Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF | Juiz de Fora, Setembro de 2016 | Ano 2016 | Nª 05 Foto: Amanda Cordeiro Padilha
Comitê de Cidadania denuncia mau uso de verba indenizatória Com o objetivo de combater a corrupção, cartilha aborda o uso indevido de verba pelo poder legislativo como destaque da 33ª edição >>>P. 3 Cultura
Lei Murilo Mendes Educação abre inscrições para novos projetos P. 12
Encontro Mineiro de Empresas Juniores reúne cerca de 450 estudantes P. 5
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Opinião
Editorial Por Amanda Cadinelli
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otei nele porque ele veio falar comigo na rua”, “votei nela porque ela me prometeu uma cesta básica”, “votei nele porque meu vizinho pediu”, “nem votei, meu voto não faz diferença mesmo, político é tudo ladrão”, essas são frases comuns, de brasileiros comuns que perderam a fé na política, ou nunca a tiveram. A política, que deveria ser algo constante na vida das pessoas, é algo que só aparece de dois em dois anos, algo que só serve pra atrasar o horário da novela ou virar motivo de piada sobre os nomes dos candidatos a vereador. O Horário Eleitoral Gratuito, por exemplo, foi uma grande con-
quista da população, pois antes dele os eleitores sequer sabiam quem eram os candidatos aos cargos públicos. Hoje em dia pouquíssimas pessoas o assistem com seriedade e sabem das propostas dos candidatos. Em um jogo de cartas, se você não presta atenção no que seus oponentes estão fazendo, é possível que passem uma carta por debaixo da mesa. Num relacionamento, se você não se interessa pelo dia-a-dia do seu parceiro ou sua parceira é provável que vocês sigam caminhos diferentes. O mesmo acontece na política, se a população não a trata com seriedade, ela segue sem a população. E sem a população ela não representa ninguém. É
preciso acompanhar quem está lá falando por nós para votar com consciência quando chegar a hora. O Comitê de Cidadania de Juiz de Fora faz isso há 15 anos. As “senhorinhas do Comitê” vão a todas as sessões da Câmara de Vereadores, acompanham o processo de cada lei aprovada ou rejeitada e lançam duas vezes por ano um informativo para a comunidade juiz-forana com as principais notícias da política municipal. Iniciativas assim devem ser ouvidas e aplaudidas. Enquanto não prestarmos atenção nos passos dos nossos governantes não conseguiremos cobrar uma atitude mais digna.
Expediente Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação Social da Universidade Federal de Juiz de Fora produzido pelos alunos de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso.
Reitor: Prof. Dr. Marcus Vinicius David
Projeto gráfico: Caio Gonzaga
Vice-Reitora: Profª. Drª. Girlene Alves da Silva
Diagramação: Caio Gonzaga, Franco Ribeiro e Luiza Dias
Diretor da Faculdade de Comunicação: Prof. Dr. Jorge Carlos Felz Ferreira
Reportagem: Amanda Cordeiro Padilha, Cynthya Marangon, Davi Carlos Acácio, Gabriella Weiss, Larissa Alves, Laura Conceição, Laura Sanábio, Maria FernandaPernisa, Matheus Gouvêa e Matheus Soares
Vice-Diretora da Faculdade de Comunicação: Profª. Drª. Marise Pimentel Mendes Coordenadora do Curso de Comunicação Social diurno: Profª. Dra. Cláudia de Albuquerque Thomé Professores orientadores: Prof. Dr. Marco Antônio de Carvalho Bonetti
Editores de texto: Amanda Cadinelli e Ludmilla Azevedo Endereço: Campus Universitário de Martelos, s/n - Bairro Martelos 36036-900 - Telefones: (32) 2102-3601/21023602
Profa. Mestre Marise Baesso Tristão
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Setembro | 2016
Política 3
Eleições 2016
Comitê de Cidadania lança informativo sobre política municipal Grupo de combate à corrupção eleitoral orienta população sobre eleições Por Amanda Cordeiro Padilha Foto: Amanda Cordeiro Padilha
Em seu 33º informativo, Comitê de Cidadania luta pelo fim da corrupção eleitoral.
O
uso indevido da verba indenizatória é a principal pauta do Comitê de Cidadania de Juiz de Fora. Em seu último informativo, lançado no final de 2015, foi feita a denúncia de que mais de R$700 mil foram gastos no ano passado com combustível, papel, telefone e aluguel de gabinete e equipamento, além de outras despesas dos vereadores. O grupo luta para que a Câmara Municipal faça uma licitação dos itens indenizados para economizar dinheiro público. O Comitê de Cidadania também lançou seu trigésimo terceiro informativo na última sexta, 2, no Auditório da Ordem de Advogados do Brasil (OAB). O informativo semestral tem o objetivo de mobilizar a população a se envolver mais nas questões de cidadania ligadas aos políticos de Juiz de Fora, principalmente do poder legislativo.
A presidente do Comitê, Maria Aparecida de Oliveira Correa, fala sobre as preocupações na realização e distribuição de 6 mil exemplares da cartilha. “O objetivo principal desse nosso informativo são as eleições, a questão do caixa 2 e da verba indenizatória, que faz o povo ficar cada vez mais desacreditado. Se nós em casa, diante da crise, fazemos economia, cabe a eles dar o exemplo.” O grupo, que faz parte do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e comemora 15 anos de existência neste ano, reúne-se mensalmente e acompanha as sessões na Câmara Municipal de Juiz de Fora. “Esse acompanhamento ajuda a valorizar o poder legislativo e despertar nos vereadores sua função principal que, além de criar leis, é acompanhar os atos do prefeito e os gastos com verba pública. Então estamos sempre preocupados em despertar a população
para esse exercício de cidadania”, conta Maria Aparecida. Com a corrida eleitoral iniciada, a cartilha traz orientações sobre as funções de um vereador e sobre como denunciar irregularidades de campanha. Há também uma enquete, realizada em parceria com a Faculdade de Comunicação da UFJF, sobre o acompanhamento de mandatos pela população e balanços sobre as principais leis aprovadas no período entre o lançamento do informativo anterior e os gastos dos vereadores. O trigésimo terceiro informativo do Comitê de Cidadania de Juiz de Fora é distribuído gratuitamente em escolas da cidade e está disponível online no blog http://comitedecidadaniajf.blogspot.com.br/.
Parceria com escolas
No lançamento do informativo, Maria Aparecida falou sobre a importância da realização de palestras em escolas da cidade. “Para votar você tem que conhecer o candidato, as propostas dele e a viabilidade dessas propostas, porque às vezes as pessoas prometem coisas que não podem prometer, ou que nem compete a elas fazer.” “Nós fazemos os trabalhos nas escolas, principalmente no Ensino Médio, por este ser um grupo que já está próximo de ser eleitor. Qualquer órgão de educação que nos solicita, a gente se organiza, explica e divulga esse informativo e a experiência do Comitê”, comenta Maria Aparecida. Escolas interessadas em receber o Comitê de Cidadania ou saber mais informações sobre o grupo podem entrar em contato pela página do Comitê no Facebook, pelo email comitecidadaniajf@yahoo.com.br ou pelo telefone (32)3229-5450.
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Política
Pleito municipal
Situação nacional da política influencia escolha de candidatos nas eleições Eleitores afirmam ter repensando seus votos depois da aprovação do impedimento da presidente Dilma Por Laura Conceição
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presidente Dilma Rousseff, afastada desde maio, sofreu impedimento na última quarta-feira, 31, em votação que consistiu em 61 votos a favor do impeachment e 20 votos contrários ao processo. No dia da decisão, milhares de pessoas saíram às ruas por todo o país, posicionandose contra a posse do presidente Temer. Em Juiz de Fora, centenas de pessoas participaram do ato, que fechou as principais ruas da cidade. A situação política brasileira tem influenciando decisões de eleitores e candidatos na esfera local. De acordo com o cientista político Marco Aurélio Zuchi, o processo de impeachment tem guiado os posicionamentos de partidos e frentes politicas, dividindo opiniões entre os candidatos. “As eleições municipais serão construídas a partir de uma polarização esquerda – direita. A atual conjuntura nacional influencia o eleitor a decidir principalmente em quem não votar, mesmo que a prioridade do juiz-forano seja, geralmente, votar pensando na região onde vive” diz Marco. A estudante de jornalismo Luisa Moreira, que participou dos protestos em oposição ao impedimento de Dilma, acredita que o Partido dos Trabalhadores (PT) terá maior influência entre os eleitores que têm acompanhado a política nacional. “Muita gente associa a imagem da Margarida, que concorre à prefeitura de Juiz de Fora pelo PT, à imagem de Dilma, o que pode ser negativo para a candidata no momento. As pessoas ainda não internalizaram o golpe sofrido pela ex-presidente, e isso com certeza vai influenciar na política da cidade. Por mais que Margarida esteja em primeiro nas pesquisas, ainda há um mês de campanha e não podemos garantir resultados” comenta Luisa.
Eleições municipais
Em relação aos candidatos à Câmara Municipal, é possível notar seu posicionamento acerca do processo de impeachment. Ain-
Foto: Arquivo pessoal
A estudante Luisa Moreira no ato contra o Impedimento da presidente Dilma. da segundo Luísa, muitos candidatos foram vistos nos protestos da última semana, e viram nessa situação uma oportunidade de mostrar suas ideias. “Em meio ao golpe político, é muito importante acertar na escolha de representantes” conclui Luisa.
O primeiro turno das Eleições 2016 será no dia 2 de outubro, e o segundo turno no dia 30 de outubro. Durante esse processo, diversas manifestações contra e a favor de Temer estão agendadas por todo país, inclusive em Juiz de Fora.
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Setembro | 2016
Economia
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EMEJ
Juiz de Fora sedia Encontro Mineiro de Empresas Juniores 2016 Evento trouxe discussões com o objetivo de fazer de Minas um estado melhor Por Maria Fernanda Pernisa
Foto: Maria Fernanda Pernisa
O secretário de inovação e tecnologia de Minas discutiu o empreendedorismo no estado. ntre os dias 1 e 4 de setembro, a Fede termos recebido tantos jovens de futuro deração Mineira de Empresas Juniores promissor, antenados, capazes de solucio(FEJEMG) reuniu em Juiz de Fora, no nar vários problemas e muito organizados hotel Green Hill, 450 empresários juniores ”, conta. do estado para discussões sobre o autoO Encontro Mineiro de Empresários Juniodesenvolvimento, a necessidade de pensar res (EMEJ) contou com palestrantes como e agir em rede e a participaçao dos jovens Marcelo Lacroix, Eduardo Marinho, Rodrino fortalecimento do empreendedorismo go Hernandes e pós-juniores. Organizado no estado, influenciando no crescimento do exclusivamente por universitários que são mesmo. empresários juniores, o evento vem sendo De acordo com Nayara Miranda, coordenaplanejado desde dezembro de 2015. Pablo dora de eventos do Hotel green Hill, para Andery, coordenador geral do EMEJ e estuatender o público de 450 jovens foi necessádante de engenharia de produção na UNIria a contratação de mão de obra extra. “ O FEI, conta que a macro proposta do evento hotel já havia recebido 3 eventos nesse poré o crescimento. “A intenção dessa vigésima te, porém não com uma duração tão longa. terceira edição do EMEJ foi aumentar o enTivemos que fazer uma reestruturação, para volvimento dos participantes. Começamos a conseguir alocar todos com comodidade e pensar no recorte do tema em janeiro desse contratamos pessoas para complementar ano, quando, a partir de um brainstorming a equipe de montagem, cozinha, garçons, com o pessoal, fui no google e pesquisei camareiras e serviços gerais. “ Nem o hotel crescimento. Vi vários conceitos de biologia e nem a FEJEMG ainda conseguem dizer e daí veio a ideia do “Ser Mej”, pensando no sobre o custo benefício do ponto de vista fimovimento como um organismo, onde as nanceiro, uma vez que o balanço ainda não células (empresários juniores) vão se multifoi feito. Porém, do ponto de vista da explicando no processo de mitose para a forperiência, Nayara garante que valeu a pena: mação da liderança. ” “Foi desafiador, mas foi uma ótima experiência. Fiquei impressionada e orgulhosa Impressões do evento
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Para possibilitar o crescimento dos universitários, os dias foram pensados em uma ordem de desenvolvimento do micro para o macro, começando pelo indivíduo, o “Eu maior”, passando por “Nós maior” e terminando em “Minas melhor”. No primeiro dia, os palestrantes questionaram os jovens sobre sua autoconsciência. O segundo dia do EMEJ levou os estudantes à reflexão sobre seus comportamentos, do ambiente familiar até o estudantil. Na parte da tarde ocorreu o “Open Space”, no qual os empresários se dividiram debatendo 27 temas. No último dia, foram discutidas possibilidades de atuação dentro e fora da universidade, levando o Movimento Empresa Júnior para o mercado de trabalho. Felipe Furtado, estudante de Farmácia, da UFJF, e empresário júnior da Ecofarma, trabalhou na equipe de conteúdo e programação do evento e conta que organizar um evento é uma experiência transformadora. “Pude desenvolver minha capacidade de planejamento e organização, conheci pessoas incríveis, abri minha mente para entregarmos não só um evento, mas uma experiência única. ” Para Giovana Villari, estudante de Comunicação Social da UFMG e membro da Cria, empresa júnior de comunicação, o EMEJ 2016 foi bem diferente de outros eventos do MEJ. “ Logo de cara, a mudança mais visível foram os quartos serem tão próximos uns dos outrospossibilitando a integração com nossos vizinhos. Sobre o conteúdo, gosto quando falam da gente como pessoas e não como empresas, pois quem vai mudar nossas empresas somos nós, pessoas. No geral, foi muito bom, mas eu aumentaria a duração do evento. Três dias é muito pouco tempo para termos uma experiência tão transformadora”.
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Geral
6 Conscientização
Setembro Amarelo incentiva debates sobre a depressão em todo o país A iniciativa é aberta à comunidade acadêmica e ao público externo Por Larissa Alves
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efinido como mês nacional de conscientização sobre suicídio, setembro traz consigo a campanha “Setembro Amarelo” promovida pela Associação Brasileira de Psiquiatria, o Conselho Federal de Medicina e o Centro de Valorização da Vida. O mês foi escolhido por abrigar o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Segundo dados disponibilizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil são registrados 12 mil casos de suicídios por ano, o que dá, aproximadamente, uma média de 32 suicídios por dia, além disso, é uma das principais causas de morte entre pessoas de 15 a 29 anos, uma média de 6,9 casos para cada 100 mil habitantes. Mesmo sendo tratado como um tabu, o suicídio é um problema de saúde pública em todo o mundo. Pesquisas acadêmicas revelam que pelo menos 90% dos adolescentes que se matam têm algum tipo de distúrbio mental, variando desde depressão – apontada como a principal causa para suicídios – a ansiedade, violência ou vício em drogas, além do bullying e o ambiente familiar, que contribuem muito para agravar tais distúrbios. A psicóloga Priscila Martins, de 32 anos, ainda com-
pleta: “Muitas pessoas encontram dificuldades de falar sobre o que estão passando, porque existe um tabu muito grande relacionado aos transtornos psicológicos. O importante é prezar pela informação. Quanto mais as pessoas souberem e conversarem sobre o assunto, mais fácil será diagnosticar e tratar esses casos”. A campanha, que traz como tema “Falar é a melhor solução”, vai durar todo o mês de setembro e já tem um histórico de intervenções como a iluminação de monumentos como Cristo Redentor no Rio de Janeiro/RJ, o Congresso Nacional e a ponte Juscelino Kubitschek em Brasília/DF, o estádio Beira Rio em Porto Alegre/RS, a Catedral e o Paço Municipal de Fortaleza/CE, Ponte Anita Garibaldi em Laguna/SC, e o Palácio Campo das Princesas em Recife/PE em 2015.
Setembro amarelo promove valorização da vida e prevenção contra o suicído durante o mês.
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Foto: Divulgação
Setembro | 2016
Geral
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Vagas abertas
Secretaria de Educação de Juiz de Fora abre vagas em creches para 2017 As vagas são para crianças de zero a três anos. O prazo não será prorrogado pela Secretaria de Educação Por Matheus Soares
Foto: Matheus Soares
Inscrições estão abertas até o dia 30.
E
stá aberto o cadastramento para crianças em creches públicas e conveniadas da Prefeitura de Juiz de Fora referente ao ano de 2017. O período de inscrição se iniciou no dia 1º de setembro, quinta-feira, e se encerra no dia 30 do mesmo mês. As vagas são destinadas a crianças de zero a três anos de idade. Os pais interessados devem procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo. Segundo informa a Secretaria de Educação, o cadastramento no CRAS não garante a vaga nas creches. As crianças são inseridas de acordo com critérios sociais e econômicos, que são avaliados pelos CRAS. De acordo com a Secretaria, de 1400 a 1500 vagas são abertas todo ano, porém, a procura costuma ser maior do que a quantidade oferecida. Os
pais devem ficar atentos em relação ao período de inscrição pois, segundo a Secretaria, o prazo não terá prorrogação. Documentação Os documentos necessários para realizar a inscrição no CRAS são: Cópia e original da certidão de nascimento de todas as crianças e adolescentes que moram na casa; cópia da carteira de trabalho de todos os adultos (identificação, última assinatura e a próxima página em branco); Número de Identificação Social (NIS) do responsável (caso possua); documentos de identidade dos adultos; comprovante de residência e comprovante de renda; comprovante de recebimento de Bolsa Família (caso possua); declaração original da mãe; cópia do laudo médico da criança (caso tenha deficiência) e declaração médica de membros dependentes (doença ou deficiência).
Endereços dos CRAS São nove os locais onde os pais podem realizar a inscrição: CRAS Leste Linhares: Rua Diva Garcia s/nº; CRAS Leste São Benedito (Rua Noêmia Ezídia dos Santos, nº 282); CRAS Centro (Rua Espírito Santo, nº 456); CRAS Oeste São Pedro (Rua Sady Monteiro Boechat, nº 185); CRAS Norte Benfica (Rua Tomé de Souza, nº 95); CRAS Nordeste Grama (Praça Áureo Gomes Carneiro, s/nº); CRAS Sul Ipiranga (Rua Bady Geara, nº 226); CRAS Sudeste Costa Car valho (Avenida Sete de Setembro, nº 7); CRAS Sudeste Olavo Costa (Rua da Esperança, nº 69).
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Geral
8 Questão Social
Discussões sobre racismo fecha Semana de Combate às Opressões na UFJF Durante a semana também houve sobre machismo e LGBTTIfobia. Por Davi Carlos Acácio
Foto: Luísa Dias As discussões sobre racismo fecharam, na última quinta-feira, a Semana de Combate às Opressões na Universidade Federal de Juiz de Fora. Oficinas e rodas de conversa sobre a questão das cotas raciais nas universidades, o racismo habilitado aos estereótipos, apropriação cultural e oficinas de turbantes, enriqueceram o debate. Além disso foram discutidas formas de expandir as rodas de conversas para os demais institutos e a realização de outros eventos para debater sobre minorias sociais. Os estudantes que participaram do evento reforçaram a importância de discutir o racismo no âmbito acadêmico. Para Lucas Alves, estudante de Engenharia Ambiental, quando as temáticas de minorias sociais entram em debate, é perceptível um afastamento das pessoas para debater sobre o assunto, apesar disso, as pessoas presentes na roda para falar de racismo, deixaram o debate enriquecedor. “Falar de cotas raciais, racismo, não é só uma questão de raça, mas uma questão social. Quando incluímos, por exemplo, os jovens das comunidades em torno da UFJF, eles são grande maioria negros e de periferia. A questão das cotas abrange a discussão de como incluir essas pessoas no meio universitário, porque a finalidade da universidade é essa, servir ao povo.” Lucas Alves também destacou a relevância de abranger o debate sobre as minorias sociais. “A conversa sobre esses assuntos acontece, mas em ambientes específicos, como nos Institutos de Ciências Humanas, no Direito, na Comunicação, seria interessante levar a discussão para a Engenharia e Medicina, onde acontece menos esse tipo de conver-
Discussão sobre racismo na Semana de Combate às Opressões. sa. Mais do que isso, é cortar o racismo do seu cotidiano, do bate papo diário.” Expandir a discussão para demais áreas da universidade é uma proposta importante, porém burocrática, destaca Joice Santos, aluna do curso de Interdisciplinar em Artes e Design. “É necessário que os institutos abracem a ideia da discussão, não só ceder o espaço, mas chamar a atenção dos alunos, mostrar a importância da participação, da presença do aluno no evento para enriquecer os debates. A questão da aplicabilidade também é interessante, porque algumas áreas acadêmicas tem essa consciência tão potente. Divulgar isso para o maior número de pessoas e pensar ações práticas, trocar ideias, experiências e vivencias.” Leda Mendonça, membro do DCE e aluna da UFJF, falou da Semana de Com-
bate às Opressões como um meio de trazer para o ambiente acadêmico, discussões do dia a dia unindo isso à arte. “Nossa intenção foi trazer um atrativo extra, para as pessoas que normalmente passam batidas por essa roda de conversa, serem fisgadas com a música, a galeria de arte, que elas sintam a curiosidade de saber o que está acontecendo naquele meio. Além do que fotografia, música, a arte em geral valorizam essa discussão.” Segunda ela, a semana foi escolhida para atrair os calouros para a discussão e que, ainda esse mês, serão realizados outros eventos abordando temáticas que envolvam minorias sociais. “Sugerimos essa semana no início do semestre justamente para trazer os calouros para a conversa. Eles chegam aqui tratando a universidade como um mundo novo, é importante que eles participem desses debates e descontruam alguma visão preconceituosa que foi trazida consigo.”
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Setembro | 2016
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Geral
Vestibular
Atraso na divulgação de Edital do PISM gera expectativa de estudantes
Documento ainda não tem data prevista para publicação e candidatos esperam ansiosos Por Gabriella Weiss
O
edital do Programa de Ingresso Seletivo Misto (PISM), da Universidade Federal de Juiz de Fora, seria divulgado na última sextafeira, 2, mas aguarda aval da coordenação da Comissão Permanente de Seleção (COPESE) para a liberação do documento referente à prova deste ano, a ser realizada nos dias 11 e 12 de dezembro. O PISM é uma das principais formas para ingressar na UFJF, através de um concurso realizado ao final de cada um dos três anos do Ensino Médio, somando as três notas com seus respectivos pesos. “Eu ainda não sei o que quero estudar, mas acho importante já fazer um PISM 1 bom para não deixar tudo para o terceiro ano, quando tenho a matéria do Ensino Médio toda”, Bernardo Alcântara, estudante do primeiro ano do ensino médio, pretende se inscrever no processo seletivo. “Tendo mais uma oportunidade para entrar em uma universidade federal a gente aproveita. O PISM tem a vantagem de ser mais o pessoal daqui mesmo, o ENEM tem uma concorrência muito maior”. O professor de física Adilson Soares explica que a vantagem do PISM é a possibilidade de fazer três avaliações
PISM será realizado nos dias 11 e 12 de dezembro
Foto: Gabriella Weiss
Programa de Ingresso para a UFJF é aguardado por estudantes durante o ensino médio “quando o exame que eles estudam agora tem efeitos lá para o ingresso à universidade se concentra na frente. Muitas vezes falta maturidade em dois dias para avaliar toda a vida escolar para ver isso, principalmente quando do aluno, a pressão é muito maior”. No lembramos que alunos do primeiro ano entanto, o educador destaca que muitas tem 14, 15 anos”. vezes os alunos têm dificuldade em levar “Acredito que o PISM é melhor por ser o exame a sério nos primeiros anos, por dividido, sendo o terceiro ano com maior não saberem que curso desejam ingressar peso, considerando a responsabilidade e por não pensarem a longo prazo: “é que o estudante vai adquirindo ao longo nosso trabalho lembrar a eles que a forma dos anos”, pondera a estudante Elisa Chediak, que faz o PISM III este ano., Foto: Alexandre Dornelas “além disso a prova tem um peso maior na área que o estudante quer cursar”. A pedagoga Cristina Matos ressalta a época do vestibular como um período estressante para o adolescente, que sofre muita pressão. “O estudante já se pressiona, e ainda há toda a cobrança do colégio e, muitas vezes, dos pais. A cobrança deve existir, pois é fundamental para a formação do jovem, mas deve ser feita sempre com muito cuidado e observada de perto para não ferir a autoestima do adolescente e causar alguma forma de ansiedade”, atenta a pedagoga.
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Esportes
Campeonato Mineiro de Vôlei
JF Vôlei perde por 3 sets a 0 para o Minas no Campeonato Mineiro Enfraquecimento no ataque foi crucial para que Minas abrisse vantagem no placar Por Cynthya Marangon
Foto: Cynthya Marangon
Mesmo com bons saques, JF Vôlei perde de 3 sets a 0 para o Minas Tênis Clube, na primeira fase do Campeonato Mineiro
O
JF Vôlei perdeu para o Minas Tênis Clube por 3 sets a 0 na última partida pelo Campeonato Mineiro. O jogo ocorreu no último sábado, às 17h, no ginásio da Universidade Federal de Juiz de Fora. A equipe falhou no ataque e não conseguiu neutralizar a consistência dos centrais do Minas. Os dois times já haviam se enfrentado na sextafeira, quando o JF Vôlei, embora com melhor desempenho, foi derrotado por 3 sets a 2. As duas equipes seguem na competição, ainda na primeira fase, em busca do título de campeão mineiro. No primeiro set de sábado, o JF Vôlei chegou abrir diferença de 4 pontos em relação ao Minas, em função de um saque bem articulado. No entanto, os momentos finais foram marcados por reação do adversário. O Minas venceu a partida por 3 sets a 0, com parciais de 25×23, 25x17 e 25×21. O resultado
do JF Vôlei deixou ainda mais a desejar em relação à sexta, quando a equipe reagiu levando o jogo até o quinto set. O ponteiro Ricardo Júnior acredita que o time pecou em pontos decisivos do primeiro set: “O que faltou na verdade, em momentos chave, foi a gente aproveitar as oportunidades. Nos dois primeiros sets, o time ainda ficou esperando para ver no que ia dar, ficando um pouco displicente nas ações. A gente foi se complicando ao longo do jogo”. Veterano do time, Ricardo esclarece que os jogos tem sido um grande aprendizado para os novatos, que vem treinando muito para corrigir as falhas e melhorar o desempenho. O JF Vôlei hoje conta com onze novos talentos cedidos por meio da parceria com o Sada Cruzeiro, anunciada em julho. Para o treinador Henrique Furtado, o time começou bem, mas falhou após a primeira parcial: “Não conseguimos
impor nosso jogo no ataque, e isso foi determinante para que o time do Minas tivesse uma consistência à frente do placar”. Mas para o técnico, a equipe também se destacou em alguns momentos, como nos saques de Rômulo e pela atuação agressiva do oposto, Renan. Para melhorar o desempenho no Mineiro e garantir bons números na Superliga, Furtado destaca que é necessário consolidar o alinhamento entre os setores: “Estamos tendo atuações isoladas. Um dia os centrais se sobressaíram, no outro os ponteiros e, hoje, o nosso oposto. Temos que buscar um equilíbrio, para que possamos dividir a responsabilidade no ataque”. O próximo compromisso dos juizforanos na competição é na próxima quarta-feira, 7, em Contagem, contra o Sada Cruzeiro. O JF Vôlei ainda enfrenta o Montes Claros, no dia 9, e volta a jogar em casa, no dia 15, também contra a equipe.
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Setembro | 2016
Esportes
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Decepção em casa
Tupi decepciona torcida e perde mais um confronto direto em Juiz de Fora
Carijó teve a chance de ficar a dois pontos de sair do rebaixamento, mas perdeu mais um confronto direto Por Matheus Gouvêa Foto: Ogol/Divulgação
O
Tupi foi derrotado por 1 a 0 no último sábado, 3, pelo Bragantino em partida no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. O resultado frustrou os quase 2 mil presentes, que esperavam uma boa atuação após a vitória fora de casa contra o Paysandu na última terça por 3 a 0, e o empate contra o Vasco em Juiz de Fora por 2 a 2. Se vencesse o Bragantino, adversário direto na luta contra o rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro, o Tupi ficaria a dois pontos de escapar do Z-4. A partida, válida pela 23ª rodada da Série B, começou com quase 30 minutos de atraso, por conta da ausência das ambulâncias no recinto que são obrigatórias para o início do jogo. Com bola rolando, poucas chances marcaram a disputa, sendo o diferencial o belo gol marcado por Edson Sitta batendo de fora da área e que determinou a vitória do Bragantino. O tento foi marcado no segundo tempo, seguido por uma pressão do Tupi em busca do empate, que se mostrou ineficiente. Com o apito final, um coro de vaias da torcida Carijó frustrada com a derrota. O atacante Giancarlo do Tupi ainda foi expulso após forte entrada, e é desfalque para a próxima partida. Com o resultado, o Bragantino ultrapassou o Tupi na tabela de classificação e foi aos 24 pontos, ficando na 17ª posição. Já o Galo caiu para a 18ª colocação, estacionado nos 22 pontos. O primeiro time fora da zona de rebaixamento é o Goiás, que possui 27 pontos. O próximo compromisso do Tupi é na sextafeira, contra o Joinville, em Santa Catarina às 19h15. Já o Bragantino
Com derrota, Tupi fica a cinco pontos de sair do Z-4 recebe o Sampaio Correa na terça, às 19h30. Os dois confrontos reúnem as equipes na zona de rebaixamento na competição. Sem pontos no confronto direto Assim como o Bragantino, o próximo adversário do Tupi, Joinville, faz parte de um grupo na competição que vem causando grandes dificuldades ao Carijó: seus adversários diretos. Até o momento, o Galo realizou seis partidas contra os cinco últimos colocados,
e perdeu todas. Goiás, Bragantino, Joinville e Sampaio Correa venceram o Tupi no primeiro turno, e os dois primeiros fizeram o mesmo na fase final da competição. Os confrontos diretos são fundamentais dentro do campeonato, já que são os chamados “jogos de seis pontos”, em que além de pontuar, a equipe impede o avanço do adversário. Daí a importância de vencer o Joinville na sexta-feira, caso o Tupi queira manter as esperanças de se manter na Segunda Divisão.
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Cultura
12 Incentivo à cultura
Abertas as inscrições para Lei Municipal de Incentivo à Cultura
Com corte de 100 mil reais no orçamento, Lei Murilo Mendes busca democratização da cultura Por Laura Sanábio
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om orçamento de R$ 750 mil, R$100 mil a menos que no ano passado, Lei Murilo Mendes está com inscrições abertas para novas ideias. Até 20 % desse valor será destinado a projetos com valor máximo de R$ 5 mil. Para os demais, o teto é de R$ 28 mil. Fernanda Amaral, secretária da Lei, explica que ainda não se pode afirmar se haverá redução no número de projetos: “Cada pessoa, na inscrição, põe o valor que precisa para a realização. Por exemplo, se a gente tiver uma grande quantidade de interessados com um valor menor, pode ser que tenha até mais aprovados que no ano passado. Se tiver muito projeto no teto, vai haver redução no número final”. Thiago Menini, que participa da elaboração de projetos desde 2011, afirma que “o principal prejuízo nesses anos foi esse efeito pirâmide, no sobe e desce dos valores. Isso porque ano passado ficou quase sem sair a Lei. Havia uma meta de subir gradualmente os valores ano a ano. Com a redução no total e nas cotas é decepcionante ver que tal meta não foi cumprida”. Foto: Divulgação
Projetos Foram feitas pequenas adequações acerca dos projetos. Neste ano, por exemplo, a parte de cinema foi dividida nas categorias “documentário” e “ficção”. Nas edições anteriores, houve problemas na hora de preencher os documentos, já que havia necessidades diferentes para cada grupo. Sobre documentação, a pessoa jurídica, além dos mesmos documentos necessários para pessoa física, ainda deve apresentar o certificado de CNPJ atualizado, emitido pela Receita Federal e comprovar a experiência daquela instituição na área artística/cultural por meio de currículo. Fernanda lembra que, independente do projeto, “o importante é que, no final, ele apresente exatamente o que propôs. Caso haja necessidade de alguma alteração, isso é solicitado, durante o projeto, à Comic, que é a Comissão que os analisa”. Inscrições As inscrições devem ser feitas até o dia 28 de setembro, na Funalfa. De segunda a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 17h, os interessados devem apresentar três vias
do protocolo e duas vias do formulário devidamente preenchidos, além dos documentos solicitados no edital. Veja o passo a passo no site da Prefeitura: www.pjf.mg.gov.br > Institucional > Administração Indireta > Funalfa > Lei Murilo Mendes > Inscrição Dúvidas Em função da Lei Eleitoral, as páginas da Funalfa no Facebook e no site não podem ser atualizadas durante este período eleitoral. Para dúvidas e outras informações, entrem em contato através do e-mail leimurilomendesjf@gmail. com, pelo telefone (32) 3690-8245 ou pessoalmente na Funalfa, que fica na Avenida Rio Branco, 2.234 – Centro.
ATENÇÃO: Foi divulgado, no último dia 02, o resultado da pré análise de projetos da Lei Estadual de Incentivo à cultura. Ao todo foram 866 inscritos no estado. Dos 23 projetos de Juiz de Fora, 20 foram aprovados nessa etapa. A lista completa está no site: http://www.cultura.mg.gov.br
As incrições para Lei Murilo Mendes- Funalfa foram abertas na última terça-feira, 30
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