganhos obtidos pela expertise dá empresa, como análises de custos, cadeia de fornecimento de fornecedores são fatores de grande atratividade, pois tudo isso requer a custo de oportunidade gerado pela aprendizagem.

Pablo pondera que nem sempre adquirir uma franquia será sinonimo de grandes resultados. “A grande questão que o franqueado deve se atentar é que o fato de obter uma franquia não significa garantia de sucessos. A boa gestão deve ser realizada pela franquia, uma observação do mercado e identificação de oportunidades são fatores cruciais para o sucesso desses estabelecimentos”, analisa o economista.

O mercado em Juiz de Fora A cidade possuí dois grandes shoppings que concentram a maioria das franquias da cidade. O Shopping Jardim Norte, inaugurado neste ano, ainda não possuí todas as lojas abertas. De acordo com a assessoria do shopping ainda não é possível saber quantas são lojas próprias ou franquias.

Em contrapartida, o Independência Shopping realizou uma pesquisa em 2014 juntamente com a ABF e constatou que mais de 60% das lojas abertas no estabelecimento são franquias.

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GERAL

UFJF oferece curso gratuito para novos empreendedores

Critt orienta pessoas que desejam abrir o próprio negócio sobre legislação trabalhista Júlia Sales A chegada do final do ano é o momento propício para muitos que desejam abrir o próprio empreendimento. No entanto, o investimento em um novo negócio exige cuidados na hora da contratação de profissionais, principalmente em um momento de crise e de mudanças na legislação. Para alertar futuros empresários e aqueles que ainda têm dúvidas com a legislação trabalhista, o Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt) da UFJF realiza um curso gratuito nesta quarta-feira, dia 26, das 18h30 às 22h, e no dia 4 de novembro, no mesmo horário.

A ideia é orientar o empreendedor sobre seus deveres como empregador e as obrigações e direitos com o trabalhador.

Entre os assuntos a serem tratados estão as questões salariais, abonos, jornada de trabalho, férias, 13º salário. Além disso, “trataremos das modalidades de contrato de trabalho tais como contrato de experiência, contrato por prazo determinado, contrato por prazo indeterminado e as formas de rescisão contratual”, explica a professora da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da UFJF, Luciana Holtz, que vai conduzir o curso, que ainda possui vagas abertas aos interessados. A legislação trabalhista já passou por diversas atualizações, para se adaptar a

(Foto: Divulgação/Critt)

novas relações de trabalho e visando às necessidades de proteção e defesa de direitos.

Para o organizador do evento e gerente de Empreendedorismo do Critt/UFJF, Leonardo Frossard, é essencial que interessados em abrir seus próprios negócios entendam a dinâmica que envolve a relação entre funcionários e patrões. “Aprender seus direitos e deveres, bem como conhecer as possibilidades legais para constituição de uma equipe, ajuda a fortalecer o empreendimento, garantindo, assim, que o gestor possa voltar sua atenção para outras

prioridades.”

Para futuros empreendedores, a professora Luciana Holtz destaca que cabe ao empresário tomar as decisões acerca das atividades a serem desenvolvidas. “A contratação ou não de empregados levará em conta a necessidade da força de trabalho, bem como os custos dessa contratação e a real capacidade de geração de caixa do novo empreendimento.

Então, é importante que o futuro empresário tenha noção de quais serão suas obrigações em relação aos seus empregados, considerando não apenas o salário contratual devido mensalmente, mas também os encargos sociais e as obrigações acessórias decorrentes da relação de emprego”, completa.

Inscrições A formação vai acontecer no auditório do Critt, no Campus da UFJF. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas por meio de um formulário eletrônico disponível no site www.ufjf.br/critt/.

Outras informações no Setor de Comunicação e Marketing do Critt/UFJF pelo telefone (32) 2102-3435, ramal 204.

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COMPORTAMENTO

Os encantos e desafios da terceira idade Manter atividades traz benefícios para os idosos e aumento da qualidade de vida

Yann Barbosa

Afirmam que a terceira idade é a melhor fase da vida. Para a aposentada Maria Inocência essa frase faz todo o sentido. Atualmente, ela vive momentos de novas descobertas e conta que o seu dia a dia se tornou corrido pelas atividades que realiza. “Ao contrário daquela imagem que se tem sobre o idoso ser inválido, eu procuro sempre me ocupar com alguma tarefa. Há três anos comecei a fazer aulas de dança, logo em seguida tive o meu primeiro contato com o teatro. Descobri a paixão pela atuação, pelos textos e pelas histórias contadas”. A aposentada assume ainda que aos fins de semana, vai ao seu sítio cuidar das plantas, hortas e dos animais.

Apesar de alguns problemas de saúde, isso não a impede de continuar exercendo atividades que gosta. “Posso dizer que descobrir o lado bom da vida depois dos 60 anos, porque faço o que quero, na hora que quero, me sinto livre e muito bem.”

Um exemplo de superação e auto estima é o da costureira Lúcia da Silva. Diferentemente de Inocência, ela continua trabalhando. “Faço o que gosto e não me vejo fazendo outra coisa. Trabalho dentro da minha própria casa e nunca tive problemas com patrões.”

No entanto, essa tranquilidade nem sempre esteve presente na vida da costureira. Por ser autônoma, a carga horária começou a se tornar pesada. Há dois anos, devido a grande procura pelos seus serviços, ela se viu sobrecarregada e sem tempo nem pra dormir. “Comecei a passar noites em claro pra poder terminar o trabalho no prazo de entrega, o estresse apareceu e a depressão veio junto.

Como sempre fui uma pessoa forte, não pude deixar essa doença me vencer e procurei logo um médico pra me ajudar. Foi aí então que comecei a fazer atividades físicas e foi a salvação. Hoje tenho um horário exato de trabalho e na folga posso fazer o que eu quiser”, comemora.

Segundo a psicóloga, Andrea Oliveira, o caso de Lúcia não é um caso isolado. A depressão é uma das doenças mais comuns da terceira idade e muitas vezes ela está associada a perdas acumuladas durante a vida, e também das limitações impostas pela idade. “Além da genética e das questões pessoais, no geral vemos pessoas que não têm apoio da família, que são abandonadas, que ao envelhecerem não se sentem mais úteis, deixam de ter

Inocência em sua aula de dança (Foto: Yann Barbosa)

uma vida social e ativa”, explica. Além da depressão, a psicóloga conta que manter uma vida ativa nessa idade é muito importante e afasta a chegada de outras doenças, como o Alzheimer e Parkinson.

Para evitar doenças desse tipo, a especialista destaca outros cuidados. “Ter bom convívio em família, criar hábitos pessoais prazerosos e diários, tentar manter uma socialização adequada, tendo amigos com os mesmos interesses, que vão entendê-los e ouvi-los. Ter cuidado com a saúde, obviamente, mantendo em dia consultas médicas, exames e medicações, para que qualquer sintoma seja pronta e adequadamente percebido desde o início”.

Atividades recomendadas Os exercícios físicos são muito importantes e, segunda a fisioterapeuta, Yasmin Elias, todos são positivos, desde que monitorados e bem desenvolvidos. “Os indicados são os que aumentem a força, a flexibilidade, a coordenação motora, o raciocínio, a memória e a perda de gordura.

Mas algumas trazem benefícios a curto e a longo prazo com maior eficiência, como a caminhada, a natação, o pilates, a musculação, e andar de bicicleta”, afirma.

A profissional destaca que as atividades aumentam o tônus muscular, os reflexos e ajuda a evitar a osteoporose, além de melhorar o humor, a socialização, a coordenação, a ansiedade e o sono.

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CULTURA

Conservatório leva música de graça ao público juiz-forano

Evento tem apresentações de alunos e professores até sexta-feira. Escola está com inscrições abertas para cursos no próximo ano.

Geisiana Almeida

scrições abertas, até o dia 4 de novembro, para renovação de matrícu-

Inscrições abertas

Alunos se apresentam a colegas e família, no conservatório (Foto: Geisiana Almeida)

O Conservatório Estadual de Música Haidée França Americano realiza até o dia 28 de outubro, próxima sexta-feira, a Semana do Conservatório. O evento conta com apresentações de alunos e professores, além de um workshop de harmonia (ver quadro). A diretora do Conservatório, Rizzia Medeiros, conta que o evento é uma forma de mostrar o trabalho da instituição para a sociedade: “É importante para que as pessoas possam participar, estar mais perto da nossa escola.”

A professora de piano Grazielle Elis vê o evento como importante para levar a experiência de palco aos estudantes. “Aqui, nós temos que formar músicos, e eles têm que ter esse contato com o público. Meus alunos têm muito nervosismo, eu trabalho isso, de levá-los para o palco”, revela.

Para Lourdes Maria, que estuda piano há seis anos, é interessante a

possibilidade de os próprios alunos conhecerem instrumentos com os quais não estão acostumados. “Há instrumentos que eu tenho vontade de tocar, chamam a minha atenção.

Por exemplo, a flauta transversal. E para quem está começando agora é uma novidade.”

Rebeca Nunes, mãe de um aluno do conservatório, vê o evento como uma chance de estar interagindo com a escola e vendo o desenvolvimento de seu filho. “Para mim, é uma oportunidade de ver o trabalho deles durante todo o ano”, declara.

Intercâmbio Além das apresentações públicas durante esta semana, Rizzia lembra que o conservatório realiza um intercâmbio entre instituições, no qual outras escolas visitam a instituição, e os alunos do espaço também são levados para realizar apresentações nesses colégios.

O Conservatório está com in-

la e ingresso de novos alunos, por processo seletivo. Podem se inscrever interessados a partir de 6 anos.

A diretora do conservatório ressalta que em Minas existem somente 12 conservatórios estaduais, por isso ela considera o curso de grande valia para Juiz de Fora, principalmente “por ser gratuito, onde a pessoa sai com uma formação técnica no currículo”. Para ela, a formação musical é interessante e motivadora. “A música trabalha com o ser humano, trabalha mais com a alma da pessoa e ajuda muito nas outras partes”, reflete.

As inscrições são relaizadas das 8h às 11h30 e das 13h às 19h. O conservatório fica na Rua Batista de Oliveira, 377, Centro.

Programação Quarta a sexta: Manhã (8h e 9h40): Audição de Alunos Tarde (14h e 15h30): Audição de Aluno Quarta às 19h: Audição de Alunos Quinta às 19h: Workshop de Harmonia Sexta às 18h: Encerramento com homenagem aos professores

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CULTURA

Exposição reconta a história da Rainha Maria Antonieta

Vida da monarca é retratada de uma forma diferente a partir de esculturas Adriele Clavilho Está aberta para visitação a exposição itinerante “Maria Antonieta: a última rainha da França”, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM), que conta sobre as várias fases da vida da rainha através de esculturas de ferro que representam a própria em diversos momentos importantes de sua história.

O artista responsável pela criação, Yure Mendes, contou que um dos objetivos principais da exposição, além de retratar e falar da personalidade mítica e de todo o trajeto que aconteceu em relação à vida de Maria Antonieta, é a fusão da arte e da história. “Eu nunca tinha feito um projeto que tivesse essa mistura de contexto e achei muito interessante essa fusão, além de falar da vida da Maria Antonieta que é uma das grandes personalidades do século XVIII e toda sua trajetória e influências que a levaram a atingir esse patamar. Durante os estudos e pesquisas, fui observando que tudo conspirou para que ela fosse esta personalidade sem querer ser, e também de certa forma tentar trazer uma visão e uma forma mais humanizada, e menos revolucionária e distorcida dessa personagem. É um reforço à cultura e aos conceitos evidenciar mulheres e personalidades fortes.”

A exposição evidencia uma controvérsia na forma de julgamento da rainha e mostra um outro lado da mulher que marcou uma época.

Se para alguns, ela era arrogante e só se preocupava com seus gastos

Exposição itinerante atrai público no CCBM (Foto: Adriele Clavilho) fj

e luxos dentro da monarquia, para outros ela era admirada e seguida como verdadeiro exemplo.

A estudante de Artes e Design Thaís Alvim se encantou com as esculturas e ressaltou a importância da figura para a época. “Amei essa exposição sobre Maria Antonieta porque já conhecia sua história e, como eu estudo muito a moda e a arte, tive contato com a rainha e suas produções. sendo que ela se tornou uma precursora de moda da época e modelo a ser seguido.”

Thaís ainda destacou a retratação minimalista e de traços delicados feita por Yure. “Gostei da retratação feita pelo artista porque ele conseguiu imprimir os detalhes, como nos vestidos, e também na retratação da história, foi bastante fiel e ficou muito bonito.”

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Processo criativo Yure também explicou que o mais difícil na hora de montar as peças era conciliar sua matéria-prima com o que ele tinha em mente para o projeto. “Esse realmente foi o grande desafio: transformar o ferro, que é um material tão rígido em algo leve, fluido e com expressão.”

O projeto dele foi estruturado em uma ordem cronológica para conciliar a história envolvendo as nove esculturas e, no final, o resultado foi um trabalho em escala reduzida de tamanho com o máximo de detalhes possíveis.

A exposição está aberta ao público no CCBM até o dia 20 de novembro, na Avenida Getúlio Vargas, 200, Centro. Maiores informações pelo telefone (32) 3690-7052.

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ESPORTE

Invicto no hexagonal final, Tupynambás busca foco rumo ao acesso na Segundona Mineira Baeta encerrou primeiro turno da fase decisiva como líder isolado; pontuação para o acesso pode vir já nos próximos jogos.

Rafael Mendonça

A situação não poderia estar melhor para o Tupynambás na Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. O clube, que encerrou a etapa inicial da competição como líder do seu grupo, lidera também o hexagonal final do torneio. Ao bater o Valeriodoce por 2x1, em Itabira, na última rodada, o Leão do Poço Rico terminou o primeiro turno do hexagonal final com 13 pontos de 15 disputados – aproveitamento de 86,6%.

O próximo compromisso do Tupynambás será novamente contra o Valeriodoce. A partida acontecerá no sábado, às 11h00, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, em Juiz de Fora. Mesmo os adversários estando na lanterna do hexagonal, o atacante Ademílson prevê um jogo duro. “A equipe deles é muito boa, muito rápida. Vai ser um bom jogo”, analisa o vice-artilheiro da competição, com oito gols. Os ingressos para o duelo estão à venda no Shopping dos Clubes, no Centro, e o torcedor que comprar duas inteiras recebe a terceira de graça.

Neste torneio, que permite apenas cinco jogadores por elenco com mais de 23 anos, Ademilson é uma fonte de experiência. O veterano de 42 anos, que fez o gol da vitória da última partida aos 50 minutos do segundo tempo, diz que não sente pressão e revela os conselhos que dá aos mais jovens nessa fase decisiva.

“Eu falo que ainda faltam quatro pontos, então nós temos que manter os pés no chão. Quando conseguirmos o nosso objetivo, que são mais ou menos mais duas vitórias, poder-

emos comemorar.”

Quem também não quer saber de festejar antes da hora é o treinador Gérson Evaristo. “Não conseguimos o objetivo principal, que é o acesso. Vamos dar continuidade ao que estamos fazendo, tentar manter o 100% de aproveitamento dentro de casa, e aí sim poderemos garantir esse acesso.

Matematicamente, Ademilson é o vice-artilheiro da Segundona Mineira, não tem ninguém secom oito gols (Imagem: Tupynambás/Kiko Halfeld) guro. Falta um turno pela frente e é uma competição difí- ba, e Montes Claros subiram para o cil. O Tupynambás vai ser o alvo das Módulo II com 16 pontos. Na temoutras equipes, então a gente tem porada seguinte, Portal, de Uberlânque ter muito foco”, reforça o co- dia, foi o campeão, com 18 pontos, e o Nacional de Muriaé, vice-campeão, mandante.

Questionado sobre a postura do somou 17. No ano passado, Uberaba time nos próximos jogos, Evaristo e Formiga subiram com 20 pontos, e não pensa em grandes mudanças. o Nacional de Uberaba, terceiro co“O que está dando certo a gente locado, teve 16.

A conta para o Baeta é simples: a não muda. Vamos continuar com a mesma programação, a mesma in- partir de 17 pontos, o acesso é quase tensidade de treinamento”, afirma. certo, tendo em vista que nenhum “Nesse momento crucial, não po- time ficou abaixo da segunda colodemos nunca nos dispersar, porque cação no hexagonal final com essa podemos dar chance ao adversário.” pontuação. Por isso, uma vitória e um empate nos próximos dois jogos Matemática do acesso podem já bastar para a classificação Analisando o histórico dos últi- do Leão do Poço Rico.

Hoje, o primeiro time na cola do mos três anos em que o CampeonaTupynambás é o Betinense, de Beto Mineiro da Segunda Divisão adtim, que soma 10 pontos. Logo atrás otou a fórmula atual, conclui-se que o Tupynambás está muito próximo vem o Coimbra, de Belo Horizonte, com nove. Jacutinga, Patrocinense do acesso.

Em 2013, Nacional, de Ubera- e Valeriodoce completam a lista.