Mergulho Diário 17/08 - 10ª edição

Page 1

Mergulho Diário Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF • Juiz de Fora, 17 de Agosto de 2017 • N° 10

Foto: Getty Images

Uber é aprovado em Minas Gerais

TJMG aprovou o uso de aplicativos de transporte privado em todo o estado P. 4

Atendimento básico à população em situação de rua: seminário

Foto: Getty Images

Foto: Pixabay

realizado amanhã busca ampliar o atendimento do programa Consultório na Rua em JF

Em meio à crise, mercado de casamentos cresce em Juiz de Fora P. 9

Quinta Gastronômica fará releitura de pratos clássicos

P. 13

P. 6


Quinta-feira, 17 de Agosto

Editorial

EXPEDIENTE

Sobre parlamentarismo, dançar e outras coisas Reclamar é bom. É necessário. Acalma o coração. Alivia a alma. Falar que algo nos incomoda é libertador, deveríamos fazer mais vezes, para, quem sabe, sermos menos amargurados. A complacência de bibelô chinês, que apenas abaixa a cabeça e concorda com tudo, não é saudável. Ela sufoca, oprime, reprime, deprime. Porém, (sempre há um porém) ao reclamarmos é preciso avaliar se nossa reclamação tem cabimento. Faz sentido reclamar que seu apartamento deveria ter meio metro a mais, quando 876 pessoas se encontram em situação de rua em Juiz de Fora? Dizer que as autoridades não cuidam do patrimônio histórico cultural, que o deixam às traças, todos fazem. Mas, quantos vão ao Museu? Quantos prestigiam as exposições de artistas locais? Poucas pessoas. Se queixar de que o Brasil não “vai para frente”, é atrasado e defasado em vários setores é o passatempo de muitos. Entretanto, quando o Ministério da Educação reduz o repasse de verbas para programas e grupos de pesquisas científicas das instituições de ensino público, ninguém se manifesta. Uma das principais formas de se desenvolver tecnologias e conhecimento no país terá que sobreviver

sem investimento, e sobre isso ninguém cobra um posicionamento dos governantes. Se o plebiscito apoiado pelo deputado federal Marcus Pestana (PSDB) for mesmo realizado em 2020, há a possibilidade de que a população possa escolher o Parlamentarismo como forma de governo. Você pode substituir suas reclamações sobre o clima, por umas aulinhas sobre o que é o Parlamentarismo e como ele funciona. E assim, evitar uma provável guerra civil nas redes sociais no futuro. Reclamar por qualquer coisa que aconteça no nosso dia-a-dia, deixa de ser reconfortante e nos adoece, a negatividade provoca efeitos colaterais em nosso corpo. Por isso, deveríamos fazer algo positivo, que acrescente em nossas vidas, traga paz de espírito. Dançar, comer, amar, ler, cantar, rir... são boas opções para dar uma pausa na reclamação. E, com exceção da comida, são de graça. Reclame do que precisa ser melhorado, do que te faz mal. Mas, faça algo para melhorar, tome a atitude que estiver ao seu alcance para mudar o que te incomoda. Só não reclame e fique deitado embaixo das cobertas.

Jornal Laboratório da Faculdade de Jornalismo da UFJF, produzido pelos alunos da disciplina de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso Reitor Profº Dr. Marcus David Vice-Reitora Profª Drª Girlene Alves da Silva Diretor da Faculdade de Comunicação Social Prof. Drº Jorge Carlos Felz Ferreira Vice-Diretora Profª. Drª. Marise Pimentel Mendes Coordenador do Curso de Jornalismo Integral Profª Ms. Eduardo Leão Chefe do Departamento deMétodos Aplicados e TécnicasLaboratoriais Profª. Drª. Maria Cristina B. de Faria Professoras Orientadoras Profª. Drª. Janaina de Oliveira Nunes Profª. Drª. Marise Baesso Repórteres Alice Xavier, Ariadne Bedim, Tatiane Carvalho, Bárbara Delgado, Isadora Gonçalves, Christinny Garibaldi, Érica Vicentin, Ezequiel Florenzano, Juliana Dias, Letícia Silva, Pedro Augusto, Sabrina Soares. Edição e Diagramação Bárbara Braga Carolina Larcher Contato mergulhodiario@gmail.com facebook.com/mergulhodiario (32) 2102-3612

2


Quinta-feira, 17 de Agosto

Artigo

Foto: Reprodução Facebook

Visibilidade e luta LGBT+

Último Rainbow Fest, em 2015, coloriu a cidade de Juiz de Fora

Carolina Larcher

Trans Brasil e Grupo Gay da Bahia (GGB), no primeiro quadrimestre deste ano, o número de assassinatos a transgêneros subiu 18%. Esse preconceito também se exprime na falta evidente de LGBTTIs em ambientes de trabalho e mídias tradicionais. Felizmente, as minorias vêm ganhando espaço, através de projetos como Rupaul’s Drag Race, que atingiu um público que vai muito além da comunidade gay, quebrando recordes de audiência. Além disso, a drag queen Rupaul, que apresenta o programa, ganhou no ano passado seu primeiro Emmy Award como Melhor Apresentador(a) de Reality Show. A cantora e drag Pabllo Vittar conquistou espaço como integrante da banda do programa Amor & Sexo e elevou a representatividade não só de drag queens brasileiras, como também de toda a nossa comunidade LGBTTI, para o patamar internacional, tendo sua música K.O. tocada por vários países. “Se a gente está aqui hoje, dando uma entrevista, eu montada de drag, é porque muita gente morreu e sofreu preconceito para a gente ocupar esse espaço”, disse em en- Femmenino faz parte do coletivo trevista à revista Trip. Pabllo pas- gay e bloco carnavalesco Realce

Foto: Luiz Carlos Lima

Estamos no mês da visibilidade lésbica. O meio do ano dá espaço para que a cultura LGBTTI, muitas vezes invisível, transpareça por meio de comemorações especiais de orgulho da marcha. Eventos como a Rainbow Fest, que traz debates, cinema e exposições sobre o assunto, são mais um ato de resistência da comunidade, que sofre o preconceito e o ódio todos os dias. Em sua rede social, o vereador de Juiz de Fora, André Mariano, criticou a ação do Movimento Gay de Minas (MGM) de enfeitar para o festival o prédio da Funalfa com luzes que representassem o arco-íris. Ele ainda repudiou uma matéria sobre uma criança que é drag queen, com a frase “Tem horas que fico a pensar... o que realmente temos feito para que as nossas crianças não caiam nos enganos da vida. Tem muitos discípulos nos dias de hoje, impedindo com que as crianças alcancem no futuro, o reino de Deus”. O preconceito é reforçado diariamente e por pessoas influentes, que exercem um cargo público e de representatividade. Que representatividade é essa? O Brasil ainda é o país que mais mata LGBTTIs no mundo. Segundo a Rede

sou a ser reconhecida e convidada a eventos pelo seu trabalho, não apenas por ser uma drag queen, e essa é uma conquista para todo o movimento. Na UFJF, Nino de Barros também interpreta Femmenino, tendo participado de projetos da universidade como a apresentação do programa produzido pela Diretoria de Imagem, “Na Hora do Lanche”, e a condução do evento para calouros deste ano. “É muito importante esse passo que a universidade está dando. Abraçar a diversidade e dar visibilidade para as questões envolvendo a comunidade LGBTTI, que tem um número significativo dentro do campus, só promove um diálogo mais eficaz entre gays, lésbicas, heteros e tantas outras pessoas com pensamentos diferentes”, disse Femmenino. Outros projetos como a Campanha de Visibilidade Lésbica também trazem voz a estudantes que muitas vezes não são vistas dentro da própria comunidade. O Brasil ainda tem um dos maiores índices do mundo de crimes causados pela transfobia. Vale à população e principalmente os governantes perceberem que os LGBTTIs não querem privilégios, mas sim direitos e o mesmo reconhecimento que héteros possuem. A visibilidade é necessária para demonstrar que gays existem e devem existir em todos os lugares.

3


Quinta-feira, 17 de Agosto

Política

Decisão do TJMG aprova o uso de aplicativos de transportes privado em todo Estado Apesar da lei em Juiz de Fora que proíbe o uso, a população continua a utilizar o app

4

Foi aprovado nesta quarta-feira, 16, pela Justiça de Minas Gerais, o uso dos aplicativos de transporte privado em todo o Estado. A decisão foi julgada em Belo Horizonte, pela Primeira Seção Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Segundo os magistrados, comparar os dois tipos de serviço, táxi e transporte privado, está em dissentimento com a legislação federal. Tendo em vista que o táxi é um transporte individual público e os outros são individuais privados. A lei é válida em todo Estado e é inaplicável a multa nesse tipo de serviço. A regulamentação aplicada se refere apenas às pessoas jurídicas e administrativas do aplicativo. Uma pesquisa realizada pelo CONECTA e divulgada neste mês no site do Ibope Inteligência, apontou que o aplicativo Uber é o mais usado entre passageiros no Brasil. A apuração indica que 54% dos internautas brasileiros usam o aplicativo e que em sua maioria são homens na faixa etária de 25 a 34 anos. A ideia surgiu em Paris, no ano de 2008 com intuito de flexibilizar e facilitar o deslocamento das pessoas, conciliando com as oportunidades de emprego. O transporte privado chegou ao Brasil no ano de 2014 e de lá pra cá se popularizou nas grandes capitais e metrópoles. A Uber chegou em Juiz de Fora em novembro de 2016, mas legalmente seu uso é proibido na cidade. A lei nº 13.271, foi aprovada por unanimidade dos 19 vereadores da Câmara Municipal e sancionada pelo Prefeito Bruno Siqueira, prevendo a proibição de veículos cadastrados

Foto: Ruth Gonçalves

Bárbara Delgado

Aplicativo começou em Juiz de Fora em 2016 e ainda é proibido na cidade

para transporte particular. O vereador Luiz Otávio Fernandes Coelho (Pardal-PTC), apresentou o projeto de lei em 2015 que visa a proibição do transporte particular remunerado e de associação das empresas administradoras dos aplicativos. O vereador disse: “O serviço não dispõe da mesma segurança aos usuários que os táxis oferecem, devido a falta de identificação e dos cadastros dos motoristas”. O uso do táxi na cidade requer regularização e cadastros, dessa forma, é criado um vínculo com a Prefeitura e a Uber não possui essa associação com o município. “Se houvesse uma regulamentação do transporte assim como as exigências previstas para os taxistas, o serviço poderia ter espaço em Juiz de Fora”, acrescenta Pardal. A multa referente às irregularidades e descumprimento da lei é constatada no valor de R$1.700,00. A responsabilidade da fiscalização dos veículos é da Secretaria de Transporte e Trânsito da Prefeitura de Juiz de Fora (Settra). Segundo a Assessoria de Comunicação do órgão, as fiscalizações são feitas rotineiramente. “Até o momento foram 81 autuações

por transporte irregular e as denúncias podem ser feitas pelo telefone 3690-8218”, menciona. A empresa do aplicativo Uber continua mantendo o atendimento na cidade e alega estar em legalidade com as atividades exercidas. “Os motoristas parceiros da Uber prestam o serviço de transporte individual privado de passageiros, que tem respaldo na Constituição Federal e é previsto em lei federal da Política Nacional de Mobilidade Urbana”, afirma a assessoria de imprensa. Os dados percentuais do crescimento dos carros em circulação não foram divulgados. De acordo com o professor de direito Abdalla Daniel Curi, “nós estamos na era da tecnologia e isso faz com que certas atividades escapem do controle de regulamentação, como as mais clássicas.” A lei é questionável, uma vez que as pessoas tenham desejo de trabalhar com esse serviço remunerado. “Quem dá a última palavra é o Poder Judiciário, portanto, se as pessoas continuarem com o trabalho, é porque decisões judiciais permitiram tal prática”, acrescenta Abdalla.


Quinta-feira, 17 de Agosto

Política

Pestana defende convocação de plebiscito sobre adoção do parlamentarismo

Deputado juiz-forano propõe que consulta seja realizada nas eleições municipais de 2020 Em pronunciamento na comissão da reforma política da Câmara, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) defendeu a convocação de um plebiscito para consultar a população sobre a instituição do parlamentarismo no Brasil, sistema eleitoral e modelo de financiamento das campanhas eleitorais. Segundo o deputado, “a má qualidade dos processos decisórios e de formação da representação da sociedade está no coração da nossa crise econômica e social”. A proposição do parlamentar é que a consulta à população aconteça nas eleições municipais de 2020 e, em caso de aprovação, passe a vigorar nas eleições de 2022. Pestana ainda defendeu que a Comissão apadrinhe institucionalmente um texto sobre a proposta, caso não seja possível ou não haja consenso sobre a inclusão da medida no texto-base atual da reforma política. “Às vezes se cobra a mudança, a mudança vem, a mídia critica, a sociedade se mobiliza e chegamos à conclusão de que não precisamos mudar. Aqui na comissão ou em paralelo, temos que abordar o tema do plebiscito”, argumentou o deputado. De acordo com o cientista político, Raul Magalhães, “Marcus Pestana é um defensor histórico da tese do parlamentarismo, que também é parte da história do PSDB. Portanto, é coerente aproveitar o momento da reforma política para propor esse sis-

Foto: Divulgação / PSDB

Pedro Augusto Figueiredo

“Atualmente, temos dificuldades em tomar decisões relevantes”, afirmou o deputado

tema. Se o modelo funciona ou não, é um outro debate”, afirma. O parlamentarismo já foi rejeitado por plebiscito em duas oportunidades no Brasil, em 1963 e 1993. Para o cientista político Cristiano Santos, um plebiscito sobre sistema de governo agora é “quase um golpe” em relação ao que foi decidido em 1993. “São pouco mais de 20 anos da última consulta. Como o deputado Pestana sabe que não há força suficiente no Congresso para fazer essa mudança, então ele aproveita o gancho da reforma política para jogar a decisão para a população.” Segundo Cristiano, antes de qualquer mudança na forma de governo é necessário mudar o sistema político-partidário brasileiro. “Não faz sentido a adoção de um modelo parlamentarista sem que você tenha um modelo partidário e programático forte.” Para Cristiano, no parlamentarismo, o eleitor vota em um partido que represente valores,

principíos e ideias que ele concorde. “Nós não temos isso no Brasil. Qual é a diferença entre o PT e o PSDB, senão o discurso, enquanto a prática é muito parecida?”, questiona.

Principais diferenças

No presidencialiismo as funções de chefe de Estado e chefe de Governo são acumuladas pelo presidente. Já no parlamentarismo essas funções são divididas entre o presidente e o primeiro-ministro. Nesse sistema, o presidente é o chefe de Estado, função meramente representativa, enquanto o primeiro-ministro é o chefe de Governo, responsável pela execução das políticas públicas. No parlamentarismo, o primeiro-ministro é eleito de forma indireta, pois é indicado pelos parlamentares eleitos pelo povo, enquanto o presidente é eleito de forma direta pela população.

5


Quinta-feira, 17 de Agosto

Cidade

Ampliação da atenção primária à população em situação de rua de Juiz de Fora é foco de seminário Evento, que acontece amanhã, vai discutir atuação do projeto Consultório na Rua

6

Discutir a importância da atenção primária aos cidadãos em situação de rua de Juiz de Fora e ampliar seu alcance. Esse é o objetivo do I Seminário Regional sobre População em Situação de Rua, que acontece amanhã na Superintendência Regional de Saúde (Avenida dos Andradas, 222) e é uma realização da Associação Casa Viva, atual sede do programa Consultório na Rua em Juiz de Fora. O evento conta com a presença de representantes do Ministério da Saúde e de outros Consultórios na Rua do Brasil. De acordo com o último levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Social, realizado em 2016, a cidade possui, atualmente, 876 pessoas em situação de rua. Em sua maioria, são homens jovens, pardos e negros. O número é quase o dobro do registrado em 2013, quando 500 pessoas se encontravam na mesma situação. Ainda segundo o relatório uma das diretrizes para o cuidado dessa população é ampliar o número de equipes do Consultório na Rua, incluindo a modalidade III, que conta com a preseça de um médico. O programa é parte da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), e é formado por equipes multidisciplinares que realizam busca ativa e qualificada de pessoas que estão em situação de rua. Em Juiz de Fora, o Consultório na Rua se inclui na modalidade II, que conta com enfermeira, psi-

Foto: Juliana Dias

Juliana Dias

Periodicamente, a equipe do Consultório na Rua realiza exames e encaminha pacientes a Unidades Básicas de Saúde. O projeto está em Juiz de Fora desde 2012

cóloga, assistente social, técnica de enfermagem, agentes sociais e uma educadora física, que realiza atividades de lazer. Para a enfermeira Denicy Chagas, que integra a equipe, os atendimentos básicos são uma peça fundamental para melhorar a vida das pessoas que são usuárias desse serviço e que muitas vezes não conseguem chegar até eles de outra forma. “É um trabalho desafiador. Além da promoção dos ideais de prevenção também buscamos resgatar a cidadania.” O grupo realiza exames, providencia cartão do SUS e emissão de documentos de identidade. Há um ano e meio em situação de rua, Paulo Henrique de Souza Linhares trabalhava em obras. Ele perdeu o emprego e, sem documentos e meios para manter uma moradia, começou a

dormir em um albergue da cidade e está em tratamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), pois era dependente químico. Hoje faz bicos para obter alguma renda. Paulo conheceu o serviço do Consultório na Rua no albergue. Hoje foi fazer exames preventivos, pois recentemente conviveu com um amigo que estava com tuberculose. “Sempre que eu preciso de algum exame ou remédio, procuro o serviço e sou atendido.” A tuberculose é uma das doenças que mais afeta a população em situação de rua, devido às condições que enfrentam diariamente: clima, convivência com outras pessoas com a doença e falta de acesso a remédios. O tratamento é longo e por isso é importante realizar os exames para descobrir cedo a doença.


Quinta-feira, 17 de Agosto

Cidade

Museu Mariano Procópio realiza projeto “Encontros no Jardim”

A iniciativa busca despertar cidadania e consciência ecológica entre as crianças Foto: Portal PJF

Encontros no Jardim é destinado a crianças com idade entre 5 e 8 anos com intuito de sensibilizar sobre meio ambiente

Sabrina Soares O Museu Mariano Procópio, construído em 1861, é uma das principais áreas verdes de Juiz de Fora, com grande diversidade de espécies da fauna e da flora. Além de ser um dos maiores patrimônios tanto natural quanto cultural, o museu é um importante atrativo turístico da cidade. A primeira edição do “Encontros no Jardim”, destinado a crianças com idade entre cinco e oito anos, será dia 26 de agosto, das 9 às 12 horas. O projeto faz parte do edital aprovado no Programa de Extensão Universitária (ProExt) de 2015, sobre práticas de educação patrimonial, de memória e cultura. Uma parceria entre a Universidade Federal de Juiz de Fora e o Museu Mariano Procópio, por meio do curso de turismo que tem como uma das ênfases de estudo a questão patrimonial.

Segundo Miriane Frossard, coordenadora do programa de extensão intitulado “As práticas de educação patrimonial para o fortalecimento da democaratização cultural, do exercício da cidadania e da preservação da memória do Museu Mariano Procópio”, o objetivo da iniciativa é promover a construção de pensamentos e atitudes proativas em torno de ações sustentáveis. “O projeto busca propiciar a difusão do conhecimento e a sensibilização do público infantil acerca de temas que envolvam as categorias meio ambiente e cidadania”. Ainda segundo ela, para isso será utilizado o contexto ecológico do jardim histórico do museu, uma vez que este espaço representa uma das mais signicativas áreas de cobertura vegetal do munícipio, sendo correntemente utiliza-

da como referência para o contato “homem-natureza”. As atividades programadas - brincadeiras, integração entre as crianças, músicas, vídeos, oficina de reciclagem, entre outras ações - pretendem despertar no público infantil valores e ideias sobre a conservação do meio ambiente e o senso de responsabilidade com as gerações futuras. Segundo a organização, a expectiva é que o projeto ajude a gerar na população juiz-forana, especialmente nas crianças, uma relação positiva com o ambiente natural. Os encontros serão mensais, sempre no último sábado de cada mês. As inscrições são limitadas e podem ser feitas pelo telefone: 3690-2027. A participação é gratuita. O Museu Mariano Procópio fica na Rua Mariano Procópio, 1100, Centro, Juiz de Fora.

7


Quinta-feira, 17 de Agosto

Cidade

Contribuintes de Juiz de Fora poderão reparcelar suas dívidas fiscais até o final de agosto Foto:Divulgação PJF

Os inadimplentes têm até o dia 31 deste mês para regularizar a sua situação

Espaço Cidadão de Juiz de Fora fica localizado no parque Halfeld, perto da Câmara

Ezequiel Florenzano

8

Os cidadãos que aderiram a lei da Anistia Fiscal em Juiz de Fora, por meio de algum tipo de parcelamento, e que não realizaram o pagamento dentro do prazo estabelecido terão até o dia 31 de agosto para comparecer ao Espaço Cidadão JF, localizado na Avenida Rio Branco 2234, Centro, no Parque Halfeld, a fim de regularizar suas dívidas fiscais, como Imposto Predial Territorial Urbano(IPTU), Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza(ISS), multas, taxas de regularizações, entre outras. O acordo de pagamento só valerá a partir da quitação da primeira parcela do contribuinte, que deverá ser realizada até o dia 15 de setembro. As outras parcelas deverão ser quitadas todos os dias 15, até o término do carnê. A lei de anistia (nº13.543) foi publicada pela prefeitura no dia 29 de julho de 2017, autorizando em caráter excepcional o pagamento de dívidas oriundas

da Lei Municipal de número 13.192, de 31 de julho de 2015. Na época, a prefeitura esperava renegociar a dívida e arrecadar 22 milhões (cinco por cento do total de 440 milhões). Mas, segundo informações da própria entidade, o valor arrecadado não chegou a 18 milhões de reais Segundo o secretário da Fazenda do Município de Juiz de Fora Fúlvio Albertoni, a lei tem como objetivo dar fim a dívidas remanescentes de 2015: “os devedores vão poder pagar as parcelas restantes da Lei da Anistia de 2015 tendo os mesmos benefícios’’. Ele ainda afirmou que o poder municipal espera consegui receber os valores restantes referentes aos não quitados até o momento. A proposta presume descontos de até 100 por cento dos juros e 80 por cento da multa para os inadimplentes na hora do reparcelamentos das dívidas.Entretanto, segundo a prefeitura, inci-

dirá sobre o saldo devedor uma atualização da multa e de juros. Além disso, o não pagamento de qualquer parcelas até o fim do prazo do acordo acarretará nas perdas dos benefícios obtidos.

Documentação necessária

O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. A pessoa que quiser obter o novo carnê de pagamento deve levar a guia do carnê retirado anteriormente com o termo de parcelamento do anexo único. A documentação exigida é o Cadastro de Pessoa Física(CPF) e o Registro Cívil (RG) para pessoa física, além de comprovante de residência atualizado. Já para pessoa jurídica é necessária a cópia do contrato social. Além disso, é preciso levar cópia do CPF e RG do proprietário e procurador, em caso de procuração. Se a dívida for referente ao IPTU, levar cópia do documento de propriedade.


Quinta-feira, 17 de Agosto

Economia

Em meio a crise, mercado nupcial cresce nos últimos anos no país

Foto: Pixabay

O serviço que realiza sonhos cresce cada vez mais em Juiz de Fora, acompanhando os índices nacionais

Serviços oferecidos atraem aqueles que pretendem se casar sem medo da crise

Tatiane Carvalho Nos tempos de crise muitas pessoas buscam economizar, há sempre uma exceção quando o assunto é realizar um sonho. Nos últimos anos no país o setor que mais vem crescendo é aquele ligado a casamentos, que envolve vários tipos de serviços, como fotografia, cerimoniais e, claro, aqueles que lidam diretamente com os noivos. Mesmo que seja pequena, muitas pessoas investem nem que seja em uma pequena recepção para alguns convidados. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), mais de um milhão de brasileiros formalizam união todos os anos. Segundo o estudo, o mercado de festas e cerimônias de casamento cresceu nos últimos anos no Brasil, estima-se que possa ter atingido cerca de R$17 bilhões no ano

passado. Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Eventos Sociais, ABRAFESTA, apontou que a maior parte destes faturamentos vem da região sudeste. A região também é responsável pela maior taxa de casamento formal no país, os matrimônios no civil e religioso chegam a 70%. Em Juiz de Fora o cenário do mercado matrimonial acompanha o crescimento tanto do Brasil quanto da região sudeste. Para Cacilda Costa, proprietária da loja Estilo Noivas, a crise não diminuiu a procura, mas fez com que as pessoas buscassem pelos serviços com mais cautela, adequando

seus sonhos ao bolso: “As pessoas estão procurando mais os preços, buscam produtos mais genéricos e trazem modelos de vestidos mais simples para serem confeccionados”. Mas a cautela não significa que o mercado não esteja em alta. Cacilda ainda diz que, por estar há muito tempo no ramo, trabalhou com várias gerações de noivas de uma mesma família. “Temos 30 anos de mercado. Apesar da modernidade, ainda é forte o sonho do vestido de noiva. É gratificante ver a noiva prontinha”. As vantagens do mercado são diversas, sempre existem pessoas que buscam os serviços, tanto em busca de trabalho como a fim de fazer uso dos serviços: “Juiz de Fora cresce cada dia mais nesse setor, o céu é o limite e a cidade conta com um número de fornecedores e profissionais de alta qualidade que oferecem serviços que não deixam a desejar com relação aos grandes centros”, conta Eder Silva, gestor cerimonial. “Casamento demanda muita preparação e planejamento, são muitos profissionais e serviços envolvidos para que tudo ocorra da melhor maneira possível. Automaticamente esse evento gera mais empregos para a cidade, sejam direto ou indiretamente, além de movimentar o comércio local, já que a matéria prima e serviços utilizados na produção, em sua maioria, são adquiridos da cidade”, completa.

“ Apesar da modernidade, ainda é forte o sonho do vestido de noiva.”

9


Quinta-feira, 17 de Agosto

Economia

Entenda o que são Bitcoins Moeda virtual bate recorde histórico e chega a ser comercializada por 4.320 dólares

10

Bitcoin é uma moeda digital, ou uma criptomoeda, criada em 2009 como uma forma alternativa de pagamento. “Bit” é a abreviação em inglês de dígito binário, e “Coin” significa moeda. Assim como o real ou o dólar, ela pode ser usada em compras e transações comerciais, mas somente de forma virtual. Apesar de se tratar de uma moeda, ela não é controlada por nenhum país ou banco central e possui seu próprio lastro. Ela é descentralizada e está ligada a uma rede de computadores que registram e validam todas as suas operações. Desenvolvida por um programador, ou um grupo de programadores, de pseudônimo Satoshi Nakamoto, as Bitcoins já são usadas em muitos países e são bem vistas por muitas pessoas por não contarem com o intermédio de nenhum tipo de instituição. Todas as negociações são feitas de forma rápida entre as próprias pessoas em aplicativos e sites especializados na internet. Não há a necessidade de compartilhar dados pessoais, mas a transação fica registrada de forma pública no chamado Blockchain. Para comprar a criptomoeda é necessário fazer cadastro em um software. Nele as moedas ficam guardadas em uma espécie de carteira. Ao comprar uma bitcoin em uma casa de câmbio ou ao receber a moeda em uma transação econômica, o usuário cadastrado recebe um código que é chamado de “endereço”. Esse código será usado nas operações e, ao perdê-lo, perde-se o dinheiro.

Arte: Freepik

Isadora Gonçalves

O valor de mercado da criptomoeda já passa dos 70 bilhões de dólares

Com o valor de mercado influenciado todos os dias pela economia, o preço da moeda virtual aumentou 400% desde o início do ano, chegando a se comercializada por mais de 4.000 dólares. No Brasil, seu valor chega, hoje (17), a 14.313,05 reais por moeda. Como surgiu Criada em um sistema de código aberto, as Bitcoins são geradas a partir de cálculos matemáticos extremamente complexos que dependem de uma rede de computadores potentes para solucionar. Assim, mesmo a fórmula sendo divulgada livremente, não é possível que uma pessoa decifre o código e o use para obter vantagem. Cada fórmula é solucionada pela rede de computadores em cerca de 10 minutos. Quando o cálculo é resolvido, criam-se bitcoins e é gerado um novo problema, fazendo o sistema começar novamente. Esse processo é chamado de mineração e pode ser feito por

qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. Para fazer parte dessa rede de mineradores, é necessário um computador potente ligado à internet. Ao solucionar um problema, o minerador recebe uma fração de bitcoins como recompensa. Porém, a cada quatro anos o número de unidades da moeda gerado cai pela metade. Além disso, ela foi criada para ser produzida até o limite de 21 milhões de bitcoins. Com isso, há um controle da circulação e produção da criptomoeda. O fato de não ser controlada por uma instituição ou governo e de garantir o sigilo nas transações, faz da moeda uma fonte de interesse para diversos empresários e investidores. Todo o seu sistema está armazenado nas chamadas nuvens das redes de internet e depende dos próprios usuários para o seu funcionamento. Por isso é considerada por muitos como o futuro do sistema bancário.


Quinta-feira, 17 de Agosto

UFJF

Onde pesquisa, ensino e extensão são indissossiáveis

Na UFJF, seis grupos PET e oito grupos GET atuam como pesquisadores e desenvolvem projetos extracurriculares Foto: Christinny Garibaldi

dades orientadas por um professor tutor. Entre as atividades desenvolvidas pelos grupos, estão projetos de extensão como o podcast do PET da Faculdade de Comunicação, Pet Cast, o Concurso de Pontes do PET Engenharia Civil, O LinusBot do PET Engenharia Elétrica e eventos como o Minicurso de Neuropsicologia do PET Psicologia.

Grupos GET

Palestra durante a décima sexta edição do INTERPETGET. Neste ano, o evento aconteceu em julho no auditório da Faculdade de Economia

Christinny Garibaldi Presente na UFJF desde 1992, o Programa de Educação Tutorial (PET) é composto por grupos de 12 bolsistas de graduação e um professor tutor que desenvolvem projetos de pesquisa, ensino e extensão – os três pilares do Ensino Superior, de acordo com as diretrizes do Ministério da Educação. Na federal de Juiz de Fora, existem seis grupos PET, nomeados de acordo com o curso ou faculdade em que estão. São eles: PET da Faculdade de Comunicação, PET Engenharia Elétrica, PET Engenharia Civil, PET Odontologia, PET Psicologia e PET da Faculdade de Educação Física. O PET é um programa na-

cional que surgiu em 1979 com a mesma sigla, mas com significado diferente: Programa Especial de Treinamento. Inicialmente, era financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A partir de 1999, o programa passou a ser viculado à Secretaria de Ensino Superior – SESu/MEC e, desde então, o Ministério da Educação é responsável pelo pagamento de bolsas e custeio das atividades do grupo. De acordo com o Manual de Orientações Básicas, documento responsável por orientar as atividades dos grupos, o objetivo dos grupos PETs é proporcionar a melhoria da qualidade acadêmica dos cursos de graduação com ativi-

Na UFJF, além dos grupos PET há os grupos GET - Grupos de Educação Tutorial que são financiados pela própria universidade. Segundo informações da UFJF, o funcionamento dos grupos GETs é da mesma forma que os grupos PET. “Na prática, significa a extensão de oportunidades deste tipo de experiência para alunos de mais cursos.” Os cursos contemplados pelos GET na UFJF são: Arquitetura, Ciência da Computação, Engenharia Sanitária e Ambiental, Engenharia Computacional, Engenharia de Produção, Medicina, Nutrição e Turismo. Para integração dos grupos Pets e Gets, o evento INTERPETGET é promovido anualmente pelos bolsistas dos grupos. Neste ano o evento completou 16 edições, com as três últimas que ocorreram oficialmente em conjunto com os grupos GET. Para Ana Lívia, petiana e membro da comissão do INTERPETGET, o evento é uma preparação para outros eventos a nível regional e nacional dos PETs, além de ser um momento de articulação dos grupos da universidade.

11


Quinta-feira, 17 de Agosto

Cultura

Blogueiros influenciam comportamento entre jovens

Considerados formadores de opinião, digital influencers geram identificação entre seus seguidores e ganham espaço na publicidade Alice Xavier

Foto arquivo pessoal Camilla Villas

12

A estudante Polyana Magnano, 16 anos, aguarda ansiosamente o próximo dia 27, data em que seu ídolo, Whindersson Nunes, se apresentará em Juiz de Fora. Mas afinal, quem é Whindersson Nunes? Ele é considerado um digital influencer (influenciador digital), com 22 milhões de seguidores nas redes sociais, segundo pesquisa realizada pela Provokers para o Google, sendo a segunda personalidade mais influente para jovens do Brasil, perdendo posto apenas para o apresentador Luciano Huck. O estudo ouviu jovens com idades entre 14 e 17 anos, em cidades das regiões nordeste, sudeste e sul. Questionada sobre o porquê de ser tão fã de Whindersson, Poliana afirma se identificar com a história de vida dele, com a humildade, e, por isso, se sente representada pelos aspectos do cotidiano que ele aborda, como as relações familiares, os conflitos e os conselhos. Pertencentes à nova geração de celebridades, os chamados digital influencers não são conhecidos por todas as pessoas e nem sempre aparecem na grande mídia. Entretanto, na internet, eles estão mudando a maneira como as informações são consumidas, produzindo inúmeros conteúdos, para públicos diversos, de diferentes idades. Eles falam sobre comportamentos, opiniões, conselhos, entretenimento, e muitas vezes são contratados por empresas para atuar no campo da publicidade, divulgando produtos e serviços para seus seguidores. Criadora do Blog da Ca, espaço para troca de informações sobre moda, comportamento e beleza, a juiz-forana Camilla Villas é influenciadora digital e tem em seu perfil no Instagram mais de 50 mil seguidores. Para ela, uma

Para Camilla, responsabilidade em relação ao que postar é o que mais preocupa

preocupação de ser digital influencer é a responsabilidade em relação ao que postar no Instagram, porque tem que tomar muito cuidado com tudo o que é dito nas redes sociais, uma vez que as pessoas que leem, confiam na sua opinião e seguem suas sugestões.

Oportunidade de negócios

De certa forma, ficar famoso na internet se tornou um bom negócio. Com isso, os influenciadores atraem os olhares da publicidade. Isso é associado a algo positivo, quando o digital influencer tem responsabilidade com aquilo que fala, trazendo também para a divulgação a sua identidade. Segundo Camilla, “temos que pesquisar muito bem o que falar, nos preparar muito e estudar também. Hoje eu falo de moda pois é a área que eu estudo. Eu jamais vou entrar em um campo que não tem nada a ver com a minha área para poder falar de coisas que eu não entendo para influenciar negativamente as pessoas.”

Influenciadores conscientes

Quando se fala no mundo virtual,

muitas críticas surgem podem surgir: pais implicando com os filhos que passam muito tempo conectado; filhos que são vítimas de crimes virtuais, entre outros. Porém, a internet ainda é um espaço democrático, cenário de diversos assuntos polêmicos, dando voz a minorias, representando uma pequena parcela da população, que ganha espaço para falar sobre seus sentimentos, desejos, angústias e lutas. A psicóloga de adolescentes, Milena Magiolo, ressalta que a internet é um espaço que contém o lado positivo e negativo, pois um jovem com crise de identidade - o que é comum para a faixa etária - compartilha com outras pessoas que têm problemas em comum, sendo representado, ganhando forças para aprender a lidar com isso e também a superar. Milena ainda reitera que o papel dos pais em acompanhar o que os filhos fazem na internet é essencial, para saberem o que eles estão fazendo e poder intervir aos abusos na rede, caso seja necessário. Mas ela considera que, na maioria das vezes, o digital influencer cria mais laços positivos que negativos.


Quinta-feira, 17 de Agosto

Cultura

Acontece hoje o evento Quinta Gastronômica da Arteria

Foto: Dilvugação/Arteria

Os Chefs Rilder Almeida e Natan Romanholi irão fazer uma releitura de um prato clássico da culinária brasileira: o famoso frango com quiabo e polenta

Arteria

tem

como

objetivo

Ezequiel Florenzano Festivais e realitys shows culinários são cada vez mais comum. Hoje o mundo da gastronomia é bastante acessível. E em Juiz de Fora não é diferente. A Fabrica Cultural Arteria lança hoje,na cidade, a primeira edição da Quinta Gastronômica. O evento vai acontecer no espaço Arteria, na Rua Oswaldo Aranha,535,Centro durante o horário de 18h às 23h,nesta quinta-feira (17). Os Chefs Rilder Almeida e Natan Romanholi irão oferecer o prato especial:frango confitado com quiabo salteado na manteiga e polenta cremosa. A entrada é gratuita,a pessoa paga aquilo que consumir. As porções serão individuais, no valor de R$ 30. Hávera ainda um combo(2 pratos especiais mais uma garrafa de vilho da casa-Geraldo) com desconto de 20 por cento. Segundo a assessoria, a festividade tem como objetivo promover a “Arte de Cozinhar” , oferecendo ao público presente

promover

a

cultura

gastronômica

a oportunidade de experimentar pratos especiais e exclusivos, através da releitura do Clássico Frango com quiabo e polenta. Além disso, eles expuseram que a intenção principal do evento é trazer uma maneira de as pessoas terem um contato mais próximo com as pessoas ,criando uma oportunidade de revisitar a culinária tradicional, pratos clássicos, no entanto com uma pitada de personalidade própria do chefs.

Divulgação: Arteria

O

Equipe

gastronômica

da

Arteria

A estudante de gastronomia Jéssica Almeida, que pretende ir ao local ver o evento como uma oportunidade de crescimento profissional: “sou da área da gastronomia e procuro sempre ir a esses eventos para conhecer menus diferentes e ganhar um repertório maior”. Por ser um espaço Cultural, o Arteria tem como função estimular novas experiências para o público como revela a organização do evento: “A expectativa é atrair o público para saborear pratos conhecidos mas preparados de maneira diferente, estamos bem animados e acreditamos que este evento possa se tornar um sucesso, além disso é um enorme prazer poder promover a gastronomia, entendo está como também manifestação artística e cultural, que possui um papel de muita importância para a sociedade”. A advogada Adriana Lunardi, que sempre participa de festivais do gênero disse que adora experimentar comidas novas: ”Gosto de comer e beber bem, por isso sempre procuro participar de eventos de gastronomia”. O Chef Rilder Almeida, que fará as releituras dos pratos falou um pouco sobre a sua expectativa: ”Nesta primeira edição, estamos propondo o clássico Frango com quiabo e polenta, mas com uma pitada de identidade e técnicas apuradas, por meio de releituras, esperando agradar todos paladares”.

13


Quinta-feira, 17 de Agosto

Esporte

Dança une atividade física e expressão artística em uma só prática

O exercício pode trazer diversos benefícios para o corpo e para a mente Letícia Silva

14

Ventre, também chamada de Dança Oriental Árabe, desde fevereiro de 2014. “A minha curiosidade pela dança começou muito cedo. Quando eu tinha três anos me apaixonei pela Dança do Ventre, assistindo a novela “O Clone”, mas na época não tive oportunidade de fazer aulas”, conta a aluna. Quando pôde começar, ela diz que foi a realização de um sonho. Hoje a dança é parte fundamental de sua vida. Nicole também pratica ballet: “Estou cada vez mais encantada com cada possibilidade que estou descobrindo, aula após aula, que meu corpo pode fazer”. Ainda segundo ela, sua relação com a dança está ligada muito mais às emoções do que a estética corporal. “Eu tenho muita dificuldade em colocar meus sentimentos para fora e a dança é a maneira que eu encontrei de “verbalizar” minhas emoções através do meu corpo.” Mas ainda assim ela destaca que a atividade contribui no aspecto físico: “percebo o quanto a dança está me ajudando em relação ao fortalecimento e ao condicionamento e isso é muito importante para a saúde e bemestar.” Talissa Salimena é graduanda em Educação Física e dá aula de dança há quatro anos. Em sua visão, a dança contribui muito em relação à saúde, “ela te condiciona a ter uma qualidade de vida melhor porque ela trabalha com a respiração, o alongamento, o fortalecimento e a postura”. Ainda segundo ela, a atividade

Foto: Arquivo pessoal

A dança, além de um exercício físico, pode se apresentar como uma atividade fortemente ligada às emoções para quem pratica. Em Juiz de Fora existem vários projetos que se empenham em explorar esse tipo de arte. Lailah Garbero é uma das fundadoras da Praxis, uma escola de arte que também trabalha a dança. A criação do espaço foi uma ideia compartilhada com uma amiga. Elas desejavam criar uma escola que explorasse a arte de maneira diferenciada, “uma pegada plural pra oferecer mais possibilidades das pessoas se encontrarem com a linguagem artística”. A Praxis, como o nome diz, tem a ideia de atuar para transformar a realidade a partir da união de teoria e prática, “a gente acredita na arte enquanto transformação humana, um fator que nos faz adquirir consciência”, considera. Lailah , que também é professora de dança, acredita que a atividade acessa outras linguagens além da verbal, a qual estamos acostumados no cotidiano. “Quando nosso corpo recebe outros códigos e sinais, passamos a compreender a vida por uma outra angulação, com um outro sentido. Isso traz formas do nosso corpo existir, respirar, resistir e se compreender melhor” Além disso, a professora considera que a dança agrega à vida das pessoas, “quanto mais potencialidades a gente descobre com o nosso corpo, mais consciente a gente fica pra viver e selecionar com mais nitidez os nossos caminhos”. Nicole Facioni pratica a dança do

Nicole considera a dança como uma forma de libertação

proporciona queima de calorias, prazer e bem-estar: “Tanto pelo convívio social com os outros praticantes, como pela sensação de relaxamento e alívio do stress; melhora a condenação motora”. Todas as pessoas que não possuem algum tipo de restrição médica podem praticar a dança, porque os passos podem ser adaptados às limitações físicas e dificuldades de cada pessoa, abrangendo também todas as idades.


Quinta-feira, 17 de Agosto

Esporte

Sem apoio do setor público, JF CELTICS se fortalece através da equipe Jovens da sub-22 vão para a final da Liga Mineira de basquete em uma competição adulta Um dos maiores desafios encontrados pelo JF CELTICS é a falta de apoio financeiro do poder público. Mesmo com isso, o clube de basquete busca caminhar com as próprias pernas e ter independência, se tornando uma organização sem fins lucrativos. O trabalho árduo e voluntário de todos os técnicos e treinadores somado ao comprometimento do grupo, possibilitou à equipe sub22 uma disputa para a final da Liga de Desenvolvimento de Basquete Amador (LDBA), anunciada esta semana. A equipe, apesar de ser composta por jovens amadores, vai participar de um campeonato adulto. O clube surgiu em 2008 com uma turma de oito meninos e atualmente conta com, aproximadamente, 250 alunos. Os treinamentos abragem as categorias de mini basquete, com crianças de 8 anos, sub-13, sub-15, sub17, sub-22 e adulto, para homens e mulheres. Alexandre Willians, coordenador geral do JF CELTICS, afirma que a proposta do projeto é a inclusão social por meio do esporte. “Nosso intuito é atrair os jovens e tirá-los do perigo das ruas, das drogas e do ostracismo, dando uma alternativa. E a consequência disso tudo é o alto rendimento”, afirma. A partir disso, o aluno pode disputar no campeonato mineiro, federação carioca do esporte, entre outras. Como foi o caso da última competição. O treinador do clube e atleta profissional por 16 anos, Lucas Batista, pontua que a preparação

Foto: Reprodução Facebook JF CELTICS

Ariadne Bedim

Clube tem sua sede própria e conta com, aproximadamente, 250 alunos

visa a melhora e manutenção da forma física. Com os jogos finais se aproximando, o foco muda e o treino se torna em função da equipe que vai competir. De acordo com o treinador, o maior o desafio não é tanto o ensino do esporte, mas sim a prática pela falta de reconhecimento do time. O coordenador geral acrescenta que sabe da dificuldade de fazer esporte, principalmente sem apoio nenhum do setor público, mas isso fortalece e os faz caminhar com as próprias pernas, de forma a captar os próprios recursos. Com esse impasse, o clube busca organizar eventos para arrecadação de verbas, como por exemplo feijoadas. Além disso,

os pais dos alunos costumam colaborar pois reconhecem as dificuldades enfrentadas. A quantia recebida costuma ser investida na divulgação da equipe, com camisas e banner, e em transporte dos alunos para competições. Em nota, o assessor da Secretaria de Esporte e Lazer informa que a prefeitura apoia todas os esportes de acordo com a demanda e que não estão em condições de atender financeiramente os clubes, desde os últimos anos. O primeiro dos três jogos da final acontece em Juiz de Fora, previsto para o dia 26, e os treinos experimentais podem ser feitos no antigo Minas, localizado na rua Santo Antônio, número 141.

15


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.