Mergulho Diário - Nona Edição - 22/03/2017

MERGULHO DIÁRIO

Jornal Laboratório da Faculdade de Comunicação da UFJF • Juiz de Fora, 22 de Março de 2017 • Edição 09

FOTO: ARQUIVO PESSOAL DUDU CARIAS

MUNICÍPIOS SE UNEM CONTRA A VIOLÊNCIA NA REGIÃO

Lideranças políticas reunidas em BH nesta terça, 21. p. 3

CIDADE

CIDADE

Áreas de proteção ambiental serão criadas na Represa João Penido

UFJF fica entre universidades mais ativas na internet na América Latina

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ESPORTE Olheiros do Flamengo visitam Juiz de Fora

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Juiz de Fora, 22 de Março de 2017

EDITORIAL

EXPEDIENTE

É preciso olhar com humanidade Elias Arruda e Marina Urbieta muito menos algo que não se tenha uma solução. A abordagem ao tema precisa ser alterada. Limitar a segurança pública em dados e reuniões é um problema. No caso das cidades menores, a população precisa mudar hábitos diante de furtos, roubos e outras violências que vêm à reboque do tráfico de drogas. O debate é importante, mas é preciso que soluções sejam colocadas em prática diante da crescente insegurança das comunidades. O tempo passa e novos problemas se agregam aos antigos. Será que vai ser preciso ocorrências mais graves nas ruas, como aconteceu nos presídios no início do ano, para que soluções sejam apresentadas? Não só isso, mas para a resolução dos problema é necessário o investimento de recursos. É preciso olhar de verdade para as mazelas da sociedade. Os problemas vão muiA falta de segurança no país é to além de um olhar especialista, conhecida e debatida em todas as é preciso olhar com humanidade. regiões. Não é um assunto novo,

FOTO: REPRODUÇÃO INTERNET

Uma reunião sobre segurança pública na Zona da Mata foi marcada para o dia 27 de abril, abrindo caminho para que ações efetivas contra a criminalidade sejam realizadas em municípios pequenos, onde tem sido registrado o crescimento da violência. No último dia 21, o secretário de Estado de Defesa Social Seds, Sérgio Barboza Menezes, o secretário de Segurança Urbana e Cidadania de Juiz de Fora, José Armando Pinheiro da Silveira, e vereadores do município de Guarani se encontraram em Belo Horizonte para buscar alternativas e discutir políticas públicas para frear a criminalidade na região. É notável que diversas questões precisam entrar em pauta, entre elas o aumento de efetivo da polícia nas ruas e melhores condições para a estrutura de trabalho dos militares.

Jornal Laboratório da Faculdade de Jornalismo da Universidade Federal de Juiz de Fora, produzido pelos alunos da disciplina de Técnica de Produção em Jornalismo Impresso Reitor Profº Dr. Marcus David Vice-Reitora Profª Drª Girlene Alves da Silva Diretor da Faculdade de Comunicação Social Prof. Drº Jorge Carlos Felz Ferreira Vice-Diretora Profª. Drª. Marise Pimentel Mendes Coordenadora do Curso de Jornalismo Integral Profª Drª Cláudia de Albuquerque Thomé Chefe do Departamento de Métodos Aplicados e Técnicas Laboratoriais Profª. Drª. Maria Cristina B. de Faria Professoras Orientadoras Profª. Drª. Janaina de Oliveira Nunes Profª. Ms. Marise Baesso Tristão Repórteres Armando Júnior; Bárbara Guimarães; Cristiane Turnes; Enrico Monteiro; Gabriel Ferreira; Júlia Lima; Leo Barbosa; Lia Rezende; Luis Felipe Cardoso; Mateus Bosse; Nayara Carvalho; Vitória Gonçalves Editores Elias Arruda e Marina Urbieta Diagramação Ruth Gonçalves; Vitória Gonçalves Contato mergulhodiario@gmail.com facebook.com/mergulhodiario (32) 2102-3612

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Juiz de Fora, 22 de Março de 2017

POLÍTICA

DEBATE SOBRE SEGURANÇA PÚBLICA INTEGRA MUNICÍPIOS DA ZONA DA MATA Mortes de animais em quatro cidades da região serão investigadas por risco da doença FOTO: ARQUIVO PESSOAL DUDU CARIAS

Por Mateus Bosse

Políticos debatem segurança pública na Zona da Mata durante reunião em BH

A crescente insegurança na região da Zona da Mata, especialmente entre as cidades com menos de 10 mil habitantes, vem mobilizando a classe política na região.

Uma série de roubos na zona rural tem assustado moradores. Autoridades da região se reuniram ontem em Belo Horizonte para discutir a questão da segurança pública. Estiveram no encontro o secretário de Estado de Defesa Social (Seds), Sérgio Barboza Mendes, o secretário de Segurança Urbana e Cidadania de Juiz de Fora, José Armando Pinheiro da Silveira, e vereadores do município de Guarani. Representantes das Polícias Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros também participaram. Um novo encontro, inédito na Zona da Mata, deve ampliar a discussão nas próximas semanas.

O deputado estadual Isauro Calais (PMDB), responsável por agendar o encontro de ontem em Belo Horizonte, disse que a principal questão levantada foi o sucateamento da Polícia Civil e Militar dos municípios da Zona da Mata. Segundo ele, são necessários maiores investimentos em

segurança na região. O deputado afimou ainda que nenhuma medida concreta ficou decidida na reunião e que está realizando esforços para mobilizar o novo encontro.

Os vereadores de Guarani presentes no encontro em Belo Horizonte, manifestaram o desejo de contar com uma patrullha rural para atender a cidade, além das regiões de Rio Pomba e Tabuleiro.

Atualmente, a região pertence ao Batalhão da PM de Ubá. O vereador Dudu Carias (PMDB) contou que o Comandante da 6ª Região da Polícia Militar de Minas Gerais (6ª RPM), coronel Giovani de Sousa Silva, está realizando um levantamento de custos para a aquisição do veículo. Foi avaliada também a possibilidade de protocolar uma Emenda Parlamentar, através do deputado Isauro Calais, caso a compra não seja possível devido à crise financeira vivida pelo estado de Minas Gerais.

De acordo com Dudu, o novo encontro, ainda sem data e local, serviria para filtrar as demandas que serão apresentadas na audiência pública agendada para o dia 27 de abril em Juiz de

Fora. A idéia da audiência pública é chamar a atenção do Governo do Estado para os problemas de segurança na Zona da Mata.

Uma série de crimes tem assustado moradores de municípios vizinhos. De acordo com a jornalista Marise Tristão, assaltos à mão armada, roubos de celulares e invasões de residências têm modificado a rotina da população de Guarani.

Antes acostumados com tranquilidade, os moradores agora estão recorrendo a serviços de vigia particular para diminuir a onda de crimes.A cidade de Bicas, também de clima pacato, tem sofrido com os ataques. A estudante e moradora local Cristiane Turnes conta que, na semana passada, dois homens renderam funcionários de uma sorveteria, roubaram cerca R$ 3 mil e fugiram sem ser identificados.

O vereador Dudu Carias afirmou que, por ser uma cidade que desempenha posição de liderança e ter capacidade de atrair mais atenção do Estado, Juiz de Fora tem papel fundamental nas discussões. O próximo encontro ainda não tem data e local definidos, mas deve ocorrer antes da audiência pública.

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POLÍTICA

POLÍTICOS DISCUTEM MODELO ELEITORAL BRASILEIRO Segundo ministro Gilmar Mendes, com um consenso, a reforma pode ser implementada já nas próximas eleições Por Enrico Monteiro

FOTOS: AGÊNCIA BRASIL

Políticos se reuniram para debater sobre modelos políticos existentes em três países, buscando alterar o brasileiro, em lista abeta

Em um seminário da Comissão Especial da Reforma Política realizado ontem, 21, o minitro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, voltaram a defender uma reforma no modelo político-eleitoral brasileiro.

Nesse seminário, os políticos debateram sobre três modelos políticos existentes: voto distrital misto, distrital puro e voto por lista fechada em outros países, junto com parlamentares da França, Alemanha, Bélgica, Portugal, Espanha e México.

Um dos grandes debates do modelo político atual (lista aberta) é o efeito que coligações geram.

Segundo o ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, 4

“este é um modelo que se vota em Tiririca e elege Valdemar da Costa Neto”.

O próprio ministro reconheceu ontem que mudar o sistema completamente para as próximas eleições em outubro do ano que vem - é um prazo muito curto, mas disse que pretende, com um consenso, entrar em fase de transição do modelo já.

Para o cientista político O cientista político Rodrigo Melo aponta essa medida como mais uma que não chegará ao debate da população. “Certamente, apresentar o modelo já para as próximas eleições pega a sociedade brasileira desprevenida, sem tempo de maturação. Apesar desses debates estarem avançados no Congresso, eles nunca chegaram à sociedade, e isto é muito prejudicial para o país”, afirma Rodrigo.

ENTENDA OS MODELOS No modelo distrital, pega-se o número total de vagas pleiteadas e divide pela religão, com cada partido lançando um candidato.

No distrital misto, o eleitor realiza dois votos, onde metade da Câmara seria eleita pelo voto distrital e a outra metade eleita por voto proporcional.

Tal modelo, permitiria cada distrito ter o seu político no local, facilitando a fiscalização da população e dos veículos de imprensa sobre o mesmo.

No voto em lista fechada, os eleitores votam no partido em vez de escolherem candidatos avulsos, e os votos são depois distribuídos de acordo com uma ordem de candidatos previamente definida pela legenda.

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Juiz de Fora, 22 de Março de 2017

ECONOMIA

MULHERES DA ECONOMIA SOLIDÁRIA DE MINAS GERAES SE ENCONTRAM EM BELO HORIZONTE

Seminário reúne representantes dos 11 Fóruns Regionais do Estado para discutir a representatividade feminina no movimento

FOTO: AGÊNCIA BRASILIA

Por Lia Rezende

Conceição Maria, ou Tutuca, se apresenta às companheiras que compareceram ao primeiro dia do Seminário do GT de Mulheres da Economia Solidária de Minas Gerais.

“Há 20 anos eu estive nesse mesmo espaço, aprendendo sobre as ervas medicinais. Hoje, eu volto com uma história de envolvimento com mulheres na geração de renda, principalmente na zona rural”, conta Maria Conceição, ou Tutuca, apelido carinhoso que a mineira de São João Del Rei ganhou das companheiras ao longo da caminhada militante.

Tutuca fala da Casa do Graal, em Belo Horizonte, onde acontece hoje, 21, o primeiro Seminário do Grupo de Trabalho (GT) de Mulheres da Economia Solidária de Minas Gerais. A ideia é estudar a identidade feminina dentro do movimento e garantir a luta por mais direitos voltadas para elas.

O encontro é resultado de um diálogo que começou ainda em 2015, quando representantes do Fórum Brasileiro de Economia

Solidária (FBES), em parceria com a Casa do Graal, o Instituto Marista de Solidariedade (IMS), a ONG Moradia e Cidadania e a UFMG, se encontraram pela primeira vez para discutir o lugar das mulheres dentro do movimento - onde, vale dizer, são maioria.

Beatriz, coordenadora do projeto Centro da Mulher na Casa do Graal e uma das organizadoras do encontro, explica que “as participantes vieram através da mobilização dos Fóruns Regionais, que mobilizaram suas respectivas representantes. Ao todo, são 11 regionais e esperamos cerca de 60 mulheres”.

Geralda é uma delas, e veio até a capital do Estado para representar não só Juiz de Fora, como também o Conselho Estadual de Economia Solidária, onde é vice-presidente.

Para ela, o encontro é ainda mais

importante devido ao que viemos passando no Brasil. “Somos as primeiras atingidas em praticamente todas as reformas políticas propostas. Discutir nossa situação hoje para lutar pelos direitos que já conquistamos: é isso que esperamos desse encontro”, afirma.

Autogestão e luta por melhores políticas públicas são algumas das bandeiras levantadas pela Economia Solidária, uma caminho alternativo rumo à geração de renda e emancipação do trabalhador. Sem patrões nem empregados, os trabalhadores são incentivados a se articular em associações e cooperativas, além de ocupar as cidades com feiras populares e a lutar pela força do comércio local em articulações de cunho político como os Fóruns municipais, regionais, estaduais ou nacional.

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CIDADE

JF TEM DOIS FURTOS DE CARROS POR DIA

Em uma semana, cidade registrou 14 casos de veículos furtados.

Maioria foi registrada na Zona Norte

FOTO: FOTOS PÚBLICAS

Por Armando Júnior

Casos de furtos de veículos preocupam moradores de Juiz de Fora

Juiz de Fora registrou 14 casos de furtos de veículos nos últimos sete dias. Somente entre essa terça e quarta-feira foram cinco ocorrências divulgadas pela Polícia Militar: três na Zona Norte (Araújo, Ponte Preta e Nova Era), um na Leste (Vitorino Braga) e um na região central (Granbery).

Os principais registros estão relacionados com veículos populares ou antigos. A manicure Márcia Araújo conta que teve um Monza arrombado e depois furtado na Rua Dona Maria Helena, no Bairro Santa Helena. “Estacionei o carro por volta do meio dia. Quando fui ver, tinham levado a bateria. Em outro dia, meu marido parou o carro e, quando nos demos conta, tinham levado”. Márcia, que ainda não teve o automóvel 6

localizado, conta também que a rua é pouco movimentada durante o dia e que outros casos de roubos são comuns no local. “Já pedimos mais segurança, mas não tem”, completou.

Casos de furtos de veículos são de difícil investigação. Isso porque eles têm a placa trocada para despistar a polícia e facilitar o desmanche. Dos 14 carros furtados essa semana, apenas um foi localizado.

Cidade tem grande número de furtos Dados da Polícia Civil divulgados em janeiro desse ano mostram que a Zona Norte é uma das que mais registram casos de furtos na cidade, seguida pela Zona Sul. Os números do levantamento assustam. No ano passado, foram registrados 8.449

furtos em Juiz de Fora. Isso significa que 23 casos foram registrados por dia, ou seja, quase um por hora em 2016. Segundo a Polícia Civil, o maior número de casos se deu nesses bairros porque se tratam de grandes regiões de Juiz de Fora.

Como agir Em casos de furtos e roubos de carros, a PM recomenda que a vítima deve registrar a ocorrência em uma delegacia de Polícia Civil Especializada em Roubo de Veículos em até 72 horas. A Polícia sugere também que, ao estacionar o veículo, é preciso procurar locais de maior aglomeração de pessoas, evitando locais isolados e mal iluminados. A PM alerta ainda que nunca se deve reagir em nenhum tipo de roubo.

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Juiz de Fora, 22 de Março de 2017

CIDADE

EQUIPE DA PJF ESTUDA CRIAÇÃO DE ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL NA REPRESA JOÃO PENIDO Medida ganha repercussão na semana em que se comemora o Dia Mundial da Água.

Manancial é hoje o de maior abastecimento de JF e carece de leis de proteção

FOTO: REPRODUÇÃO CESAMA

Por Nayara Carvalho

Represa João Penido, maior manancial de abastecimento de Juiz de Fora.

Uma Área de Proteção Ambiental (APA) deve ser criada na Represa João Penido. Um estudo para que a medida seja efetivada está sendo feito por um grupo de trabaho intersetorial da Prefeitura de Juiz de Fora. A informação é divulgada na semana em que se comemora o Dia Mundial da Água – 22 de março.

João Penido é hoje o maior manancial de abastecimento da população de Juiz de Fora. No entanto, uma das preocupações é que a área do entorno é ocupada e o lago é usado para práticas de lazer e esportivas.

Hoje não há legislação em vigor para proteção da área, já que as leis do setor são ultrapassadas e nem chegaram a ser regulamentadas.

De acordo com a definição do Ministério do Meio Ambiente,

“uma APA tem o intuito de conservar e proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação do local, e assegurar a sustentabilidade do uso de recursos naturais”. Há possibilidade de ocupação humana nesses espaços.

O grupo intersetorial, criado em 2012, realizou um decreto que cria zonas especiais dentro da bacia do lago. O espaço foi dividido em duas zonas, chamadas de “Zonas Especiais”: A primeira zona compreende uma faixa paralela ao limite da bacia do manancial; já a segunda refere-se aos imóveis com frente para a rodovia que interliga a BR-040, no Bairro Barreira do Triunfo, à rodovia MG-353, em Coronel Pacheco, e que está prestes a ser inaugurada. Nestas

zonas foram criadas regras, sobre os tipos de propriedades que podem ser construídos, as dimensões e o cuidado com o cumprimento das legislações ambientais, como o tratamento do esgoto.

Segundo a assessoria da Prefeitura, as funções do grupo de trabalho intersetorial são estabelecidas pelo decreto de 2012, e entre elas estão: “analisar os instrumentos de controle do parcelamento, uso e ocupação do solo”; “analisar a necessidade de se criar uma área de amortecimento”; “e apresentar, se necessário, propostas para promover o desenvolvimento sustentável da bacia e seu entorno”.

A Prefeitura ainda não tem previsão para confirmação do projeto de APA em João Penido.

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CIDADE

RANKING APONTA UFJF COMO A 55ª UNIVERSIDADE MAIS ATIVA NA INTERNET Levantamento analisou 3.680 instituições na América Latina

FOTO: FLICKR UFJF

Por Leo Barbosa

Na comparação entre 2014 e 2017, a UFJF subiu 39 posições no ranking

O Ranking Web of Universities ou Webometrics, iniciativa do Laboratório de Cybermetria do Conselho Superior de Investigações Científicas do Ministério da Educação da Espanha, apontou a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) como a 55ª universidade da América Latina mais presente na internet. De 2014 para 2017, a instituição subiu 39 posições; o instituto analisou 3.680 instituições de ensino superior no continente. No mundo, foram analisadas 11.995.

Entre as universidades brasileiras, a instituição ocupa a posição 30 e, entre as mineiras, é 4ª colocada, atrás da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). A pesquisa é feita através de mecanis8

mos de busca acadêmica, como o Google, Google Scholar Citations, Scimago, Majestic e Ahrefs.

Em seu levantamento, o Laboratório de Cybermetria considera quatro aspectos principais: presença, visibilidade, transparência e excelência na internet. “Segundo eles, essa visibilidade se mede UFJF no ranking:

através de número de índices, páginas relacionadas, arquivos baixados, citações, entre outros,” explica a diretora de Avaliação Institucional, Michèle Farage.

“Quanto mais visibilidade e transparência melhor. Isso contribui muito para internacionalização da UFJF, na medida que permite o contato com outras instituições, outros professores, pesquisadores e alunos do exterior, ampliando as possibilidades de intercâmbio e pesquisas. Claro que a divulgação do conhecimento produ zido na instituição, também, é um fator que facilita essa presença.

Já o diretor de Imagem Institucional, Marcio de Oliveira Guerra, acredita que o resultado reflete o trabalho construído pela instituição, através dos espaços na rede e das campanhas institucionais que repercutem lá fora. “Nossa mídia trabalhada nos sites e também nas redes sociais se utiliza de uma linguagem que aproxima as pessoas da universidade. A divulgação das teses e dissertações é outra ação que dá um retorno e uma visibilidade muito grande à UFJF”, conclui.

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Juiz de Fora, 22 de Março de 2017

CIDADE

ESTUDANTES REALIZAM MATRÍCULA EM DISCIPLINAS ISOLADAS NA UFJF Selecionados devem iniciar participação nas aulas até o dia 31 de março

FOTO: JÚLIA LIMA

Por Júlia Lima

Estudantes de diferentes instituições de ensino superior se matricularam em disciplinas isoladas na UFJF

77 estudantes fizeram requerimento de matrícula em 185 disciplinas isoladas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) na última terçafeira, 21. O processo atendeu aos acadêmicos e graduados de outras instituições de Ensino Superior (IES). Dos interessados em cursar as matérias disponíveis, 64 já são formados, e outros 25 estão em graduação. Os candidatos que tiveram sua matrícula efetivada devem começar a frequentar as aulas até o dia 31 de março.

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES\JF) Laila Bantes da Silva realizou matrícula nas disciplinas Metodologia da Pesquisa e Iniciação Científica. Ela conta que tem interesse em seguir carreira acadêmica e espera “aprender a desenvolver os temas de estudo seguindo a metodologia correta”.

Para a coordenadora de Comunicação Social do CES\ JF Gilze Bara vale ressaltar, também, que o intercâmbio entre instituições de ensino contribui para além da formação curricular.

“A iniciativa de se matricular em uma disciplina isolada amplia os conhecimento e horizontes do aluno e isso não contribui só para sua formação profissional, mas também para sua formação pessoal, como ser humano mesmo”, aponta.

os estudantes e profissionais dessa outra instituição que o recebe, se beneficiam, à medida em que há troca de cultura e modos de trabalhar diferentes”.

A coordenadora dos cursos de Jornalismo e Publicidade da Estácio de Juiz de Fora Aline Maia destaca o caráter de maturidade envolvido no processo, uma vez que “quando o estudante busca disciplinas extras ao seu currículo no geral, é uma forma de completar a própria formação e incrementar o currículo”. Ela observa ainda que o processo de aprendizagem ocorre em duas vias: “tanto o aluno, que busca a disciplina isolada, quanto

O resultado do processo será divulgado presencialmente no dia 27 de março na Central de Atendimento (CAT) da UFJF. Os selecionados deverão efetuar o pagamento de uma taxa no valor de R$ 154 para cada disciplina deferida até o dia 3 de abril, e entregar o comprovante original de pagamento na CAT. É permitido que o estudante curse até 12 horas semanais nas disciplinas oferecidas.

Para o coordenador da Central de Atendimento da UFJF Helder Dalamura a ação é importante à medida que “abre espaço para outros acadêmicos terem a oportunidade de complementar sua formação na universidade”.

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CIDADE

NOVAS SUSPEITAS DE FEBRE AMARELA NA REGIÃO

Mortes de animais em quatro cidades da região serão investigadas por risco da doença Por Vitória Gonçalves O último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais aponta um total de 92 municípios com casos suspeitos de febre amarela e 54 com casos confirmados da doença. A divulgação foi feita nesta terçafeira (21) e mostra um aumento de suspeitas em todo o estado.

de Juiz de Fora já foram distribuídas 320.000 doses da vacina, e, dessas, 136.563 já foram aplicadas. Em todo o estado, o número de doses chega a sete milhões.

Outra ação da secretaria é a entrega de medicamentos para os municípios com maior número de casos e hospitais de referência.

disponível em todas as unidades básicas de saúde de Juiz de Fora.

Na região, já foram confirmados casos de contaminação em macacos em Ewbank da Cãmara e Juiz de Fora. Outras quatro cidades d microrregião de Juiz de Fora ainda estão com mortes de primatas em em investigação: Belmiro Braga, Goianá, Lima Duarte e Rio Novo.

Segundo a Secretaria de Saúde de Juiz de Fora, ainda não existem novidades a respeito das causas de morte dos oito macacos que foram encontrados desde o início do surto.

Em Juiz de Fora, segundo a Secretaria de Saúde, não há atualizações sobre as causas das mortes de outros oito macacos já encontrados no município desde o início do surto da doença em Minas Gerais.

Em razão da morte de macacos nas cidades de Visconde do Rio Branco e Além Paraíba, também haverá investigações nesses locais.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), na região

A SES tem realizado ações de mobilização para a eliminação dos criadouros dos mosquitos, além da campanha de vacinação.

Também estão sendo realizados projetos educativos com o objetivo de conscientizar a população.

É importante ressaltar que, a partir da segunda dose, o efeito de proteção da vacina dura por toda a vida. Desde dezembro de 2014, o Ministério da Saúde não orienta mais o reforço da vacina a cada 10 anos.

Os casos leves causam febre, dor de cabeça, náuseas e vômitos. Os casos graves podem causar doenças cardíacas, hepáticas e renais fatais. Ainda não existe um tratamento específico para a doença, e por isso os esforços se concenA vacina, que já faz parte do Ca- tram no controle dos sintomas e lendário Básico de Vacinação, está na limitação das complicações.

TRABALHO DO CRAS SERÁ REALIZAO EM BAIRROS DA CIDADE Santo Antonio e Nova Germânia serão atendidos pelo projeto “Cras no seu Bairro”

Por Vitória Gonçalves O Centro de Referência de As- denador do Cras Unidade Oeste São dia 28 está programada a ação no sistência Social (Cras) promoverá Pedro, Marco Aurélio Campanha. Bairro Nossa Senhora Aparecida. amanhã (25) o projeto “Cras Marco também ressalta no seu Bairro”, atividade a importância da ação nos que auxilia a população a bairros: “Nós fazemos esrealizar agendamentos para sas ações principalmente obter documentação, orienem locais onde os moradotações para o cadastramenres têm alguma dificuldade to no Bolsa Família, emtre de acesso para chegar até a outras informações gerais. unidade mais próxima dele”.

“Fazemos aquilo que o perfil As atividades serão realizadas pessoas da região mais nedas na Praça do Nova Germâcessita. Nosso trabalho é justania, das 9h às 12h e de 13h às mente esse: auxiliá-las em quaisquer A população recebe bem a ação, necessidades que tenham e que este- que ocorre com frequência na ci- 16h, e na Capela São Miguel Arcanjo, jam ao nosso alcance”, contou o coor- dade, em diferentes regiões. No no Santo Antônio, de 8h30 às 11h30.

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TEMPERATURAS MAIS BAIXAS E DIAS SECOS FAVORECEM AUMENTO DAS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

Com a chegada do outono, número de pessoas com gripes e crises alérgicas cresce nos consultórios médicos, aumentando a venda de medicamentos nas farmácias

FOTO: REPRODUÇÃO INTERNET

Por Cristiane Turnes

Dicas para evitar doenças respiratórias nas estações frias

As doenças nas vias aéreas são mais frequentes no período do outono e do inverno. Elas afetam o sistema imunológico das pessoas por causa de uma combinação de fatores, entre eles a redução drástica da temperatura e dias mais secos, o que cria um ambiente propício a essas enfermidades.

O médico Lucas Duarte explica que a diminuição da temperatura leva as pessoas a se concentrarem em ambientes fechados o que propicia a disseminação de gripes e resfriados. Ele ainda destaca que as mudanças climáticas são responsáveis por provocarem alterações na mucosa respiratória

que acabam favorecendo infecções: “A pessoa tem mais dificuldade em produzir muco e em excretar todas as impurezas que a gente respira, e isso faz com que ela tenha tendência a acumular impurezas (nas vias aéreas), porta de entrada para bactérias.”

Devido a isso, o médico afirma que os cuidados devem ser redobrados, já que, mesmo quando a pessoa não é tão suscetível, pode contrair uma gripe. O taxista Wander Costa sabe bem disso. Apesar de não possuir doenças crônicas, ele acabou pegando um resfriado nesse início do outono: “Estava fazendo muito calor nesses dias e acabei ficando

muito tempo no quarto com o ventilador ligado. O tempo virou de repente, não me cuidei e acabei resfriado”.

Mas isso ainda é pior para quem já convive com problemas crônicos, como a cabeleireira Maria Elvira Pereira. Ela possui rinite alérgica e sofre sempre nas mudanças climáticas “Todas as vezes que muda uma estação, isso ataca as vias respiratórias. E, quando ataca, a ameaça de fechamento da glote.”

Lucas Duarte alerta que, nesses casos, a precaução é essencial: “Tem pessoas que só recorrem ao médico nos momentos de crises, isso está errado. E muitas se enganam quanto ao uso da bombinha, pensam que se deve utilizá-la só em situações de resgate, mas não, ela deve ser usada regularmente pelo paciente”.

Maria Elvira não dispensa cuidados diários, ela conta que utiliza máscara para varrer a casa já que tem alergia a poeira e ácaros e não deixa de se consultar com um alergista com frequência.

O balconista da farmácia São Sebastião, Vinícius Archanjo Soares, confirma essa maior incidência. Segundo ele, nessa época do ano, a procura por remédios mais que dobra: “Aumenta a venda de antigripal, descongestionante nasal, nebulizador, antialérgicos, entre outros.”

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CIDADE

DECRETO INSTITUI SEMANA MUNICIPAL DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O AUTISMO Evento ocorrerá sempre nos primeiros sete dias de abril e já integra calendário de JF Por Anna Carolina Cavalcante

FOTO: REPRODUÇÃO INTERNET

go do desenvolvimento da criança. O autismo é uma condição permanente e, assim como todo ser humano, cada pessoa autista é única e todas podem aprender.

Tratamento

Semana tem como objetivo dar visibilidade para transtorno

O prefeito Bruno Siqueira (PMDB) assinou, na última sexta-feira (17) decreto que institui a Semana Municipal de Conscientização sobre o Autismo. O Transtorno do Expectro Autista (TEA) é uma condição causada por distúrbios no desenvolvimento do cérebro, antes, durante ou logo após o nascimento e é caracterizado por dificuldade na comunicação, comportamentos repetitivos, dificuldade na coordenação motora e de atenção. Às vezes, o distúrbio causa problemas de saúde física, como insônia e distúrbios gastrointestinais. Outros sintomas são deficit de atenção e hiperatividade, dislexia ou dispraxia.

Essas diferenças podem existir desde o nascimento e serem óbvias ou podem ser mais sutis e se tornarem mais vísiveis ao lon12

O médico e vereador Antônio Aguiar conta que o Ambulatório de Autismo, no Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente, foi criado pela demanda em função da amplitude do diagnóstico de TEA. “Existem doenças genéticas em que a pessoa desenvolve transtorno autista sem ser autista e é tratada como autista, sem levar em conta os outros sintomas de sua patologia”, explica. Ele diz que, muitas vezes, acontece de se tratar apenas o TEA. Nesses casos específicos, esquecendo que a pessoa pode ter limitações maiores, causadas pela sua doença, além de precisar de apoio psicológico. O ambulatório veio pela necessidade de diagnósticos diferenciados, além da necessidade da pesquisa para oferecer tratamentos mais adequados.

Antônio Aguiar ainda conta que o maior desafio de se tratar uma criança com autismo é encontrar formas de ela se comunicar com o mundo exterior.

Estabelecer métodos que facilitem sua expressão é um dos

aspectos mais importantes do tratamento, que também inclui: melhoria de fala, exercicios físicos e terapia. Encontrar potencialidades, explorá-las e desenvolvê-las acaba suprimindo os outros sintomas, dando vasão à comunicação.

A família tem um papel fundamental, já que a abordagem nunca é feita sem o seu envolvimento.

Além disso, são os familiares que darão feedback sobre o tratamento e devem ser pró ativos e se certificarem que o ambiente familiar é adequado para a criança.

“Divulgar dados, ocorrências e necessidades é sempre relevante, ainda mais relacionado à defici ência. A sociedade precisa se mostrar mais aberta e mais mobilizada, e eventos assim levam a população a conhecer realidades diferentes das suas”, conclui Antônio Aguiar.

Outras instituições que oferecem tratamento para TEA Caps Infância e Juventude - Rua José Moraes Sarmento, 95, Santa Catarina Departamento de Saúde Mental da Secretaria de Saúde Pode dar entrada com encaminhamento de um médico do SUS.

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Juiz de Fora, 22 de Março de 2017

CIDADE

JF REGISTRA CENTENAS DE CASOS DE VIOLÊNCIA Números são alarmantes apesar de toda campanha de conscientização

FOTO: REPRODUÇÃO GOOGLE

Por Luis Felipe Cardoso

Precisamos de todos no combate contra a violência: é preciso acabar acabar com os números altos “A luta para combater a violência contra a mulher é contra a lógica patriarcal e machista” é o que enfatiza Ana Lívia Faria de Medeiros, integrante das Brigadas Populares de Juiz de Fora.

Considerado internacionalmente como o mês da mulher, março registra inúmeros de agressões.

Segundo dados passados pela Casa da Mulher, somente entre os dias 6 e 10 deste mês, foram registrados na cidade: 30 casos de agressão física, 75 casos de violência psicológica, 21 patrimonial, 19 moral e 4 casos de violência sexual.

Na última segunda-feira, 20 de março, uma a jovem de 20 anos, registrou na Casa da Mulher, uma ocorrência de sequestro e cárcere privado. No depoimento, ela relata que durante os preparativos da festa de aniversário do seu filho, o pai da criança teve uma crise de ciúmes e começou a agredi-la verbalmente. Na sequência, foi pega

pelo braço e arrastada até o carro do agressor.

A vítima foi levada até a casa do ex-sogro, e lá foi mantida por cerca de três horas, onde foi agredida com tapas e pontapés. Segundo a mesma, no local, ainda estava presente o pai do agressor, dizendo que ela só sairia da casa quando resolvesse os problemas com seu filho.

Após três horas, foi retirada da casa depois que a sindica do prédio entrou em contato com a irmã da vítima, que foi até o local acompanhada de um advogado.

Luta contra a violência “Para diminuirmos esses números, a luta feminista desempenha papel fundamental”. Para Ana Lívia, é preciso trabalhar principalmente a união entre as mulheres.

Termo conhecido no feminismo como sororidade: “Uma mulher, depois que sofre uma violência, precisa encontrar alguém que a

diga que não foi culpa dela, trabalhar a autoestima, e, quando necessário, ajudar materialmente”.

A integrante das Brigadas Populares de Juiz de Fora enfatiza ainda que ações de prevenção não são realizadas sozinhas: “Não existe esse papo de que em briga de marido e mulher não se mete a colher. É preciso ajudar. Não é preciso colocar a sua segurança em risco, nunca vá sozinha, mas é necessário estar atenta”.

Essas são algumas questões práticas que podem ser realizadas. É preciso desnaturalizar a violência. Elas se apresentam de várias formas: sexual, psicológica, física, moral, entre outros modos. “Muitas vezes naturalizamos as formas de violência, como nos assédios sofridos na rua, onde, às vezes, a própria autoestima está ligada diretamente há um tipo de agressão.

O feminismo aparece para combater isso, desnaturalizando essa ideia”, encerra Ana Lívia.

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MERGULHO DIÁRIO

Juiz de Fora, 22 de Março de 2017

CULTURA

DO ESPETÁCULO AO DESENTENDIMENTO

A peça Linha 2, de Gustavo Burla, traz conflitos filosóficos e espaciais por meio da falta de diálogo Por Gabriel Ferreira

Décimo quinto andar. Em casa, esticado sobre sua cama, C (Paulo Moraes), à vontade, estuda filosofia. O prédio está inacabado. O apartamento vê a invasão de um político, T (Mário Galvanni), que, dali, quer tirar o único morador. O enfrentamento entre o político e o residente é crônica certa em tempos de construtoras. Kléber Mendonça Filho, marcante, simbolizou em “Aquarius” o conflito espacial e ideológico. Aqui, Gustavo Burla, professor e um dos idealizadores do projeto Hupokhondría, escreve e dirige a peça Linha 2, em cena no Espaço Compartilha desde o dia 17 de março.

A peça de Burla nasce da amálgama entre Michael Jackson e Jacques Rancière. “O desentendimento”, obra do filósofo estruturalista francês Jacques Rancière, é uma das inspirações do diretor do espetáculo. Soma-se a isso a performance, em Paris, de um cover do cantor pop norte-americano na linha dois do metrô. Gustavo Burla descreve a situação que presenciou na França: “Há pessoas de vários tipos no metrô, como pessoas carregando crianças ou fazendo música para ganhar umas moedas, mas as pessoas cercaram o rapaz quando viram o cover. Os franceses, que não são muito de rir, estavam sorrindo. É a sociedade do

espetáculo, pensei.” É o conceito e obra do filósofo e crítico cultural francês, Guy Debord, que alinha os conceitos de polícia e político na peça do projeto. O novo projeto do Hupokhondría diz respeito tanto a situações pessoais quanto referentes a outras pessoas; diz respeito a conflito. “Rancière faz um apanhado de conceitos como democracia, povo e cidadania, desde a época de Aristóteles, para formular os seus conceitos, que ainda são discutidos por ele próprio no livro”. Em sua obra, Rancière coloca que a base da política é o próprio conflito, o desentendimento, e não o acordo.

Nascido em 2008, a princípio, como um blog de contos, o Hupokhondría cresceu como um projeto narrativo que abarca, além de literatura, teatro, cinema e fotografia. Além de Gustavo Burla, Táscia Souza é a outra idealizadora. Por autadefinição, os hupokhondríakos prescrevem “diferentes linguagens como alternativa à posologia original”, insuficiente “ao tratamento dos sintomas”.

dada pelo crítico húngaro Martin Esslin no início da década de 1960.

“Diz respeito a circunstâncias das quais não se escapa. Por mais que haja diálogo, é marcante a falta de diálogo, ou seja, a falta de entendimento”, explica o diretor da peça.

Ele completa, afirmando que é o “retrato explícito da sociedade”.

O contexto pós-Segunda Guerra é fundamental na compreensão do Teatro do Absurdo.

Encenada em 1949, Esperando Godot, de Samuel Beckett, é a principal representante do movimento artístico-cultural. “São duas horas em que os personagens ficam, literalmente, esperando Godot”, conta Burla. São apresentadas situações e personagens com comportamentos estranhos e bizarros, extrapolando todos os limites do ridículo. A (constante) crise social vivida pela humanidade é o objeto central. Burla diz que “Linha 2 retrata a sociedade atual, pois as pessoas não estão dispostas a conversar. Elas ficam presas em seus monólogos no Facebook”.

O Espaço Compartilha, na Rua Barão de Santa Helena 229, no Granbery, é a casa da peça contraTeatro do Absurdo cenada por Paulo Moraes e Mário Linha 2 é concebida sob a per- Galvanni. O espetáculo acontece sonalidade do Teatro do Absurdo, até o dia 04 de abril de sexta-feira que tem suas raízes atreladas ao a domingo, às 20h31. teatro grego, mas sua designação FOTO: REP.: HUPOKHONDRÍA/FACEBOOK

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MERGULHO DIÁRIO

Juiz de Fora, 22 de Março de 2017

ESPORTE

SONHO DE JOGADOR A partir de hoje, crianças de até 8 anos vão ter a chance de jogar futebol em uma equipe profissional Foto: Instagram

Por Bárbara Guimarães

Meninos da escolinha do Fla seguem ansiosos para participarem de peneira

Quem disse que sonho de criança é algo muito distante? Para os pequenos que sonham em ser jogadores de futebol, a sorte está lançada em Juiz de Fora. Crianças de até 8 anos da cidade e região vão ter de hoje até sábado a oportunidade de mostrar todo seu talento para olheiros do time do Flamengo.

O time trouxe profissionais para a cidade na tentativa de encontrar talentos para a equipe da base. A expectativa é que cerca de 50 crianças participem da peneira, que vai funcionar em esquemas de jogos durante os quatro dias.

Os testes serão realizados no campo de Treinamento da Escola do Flamengo, no Bairro Barbosa Lage, em Juiz de Fora, de quarta a sábado, a partir das 8h. O resultado da avaliação será passado para os professores e pais ainda na semana que vem.

Mais informações na sede no clube.

DESFALQUE ser preservado da partida de hoje.

Goleiro do Tupynambás, Igor Rayan, melhora, mas apresenta di- HOMENAGEM ficuldades em movimentos espe- Em comemoração ao mês da mulcíficos e não entra em campo hoje. her o Sport Club, em Juiz de Fora, realiza nesta sexta-feira (24) homFOTO: BRUNO RIBEIRO enagem para as ex-atletas. Como convidada estará também a psicoterapeuta e escritora Rosângela Rossi, que vai abordar o empoderamento da mulher na sociedade atual. Diretores do clube e sócios também estarão presentes Serão homenageadas ex-atletas do vôlei e natação. Entre elas, Goleiro treina durante a semana Vaninha, Márcia Fu, Carla Caniato, bicampeãs mineiras de vôlei.

O goleiro Igor Rayan não vai es- Também receberão a homenagem tar à disposição do técnico do Vanessa e Vivian Monachesi; Dea Tupynambás, Ludyo Santos, hoje Gaburri, Diva Bicalho e a viúva às 20h, para o jogo contra o Beti- do Capitão Levy, ex-dirigente do nense. O atleta sentiu um descon- Sport, Neiva. forto muscular na última rodada, O evento começa a partir das quarta-feira, diante do Nacional 19h30 na pérgola da piscina Olímde Muriaé, em Juiz de Fora. Rayan pica do Clube. Sócios do clube não se recupera bem, mas ainda deve pagam para participar do evento.

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