Mergulho Diário #01

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Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF | Juiz de Fora, Agosto de 2016 | Ano 2016 | Nª 01 Foto: Maria Fernanda Pernisa Pinto

Tupi empata com Vasco e mantém a posição no campeonato Mario Helênio recebe 11 mil pessoas em jogo da Série B do Campeonato Brasileiro. Com partida equilibrada, time carijó começa perdendo, mas iguala o placar >>>P. 11 Cultura

Museu Mariano Esporte Procópio reabre para visitação. A mostra apresenta esculturas dos séculos 19 e 20 >>>P. 9

Delegação canadense cehga a Juiz de Fora e incia treinos no campus da UFJF >>>P. 10


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Opinião

Editorial Por Laura Sanábio

A

Constituição Federal de 88 considera que o conceito de família, para efeito da proteção do Estado, é a “união estável entre o homem e a mulher”. Assusta o fato de que, mesmo com mais da metade das famílias brasileiras sendo não-nucleares, segundo o IBGE, quase 58% das pessoas se mostraram a favor do conceito único de família. Há uma enorme diferença entre o que é legalmente aceito e o que é justo. Sob respaldo da Constituição, em 1967, por exemplo, foi criada a Lei de Imprensa, que censurava veículos de comunicação. Válida do ponto de vista constitucional, porém ilegítima por ferir a liberdade de expressão individual.

Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo e reconheceu nacionalmente a união homoafetiva como entidade familiar, com os mesmo direitos e deveres de outros casais. Entretanto, em setembro do ano passado, essa medida foi anulada. Esse retrocesso mostrou-se ainda mais antiquadro depois das Olimpíadas. Além do legado esportivo, os jogos deram representatividade a diversos tipos de família. Atletas com pais adotivos, pedido de casamento entre duas mulheres, jogadoras apresentando suas esposas. Essa visibilidade, tão importante para a construção de

uma sociedade igualitária, costumava vir à tona no Rainbow Fest, aqui em Juiz de Fora. Entretanto, não haverá o evento este ano. A falta de incentivos públicos e de apoio financeiro, aliada às falhas no modelo da festividade, acabaram com a tradição da Parada Gay e do Miss Brasil Gay, realizado desde os anos 80. Apesar de existirem coletivos na cidade, as discussões políticas do Movimento Gay de Minas (MGM) foram prejudicadas. Para haver visibilidade e representatividade é preciso, antes de tudo, ter respaldo daqueles que governam. Mesmo tendo a obrigação de zelar pelos direitos de todos os cidadãos, o Estado, muitas vezes, deixa a desejar.

Expediente Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação Social da Universidade Federal de Juiz de Fora produzido pelos alunos de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso. Reitor: Prof. Dr. Marcus Vinicius David

Projeto gráfico: Caio Gonzaga

Vice-Reitora: Profª. Drª. Girlene Alves da Silva

Diagramação: Caio Gonzaga e Gabriella Weiss

Diretor da Faculdade de Comunicação: Prof. Dr. Jorge Carlos Felz Ferreira

Reportagem: Amanda Cadinelli, Amanda Cordeiro Padilha, Cynthya Marangon, Davi Carlos Acácio, Franco Ribeiro, Gabriella Weiss, Larissa Alves, Laura Conceição. Laura Sanábio, Ludmilla Azevedo, Luiza Dias, Maria Fernanda Pernisa, Matheus Gouvêa, Matheus Soares.

Vice-Diretora da Faculdade de Comunicação: Profª. Drª. Marise Pimentel Mendes Coordenadora do Curso de Comunicação Social diurno: Profª. Dra. Cláudia de Albuquerque Thomé Professores orientadores: Prof. Dr. Marco Antônio de Carvalho Bonetti

Editores de texto: Larissa Alves e Laura Sanábio Endereço: Campus Universitário de Martelos, s/n - Bairro Martelos 36036-900 - Telefones: (32) 2102-3601/2102-3602

Profa. Mestre Marise Baesso Tristão

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Agosto | 2016

Política

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Eleições 2016

Horário eleitoral gratuito tem nova duração de 35 dias no 1º turno Profissionais discutem vantagens e desvantagens de novas regras para propaganda Por Ludmilla Azevedo e Luiza Dias

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omeçou nessa sexta-feira, 26, em todo o país, o horário eleitoral gratuito dos candidatos que estão concorrendo aos cargos de prefeito e vereador nas eleições de 2016. No ano passado, a lei 13.165/2015 trouxe uma reforma na legislação eleitoral, com modificações inclusive na campanha e na propaganda dos candidatos às eleições municipais deste ano. O tempo da campanha eleitoral, que começou no último dia 16 de agosto, foi reduzido de 90 para 45 dias. A propaganda terá duração de 35 e não 45 dias como era anteriormente, terminando no dia 29 de setembro. Michael Guedes, coordenador de campanha de um dos candidatos à Prefeitura de Juiz de Fora, comenta que a diminuição do tempo teve um aspecto positivo. “A campanha eleitoral torna-se mais dinâmica e direta, mais focada em ações e propostas, o que é mais interessante para o eleitor”, argumenta. “O tempo destinado ao rádio e à televisão é fundamental para apresentar a biografia, as ações e as propostas dos candidatos para um público de massa”. A cientista política Helena Salles também analisa que a redução de despesas com a campanha também representa uma característica positiva dessa mudança. “Entretanto, essa questão se torna um problema para os candidatos menos conhecidos.

Como o tempo de exposição é menor, leva vantagem o candidato que já é mais conhecido da população, dos eleitores de modo geral”, completa a especialista. Do tempo total da propaganda, 90% serão distribuídos proporcionalmente ao número de representantes dos partidos na Câmara Federal, enquanto que os outros 10% serão distribuídos de forma igualitária. “Em relação às coligações entre partidos, os tempos de todos os partidos se somam”, explica Helena. “Em Juiz de Fora houve o caso do candidato do PC do B que abriu mão de sua candidatura para apoiar a candidatura do PT. Assim, o tempo dele veio se somar ao que a candidata Margarida Salomão já possuía”. Na televisão, a reforma eleitoral também prevê dois blocos de 10 minutos cada, duas vezes ao dia, de segunda a sábado, para a propaganda dos candidatos a prefeito. Para o rádio, os horários são das 7h às 7h10 e das 12h às 12h10; para a televisão, das13h às 13h10 e das 20h30 às 20h40. As inserções de 30 ou 60 segundos serão transmitidas de segunda a domingo, em um total de 70 minutos diários, distribuídos entre 5h e 00h, sendo 60% do tempo para candidatos a prefeito e 40% para candidatos a vereadores. É importante lembrar que a veicu-

Imagem:Divulgação/Projetar

De acordo com pesquisa, a maioria dos juiz-foranos prioriza informações sobre política em sites especializados.

lação de propaganda eleitoral paga e fora do horário gratuito está proibida. Dois candidatos à Prefeitura de Juiz de Fora já foram multados por descumprimento da lei da propaganda eleitoral. Noraldino Júnior (PSC) foi condenado a pagar multa de R$ 5 mil reais por patrocinar uma postagem na rede social Facebook e Lafayette Andrada (PSD) também foi multado em R$ 5 mil reais por propaganda eleitoral antes do período determinado pela legislação. As regras envolvendo a propaganda e a campanha podem ser acessadas no site do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE), http://www. tre-mg.jus.br. O endereço também disponibiliza um formulário de denúncias para qualquer irregularidade.

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Política

Meios de informação

População procura novas fontes de informação sobre os candidatos. Com o advento da internet e das re- Em contrapartida, um estudo reades sociais, os candidatos possuem lizado em Juiz de Fora aponta que mais uma plataforma para fazer a parte significativa das pessoas ainpropaganda eleitoral gratuita, inclu- da utiliza a televisão como maior sive de forma muito mais autônoma meio de conseguir informações. A do que no rádio e na televisão. “Pesquisa de Opinião e Intenção de Do mesmo jeito, o público possui Voto”, da Projetar Pesquisas e Conoutras formas de se manter infor- sultoria, foi encomendada pelo Sinmado sobre os candidatos, como dicato dos Servidores Públicos de é o caso da Clarissa Campos, técni- Juiz de Fora (Sinserpu). O levantaco administrativo da UFJF. “Com a mento foi feito entre os dias 18 e 21 diminuição do tempo de televisão de agosto em 48 bairros da cidade, e rádio este ano, não há como to- e, além de mapear as intenções de mar a decisão consciente sobre em voto da população, revela alguns quem votar somente através desses dados acerca das ferramentas utilimeios de comunicação”, opina. zadas para obter informações sobre Clarissa também frisa que preten- os candidatos. de pesquisar sobre os candidatos a Dos 800 entrevistados, 46,4% se inprefeito e vereador nas redes sociais formam de maneira geral por meio para complementar as informações da televisão, enquanto 33,4% prefeque está recebendo pelo rádio e rem a internet. Logo depois vêm o jornal (9%) e o rádio (6%). Por outro pela televisão.

Foto: Ludmila Azevedo

lado, sites especializados representam a principal fonte de informações específicas sobre política de 27,3% dos entrevistados. Em segundo vem a TV, com 22,8%. 5% veem os blogs e redes sociais como primeira opção nesse quesito. 72,6% das pessoas que participaram do estudo têm acesso à internet. Apesar desses resultados, Aline Junqueira, assessora de comunicação de outra candidata à Prefeitura do município, conclui que o horário eleitoral gratuito na TV e no rádio ainda é importante. “Ainda que tenhamos o avanço da internet, estes meios ainda são populares, e possibilitam uma interação com a rede. A rede pode pautar os temas discutidos na propaganda eleitoral e apresentar suas repercussões”, esclarece.

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Agosto | 2016

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Economia

Novos negócios

Microempreendedores movimentam a economia da cidade Casas de bolo estão entre os negócios que mais ganham espaço no comércio local Por Laura Conceição

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ais de cinco casas de bolos já funcionam na região central de Juiz de Fora. Os funcionários das casas de bolos percebem aderência por parte dos consumidores e afirmam que o lucro é garantido. “ Hoje, nós temos três franquias na cidade,.Estamos há meses no mercado e as vendas estão em alta. Aqui, o bolo que mais vendemos é o de Banana com Canela. Os consumidores procuram nossos bolos por serem feitos de forma artesanal e com receitas próprias” conta Larissa Gomes, funcionária da franquia Tradicional Bolos Caseiros. A moradora do Bairro São Matheus e consumidora de alimentos fabri-

cados por microempreendedores Maria Angela Oliveira conta que, no caso dos bolos, a preferência é por aqueles que são feitos a partir de receitas caseiras . Micronegócios como esses aumentaram graças a facilidade de formalização. Regulamentação do negócio De acordo com João Roberto Lobo, funcionário do Serviço Brasileiro de Apoio as Micros e Pequenas empresas (SEBRAE) de Juiz de Fora, “para uma empresa ser considerada formal ela deve conter uma série de documentos de registros que garantem sua certificação e completa“.

Juiz de Fora é a quinta cidade com mais microempreendedores de Minas Gerais. Essas micro empresas impulsionam de forma positiva a economia da cidade” afirma João. Esses investimentos contribuem para movimentação econômica e geração de empregos. O economista André Conceição comenta, “Esse tipo de negócio tem expressividade e agrega benefícios à vida econômica da cidade. A facilitação em tornar um negócio formal fortalece a renda das famílias empreendedoras. Juiz de Fora recebe muito bem empresas do ramo alimentício, principalmente por serem relacionadas a uma necessidade básica da população aquele é a alimentação”. Foto: Laura Conceição

Bolos caseiros viram produto tradicional na mesa do consumidor.

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Geral

Transporte público

Número de juiz-foranos com o cartão do bilhete único passa dos dois mil Interessados podem se cadastrar pessoalmente na sede do Cinturb ou pelo site Por Franco Ribeiro

Foto: Franco Ribeiro

Bilhete único e novo design são as primeiras novidades do Sistema Urbano de Transportes

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s Consórcios Integrados do Transporte Urbano (Cinturb) já entregaram 2195 cartões de ônibus permitindo o uso do bilhete único em Juiz de Fora. A procura pelo benefício aumentou o movimento na sede do Cinturb e, de acordo com o grupo, cerca de 100 pessoas são atendidas diariamente. Esse ser viço permite que o passageiro pague o valor de uma e passagem e meia (R$ 4,13 de acordo com a tarifa atual) ao usar dois ônibus de zonas diferentes indo na mesma direção. A integração deve ser feita em, no máximo, 90 minutos e o usuário pode conferir pela internet quais linhas fazem li-

gação. Os interessados em adquirir o cartão do bilhete único podem fazê-lo de duas maneiras: presencial ou via internet. Na primeira, é necessário ir até a sede do Cinturb (Rua Espírito Santo, número 296, no Bairro Poço Rico) portando identidade, Cadastro de Pessoa Física (CPF) e comprovante de residência para efetuar o cadastramento. O atendimento ocorre das 8h às 18h e a pessoa recebe o seu cartão no ato. No caso da internet, o usuário faz uma pré-inscrição no site www.bilheteunicojf.com. br e recebe uma informação contendo a data de quando deverá ir aos Consórcios Inte-

grados do Transporte Urbano para completar as informações. É válido lembrar que o bilhete único é de uso pessoal e intransferível. Nova identidade visual A frota de ônibus que comporta o uso do novo bilhete único, a “Urbano-Sistema de Transporte”, apresenta uma drástica mudança na identidade visual. O design tradicional do transporte público de Juiz de Fora divide os veículos, de acordo com as seis empresas responsáveis, nas cores amarelo, azul, branco, laranja, verde e vermelho. Entretanto, no sistema Urbano, o número de organizações que cuidam dos ônibus juiz-foranos caiu para dois. Agora, a divisão é feita da seguinte maneira: a cor azul refere-se ao Consórcio Via JF (Transportes Urbanos São Miguel de Uberlândia, a Auto Nossa Senhora Aparecida e São Francisco), enquanto que a vermelha destina-se ao Consórcio Manchester de Transporte Coletivo (Goretti Irmãos Ltda e Transportes Urbanos São Miguel). Já o verde mostra os ônibus em que as duas entidades trabalham em operação compartilhada.

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Agosto | 2016

Cidade

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Baixa na economia

Sem Rainbow Fest, Juiz de Fora deixa de arrecadar R$12 milhões Movimento Gay de Minas afirma que o modelo adotado para o evento se esgotou

Por Cynthya Marangon

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uiz de Fora deixa de arrecadar cerca de R$12 milhões em razão do cancelamento do Rainbow Fest. O valor é estimado de acordo com a última pesquisa realizada pela Faculdade de Turismo da Universidade Federal de Juiz de Fora. A retração econômica é consequência da redução do fluxo de turistas na cidade, que chegavam à 13 mil no segundo semestre. O número correspondia ao dobro de vagas disponíveis nos hotéis, que contam com cerca 6.000 leitos disponíveis. Após anos de tradição, esse é o primeiro mês de agosto sem as discussões políticas e festividades em Juiz de Fora. Rogério Barros, coordenador executivo do Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Juiz de Fora, afirma que a não realização do evento gera um baque significativo para a economia. “O setor, assim como toda a economia brasileira, está passando por um momento ruim. Estamos com a taxa de ocupação abaixo de 50%”, esclarece. Na terceira semana de agosto, a rede hoteleira de Juiz de Fora chegava em torno de 90% de ocupação. Os bares e restaurantes, principalmente da área central, chegavam a registrar um aumento de 40% da clientela. Avaliação Entre os motivos que levaram ao fim do evento, Marco Trajano,

Foto: Divulgação

Hotéis, bares e restaurantes lamentam o cancelamento do Juiz de Fora Rainbow Fest presidente do MGM, destaca o esgotamento do modelo. Ele aponta que, em época onde comunidade LGBTT está em destaque na legislação – como a pioneira Lei Rosa em Juiz de Fora – é hora de pensar em ações que discutam a participação política da categoria. A visibilidade da comunidade LGBTT continua sendo fomentada por coletivos independentes da cidade, como o Duas Cabeças. Trajano também expõe que a realização do Rainbow Fest foi afetada pelos incentivos públicos deficientes e falta de apoio do setor terciário: “Nenhum evento na cidade prospera por falta de apoio do empresariado local, que entende esse tipo de ação como despesa, não como investimento. Todos os anos a gente buscava

no governo federal, estadual e municipal os nossos patrocinadores”. Embora o evento recebesse apoio da Prefeitura Municipal, as questões estruturais e burocráticas também dificultaram a realização. Nesse mês, parte do ramo hoteleiro ainda obteve saldo superior ao dos últimos meses, devido aos Jogos Olímpicos. No entanto, a ausência do Rainbow Fest influencia drasticamente na economia do setor. Para Rogério Barros, a solução seria o investimento em uma política municipal de turismo. “Infelizmente não temos uma secretaria específica que pensa no turismo enquanto negócio, então não houve nenhuma substituição do evento até agora”, lamenta.

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Cidade

Corrida da Fogueira

Atleta paralímpico fica em primeiro na 69ª Corrida da Fogueira

Alexandre Ank assegura a primeira colocação em sua estreia na competição com auxílio de handbike. Por Davi Carlos

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a noite de ontem, foi realizada, na praça do bairro Bom Pastor, a 69ª edição da Corrida da Fogueira, uma das competições esportivas mais antigas e tradicionais de Juiz de Fora. O destaque da competição foi o atleta PCD (Pessoa com Deficiência) Alexandre Ank, que, com aproximadamente 22 minutos de prova, cruzou a linha de chegada na frente dos demais participantes da corrida. Estreante na competição, Ank não escondeu a emoção: “ É a segunda corrida que eu chego na frente de todos os atletas. Eu treino, me preparo e me dedico para isso, só tenho que agradecer à Deus e aos que me ajudam para que eu possa estar aqui competindo”. Após não conseguir coeficiente paralímpico para competir no tênis de mesa, Ank decidiu investir em um novo esporte. Agora ciclista, ele utiliza uma handbike, uma bicicleta pedalada com as mãos, apropriada para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida dos membros inferiores. Demais Modalidades Na modalidade masculina, Jocemar Corrêa, da equipe Viva Chacarense, com o tempo de 23 minutos e 28 segundos, foi o campeão entre os homens. O atleta destacou a importância da conquista como

Foto: Davi Carlos

Largada da Corrida da Fogueira

um feito histórico, já que participou cinco vezes da competição e nunca havia vencido. Além disso, falou da relevância que a Corrida da Fogueira tem para aqueles que nasceram em Juiz de Fora. Entre as mulheres, Amanda Oliveira, da equipe do Granbery, com tempo de 27 minutos e 25 segundos, foi a campeã da modalidade feminina. A atleta participou pela terceira vez, e, assim como no ano passado, chegou em primeiro lugar. Amanda destaca a importância da vitória pela dedicação nos treinos e a busca de sempre melhorar sua marca, já que deseja virar uma

atleta profissional no pedestrianismo. Os outros prêmios foram distribuídos por equipe. A equipe JF Paralímpica ficou com o título no masculino e feminino entre os atletas PCD. No masculino, a equipe da UFJF ganhou o primeiro lugar, no feminino a equipe do Grambery levou a premiação máxima para casa. A prova teve início por volta das 18h35. Os participantes percorreram cerca de 7km, saindo da praça do Bom Pastor em sentindo à Avenida Rio Branco, fazendo o retorno na ponte do Manoel Honório.

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Agosto | 2016

Cultura

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Arte a ser visitada

Museu Mariano Procópio reabre parcialmente com exposição “Esplendor das Formas: Esculturas no Acervo do Museu Mariano Procópio” traz peças dos séculos 19 e 20 Por Amanda Padilha

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O Museu Mariano Procópio (Mapro), em Juiz de Fora, reabre parcialmente após oito anos fechado para o b r a s d e r e s t a u r a ç ã o . Pa r a a pré-aber tura, acontece a exposição “Esplendor das Formas: Esculturas no Acer vo do Museu Mariano P r o c ó p i o”, c o m p e ç a s d o século 19 e 20. Os itens expostos contam a história do próprio museu, através de bustos e objetos p e s s o a i s d e s e u f u n d a d o r, doações e aquisições feitas

ao longo dos anos em leilões e feiras de ar te. Nesta fase de pré-aber tura, a exposição chama atenção pela ausência de legendas. As peças têm apenas o nome e a indicação de quem as doou para o museu. A par tir do dia 1º de setembro, com a aber tura oficial, a mostra terá o formato tradicional, oferecendo recursos textuais de apoio às peças. Como a aber tura parcial do museu tem como espaço apenas a Galeria MaFoto: Amanda Padilha

ria Amélia, são permitidos 50 visitantes por vez, para maior segurança das peças e dos visitantes. Esse controle é feito através da distribuição gratuita de senhas na chegada ao museu. As senhas são redistribuídas com a saída do público. “Esplendor das Formas: Esculturas no Acer vo do Mus e u M a r i a n o P r o c ó p i o” f i c a exposta por seis meses na Rua Mariano Procópio, 1100, Mariano Procópio, de 14h às 16h.Idosos e pessoas com deficiência devem agendar a visita com antecedência pelo telefone (32)3690-2233. Pa r c e r i a c o m e s c o l a s A par tir de outubro, o Mapro agenda visitas de escol a s a o a c e r v o . “A l é m d a s v i sitas ao museu, nós também vamos oferecer atividades educativas em parceria com as escolas visitantes. Essas atividades serão pensadas de acordo com a faixa etár i a d o s a l u n o s .”, c o n t a a chefe do depar tamento de difusão cultural do museu, Aline Santana. As escolas interessadas devem ligar para o número (32)36902027.

Esculturas dos séculos 19 e 20 compõe exposição aberta ao público

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Esportes

10 Paralimpíada 2016

Juiz de Fora recebe atletas canadenses para treinos antes das Paralimpíadas Atletas do Canadá têm treinos abertos à população na Faculdade de Educação Física e Desportos da UFJF Por Amanda Cadinelli Foto: Amanda Cadinelli

FAEFID recebe atletas paralímpicos

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este sábado (27) os atletas do Atletismo Paralímpico da seleção do Canadá chegaram a Juiz de Fora para começar seus treinos. A expectativa é que eles fiquem até o dia 5 de setembro. Os treinos acontecerão da Faculdade de Educação Física (Faefid) da UFJF e podem ser assistidos pelo público sem a necessidade de cadastro no site da Universidade. O diretor da Faefid, Mauricio Bara, diz que a UFJF está pronta para recebê-los. “O principal foi feito quando na reforma da Faculdade de Educação Física varias preocupações com a acessibilidade foram entendidas

e incorporadas a obra.”, garante o diretor, e continua “o segundo obviamente é todo o aparato de auxilio com os acompanhantes, tradutores e voluntários técnicos que darão todo o suporte para que eles se sintam em casa.” Para Rita Brito, responsável pela Coordenação de Acessibilidade Educação, Física e Informacional da UFJF, afirma que esse privilégio que a Universidade está tendo “vai trazer a tona mais discussão sobre a questão da deficiência, da acessibilidade e, o mais importante, das possibilidades que as pessoas com deficiência têm”. A delegação do Canadá já este-

ve em Juiz de Fora mais de cinco vezes desde 2013 e nunca fizeram grandes objeções a isso. “Isso mostra que a coisa está bem delineada, mas vamos ver, a gente está preparado para qualquer alteração de última hora”, conclui Maurício. Para saber mais informações sobre os treinos em Juiz de Fora, acesse o site http://www.ufjf.br/ ufjf2016/. Atletismo Paralímpico Na Paralimpiada as provas são classificadas de uma maneira diferente que nas Olimpiadas. Há um código de letras (F para as provas de campo, T para as de pista) e um de números, que identifica o tipo de deficiência dos atletas. Confira a classificação: 11 a 13 – com deficiência visual 20 – com deficiência mental/ intelectual 31 a 38 – com paralisia cerebral (31 a 34, cadeirantes / 35 a 38, andantes) 40 – anões 41 a 47 – amputados e outros (les autres) 51 a 57 – competem em cadeira de rodas (sequelas de poliomielite, lesões medulares e amputações).

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Agosto | 2016

Esportes

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Brasileirão

Com empate, Tupi permanece na lanterna da série B no brasileirão

Após empate no Estádio Mário Helenio, Vasco e Tupi seguem na mesma posição no campeonato. Por Maria Fernanda Pernisa Foto: Maria Fernanda Pernisa

Com cobrança de pênalti, Vasco empata no primeiro tempo.

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om 8.317 pagantes e 11.000 presentes, de acordo com o cabo Augusto, Polícia Militar, o jogo entre Tupi e Vasco terminou em 2 a 2 no Estádio Municipal Radialista Mário Heleno ( Juiz de Fora). Com ingressos esgotados para a torcida vascaína, isso não os impediu de ocuparem espaço na torcida do Tupi. A partida começou equilibrada, apesar das diferenças de posição no campeonato. Em primeiro lugar na série B, o time cruz-maltino demorou para fazer pressão para cima do galo carijó. Na primeira tentativa de gol do Tupi, o bandeirinha marcou impedimento. Apesar

dos erros de passe de ambos os times, o Tupi conseguiu se organizar levantando a torcida logo nos 20 primeiros minutos do primeiro tempo com golaço do meia Octávio . Por falar em torcida, a cruz-maltina não parava de cantar e animar os jogadores do vasco. Com faltas claras não marcadas, era recorrente os xingamentos contra o juiz e bandeirinhas. Para o final do primeiro tempo, o tupi cometeu falta a favor do Vasco, deixando a torcida Carijó apreensiva, mas o goleiro Rafael Santos defende e o jogo prossegue. O primeiro cartão amarelo da partida veio para o time Carijó, para o jogador de

camisa 10, Renan Teixeira. Tiveram dois momentos de irritação do time vascaíno, que pediu toque tanto de mão quanto braço. A arbitragem foi firme, dizendo que foi peito e cabeça. Com falha do Tupi, o Vasco faz seu primeiro gol, com autoria do jogador Luan, que foi ovacionado pela torcida cruz-maltina. No início do segundo tempo, o galo carijó sente a pressão e acaba fazendo falta no Vasco dentro da grande área e é marcado o pênalti. Com cobrança do meio-campo, Andrezinho, o placar passa para 2x1. Ao longo do segundo tempo fica visível o desequilíbrio entre os times, com um Vasco atacando mais e um Tupi perdido em campo. Após substituições de ambas as equipes, o Tupi marca seu segundo gol, que leva ao empate entre as equipes. À medida que a partida se aproxima do fim, as torcidas pedem pela virada, os times respondem, mas o empate permanece até o apito do juiz, nos 5 minutos de acréscimo. Agora, o Tupi precisa se concentrar para a próxima partida contra o Paysandu, no Mangueirão, em Belém do Pará. O Vasco, a quatro partidas sem vitória, joga na terça-feira, contra o Vila Nova, em São Januário.

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12 Comportamento Consumo e tradição

Mercado Municipal oferece diversidade de produtos e serviços Além de alimentos, local também possui prestação de serviço e exposições artísticas Por Matheus Soares

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Mercado Municipal de Juiz de Fora possui uma grande variedade de produtos para o consumidor da cidade e da região. Além disso, ser viços como chaveiro, bares e restaurantes também estão disponíveis para os visitantes. Localizado no conjunto arquitetônico do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, o mercado, com mais de 100 anos de história, possui ainda uma praça de eventos, onde acontecem exposições e manifestações culturais. O diretor, Fernando Antônio Santos, destaca as vantagens para os clientes: “Eu entendo que a qualidade dos produtos aliada à diversidade é o principal atrativo do mercado. Nossos temperos e condimentos não são encontrados em nenhum outro lugar de Juiz de Fora”. A vendedora Maria das Graças Lima, que trabalha na casa de frios e laticínios Linda Nata, afirma que a qualidade dos alimentos e bebidas a é o ponto forte do estabelecimento. “Temos uma clientela fixa, mas trabalhamos com produ-

Foto: Matheus Soares

Mercado Municipal oferece grande variedade de produtos

tos frescos, isso cativa as pessoas. Elas compram e indicam para outras. Isso acaba trazendo clientes diferentes”, explica. Qualidade é referência A qualidade dos produtos encontrados no Mercado é unanimidade para os consumidores. “Sempre passo aqui para comprar uma coisa ou outra. Os produtos são muito fresquinhos”, afirma a aposentada Maria Tereza. A cozinheira Renata da Rocha compartilha da mesma opinião. “Sempre venho aqui e acho alimentos frescos. Eu, particularmente, preciso comprar muitos produtos descartáveis e encontro tudo isso aqui”.

Fernando Antônio explica que “os preços praticados aqui são maiores do que os encontrados na concorrência, em termos de hortifrútis granjeiros. Os produtos aqui são de melhor qualidade. Essa exigência é feita, pois os produtos são comercializados em bares e restaurantes de Juiz de Fora e as compras são feitas às cegas e o produto tem que ser bom”. Para quem ainda não teve a oportunidade de fazer uma visita, Renata manda um recado: “Indico sim. Adoro aqui!”. O Mercado Municipal fica na Avenida Getúlio Vargas 200, Centro, e funciona das 8h às 19h de segunda-feira a sábado e das 8h às 12h aos domingos.

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