Foto:Divulgação Bazar Vintage
Bom, bonito e barato: três bazares acontecem no fim de semana em JF Para acertar na escolha das peças, confira as dicas de garimpeiras e donos de brechós. P. 14
Mergulho Diário Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF • Juiz de Fora, 11 de Agosto de 2017 • N° 07
Foto: Divulgação/Facebook Marcus Pestana
Deputados juiz-foranos se posicionam sobre ‘distritão’
Deputado Marcus Pestana votou a favor da aprovação da emenda na comissão da reforma política na Câmara
Juiz de Fora acompanha crise fiscal dos municípios brasileiros
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Shopping realiza ação para doação de sangue
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Sexta-feira, 11 de Agosto
Editorial Corrida e bem-estar Uma das atividades mais completas é a corrida de rua. Produz benefícios diversos, entre eles físicos e psicológicos. O corpo fica leve e a mente mais tranquila deixando a pessoa mais aliviada. O nosso organismo necessita de atividades diárias que estimulem a capacidade cardiorrespiratória. Quem corre produz com mais facilidade o oxigênio que é bombeado até o coração, abaixa o colesterol ruim (LDL), fortalece os joelhos e ossos. Segundo o Ministério da Saúde, o indíce de obesidade cresceu 7,1% de 2006 a 2016. Uma das formas de combate é uma alimentação mais regrada e atividades físicas regulares. A corrida é um esporte que pode ser praticado da forma como você escolher, afinal, não tem vínculo com nenhuma academia e nenhum gasto financeiro. São muitos benefícios pra uma única atividade física não é mesmo? Para muitos a corrida serve para a melhorar o estresse e a ansiedade, diminui a tensão muscular e proporciona momentos de lazer, além de aumentar a auto-estima e diminuir o risco de doenças como depressão. Tudo isso porque, enquanto o corpo se exercita, libera um hormônio chamado endorfina, causando a sensação de bem estar. Muitas pessoas optam por correr em parques, avenidas à margem de rios ou até mesmo nos
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quarteirões próximos às suas residências. Aqui em Juiz de Fora, as paisagens para os corredores são variadas. No início da manhã e ao anoitecer, dezenas de pessoas correm à beira do Rio Paraibuna, no parque do Museu Mariano Procópio e na Universidade Federal de Juiz de Fora. Esse exercício de sair de casa, ir à rua fazer atividade física e estar em ambiente onde outras pessoas estão praticando a mesma coisa, pode estimular ainda mais o organismo. As corridas de competição são cada vez mais frequentes e promovem interação entre diversas pessoas. Em Juiz de Fora há inclusive um circuito de corridas de ruas, incluindo competidores de todas as idades e perfis. A próxima será a de Duque de Caxias, que está em sua 30º edição e acontece no dia 27 de agosto. O evento faz parte da 7ª etapa do 31º ranking Prefeitura de Juiz de Fora de Corridas de Rua 2017. Não importa se você é criança, jovem, adulto ou idoso, é sempre uma boa alternativa. Basta ter animação e vontade de querer mudar a rotina. Pra quem gosta de ter uma alimentação mais saudável, pra quem gosta de estar com saúde em dia, a corrida pode ser uma ótima aliada.
EXPEDIENTE Jornal Laboratório da Faculdade de Jornalismo da UFJF, produzido pelos alunos da disciplina de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso Reitor Profº Dr. Marcus David Vice-Reitora Profª Drª Girlene Alves da Silva Diretor da Faculdade de Comunicação Social Prof. Drº Jorge Carlos Felz Ferreira Vice-Diretora Profª. Drª. Marise Pimentel Mendes Coordenador do Curso de Jornalismo Integral Profª Ms. Eduardo Leão Chefe do Departamento deMétodos Aplicados e TécnicasLaboratoriais Profª. Drª. Maria Cristina B. de Faria Professoras Orientadoras Profª. Drª. Janaina de Oliveira Nunes Profª. Drª. Marise Baesso Repórteres Alice Xavier, Ariadne Bedim, Bárbara Braga, Carolina Larcher, Christinny Garibaldi, Érica Vicentin, Ezequiel Florenzano, Isadora Gonçalves, Letícia Silva, Pedro Augusto, Sabrina Soares, Tatiane Carvalho. Edição e Diagramação Bárbara Delgado Juliana Dias Contato mergulhodiario@gmail.com facebook.com/mergulhodiario (32) 2102-3612
Sexta-feira, 11 de Agosto
Artigo É hora de nascer Foto: Pixabay
Juliana Dias
Não é novidade. Discutir os melhores meios de trazer uma criança ao mundo é assunto polêmico e cheio de questões a serem levadas em conta (a vontade da mãe, a indicação do médico, a segurança do bebê, a participação da família). E para complicar ainda mais essa equação, falta de informação e despreparo médico ainda são persistentes no momento em que a futura mãe vai decidir como quer dar à luz. Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o número de cesarianas não ultrapasse 15% dos partos realizados, por aqui, mais da metade das mães passa pela cirurgia. Mesmo com a primeira redução da taxa em dez anos (1,5%, de acordo com os dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Saúde), dos três milhões de partos feitos no Brasil em 2015, 55,5% foram cesáreas e 44,5%, normais. Mais do que o triplo do que é recomendado pelo órgão internacional. Mas o que poderia representar
uma mudança significativa neste panorama? Uma vez que as práticas estão associadas principalmente a questões culturais, com certeza não há só uma resposta para essa pergunta, mas a combinação de alguns fatores pode ser o caminho para isso. Formar médicos mais preparados para lidar com as escolhas da gestante, incentivar as casas de partos e inserir profissionais como doulas e parteiras no cenário da maternidade podem ser medidas importantes para humanizar o parto e propagar informações que permitam às mães o verdadeiro poder de escolher. Essa mudança de práticas, claro, não se dá sem certa resistência de parte da classe médica (apoiada pelo Conselho Federal de Medicina), que afirma que a presença do profissional de medicina é imprescindível no momento do parto e que a cesárea poderia ser um meio mais seguro de parir. Evidentemente, ninguém se opõe à intervenção médica quando necessária e aos benefícios, para mãe e para o bebê,
de uma cesariana indicada. Mas a chamada cesárea eletiva (quando se marca com antecedência o parto dessa forma) acaba se relacionando com aspectos não tão animadores: de acordo com a OMS, esse é um dos fatores que contribuiu para que o Brasil não alcançasse a meta de redução da mortalidade materna, além de contribuir para o aumento de bebês prematuros. O cenário começa a mudar, mas ainda há muito pela frente. Programas como o Parto Adequado e a implementação da Rede Cegonha foram os primeiros passos e têm surtido efeitos positivos. A manutenção e ampliação dessas medidas são fundamentais para melhorar o tratamento dado às futuras mães, e também ajudam a quebrar a imagem negativa que o parto normal tem (dor, sofrimento e violência obstétrica). Isso passa sem dúvida pela formação médica mais humanizada, pelo reconhecimento do trabalho de doulas e parteiras e por devolver à mãe sua autonomia na hora de decidir como dar à luz.
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Política
Comissão da reforma política
Foto: Lula Marques / AGPT
Deputados juiz-foranos se posiciona
Texto-base do relator Vicente Cândido (PT-SP) já sofreu três emendas. Na semana que vem, outras três serão votadas
Pedro Augusto Figueiredo Na madrugada de quintafeira, a comissão da Câmara que analisa a reforma política realizou uma emenda ao texto-base do relator Vicente Cândido (PT -SP) e aprovou o modelo eleitoral conhecido como “distritão” por 17 votos a 15. A emenda prevê que o “distritão” seja utilizado nas eleições de 2018 e 2020. Para que a medida possa vigorar já no pleito do ano que vem é necessário que ela seja aprovada em votações da Câmara e do Senado até setembro. O “distritão” prevê que os deputados e vereadores mais votados de cada estado e cidade sejam eleitos, independente do par-
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tido. No sistema atual, conhecido como proporcional, o número de cadeiras que cada estado tem direito na Câmara é dividido pelo total de votos para definir o quociente eleitoral. Se um partido ou coligação atingir esse quociente dez vezes, por exemplo, o partido ou coligação terá dez vagas, que serão destinadas aos candidatos mais votados. Nesse modelo, é comum a figura do candidato “puxador de votos”, que garante muitas cadeiras ao partido e à coligação e possibilita que candidatos com poucos votos sejam eleitos. O deputado da Zona da Mata mineira, Marcus Pestana
(PSDB-MG), faz parte da comissão da Câmara e votou a favor da medida. De acordo com Pestana, diante do incômodo da sociedade com o sistema representativo, seria irresponsabilidade ir para as próximas eleições com o sistema vigente. “Nas audiências públicas que realizamos com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ficou claro que não é possível nenhuma territorialização do voto, o que excluiu o distrital puro e o misto. Restaram como opção, além do sistema atual, o ‘distritão’ e a lista fechada, que foi dinamitada pela imprensa e pela sociedade”, declara. Em pronunciamento realizado durante a sessão que aprovou
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Política
na Câmara aprova ‘distritão’
am de forma distinta sobre a questão
Foto: Luis Macedo/\ Câmara dos Deputados
a emenda, ele afirmou que como solução definitiva o “distritão” é uma “excrescência”. O deputado defende a transição para o distrital misto em 2022. Para o cientista político Paulo Roberto Leal, o distritão descarta grande parte dos votos. “Aquelas pessoas que não votaram em candidatos que foram eleitos têm seus votos esterilizados. Para ele, o fato do modelo de lista fechada ter sido impopular na imprensa e na sociedade não justifica a opção de Pestana pelo “distritão”. “Os deputados votaram de forma contrária ao que clamava a sociedade em várias ocasiões, como por exemplo no arquivamento da denúncia contra Temer, e vão continuar votando, como na reforma da Previdência”, afirma. O deputado Marcus Pestana foi um dos que votou a favor da rejeição da denúncia do
procurador-geral da República, Margarida e Júlio são contra a Rodrigo Janot, contra o presidente medida Michel Temer. O cientista político FernanPor e-mail, a assessoria de do Perlatto também não vê com imprensa da deputada Margaribons olhos a decisão: “O ‘distritão’ da Salomão (PT-MG) afirmou é um desastre”, declara. “Em um que ela é “totalmente contra o contexto onde desejamos tanto a distritão”. A deputada entende renovação na política, o ‘distritão’ que uma reforma política é nebeneficia figuras já conhecidas, cessária mas não pode ser inseja pela televisão ou pelo esporte”, fluenciada pelos interesses dacompleta. Ainda de queles que estão acordo com o cientisno poder e, por“O problema da tanto, “esse prota político, a grande vantagem do sistema política brasileira cesso precisa ser atual é a possibilipor não é o sistema conduzido dade de as minorias um corpo indeproporcional e serem minimamente pendente, demorepresentadas: “Não sim a corrupção craticamente eleié quem ganha tudo mas distante e a perpetuação to, leva tudo, mas aquele da luta política dela.” que não ganhou tudo diária.” pode levar um pouO deputaco”, explica Perlatto. (Dep. Júlio Delgado) do Júlio Delgado (PSB-MG) também se posicionou de forma contrária à medida. Por telefone, ele afirmou que “o ‘distritão é uma tentativa de reeleger o maior número de deputados que estão aqui nesse momento. Devido ao desgaste que eles (deputados) deles diante da sociedade, eles estão tentando se salvar com essa medida”, afirma Delgado. Perguntado sobre outros possíveis modelos eleitorais, o deputado disse estar satisfeito com o modelo atual. “O problema da política brasileira não é o sistema proporcional e sim a corrupção e a perpetuação dela”, declarou.
Deputada Margarida Salomão (PT-MG) defende o voto distrital misto
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Política
Sancionada a lei de ações socioeducativas contra violência aos idosos
Escolas públicas e privadas deverão incluir as atividades de conscientização no Projeto Político Pedagógico Fotos: Pixabay
Projeto visa incentivar o respeito e combater os diversos tipos de violência contra idosos
Christinny Garibaldi
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De acordo com a Lei n° 13.548, sancionada pelo prefeito Bruno Siqueira na última quarta, 9, o Poder Executivo Municipal deverá implementar nas escolas ações socioeducativas de prevenção à violência contra idosos. A medida é voltada para crianças e adolescentes de instituições públicas e privadas. A lei foi um projeto da vereadora Ana Rossignoli e deve ser aplicada com campanhas informativas e palestras alusivas sobre o assunto. Todas as atividades devem entrar no Projeto Político Pedagógico de cada instituição de ensino fundamental e médio. O Poder Executivo possui 120 dias para regulamentar a lei a partir do dia de publicação. A medida atende às exigências
da Lei 13.391, de 2016, que prevê que, entre as ações de responsabilidade da política municipal, está a adequação de currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais destinados ao idoso e o desenvolvimento de programas educacionais destinados ao idoso. De acordo com o Censo de 2010, entre os municípios com mais 500 mil habitantes, Juiz de Fora ocupa o terceiro lugar de maior número de idosos, totalizando 13,6% da população da cidade. Este valor é superior ao índice nacional de quantidade de idosos, 10,8%. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2050 o número de idosos em todo o mundo deve dobrar em relação à quantidade atual
de um milhão. Para o gerontólogo José Anísio Pitico, a sociedade ainda não está preparada para essa mudança na pirâmide etária, por isso, é preciso elaborar novas formas de relação com o idoso. Segundo ele, projetos que incentivam o respeito aos idosos nas escolas são medidas essenciais, porque é por meio da conscientização dos jovens que será possível promover o respeito e a valorização da terceira idade. José Anísio ainda comenta sobre a importância de desmitificar fantasias em que o idoso é apresentado como vilão, como por exemplo em histórias sobre o velho do saco que pega crianças, que promovem estereótipos negativos aos idosos e afastam a relação com as crianças.
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Economia
Segundo pesquisa, Juiz de Fora apresenta situação fiscal crítica
Índice FIRJAN de Gestão Fiscal aponta que 85,9% dos municípios brasileiros passam pelo mesmo problema
Letícia Silva
O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, mesmo assim o ajuste das contas públicas passou a ser o principal problema econômico do país. Os resultados reforçam a profundidade dessa crise fiscal. De todos os municípios analisados, 85,9% apresentaram situação fiscal difícil ou crítica (Conceito C ou D), apenas 13,8% tem boa situação fiscal (Conceito B) e 0,3% excelente situação fiscal (Conceito A). O IFGF é avaliado de acordo com cinco indicadores: Receita Própria, Gastos com Pessoal, Investimentos, Liquidez e Custo
da Dívida. A leitura dos resultados se baseia em uma pontuação que varia entre 0 e 1. Quanto mais próxima de 1, melhor a situação fiscal do município no ano em observação. No ranking geral, Juiz de Fora alcançou o conceito C, com índice 0,5959. Já no estado, o município ficou em 80º colocado. O indicador de investimento é o mais baixo, com 0,2231. Observando a evolução anual, o período de 2010 a 2015 apresentou uma alta, sendo que 2012 foi o ano em que o indice atingiu seu maior nível (0,7010). De acordo com o relatório, o problema fiscal brasileiro é estrutural e comum aos três níveis de governo. O problema está relacionado ao alto comprometimento dos orçamentos com gastos obrigatórios, principlamente despesas de pessoal. Em momentos de queda da receita, como o atual, há pouca margem de manobra para adequar as despesas à capacidade de arrecadação, deixando as contas públicas expostas à conjuntura econômica. Nos municípios, esse quadro é agravado pela dependência das transferências dos estados e da União.
Dados: Publicações FIRJAN
A pesquisa recentemente publicada sobre o Índice FIRJAN de Gestão Fiscal (IFGF) dos municípios, mostra que este foi o ano com o maior percentual de prefeituras em situação fiscal difícil e com o menor número em situação excelente desde que o índice começou a ser contabibilizado, em 2006. Foi feita uma análise completa da crise fiscal nos municípios brasileiros, com base em dados inéditos e recém-publicados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), levando em consideração o ano de 2016.
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Economia
No período de 12 meses, inflação é a menor desde 1999 Foto: Pixabay
Baixa na inflação possibilita maior poder de compra
Os alimentos ajudaram a diminuir a inflação com a queda de preços a 0,47% em julho
Ariadne Bedim O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma inflação acumulada de 2,71% em 12 meses, a menor no período desde fevereiro de 1999 (2,24%). A taxa acumulada está abaixo da meta de inflação do governo federal, que é de 4,5%. Guilherme Ventura, economista, alerta que a inflação alta é sempre negativa para a economia e precisa de políticas monetárias fiscais fortes, o que pode incluir perda de emprego. Já com a queda na inflação, os preços caem pouco e isso significa uma melhora no poder de compra. No mês de julho, os gastos
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com casa e transporte foram os principais responsáveis pelo aumento da taxa. Mas os alimentos também tiveram influência com uma queda de preço de 0,47% em julho, segundo dados do IPCA. Para Fernando Agra, professor universitário e economista, os preços de alimento têm caído em função da safra de grãos. A previsão para este ano é que sejam produzidos 242,1 milhões de toneladas no setor, um aumento de 31,1% em relação ao ano passado. Apesar do crescimento da oferta, o sub-gerente do supermercado Rei do Arroz,
David Júnior, afirma que ainda não houve uma queda significativa no preço dos alimentos, mas destaca que sua redução aumenta o consumo e o fluxo de dinheiro no caixa, sendo uma mudança positiva. Questionado sobre a maneira de se combater a inflação, Fernando afirma que o aumento do juros é a forma adotada pelo governo, porém, para ele, o ideal seria que houvesse mais investimentos em infraestrututra, na melhora da oferta de energia elétrica, no sistema de transporte, no aumento de produtividade com investimentos de tecnologia e qualificação da mão da obra.
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Cidade
Sujeira, mato e buracos tomam conta de ruas e avenidas em bairros de Juiz de Fora Moradores reclamam de transtornos enfrentados diariamente em seus trajetos
Foto: Jose Maria
Ezequiel Florenzano
Associação do bairro denuncia situação da Rua Martins Barbosa no Benfica
sem mexer, logo veremos um caminhão da Cesama fazendo um buraco no asfalto novo.” Outros pontos da cidade também estão esquecidos pela administração pública. Residentes de bairros como Grama, Bairu, Santa Luiza revelam descasos. A dona de casa Morena Rosa, moradora do Cidade do sol falou sobre o sufoco que passa diariamente ao levar suas duas filhas à escola: “Há bastante tempo convivemos com sujeira, entulho, buracos e muito mato. Temos que passar quase no meio da rua por causa disso”. O vereador Wanderson Castelar explicou como as denúncias e reclamações são tratadas. Segundo ele, as reivindicações
Foto:Morena Rosa
Os problemas causados por ruas esburacadas, cheias de mato, são transtornos diários enfrentados por moradores de bairros periféricos de Juiz de Fora. Os impasses observados nas vias são muitos: rede de esgoto e tubulação de captação de águas pluviais antigas, buracos e muitos alagamentos, devido à impermeabilização do solo que dificulta o escoamento das águas. Apesar do asfaltamento em alguns lugares de cidade, as falhas estruturais das ruas ainda estão longe de serem resolvidas, como relata a presidente da Associação de Moradores do Bairro Benfica(AMBB), Aline Junqueira. Segundo ela, as intervenções e obras no bairro são necessárias, mas não resolvem os obstáculos enfrentados: “O asfaltamento é uma medida importante, principalmente nas vias com fluxo intenso de veículos mais pesados, como ônibus e caminhões. Mas, como a rede de esgoto continua
Moradores trafegam entre os carros
recebidas, a partir destes relatos, são apresentadas por meio de requerimentos ao plenário da Câmara. Após aprovação no plenário, a demanda se torna uma diretriz, e o poder executivo deverá acatar a ação requerida, como por exemplo o conserto de uma rua. A presidente da AMBB, no entanto, conta que esse processo é muito pouco efetivo: “Registramos muitos pedidos, conversamos com o executivo e o legislativo, mas as respostas não são concretas. Mesmo assim, sempre cobramos respostas da Cesama e das autoridades.” A Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) afirmou que está implantando novas redes de esgotos e que sempre procura atender as demandas. Cesama: Av. GetúlioVargas-1001 Telefone: 115 Secretária de obras PJF: R. Osório de Almeida,689-Poço Rico,Juiz de fora Telefone:3690-7403
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Cidade
Shopping realiza campanha de doação de sangue aproveitando movimentação do Dia dos Pais Ação tem como foco o público infantil buscando a conscientização
Alice Xavier
Campanha
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Como uma forma de incentivar e, ao mesmo tempo, impulsionar o aumento do número de doadores, várias campanhas são realizadas, para atingir tal objetivo. O Shopping Jardim Norte, aproveitando o período do Dia dos Pais,
Foto: Camila Souza / GOVBA
A costureira Sônia de Fátima, 56 anos, foi salva três vezes por um gesto de solidariedade de pessoas que ela sequer conhecia. Uma iniciativa que, para o doador, não leva mais do que 30 minutos, é, por vezes, a chance de muitas pessoas se manterem vivas. A doação de sangue é fundamental. Ajudar o próximo, sem nada receber em troca, é o primordial. Em uma única doação é possível ajudar até quatro pessoas, e em um curto período de tempo, o organismo recupera tudo o que foi doado. A primeira vez que precisou fazer transfusão de sangue, segundo Sônia, foi em 1982, devido a uma hemorragia durante o parto. Anos mais tarde, em 2016, precisou receber doação novamente, e, mais recentemente, em março de 2017, quatro bolsas de sangue a salvaram de uma anemia. As pessoas nunca sabem se um dia precisarão desse gesto nobre de alguém para continuarem vivendo. Certamente, Sônia nunca imaginou que, por três vezes, precisaria de voluntários para ajudá-la. Os doadores de sangue fazem questão de reafirmar que o maior benefício não é para quem recebe, mas sim para quem doa. José Araújo, 66 anos, faz doação há mais de 20 anos e afirma que, mesmo se fosse um processo doloroso, continuaria doando, pois a sensação de ajudar o próximo é gratificante.
Hemominas realiza nesta sexta-feira ação para incentivar doação de sangue
em que é previsto aumento do número de frequentadores, realiza nesta sexta, 11, em parceria com o Hemominas, uma ação especial para incentivar e conscientizar a importância da doação, chamada “Seja um herói, seja um doador”. Segundo a assessora de comunicação do shopping Marina Soares, serão distribuídos panfletos de conscientização, revistinhas em quadrinhos, “Pai Herói”, com a temática da doação ilustrada por Maurício de Souza, e o jogo do doador, com diversas atividades sobre o tema. O objetivo é mostrar, principalmente para as crianças, a importância da doação, para que elas cresçam com a consciência de que é necessário ajudar o próximo, além de desmistificar o assunto. Lidiane de Moura, responsável pela captação e cadastro de doadores do Hemominas, ressalta que as ações externas são realizadas para dar maior visibilidade à causa, além de contribuirem para o aumento do número de doadores. Ela destaca ainda que sempre procuram datas come-
morativas, como o Dia dos Pais, para a realização de campanhas como essa. A ação no shopping Jardim Norte acontece das 16h às 19h, em frente à loja Renner, no pátio L2. O Hemominas fica localizado à Rua Barão de Cataguases s/nº, Centro. O horário de atendimento é de segunda a sexta, das 7h às 18h, sábados, das 7h às 11h. As doações também poderão ser agendadas, através do telefone 155. Requisitos básicos para doação - Estar em boas condições de saúde - Ter entre 18 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos - Pesar no mínimo 50kg. - Estar descansado (ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas) - Estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas quatro horas que antecedem a doação) - Apresentar documento original com foto recente
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Cidade
Debate sobre a violência contra jovens negros acontece em Juiz de Fora Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil (22/02/2017)
Tema será abordado na próxima segunda-feira na Escola Estadual Presidente Costa e Silva
De acordo com dados do “Atlas da Violência 2017”, a cada 100 pessoas vítimas de homicídio no Brasil, 71 são negras
Isadora Gonçalves
A Subsecretaria de Educação de Juiz de Fora e o Centro de Referência em Direitos Humanos realizam, na próxima segunda-feira, 14, um debate com o tema “Evolução de homicídios no Brasil de 2005 a 2015: ‘Genocídio simbólico’ contra jovens negros no país”. O evento é aberto ao público e acontece às 8h30 na Escola Estadual Presidente Costa e Silva (Polivalente de Benfica), na Rua Afonso Garcia no Bairro Benfica. A mesa conta com a presença do deputado federal Reginaldo Lopes, do Secretário de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda, da líder comunitária Adenilde e do agente da cidadania do Centro de Referên-
cia em Direitos Humanos, Agnaldo Paiva. De acordo com o “Atlas da Violência 2017”, lançado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em junho desse ano, a cada 100 pessoas que sofrem homicídio no Brasil, 71 são negras. Esse dado alarmante ilustra a necessidade de debates sobre o tema. Esse estudo também aponta que o cidadão negro possui 23,5% a mais de chance de sofrer assassinato em relação a cidadãos de outras raças ou cores, e que “apesar do avanço em indicadores socioeconômicos e da melhoria das condições de vida da população entre 2005 e 2015, continuamos uma nação extremamente
desigual, que não consegue garantir a vida para parcelas significativas da população, em especial à população negra.” Para Agnaldo Paiva, essa pauta é de extrema importância no país. Ele aponta a necessidade de políticas públicas e a importância da educação como forma de mudar esse cenário “assustador” no Brasil. O agente cita uma pesquisa do Instituto Datafolha que mostrou que, para 91% dos brasileiros, os brancos têm preconceito de cor em relação aos negros. No entanto, quando a pergunta é pessoal, só 3% admitiram ter preconceito. Isso mostra como o racismo é presente na nossa sociedade e como deve ser fortemente debatido.
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Cultura
Mostra de Cinema e Audiovisual reúne universitários de toda Juiz de Fora
Foto: Divulgação / MOCINA
Foram mais de 50 filmes inscritos nesta edição. No festival passado foram enviadas 38 produções audiovisuais.
A equipe do Laboratório de Antropologia Visual e Documentário (LAVIDOC) também faz parte da organização da MOCINA tendo Carlos Reyna como responsável
Carolina Larcher
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Durante a próxima semana, entre os dias 14 e 18 de agosto, será realizada no auditório do IAD/UFJF a MOCINA, Mostra de Cinema e Audiovisual, que se encontra em sua segunda edição. Em todos os dias a programação terá início a partir das 18h30. Foram 25 obras selecionadas entre 54 inscritos ao total, sendo 20 ficções, 16 documentários e 18 filmes experimentais. A entrada nas sessões é gratuita e conta com a participação de universitários de toda a cidade. A MOCINA é um projeto que foi criado em 2016, como parte do Seminário Interno de Pesquisa (SIPAD) do IAD-UFJF. A ideia inicial era realizar uma mostra de cinema para os estudantes da instituição, porém, agora, em sua segunda edição, se expande para todos os alunos universitários que desejam
exibir e debater sobre seus filmes. O evento propõe ser uma plataforma de difusão das produções cinematográficas criadas principalmente por estudantes de cinema e de comunicação em Juiz de Fora. A equipe organizadora é composta por 25 pessoas, entre alunos, professores e convidados externos, sendo coordenados por Carlos Reyna e Guilherme Landim. A organização vê como importante o espaço criado para que novos realizadores de produções audiovisuais possam expor suas ideias e investir no seu trabalho criativo. “O festival é uma janela para que estes realizadores possam exibir, debater e sentir a resposta do público com relação às suas produções. É o momento de trazer suas principais inquietações a respeito de como produzir um filme”.
A Mostra é competitiva, sendo apresentadas quatro categorias de filmes: documentário, ficção, experimental e júri-popular. As avaliações são feitas por jurados selecionados e as premiações incluem bolsas integrais em oficinas na área do cinema. O júri-popular é também uma das novidades que desta segunda edição. De acordo com a organização da MOCINA, a proposta dessa integração é saber quais são as aspirações do público quanto aos filmes. “O termômetro dos expectadores é sempre muito importante para os festivais e para os realizadores”. A estudante do IAD, Gabriela Ribeiro, é uma das criadoras selecionadas para exibir seu documentário intitulado “Amor e Revolução não é só Nome de Novela”. O filme fala sobre a vida das professoras Claudia Lahni e Daniela Auad, abordando assuntos como seu cotidiano, trabalho e militância, sendo mulheres e lésbicas. As duas são fundadoras do Grupo de Estudos e Pesquisas Educação, Comunicação e Feminismos - Flores Raras, da UFJF. O trabalho procura dar evidência à causa LGBT, com ênfase na visibilidade lésbica, contando uma história de resistência e luta. Para Gabriela, a MOCINA é um cenário importante, pois dá espaço para a produção audiovisual local e iniciante. Além disso, ela terá a oportunidade de mostrar com este trabalho o lado da militância de mulheres lésbicas e bissexuais compondo o cenário atual do audiovisual. “Estaremos dirigindo, produzindo, editando e protago-
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nizando nesse meio. Esse espaço também é nosso”. A estudante Penélope Verdi, de 20 anos, conta que está muito ansiosa para ver a mostra dos universitários. “É muito bacana ver trabalhos independentes de pessoas criativas que temos em Juiz de Fora, mas muitas vezes não têm espaço para mostrar suas produções. Também é inspirador assistir aos filmes. Elas fazem você também ter vontade de criar”. Além da exibição dos filmes, o evento contará com a participação do Coro Acadêmico da UFJF em sua abertura, tocando o cine-
Cultura concerto do filme Alexander Nevsky (1939). Durante os primeiros quatro dias, no final de cada sessão serão realizados debates mediados por professores do Instituto de Artes e Design e do curso de Rádio, TV e Internet da UFJF. O primeiro será composto pela diretora do documentário “Quem matou Eloá?”, Lívia Perez, e pela doutora e mestre em Artes Visuais Érika Savernini, com o tema “Mulheres que fazem cinema no Brasil contemporâneo”. De acordo com a equipe da MOCINA, esse é um assunto crucial que precisa ser debatido, dando voz às mulheres em sua instância criativa
e pensando no cinema como uma ferramenta de expressão, buscando desconstruir a imagem criada pelos diferentes meios de representação. “Hoje, vemos que elas estão ganhando papeis fundamentais na sociedade, no espaço público e privado. A MOCINA é um exemplo disso, por isso além de colocar o ponto de vista delas traz à tona a tela como um espaço de debates e de reivindicação“. Outras temáticas de debate serão “Temas Caros”, “Mulherão da Porra” e “Descompassos”. O último dia de mostra, 18, é reservado para a premiação dos melhores filmes, além de menções honrosas.
Arte: Divulgação / MOCINA
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Cultura
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Repaginados, brechós e bazares ga
Além do velho preço amigável e da exclusividade das roupas, estabelecimentos inv Foto:Divulgação A Toca
descobrir os brechós daqui, fiquei impressionada com a qualidade das roupas e o estado de conservação. Todo mês vou ao Bazar Vintage, nem sempre compro alguma coisa, mas é um passatempo olhar as araras e os objetos de decoração.”
Bem baratinho
Produções locais podem ser conferidas em bazares neste final de semana
Bárbara Braga
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Neste sábado (12), os juiz-foranos têm três opções de bazares para garimparem peças novas, seminovas e retrôs à vontade. Na Avenida dos Andradas, 39, acontecerá das 10h às 16h o bazar “Só R$ 5,00”, onde todas as peças dispostas terão apenas este valor. Seguindo a tradição, das 10h às 18h, a Casa de Cultura da UFJF sediará o “Bazar Vintage: Edição de Agosto”. E na rua Delfim Moreira, 126, a loja A Toca, realiza “A Feirinha #2”, das 13h às 21h. Ultimamente, os brechós têm se reinventado. Além da comercialização de roupas usadas, objetos e até móveis, eles agora vendem também comidas, expõe trabalhos artesanais de produtores locais, se fundiram a sebos e cafeterias, proporcionando aos seus frequentadores um clima aconchegante e descontraído. Tudo isso, sem deixar de lado a tradição de vender peças de roupas a um valor acessível, que embora sejam usadas, se destacam pela qualidade e charme que possuem. A organizadora de A Feirinha Gabriela Müller conta que “para montarmos nossa loja (A Toca), nos inspiramos nos cafés japoneses,
Os brechós e bazares se tornaram a opção favorita de quem quer comprar roupas de qualidade, sem gastar muito. A estudante de jornalismo, Adriele Clavilho, é uma dessas pessoas. “Eu compro nesses lugares, principalmente, por conta do preço das roupas. Em alguns deles há peças de marcas de grife com valores muito mais acessíveis e isso é um diferencial para mim. Além disso, eu consigo reservar uma roupa ou calçado para experimentar depois, o que acaba sendo muito prático.” Segundo a designer de moda e dona do “Tem estória, tem memória” Gisele Nepomuceno os objetos nos brechós são mais baratos por dois motivos: “quando a peça já foi usada e repassada ao bazar, o valor inevitavelmente cai. Outro ponto é que mesmo sendo de grife, se ela
onde levar o animal de estimação é muito comum. Veio daí a ideia de fazer algo parecido aqui, e para juntar dinheiro suficiente, estamos realizando as feirinhas, e neste final de semana iremos expor roupas do meu antigo blog, Etiqueta Vermelha.” No Bazar Vintage, realizado todo mês há mais de quatro anos, também há este formato de exposição de roupas usadas e retrôs, junto com peças de produtores locais. Para descontrair ainda mais o ambiente, lanches caseiros e veganos podem ser comprados pelos “garimpeiros”. Um dos organizadores do bazar, Victor Leander Charlier, enfatiza: “Nosso objetivo é contribuir com o crescimento e fortalecimento da economia local e sustentável. Além de ser um evento de moda, quitutes, decoração, artesanato, garimpos e cultura, tem como objetivo de levar ao público uma opção de consumo que envolve originalidade e bons preços.” A estudante de Odontologia, Natália Moraes, participa das edições do bazar desde que chegou em Juiz de Fora, há dois anos. “Venho de uma cidade onde havia apenas o bazar da igreja, com umas roupas bem minguadas e detonadas. Ao Muitos vâo aos brechós buscando por peças de
Sexta-Feira, 11 de Agosto
Cultura
anham os corações dos juiz-foranos
vestem em ambientes descontraídos e irreverentes para acolher os frequentadores
Garimpo
“Uma vez, queria muito uma fazenda de renda para confeccionar meu véu de noiva, porém, o único brechó que tinha ficava em Frutal, no sul de Minas. Na hora, não me importei com isso, reservei a peça pelo Instagram e fui até lá buscar. Antes disso, já tinha procurado em dezenas de brechós, porque nem sempre a gente encontra o que quer de primeira”, afirma Ana Carolina Martins, frequentadora assídua de brechós. Tanto o organizador do Bazar Foto:Divulgação Bazar Vintage
e grife e de qualidade com preços em conta
3- Não deixe para depois “Lembre da exclusividade das peças e nunca perca uma oportunidade, pois como todas as peças são únicas, isso significa perder um produto que geralmente está no preço muito abaixo do mercado. Lembre que esses achados contam estórias”, aponta a designer de moda Gisele Nepomuceno. 4- Acompanhe as redes sociais dos brechós, se eles tiverem - “Eu sempre fico de olho nas redes sociais dos bazares e brechós que eu mais gosto, como Facebook e Instagram. Como eles renovam as peças periodicamente, isso me ajuda a não ter que ir no lugar todo dia. O bom é que se eu não gosto das peças que eu vi, eu posso conferir no dia seguinte que já vão ter outras”, destaca a estudante Adriele Clavilho. 5- Fique atento ao estado das peças - “As peças que ficam por muito tempo guardadas, costumam ter manchas de mofo ou a costura começa a soltar. É preciso tomar cuidado com isso, tocar a peça, analisá-la por completo e checar se está “O garimpo sempre vale a pena”, diz a em bom estado”, alerta a estudante Natália Moraes. estudante Natália Moraes
Vintage Victor Leander, quanto a designer de moda e dona de brechó Gisele Nepomuceno, ressaltam que as peças mais garimpadas, geralmente, são as que custam mais caro em lojas tradicionais. Casacos, vestidos sociais, botas, jeans e bolsas são os mais requisitados. Nos bazares e brechós juiz-foranos, há centenas de roupas à disposição dos clientes, e não é tarefa fácil decidir qual delas levar para casa. Porém, os donos e frequentadores dos bazares elencam algumas dicas. Foto:Divulgação Bazar Vintage
está parada no seu armário sem uso, melhor ganhar algum valor nela do que mantê-la ocupando espaço.” Além de ser uma economia para o bolso, os brechós são sustentáveis em sua essência, uma vez que trabalham com o reaproveitamento de objetos. “Sempre que compro uma peça nova, outra sai do guarda roupa. Normalmente, doo para o bazar do meu bairro, pois não estou me livrando da roupa porque está ruim, mas sim para não acumular em casa, e ela pode ser aproveitada por outra pessoa”, conta a comerciante Ana Heloísa Souza.
Dicas para o garimpo
1- Tenha calma e paciência- “Algumas lojas têm tantas peças que elas ficam perdidas. Então, para encontrar algo bacana, é necessário um exercício de paciência. Para encontrar uma roupa que você goste, é preciso revirar as araras”, aconselha Ana Carolina Martins. 2- Experimente as peças - “Toque no que está exposto, vista, calce, veja se está confortável, se serve em você. Pode ser que no cabide não pareça legal, mas no corpo fica ótimo”, sugere Victor Leander Charlier, organizador do Bazar Vintage.
Programação para os garimpeiros Bazar “Só 5 reais” : Avenida dos Andradas, 39, 10h às 16h Bazar Vintage: Casa de Cultura da UFJF, 10h às 16h A Feirinha #2: rua Delfim Moreira, 126, 13h às 16h
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UFJF
Sexta-feira, 11 de Agosto
UFJF abre suas portas para estudantes do ensino médio
Foto: Tatiane Carvalho
Programa apresenta o campus a futuros acadêmicos, com palestras sobre a universidade e visitas aos cursos por grupos de interesse
Estudantes do ensino médio em visita ao curso de farmácia na UFJF
Tatiane Carvalho
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a uma palestra sobre a UFJF e as O Programa de Visitas é uma oportunidades que são oferecidas iniciativa da Diretoria de Ima- quando se torna um acadêmico gem Institucional e tem como da instituição. Em seguida, eles se objetivo apresentar a UFJF a es- deslocam para o Restaurante Universitário, onde altudantes que ainda moçam. Na parte da farão o Exame Na“Como instituição tarde, os alunos são cional do Ensino Médio (ENEM) a UFJF está muito divididos de acordo ou o Programa de à frente de outras com sua área de interesse. Ingresso Seletivo universidades” Uma das bolMisto (PISM). As sistas, a estudante visitas acontecem às quartas, quin- (Paola Ferreira, bolsista de jornalismo Paola tas e sextas-feiras e do Programa de Visitas) Ferreira fala sobre como é importante começam no início de cada semestre letivo. Existem para a universidade que essas vinove rotas que passam por quase sitas aconteçam: “O Programa dá todos os cursos disponibilizados oportunidade para alunos do ensino médio, tanto de escolas partina universidade. Os estudantes, que são de culares quanto públicas, conheceJuiz de Fora e região, chegam ao rem a UFJF e entenderem que ela campus pela manhã onde são re- é uma universidade pública, um cebidos pela equipe, que inclui direito de todos e mesmo que seja um cooordenador e quatro bol- difícil passar na seleção e prossesistas do programa. Eles assistem guir nos estudos, há projetos que
te ajudam a continuar.” Ela ainda acrescenta: “Como instituição, a UFJF está muito à frente de outras universidades, públicas e particulares, porque ela oferece aos alunos essa oportunidade de conversar com pessoas diferentes, eles conhecem coordenadores, conhecem professores, conhecem alunos, então eles tem várias visões da UFJF no mesmo dia e, mesmo que não visitem o curso que desejam cursar, eles tem a oportunidade de conhecer o campus, como funcionam as coisas e isso é um diferencial.” Os visitantes possuem uma visão positiva, tanto da instituição quanto das palestras que assistem. Rosane Reis de Oliveira, diretora do Dinâmico Centro de Ensino da cidade de Petrópolis, conta que muitos de seus alunos têm interesse em estudar na UFJF e foi assim que acabaram conhecendo o Programa de Visitas. “A recepção foi ótima, assim como a explanação sobre a universidade. Os meninos ficaram bastante impressionados com a estrutura. A expectativa nossa era uma e a visita ultrapassou. Mais do que podíamos imaginar.” Os estudantes que chegam ao campus ficam empolgados para retornar como universitários e consideram iniciativas como essa importantes para orientar na hora da escolha. “Às vezes, a pessoa está em dúvida e acaba sendo direcionada. A pessoa vem, vê e acaba e se encantando pelo curso”, diz Ana Júlia Goulart, estudante do terceiro ano do ensino médio.
Sexta-Feira, 11 de Agosto
Esporte
Aulas coletivas em academias supera interesse por musculação Em Juiz de Fora, academias apostam na diversidade das atividades para impulsionar a prática de exercícios
Érica Vicentin
precisa emagrecer, é com certeza uma ótima opção”. Apesar dos benefícios das aulas coletivas, é importante realizá-las em conjunto com o treino tradicional: “A musculação em si vai trabalhar fortelecendo os músculos e evitando a flacidez do emagrecimento, por exemplo.” Além do circuito, as academias também estão buscando oferecer aulas de spinning, balltraing, zumba, treinamento funcional, jump, step, boxe e outras lutas. A universitária Marcilene Damasceno segue à risca as aulas como complemento da malhação. “As aulas coletivas são uma ótima alternativa para não enjoar de malhar. Já vi muita gente desistindo da vida saudavel por ficar entediado com a academia. O bom é que agora não tem mais desculpa”, afirma.
Foto: Fotos Públicas
A busca por atividades físicas alternativas vem sendo notada nas academias de Juiz de Fora. De acordo com a responsável pelo atedimento da academia feminina TMP Hi-Tech, Larissa Bonuto, as alunas em grande maioria procuram a unidade para participar das aulas coletivas ao invés da musculação, justamente por serem atividades que oferecem mais dinâmica às clientes. Esses exercícios são uma opção de complemento à musculação e excelentes para a melhora do condicionamento físico. O Circuito é uma das atividades mais procuradas por quem busca o emagrecimento. De acordo com a preparadora física Raíssa de Oliveira Basílio, essa é uma atividade aeróbica com grande gasto calórico.
A preparadora explica ainda que, para realização dessa aula, um circuito é montado com estações de atividades diferentes, correspondentes ao número de pessoas que estão participando. Para montar essas estações são usados bambolês, corda, corda naval, disco de equilíbrio, cone e até o próprio peso do corpo. O objetivo é que cada pessoa fique um minuto em cada estação passando por todas as estações. Ao fim do circuito é dada uma pausa também de um minuto para descanso e em seguida o trajeto recomeça. Raíssa reforça ainda quem são as pessoas que podem realizar essa atividade: “Por ser uma atividade muito intensa, as pessoas que não podem perder peso devem evitar esse tipo de exercício, fazendo no máximo uma vez por semana. Agora, pra quem
Aulas coletivas de ginástica atraem principalmente ao púbico feminino
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Sexta-feira, 11 de Agosto
Esporte
Abertas inscrições para XXX Corrida Duque de Caxias
Evento comemora Semana do Soldado do Exécito Brasileiro e será realizado dia 27 de agosto, domingo, com largada na Praça Cívica da UFJF
Sabrina Soares
As inscrições para a 30ª edição da Corrida Duque de Caxias estão abertas. O evento, que faz parte da 7ª etapa do Circuito de Corridas de Rua de Juiz de Fora, ocorrerá dia 27 de agosto, domingo, com largada marcada para às 8h na Praça Cívica da UFJF. O percurso, este ano, terá aproximadamente sete quilômetros. Segundo o Capitão Gabriel Teixeira, coordenador da corrida, o evento faz parte da Semana do Soldado do Exécito Brasileiro, promovido pela 4ª Brigada de Infantaria Leve (Montanha) e sob coordenação do 4º Grupo de Artilharia de Campanha Leve. “O referido evento envolve, além da corrida, voltada para o estímulo da atividade esportiva, uma exposição de materiais militares, brinquedoteca, além de diversos serviços e atividades do espaço de saúde e bem-estar”. As inscrições custam R$60 e vão até 22 de agosto. Os primei-
ros 500 inscritos pagarão o valor promocional de R$50. A novidade deste ano é a opção de escolher a inscrição promocional no valor de R$ 30, que dá direito ao número de peito e alimentação (sem kit de corrida). Idosos pagam meia-entrada. Para a assistente administrativa Agatha Almeida, 32, que desde 2016 costuma participar de corridas de rua na cidade, correr é um esporte completo. “Proporciona saúde, bem estar, além de ser um esporte de baixo custo e, com orientação, podendo ser praticado por pessoas de qualquer idade”. O corredor Wendell Rocha, 44, ressalta a organização da Corrida Duque de Caxias. “É uma iniciativa para tirar muitas pessoas do sedentarismo. Para a gente que faz parte do ranking de corrida, é um evento muito bem organizado, com ótimo percurso. Esta vai ser a terceira vez que participo”. De acordo com a organização
do evento, haverá premiação para os cinco primeiros colocados no geral masculino e feminino. A inscrição pode ser feita pela internet, no site: https://www.corridao.com. br/corrida/informacoes/index/xxxcorrida-duque-de-caxias-juiz-de-fora-mg.html ou presencialmente em cinco pontos da cidade: Terrabike (Rua Roberto de Barros, 300), All Sports (Rua São João, 368), Shape Suplementos (Rua Braz Bernardino, 129), Vidativa (Rua Moraes e Castro, 724) e UFJF (sábado e domingo de 8h às 10h). Programação: 26/08, sábado 8h às 16h: entrega de kits na praça cívica da UFJF 10h às 18h: montagem de tenda das equipes 27/08, domingo 6h30 às 7h45: entrega de chips na praça cívica da UFJF 8h: largada da Praça Cívica 10h: premiação Foto: Divulgação Facebook
XXX Corrida Duque de Caxias corresponde à 7ª etapa do Circuito de Corridas de Rua de Juiz de Fora
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