Mergulho diário - Edição 4

Page 1

MERGULHO

DIÁRIO

Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF - Juiz de Fora, 18 de outubro de 2017 - Edição 4

Moções de repúdio a vídeo da UFJF são retiradas por vereadores após pressão popular p. 4

Foto: Victor Faria

Foto: Camilla Marangon

30% dos tabagistas juiz-foranos param de fumar com tratamento do SUS

UFJF

187 alunos participam de Encontro de Empresas Juniores em Viçosa neste fim de semana. p. 10

Esporte

Tupi confirma permanência de gestores para o próximo ano e tem seis jogadores acertados para o Campeonato Mineiro. p.12

Cultura

Projetos com ações contra o tabagismo na cidade podem ser feitos em grupo ou de forma individual p. 5

Festival Primeiro Plano completa 15 anos e oferece uma programação em diferentes pontos de Juiz de Fora. p. 11


Juiz de Fora, 18 de outubro de 2017

Editorial

EXPEDIENTE

ão custa lembrar que maltratar os N animais é crime Considerados os melhores amigos do homem, eles, muitas vezes, não são tratados com reciprocidade. Inúmeros casos de abandono são registrados na cidade, nos quais os cães são tratados como objetos descartáveis. São deixados na rua e passam frio, fome, solidão e descaso. O impulso na decisão de compra ou adoção dos pets faz com que as pessoas não se lembrem dos diversos cuidados e necessidades que devem fazer parte da rotina do animal de estimação, além, é claro, do carinho e atenção que precisam ser dedicados a eles. Esse convívio gera também responsabilidade, precauções e até mesmo alguns incômodos em certos momentos. A falta de compaixão é vista também quando o cachorro não atende mais aos desejos do dono ou precisa de uma dedicação redobrada, como na velhice ou em casos de doença. Outros são descartados logo após o nascimento. Mas afinal, o que se passa com as pessoas que cometem esses delitos? O artigo 32 da Lei Federal 9.605/98 prevê que: “É considerado crime praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. Sob pena de detenção de três meses a um ano e multa”. Recentemente, o assunto ganhou notoriedade com o caso em que a ativista da causa animal, Luisa Mell, liderou um resgate de 135 cães que sofriam maus-tratos em canil. O caso foi em Osasco/SP, mas não está longe de nossa realidade. Nesta edição, o Mergulho Diário mos-

2

tra que em Juiz de Fora já foi registrado um episódio semelhante. As ONGs e os voluntários que atendem a essa causa estão com bastante trabalho por toda a cidade. Denunciar essas situações é extremamente importante para que os bichos sejam resgatados e recebam o tratamento adequado. Quem se depara com casos como esses e não se pronuncia passa a ser conivente com a triste realidade em que os animais se encontram. Em agosto deste ano, o poder público contribuiu com a causa, por meio de iniciativa do vereador Marlon Siqueira (PMDB). O político criou o Projeto de Lei nº 101/2017, que aumenta em 233% as multas por maus-tratos aos animais. O valor passou de R$ 300 para R$ 1.000, e todo o montante que for arrecadado será destinado ao Fundo Municipal de Proteção dos Animais (Funpan), que é gerido pelo Conselho de Proteção dos Animais (Compa). Diversos projetos são criados também pelos moradores da cidade, como o de deixar vasilhas com ração e água nos passeios para os que ainda não foram resgatados. Esses gestos fazem toda a diferença para os animais que, muitas vezes, encontram-se em situação deplorável, e são a salvação para aqueles que, largados ao acaso, são invisíveis aos olhos da maioria. E é dessa maneira, com a união de ações do poder público e da população, que os crimes de descaso contra os pets serão represados.

Jornal Laboratório da Faculdade de Jornalismo da UFJF, produzido pelos alunos da disciplina de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso Reitor Profº Dr. Marcus David Vice-Reitora Profª Drª Girlene Alves da Silva Diretor da Faculdade de Comunicação Social Prof. Drº Jorge Carlos Felz Ferreira Vice-Diretora Profª. Drª. Marise Pimentel Mendes Coordenador do Curso de Jornalismo Integral Profª Ms. Eduardo Leão Chefe do Departamento deMétodos Aplicados e TécnicasLaboratoriais Profª. Drª. Maria Cristina B. de Faria Professoras Orientadoras Profª. Drª. Janaina de Oliveira Nunes Profª. Drª. Marise Baesso Repórteres Bernardo Medeiros, Camilla Marangon, Felipe Frederico, Giulia Prata, Júlia Garcia, Karina Gomes, Luisa Furlan, Matheus Moreira, Tasso Guimarães e Viviane Dalathezi Edição e Diagramação Karina Gomes Tasso Guimarães Contato mergulhodiario@gmail.com facebook.com/mergulhodiario (32) 2102-3612


Juiz de Fora, 18 de outubro de 2017

Artigo

Redes de influência Nessa terça-feira (17), o Senado brasileiro derrubou a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que afastou Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato. Foram 44 votos a favor de Aécio e 26 contra. Desta forma, o senador pode voltar a exercer as atividades parlamentares. O resultado dessa votação, como outros de cunho político que já ocorreram no país, revive um assunto que está presente dia após dia, em cada cidadão do Brasil e do Mundo, mesmo sem perceber, no que se refere à questão da influência. No início de nosso trajeto, nossas influências são aqueles que estão do nosso lado em todo momento: nossos pais ou quem nos criou. Incorporamos trejeitos, manias e, com grande relevância, construímos uma forma de pensar dentro do nosso, até então, pequeno universo. Crescemos, e, durante esse caminho, somos bombardeados por uma gigantesca rede de informações, comunicações e relações interpessoais que nos ajudam a construir uma identidade, mesmo que momentânea. Nos identificamos com nossos pais, amigos, artistas, ideologias políticas, religiões e credos, dentre um montante cada vez maior de ideais. Porém, é de extrema importância para que haja essa transformação em nossa personalidade, os agentes influenciadores. O desenvolvimento tecnológico potencializou a dispersão de ideias e opiniões, ou seja, uma rede de influências em toda parte. No presente momento é a mídia, através do seu potencial de construir socialmente uma agenda pública, que tem esse poder de distribuição. Seja pelas grandes emissoras e jornais ou as

Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

Por Tasso Guimarães

redes sociais, somos atingidos por uma sequência de formadores de opiniões que buscam cada vez mais nos conquistar e nos tornar parte de algo maior. Entretanto, se vamos ou não aceitar e seguir determinadas opiniões e informações, dependerá da singularidade de cada indivíduo, de nossa vivência e experiência passada e dos acontecimentos e relações cotidianas. É com essas ideias que refletimos sobre a divergências de hoje em nosso país, especificamente no que diz respeito à questão política. A geração vinda do final da década de 1990 até hoje, por exemplo, vivenciou no Brasil quatro tipos de governo bem diferentes, de FHC a Temer, passando por Lula e Dilma. Quem cresceu enfrentando mais dificuldades na família, que envolvem questões trabalhistas e governamentais, durante o mandato de FHC e, percebeu o meio e o cotidiano, elogiando o governo Lula, tende a apreciar um tipo em detrimento do outro e vice-versa. Desta forma, por exemplo, essa pessoa hipotética passaria a votar em candidatos que combinem com a proposta do governo que melhor atende o meio em que vive. No entanto, quando aquilo que influencia passa a perder seu poder, quando passa a ser questionado e é julgado

por outros como uma má influência, novos ideais passarão a ser recepcionados. De certa forma, a Operação Lava Jato está descaracterizando no Brasil algumas relações de afinidade entre o cidadão e seu representante político, já que, por mais difícil que seja de engolir, o brasileiro ainda prefere a verdade. Ainda assim, é evidente a rede de influências, como demostra a decisão que abraçou Aécio Neves. A conquista do maior número de votos a favor é resultado de uma maioria de senadores com interesses afins, que foram eleitos em 2014. O peso de uma predominância de senadores eleitos do PMDB e do PSDB foi sentido nessa terça-feira, visto que, mais de 60% dos votos a favor de Aécio são desses dois partidos. De modo repetitivo, temos que o voto nas urnas decide os trâmites no governo. Para tal, o que juntará voto e influência futuramente são as Eleições de 2018. Com base nas pré-candidaturas lançadas, é complicado até mesmo tentar desenhar o futuro do país. Candidato envolvido em caso de corrupção, candidato que faz apologia à tortura só deixam o cidadão mais perdido na hora de decidir. Mas o resultado nós já sabemos, virá daquele que souber melhor utilizar as redes de influência.

3


Juiz de Fora, 18 de outubro de 2017

Cidade

Vereadores retiram moções de repúdio a vídeo da UFJF após pressão de manifestantes na Câmara

Mesmo com as manifestações, a moção de repúdio do vereador André Mariano (PSC) ainda pode voltar a ser discutida Fot: Victor Faria

Discussões acaloradas acontecem no plenário da Cãmara Municipal de JF

Por Victor Faria Após o anúncio das moções de repúdio ao vídeo divulgado pela UFJF, apresentadas pelos vereadores André Mariano (PSC) e José Fiorilo (PTC) diversos manifestantes ocuparam o plenário da Câmara Municipal de Juiz de Fora, no início da noite desta terça-feira (17). Depois de muitos protestos, Fiorilo retirou a moção de repúdio, enquanto o parlamentar do PSC decidiu suspender temporariamente a ação. Os vereadores questionam um vídeo publicado pela Universidade Federal de Juiz de Fora. O conteúdo mostra o performista e drag queen Femmenino, interpretado pelo estudante Nino de Barros, fazendo uma matéria sobre o Dia das Crianças no Colégio de Aplicação João XXIII. Em um trecho do vídeo, o personagem diz não existir distin-

4

ção entre brinquedos de menino e menina. A frase foi suficiente para gerar polêmica, fazendo surgir debates relativos a questões de gênero, o que resultou em uma repercussão nacional e em uma denúncia do conselheiro tutelar Abraão Fernandes, junto ao Ministério Público Federal. A manifestação contra as moções de repúdio surgiu nas redes sociais. O jornalista Matheus Brum, 22 anos, que organizou o evento no Facebook diz ter ficado positivamente surpreso com a adesão ao protesto contra o preconceito e ao conservadorismo dos parlamentares. Ele acrescenta que “a retirada das moções é muito emblemática, porque mostra a força do povo contra essas pessoas que queriam tomar essas atitudes arbitrárias”. Durante a reunião no plenário do Legislativo, os manifestantes usavam palavras de ordem para protestar. Algumas pessoas defendiam as mo-

ções de repúdio, mas a maioria discordava das ações dos vereadores e defendia o conceito de diversidade. A professora Lorene Figueiredo, 51, doutora em políticas públicas, definiu o repúdio como absurdo: “Ninguém feriu a Constituição e nem o Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA). Nem mesmo o Plano Municipal de Educação. Então, vejo que tudo o que está sendo feito é de um enorme oportunismo, uma plataforma política artificial, que está sendo usada inclusive para desviar o foco da atenção de vários problemas que nós temos em nossa cidade e em nosso país.” A aluna do Colégio João XXIII, Maria Ester Schuchter, 16, também discorda das ações movidas contra o vídeo e afirma: “Nós viemos aqui para defender o colégio e para defender o Nino que é um artista”. O conselheiro tutelar, Abraão Fernandes, que esteve presente na reunião, discutiu com manifestantes e foi vaiado ao tentar se pronunciar. Durante as discussões, os parlamentares aguardavam um posicionamento do Colégio de Aplicação João XXIII. O vereador Roberto Cupolillo (Betão -PT) leu a nota divulgada pela instituição e foi aplaudido durante a leitura. Em nota, o colégio afirma prezar pelo respeito, tolerância e igualdade. O conceito de diversidade é definido logo na forma de ingresso dos estudantes: o sorteio público, “Não faz sentido diversificar na entrada para padronizar depois. Portanto, pedagogicamente, o tema da diversidade faz parte do projeto defendido e praticado pelo colégio”


Juiz de Fora, 18 de outubro de 2017

Cidade

30% dos fumantes de Juiz de Fora conseguem largar vício após tratamento em projeto do SUS

Por Camilla Marangon O tratamento para quem deseja parar de fumar oferecido pelo SUS de Juiz de Fora tem duração total de seis meses e segue a metodologia do Instituto Nacional do Câncer (Inca). No primeiro mês, o fumante escolhe um dia da semana para não fumar, nessa etapa, 50% conseguem êxito. A partir do segundo mês começa um trabalho para evitar recaídas. Até o fim do tratamento, cerca 30% se mantêm longe do vício. As ações de antitabagismo realizadas pelo sistema público de saúde na cidade são feitas pelo Serviço de Controle, Prevenção e Tratamento do Tabagismo (SECOPTT). Apesar de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Juiz de Fora já terem realizado o tratamento, nem sempre têm profissionais capacitados e disponíveis. De acordo com a Secretaria de Saúde, no ano passado, das 64 UBSs da cidade 45 fizeram esse atendimento. A recomendação da assistente social da Secretaria de Saúde, Sandra Tolomelli, é que o fumante procure o posto de saúde do seu bairro e, caso não seja realizado o tratamento no local, ele será encaminhado para outro ponto de atendimento. “O tratamento pode ser individual ou em grupo, mas o de grupo é muito efetivo”, ressalta Sandra Tolomelli. O trabalho requer capacitação, e o ideal é que seja feito com uma equipe multidisciplinar, com vá-

Foto: Camilla Marangon

Tabagismo mata cerca de 7 milhões de pessoas no mundo, sendo a principal causa de mortes evitáveis, além de provocar 50 outras doenças

Tratamentos contra o tabagismo podem ser feitos em grupo ou individualmente

rios profissionais da área da saúde. A mestra e psicóloga Nathália Munck, que tem estudos na área de tabagismo, fala que o problema envolve dependência física, psicológica e comportamental. “A dependência física é causada pelo uso da nicotina, que é uma droga psicoativa e produz alterações no sistema nervoso central. A dependência psicológica está ligada a uma área do cérebro que é responsável pela sensação de prazer e produz o desejo de repetir essas sensações. E a dependência comportamental está ligada aos hábitos que a pessoa desenvolveu ao fumar, a rotina do fumante com o cigarro, são os famosos gatilhos”, explica a psicóloga. Nathália Munck conta também que existem dois métodos para cessar o tabagismo: o primeiro é quando o fumante marca uma data e para completamente, e o segundo é quando o tabagis-

ta reduz gradualmente o número de cigarros. Ela ressalta que o método mais eficaz é a parada imediata e os tratamentos mais eficazes são os que unem a abordagem cognitivo-comportamental, como é realizado pelo SUS, e o uso de medicamentos. A assistente social Sandra Tolomelli informa que pelo sistema público são realizados testes para ver o grau de dependência e, de acordo com o perfil, o paciente pode receber medicamentos fornecidos pelo Ministério da Saúde. O fumante Arthur Bittar conseguiu parar de fumar por um tempo por conta própria e comenta que sabe que existem tratamentos pelo SUS, mas que não sabe muitas informações. “Nos primeiros dias, foi difícil, mas depois que a nicotina já havia saído do meu organismo foi bem mais tranquilo, o que continuava dando vontade era o hábito”, relata Arthur Bittar. Nathália Munck orienta que Juiz de Fora possui programas que auxiliam o tabagista. Especialistas da UFJF criaram o programa gratuito Viva sem Tabaco (vivasemtabaco.com.br), que auxilia as pessoas interessadas em parar de fumar e pode ser uma alternativa para quem não pode ou não consegue se inscrever nos tratamentos tradicionais. Mais informações sobre o projeto do SUS podem ser coseguidas pelo site pjf.gov.mg.br, pelo telefone 3690-7714 ou pessoalmente no PAM-Marechal (Rua Marechal Deodoro, 496, Centro).

5


Juiz de Fora, 18 de outubro de 2017

Cidade

Maus-tratos a animais é recorrente em Juiz de Fora Foto: Pixabay

Denúncias podem ser feitas em núcleo de atendimento da Polícia Civil

Por Lisandra Queiroga O Brasil tem cerca de 132 milhões de animais de estimação, sendo aproximadamente 52 milhões de cachorros e 22 milhões de gatos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Em Juiz de Fora não é difícil ver animais abandonados pelas ruas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, só no Brasil, existam mais de 30 milhões de animais abandonados, entre dez milhões de gatos e 20 milhões de cães. Em muitos casos, o número chega a um quarto da população humana. Os atos mais recorrentes de maus-tratos, além do abandono, são a falta de tratamento veterinário ao animal doente e a deficiência de alimentação necessária. Recentemente um caso de resgate, feito pela apresentadora Luiza Mell, de 135 cachorros de raça em Osasco - São Paulo, que sofriam abusos e maus-tratos, vivendo na sujeira, chocou vários brasileiros. Mas casos assim, infelizmente, não são tão raros e acontecem também aqui pela região. Um exemplo foi a morte da cadela Amora, da raça chow-chow, achada morta no trecho da linha férrea próximo ao Bairro Vila Ideal. Em entrevista, a delegada Larissa

6

Mascotte, titular da 5ª Delegacia de Polícia de Juiz de Fora e do Núcleo de Atendimento às Ocorrências de Maus-Tratos aos Animais revelou: “Recentemente a Polícia Ambiental realizou a prisão de um comerciante de animais, localizando filhotes em estado de maus-tratos. O núcleo também apreendeu, no Bairro Fontesville, 11 gatos na mesma situação, prendendo a autora em flagrante.” Além disso, a delegada conta: “Notamos que, quando o assunto é mais abordado pelas mídias ou quando eclode algum caso de repercussão, consequentemente as pessoas acabam denunciando mais.” Todo mês, dezenas de animais maltratados, que causam algum risco à sociedade, machucados ou doentes são resgatados pelo Demlurb ou são abandonados no Canil Municipal. O local tem diversos animais que foram encontrados nas ruas, recuperados e esperam por um lar. Se quiser ter um animal, procure adotar, os canis têm muitas opções. Comprar é ter raça, enquanto adotar é ter carinho e dar uma nova oportunidade a um animal de ter um lar. Para ver fotos de alguns animais que podem ser adotados do Canil Municipal, acesse a página no facebook Canil Municipal - Adote um Amigo.

O Canil Municipal fica aberto à visitação de segunda a sexta-feira das 9h às 10h30 e das 13h às 15h30. Para adotar, a pessoa deve ser maior de 18 anos, apresentar identidade, CPF e comprovante de residência, saber que este animal vai viver, em média, 15 anos, precisando de tempo, carinho e atenção especial para cuidar deste animal e dar uma alimentação adequada, vacinas, vermífugos e cuidados veterinários. Ao final é necessário assinar um termo se responsabilizando pelo animal. É importante também castrar o animal, pois esse ato traz vários benefícios, como melhoras no comportamento, prevenção de doenças e melhor qualidade de vida. E, além disso, evita que eles se reproduzam, reduzindo assim o número de animais abandonados pelas ruas da cidade. Prevenir o problema é fundamental. Ao saber de maus-tratos a animais, o caso pode ser denunciado à Polícia Militar através do 190. Podese registrar o boletim de ocorrência em qualquer posto policial, fazer denúncia anônima através do 181 ou ainda ir ao Núcleo de Atendimento às Ocorrências de Maus-Tratos aos Animais, que fica na Rua Custódio Tristão, 76, no Bairro Santa Terezinha (anexo ao prédio da 1ª Delegacia Regional de Juiz de Fora). A denúncia de maus-tratos é legitimada pela Lei de Crimes Ambientais. A pena para o infrator é de detenção de três meses a um ano e multa. E o Código Penal prevê o crime de abandono para aqueles que deixam animais em propriedade alheia. A pena prevista do Código Penal é de detenção de 15 dias a seis meses, ou multa.


Juiz de Fora, 18 de outubro de 2017

Cidade

Juiz de Fora registra casos de queimadas no período de estiagem

Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

Entre os dias 12 e 15 de outubro, o Corpo de Bombeiros atendeu 39 ocorrências na cidade

Ação humana é um dos fatores responsáveis pelas queimadas

Por Bernardo Medeiros Mais de 500 ocorrências de incêndios florestais foram registradas em Juiz de Fora esse ano pelo Corpo de Bombeiros. O período de estiagem influencia no aumento da quantidade de incidências de queimadas. Somente no feriado prolongado, entre os dias 12 e 15 de outubro, os Bombeiros atenderam a 39 casos. Os locais mais frequentes são pastos e lotes vagos. O tenente Evandro da Silva, do 4º Batalhão de Bombeiros Militar de Juiz de Fora, alerta sobre os perigos. “Esse período de pouca incidência de chuva, chamado de período de estiagem, se estende até final de novembro, aproximadamente. Esse época é complicada. O mínimo de faísca, o mínimo de chamas que se coloca em lixo ou até mesmo no mato, pode fugir do controle, deflagrando al-

gum incêndio”. Ele reforça que, além do prejuízo ambiental, outro problema está relacionado à dificuldade de respiração no entorno. A professora Regiane Freitas mora no Bairro Grajaú, área que teve alguns focos durante o ano. “A queimada, além de prejudicar a qualidade do ar, nos impede de abrir as janelas para arejar a casa e suja as áreas externas. No mês passado, houve uma queimada grande numa área do bairro, que deve ter destruído boa parte da mata local. Área que ajuda na manutenção do ar puro, contribuindo para a boa respiração. Eu que tenho criança com tendências alérgicas sinto-me ainda mais ameaçada, pois a fumaça piora ainda mais o ar no tempo seco”. O pintor Jandir Domiciano, morador do São Pedro, outra área que teve registro de queima-

das, também falou sobre o impacto delas. “Intoxicação da população, poluição do ambiente, degradação da fauna e flora do bioma. No geral, prejudica muito todo o ambiente local e é péssimo para o meio ambiente, pelos gases tóxicos provocados pelas queimadas”. A orientação do tenente Evandro da Silva, em casos de incêndios que possam ameaçar a residência, é a evacuação do local e que as pessoas não devem se arriscar, procurando o Corpo de Bombeiros, no número 193. O tenente falou sobre a necessidade de prevenção: “Nós orientamos a manutenção dos lotes limpos, através da capina.” Ele lembra, também, que o lixo deve ser depositado em local adequado, para que tenham menos ocorrências. Queimadas no Brasil De acordo com Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), setembro foi o mês em que mais ocorreram queimadas no Brasil desde o início dos registros, em 1999. Nesse período, foram cerca de cem mil queimadas, o que corresponde a quase metade dos números registrados entre janeiro e 17 de outubro de 2017, período em que foram registradas mais de 224 mil queimadas em todo o país. Minas Gerais é um dos estados que mais elevou os índices, se comparado a igual período do ano passado. Em 2016, foram pouco mais de seis mil queimadas, enquanto, em 2017, ocorreram mais de dez mil queimadas, um crescimento de 68%.

7


Juiz de Fora, 18 de outubro de 2017

Política

Seminário discute a importância da participação popular na política Foto: Blog Comitê de Cidadania

Evento organizado pelo Comitê de Cidadania tem como foco políticas públicas e cidadãos

tros pontos de vista, pensar junto e organizar formas de participação ativa na vida pública.” Felipe Maia afirma ainda haver diversas formas de participação popular nas tomadas de decisões públicas, mas isso depende da organização e do debate coletivo. Em sua apresentação, o professor abordará a história da cidadania: “Quero mostrar como existe uma relação entre a participação política de parcelas amplas da população, o reconhecimento de direitos e formas democráticas de vida. Comitê de Cidadania produz e distribui jornal informativo em reuniões Num momento em que surgem aqui e ali manifestações de intolerância e Por Júlia Garcia autoritarismo, me parece necessário Acontece nesta quinta-feira (19) públicas, como também não existe retomar essas associações entre a às 18h30 o 1° Seminário de Po- uma pesquisa do resultado das mes- política e os direitos, a cidadania e a líticas Públicas, organizado pelo mas”. Aparecida comenta ainda que democracia”. A estudante de jornalismo Clara Comitê de Cidadania de Juiz de o objetivo principal do seminário é Fora. O evento será sediado no a formação de cidadania e o incen- Riboredo está trabalhando com o Comitê de Cidadania para uma masalão do Colégio dos Jesuítas, que tivo à participação popular. fica na Avenida Itamar Franco, no O professor Felipe Maia, do De- téria do curso e destaca o trabalho Centro, e é aberto ao público. O partamento de Ciências Sociais da do grupo: “Eu acho importante para seminário tem como tema geral a UFJF, é um dos palestrantes e des- as pessoas verem que tem um comitê cidadania e as políticas públicas. taca a importância da participação aqui em Juiz de Fora que está fiscaliAparecida de Oliveira, integran- popular no atual contexto político zando nossos deputados”. te do Comitê de Cidadania, diz que do Brasil: “Nós vivemos um moO Comitê a ideia do evento partiu de suges- mento especial, pois o país atratões de membros do grupo: “É um vessa uma grave crise política, com O Comitê de Cidadania de Juiz assunto pouco discutido, pouco efeitos em esferas diversas da ecoconhecido, então nos chamou a nomia e da sociedade, que só terá de Fora é uma organização volunatenção e fomos analisando como um desfecho positivo se houver o tária que acompanha o trabalho do poderíamos atingir esse tema.” Ela envolvimento democrático dos ci- poder Legislativo na cidade. Ele é aberto à população. Só não poainda enfatiza que, além do pouco dadãos”. interesse que o assunto desperta, a Para Felipe, esta é uma boa opor- dem participar candidatos a algum população não tem muitas opor- tunidade para uma discussão fora cargo eletivo. Os encontros acontunidades para conhecer como são do ambiente virtual: “Não haverá tecem todas as segundas e quarelaboradas as políticas públicas no um caminho democrático para sair tas-feiras do mês na sala anexa à Brasil. Nesse ponto, a gestão pública da crise política sem a participação Catedral Metropolitana. Para mais também possui falhas: “Verificamos cidadã, e ela requer momentos de informações, o email do Comitê é que, no país, não há um compro- encontro e reflexão como o pro- comitecidadaniajf@yahoo.com.br. misso sistemático de uma pesqui- posto no seminário. Em encontros Já a página do Facebook é facesa na hora de elaborar as políticas como esse é possível conhecer ou- book.com/Comitedecidadaniajf/.

8


Juiz de Fora, 18 de outubro de 2017

Economia

Hallowen movimenta vendas em lojas de festas e aluguel de fantasias em Juiz de Fora Como Dia das Bruxas é 31 de outubro, expectativa é que movimento aumente na próxima semana Foto: Viviane Dalathezi

Foto: Viviane Dalathezi

Decoração de Hallowen ganha espaço em lojas de artigos de festa

A procura de fantasias é maior entre o público infantil

Por Viviane Dalathezi Halloween é o nome em inglês -dado ao Dia das Bruxas, celebrado anualmente no dia 31 de outubro. Apesar de a data ter maior tradição nos EUA, os brasileiros também realizam festas temáticas e dão um jeito de não ficar de fora da famosa brincadeira: “gostosuras ou travessuras”. Grande parte dos eventos de Halloween realizados em Juiz de Fora está ligada a cursos de idiomas. Como forma de disseminar entre os alunos a cultura local dos países que têm o inglês como língua mãe, os cursos decoram suas sedes e promovem festas temáticas no Dia das Bruxas. A data também vem para ajudar a movimentar o comércio específico, que aproveita para obter um lucro a mais neste período. A cidade conta com algumas lojas

tradicionais, especializadas em artigos de festas, e já é possível observar a decoração temática nas vitrines. O gerente da loja Arroba Festas, localizada no Centro, Graciano Silva Souza, conta que a procura esse ano começou especialmente cedo, contrariando a máxima de que brasileiro deixa tudo para a última hora. Segundo ele, a loja já está colhendo os frutos da data, e as expectativas de venda são as melhores, considerando que ainda estamos a duas semanas do dia 31. Entre os produtos mais procurados estão os copos temáticos e os artigos de decoração para festas em casa. A proprietária da loja de aluguel de fantasias, Arte e Fantasia, Solange Viana, disse que a procura por roupas temáticas é grande nessa época. E assim como na

loja de artigos para festa, o movimento já está maior. Silvana afirma ainda que o ápice da procura deve acontecer na próxima semana, quando as pessoas vão começar de fato a reservar as roupas para garantir a fantasia do dia 31. A maior parte dos aluguéis é de roupas infantis e, segundo a proprietária, os adultos optam por reservar acessórios isolados, como capas e chapéus. Mas não são todos os lojistas que têm a mesma sorte com a data. A gerente da loja de aluguel de fantasias Mundo Mágico, Michelly Cavalcante, comentou que a procura nessa época não aumenta o movimento da loja em relação ao restante do ano, e os aluguéis são bem equilibrados entre os públicos adulto e infantil. Um dos proprietários da Tetê Festas, localizada também no Centro, José Carlos Aguiar, não tem grandes expectativas de lucro com a data. Para ele, “o Halloween é uma festa que perdeu muito por conta da crise”. Na loja dele, as vendas estão discretas até o momento, mas há uma esperança de melhora a partir da próxima semana com as compras realizadas principalmente por donos de clubes e cursos de inglês. O Sindicato do Comércio de Juiz de Fora (Sindicomércio), informou por meio da assessoria que não realiza levantamentos sobre as vendas ligadas a esta data, portanto não é possível precisar em números as vendas dos últimos anos e as expectativas da classe como um todo.

9


Juiz de Fora, 18 de outubro de 2017

UFJF

Encontro reúne em Viçosa mais de 500 representantes de empresas juniores de Minas Gerais Juiz de Fora representa quase a metade, com 235 empresários presentes

O Emej 2016 aconteceu em Juiz de Fora, no Hotel Green Hill, onde mais de 500 empresários estiveram reunidos

Por Giulia Prata O 24º Encontro de Empresas Juniores de Minas Gerais (Emej) será realizado entre os dias 20 e 22 deste mês na Universidade Federal de Viçosa (UFV). O evento terá participação de mais de 500 empresários juniores de Minas Gerais, sendo 235 apenas de Juiz de Fora e 187 da UFJF. Entre os destaques da programação estão as palestras do diretor de RH da Netshoes, Sergio Povoa, do gerente de Operações do Instituto CocaCola, Rodrigo Brito, e da co-fundadora da Amadora, Luciana Gallo. O Emej é organizado pela Federação das Empresas Juniores do Estado de Minas Gerais (Fejemg) e, segundo a diretora de comunicação da entidade, Isabella Paiva, de 23 anos, “o principal objetivo é integrar os 2.500 jovens que fazem parte do Movimento de Empresas Juniores (MEJ) em um só lugar para que haja conexão entre eles, troca de práticas e um crescimento mútuo. Temos o intuito também de fazer com que o movimento, que hoje é responsável

10

por uma parte da economia brasileira, cresça ainda mais.” As empresas juniores são associações sem fins lucrativos formadas por estudantes do ensino superior. Segundo a última pesquisa realizada pelo Censo e Identidade da Confederação Brasileira de Empresas Juniores, realizada em 2016, o nosso país se tornou líder mundial em número de empresas juniores. Atualmente o Brasil possui mais de 510 destas associações, de acordo com o site da Brasil Júnior. A UFJF faz parte desse dado constituindo 12 das mesmas. Em Juiz de Fora existe uma associação responsável por representar todas da cidade. A Liga trabalha com 24 organizações espalhadas em nove instituições de ensino. Uma das funções da instituição é a integração das empresas juniores e, por isso, os membros da Liga defendem como importante a participação dos empresários no Emej. “Nós temos três pilares de aprendizado, dentre eles o de cultura empreendedora, que fala justamente dessa participação ativa no MEJ. Toda vez

que vamos em um evento, é incrível a noção que adquirimos do tamanho da confederação, o quanto transforma a vida das pessoas e o quanto é impactante. Ficar de fora de eventos como esse, é perder um pouco da sinergia tão grande que esse movimento tem., comenta a presidente do conselho da Liga, Layla Gomes, 26. Partilha de vivências O assessor de pessoas da Acesso Comunicação Júnior, Wemerson Macanha, 20 anos, será um dos participantes. Ele comenta que “o Emej tem uma importância significativa, principalmente nesta trajetória que quero trilhar dentro do Movimento Empresa Júnior. Primeiro porque vai ser um momento de encontro e de partilha das vivências empresariais. Segundo, porque, através dele, a gente se capacita e aprende, não só na prática, mas através dos conhecimentos, das conversas. É uma oportunidade de crescimento e de mostrar a grandeza que esse movimento tem dentro de Minas Gerais”.


Juiz de Fora, 18 de outubro de 2017

Cultura

Espaço de cultura e formação: Festival Primeiro Plano completa 15 anos influenciando o audiovisual de JF Evento começa na próxima semana e terá programação espalhada pela cidade: Cinemais Alameda, Casa de Cultura da UFJF e Praça CEU irão sediar o evento Foto Divulgação

A participação universatária é crescente no Festival Primeiro Plano

Por Luisa Furlan O Festival Primeiro Plano, que é um dos principais espaços de audiovisual em Juiz de Fora, completa 15 anos em 2017. A 16ª edição será realizada entre os dias 23 e 28 de outubro, com o mesmo formato de anos anteriores. Na programação, estão a mostra competitiva de curtas, a exibição de filmes e as oficinas. Neste período, a cultura audiovisual de Juiz de Fora vem sendo influenciada pelo Primeiro Plano. “Além de ser um espaço de exibição, é também de formação, porque tem oficinas e debates com os realizadores”, comenta o professor da Faculdade de Comunicação da UFJF e um dos organizadores do evento, Nilson Alvarenga. O festival se tornou um espaço para pensar o cinema como um todo e também troca de conhecimentos. Como o festival tem a mostra competitiva regional, acaba estimulando universitários a enviarem

curtas. Nilson lembra que, “nas primeiras edições, não era todo mundo que vinha do meio universitário. Hoje, sim, 90% do material são enviados pelos universitários.” Outro fator que influencia nesse dado é o recorte temático. “Este é o único festival voltado exclusivamente para diretores estreantes”, ressalta Nilson, completando ainda que essa participação universitária não foi uma coisa pensada, acabou sendo uma consequência pelo recorte temático e por Juiz de Fora ter uma grande quantidade de estudantes. Aqueles que se interessam por cinema, mas não têm filmes para exibir, podem participar de forma ativa do festival por meio das oficinas. É o caso do estudante de comunicação Gabriel Duarte, que escolheu a oficina Atuação de Cinema para participar: “Fiz esta escolha para saber preparar melhor os atores na hora de fazer uma cena. Vários diretores que eu gosto já disseram que, para dirigir bem um ator, pre-

ciso entender como é estar em cena.” Além desta opção, terão oficinas sobro e Direção de Arte para Cinema e Direção de Fotografia. As inscrições devem ser feitas no site do festival. Foram disponibilizadas 20 vagas para cada uma. As atividades serão realizadas na próxima semana na Casa de Cultura da UFJF. As oficinas mesclam prática e teoria, e esse ano têm proposta diferente para a parte prática, “a ideia é que as atividades práticas sejam conjuntas, ou seja, que haja uma atividade integrada entre as oficinas. Ainda precisamos ajustar questões logísticas para que isso dê certo, mas queremos produzir um material final único, de forma que o resultado das oficinas seja algo mais tangível”, segundo o assessor de imprensa do evento, Guilherme Arêas. O site do festival é primeiroplano. art.br/site Casa de Cultura da UFJF irá sediar no período da manhã as oficinas. Fica localizada na Avenida Barão do Rio Branco, 3.372, no Centro. Telefone: (32) 3215-4694 Cinemais Alameda irá exibir os curtas e longa-metragens além das mostras competitivasna parte da tarde e noite, localizado na rua Morais e Castro, 300, Alto dos Passos.. Praça CEU irá exibir filmes. Fica localizana na Praça CEU, Avenida Juscelino Kubistchek, 5.899, em Benfica.

11


Juiz de Fora, 18 de outubro de 2017

Esporte

Tupi inicia montagem do elenco para o Campeonato Mineiro

Foto: Assessoria/Tupi FC

Gestor de futebol Nicanor Pires confirma permanência e tem seis jogadores acertados para o Estadual Formação do elenco Faltando dois meses para o início dos treinos em Santa Terezinha, o Tupi já definiu alguns jogadores para o Estadual. Os primeiros confirmados foram o goleiro Alexandre Azizi, o lateral direto Afonso e o meia atacante Raphael Augusto, que já tinham contrato até o fim do Mineiro. Logo depois, os goleiros Gonçalves e Ricardo Villar também confirmaram a permanência, assim como o volante Ronaldo Kalu. A principal expectativa do torcedor é em relação ao zagueiro SiNicanor e Altamiro fizeram a montagem do elenco que disputou a Série C de 2017 dimar. O jogador de 25 anos pasa previsão de melhora não é grande sou pelo Tupi em 2015, ano em Por Felipe Frederico para o ano que vem. Há uma difi- que o time conseguiu o acesso para O Tupi deu o pontapé inicial culdade de conseguir parceiros. O a Série B do Brasileiro, e não atua nas renovações de contrato para o maior atrativo do Tupi hoje não é desde abril de 2016, quando teve Campeonato Mineiro. A primei- o salário que oferece aos jogadores, uma lesão no joelho direito. Segundo o médico do Tupi, José ra confirmação foi a permanência mas sim a vitrine para os jovens, dos gestores do futebol do time de disputar a primeira divisão do Roberto Maranhas, o atleta já pasem 2017, Nicanor Pires e Altami- Campeonato Mineiro e uma Série sou por exames e está apto para jogar. ro Gomes. Eles chegaram em San- C de Brasileiro.” ta Terezinha no início deste ano e As parcerias com as categorias renovaram os contratos até o final de base dos times de ponta foram Aílton Ferraz A situação do treinador Carijó do ano que vem. Com isso, os dois a principal saída para a montagem já começaram a se movimentar nos do elenco em 2017. Nicanor es- segue indefinida. Há dois meses do bastidores para iniciar a montagem pera que elas continuem em 2018: início dos treinamentos, a diretoria do elenco para a próxima tempo- “Nesse ano, conseguimos fazer alvinegra ainda tenta a renocação rada. uma grande temporada com um com Aílton Ferraz, que comandou A situação no mercado não é elenco enxuto, através de parce- o time na campanha da Série C de das melhores para o Galo, devido rias com clubes como o Cruzeiro, 2017. A principal dificuldade para a às dificuldades financeiras. É o que Goiás, Fluminense e outros. A expermanência dele é o acerto salaexplica o gestor do futebol Carijó, pectativa é que essas parcerias conNicanor Pires: “A situação econô- tinuem para a próxima temporada, rial, já que o Tupi não tem muito a mica do Tupi hoje não é das me- já que esses clubes nos liberam os oferecer para o treinador, que está lhores. Tivemos um dos menores jogadores a custo zero, afim de dar valorizado no mercado e aguarda orçamentos da Série C deste ano, e mais experiência aos mais jovens.” outras propostas.

12


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.