Mergulho Diário - Edição 6

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Mergulho Diário Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF • Juiz de Fora, 10 de Agosto de 2017 • N° 06

Foto Christinny Garibaldi

Previsão indica saldo negativo de empregos no setor de serviços

Setor engloba serviços de correios, educação, administração pública e transporte, como táxis e ônibus P. 11

Diário Oficial publicou ontem (9) uma portaria que designa servidores da Guarda Municipal de Juiz de Fora para atuar no trânsito das vias municipais.

NEPCrim apresenta no auditório da Câmara de Dirigente Logistas de Juiz de Fora (CDL), nesta quinta-feira (10), o projeto de extensão acadêmica “Mulheres, apesar do cárcere”.

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Foto: JF Imperadores

Guardas Debate sobre Municipais condições da passam a fiscalizar população feminina o trânsito em JF encarcerada JF Imperadores se preparam para partida na FAEFID dia 20 P. 14


Quinta-feira, 10 de Agosto

Editorial Tudo é política A recente repulsa em relação à política brasileira, diante dos incessantes casos de corrupção, aponta um dado assustador: a busca de “não políticos”, que, muitas vezes, se apresentam como salvadores da pátria com ideais preconceituosos. O cidadão, ao ter conhecimento e exercer seus deveres e direitos, promove sua cidadania. Entretanto, o exercício da política pelo brasileiro está longe de ser efetivoa. O direito de investigar, cobrar, parece esquecido em um canto. Política não é apenas de quatro em quatro anos. Entender de política não é apenas ir votar na eleição. É necessário pesquisar quem são os nossos políticos, os que estão fazendo e como isso interfere em nossa vida. Para mudar o mundo é necessário começar com pequenas mudanças e feitos. Com o agir individual ou coletivo, alterações no espaço de convivência serão possíveis. Manifestações políticas, econômicas, culturais e sociais constroem o saber. O espaço de debate deve ser qualquer lugar, pois de ideias simples podem surgir grandes feitos. Reconhecer a política como um serviço prestado é extremamente necessário. Políticos devem servir à população. Não somos seus subordinados

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Em Juiz de Fora, decisões políticas que afetam diretamente a população são ignoradas. Ser cidadão é aproveitar tudo o que a cidade pode oferecer e também reivindicar melhorias. É agir individualmente ou em coletivo, para construir um espaço de debates e avanços em questões políticas, culturais, sociais e ambientais. Saber o que ocorre em meio às ruas e avenidas aprendendo sobre a história, para reivindicar nossos direitos. Conhecer a cidade, passar por diversos caminhos. Em nossa edição de hoje você poderá ver que há diversas formas de praticar a sua cidadania. Isso pode ser feito ao participar de reuniões na Câmara de Vereadores, conhecendo as leis aprovadas e como ela nos afetam, até mesmo usando espaços públicos como o jardim pedagógico da Faculdade de Pedagogia e Educação da UFJF, ou ir a um evento esportivo ou cultural. Como diz o filósofo Platão: “A coisa mais indispensável a um homem é reconhecer o uso que deve fazer do seu próprio conhecimento.” Ou seja, devemos adquirir sabedoria para exercício da política e da cidadania, para assim conquistarmos melhorias em nosso dia a dia enquanto população.

EXPEDIENTE Jornal Laboratório da Faculdade de Jornalismo da UFJF, produzido pelos alunos da disciplina de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso Reitor Profº Dr. Marcus David Vice-Reitora Profª Drª Girlene Alves da Silva Diretor da Faculdade de Comunicação Social Prof. Drº Jorge Carlos Felz Ferreira Vice-Diretora Profª. Drª. Marise Pimentel Mendes Coordenador do Curso de Jornalismo Integral Profª Ms. Eduardo Leão Chefe do Departamento deMétodos Aplicados e TécnicasLaboratoriais Profª. Drª. Maria Cristina B. de Faria Professoras Orientadoras Profª. Drª. Janaina de Oliveira Nunes Profª. Drª. Marise Baesso Repórteres Ariadne Bedim, Bárbara Braga, Bárbara Delgado, Carolina Larcher, Christinny Garibaldi, Érica Vicentin , Isadora Gonçalves, Juliana Dias, Letícia Silva, Pedro Augusto, Sabrina Soares, Tatiane Carvalho Edição e Diagramação Alice Xavier Ezequiel Florenzano Contato mergulhodiario@gmail.com facebook.com/mergulhodiario (32) 2102-3612


Quinta-feira, 10 de Agosto

Alice Xavier Coração batendo disparado, falta de ar, impaciência, mau humor, mil pensamentos, tristeza, e etc. O que será que está acontecendo? A resposta é simples: ansiedade. Ultimamente, virou moda abordar a questão da ansiedade, sempre associada ao mau do século, ao mundo globalizado, em que lutamos dia a dia por um lugar ao sol. Lutamos para saber se o amigo está melhor ou pior que nós; lutamos para ter saúde; para ter um bom emprego; escolher a faculdade certa; ter independência financeira; ser feliz; ter uma família feliz; se enquadrar dentro do estereótipo exigido pela sociedade. É muito difícil viver em um mundo com tanta pressão. É difícil lidar com todos os problemas e ser indiferente, não sentir a dor do outro. A ansiedade se aproveita de tudo isso para acabar conosco, aproveitando de toda calmaria que poderíamos ter. Muitas vezes, não percebemos que estamos sendo vítimas dessa palavra de nome estranho, que nunca havia feito tanto estrago antes, ganhando tanta visibilidade como nos dias atuais. O coração dispara do nada? Ansiedade. É difícil se concentrar em qualquer atividade cotidiana? Ansiedade. Bate uma tristeza quando você pensa na vida? Ansiedade. Vocêse acha incapaz quando sente que o tempo está passando e nota poucas mudanças em sua vida? Ansiedade. Você deita para dormir, está com sono, cansado, e ainda assim fica até altas horas rolando na cama? Ansiedade. Durante esses momentos em que rola na cama, os pensamentos são inúmeros, sobre diversos assuntos, que você não consegue sequer concluir um deles? Ansiedade. Tantos diagnósticos para situações corriqueiras, mas nenhuma receita eficaz de como combater isso e fazer a vida voltar ao normal, ou ao menos

Ter ou ser?

parecer ser normal. A maior complicação da vida de uma pessoa, principalmente no início da fase adulta, é sobre o futuro. Futuro que desola, devasta, arrasa, decepciona, entristece, entre tantos outros adjetivos, principalmente se há privação de condição financeira. Tantas dúvidas, tantos receios, tantos porquês, que é até difícil mensurar realmente o tamanho de tantos pensamentos. Quando falamos sobre o ser, é fácil perceber que ele pouco importa: não basta apenas estudar, não basta apenas correr atrás, muito menos investir em si, pois, por trás de tudo isso, sempre haverá o famoso ter. No que se refere ao ter, é a parte mais fácil: basta ter contatos, basta ter amigos influentes, basta ter padrinhos, basta ter dinheiro. Na maioria das vezes, não importa ter talento, mérito, capacidade, determinação, força de vontade. A maior frustração de tudo isso é que poucas pessoas vão te valorizar pelo que você é, mas sim pelo que você tem. Segundo Zygmunt Bauman, vivemos em uma sociedade líquida, em que pessoas são substituídas o tempo todo, pela artificialidade, pelo consumismo. A necessidade de descartar nos obriga a nos adaptarmos a tudo

Artigo aquilo que é transitório. Acreditar, ter fé, ser otimista é fundamental, mas é necessário ir além, pensar além. Infelizmente, o mundo não foi feito para dar sucesso a todos, nem todos irão se sobressair, não são todos que vão atingir o patamar desejado, nem serão todos que vão conseguir confirmar a famosa frase: “quem acredita sempre alcança”. O fato é inquestionável, soa como pessimismo, porém, basta saber se você é ou será a pessoa escolhida para o sucesso. O paradoxo existente entre o ser e o ter é tão profundo que passamos praticamente uma vida toda buscando ter aquilo que, segundo as convenções sociais, é necessário ter. Ao mesmo tempo, deixamos de ser muitas coisas: ser saudável (pois, na maioria das vezes, devido a tanta correria, nos alimentamos mal), ser presente (aos nossos amigos, familiares, amores), ser uma pessoa melhor (porque nos corrompemos muitas vezes em troca de ter um bom emprego, uma boa amizade influente, um conformismo de que o mundo é assim), ser nós mesmos. Nos esquecemos de quem somos, não olhamos o nosso interior, não nos cuidamos como deveríamos. A consequência disso são as inúmeras doenças que surgem frequentemente, como o estresse e a ansiedade. Não nos damos conta de que isso tem surgido com a necessidade do mundo rápido, da tecnologia, que nos obriga a estar conectados a todo o tempo, assim como darmos conta de saber o que acontece com todos ao nosso redor. Precisamos parar para pensar. Se há algo que precisamos ser, é felizes, precisamos ter quem amamos, quem nos valoriza, quem nos critica para que cresçamos e não para nos colocar na roda da competitividade e termos que contar com a sorte para nos destacarmos.

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Quinta-feira, 10 de Agosto

Economia

Previsões econômicas indicam saldo negativo de empregos no setor de serviços O prognótico é para março de 2018. Relatório também apresenta outras informações sobre a economia de Juiz de Fora Christinny Garibaldi

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Zona da Mata Na região da Zona da Mata, Juiz de Fora permanece em 1° lugar em relação ao IAEM de outros municípios. De acordo com o relatório, o bom resultado pode ser consequência dos índices de movimentação bancária e arrecadação do município. Leopoldina apresentou queda e ocupa 12° lugar no ranking entre as cidades. Ubá, Muriaé, Visconde do Rio Branco e Santos Dumont subiram de posições e ocupam o 4°, 5°, 8°, e 9° lugar, respectivamente. IAEM em Juiz de Fora Juiz de Fora apresentou posição de destaque no IAEM em mar-

ço de 2017: 6° lugar no ranking de Minas Gerais. No Índice de Atividade Bancária (IAB), foram registrados ganhos de operações por recebimento de 376,8%, nos depósitos à prazo de 4,3% e nos depósitos bancários em 160,9%. Houve crescimento no Índice de Arrecadação Municipal, (IAM), devido aos aumentos do nível de repasses do IPVA (5,8%), dos valores arrecadados de ICMS e nos setores de serviços e da indústria de transformação (10,8%). Também foram registrados ganhos no Índice de Movimentação de Emprego (IME) por conta do aumento de ofertas de trabalho no setor da indústria de extração e de transformação. As perdas ficaram para o Índice de Abertura Externa (IAE) por conta da diminuição das importações de produtos agropecuários (baixa de 84,8%) e das importações mineiras (baixa de 19,5%). O gráfico abaixo demonstra os dados.

Decomposição da IAEM para Juiz de Fora. Março de 2016 a março de 2017.

Gráfico do Boletim de Economia Regional da CMC.

Uma pesquisa realizada pelo projeto de extensão Conjuntura e Mercados Consultoria (CMC), da faculdade de Economia da UFJF, prevê movimentação negativa de empregos no setor de serviços para março de 2018. A pesquisa é parte do Indicador de Atividade Econômica Municipal (IAEM) do mês de março de 2017, que apresenta a avaliação econômica de 853 municípios de Minas Gerais. Desde 2016, o setor de serviços apresenta redução, com 40% de queda em relação a 2015. Este setor compreende atividades como hotelaria, transporte, como táxi e ônibus urbanos, e correios. Entre os dados do Boletim da IAEM, também há suposição de queda para as operações de crédito, que devem apresentar uma perda de 8,5%. Para o mesmo período, a previsão para a indústria de transformação, responsável pela conversão de matéria bruta em produtos, é de crescimento de arrecadação do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços, ICMS, em 38,9% em relação a março deste ano. A previsão também é de crescimento para as importações de manufaturados que devem fechar março de 2018 com alta de 8,4%. De acordo com Ramon Gonçalves, doutorando da faculdade de economia e integrante da equipe do projeto CMC, os prognósticos do Boletim de Economia Regional, responsável pela divulgação dos dados do IAEM, são realizadas por meio da análise de resultados de

anos anteriores. Para as previsões sobre o índice de empregos no setor de serviços, os dados de pesquisa são obtidos pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), disponibilizados no portal do Ministério do Trabalho.


Quinta-feira, 10 de Agosto

Editorial Economia

Preço do leite registra queda em Juiz de Fora Imagem: Pixabay

Em relação ao mesmo período do ano passado diferença é de R$0,73; consumidores notam a diferença

Segundo pesquisa, leite no município apresentou queda de 1,36% em relação ao mês de julho

Pedro Augusto Figueiredo A Secretaria de Agropecuária e Abastecimento (SAA) da Prefeitura de Juiz de Fora divulgou nesta quarta-feira (9) pesquisa sobre o preço do leite tipo C na cidade. De acordo com os dados divulgados, o litro de leite em Juiz de Fora custa hoje, em média, R$ 3,05. O produto está 19,26% mais barato do que no início de agosto do ano passado, quando tinha preço médio de R$3,78. Os dados foram apurados em 53 estabelecimentos, espalhados por todo o município. Outro indicador que demonstra que o produto ficou mais barato é o preço máximo do leite. Em pesquisa realizada há exatamente um ano pela SAA, a mercadoria foi encontrada nos estabelecimentos de Juiz de Fora por até R$4,50, R$0,80 mais caro do que o preço máximo aferido

na cidade esta semana. A diferença vem sendo notada pelos consumidores. Morador do bairro São Pedro, o estudante Paulo Fernando Santos, 28 anos, afirma que a mudança foi bastante perceptível. “Ano passado nos grandes supermercados da cidade o leite custava em torno de R$4. Essa semana eu consegui comprar por R$2,40”, compara. Para Paulo, o produto estava tão caro no ano passado que foi necessário buscar alternativas: “Eu passei a comprar leite em pó porque o custo x benefício era bem maior naquele momento. Foi a alternativa que encontrei para continuar tomando leite e economizar.” Para o economista e professor da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO), Fernando Agra, a queda do preço

pode estar relacionada à oferta. “Como o leite é um produto encontrado in natura, ele está sujeito a lei de oferta e procura. Nesse caso, eu acredito que exista um excesso do lado da oferta”, afirma. Segundo Agra, com o leite mais barato, a tendência é que o preço de seus derivados também caiam. A diferença entre o leite tipo C, normalmente obtido em embalagens plásticas, e o tipo UHT, também conhecido como longa vida, se dá no processamento. “O leite tipo C é exposto a temperaturas menores do que o UHT. Isso afeta no prazo de validade do produto, mas não influência na qualidade do leite”, explica o vice-coordenador do Mestrado em Ciência e Tecnologia do Leite e Derivados da UFJF, Marco Antônio Furtado.

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Quinta-feira, 10 de Agosto

Cidade

Discussão sobre mulheres no cárcere acontece hoje Evento faz parte da “Semana do Encarceramento” e é aberto ao público Ariadne Bedim O Núcleo de Extensão e Pesquisa em Ciências Criminais da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora (NEPCrim) apresenta no auditório da Câmara de Dirigente Logistas de Juiz de Fora (CDL), nesta quinta-feira (10), o projeto de extensão acadêmica “Mulheres, apesar do cárcere”. Com o objetivo de estimular e promover a produção de conhecimentos acerca da questão criminal, o NEPCrim idealizou o debate junto aos coordenadores e professores, Ellen Rodrigues e Leandro Oliveira. Membro do Núcleo e estudante de Direito da UFJF, Igan Mainieri, afirma que serão realizados debates sobre condições adversas a que as mulheres são submetidas no sistema prisional, as políticas criminais que

determinaram o encarceramento em massa e a necessidade de buscar alternativas ao modelo vigente. Segundo dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), a população carcerária aumentou de 232.755 para 622.202 do ano de 2000 a 2014. E desse aumento, o cárcere feminino cresceu mais do que o masculino. Igan destaca que a realidade do encarceramento feminino no Brasil representa o nível mais drástico de violações dos Direitos Humanos de todo o sistema penitenciário e conclui: “Queremos transmitir justamente essa realidade e como podemos agir para mudá-la.” Nathana Veloso, 23 anos, estudante do Serviço Social da UFJF, se interessou pelo evento

por ser o tema de seu objeto de pesquisa. A estudante analisa a penitência feminina com uma abordagem focada nos discursos de direitos, leis e assistência social, mas questiona como podemos solucionar e contribuir para mudar essa realidade através da ressocialização e oportunidade de emprego, por exemplo. O evento faz parte da “Semana do Encarcerado”, que teve início na segunda-feira (7) e pretende dar visibilidade ao trabalho do Conselho da Comunidade em Execução Penal e de outras instituições ligadas ao sistema prisional. A semana também conta com palestras e discussões sobre o tema. O auditório da CDL, se localiza na rua Halfeld, 404, 3˚andar e a palestra começará às 19 horas. Foto: Pixabay

Em uma década, a população carcerária feminina cresceu 102% em comparação com a masculina que cresceu 66%

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Quinta-feira, 10 de Agosto

Cidade

Morte de Peixes em Matias Barbosa continua sob investigação

Foto: Juliana Dias

Acidente com etanol não foi descartado e levanta questionamento sobre rodovias vulneráveis

Rodovias ao longo de cursos d’água devem possuir sistema para escoamento de resíduos em caso de acidentes

Juliana Dias

A mortandade de peixes no Paraibuna, observada na altura do Bairro Nossa Senhora da Penha, em Matias Barbosa, na última segunda-feira (7) segue sem explicações. As amostras coletadas no local foram encaminhadas para Belo Horizonte pelo Núcleo de Emergência Ambiental, que pertence à Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Não há prazo fixado para a divulgação dos resultados, mas a resposta é aguardada para os próximos 30 dias. A possibilidade do acidente ter sido uma consequência do tombamento de uma carreta, na quarta-feira, 2 de agosto, que transportava 45 mil litros de etanol nas margens do rio Paraibuna ainda é investigada. Entretanto, segundo o diretor do Departamento Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Matias Barbosa, Maurício dos Reis, essa re-

lação é possível, mas pouco provável, devido ao volume de vazão do rio, que teria ajudado a diluir o etanol. Ele também ressalta a distância de tempo decorrido entre o acidente rodoviário e o aparecimento dos peixes mortos. A finalização da remoção do material derramado pela carreta terminou no dia 5 de agosto. A princípio, como explica Reis a causa aparente da morte dos peixes foi asfixia, já que os animais apresentavam guelras inchadas no momento em que foram recolhidos. Entretanto, não se sabe a causa da baixa de oxigênio naquela região do Paraibuna. Maurício também ressalta que o fato ocorreu somente naquele dia e que, atualmente a situação está normalizada. “Grande parte dos peixes que estavam na superfície tentando respirar foram transferidos para outros córregos e se recuperaram normalmente.”

Rodovias ao longo do curso de rios inspiram cuidados Para o professor da faculdade de Engenharia e coordenador do Núcleo de Análise Geo Ambiental da UFJF, Cézar Henrique Barra, ainda que o etanol não tenha sido o responsável pela morte dos peixes, rodovias próximas a cursos de água e com grande fluxo de veículos, deveriam estar preparadas para evitar que, em caso de acidentes como este, os resíduos cheguem até o rio. Ele destaca as obras feitas na interseção da BR-040 com a MG-353. “A rodovia próxima à Bacia da Represa João Penido teve canaletas instaladas para conduzir líquidos, em caso de acidentes, para evitar a contaminação das águas e uma provável suspensão de abastecimento.” Barra destaca que essas medidas não existem na BR267, onde ocorreu o acidente com etanol.

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Quinta-feira, 10 de Agosto

Cidade

Guardas Municipais passam a fiscalizar vias em Juiz de Fora Autonomia dos profissionais para aplicar multas alerta motoristas

Os guardas passaram por capacitações antes de atuarem na fiscalização do trânsito na cidade

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O Diário Oficial publicou ontem (9) uma portaria que designa servidores da Guarda Municipal de Juiz de Fora para atuar no trânsito das vias municipais. Desde que foi criada, em 2009, a Guarda Municipal já tinha a competência de orientação no trânsito, mas agora o exercício muda. A portaria foi publicada de maneira conjunta pela Secretaria de Transporte e Trânsito e a Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania. A atribuição na cidade segue uma Lei Federal instituída em 2014, e que já funcionava no país. Ricardo Loures, subcomandante da Guarda Municipal, avalia positivamente a decisão: “Esperamos que os guardas municipais venham somar com os agentes de trânsito, para auxiliar

na fiscalização”. Ainda segundo Ricardo, foi realizada uma formação com a Polícia Militar e recentemente um curso com os próprios agentes de trânsito, com fins de capacitar esses profissionais. “Já está sendo preparada uma reciclagem para nós também, na semana que vem. Para fazer atualizações, tiveram algumas mudanças na legislação, para a gente poder fiscalizar efetivamente”, explica o subcomandante. Agora, 90% da corporação poderá trabalhar na fiscalização, com autonomia para aplicação de multas. Ilson da Cruz dirige há dois anos e considera válida a iniciativa, porque ele acredita que existe um grande número de infrações sendo cometidas. Porém, considera que o sistema vai ficar mais rígido: “acho que

que agora vai ter muita multa, porque eu vejo muito mais Guarda Municipal na cidade do que Polícia Militar”, opina. De acordo com a assessoria da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania, para os motoristas que conduzem de acordo com as regras, é mais uma forma de valorizar sua atuação no trânsito, porque eles poderão contar com mais um serviço da Guarda Municipal. Larissa Garcia também é motorista em Juiz de Fora e considera que essa mudança pode ser uma alternativa de melhorar a segurança no trânsito, que em sua opinião é ruim. “Acredito que nós motoristas vamos precisar ser mais responsáveis e cautelosos, mas é só continuar mantendo boas condutas no trânsito para não receber multas”, destaca.

Divulgação PJ - Carlos Mendonça

Letícia Silva


Quinta-feira, 10 de Agosto

Editorial Cidade

Corpo da jornalista Vanessa Esteves será velado hoje em Juiz de Fora Suspeitos do crime foram presos em Brasília na última quarta-feira Imagem: Reprodução/Redes Sociais

O velório está previsto para o meio dia e o enterro acontece às 16h30 no Cemitério Parque da Saudade.

Isadora Gonçalves A jornalista juiz-forana, Maria Vanessa Veiga Esteves, assassinada em Brasília, será velada na tarde de hoje no Cemitério Parque da Saudade, em Juiz de Fora, e o enterro está previsto para às 16h30. Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e mestranda em jornalismo na Universidade de Brasília (UnB), Vanessa tinha 55 anos, trabalhava como servidora temporária do Ministério da Cultura (MinC) desde maio de 2013, como analista de projetos culturais da Lei Rouanet, e tinha vasta experiência na área de TV. O crime, investigado como latrocínio (roubo seguido de

morte), aconteceu por volta de 23h30 da noite da última terça-feira (8) na quadra 408 da Asa Norte. Após estacionar em frente ao prédio em que morava, a jornalista foi abordada por dois assaltantes que levaram sua bolsa e a golpearam com uma faca. A vítima morreu no local antes da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os criminosos foram identificados por meio de vídeos das câmeras de segurança no local e presos na noite dessa quarta-feira (9). Os suspeitos foram encontrados pelos policiais em um apartamento na Quadra 208. Duas pessoas foram presas e um adolescente de 15 anos, apreendido. Um dos participantes

do crime, Alecsandro de Lima Dias, 26 anos, tinha ao menos cinco passagens pela Polícia. A faca utilizada e os pertences da vítima foram encontrados no local. A Polícia Civil ainda investiga Glauber Barbosa da Costa, de 42 anos, dono do imóvel em que os suspeitos foram encontrados e aluno de pós-graduação da UnB. O local é um suposto ponto de tráfico de drogas. Ainda na quarta-feira (9), o Ministério da Cultura liberou uma nota manifestando pesar e prestando homenagem à servidora. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, também publicou, nas redes sociais, um texto lamentando o ocorrido.

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Política

Prefeitura retoma antigo nome de Unidades Básicas em Juiz de Fora O termo UBS, que havia sido mudado em 2010 para Uaps, vinha causando confusão com as UPAs, cujo atendimento é voltado para emergências

Foto: Divulgação PJF

Pouca informação sobre Unidades faz com que UPAs acumulem mais filas que UBSs

Carolina Larcher O prefeito Bruno Siqueira assinou, nesta semana, um decreto que altera a terminologia das Unidades de Atenção Primária em Saúde (Uaps) para Unidade Básica de Saúde (UBS), no âmbito do Município de Juiz de Fora. A alteração foi aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde e tem o objetivo de melhorar a identificação e diferenciação das Unidades pelos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), uma vez que a sigla Uaps era confundida com a UPA, por possuírem sonoridades parecidas. Em seu texto, o prefeito afirma que a proximidade fonética acarretava “confusão aos serviços públicos prestados e dirigidos aos demandatários das ações de saúde nestes estabelecimentos”. Segundo a prefeitura, a modificação ainda faz parte de um planejamento para o sistema público da saúde do município, que pretende trazer mais

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informações e esclarecer a população acerca do atendimento das Unidades que existem na cidade. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) são destinadas aos pacientes que se encontram em casos de urgência ou emergência, enquanto as UBSs são locais adequados para atendimento cotidiano, como consultas médicas de rotina, odontológicas, de enfermagem e realização de exames simples. Além disso, as UBSs possuem atendimentos programados para gestantes, crianças, idosos e pacientes crônicos. O decreto só entrará em vigor no dia 7 de setembro, 30 dias após a sua publicação. Segundo a secretária de saúde Elizabeth Jucá, a mudança torna o atendimento mais eficiente para os servidores públicos e para o paciente. “O nome da unidade é fundamental para a compreensão e o entendimento

dos usuários sobre o sistema”. Ela ainda explicou que outras medidas já estão sendo providenciadas: “Serão instaladas em todas as UBSs informações sobre os serviços oferecidos aos usuários e mapas com indicação das áreas de abrangência de cada uma”. O ex-servidor público Celio Henrique, de 52 anos, aponta que é muito importante que a diferenciação entre UPA e UBS seja clara. “Várias pessoas vão à UPA para ter qualquer tipo de tratamento, mas ela deveria servir só para emergências. Os exames mais comuns têm que ser feitos na Unidade Básica, porque, senão, gera muita fila desnecessária na UPA”. De acordo com a prefeitura, Juiz de Fora possui 63 UBSs espalhadas pelas zonas urbana e rural, sendo 44 de Estratégia de Saúde da Família e 19 tradicionais.


Quinta-feira, 10 de Agosto

Política

Audiências públicas da Camâra Municipal, geralmente, tem pouca participação popular

Para cientista, desinteresse por temas gerais se dá pela falta de conscientização política A Câmara Municipal de Juiz de Fora realiza audiências públicas com o intuito de que os cidadãos juiz-foranos possam dialogar com o poder Legislativo sobre as decisões em assuntos do interesse coletivo. Entretanto, a presença popular nestas audiências é extremamente baixa. A assessoria de imprensa da Câmara informa que, por mais que sejam divulgadas, as reuniões não contam com números expressivos de cidadãos. Apenas quando a discussão é sobre alguns temas específicos, há uma presença mais significativa dos interessados. “Se o assunto discutido for do interesse de uma determinada categoria ou classe, como dos taxistas, professores, há lotações. Caso os projetos atinjam um determinado bairro, o comparecimento popular é maior também. Mas, se não for este o caso, pouquíssimas pessoas vêm.” De acordo com o cientista político José Alcides dos Santos, o indíviduo tende a querer participar somente das decisões que influenciam diretamente em sua rotina. “Muitos, não possuem consciência de que a cidadania é um ato coletivo. O indivíduo pensa: ‘eu não tenho nenhum problema de mobilidade física, então por que irei em uma audiência para debater acessibilidade no município?’ Digo que, hoje, temos muitos habitantes em Juiz de Fora, mas poucos cidadãos.”

Foto: TV Câmara

Bárbara Braga

Sessões são realizadas à tarde, o que dificulta o comparecimento de trabalhadores

importância de comparecer às audiências, acompanhar os projetos e trabalhos desenvolvidos pela gestão, fiscalizar como se dá o gasto do dinheiro público, propor e cobrar soluções. Participar envolve a capacidade real de interferir nas decisões, no caso do município, dos vereadores e do prefeito. Estimular a população a dialogar com os representantes do Legislativo é importante para aumentar a participação dela nas audiências públicas. A criação da Câmara Sênior, da Câmara Mirim e do Parlamento Jovem - que trabalham temas relacionados à cidadania e democracia com crianças, adolescentes e estudantes juiz-foranos - são formas de desenvolver uma consciência política. “Ao mostrar para o povo o valor que ele possui para o funcionamento da democracia, ele se torna mais ativo. Em países onde se discute política, sempre que necessário, esta funciona porque todos se empenham em fazer sua parte. Para o Conscientização política brasileiro, todas estas questões são Segundo José Alcides, para novas ainda, ele está aprendendo que a população aproveite os ca- a participar. Por isso, dar abertura nais de participação existentes, é para a população é tão importante”, necessário que ela compreenda a explica José Alcides.

Divulgação das audiências

Tanto a assessoria da Câmara Municipal, quanto do vereador Júlio Obama Jr., confirmam que a divulgação das audiências e dos temas que serão discutidos é feita nas redes sociais e nos canais de comunicação. Desde o dia 5 de maio, as audiências são transmitidas ao vivo pela internet e no canal 35 do sinal aberto digital da TV Câmara. “Os vereadores requerem qual assunto precisam discutir com os setores da sociedade juiz-forana e as autoridades públicas. A data e o horário é veiculada em todos os meios que a Câmara possui, e os requerentes o fazem também, porque, em muitos casos, estes assuntos são demandados a eles por seus eleitores., explica a assessoria do vereador. Todas as audiências são realizadas às 15 horas, no Plenário da Câmara. Os cidadãos que chegam antes do início do debate, podem se cadastrar, para ter o direito de fala. Os vereadores convidam órgãos e setores sociais para enriquecerem o diálogo. A próxima audiência pública será realizada no dia 16, e serão debatidas as diretrizes para elaboração da Lei Orçamentária para o exercício financeiro de 2018.

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Quinta-feira, 10 de Agosto

Cultura

Produtos artesanais ganham força na cidade

Foto: Reprodução Prefeitura de Juiz de Fora

Eventos como a Praça Cultural são exemplos de incentivo aos pequenos produtores, além de proporcionar lazer aos juiz-foranos

Evento atraiu grande público em suas edições anteriores

Érica Vicentin

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O artesanato é uma arte milenar que tem se destacado no mercado. O trabalho manual existe desde os primórdios da humanidade e surgiu no período neolítico, quando o homem começou a polir pedra. Em Juiz de Fora, a produção de artesanatos abrange costura, pinturas, crochê, enxoval para bebês, e até mesmo reutilização de materiais orgânicos como pó de café e casca de ovo. De acordo com a diretora da Associação de Artesãos do São Mateus, Maria Ivany Gomes da Silva, sua paixão pela profissão vem de muito cedo: “Minha mãe sempre disse que eu e minhas irmãs precisávamos saber fazer essas artes e nos ensinou. Acabou virando uma paixão pra gente. Acho que nos apaixonamos por

essa oportunidade de usar toda a nossa criatividade para criar produtos únicos com nossas próprias mãos”. Além de arte, o artesanato é também uma importante fonte de renda e de movimento da economia local. A artesã Andréia Fernandes ressaltou a importância da profissão: “Como eu tenho filhos pequenos, fazer produtos artesanais foi a oportunidade perfeita para ajudar com os gastos de casa e ainda assim cuidar das crianças. Mas apesar da chance de produzir em casa, é preciso lembrar que esse é um trabalho muito minucioso, que exige tempo, atenção e pede que eu esteja sempre atualizada sobre as novidades”, afirmou. Além de objetos e utensílios feitos a mão, alguns outros produtos também fazem parte do mercado de Juiz de Fora. O café artesanal, por exemplo, tem

o processo de seleção, queima e moagem dos grãos controlados, em pequena escala. A Professora Edylane Eiterer, explica o que motiva a venda desse tipo de produto: “sempre fui apaixonada pelo grão e como sempre tive dificuldade de encontrar o produto com qualidade e preço acessível, busquei uma alternativa para consumir produtos que realmente me agradassem. Decidi começar a vender para poder oferecer para os outros aquilo que eu mesma quero beber”. Edylane reforçou ainda que estará presente na 7ª edição da Praça Cultural, realizado na praça Antônio Carlos nos dias 10, 11 e 12 dessa semana. O evento ainda vai reunir outros artesãos, artistas, autônomos e proprietários de food trucks e demais empreendedores que buscam divulgar e vender seus produtos.


Quinta-feira, 10 de Agosto

Cultura

Fotografias do século XIX serão estudadas em minicurso gratuito oferecido pelo Mapro As inscrições vão até a próxima terça-feira e o curso terá duração de quatro semanas Sabrina Soares O Museu Mariano Procópio (Mapro) realizará na próxima terça, 15, o minicurso “Coleções de Fotografias Oitocentistas no Brasil: Fontes para o Estudo da História”. A iniciativa celebra o Dia Mundial da Fotografia, em 19 de agosto. Segundo o assessor de comunicação do Museu, Vinicius Ribeiro, o minicurso atende, principalmente, a demanda de alunos de vários cursos de graduação, possibilitando também a aproximação de escolas, faculdades e os interessados no tema. “O período é oitocentista, então, será abordado o acervo do museu e também o acervo fotográfico do período em outras instituições”, afirma Vinícius. O curso gratuito terá duração de quatro horas, com certificado digital, e será ministrado pela historiadora Rosane Carmanine, no

auditório da sede administrativa, na Rua Dom Pedro II, nº 350. A primeira turma já está completa, com 30 inscritos. Devido ao interesse, a administração do Museu está estudando a possibilidade de ser aberta mais uma turma ainda nesse mês, provavelmente na última semana, como informou a assessoria. As inscrições podem ser feitas pelo telefone (32) 3690-2027. Conforme o Departamento de Acervo Técnico (DAT), o conjunto oitocentista, relativo ao século XIX, do Mariano Procópio já está catalogado e digitalizado, somando em torno de 1.700 a 1.800 imagens, entre fotos da Família Imperial e da própria família de Ferreira Lage, fundadores do museu. O curso busca mostrar e dar visibilidade a esse acervo. A estudante de Artes, Daniele

Menezes, 22, se inscreveu por gostar de fotografia e espera ampliar conhecimentos na àrea. “Eu faço estágio no museu e conheço parte do acervo, mas, por exemplo, essa parte do acervo fotográfico eu não conheço direito ainda. Isso me ajudaria no estágio e também no conhecimento geral sobre o momento daquelas fotografias, como eram feitas e o que elas podem trazer hoje em dia no campo técnico e da memória da época”. De acordo com a administração da instituição, além do minicurso oitocentista haverá outros cursos até o final do ano com temáticas diversas. O Museu Mariano Procópio fica na Rua Mariano Procópio, 1100, Centro, Juiz de Fora. O telefone para contato é o (32) 36902200. Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 8h às 18h. Foto: Museu Mariano Procópio

Conjunto oitocentista do Museu Mariano Procópio soma em torno de 1.700 a 1.800 imagens

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Quinta-feira, 10 de Agosto

UFJF

Faculdade de Educação da UFJF produz jardim agropedagógico Local vai abrigar atividades culturais do IX Encontro Nacional de Pesquisa em Educação Ambiental que será realizado na próxima semana Bárbara Delgado

Foto: Bárbara Delgado

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Uma das propostas nesse espaço é promover a conscientização do plantio e cuidado com a terra, além da importância da sustentabilidade. Wellington Souza é mestrando, participa do projeto e afirma: “Estamos organizando mutirões de plantio e produzindo um vídeo sobre o trabalho. Acredito que é uma oportunidade importante para desenvolver o sentimento de coletividade com o espaço público.” O IX Encontro Nacional de Pesquisa em Educação Ambiental (EPEA) será realizado do dia 13 ao dia 16 de agosto no Campus da Universidade Federal de Juiz de Fora. O objetivo do Encontro é promover a interação de diferentes pesquisadores na área de educação ambiental. Durante o evento, os participantes terão a oportunidade de apresentar trabalhos na área de pesquisa abordada, analisar e discutir temas, além de aprofundar e identificar práticas de estudo. As atividades programadas variam entre palestras, mesas redondas e dinâmicas culturais. A professora da Faculdade de Edu-

Espaço promove aulas ao ar livre além de proporcionar um local de interação entre os alunos

Foto: Bárbara Delgado

O Jardim Agropedagógico da Faculdade de Educação é organizado por um grupo de pesquisa que é orientado pelo professor Dileno Dustan e começou há quatro meses. Fica localizado no estacionamento entre as Faculdade de Comunicação e Educação, sentido ao Instituto de Ciências Humanas (ICH). O intuito do jardim é promover a socialização e reaproveitar o espaço. “Nós fizemos uma praça aqui para as pessoas se reunirem, dar aula, tocarem violão, promover o diálogo entre a comunidade acadêmica, ser um laboratório para os alunos”, comenta professor. O jardim é aberto a todos. Uma horta também foi criada no espaço e os alimentos plantados servem para o consumo dos próprios professores, alunos e funcionários. É um trabalho que exige cuidados diários e manutenção, “nós plantamos chuchu, couve, alface, cebolinha, manjericão e mudas de chá. Estamos pensando em ampliar a diversidade dos alimentos”, acrescenta Dileno.

Mudas de chá são um dos cultivos que o grupo tem produzido

cação, Angélica Cosenza, é uma das organizadoras do evento e vai levar as atividades educativas ao Jardim Agropedagógico. “Nós temos uma perspectiva de bastante inclusão, nossas atrações culturais serão diversificadas, como festa latina, maracutu, lançamentos de livros que se dará no âmbito do jardim.” Todos os materiais para esses trabalhos são sustentáveis, são de reuso, e os lanches serão produzidos por cooperativas solidárias. “Acredito que o jardim seja de extrema importância devido ao tema do evento, estamos falando de educação ambiental. Exatamente por proporcionar um espaço acolhedor. É um espaço de interação, onde as pessoas podem se sentir mais livres de amarras institucionais”, afirma a professora.


Quinta-feira, 10 de Agosto

Editorial Esporte

JF Imperadores joga no próximo dia 20 pela Liga Nacional de Futebol Americano Interesse pelo esporte vem crescendo e time juiz-forano conta com o apoio da cidade para encher o Campo da Faefid no próximo jogo

Começou nesta segunda-feira (7) a venda de ingressos para o jogo que vai acontecer pela liga nacional de futebol americano no próximodia 20, no Campo da Faefid. A disputa será entre o JF Imperadores e a equipe do Palmeiras. O futebol americano vem crescendo em Juiz de Fora graças, principalmente devido à curiosidade que os juiz-foranos possuem sobre o esporte. Desde fevereiro deste ano, a cidade conta com dois times: o JF Imperadores, na modalidade masculina, e JF Imperadoras, na feminina. Os dois vieram da junção dos antigos JF Mamutes, criado em 2015 e JF Red Fox, criado em 2008. Para Germano Sobrinho, diretor do time JF Imperadores, a união dos times elevou o nome da cidade nas competições: “O fortalecimento foi tanto que chegamos à final da Copa Minas de Futebol Americano deste ano, jogamos com grandes times do estado, porém ficamos em segundo lugar. Não é o que queríamos, mas essa conquista foi muito importante para ver o potencial que temos e que podemos atingir.” Germano ressalta ainda que vem observando um crescimento do interesse do público sobre essa modalidade: “Acredito que de uns dois anos para cá vem aumentado os adeptos do futebol americano, seja de interessados a jogar ou de torcedores. Com a união dos dois times que existiam em Juiz de Fora, unimos as torcidas em torno de um bem comum, o esporte.” As Imperadoras roubam olhares curiosos de quem vê as meninas jogando. Paola Rolim, integrante da

Imagem: Juiz de Fora Imperadores

Tatiane Carvalho

Time se prepara para encarar o Palmeiras pela liga nacional no próximo dia 20

equipe feminina da cidade, conheceu o esporte através do noivo, que já praticava no antigo JF Mamutes. “Depois de conhecer é impossível não se apaixonar”, afirma. Ela ainda deixa um recado para as meninas que querem começar a jogar: “Comecem! Sério, não vão se arrepender.” Já para quem gosta do esporte e mora em Juiz de Fora também se rendeu à equipe local. “Eu comecei a acompanhar no ano passado, logo no

início da temporada, em setembro. E é engraçado que meu interesse surgiu a partir dos times de JF mesmo, antes de conhecer a NFL, que é a liga oficial americana”, diz a estudante Carolina Cadinelli. Para quem quer acompanhar o próximo jogo, os postos de venda dos ingressos são: ACBEU, Performance Academia JF e Cine Theatro Central. Lembrando que criaças até 12 anos não pagam.

O Futebol Americano

O Futebol Americano é um esporte competitivo de equipes, cada qual composta por 11 jogadores. É um jogo que precisa de agilidade, capacidade tática, velocidade e, claro, muita força. Ele teve origem no rugby e apareceu após uma série de três jogos entre as universidades de Havard e Yale em 1867. É o queridinho dos Estados Unidos, superando até mesmo o baisebol, tornando-se o esporte mais popular dos anos 90. Cada jogo tem duração de uma hora, sendo dividido ao meio por um intervalo. Cada metade é composta de dois quartos com 15 minutos de duração. O futebol americano é um esporte que movimenta todas as partes do corpo, aumentando assim a capacidade respiratória do praticante.

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Esporte Editorial

Supercopa dos Campeões de Futebol Amador chega à Semifinal Os jogos acontecem hoje no campo Caem Linhares Isadora Gonçalves A Supercopa dos Campeões de Futebol Amador, organizada pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) através da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), com patrocínio do Grupo Bahamas, chega a sua semifinal. Na noite dessa terça-feira (8) aconteceram os primeiros jogos que levaram os times Tô Maluco e L.F.C para a próxima fase. Tô Maluco venceu Dominados por 1 a 0 e a segunda partida teve o resultado de 2 a 0 para o L.F.C., em cima do Passos

da Pátria. A competição seguiu na última quarta-feira (9) com dois jogos: Cruzeirinho jogou contra Palestino e Valadares (zona rural) enfrentou o Real Milho Branco. O primeiro jogo terminou 1 a 0 para o Cruzeirinho e Valadares ganhou de 4 a 1 do Real Milho Branco. Com esses resultados, a Supercopa dos Campeões segue para a semifinal. O L.F.C enfrenta o Valadares hoje às 19h30 e o Tô Maluco joga com o Cruzeirinho às 20h35. Os jogos acontecem no

campo Caem Linhares (Comissão de Administração dos Espaços Municipais). Os vencedores de hoje vão para a grande final, que será realizada no domingo (13), às 10h10, no campo Caem Polivalente. Esse ano a competição completa 25 anos e os participantes são as equipes campeãs das últimas cinco edições da Copa Prefeitura Bahamas de Futebol Amador, na categoria adulta. A disputa conta com participação de duas equipes da zona rural.

Tabela dos jogos da Supercopa dos Campeões de 2017. Semifinais acontecem na noite dessa quinta-feira (10)

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