D R I V E Y O U R W O R L D
LEIA TAMBร M A MIT NO TABLET
BRUCE CHATWIN O viajante incansรกvel
BTG Pactual: eleito o melhor gestor de Renda Fixa e Renda Variável do Brasil. Standard & Poor’s e Valor Econômico - 2015
Fundos 5 Estrelas • BTG Pactual Crédito Corporativo I FIQ de FI Multimercado CP • BTG Pactual Absoluto FIQ de FI Ações • BTG Pactual Absoluto Institucional FIQ de FI Ações • BTG Pactual Dividendos FIQ de FI Ações • BTG Pactual Global FIQ de FI Multimercado CP IE • BTG Pactual Yield DI FI Referenciado CP
Fundos de Investimento: fundos de investimento não contam com garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do fundo garantidor de créditos - FGC. A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura. É recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e regulamento do fundo de investimento pelo investidor ao aplicar seus recursos. Os investidores devem estar preparados para aceitar os riscos inerentes aos diversos mercados em que os fundos atuam e, consequentemente, possíveis variações no patrimônio investido. BTG Pactual Absoluto FIQ de FIA: em consonância com o disposto na Instrução 465/08 emitida pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, a avaliação dos ativos de renda variável passou a ser feita utilizando-se a última cotação diária de fechamento do mercado em que o ativo apresentou maior liquidez, desde que tenha sido negociado pelo menos uma vez nos últimos 90 (noventa) dias. Este Fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em significativas perdas patrimoniais para seus quotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital aplicado, implicando na ocorrência de patrimônio líquido do Fundo e a consequente obrigação do quotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do Fundo. Este Fundo está autorizado a realizar aplicações em ativos financeiros no exterior. Este Fundo pode estar exposto a significativa concentração em ativos de poucos emissores, com os riscos daí decorrentes. Absoluto Institucional FIQ FIA: no fechamento 30/01/2013 a denominação do fundo mudou de BTG Pactual Absoluto Institucional Fundo de Investimento de Ações para BTG Pactual Absoluto Institucional Fundo de Investimento em Quotas de Fundos de Investimento de Ações. Este Fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em significativas perdas patrimoniais para seus quotistas. Este Fundo pode estar exposto à significativa concentração em ativos de poucos emissores, com os riscos daí decorrentes. Dividendos FIQ FIA: em consonância com o disposto na Instrução 465/08 emitida pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM, a avaliação dos ativos de renda variável passou a ser feita utilizando-se a última cotação diária de fechamento do mercado em que o ativo apresentou maior liquidez, desde que tenha sido negociado pelo menos uma vez nos últimos 90 (noventa) dias. Este Fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em significativas perdas patrimoniais para seus quotistas. A Taxa de Administração foi alterada de 1,5% para 2,5% no fechamento de 22/agosto/2011. No fechamento 11/12/2013 a denominação do fundo mudou de BTG Pactual Dividendos Fundo de Investimento em Ações para BTG Pactual Dividendos Fundo de Investimento em Quotas de Fundos de Investimento
btgpactual.com de Ações. Créd Crop FIQ FIM: este fundo está sujeito a risco de perda substancial de seu patrimônio líquido em caso de eventos que acarretem o não pagamento dos ativos integrantes de sua carteira, inclusive por força de intervenção, líquidação, regime de administração temporária, falência, recuperação judicial ou extrajudicial dos emissores responsáveis pelos ativos do fundo. Este Fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em significativas perdas patrimoniais para seus quotistas. Global FIQ FIM: no fechamento 29/11/2012 a denominação do fundo mudou de BTG Pactual Global FI Multimercado Crédito Privado – Investimento no Exterior para BTG Pactual Global FIQ de FI Multimercado Crédito Privado – Investimento no Exterior. Este Fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em significativas perdas patrimoniais para seus quotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital aplicado, implicando na ocorrência de patrimônio líquido do Fundo e a consequente obrigação do quotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do Fundo. Este Fundo está autorizado a realizar aplicações em ativos financeiros no exterior. Este fundo poderá adquirir títulos de responsabilidade de emissores privados, em montante superior a 50% (cinquenta por cento) de seu patrimônio líquido e, portanto, está sujeito a risco de perda substancial de seu patrimônio líquido em caso de eventos que acarretem o não pagamento dos ativos integrantes de sua carteira, inclusive por força de intervenção, liquidação, regime de administração temporária, falência, recuperação judicial ou extrajudicial dos emissores responsáveis pelos ativos do fundo.Yield DI: este fundo incorporou o BTG Pactual Crédito Privado FI Referenciado DI no fechamento de 20/04/2012. Este Fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em significativas perdas patrimoniais para seus quotistas. Este Fundo está autorizado a realizar aplicações em ativos financeiros no exterior. Este Fundo poderá adquirir títulos de responsabilidade de emissores privados, em montante superior a 50% (cinquenta por cento) de seu patrimônio líquido e, portanto, está sujeito a risco de perda substancial de seu patrimônio líquido em caso de eventos que acarretem o não pagamento dos ativos integrantes de sua carteira, inclusive por força de intervenção, liquidação, regime de administração temporária, falência, recuperação judicial ou extrajudicial dos emissores responsáveis pelos ativos do fundo.
Editorial Por feRnando paiva, diretor editorial
três vezes l200 triton
C
erca de 1.370 quilômetros de asfalto separam Goiânia (Go) de Foz do iguaçu (Pr). Uma viagem feita normalmente em 16 horas, a uma média de 85 quilômetros por hora. a coisa muda de figura
quando se fala de rali. Principalmente do rally dos Sertões, a competição off-road mais difícil e exigente do Brasil, célebre por triturar veículos e competidores. Em sua versão 2015, o rally dos Sertões largou da capital goiana para a terra das cataratas. durante sete extenuantes dias, uma caravana de veículos 4x4 enfrentou 3 mil quilômetros de caminhos precários – atravessou rios, venceu o pó das estradas de terra e deixou para trás barro, pedras e areiões. ao fim dessa jornada épica, disputada por marcas como land rover, toyota, Ford, Volkswagen, Chevrolet e troller, a Mitsubishi l200 triton foi a grande campeã em três L200 Triton SR
categorias: Protótipos t1, Pró Brasil e Super Production. Essas três vitórias só vieram a comprovar a resistência e a confiabilidade do carro diante de condições tão adversas. além da reportagem completa sobre a tríplice vitória da Mitsubishi, você encontra nesta edição tudo sobre o novo Mitsubishi lancer HlE, um senhor sedã. E mais: todos os eventos planejados com exclusividade para os clientes da marca dos três diamantes, como lancer Cup, Evo day e Fun day, além dos ralis Mitsubishi MotorSports, Mitsubishi outdoor e Mitsubishi Cup. Vale a pena ler. Não deixe de conferir também a vida aventureira do escritor Bruce Chatwin, nossa capa; uma viagem a Botsuana, paraíso da vida selvagem na África; a glamourosa história da casa leiloeira londrina Sotheby’s; a Belo Horizonte do escritor Humberto Werneck; e os drinques imortalizados por Hollywood. Boa leitura e até dezembro.
4
Mit revista
seteMbro 2015
Quer Fazer uma viaGem iNesQuecÍvel?
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sumário n setembro/outubro/novembro 2015 n edição 59
82
38 O viajante incansável
56 Mundo animal
Especialista em objetos de arte, Bruce
Há um lugar na áfrica que concentra uma Com nova suspensão e isolamento
Chatwin botou o pé na estrada
vida selvagem inimaginável. Bem-vindo
acústico aprimorado, o Lancer 2016
e reinventou a narrativa de viagens
ao delta do rio okavango, em Botsuana
está ainda mais confortável e silencioso
46 Barra de Camaratuba
66 Tríplice coroa
78 Artesã por natureza
isolado e desconhecido, o pequeno
mitsubishi L200 Triton faz bonito
Como a paulistana Camila Klein
vilarejo no litoral da Paraíba respira
novamente – e é a grande vencedora de tornou-se uma das mais respeitadas
a nova brisa do turismo ambiental
três categorias do rally dos sertões
designers de joias do Brasil
50 Drinque com roteiro
72 Expedições Mitsubishi
82 Dou-lhe uma...
um coquetel só ganha de fato destaque
Com saídas mensais, elas levam o
Bem-vindo à sotheby’s, a casa de leilões
se aparecer nas telas do cinema.
viajante para os Andes e para dois
que vendeu um Van Gogh por us$ 59
E nas mãos de uma estrela
parques nacionais argentinos
milhões e fatura us$ 5,2 bilhões/ano
Toque nos números para ler as matérias
8
56
Mundo uRBAno
diVuLGAção/soTHEBy’s
50
Mundo 4x4
mArCio sCAVonE
AGB PHoTos
Mundo seM fRonteiRAs
Mit revista
seteMbro 2015
74 Lancer HLE
D R I v E
y o u R
w o R l D
Publicação trimestral da Custom Editora Ltda. Sob licença da MMC Automotores do Brasil S.A. CONSELHO EDITORIAL André Cheron, Carolina Barretto, Fernando Julianelli, Fernando Paiva, Humberto Fernandez e Patrícia de Azevedo Poli REDAÇÃO Diretor Editorial Fernando Paiva fernandopaiva@customeditora.com.br Diretor Editorial Adjunto Mario Ciccone mario@customeditora.com.br Redator-chefe Henrique Skujis henriqueskujis@customeditora.com.br Repórter Juliana Amato julianaamato@customeditora.com.br ARTE Diretor Ken Tanaka kentanaka@customeditora.com.br Editor Guilherme Freitas guilhermefreitas@customeditora.com.br Assistente Raphael Alves raphaelalves@customeditora.com.br Prepress Daniel Vasques danielvasques@customeditora.com.br Projeto Gráfico Ken Tanaka PRODUÇÃO EXECUTIVA E PESQUISA DE IMAGENS Rita Selke ritaselke@customeditora.com.br COLABORARAM NESTE NÚMERO Texto Alessandra Lariu, Carol Sganzerla, Eva Joory, Humberto Werneck, Junior Bellé, Luis Patriani, Marcello Borges, Marion Frank, Paulo Mancha D’Amaro, Renato Góes, Thiago Padovanni, Walterson Sardenberg So, Xavier Bartaburu Fotografia Adriano Carrapato, AGB Photos, AP Images, Cadu Rolim, Corbis, David Santos Jr., Donizetti Castilho, Getty Images, Glow Images, Gustavo Epifanio, Fernando Paiva, Latinstock, Marcelo Machado, Marcelo Maragni, Marcio Machado, Marcio Scavone, Nelson Mello, Other Images, Paulo Leite, Ricardo Leizer, Sanderson Pereira, Sipa Press/ Keystone, Sotheby’s Brasil, Tom Papp, Victor Eleuterio, Vinicius Branca, Wilderness Safari Ilustração Ken Tanaka e Pedro Hamdan Tratamento de imagens Felipe Batistela Revisão Goretti Tenorio
PUBLICIDADE E COMERCIAL Diretor Executivo André Cheron andrecheron@customeditora.com.br Diretor Comercial Oswaldo Otero Lara Filho (Buga) oswaldolara@customeditora.com.br Gerente de Publicidade e Novos Negócios Marco Taconi marcotaconi@customeditora.com.br Gerente de Negócios Fernando Bonfá fernandobonfa@customeditora.com.br REPRESENTANTES BBI Publicidade Interior de São Paulo Tel. (11) 95302-5833 Tel. (16) 98110-1320 / (16) 3329-9474 comercial@bbipublicidade.com.br GRP - Grupo de Representação Publicitária PR – Tel. (41) 3023-8238 SC/RS – Tel. (41) 3026-7451 adalberto@grpmidia.com.br CIN - Centro de Ideias e Negócios DF/RJ – Tel. (61) 3034-3704 / (61) 3034-3038 paulo.cin@centrodeideiasenegocios.com.br DEPARTAMENTO FINANCEIRO-ADMINISTRATIVO Analista Financeira Carina Rodarte carina@customeditora.com.br Assistente Alessandro Ceron alessandroceron@customeditora.com.br Impressão e acabamento Log&Print Gráfica e Logística S.A. Tiragem 80 000 exemplares Auditado por
Custom Editora Ltda. Av. Nove de Julho, 5.593 - 90 andar - Jd. Paulista São Paulo (SP) - CEP 01407-200 Tel. (11) 3708-9702 E-mail: mit.revista@customeditora.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR atendimentoaoleitor@customeditora.com.br ou tel. (11) 3708-9702 MUDANÇA DE ENDEREÇO DO LEITOR Em caso de mudança de endereço, para receber sua MIT Revista regularmente, mande um e-mail com nome, novo endereço, CPF e número do chassi do veículo
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Mit revista
seteMbro 2015
Toque nas fotos para ler as matérias
PaUlo lEITE
ColaBoradorEs
Na certidão de nascimento está lá:
Jornalista, escritor e cronista dos
Pelé, Gisele, Caetano, oscar Niemeyer,
Walterson Sardenberg Sobrinho.
bons, Humberto Werneck escreve
Fernanda Montenegro, João Ubaldo
Entre os colegas, porém, ele é o Berg,
todas as terças-feiras no Estadão.
ribeiro, luis Fernando Verissimo, renato
conhecido por seu texto elegante e
são dele O Desatino da Rapaziada e O
aragão – o melhor do Brasil já passou
bem-humorado. Nas revistas Terra e
Santo Sujo (biografia do escritor Jaime
pelas lentes de Marcio Scavone. o
Próxima Viagem, Berg aproveitou para
ovalle), ambos pela Companhia das
premiado paulistano, que figura entre
conhecer o planeta. Visitou lugares tão
letras. Célebre por sua ironia refinada,
os 50 fotógrafos convidados para o
remotos quanto as ilhas Fiji ou Goa, na
este filho de Belo Horizonte se define
livro comemorativo dos 50 anos da
Índia. Tornou-se um viajante incansável
como “mineiro não praticante”. releve.
câmera sueca Hasselblad, nos brinda
– como o escritor inglês Bruce Chatwin,
E divirta-se com seu roteiro lírico-
nesta edição com um memorável ensaio
que ele perfilou para nossa capa.
sentimental sobre a capital mineira.
sobre a vida selvagem em Botsuana.
Xavier Bartaburu passou quase dez
Paulistano do Ipiranga, Paulo
depois de uma pausa para a gravidez
anos rodando o Brasil e o mundo, em
Mancha D’Amaro celebrizou-se como
e o nascimento de Felipe, prestes a
reportagens para a revista Terra. Hoje
comentarista de futebol americano
completar sua primeira volta em torno
escreve para livros, revistas e sites
da EsPN, tema de seu recente livro
do sol, a paulistana Carol Sganzerla,
– viagens, meio ambiente e cultura
Touchdown (Panda Books). Com
34 anos, está de volta ao batuque
brasileira. É autor de 15 livros. Nesta
passagens pelas redações de Época
do teclado. durante nove anos Carol
edição, ele assina a seção Porta-Malas,
e Superinteressante, o líder da banda
trabalhou na revista Tpm. amante de
na qual conta a fascinante história do
de comic rock Tubaína assina o blog
viagens para locais isolados, neste
mergulho. Eclético, produziu ainda o
viajandoporesporte. E também o
número da MIT Revista ela descreve
delicioso texto sobre os drinques que
belo texto sobre planadores da seção
o fascínio de se mergulhar num resort
fizeram história no cinema.
Mundo sem Fronteiras.
seis estrelas das ilhas Maldivas. setembro 2015
mit revista
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MUNDO URBANO
O skate a vela é praticado na velha pista de pouso
Guerra e paz Antigo aeroporto nazista, Tempelhofer Feld hoje é sinônimo de lazer para os berlinenses POR MARION FRANK
T
empelhof Flughafen tem
Fórmula E, para carros elétricos. Mas,
Sir Norman Foster, o festejado
claro, não é preciso ser esportista ou
Média, era um terreno dos
arquiteto inglês, o chamou de “a mãe
piloto para se misturar aos alemães
Templários – daí o nome.
de todos os aeroportos modernos”. Em
em um dia qualquer (melhor que seja
Sua área foi palco para as exibições
2008, no entanto, os berlinenses, por
no verão). Fazer piquenique, assar uma
de pioneiros da aviação como Orville
meio de um referendo, mudaram outra
carne, empinar pipa ou passear sem
Wright, em 1909. O primeiro voo de um
vez o destino desse pedaço da cidade.
rumo são outras agradáveis tarefas
zepelim também ocorreu ali. A partir de
Decidiram fechar o aeroporto e trans-
a serem cumpridas. Quem gosta de
1936, os nazistas remodelaram o velho
formá-lo em um parque, o Tempelhofer
aviação vai se divertir com diversas
aeroporto, levantado nove anos antes.
Feld, o maior parque público da capital
aeronaves antigas. Tempelhofer
Construíram a monumental sede em
alemã. Com 300 hectares – o dobro
oferece até uma área reservada para
forma de águia de asas abertas.
do parque Ibirapuera, em São Paulo –,
a plantação de hortaliças. Mas essa
Tempelhofer Feld é uma imensa “pra-
é para uso e diversão dos moradores
pouso aos aviões americanos e ingleses
daria urbana”, perfeita para praticantes
das redondezas. O prédio principal e
que transportavam alimentos, carvão e
de skate, ciclismo e patinação. Como
os sete hangares – com capacidade
outros artigos de primeira necessidade
o vento sopra à vontade por ali, fãs de
para até 3.800 pessoas – costumam
à população de Berlim Ocidental. Foi
kiteskate também se divertem nesse
receber concertos e desfiles de moda.
a célebre “Ponte Aérea” contra o blo-
enclave entre os bairros de Kreuzberg,
Na primeira quinzena de setembro
queio soviético, entre 1948-1949. Hoje,
Tempelhof e Neukölnn.
– quem diria? –, o ex-aeroporto
história pra contar. Na Idade
No pós-guerra, Tempelhof serviu de
Tempelhof fica a apenas 15 minutos de bicicleta do portão de Brandemburgo. 14
De metrô é ainda mais rápido.
MIT REVISTA
SETEMBRO 2015
Em maio último, suas pistas receberam uma prova da recém-criada
de Hitler foi palco do primeiro festival Lolapallooza na Europa.
WIKIMEDIA COMMONS
O MELHOR DA VIDA NAS CIDADES
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MITSUBISHIMOTORS.COM.BR/MITREVISTA
mundo sem fronteiras onDe o concreto encontrA A terrA
a calma e o bom humor de Formiga durante um voo luís roberto formigA
A magia dos planadores Dá para ir muito longe, com toda a tranquilidade, voando em aeronaves sem motores Por Paulo Mancha D’aMaro
P
para a vida”, diz Luís Roberto Formiga,
parte dos aviões que ajudaram
referência no voo a vela. “Tudo o que é
os aliados a vencer a batalha
necessário para ser bem-sucedido no dia
uma frota de 317 planadores, espalhados
do “Dia D”, na Segunda Guerra
a dia você encontra num voo: disciplina,
por 17 escolas e aeroclubes. Há diversos
Mundial, nem sequer tinha motores.
planejamento, concentração, calma,
redutos do esporte, como Bebedouro
Na madrugada de 5 para 6 de junho de
iniciativa, cautela, equipe e capacidade
(SP), Osório (RS), Formosa (GO) e
1944, antes do desembarque do primeiro
de comunicação.”
Caçapava (SP). Mas um lugar se destaca:
soldado nas praias da Normandia,
16
pelos Andes argentinos.
ouca gente sabe, mas grande
O praticante precisa conhecer
No Brasil, os dados apontam para
a região de Luís Eduardo Magalhães,
centenas de planadores riscaram os céus
muito bem não somente sua aeronave,
na Bahia. “Está para o voo a vela como
daquele recanto francês e pousaram
mas também a geografia e os
o Havaí para o surfe”, conta Sérgio
atrás das linhas alemãs, levando
fenômenos meteorológicos do local.
Bassi, duas vezes campeão brasileiro.
tropas que cortaram as comunicações,
Além de ter serenidade e sensibilidade
Bassi sonha com o dia em que a nuvem
destruíram pontes e criaram confusão
para “ler” o ar. Ou seja, achar as
formada pelos entraves burocráticos
entre as forças nazistas.
térmicas – correntes ascendentes de
e impostos aviltantes se dissipe e nos
Se o avião sem motor – levado ao
ar aquecido que permitem ao planador
permita chegar mais perto da Alemanha,
ar a reboque, antes de se desprender –
ganhar altura e perpetuar voos longos
berço das competições da modalidade,
ajudou a mudar a história em tempos
e calmos. A brincadeira pode ir longe:
nos anos 1930, e onde existem hoje nada
de guerra, não admira que ele possa
em 2003, o alemão Klaus Ohlmann
menos que 10 mil planadores.
também transformar pessoas nos dias
e o austríaco Karl Rabeder somaram
de paz. “Pilotar um planador é uma lição
3.009 quilômetros em uma jornada
Mit revista
SEtEMBRO 2015
n Federação Brasileira de Voo a Vela www.planadores.org.br
Mundo 4x4 Por uM PlaNETa SEM aSFalTo
Maldivas só para você Submarino, arraias gigantes e total privacidade são atrativos do velaa Private island Por carol sganzerla
C
erto dia, deitado na
a ilha junto ao recife de corais e admirar a
deque com degraus que levam ao oceano
espreguiçadeira de sua villa
exuberante vida subaquática. Se preferir
e jacuzzi a céu aberto. um mordomo
no hotel Huvafen Fushi,
entrar de cabeça na água, o hóspede é
particular ajuda a escolher um dos
nas Maldivas, ao sul da
ciceroneado pelos melhores instrutores
cinco restaurantes para jantar (o aragu,
Índia, o assíduo hóspede checo Jiri
de mergulho entre golfinhos, tubarões-
estrelado pelo Michelin, fica sobre as
Smejc chamou seu mordomo. Não
lixa, tartarugas e arraias-jamanta. Estas,
águas), qual vinho beber (a adega soma
era champanhe nem caviar o que ele
nos fins de tarde, são alimentadas por um
6 mil garrafas) e ainda indica o melhor
desejava. Smejc queria uma ilha. isso
funcionário do hotel e você tem a chance
iate para pernoitar. Na exclusiva romantic
mesmo. o bilionário de 42 anos, de
única de nadar ao lado delas e até tocá-
pool residence, de 623 metros
tanto passar férias no arquipélago do
las. as jamantas chegam a medir 9 metros
quadrados e vista panorâmica, o acesso
oceano Índico, pediu ao funcionário que
de envergadura e a pesar 1.350 quilos.
só é possível de barco e há um chef à
encontrasse um pedaço de terra para
Tudo isso se você conseguir vencer
disposição. as casas que hospedam até
ele comprar. Seis meses depois, Smejc
a vontade de não fazer nada em um
10 pessoas – 1.350 metros quadrados –
inaugurava um resort para chamar de
dos 48 quartos divididos nas villas e
têm spa e academia próprios, dando ao
seu: o velaa Private island, no atol Noonu,
residences projetadas para fornecer total
visitante a inenarrável sensação de ser
187 quilômetros ao norte da capital, Malé.
privacidade e conforto. Elas têm piscina
dono da própria ilha. Não era isso que o
privativa com vista para a imensidão azul,
checo Jiri Smejc queria?
Para atrair os visitantes em meio a tantos refúgios cinco estrelas espalhados pela região, Smejc pensou em experiências exclusivas, como um passeio de submarino para duas pessoas. durante 45 minutos, é possível contornar
divulgação
as casas têm 1.350 metros quadrados
18
Mit revista
SEtEMBRO 2015
n serVIÇo a temporada vai de dezembro a maio. Em junho, o hotel fecha. a diária sai a partir de uS$ 1.900. do Brasil, as opções de voo mais rápidas fazem escala em dubai. a partir de Malé, capital das Maldivas, são 50 minutos de hidroavião até o hotel. www.velaaprivateisland.com.
PORTA-MALAS
A bAGAGEM DO VIAJAnTE
CORbIS
POR xavier bartaburu
De tirar o fôlego Como o ser humano fez do fundo do mar sua fonte de alimento, riqueza e, claro, lazer
F
oi a fome que primeiro levou o homem ao fundo
em inglês para para Self Contained Underwater Breathing
do mar. Inclua-se aí a vontade de enriquecer: no
Apparatus. Em português, “aparelho autônomo de respiração
Mediterrâneo, onde o mergulho surgiu há cerca de
subaquática”. Ligado a um cilindro de ar comprimido a alta
3 mil anos, eram incontáveis os barcos naufragados
pressão, o regulador inventado pela dupla francesa permite
recheados de moedas de ouro. Já no 3º século de nossa era, mergulhadores se arriscavam nas águas do golfo Pérsico, do
Há duas maneiras de se desbravar o universo submarino.
Japão e do mar Vermelho em busca de pérolas. Foi apenas no
A primeira é o chamado mergulho livre, que utiliza apenas o
final dos anos 1800 que o chão do oceano passou a ser visto
ar dos pulmões. Ele é feito com o snorkel – tubo com bocal
como lugar de lazer. Um mundo misterioso, estranho e belo, a
curvo que leva o ar da superfície à boca. Perfeito para águas
poucas léguas de distância de qualquer porto.
rasas, o mergulho livre proporciona uma visão belíssima da
Dessa época são os primeiros escafandros, aqueles pesados capacetes de metal conectados por meio de um
22
respirar à pressão atmosférica embaixo d’água.
vida marinha – peixes, crustáceos, corais, algas, recifes. Já o mergulho autônomo exige cilindro, regulador de
tubo de borracha a uma bomba de ar na superfície. Embora
ar e conhecimento. Você faz um curso teórico (cerca de
limitados, eles aumentaram consideravelmente a autonomia
quatro dias), treina na piscina e segue para o “batismo” –
embaixo d’água. Até que, na década de 1940, Jacques
sua primeira imersão no mar, devidamente acompanhada
Cousteau descobriu que o engenheiro Émile Gagnan havia
pelo instrutor. A partir daí, basta comprar ou alugar o
desenvolvido um regulador de pressão para injetar gás no
equipamento. Para conhecê-lo melhor, veja as dicas do
motor dos carros (eram tempos de guerra e faltava gasolina).
instrutor Vagner Amstalden, proprietário da Deep Trip,
Os dois se uniram, adaptaram o aparelho ao mergulho e
escola e operadora de mergulho sediada desde 1996 em
inventaram o Aqualung, depois rebatizado de Scuba, sigla
Arraial do Cabo (RJ).
Mit revista
seteMbro 2015
a primeira janela da máscara de
Os pioneiros no uso do conjunto
mergulho com
básico do mergulho livre – másca-
proteção de
caçadores submarinos. Um deles, em
borracha, que
particular, tornou-se o responsável
impede a entra-
por sua popularização. Seu nome era
da de água nos
Guy Gilpatric (1896-1950), ex-aviador
olhos. Ele tam-
americano que se mudou para a Riviera
bém disseminou
Francesa nos anos 1930 e virou um
o uso do snorkel
grande especialista da caça submarina.
moderno, desenvolvido
É atribuída a ele, inclusive, a invenção
naquela década. Foi ainda graças a Gilpatric que Jacques Cous-
O ÇÃ GA UL DIV
ra, snorkel e nadadeiras – foram os
teau e Hans Hass – grandes pioneiros
do mergulho no século 20 – descobriram o fundo do mar. Hoje, máscara e snorkel são a
wIkIMEDIA COMMOnS
primeira grande janela para o mundo
Guy Gilpratic foi pioneiro ao usar máscaras. o modelo nano hD, da Cressi, é novidade
subaquático, acessível até às crianças.
conjunto. Vagner Amstalden reco-
O viajante ocasional não precisa se
menda que se compre a máscara que
preocupar em comprá-los, uma vez que
melhor se ajuste ao rosto da pessoa.
costumam ser alugados nos passeios
“Existem modelos de vários tamanhos.”
de mergulho livre em todo o mundo.
Cressi, no caso, é uma das marcas mais
Mas quem pretende fazer um uso mais
reconhecidas no mercado internacional
contínuo – em recifes de praia, por
tanto de snorkels quanto de máscaras.
exemplos – pode adquirir seu próprio
■ www.cressi.com
O nome usado pelos leigos – pé de
Amstalden recomenda as fechadas,
pato – já diz tudo sobre as nadadeiras:
mais baratas, para o snorkeling, que
elas tornam seus pés o mais parecido
não exige muita propulsão. quem
possível aos de um ser aquático.
pretende se dedicar seriamente ao
Idealizadas por Leonardo Da Vinci,
mergulho autônomo – com cilindro
elas foram sendo redesenhadas ao
– deve investir num bom par de
longo dos séculos para proporcionar
nadadeiras abertas. Elas oferecem mais
o máximo de impulso e estabilidade
velocidade. Há dezenas de marcas, mas
abaixo da superfície. “A água é um
nosso consultor sugere a Fundive.
meio 800 vezes mais denso que o ar”,
■ www.fundive.com.br
wIkIMEDIA COMMOnS
barbatanas nos pés
afirma Amstalden. Daí o esforço de se locomover no mar, hoje atenuado com o uso de nadadeiras cada vez mais aprimoradas quanto ao design e ao material – como a
Foi Da vinci que idealizou as nadadeiras, hoje feitas com fibra de carbono
fibra de carbono, que as torna mais leves. Existem dois modelos: as nadadeiras abertas, com tira de ajuste no calcanhar, geralmente usadas com botinhas de neoprene, e as fechadas, vestidas como se fossem um sapato.
DIVULGAÇÃO
PORTA-MALAS
FOTOS: DIVULGAÇÃO
suave como um peixe
Cilindro de ar, regulador e colete fazem do ser humano um ser aquático. um mergulho autônomo dura, em média, de 45 minutos a uma hora
o mergulho, maior o consumo. na média,
fim, há o colete equilibrador, alimentado
autônomo é um trambolho. no mar,
um cilindro permite que você fique sub-
pelo ar do cilindro. O colete pode ser
porém, é o que permite você levitar com
merso de 45 minutos a uma hora.
inflado ou esvaziado, para manter o
Em terra, um conjunto de mergulho
a suavidade de um peixe. O conjunto se
Ligado ao cilindro, o regulador forne-
equilíbrio do mergulhador.
compõe basicamente de cilindro de ar,
ce o ar sempre à pressão atmosférica
A Scubapro é uma das marcas de
regulador e colete. Há cilindros de 10, 15
e na hora que você inspirar. “Antes da
referência, segundo Amstalden. Mas
e até 20 litros de capacidade. neles, o ar
invenção do Scuba, era um vazamento
geralmente cilindro, regulador e colete
é comprimido a uma pressão de até 200
contínuo de ar na boca, como se fosse
são comprados de forma avulsa, de
atmosferas – o que resulta em
uma torneira aberta”, explica Amstalden.
acordo com o perfil do mergulhador e
2 mil, 3 mil ou 4 mil litros de ar para se-
O conjunto traz ainda manômetro (me-
suas necessidades.
rem consumidos. quanto mais profundo
didor de pressão) e profundímetro. Por
■ www.scubapro.com
armaduras subaquática d’água e, por fim, as roupas
7 milímetros. O
de borracha dos chamados
desafio é escolher a
homens-rãs da Marinha
que oferece melhor
italiana, desenhadas pela
relação entre
Pirelli e utilizadas durante
proteção térmica
a Segunda Guerra Mundial
e liberdade de
(1939-1945).
movimento.
A borracha veio para ficar:
wIkIMEDIA COMMOnS
O primeiro traje de mergulho
24
Para as águas
nos anos 1950, o americano
brasileiras 1
Jack O’neill produziu as
ou 3 milímetros
primeiras roupas de neoprene, que com suas microbolhas internas
bastam. quanto à marca, ele indica a
moderno data do século 18: um barril
protegia o usuário do frio, além de
Aqualung.
de madeira equipado com visor de
fazê-lo flutuar. Daí a necessidade
■ www.scubapro.com
vidro e duas luvas. Graças a ele, seu
do cinto de lastro, com blocos de
inventor, o inglês John Lethbridge,
chumbo (equivalente a 10% do peso
explorou diversos naufrágios e ganhou
do mergulhador), na hora de descer.
um bom dinheiro. Depois surgiram
Amstalden explica que a espessura
os trajes de couro, os tecidos à prova
das roupas de neoprene vai de 1 a
mit revista
setembro 2015
os trajes de mergulho evoluíram muito
wkIMEDIA COMMOnS
o mergulho é o principal chamariz das ilhas Cook, situadas no sul do pacífico
primeiras imersões quem mora nos estados litorâneos brasileiros tem a sorte de poder
sempre noronha
Fósseis vivos, peixes abissais
nada no brasil, porém, se compara
Fora do brasil, bom lugar para
descobrir o fundo do mar sem precisar
a Fernando de noronha (PE). nosso
se conhecer o mundo submarino é
ir tão longe. O trecho entre o litoral norte
maior arquipélago é tido como um
Moçambique, banhado pelo oceano
paulista e a chamada Região dos Lagos
dos melhores locais do planeta para
Índico. nenhum ponto de mergulho
fluminense é um dos mais ricos em
se desvendar o fundo do mar. Suas 21
supera a praia de Tofo, no sul do país
termos de vida subaquática. Ilhabela
ilhas – na verdade os picos salientes
africano. Além de recifes intactos, a
(SP), Ubatuba (SP), Ilha Grande (RJ) e
de uma montanha submersa – servem
área tem uma das mais ricas biodi-
o Rio de Janeiro têm excelentes pontos
como um imenso refeitório para os
versidades marinhas do continente,
de mergulho a pouca distância da praia.
seres que vagam pelo oceano Atlântico,
habitat de espécies raras como o
Outro lugar especial é arraial do Cabo.
tantos são os nutrientes concentra-
tubarão-baleia e a arraia-jamanta.
Ali acontece o chamado fenômeno da
dos nas aquelas águas. Além disso, o
quem estiver disposto a mergulhar
ressurgência – o afloramento da corren-
mar cristalino permite visibilidade que
em cavernas pode topar com o raro
te oceânica que vem das ilhas Malvinas
alcança dezenas de metros de profun-
celacanto, peixe tido como um fóssil
à superfície. Essa corrente, que viaja
didade. Perfeito para enxergar animais
vivo: sua forma atual é praticamente
desde a Patagônia, esfria o mar – por
como golfinhos, barracudas e tartaru-
a mesma há 400 milhões de anos.
isso as águas ali são tão geladas –, mas
gas marinhas.
Ainda mais desconhecidas – e mais distantes – são as ilhas Cook,
também carrega nutrientes que atraem
noronha também é um bom lugar
imensa variedade de animais marinhos.
para quem prefere não se afastar muito
arquipélago do oceano Pacífico
da praia ou da superfície, munido ape-
batizado em homenagem ao navegador
praias lindas, com cerca de 40 pontos
nas de equipamento para snorkeling.
James Cook, descobridor do Havaí.
de mergulho nas redondezas – alguns
na praia do Atalaia, por exemplo, você
Aitutaki e Rarotonga são os destinos:
bem rasos, o que permite aos iniciantes
mal tira o pé da areia e já se vê dentro
a primeira é uma ilha e o segundo um
levitar sobre florestas de corais sem se
de uma grande piscina natural – espé-
atol, ambos cercados por recifes de
afastar muito da superfície. A região é
cie de condomínio subaquático onde
corais. Entre a praia e os recifes, lagoas
farta em arraias, tartarugas e cavalos-
vivem peixes, polvos, lagostas e corais.
de água transparente incitam a um
-marinhos, mas também âncoras e ca-
Vá também à baía do Sancho, dona
snorkeling. Do lado de fora, os mais
nhões. Mergulhadores mais experientes
de águas tão transparentes quanto as
experientes podem descer paredões
não podem deixar de visitar os barcos
do Caribe. Ou à baía do Sueste, onde
de até 30 metros para ficar a uma
naufragados locais, entre eles a fragata
são grandes as chances de topar com
distância razoável de assustadores
inglesa Thetis, que foi a pique em 1830.
tartarugas marinhas.
peixes abissais.
Arraial é uma península pequena, de
setembro 2015
mit revista
25
PAINEL
OBJETOS DO DESEJO COM ALTA TECNOLOGIA
POR ALESSANDRA LARIU, de Nova York
Você ainda vai ter um
4
Pequenas sacadas que tornam a tecnologia mais amigável
FOTOS DIVULGAÇÃO
1
2
n 1. ACHADOS & PERDIDOS Ao colocar o Tile no chaveiro, na carteira, na mala, no notebook ou na bicicleta, seu celular registra os últimos lugares onde o objeto esteve. A ideia é facilitar o rastreamento em caso de perda, furto ou roubo. Ao se aproximar do objeto perdido, um sinal sonoro avisa quando você estiver mais “quente”. Tem apenas 37 mm x 37 mm. www.thetileapp.com
26
MIT REVISTA
SETEMBRO 2015
n 2. SONO SENTADO O Hypnap promete facilitar sua soneca a bordo. Trata-se de um suporte para cabeça que se fixa à mesinha do passageiro. www.why-hypnap. com/index.html#home n 3. FILMOU, MANDOU Com apenas 127 gramas de peso, a Air Pro Wi Fi é à prova d’água, faz vídeos que podem ser
3
armazenados na “nuvem” (10 GB) e até – eis a grande novidade – enviados via wi-fi. www.usa.ioncamera.com/air-pro-lite-wifi/ n 4. CACHORRO VOADOR O Airdog é um drone que dispensa controle remoto. Basta ligar, e ele levanta voo e faz o vídeo do seu passeio de bicicleta, carro ou até de sua sessão de surfe. www.airdog.com
mundo mitsubisHi por junior bellé
as boas-novas da marca dos três diamantes pelo mundo
ilustração pedro hamdan
para o alto
Foto: reprodução
em setembro o mrJ, jato comercial da mitsubishi, vai ganhar os céus. saiba mais sobre esta e outras novidades da marca dos três diamantes planeta afora
mitsubisHi aircraFt
ele vai voar depois de aprovado com louvor nos testes de frenagem e
reduzida emissão de poluentes e um consumo 20% mais
manobra em solo no mês de junho, o mitsubishi regional Jet
baixo que o das marcas concorrentes, entre elas a brasileira
(mrJ) deve fazer seu voo inaugural entre setembro e outu-
embraer e a canadense bombardier. o mrJ terá a maior
bro. a decolagem vai acontecer no aeroporto de nagoya, no
cabine da categoria, garantindo mais conforto para os 70 ou
Japão. o mrJ chegará ao mercado em 2017 como um dos
90 passageiros, conforme a configuração. em altitude de
jatos comerciais mais modernos do mundo. com duas turbi-
cruzeiro, a aeronave poderá chegar a 906 quilômetros por
nas de alta tecnologia e uma impressionante aerodinâmica,
hora. a mitsubishi aircraft já acertou a venda 407 aeronaves
o avião da mitsubishi promete baixíssimo nível de ruído,
para 223 companhias aéreas. setembro 2015
mit revista
27
mundo mitsubisHi
mitsubisHi raYon e mitsubisHi HeavY industries
tem mitsubishi nos novos airbus o a320neo e o a330neo, dois novos jatos da airbus, terão componentes mitsubishi. para o primeiro, a mitsubishi rayon desenvolveu as primeiras peças de turbina feitas em fibra de carbono da história da aviação. o uso do material em substituição ao alumínio e ao titânio ajudou a diminuir o peso da aeronave, tornando o motor mais eficiente em termos energéticos. além disso, segundo a fabricante, a turbina está mais resistente a colisões contra aves. a participação da mitsubishi nos motores do a330neo é uma parceria com a britânica rolls-royce. a mitsubishi Heavy industries aero engine está fabricando os módulos de combustão, e a a meta é reduzir o consumo de combustível em 10% e o nível de ruído em 50% em relação aos atuais motores do a330.
mitsubisHi electric corporation
sobe! a Índia é o segundo maior mercado de elevadores e escadas rolantes do mundo – fica atrás apenas da china. de olho nisso, a mitsubishi electric corporation está abrindo uma fábrica na cidade de bangalore, no sul do país, onde a economia anda acelerada e a demanda cresce mais rápido que os arranha-céus. para se ter uma ideia, no ano passado a Índia construiu 47 mil novos elevadores. a perspectiva para 2015 é superar esse número. a nova fábrica da mitsubishi terá uma torre de testes de 41 metros de altura. 28
Mit revista
seteMbro 2015
asaHi Glass companY
espelho, espelho meu a asahi Glass company (aGc), líder mundial na fabricação de vidros, lançou um novo monitor para uso residencial e comercial. a novidade troca o vidro por um espelho preto. Fixado sobre ele, está o display. Quando desligado, funciona como um espelho escuro. ao ser ligado, fornece imagens incrivelmente vivas e com baixíssima taxa de desfocagem. o próximo passo é expandir os horizontes e ganhar as telas touchscreen de celulares e tablets.
mitsubisHi electric corporation
sopro de tecnologia a laser society, respeitada instituição de divulgação científica do Japão, premiou a mitsubishi electric corporation com o laser industry award for excellence. o motivo da premiação chama-se diabrezza, máquina capaz de observar e medir intensidade e velocidade do vento, mesmo que ele esteja escondido numa imperceptível brisa. isso porque seu pulso de laser capta pequenas flutuações de partículas, especialmente as de poeira. antes dela, essa medição só era possível em dias enevoados ou chuvosos. o pessoal da aviação foi quem mais comemorou a chegada da nova tecnologia. setembro 2015
mit revista
29
mundo mitsubisHi
mitsubisHi raYon
Água pura a exemplo da maioria dos países asiáticos, no vietnã as pessoas não costumam tomar água direto da torneira. mas isso está mudando, ao menos no lac viet Hospital, em vinh Yen city. a Wellthy corporation, subsidiária da mitsubishi rayon, desenvolveu um sistema de membranas de filtragem capaz de purificar 20 mil litros de água diariamente. a água filtrada pode agora ser usada para consumo e também para limpeza das mãos e de equipamentos cirúrgicos.
mitsubisHi HeavY industries
Frio e verde não é apenas o seu computador e a sua geladeira que precisam de um refrigerador para não deixar que as coisas esquentem demais. as grandes indústrias também. por isso, a mitsubishi Heavy industries desenvolveu o chiller eti-Z series. seu pequeno tamanho e seu alto desempenho são novidades muito bem-vindas no ramo dos resfriadores centrífugos. ainda mais pelo fato de a emissão de gases que produzem o efeito estufa ser praticamente nula. 30
Mit revista
seteMbro 2015
HAVASWW12678/P
Conheça a SAA Conheça novos lugares. Conheça uma frota novíssima. Conheça rostos simpáticos e os mais confortáveis assentos em um voo com a hospitalidade sul-africana. Conheça mais de 700 destinos ao redor do mundo. São mais de 7 milhões de passageiros transportados por ano e pelo menos 145 voos operados por dia. Conheça a South African Airways. Visite flysaa.com ou contate o seu agente de viagens.
CLÁSSICOS
LUGARES E OBJETOS QUE NASCERAM PARA SER ETERNOS
POR MARCELLO BORGES
FOTOS: DIVULGAÇNÃO
Ao alto, o Speedmaster que foi ao espaço pela primeira vez num voo da Mercury
Fly me to the moon Omega Speedmaster foi o relógio eleito pela Nasa para suas missões espaciais
A
terceira missão tripulada à
dos para economizar energia –, seria
clatura da marca, que já produzia o
Lua tinha tudo para dar certo.
preciso fazer uma série de correções
Seamaster e o Railmaster. O mostrador
Mas a tripulação da Apollo
no curso. O momento exato para cada
ainda não exibia a palavra “Professio-
13 – Jim Lovell, Jack Swigert
uma dessas correções foi determi-
nal” e a caixa tinha 39 milímetros de
e Fred Haise – não contava com o pro-
nado por um equipamento no pulso
diâmetro. Dois anos depois, o aro de
blema num tanque de hidrogênio que
dos astronautas: um relógio, o Omega
aço com taquímetro (marcador de velo-
levaria Swigert a dizer a célebre frase:
Speedmaster. Em 17 de abril de 1970,
cidade), que ia a 1 000, passou a ser de
“Houston, we’ve had a problem here”.
seis dias após o lançamento da nave, a
alumínio anodizado de preto com es-
A citação por conta da baixa voltagem
tripulação pousou intacta, afirmando
cala máxima de 500, com caixa de 40
no cabeamento foi repaginada para o
que o relógio havia salvado suas vidas.
milímetros. O Speedmaster foi ao espa-
A Omega lançou o Speedmaster em
ço pela primeira vez em 1962, extraofi-
a problem”. Com o problema, a nave
1957, preocupada em firmar a associa-
cialmente. O astronauta Walter Schirra
teria de voltar à Terra. Mas, sem piloto
ção entre a marca e a cronometragem
levou o seu num voo da Mercury. Na
automático, sem computador de bordo
oficial dos Jogos Olímpicos. O nome
época, a Nasa já estava programando
e sem sistema de orientação – desliga-
obedecia a um protocolo de nomen-
os voos Gemini e Apollo. E os astronau-
filme Apollo 13 como “Houston, we have
32
MIT REVISTA
SETEMBRO 2015
Schirra (abaixo) foi pioneiro ao levar um modelo à estratosfera. Acima, um Dark Side of the Moon. À direita, o primeiro Speedmaster
tas precisariam de relógios confiáveis
tendo uma precisão de 5 segundos por
de bordo. Após voltarem da Lua, Aldrin
para ser usados fora da nave.
dia. Os primeiros astronautas a usá-lo
enviou seu Speedmaster ao complexo
foram Gus Grissom e John Young na
de museus Smithsonian, mas ninguém
colha do relógio oficial é que o pessoal
Gemini 3, já em março de 1965. Os
sabe onde ele está hoje. Já o Speedy
da Nasa simplesmente teria comprado
diretores da Omega só ficaram sa-
de Armstrong está no Museu Nacional
os modelos para testes em joalherias
bendo da viagem do Speedmaster ao
Aeroespacial de Washington, DC.
de Houston, Texas, como a Corrigan’s.
espaço ao verem uma foto de Ed White
James Ragan, engenheiro da Nasa
com o modelo no pulso, por ocasião
Omega a criar diversas versões, como
responsável pelo material a bordo das
do primeiro passeio do lado de fora
a recente Dark Side of the Moon, com
Apollo, diz que essa história foi uma
de uma nave da missão Gemini, em
mostrador e caixa de cerâmica preta de
invenção. Na verdade, a agência teria
junho daquele ano. A partir de então, a
óxido de zircônio e pulseira de tecido. E
aberto uma concorrência oficial para
Omega incluiu a palavra “Professional”
ainda o Speedmaster Mark II, reedição
comprar e testar relógios de marcas
no mostrador, reforçando a associação
do modelo de 1969, com ponteiros do
conhecidas. Foram encomendados em
com os voos espaciais. Quando Neil
cronógrafo e detalhes na cor laranja.
A história que se conta sobre a es-
setembro de 1964, e o Speedmas-
Armstrong pisou na Lua pela
ter custou, na época, US$ 82,50.
primeira vez, em 1969, e
O sucesso do Speedmaster levou a
“The first watch worn on the moon”, frase gravada no verso do Speedmaster
Rolex, Longines-Wittnauer e
disse a ainda mais célebre
Professional Moon Watch, transmite-
Omega foram submetidos a
frase “Um pequeno passo
-se por osmose a toda essa linha de
testes de temperaturas baixas
para o homem, um salto
relógios, revestindo-a da mesma aura
e altas, choques, umidade, ace-
gigantesco para a huma-
de coragem e realização que animou
leração, baixa e alta pressão,
nidade”, ele não estava
Kennedy a declarar, em seu discurso na
vibração e outros. Em 1º de março de 1965, o Omega Speedmaster foi selecionado,
com o Speedmaster no pulso.
Rice University em 1962: “Nós decidi-
O relógio do módulo lunar
mos ir a Lua nesta década e fazer ou-
teve uma falha e Arms-
tras coisas, não porque elas são fáceis,
trong precisou deixar
mas porque elas são difíceis”. Palavras que poderiam estar gravadas no verso
passando in-
seu Omega com
cólume pelos
Buzz Aldrin, como
do Omega Speedmaster.
testes e man-
instrumento reserva
■ www.omegawatches.com/pt
SETEMBRO 2015
MIT REVISTA
33
quAl o seu Mundo
pessoAs que FAzeM A diFerençA
por Juliana amato
Myra Arnaud Babenco Filha de galerista e cineasta, ela trocou o mercado financeiro pelas artes
o
s sobrenomes denunciam. Myra Arnaud Babenco tem arte correndo nas veias. ela é filha da galerista raquel Arnaud, uma das pioneiras na descoberta de nomes como lygia Clark e Amilcar de Castro.
seu pai é Héctor Babenco, cineasta argentino radicado no Brasil, conhecido por filmes marcantes como O Beijo da Mulher Aranha (1985), pelo qual foi indicado ao oscar, e Carandiru (2003). Myra cresceu, portanto, rodeada por artistas. dos sets de filmagem aos quais ia a tiracolo com o pai, lembra-se de quando foi escalada para fazer uma figuração no filme de épopAulo FreiTAs/GlAMurAMA
ca Ironweed (1987), ao lado de Jack nicholson e Meryl streep. mercado financeiro. Hoje, mãe de pedro, 12 anos, e de Ana, 9, é responsável pela parte comercial da galeria que leva o nome da mãe, na Vila Madalena, em são paulo. Mora na cidade, mas vive com a cabeça na praia. “A vida em são paulo é intensa demais”, explica. “Tenho dificuldade de ficar muito tempo aqui.”
De onde vem a relação com o mar?
Você também foi modelo.
estou sempre indo para praia com
eu estava estudando teatro e, quando
sets de filmagem? sempre ia assistir às filmagens. em
os filhos. Tenho uma casa em Maresias.
vim passar férias no Brasil, me chamaram
uma delas, nos euA, fiz figuração no filme
Minha mãe, em Trancoso. quando eu era
para alguns trabalhos. percebi que era
de época Ironweed [1987], com o Jack
pequena, a gente costumava ir à praia
difícil lidar com o lado emocional, a ques-
nicholson e a Meryl streep. Em Brincando
de pernambuco, no Guarujá. Também ia
tão de ser ou não escolhida, como atriz ou
nos Campos do Senhor [1991], com Tom
muito ao rio de Janeiro, passar férias com
modelo. então não durou muito.
Berenger, filmado na Amazônia, também
a Maria, filha do artista plástico sergio
Qual a sua formação?
fui figurante. Foi muito legal, eu nunca
Camargo. ela é minha amiga até hoje.
Me graduei em liberal Arts, na
tinha estado na floresta. sempre dizia pro
Você passou uma temporada na Califórnia. Como foi? nunca gostei de morar em são paulo.
Califórnia. Comecei um MBA, mas não
meu pai que ele não fazia filmes felizes,
cheguei a me formar. Foi um momento
mas depois de eu insistir muito ele aca-
em que meu pai ficou doente, tive de fazer
bou de fazer um [Meu Amigo Hindu, com
quando terminei o colégio, não queria
um transplante de medula para ajudá-lo.
estreia prevista para outubro].
ficar aqui. Como minha irmã mais velha
não dava para conciliar as duas coisas.
estava na Califórnia, fui morar com ela.
Qual foi sua maior realização
Mas ela vivia no norte do estado, uma
profissional?
Como é ser filha dos seus pais? sou filha única deles. Tenho irmãos por parte de mãe e outros por parte de
região mais fria. depois de um tempo,
Ver a satisfação de quem compra um
transferi a faculdade para o sul. Fiquei
quadro comigo. depois essas pessoas te
com minha mãe. Meu pai sempre foi uma
quase cinco anos por lá. Como eu surfava
ligam para dizer que não esperavam ser
pessoa incrível, um artista de verdade,
desde os 12 anos, comecei a pegar onda
tão felizes com uma obra de arte.
enquanto o lado artístico da minha mãe
de bodyboard. Hoje em dia, prefiro correr. 34
de volta ao Brasil, brincou de ser modelo e trabalhou no
Mit revista
seteMbro 2015
Você acompanhava seu pai nos
pai. sempre fui muito parecida, no jeito,
está mais voltado para o comercial. ela
FoTos: diVulGAçÃo/reproduçÃo
1
2
3
4
5
6
n 1. ViaGEm “Marrocos reúne arte e sol, tudo o que eu adoro.” n 2. liVRo “estou lendo O Que É um Artista?, da sarah Thornton, que conta a vida de artistas completamente diferentes como Jeff Koons, Ai Weiwei, Marina Abramovic, damien Hirst, Maurizio Cattelan e a brasileira Beatriz Milhazes.” n 3. FilmE “Meu Amigo Hindu, novo filme do meu pai, com Willem dafoe (foto) e Maria Fernanda Cândido, que estreia em breve.” n 4. REStauRantE “Adoro o Maní, que tem uma comidinha bem saudável. Vou muito à Adega santiago e ao Aya, um japonês delicioso. Todos em são paulo.” n 5. PaSSEio “Acho muito importante existirem lugares como o Masp, o MAM, a pinacoteca (foto). e, claro, todos os sesc.” n 6. aPliCatiVo “não sou muito ligada nisso, mas, claro, uso o Whatsapp e o Facetime para falar com os meus filhos.”
apostou em vários artistas nos quais
o mundo está carregado de muita
Em momentos de crise, arte é um
ninguém acreditava e que se tornariam
informação e isso se reflete na arte.
grandes, como a lygia Clark, a Mira
por isso é importante a gente manter a
schendel, o sergio Camargo, o Amilcar de
tradição com os artistas contemporâne-
gosta. e se o que gostamos pode ser um
Castro, o Tunga... e ainda criou o instituto
os, como Waltércio Caldas. ele mantém a
investimento, melhor. É uma maneira
de Arte Contemporânea. ela lida com
coerência, com um trabalho inovador.
de conviver com algo que nos faz feliz.
pessoas com muito carinho, assim como eu. nós nascemos quase na mesmo dia. somos cancerianas e acho que trabalhar
Quem são os seus artistas preferidos? Tenho um carinho especial pelo ser-
bom investimento? Temos que procurar o que a gente
devemos buscar uma obra que nos toque o coração, que tenha um significado único e lhe traga um sentimento de alegria.
juntas é até uma coisa fácil, pois temos
gio Camargo e pelo Waltercio Caldas que
pense que a obra de arte pode ser para a
uma linguagem parecida.
conheço desde pequena e ficava olhando
vida toda.
E o interesse pela arte?
o que eles faziam. A Carla Chaim foi a pri-
desde pequena eu achava surre-
meira artista que eu trouxe para a galeria
al ver que um quadro valia tanto. em 2008, quando eu trabalhava no mercado financeiro, veio a crise. Havia todos aqueles fundamentos dos economistas
e tenho um carinho especial também. o que você tem na parede de casa? Além dos artistas que falei anterior-
Você sempre foi zen? Tenho essa filosofia, mas também sou muito obstinada com trabalho, exigente comigo mesma. sempre gostei de acreditar no bem e não julgar as coisas. o que muitas vezes não é fácil.
e diretores do banco, mas ficou claro que
mente, tenho [Arthur] piza, [Jésus] soto,
Qual é o seu mundo?
ninguém sabia o que aconteceria. Vi que o
[Carlos] Cruz-diez, iole de Freitas, sérvulo
É onde me sinto feliz. precisamos tra-
mundo da arte não era tão surreal.
esmeraldo, Wolfram ullrich, Geórgia
balhar e ter a recompensa, que é viajar ou
Kyriakakis, Celia euvaldo e ding Musa.
estar em casa cercado de pessoas legais.
Como vê a arte contemporânea?
SEtEmBRo 2015
mit REVISTA
35
COMBUSTÍVEL
BEBIDAS PARA ABASTECER A ALMA
POR MARCELLO BORGES
Vai uma aguinha? Vodca – diminutivo de voda, água em russo – é uma das bebidas mais populares e consumidas do mundo
P
olônia, China e
Em sua linha há aromas como tangerina,
Japão querem
lima e outros. A Finlandia pura tem a
para si o mérito de
cevada bem clara ao nariz, com grande
sua criação, mas a
suavidade. Custa cerca de R$ 70.
maioria acredita na hipótese
a Belvedere tem toques de baunilha,
vodca é simples: destila-se
especiarias e avelãs. Seu corpo médio
o mosto produzido pela
e final é longo: é produzida com centeio
fermentação de uma mistura
polonês e passa por um processo
de grãos ou de batata
quádruplo de destilação. Há várias
triturados com água, malte
versões da Belvedere, inclusive a
e levedo, geralmente em
Unfiltered, a Intense (com 50% de teor
destilação contínua. A bebida
alcoólico) e com frutas como manga.
é retificada com a remoção
Custa por volta de R$ 110.
das impurezas e se chega a
Brasil é a Stolichnaya, produzida em
ajustado com água até se
parte na Rússia (o álcool é destilado
diminuir para 40% ou menos.
lá) com água da Letônia, onde ela é de destilação e é feita de trigo e cevada,
aroma do que as ocidentais.
dando-lhe sabor levemente adocicado
Já as russas costumam
e cremoso. Custa cerca de R$ 70. Caso
ser mais suaves e não têm
o caro leitor queira uma “aguinha”
o adocicado daquelas.
diferente, pense na Stolichnaya Elit. Tem
As ocidentais são puras e
garrafa elegante, é triplamente destilada filtragem aprimorada, com mais corpo e
no mundo, o martíni de vodca, era o
textura suave: sai na faixa de R$ 230. Agora, se é para comemorar em alto
secreto gostava que seu drinque viesse
estilo, considere a edição de apenas 300
“batido e não mexido” – embora os
exemplares da Elit – a Stolichnaya Elit
puristas aleguem que bater o coquetel
Himalayan Edition, feita com água de
deixa-o turvo... Coisas de mixologistas.
reservatórios subterrâneos do Himalaia,
Como o nome sugere, a Finlandia é
FOTOS: DIVULGAÇÃO
e resfriada a 18ºC negativos para
Um dos coquetéis mais produzidos predileto de James Bond. O agente
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engarrafada. Passa por quatro ciclos
oferecem mais sabor e
límpidas, de aroma neutro.
MIT REVISTA
Uma das vodcas mais vendidas no
um teor de 90% de álcool,
As vodcas polonesas
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Exemplo de vodca polonesa bacana,
de que ela seja russa. Fazer
misturada com trigo russo da região de
produzida no país que consagrou Jean
Tambov. A garrafa é soprada e cada uma
Sibelius e Kimi Räikkönen. Feita com
vem com um picador de gelo folheado
cevada e água de geleira, é destilada
a ouro. O líquido é um pouco mais
no povoado de Koskenkorva e diluída,
aveludado e frutado. Tem toques cítricos
aromatizada e engarrafada em Rajamäki.
e florais. E sai pela bagatela de US$ 3 mil.
MIT4FUN
EQUIPAMENTO COM A MARCA DOS TRÊS DIAMANTES
Hora do esporte Seis objetos que são pura diversão
2
3
4
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andersen ulf/sipa
mundo sem fronteiras capa
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BernardO GiMenez/COrBis
O
V I A J A N T E
I N C A N S Á V E L
ViVeU poUco, Mas iNteNsaMeNte. especiaLista eM obJetos De arte, botoU o pÉ Na estraDa e reiNVeNtoU UM GÊNero LiterÁrio: a NarratiVa De ViaGeNs pOr WaLtersoN sarDeNberG so
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mundo sem fronteiras capa
inglês Bruce Chatwin viveu só 48 anos. publicou apenas cinco livros em vida. raros escritores de sua geração, no entanto, se transformaram, como ele, em lenda. Mais que isso: em estandarte de uma devoção estética – e até existencial. ao morrer de aids em janeiro de 1989, seu obituário nos jornais fora da inglaterra não mereceu mais do que um rodapé. e daí? desde
segundo Chatwin, o homem, desde que passou a andar ereto, adicionou ao sistema nervoso o irresistível apelo de transpor longas distâncias. negar-se a esse impulso atávico era exilar-se da condição humana
então, sua influência vem abrindo trilhas em todos os quadrantes do planeta. Como fizera, por sinal, o próprio Chatwin,
Chatwin não foi, porém, um viajante autocentrado nas pró-
um mochileiro pertinaz, ao desbravar o egito, o afeganistão, a
prias experiências, um beatnik redivivo. nem tampouco um
Turquia, a Mauritânia, o Mali, o Marrocos, a Índia, a austrália e
adepto da prosa instantânea, inimiga do ato de burilar. Culto,
as patagônias argentina e chilena. O nordeste do Brasil, inclu-
observador meticuloso, capaz de analogias eruditas, dono de
sive. ele guardava, por exemplo, ótimas lembranças de picos,
um estilo requintado e vivaz, reinventou um gênero literário: a
cidade de 74 mil habitantes no piauí. ali, surpreso, viu obras de
narrativa de viagem.
Oscar Wilde e andré Malraux na vitrine de uma livraria. não pense, porém, em um caminhante desleixado. embora
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HoMeNs e MULHeres
trajando jeans surrados e camisas cáqui, Chatwin mantinha
Três de seus livros publicados em vida são fundamenta-
o penteado impecável e calçava meias de uma alvura imacu-
dos nessas andanças. O instigante Na Patagônia (1977) foi
lada. era um dândi, que fazia suas anotações em diminutos
o primeiro deles, escrito depois de visitar as terras inóspitas
cadernos com papel de ótima qualidade e com a capa preta
dos extremos do Cone sul. nessa jornada, Chatwin colheu
circundada por um elástico. sim, os Moleskines – nome, por
maravilhosas histórias de imigrantes galeses, ingleses e per-
sinal, da lavra do escritor. Boa parte da fama póstuma de Cha-
sas, separados do mundo pela inclemente geografia e pelas
twin se deve, é bem verdade, à aragem romântica em torno
dificuldades de convivência. Cada capítulo pode ser lido como
dessa personalidade de andarilho irrequieto. “Tenho a com-
um conto independente – cortante como os ventos da região.
pulsão de vagabundear e voltar, como uma ave migratória”,
ao menos na terra natal do autor, o livro começou a forjar
dizia. Gostava de citar o físico e filósofo francês Blaise pascal:
admiradores entusiasmados. entre eles, o romancista andrew
“nossa natureza reside no movimento. a calma completa é a
Harvey, 63 anos, autor de mais de 30 volumes: “na inglaterra,
morte”. Chatwin baseava seu nomadismo em uma teoria mui-
quase todo escritor da minha geração algum dia já quis, morto
to particular – a partir do momento em que o homem passou
de inveja, ser Bruce Chatwin, ser falado como ele e, acima de
a caminhar ereto, adicionou ao sistema nervoso o irresistível
tudo, ter escrito os livros que ele escreveu”. essa fama, no en-
apelo de transpor longas distâncias. negar-se a esse impulso
tanto, vinha acompanhada de outra, muito incômoda, da qual o
atávico era exilar-se da própria condição humana.
nômade dos Moleskines nunca mais se livraria: a de um repór-
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TOpfOTO
avaliar objetos de arte era um dos prazeres de chatwin
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Mit revista
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mundo sem fronteiras capa ter pouco afeito a se ater ao que via e ouvia. Vários moradores da patagônia, personagens do livro, reagiram com indignação, acusando o escritor de distorcer e inventar fatos, além de observar a cultura local com visível menosprezo. nem mesmo nicholas shakespeare, velho camarada de Chatwin e autor de uma elogiada biografia sobre o amigo, acredita que o escritor
aos 18 anos, foi trabalhar na casa de leilões sotheby’s, em Londres. tinha tal vocação para descobrir objetos de arte falsificados que chegou a diretor. um dia, chutou tudo para o alto. Como costumava fazer
seguisse a ética de uma observação imparcial – se é que isso existe – em seus relatos de viagem. longe disso. ainda assim, tem uma frase de efeito para justificar-lhe a conduta: “Chatwin não contava uma meia verdade, mas uma verdade e meia”.
para a patagônia por quatro meses”. na verdade, seriam seis. nascido em 1940 em uma família de classe média na cidade de sheffield, Chatwin foi criado na casa dos avós, em
O escritor peruano Mario Vargas llosa, prêmio nobel de li-
um lugarejo de 6 mil habitantes. seu pai, advogado, servia na
teratura de 2010, vê nessa tendência de ultrapassar a fronteira
Marinha. Mais tarde, a família mudou-se para uma cidade pró-
– tênue, diriam alguns – entre a realidade e a ficção não ne-
xima à industrial Birmingham, onde o garoto passava os dias
cessariamente uma fraqueza ou atitude condenável no aspecto
lendo, recluso. aos 18 anos, conseguiu emprego em londres,
moral. Mas a própria essência da arte de Chatwin. eis sua aná-
na sotheby’s (veja reportagem sobre a casa de leilões na pá-
lise: “erudição e fantasia, documento e delírio, humor e ciência,
gina 82). demonstrou tamanha vocação para flagrar objetos
invento e investigação se fundem de uma maneira inextricável,
de arte falsificados que ascendeu a diretor, especializado em
graças a uma prosa de enorme eficácia integradora: precisa
impressionismo. isso lhe custou tamanho empenho da visão
como um relógio, fluida, risonha, de rica textura, delicada, ele-
que, em 1966, um oftalmologista recomendou-lhe uma tem-
gante e escrupulosa”. em defesa de Chatwin, pode-se dizer, ainda, que ele não tomava liberdades apenas em relação às narrativas ouvidas na patagônia ou alhures. sua própria vida foi um contínuo exercício do desprendimento. aos 25 anos, casou-se com uma amiga, a americana elireprOduçãO
sabeth Chanler, com quem repartiria lençóis por uma década e meia e a quem estaria ligado até os últimos dias. nem por isso deixou de ter uma agitada vida homosse-
porada longe das lupas. Chatwin debandou para o sudão. na
xual, embora sem fazer disso uma bandeira. “ele era de uma
volta, esnobou a sotheby’s e foi cursar arqueologia em edim-
beleza que chamava a atenção de homens e mulheres”, disse
burgo, escócia. sempre inquieto, não esquentou cadeira.
a escritora americana susan sontag, sua amiga.
dois anos depois, arrumou o tal emprego no Sunday Times. logo seria guindado a repórter especial. entre muitas viagens,
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“VÁ por MiM”
entrevistou o romancista francês andré Malraux e indira Gan-
Chatwin não desmentia as histórias folclóricas a seu res-
dhi. em uma carta contou que, no decorrer da conversa com a
peito, imaginando que, de alguma maneira, lhe aumentariam
primeira-ministra da Índia, viu um macaco, animal sagrado para
a notoriedade. Conta-se que, na juventude, ele foi a uma festa
o hinduísmo, insistindo em levantar, travesso, o vestido da go-
usando como cinto uma serpente píton – viva, é claro. em ou-
vernante. a mais lendária de suas entrevistas ocorreu em paris.
tra ocasião teria sido flagrado por um guarda nas montanhas
Chatwin papeava com eileen Gray – figu-
do Oregon, nos estados unidos, caminhando nu e de botas.
ra histórica do modernismo – no aparta-
na Índia, depois de uns tapas em um cigarro de marijuana, re-
mento da arquiteta e designer quando viu
citou trechos do livro sagrado Bhagavad-Gita. Bem, isso raul
um quadro na parede. era um mapa da
seixas também fez. Mas não como Chatwin: em sânscrito.
patagônia pintado por ela. “sempre quis
sua história mais célebre relata a maneira despojada com
ir para lá”, disse o repórter, apontando o
que o então repórter especial do jornal The Sunday Times avi-
mapa. eileen, aos 93 anos, incentivou: “eu
sou a chefia da viagem que mudaria sua vida, em 1974: “fui
também. Vá por mim”. eis o mote.
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ele percorreu os descampados e a região das geleiras na patagônia antes de escrever o seu primeiro livro. esteve nos rios do benim, na África, para criar o segundo. a zona rural do país de Gales inspirou o terceiro
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glyn davis/corbis
massimo borchi/corbis
corbis
macduff everton/corbis
arquiVO pessOa/luiz sCHWarCz
mundo sem fronteiras capa
eVe arnOld/MaGnuM pHOTOs
em vez de gravar, chatwin preferia anotar suas entrevistas. acima, carta para o seu editor no brasil, Luiz schwarcz
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sUrGe UM roMaNcista O sucesso e, ao mesmo tempo, a repercussão negativa de Na Patagônia (1977) deixaram Chatwin com um pé atrás antes de escrever seu segundo relato de viagens. Havia descoberto a rocambolesca história de francisco félix de sousa (1754-1849). nascido em salvador, filho de um português comerciante de
Para escrever seu segundo livro, ele esteve na Bahia, em Pernambuco e no Piauí. Gostou tanto que pretendia passar a velhice no Brasil. de preferência, na cidade de Cachoeira. não teve tempo para isso
escravos e de uma escrava, francisco foi alforriado pelo próprio pai aos 17 anos. por volta de 1800 mudou-se para a África, onde
um tempo turbulento (a “era dos extremos”, na definição do
se transformaria em bem-sucedido traficante de escravos. as-
historiador eric Hobsbawm). O livro, brilhante, rendeu-lhe prê-
sim nasceu O Vice-Rei de Uidá (The Viceroy of Ouidah), de 1980.
mios literários. O mais intrigante: ao contrário de Chatwin, os
desta feita, escaldado, Chatwin resolveu deixar claro, já a partir
personagens incorporam um imobilismo indevassável, presos
do nome do personagem principal – trocado para francisco
à terra como amêndoas em uma barra de chocolate.
Manuel da silva –, sua desobrigação com a fidelidade aos fatos. O livro é uma ficção assumida, embora com base na história.
paLetÓ braNco, cHapÉU paNaMÁ
ainda assim, Chatwin levou suas cadernetas Moleskine para o
Também é assim com kaspar utz, o protagonista de Utz
Benim, na África, e para o nordeste brasileiro. esteve na Bahia,
(1988), o derradeiro livro publicado em vida por Chatwin – e
no piauí e em pernambuco. em carta ao seu editor no Brasil,
mais um romance. O personagem principal tem raras chances
luiz schwarcz, da Companhia das letras, narra um episódio
de desertar da Tchecoslováquia dominada pelos soviéticos nos
que parece um argumento de Glauber rocha.
anos 1970, mas é incapaz desse gesto libertador em virtude de
recomendado pelo antropólogo Gilberto freyre, Chatwin
um apego patológico à sua coleção de porcelanas. de certa ma-
foi, segundo conta, a “uma igreja de uma irmandade negra
neira, Chatwin intensificou em sua obra a própria ambivalência
em Olinda” e, depois, à ilha de itamaracá. queria conhecer
entre o cidadão urbano, apreciador de arte e de ambientes so-
uma fazenda centenária, ainda com casa grande, senzala e
fisticados e, por outro lado, o caminhante desprendido. Chamá-
engenho de açúcar intatos. perturbado pelas imagens da via-
-lo de contradição ambulante não é um lugar-comum.
-crúcis do Cristo ensanguentado que viu na tal igreja, “incons-
entre um romance e outro, Chatwin escreveu seu terceiro
cientemente” invadiu uma cadeia que abrigava presos políti-
grande relato de viagem, The Songlines (O Rastro dos Cantos),
cos em itamaracá. foi detido, algemado e levado a um lugar
de 1987. dessa vez, debruçou-se sobre a saga dos aborígenes
“onde havia um retrato do general Geisel com um olhar não
da austrália. para Chatwin são nômades com a ideia precisa de
muito amigável pregado na parede”. embora se apresentasse
seu espaço territorial. Cada tribo, cada clã, conhecia sua deli-
como escritor, e conhecido de Gilberto freyre e roberto Bur-
mitação geográfica, embora delicadamente definida por linhas
le-Marx, viu-se confundido com “um padre marxista”. por fim,
musicais, legadas pelas gerações. nessa mitologia, a música
os algozes o fizeram traduzir suas anotações dos Moleskines:
antecedeu tudo: as palavras e a própria natureza. não é um
“quando cheguei à descrição dos ferimentos do Cristo Morto,
trabalho etnográfico, estruturado sobre cânones acadêmicos.
eles pareciam imaginar que isso era também uma descrição,
Mas um tributo à inquietude e à criatividade humana.
em código, do trabalho deles”. O escritor temeu pelo pior, mas
Chatwin negou o quanto pôde que tivesse aids. no começo,
tudo foi esclarecido. freyre, afinal, era figura benquista pelos
dizia ter sido vítima de uma estranha enfermidade contraída
militares. por fim, exigiu um carro com motorista para levá-lo
na China. quando admitiu a síndrome, contou que fora infec-
de volta ao hotel no recife.
tado em virtude de um estupro no Benim. finalmente, atribuiu
À altura do lançamento de O Vice-Rei de Uidá – que mais
a doença às andanças pelos bares barra-pesada de nova york.
tarde seria adaptado para o cinema por Werner Herzog –, Cha-
Como naquela canção de lou reed, Chatwin sempre gostou
twin passou a viver em um limbo das letras. para os arqueó-
de andar pelo wild side da vida.
logos, não passava de um aprendiz. Os antropólogos o viam
Morreu em nice, sul da frança, lamentando ter ainda mui-
como um pesquisador sem método. Os críticos literários o
to a viajar. Menos de dois anos antes, escrevera uma carta a
reduziam a escritor de viagens. nem os livreiros sabiam onde
luiz schwarcz em que predizia seu futuro: “Tenho a fantasia
enquadrá-lo. suas obras acabaram em uma prateleira inédita,
de, um dia, quando (e se) eu ficar velho, me tornar um cava-
a da “nova não ficção”. Talvez por isso, seu livro seguinte foi um
lheiro de paletó branco, chapéu-panamá e bengala, morando
romance. Colina Negra (On the Black Hill), de 1992, é a história
em cima de um café numa cidade brasileira do nordeste (Ca-
de dois irmãos que, nascidos em 1900 na fronteira da inglater-
choeira, próximo à costa da Bahia, me cairia bem), quando
ra com o país de Gales, enfurnados no meio rural e alheios a
iria, finalmente, conhecer a literatura de meu próprio país e ler
tudo, veem o século 20 passar sem se darem conta de viver em
Jane austen ou dickens com uma sensação de descoberta”. seteMbro 2015
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Cama ratuba Barra de
esqueceram de mim isolado e desconhecido, o pequeno vilarejo no litoral da ParaĂba respira a nova brisa do turismo ambiental
por luis patriani
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fotos nelson mello
a uma imensa riqueza fluvial e 14 quil么metros de praia: fortes atrativos
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mundo sem fronteiras viagem
Caranguejos-uça, praias desertas, mangues e a balsa rústica com uma l200: circulando em um dos poucos trechos imaculados do nosso litoral
A
o contrário do vento, que sopra rapidamente,
cinturão verde do parque Ecológico do Caranguejo-Uçá, área
forma dunas, esculpe falésias e, de bandeja,
de mangue de 160 hectares criada para proteger o crustáceo
serve ondas notáveis a surfistas e kitesur-
ameaçado de extinção. o passeio pelo labirinto de canais do
fistas, Barra de Camaratuba anda devagar.
manguezal, criado pela oNG sos Caranguejo Uçá, é feito com
Quase parando. Neste pacato e ensolarado
boias que permitem deixar-se levar pela força das marés até a
povoado no litoral norte da paraíba, a natu-
foz do rio Camaratuba. A rota no sentido contrário se dá com
reza agradece e aplaude o descompromisso dos pescadores
a maré cheia. A inusitada “navegação” sai da foz, segue pelo
locais com a pressa e o “progresso”. Desconhecida até mesmo
leito do rio para depois entrar no mangue por um de seus inú-
pelos moradores de João pessoa e Natal (rN), Barra de Ca-
meros furos. pelo caminho, divisam-se caranguejos aratu, de
maratuba, que faz parte do município de Mataraca e está localizada a meio caminho entre as duas capitais nordestinas, vê no ainda incipiente turismo ecológico uma alternativa promissora. Mas sem correria. o termo em voga no lugarejo, onde
Barra de Camaratuba fica a meio caminho entre duas capitais: natal e João pessoa
natal rio grande do norte
poucas e boas pousadas dividem o espaço com as
101
singelas casas dos moradores, é a sustentabilidade. os motivos para que o chavão seja pronunciado
Barra de Camaratuba
e praticado com todas as letras é evidente. Basta olhar em volta. Ao sul da vila, esparramam-se 14 quilômetros de praias desertas da reserva dos potiguaras – uma das cinco demarcações de terras indígenas na costa do Brasil. Ao norte, outros 12 quilômetros de praias virgens revelam-se em plena forma. Colocando-se de costas para o mar, avista-se o 48
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p a r a Í B a
Campina Grande
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João pessoa
carapaça vermelha e bastante apreciados na culinária local; o
As praias da reserva dos índios potiguaras, por sua vez, po-
guaiamum, de coloração azulada; e o já citado uçá, cuja cole-
dem ser desbravadas a pé a partir do rio Camaratuba ou de
ta foi proibida por ser espécie muito visada antes da primeira
carro (cruzando o rio de balsa) pela estrada que percorre as
reprodução.
24 aldeias do território indígena (que congregam 12 mil pesso-
fora d’água, há duas formas de percorrer as praias ao nor-
as), passando pelo alto das falésias, cuja vista panorâmica vai
te de Barra de Camaratuba: em um delicioso trekking ou de
até a baía da traição. Conforme a posição do sol, esses enor-
quadriciclo. o destino é a Barra do Guaju, já na divisa com o
mes paredões formados há milhões de anos pela erosão se
rio Grande do Norte. No cenário, saltam aos olhos as imen-
mostram entre o vermelho e o alaranjado. Impossível ignorar
sas torres de um parque de geração de energia eólica. No mar,
o aculturamento dos potiguaras, mas há praias intactas, como
corais de arenito (não abrigam vida marinha) emergem como
a do tumbá – onde os últimos 500 anos parecem não ter feito
plataformas de rocha expostas. parada obrigatória é a praia
estrago algum. Hora de parar o carro e, sem pressa, no ritmo
da Baleia, banhada por águas com nuances que vão do azul-
da Barra de Camaratuba, mergulhar em um dos poucos peda-
-turquesa ao verde-esmeralda. A praia fica quase no cotovelo
ços imaculados do litoral brasileiro.
do país (extremo mais próximo da África). É nesse ponto que começam a se formar as grandes regiões de dunas móveis do litoral nordestino, que seguem em direção ao rio Grande do Norte, Ceará, piauí e Maranhão. poucos quilômetros depois, chega-se à barra do rio Guaju. A água doce refresca e contrasta com a maresia do ambiente. Do outro lado do delicioso curso d’água, transposto de balsa, já no rio Grande do Norte, a dica é conhecer a charmosa vila do sagi, onde está a Mata Estrela,
onde fiCar n porto das ondas: tel. (83) 3297-7029 n aldeia de Camaratuba: tel. (83) 8787-1843 n Barra adventure: tel. (83) 8767-2828 onde Comer n porto das ondas: tel. (83) 3297-7029 n Barra adventure: tel. (83) 8767-2828
tida como a maior reserva de mata Atlântica sobre dunas. setemBro 2015
mit revista
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MUNDO SEM FRONTEIRAS BEBIDA
DRINQUE COM ROTEIRO
UM COQUETEL SÓ GANHA DE FATO DESTAQUE SE APARECER NAS TELAS DO CINEMA. E NAS MÃOS DE UMA ESTRELA POR XAVIER BARTABURU
P
COLAGEM KEN TANAKA
ipoca combina com cinema apenas na plateia. Na tela – e nos bastidores –, quem manda é o álcool. Manda e dita a moda por meio de drinques celebrizados nas mãos de artistas. Tomemos o old fashioned como exemplo. Esse mix de bourbon, açúcar e bíter, reza a lenda, já era consumido nos saloons da América profunda desde o início do século 19 (embora sua data de nasci-
mento oficial seja a década de 1880). Mas só ganhou o mundo ao balançar nas coqueteleiras do barman do Waldorf-Astoria, hotel emblemático de Nova York em cujos corredores circularam, na década de 1950, figuras como Ava Gardner, Marilyn Monroe, Katharine Hepburn, Gregory Peck e Marlene Dietrich. Foi quase imediato: o que os astros bebiam, o planeta passou a consumir. Depois, o mundo se cansou do old fashioned – como parece ser o destino dos coquetéis vintage. Até que, pouco tempo atrás, do nada, ele reapareceu. Agora na TV, nas mãos de John Hamm, protagonista da série Mad Men. Na primeira temporada, há oito anos, ninguém se lembrava do coquetel. Hoje está em todos os cardápios. Alguém um dia há de se dar o trabalho de estudar (se é que já não o fizeram) qual a sinistra razão que faz as pessoas cultuarem estrelas de cinema, mas o fato é que ninguém lança moda como elas. Com os drinques não é diferente. E tem sido assim desde o alvorecer do cinema falado, quando Clark Gable, no filme Tudo Pode Acontecer, de 1935, empunha uma taça de dry martíni, brindando à chegada de novos tempos. Ali, não só Hollywood se despedia de uma vez por todas do cinema mudo como também os Estados Unidos celebravam o fim da lei seca. E o público, atônito, descobria que seus ídolos não
só falavam como também bebiam. E bebiam, sobretudo, dry martíni. Bastaram alguns filmes e um pouco de publicidade extra, patrocinada por escritores como Ernest Hemingway e F. Scott Fitzgerald, além de estadistas como Franklin Roosevelt e Winston Churchill, para que o potente encontro entre o vermute e o gim se consolidasse como o ícone etílico dos anos 1930. Uma bebida definida pelo jornalista H.L. Mencken como “a única invenção americana tão perfeita quanto o soneto”.
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FOTO DO FILME: OTHER IMAGES / FOTO DO DRINQUE: GLOW IMAGES
FOTO DO FILME: AGB PHOTOS / FOTO DO DRINQUE: GLOW IMAGES
MUNDO SEM FRONTEIRAS BEBIDA
Raro nos cardápios por décadas, ele ressuscitou nos anos 1960 quando Sean Connery, na pele de James Bond no filme 007 Contra o Satânico Dr. No, pede um vésper: dry martíni acrescido de vodca, “shaken, not stirred” – batido na coqueteleira, não mexido. Não foi o vésper, porém, a primeira bebida na vida de Bond. Nas páginas iniciais de Casino Royale, livro inaugural da saga escrito em 1953 por Ian Fleming, o espião pede um americano, criação italiana – apesar do nome – que mistura o bíter Campari ao vermute Cinzano. Mas fica por isso mesmo, já que, alguns capítulos mais adiante, no mesmo livro, tográfico, o desdém deve ser a sina do pobre americano, pois quem se consagrou de fato foi seu derivado, o negroni – versão inventada em Florença à qual se acrescentou o gim. Este, sim, caiu nas graças de gente como Orson Welles, que o descobriu nos anos 1940, quando esteve em Roma para filmar Memórias de um Mágico.. Tornou-se seu coquetel predileto, além de presença garantida em diversas fitas ambientadas na Itália. Caso de Em Roma, na Primavera,, estrelado por Vivien Leigh e depois refilmado com Helen Mirren. A pátria de Baco também foi o berço do bellini, este ainda mais prestigiado pelo jet set – talvez pelo fato de ter sido criado em Veneza, palco de 52
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FOTO DO FILME: AGB PHOTOS / FOTO DO DRINQUE: AGB PHOTOS
ele dita a receita do vésper. Do ponto de vista literário e cinema-
Johnn Hamm fez pelo old fashioned aquilo que Sean Connery fez pelo vésper, Penelope Cruz pelo mojito e Vivian Leigh pelo negroni
um dos mais importantes festivais de cinema do mundo, talvez por um certo glamour proporcionado pelo prosecco, servido com suco de pêssego numa taça de champanhe. Talvez por ambas as razões. Inventado no boteco mais célebre da cidade, o Harry’s Bar, o bellini tornou-se aperitivo quase obrigatório de astros e estrelas desde sua criação, em 1948. Tempo convidados –
suficiente para incluir nomes que vão de Luchino
entre eles Lana
FOTO DO FILME: REPRODUÇÃO / FOTO DO DRINQUE: AGB PHOTOS
Visconti a Woody Allen. Outro drinque que carrega o cinema na alma é a margarita, à base de tequila, suco de limão e licor de laranja.
Turner e John Wayne. E outra lenda atesta ainda
São muitas as hipóteses por trás de sua criação, mas to-
que a margarita surgiu numa taverna
das, curiosamente, ligadas a Hollywood. A começar pela
de beira de estrada na Baja California, perto de Ro-
dançarina que supostamente teria inspirado sua ori-
sarito Beach, praia da moda das celebridades cine-
gem num nightclub: uma certa Margarita Cansino, que o mundo viria a conhecer depois como Rita Hayworth.
matográficas dos anos 1940. Igualmente envolto em disputas sobre
Outra versão fala de uma festa organizada no Na-
sua paternidade, o bloody mary lista pelo
tal de 1948 pela socialite Margarita Sames em
menos três candidatos: o barman do outro
sua mansão em Acapulco. Ela teria bolado
Harry’s Bar – este em Paris, frequentado
a mistura ali mesmo, no calor do momen-
por Humphrey Bogart –; seu colega do
to, para tornar a tequila mais palatável aos
hotel Ritz, também na capital francesa, SETEMBRO 2015
MIT REVISTA
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MUNDO SEM FRONTEIRAS BEBIDA
que diz tê-lo inventado a pedido de ninguém menos que Ernest
gás, suco de limão, açúcar, folhas de hortelã e gelo tornava-
Hemingway; e ainda um tal de George Jessel, ator obscuro que,
-se o terceiro drinque mais consumido nos Estados Unidos.
se não granjeou fama nas telas, ao menos teve a feliz ideia de
Hollywood sacou e encheu suas produções de mojitos – da
misturar vodca com suco de tomate.
nova versão da série Miami Vice a mais um filme de James
Seja como for, todos esses casos comprovam a tese de
Bond (de novo ele), 007: Um Novo Dia para Morrer. Até Pedro
que, uma vez na mão de uma celebridade, um drinque se
Almodóvar entrou na onda, com o filme Volver, em que Pe-
tornará célebre também. Às vezes acontece o contrário, ou
nélope Cruz se revela uma mestra tanto na arte de preparar
seja, é o cinema que, atento às tendências, se apressa em
mojitos quanto na de enterrar os fantasmas do passado.
incluí-las nos roteiros, possivelmente como forma de captu-
O mesmo ocorreu com a nossa caipirinha, que cavou seu
rar o espírito de seu tempo. Aconteceu com o manhattan,
espaço entre os gringos na esteira do mojito e acabou virando
que nos anos 1950 tornou-se o segundo aperitivo mais po-
moda nas festas da Europa e nas churrascarias brasileiras dos
pular do mundo, depois do dry martíni. E onde foi parar? Nas
EUA. Os astros ajudaram, é claro: quem viesse nos visitar sem-
mãos de Marilyn Monroe, na comédia Quanto Mais Quente
pre levava uma cachaça na bagagem e a recei-
Melhor. “Você tem vermute?”, ela pergunta, metida num
ta na cabeça. Madonna, Liza Minelli e Frank
peignoir preto. “Tenho um pouco de bourbon. Vamos fazer
Sinatra foram alguns que se disseram enfei-
manhattans!” Resultado: o que era para ser uma viagem de
tiçados pelo coquetel nativo. Ao contrário do
trem acaba virando uma festa – para nossos olhos também.
mojito, porém, a caipirinha ainda não chegou
Outro que se aproveitou da moda nos bares foi o moji-
Os prognósticos, ao menos, são bons:
o começo do milênio atual. Antes, sua fama se restringia a
mais de 60 países já importam nossa
Cuba, particularmente a La Bodeguita del Medio, boteco de
cachaça, o que a torna o terceiro desti-
Havana que teve, entre seus habitués, personalidades como
lado mais consumido no mundo. O que
Hemingway (sempre ele) e Brigitte Bardot. Já no século 21,
lhe falta, agora, é uma tela de cinema.
ao mesmo tempo que o voluptuoso frescor de estrelas como
E o brinde de uma estrela.
Jennifer Lopez e Shakira conquistava seu quinhão de fama nos palcos e nas telas, a mistura de rum branco, água com 54
lá. Ou seja, no cinema. Sabe-se lá o porquê.
to, favorecido pela onda latina que varre o planeta desde
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Toque ler no tablet ■ Veja as receitas dospara drinques da MIT Revista as receitas
FOTO DO FILME: REPRODUÇÃO / FOTO DO DRINQUE: GLOW IMAGES
Marilyn Monroe e o manhattan: para sempre ligados
A CADA 15 MINUTOS, UM ELEFANTE É MORTO. NESSE RITMO, NÃO SOBRARÁ NENHUM VIVO NA NATUREZA ATÉ 2025
Há 15 milhões de anos os elefantes caminham livres pela natureza. Hoje, porém, devido ao consumo de objetos de marfim, caçadores ilegais abatem cerca de 36 mil elefantes por ano, um a cada 15 minutos. Você pode ajudar a acabar com isso. E não apenas deixando de comprar peças de marfim. Desde 1977 o David Sheldrick Wildlife Fund – DSWT luta pela conservação, preservação e proteção da vida selvagem. O DSWT combate a caça ilegal e resgata elefantes e rinocerontes órfãos em toda a África. Cuida deles até que possam voltar, já adultos, ao seu hábitat original. Saiba como ajudar acessando www.iworry.com
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guepardo
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mundo animal Hรก um lugar na ร frica que concentra a vida selvagem em quantidades inimaginรกveis. Bem-vindo ao delta do rio Okavango, em Botsuana por fernandO paiva fotos marciO scavOne
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BabuĂnos
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C
hitabe, Duma tau, Vumbura plains. três pontinhos perdidos na imensidão do sul da África. Equidistantes, eles formam um triângulo equilátero com cerca de 120 quilômetros de lado. Ali se concentra uma impressionante quantidade de fauna e flora dentro de outro triângulo bem maior: o delta do
rio okavango, ao norte de Botsuana. À diferença dos rios célebres por seus deltas – Nilo, Mississípi, Mekong –, o okavango não deságua no mar. Nasce como rio Cubango nos contrafortes da serra do Moco, em Angola, e corre para sudeste por 1,7 mil quilômetros. Atravessa uma pequena faixa da Namíbia e, quando cruza a fronteira com Botsuana, troca de nome. Antes de desaparecer nas areias do Kalahari, deserto que domina 70% do território do país, o okavango se espraia. Durante as cheias, brotam dele milhares de canais, ilhas e lagoas numa área igual à do estado de sergipe – 22 mil quilômetros quadrados. trata-se do maior delta interno da terra. A exemplo do pantanal Mato-Grossense, com o qual se parece bastante, o delta tem sua vida totalmente regida pelas chuvas. tanto que vive ali a única população conhecida de
no delta do okavango a vida é regida pela chuva. Tanto que ali vive a única população conhecida de leões nadadores – durante as enchentes, eles são forçados a entrar na água para caçar antílopes e impalas leões nadadores – durante as enchentes, eles são forçados a entrar na água para caçar antílopes e impalas. Além dos leões, o maior oásis do mundo obviamente atrai outras espécies em busca de água e comida. só entre os mamíferos, são milhares de impalas, hipopótamos, elefantes, girafas, zebras, javalis, gnus, guepardos e leopardos. A maneira mais cômoda de se observar a riquíssima fauna do delta pode ser refestelado na poltrona, diante de um documentário de tV. Agora, nada se compara a conhecer ao vivo o local, hospedado num dos campos montados pela Wilderness safaris – como Chitabe, Duma tau e Vumbura plains. Chitabe foi o primeiro que visitamos, em abril deste ano, vindos da Zâmbia. A bordo do monomotor Cessna 206 de asa alta, tínhamos uma visão privilegiada do universo líquido lá embaixo. Durante o voo, Brian, o piloto escocês, nos fornecia um aperitivo do que veríamos de perto nos seis dias seguintes. “olhem lá”, apontou, enquanto baixava um pouco o avião. “Uma manada de nove elefantes cruzando o canal.” A quantidade de bichos em Botsuana impressiona mesmo quem já esteve nos países vizinhos. É comum visitantes do parque Nacional Kruger, na fronteira da África do sul com Moçambique, voltarem para casa deliciados quando conseguem setembro 2015
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elefantes
completar a lista dos big five – elefante, leão, búfalo, rinoceron-
novamente e jantar. o sistema é de open bar, e a qualidade e
te e leopardo –, geralmente observados em pequenos grupos.
a variedade de bebidas impressiona. Depois que o sol se põe,
Diga-se a bem da verdade que há em Botsuana pouquíssimos
os hóspedes são sempre acompanhados por um funcionário,
rinocerontes. os demais, em compensação...
por causa da presença invisível dos bichos. Uma vida da qual
Inteiramente construído sobre deques suspensos de madeira – para permitir a circulação de animais rumo à água –, o campo de Chitabe é formado por oito tendas ultraconfortáveis. Há ainda restaurante, biblioteca, piscina, lojinha de suvenires e uma área para fogueira à noite. É o lugar perfeito para se desconectar totalmente do mundo – nenhum dos campos, aliás, tem sinal de celular, wi-fi ou in-
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todos sentem saudade quando voltam para casa. Durante o primeiro passeio, encontramos algumas girafas.
os campos da Wilderness Safaris são o lugar perfeito para se desconectar totalmente do mundo – nenhum deles tem sinal de celular, wi-fi ou internet. detox digital absoluto
Depois, diversos hipopótamos. Isso sem falar nos babuínos e macacos-aranha, às dezenas. Agora, a sorte grande mesmo veio no fim da tarde: nada menos que cinco leopardos, verdadeiro recorde, pois eles são difíceis de serem vistos. Um deles havia acabado de abater um impala.
ternet. Detox digital absoluto. E se acontecer algo, uma emer-
ficamos ali, apreciando e filmando a refeição alheia. Guepar-
gência? simples, usa-se o rádio.
dos – ou cheetahs – são igualmente raros, mas não é que sur-
No delta do okavango, a rotina nos campos da Wilderness
preendemos três, dois filhotes e a mãe, brincando enquanto o
safaris se traduz em café da manhã às 6h, safári em veículo
sol se punha? Cena inesquecível. Em tempo: ainda demos de
4x4 aberto, brunch com bufê na volta, sesta, chá às 16h, safári
cara com três leões.
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antĂlope
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Leão
E, já que mencionamos o rei dos animais, convém saber que
de mopani, a vegetação local. Com fama de predadores violen-
em tsuana, a língua oficial, duma tau quer dizer “o rugido do
tos, os wild dogs são temidos. E, não fosse pelo cheiro acre de
leão”. Depois de duas noites em Chitabe, voamos para o cam-
urina, sua marca registrada, mais pareciam totós domésticos
po de Duma tau, às margens do rio Linyanti. Apesar do nome,
se divertindo. Depois do chá das 4, pudemos desfrutar do sos-
o lugar é conhecido por abrigar enormes manadas de elefan-
sego do Linyanti em um cruzeiro fluvial. foi um fim de tarde
tes e bandos de hipopótamos. tanto que em alguns pontos as
memorável, entre crocodilos e hipopótamos. E todos nós as-
passarelas descem ao nível do chão. tudo para facilitar o caminho desses paquidermes em direção ao rio. De madrugada, aliás, levamos um susto tremendo. Com a delicadeza que os caracteriza, um bando de hipopótamos resolveu se refrescar nas águas
de madrugada, levamos um susto tremendo. Com a delicadeza que os caracteriza, um bando de hipopótamos resolveu se refrescar no rio, passando sob o bangalô num tropel apavorante
do Linyanti, passando sob o bangalô num tropel apavorante.
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sistindo, boquiabertos, à majestosa bola de fogo sumir no horizonte para os lados da Namíbia. Uma surpresa marcou a segunda noite. Em vez de irmos para o restaurante, embarcamos no jipe. Ninguém disse para onde íamos. Cruzando a escuridão da savana
debaixo de um céu coalhado de estrelas, partido ao meio por
Em Duma tau, abrigando com conforto de sobra duas pes-
uma Via Láctea que parecia um rio de leite condensado, di-
soas, as tendas são em número de 10 – duas delas conjugadas,
visamos à distância alguns pontos de luz. Ao nos aproximar-
para famílias. De manhã cedinho, uma volta pela savana revelou
mos, encontramos um verdadeiro bush dinner, com direito a
um bando de cachorros selvagens brincando entre as moitas
fogueira, mesa comunitária e bar ao ar livre, ao lado da grelha
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impala
angOLa
fumegante onde o chef nos recebeu com um churrasco de dar
ZÂmBia
água na boca. sobre a grama, o enorme círculo de lampiões separava a festa do território dos animais “lá fora”. Na melhor
Kasane ZimBÁBUe
tradição africana, a noitada acabou com uma conversa coletiva ao pé do fogo, na qual cada um era convidado a contar
D E L TA D O O K AVA N G O
uma história.
namÍBia
Chegar a Vumbura plains, o mais luxuoso dos três lodges,
francistown ghanzi
BOtsUana selebi-phikwe
foi outra experiência formidável. Aqui é o território dos elefantes. por falar nisso, nenhum outro lugar tem tantos elefantes quanto Botsuana. Eles formam um contingente estimado em
DESERTO DE KALAHARI
90 mil – a mesma população de seres humanos de fran-
gaBOrOne
cistown, a segunda cidade do país. Na capital, Gaborone, vivem 230 mil pessoas.
tshabong
África África dO sUL
Num dos pontos mais privilegiados do delta, o Vumbura plains acena com 14 suítes, erguidas em uma arquitetura de linhas retas e aninhadas sob a sombra de um magnífico dossel de árvores. Cada bangalô
em Botsuana, as águas do delta do Okavango desaparecem nas areias do deserto de Kalahari, que ocupa 70% do país
tem 90 metros quadrados, e dois deles são duplos, para famílias. todo o serviço aqui é à la carte, e as suítes têm chusetemBrO 2015
mit reviSTa
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fErNANDo pAIVA
fotos: WILDErNEss sAfArI/DIVULGAção
vumbura plains é um dos lodges premium da Wilderness. abaixo, os guias ron e timmy
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setemBrO 2015
veiro interno e externo, além de piscina privativa. os bangalôs têm visão panorâmica de 180 graus para o delta.
amilcar guarda os objetos das provas, de pulseiras aos tênis. enquadrou e até como identificar um animal pelo esterco.até os números de peito das camisas
É difícil descrever a sensação de se estar completamente
Vumbura plains oferece um safári diferente, a pé. sim,
exposto à natureza, num território dominado pelos animais.
acompanhados pelos guias ron e timmy, deixamos o jipe e
topamos com um velho hipopótamo solitário numa lagoa (ha-
caminhamos, sempre em fila indiana, por duas horas savana
via sido expulso do bando por um macho jovem e mais forte),
afora. No caminho, um MBA completo sobre os diversos tipos
várias zebras, dezenas de pássaros e uma família de javalis
de pegadas, o grito de alerta dos pássaros conforme o tipo de
– “pumba”, brincavam os guias. À frente do pelotão, ron não
predador que se aproxima, como se posicionar contra o vento
desgrudava de seu fuzil de caça grossa em calibre .458 Win-
para não ser detectado, plantas venenosas, insetos, serpentes
chester Magnum, carregado com cinco cartuchos. Just in case.
as guardiãs do futuro Saiba mais sobre Botsuana e a Wilderness Safaris
B
otsuana é um dos países mais preservados do mundo e seus cidadãos se orgulham disso. Com 2 milhões de quilômetros quadrados – área equivalente à do paraná, de santa Catarina e do rio Grande do sul –, tem apenas 2 milhões de habitantes. Distante do ebola, cujo epicentro está a milhares de quilômetros dali, em serra Leoa, é a democracia mais estável e menos corrupta de todo o Continente Negro. o país vive do turismo, da pecuária e da exploração de diamantes. A renda per capita é de Us$ 17 mil – mais de duas vezes a do Brasil. para chegar lá o melhor é voar pela south African Airways para Joanesburgo. Com sede em Joanesburgo, África do sul, a Wilderness safaris é uma companhia pioneira no segmento de ecoturismo de luxo. Inaugurada em 1983, administra 50 campos em sete países: Botsuana, África do sul, Quênia, Namíbia, ilhas seychelles, Zâmbia e Zimbábue. Está presente nas listas de premiação de revistas respeitadas,
como a britânica Tatler ou a americana Travel + Leisure. Em todos os campos, uma filosofia é seguida à risca: oferecer o máximo de exclusividade em acomodações fincadas em lugares remotos – o mais perto possível da vida selvagem. A empresa controla ainda a Wilderness Air, uma frota própria de 40 aviões, sempre renovada, que faz a ligação entre os diversos campos. são monomotores Cessna 206, para seis ocupantes, e turboélices Cessna Caravan e super Caravan, para até 14 pessoas. Numa região com pouquíssimas estradas e na qual o transporte aéreo é vital, faz toda a diferença saber que a maioria das operadoras de safári na África trabalha com pessoal terceirizado, enquanto todos os pilotos e os mecânicos da Wilderness Air são funcionários exclusivos da empresa. A Wilderness safaris leva a sério a proteção ao meio ambiente. A empresa se destaca pela defesa e pela reintrodução de espécies de animais selvagens ameaçadas de extinção nos sete países
em que atua. Entre seus programas de responsabilidade social o mais premiado é o Children in the Wilderness. Não se trata de mero assistencialismo. o programa visa não só a educação e a alimentação de crianças moradoras de lugares remotos da África. também tem por objetivo criar líderes ambientais nessas comunidades. funciona assim: as crianças que vivem na vizinhança dos parques e das reservas frequentam escolas mantidas pelo Children in the Wilderness. Ali, não apenas aprendem a importância da preservação da natureza como são treinadas para atuar profissionalmente no local em que vivem. seja como guias, seja como técnicos especializados na fauna e na flora, tornam-se as guardiãs de seu patrimônio biológico e cultural para o futuro. n www.theglobalnomads.com.br n www.wilderness-safaris.com n www.flysaa.com
setemBrO 2015
mit reviSTa
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mundo 4x4 rally
Tríplice coroa
Mitsubishi l200 Triton faz bonito novamente – e é a grande vencedora de três categorias do rally dos Sertões 2015
victor eleuterio
por Thiago padovanni
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Mit revista
seteMbro 2015
Franciosi e Capoani levantam poeira rumo à vitória
setembro 2015
mit revista
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GuStAvo epiFANio
mundo 4x4 rally
S
uperar desafios, andar no limite, não ter medo do inesperado. Durante sete dias, os mais de 185 competidores do rally dos Sertões enfrentaram quase 3 mil quilômetros, na prova mais exigente do off-road brasileiro. terra, pedras, cascalho, estradas desafiadoras e um festival de saltos cinematográficos marcaram essa jornada pelo interior do Brasil.
pela primeira vez, o evento largou em direção ao sul, atravessando os estados de
Goiás, Mato Grosso do Sul, São paulo e paraná. provando sua força e resistência, a Mitsubishi l200 triton fez jus ao título de “casca Grossa”. Foi a grande campeã em três categorias: protótipos t1, pró Brasil e Super production. A Mitsubishi competiu com veículos de nove marcas, entre elas land rover, toyota, Ford, volkswagen, chevrolet e troller. proTóTipoS T1 João Franciosi e rafael capoani, da equipe Mitsubishi petrobras, conquistaram o terceiro título consecutivo na protótipos t1. o choro de Franciosi no momento da chegada refletiu uma longa marcha cheia de desafios, vencida com muita garra e obstinação. A dupla teve uma performance impecável – liderou o rali desde o primeiro dia. “este foi mais um rali de superação, que nos pregou várias surpresas”, disse Franciosi, ainda com lágrimas nos olhos pela emoção da conquista. “Não achávamos que seria tão duro como foi.” Segundo Franciosi, a l200 triton Sr mostrou-se decisiva para a vitória. “A suspensão foi fundamental para andar no ritmo que andamos e chegarmos vitoriosos no final”, contou. “Somente um carro desse porte, com essa resistência, para nos dar segurança para acelerar forte, em condições duras, e ainda terminar a prova em perfeitas condições.” 68
Mit revista
seteMbro 2015
Franciosi/Capoani, campões na protótipos T1. na página ao lado, Facco/piauí, vencedores na pró Brasil, e rizzo/ Mayer, os melhores na Super production
MArcelo MArAGNi ricArDo leizer
Toque para ver o vĂdeo
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mit revista
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mundo 4x4 rally Além de vencer na categoria, a l200 triton Sr terminou em quarto lugar na classificação geral – o melhor carro brasileiro na competição. “estou feliz demais, fizemos um rali perfeito, tivemos um entrosamento nota 10, sem nenhum erro”, festejou
Quatro estados, oito etapas e 2.855 km entre goiânia e Foz do iguaçu
Go
o navegador capoani. “Foi fantástico termos vencido entre os carros nacionais e, mais ainda, levantado o tricampeonato.”
goiânia
pró BraSil
rio verde
luiz Facco e Humberto ribeiro, o piauí, conquistaram o títu-
São Simão
lo da categoria pró Brasil. De quebra, ainda ficaram na quinta posição da classificação geral, depois de vencer quatro etapas. “Após uma semana de competição, o carro está inteiro”, co-
MS Três lagoas Euclides da Cunha paulista
memorou o piloto Facco, que desde 2013 utiliza a l200 triton Sr. “o rally dos Sertões coloca competidores e veículos em condições extremas, sempre testando limites”, disse. “As sete etapas foram repletas de saltos e, mesmo expondo o carro a situações críticas, terminamos ilesos, inclusive na etapa Maratona, na qual não é permitido receber apoio técnico.”
itumbiara
Sp
Umuarama
pr Foz do iguaçu
terminar entre os top five, o pelotão de elite dos Sertões, foi a realização de um sonho. “É muito legal ver que atingimos este nível”, afirmou piauí. “Melhor, impossível.” como o dos Sertões, de longa duração e muito exigente.” SUpEr prodUCTion
em seu segundo ano na competição, rizzo já ultrapassou
Na Super production os inscritos correm com veículos pra-
adversários experientes e comemorou o título ao lado do na-
ticamente originais de fábrica, com pouquíssimas modifica-
vegador ivo Mayer. “Felicidade! essa é a palavra que define o
ções – em sua maioria, equipamentos de segurança. Não à toa,
que estamos sentindo”, afirmou. “estávamos confiantes e de-
trata-se da categoria mais concorrida. Foi nela que se consa-
terminados a conquistar o primeiro lugar, mas sempre tivemos
graram mais uma vez a força e a resistência da l200 triton. A
consciência do quão competitiva é nossa categoria e do alto ní-
conquista do primeiro lugar pela Mitsubishi provou o quanto a
vel técnico das demais duplas.” Segundo rizzo, essa pressão é
cabine dupla é robusta, capaz de aguentar um rali tão exigente.
natural – basta saber administrá-la. “passamos inúmeros per-
“Andei por dois anos de pajero tr4 e agora migrei para a
rengues, mas no final sobrepujamos todos.”
l200 triton”, explicou o piloto thiago rizzo. ele considera o car-
A dupla terminou mais de 11 minutos à frente do segundo colo-
ro excepcional, extremamente resistente e potente. “e ter um
cado, uma vantagem e tanto. “Aceleramos forte, mesmo nos mo-
bom conjunto mecânico é fundamental para se vencer num rali
mentos em que foi preciso segurar firme o carro”, finalizou Mayer.
victor eleuterio
l200: o Carro oFiCial do rally doS SErTõES pElo 12º ano
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Mit revista
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o rally dos Sertões contou pelo 12º ano com a Mitsubishi l200 triton como carro oficial da competição. Sua missão: transportar toda a organização, equipes médicas e socorros mecânicos, enfrentando o mesmo percurso que os competidores. Ao todo, 55 cabines duplas l200 triton foram usadas pela organização. “A parceria do Sertões com a Mitsubishi está em seu 12º ano e isso reforça a importância e a confiança na marca”, atestou Marcos Moraes, diretor-geral da Dunas race, empresa organizadora do evento. “No levantamento do percurso, na conferência durante a prova, a l200 triton exerceu papel fundamental – nos deu segurança para organizar o principal rali do país. É um carro robusto, durável, econômico e, ao mesmo tempo, bastante confortável.” A prova teve um percurso total de 2.917 quilômetros entre Goiânia (Go) e Foz do iguaçu (pr). “Nossas equipes viajaram com a l200 triton por mais de 3 mil quilômetros, vencendo todo tipo de terreno – terra, areia, lama –, aí incluídas as travessias de rios”, enumerou Moraes. “participar da maior disputa do off-road nacional, e uma das maiores do mundo, só reforça a importância, a qualidade e a resistência de nossos produtos”, destacou Fernando Julianelli, diretor de marketing da Mitsubishi Motors. “o rally dos Sertões é um grande laboratório para aperfeiçoamento e desenvolvimento de novas tecnologias.”
victor eleuterio
ricArDo leizer
MArcelo MAcHADo
DoNizetti cAStilHo
GuStAvo epiFANio
MArcelo MArAGNi
DoNizetti cAStilHo
SANDerSoN pereirA
Cenas de um rali vitorioso: Franciosi e Capoani (acima), Facco e piauí (ao lado), rizzo e Mayer (abaixo) e suas Mitsubishi l200 Triton em ação nas trilhas dos Sertões
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FOTOS: VINICIUS BRANCA
mundo 4x4 exPedição
No roteiro, há trechos on e off-road
Você de Pajero na Argentina Com saídas mensais, expedições Mitsubishi levam o viajante para os Andes
A
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ideia parece redonda. E é. Fazer uma viagem pelas
câmera. Outra visita é ao parque estadual Ischigualasto, que,
estradas argentinas sem tirar o seu carro da gara-
assim como o Talampaya, é Patrimônio Mundial da Unesco.
gem. Você vai viajar a bordo – e ao volante – de um
Nesse parque, é difícil entender como pequenas pedras, esfe-
Pajero Dakar. E para isso não é necessário nem se-
ras perfeitas, se agruparam num mesmo local – não à toa cha-
quer ser cliente Mitsubishi. As expedições da marca dos três
mado de cancha de bocha. Os restaurantes e os hotéis dos per-
diamantes acontecem há dois anos e agora têm saídas men-
noites são os melhores disponíveis nas cidades. Uma equipe de
sais. Nos cinco dias na estrada, os pilotos aceleram por 2.800
apoio cuida das questões logísticas, inclusive do abastecimento
quilômetros, com trechos on e off-road.
dos carros. “A organização é impecável”, diz Antônio Donizeti
Entre as atrações do caminho, dois dos mais belos par-
Malassise, empresário de Londrina (PR). “Isso nos deixa muito
ques nacionais argentinos: o Aconcágua e o Talampaya. No
à vontade apenas para curtir a viagem.” Vera Lucia Zanuto cita
primeiro, um trekking leva a um mirante de 2.800 metros de
os locais visitados e as amizades feitas como os grandes trunfos
altitude que deixa os viajantes diante da montanha que ba-
da expedição. “É uma viagem que ficará marcada para sempre
tiza o parque, a maior do Hemisfério Sul (6.962 metros). No
na minha memória.” As próximas saídas estão previstas para os
segundo, formações rochosas e enormes paredões, de cores
dias 4 e 11 de outubro, mas há uma agenda com viagens até o
que variam conforme a luz do sol, vão esgotar a bateria da sua
Carnaval de 2016. Informe-se no site www.expedicaomit.com.br.
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mundo urbano carro
lancer hle
com nova suspensão e isolamento acústico aprimorado, Mitsubishi Lancer 2016 está ainda mais confortável e silencioso por henrique skujis
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o pรกra-choque dianteiro estรก de desenho novo
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mundo urbano carro
U
ma espiada na linha 2016 do Lancer
em 1973). Esse aperfeiçoamento da suspensão, independente
e mesmo os mais atentos apenas
nas quatro rodas, elevou a altura do carro em relação ao solo
verão um novo para-choque – ele
de 155 para 170 milímetros, deixando-o ainda mais à vontade
recebeu uma seção central pintada
para enfrentar diversos tipos de terreno, de estradas atapeta-
na cor do carro e molduras croma-
das a ruas esburacadas. É uma suspensão que mescla à per-
das. Essa mudança estética está na
feição esportividade e conforto, marcas registradas do Lancer.
dianteira das versões MT, HL e HLE,
reinaldo Muratori, diretor de engenharia e planejamento da
mas não da GT, que permanece com
Mitsubishi Motors do Brasil, revela que outro ponto aprimorado
a célebre “boca de tubarão”. Mas as diferenças maiores do
na linha 2016 foi o isolamento acústico. “Deixamos o interior do
novo Lancer aparecem quando o consagrado motor 2.0 qua-
carro ainda mais silencioso”, conta Muratori. outra novidade da
tro cilindros de 16 válvulas e 160 cavalos é ligado e o sedã
linha 2016 do sedã são os pneus Green performance, com nova
entra em movimento.
geometria da banda de rodagem. A alteração possibilitou o au-
o carro recebeu uma nova suspensão, batizada de Comfort Oriented. Seu rodar ficou ainda mais macio e confortável em
consumo de combustível e da emissão de Co2.
relação ao do modelo 2015, que, diga-se, já traz todo o know-
Nas versões HLE e GT, o Lancer tem transmissão automáti-
-how da marca adquirido nas provas de rali (o Lancer Evo é
ca CVT de seis velocidades com Sports Mode. As trocas de mar-
tetracampeão do World rally Championship) e nas quatro
cha podem ser feitas automaticamente ou manualmente por
décadas de vida do carro (o primeiro Lancer veio ao mundo
meio da alavanca de câmbio ou pelos paddle shifters, as prá-
Toque para ver o vídeo
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mento da durabilidade, além da redução do nível de ruído, do
Mit revista
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o Lancer hLe tem transmissão automática de seis velocidades. seu interior é luxuoso e, no quesito segurança, o caro recebeu nota máxima dos principais institutos
principais institutos de segurança do mundo. No painel, destaca-se o sistema multimídia, com tela sensível ao toque de 7 polegadas, Bluetooth com viva-voz para o telefone e transmissão de áudio, reprodutor de vídeo, entrada USB e DIS (Dynamic Information System), que conta com acelerômetro, bússola e informações de altitude, inclinação frontal e aceleração lateral. A lista de itens de conforto inclui ainda
ticas borboletas localizadas atrás do volante. o sistema conta
sensores de acendimento de faróis de chuva, piloto automáti-
ainda com o sistema Invecs-III, que se adapta ao modo de dirigir
co, 16 porta-objetos, teto solar e bancos de couro.
do motorista, seja ele mais tranquilo, seja ele mais animado. o sistema de freios é completo: o ABS com quatro canais garante estabilidade e segurança nas frenagens, o EBD (Elec-
Com três anos de garantia (sem limite de quilometragem) e revisões com preço fixo, o novo Lancer já está à venda nas 190 concessionárias Mitsubishi em todo o Brasil.
tronic Brake Distribution) atua em conjunto com o ABS e assegura perfeita distribuição de força para cada roda e o BAS (Brake Assist System) permite que o veículo pare em curto espaço. A segurança dos ocupantes conta ainda com nove airbags: dois frontais, dois laterais, quatro “de cortina” e um para
n Motor: 4 cilindros em linha, 1.998 cc, 16 válvulas, 160 cv n suspensão: independente nas quatro rodas n Transmissão: automática, Invecs III, CVT, com Sports Mode e paddle shifters n Freios: disco nas quatro rodas com ABS, EBD e BAS n rodas: liga leve, 16 polegadas n Pneus: 205/60 r16
os joelhos do motorista. o Lancer recebeu cinco estrelas dos
no painel, completo, os comandos são de fácil manuseio. Destaque para a tela do sistema multimídia de 7 polegadas
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muNdo urbaNo perfil
artesĂƒ Por NaureZa
Como a PauListaNa CamiLa KLeiN torNou-se uma das mais resPeitadas desiGNers de Joias do brasiL POR eVA JoorY
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divulgação
Camila Klein: 14 lojas prĂłprias em 7 cidades brasileiras
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muNdo urbANo perfil
das. Em outros, somos mais minimalistas. o que devemos fazer
lista como o reino mineral. Em
é experimentar sem medo de ousar.” Entre os materiais usados,
outros, exuberante como o vege-
destaque para pedras naturais e artificiais, borracha, madeira,
tal. Mas posso me levantar ainda
sementes, tecidos, couro. “Fujo do tradicional. Flerto com o ex-
selvagem como o animal.” Camila
perimental. gosto de explorar.” o uso de ouro e de prata é sutil,
Klein vai além: “ou, por que não?,
comedido. “apenas para dar um acabamento mais refinado.”
plácida como o monera”, conclui, referindo-se ao reino biológi-
Ela não gosta da polêmica “joia versus bijuteria”, mas não se
co onde habitam organismos unicelulares como as bactérias.
furta a dar sua opinião. “uma peça singular é capaz de fazer a
Como se vê, Camila, paulistana de 37 anos, tem certo apego
mulher marcar presença onde quer que esteja”, afirma. Para ela,
à natureza. Suas criações, cada vez mais presentes em colos,
uma bijuteria com design é vista como uma escultura colecioná-
pulsos, dedos e orelhas femininas, evocam formas que seus
vel – e pode despertar paixão e desejo em quem reconhece essa
olhos captam em animais, árvores, pedras e montanhas.
forma de arte. “Já um brilhante sem design pode ser confundido
Toda essa história começou na infância, quando Camila, neta
até mesmo com um cristal; que graça isso tem?” Ela acrescen-
de alemães e italianos, deixava a boneca de lado para admirar a
ta que a abundância de metais e de outros materiais possibilita
mãe se arrumando. “Na hora dos acessórios, minha curiosidade
uma criação mais ampla, mais diversa. “Essa liberdade é es-
aumentava – eu achava tudo lindo”, lembra-se. “Quando ela abria a gaveta, sempre trancada a chave, e tirava os rolinhos de veludo onde guardava as suas joias, eu enlouquecia.” anos depois, na escola, a vocação aflorou. “Eu queria vestir algo diferente para mudar o padrão do uniforme”, conta. “um dia, decidi fazer um brinco que
sencial”, diz. “Já fiz joias, mas minha
Tudo começou quando Camila parava para ver a mãe se arrumar. Na escola, fez um brinco para combinar com o uniforme. As amigas gostaram e ela começou a produzir também pulseiras e colares. Não parou mais
combinasse com a roupa da escola. Minhas amigas gostaram tanto que me pediram pra fazer pra elas. aí vieram as pulseiras, os colares... E, quando vi, já estava com uma coleção.”
ousadia ficou restrita ao tamanho da peça.” Conceitos à parte, a grife da designer soma 14 lojas próprias em sete cidades e uma loja online, além de um canal de atacado que distribui para mais de 300 pontos de vendas multimarcas em todo o Brasil. Em 2016, ela pretende levar suas criações pelo
mundo. “Chegou a hora de internacionalizar a marca”, avalia. Em meio ao sucesso, Camila mantém a rotina familiar ao lado do marido e dos dois filhos, com quem joga xadrez, anda
No ano 2000, aos 22 anos, já formada em artes plásticas, re-
de patins e viaja para o interior para fazer caminhadas, jogar tê-
solveu levar o hobby a sério e abriu com o marido, o engenhei-
nis e ler. Recentemente, terminou Mulheres Que Correm Como
ro civil luis Fernando la Selva, a empresa que leva o seu nome.
Lobos, de Clarissa Pinkola. E agora está mergulhada na biogra-
uma década e meia depois, Camila Klein virou referência quando
fia de Napoleão Bonaparte. “Mas, apesar de tudo isso que con-
se fala de acessórios femininos. “Meu objetivo é deixar a mulher
tei, se eu tivesse que escrever um livro sobre a minha história,
não apenas mais bonita, mas também mais autoconfiante”, diz.
estaria no primeiro capítulo”, diz. Tanto que em sua lista de fu-
“É sempre uma busca por algo que celebre a nossa personalida-
turos prazeres estão uma especialização em curadoria de arte,
de. os acessórios devem ajudar a revelar o nosso humor e nosso
um curso de filosofia e a estada de um mês em alguma cidade
jeito de ser no cotidiano. Há dias em que usamos peças ousa-
belga. Para quê? “ora, para aprender a fazer chocolate.”
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1. Aos 5 anos, de chapéu preto, já revelava a preocupação com os detalhes; 2. Com a mesma idade, na casa do avô. 3. Hoje, com o marido
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FoToS: aRQuivo PESSoal
“T
em dias em que acordo minima-
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divulgação
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As mAis vendidAs a coleção Memories, um dos grandes sucessos de Camila Klein, é composta por colares, pulseiras, brincos e anéis. Com uso de pedras naturais e cristais Swarovski, tem diferentes versões de cores e banhos e se desdobra em
56 peças. Conheça as três mais vendidas: n 1. o brinco Cacharel é feito com metais banhados em ouro velho, madrepérola e 64 cristais Swarovski n 2. o colar Schalle tem metais com banho
de rutênio, pedra natural de quartzo verde e 15 cristais Swarovski n 3. o bracelete aspen também é feito de metais banhados de rutênio, resina, e soma 217 cristais Swarovski
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MUNDO UrBaNO Arte
so heby’s Dou-lhe uma, dou-lhe duas... Bem-vindo à mais célebre casa de leilões do mundo PoR mArioN FrANK
a
vida pode andar de cabeça para baixo – e basta
jetos. uma delas, a dos relógios, fez história em genebra, suíça,
abrir o jornal para encontrar notícias calamito-
no final do ano passado. ali, os holofotes apontaram para aquele
sas mundo afora. Mas nada como fazer foco no
que é o relógio de bolso com o maior número de complicações.
mercado do que vale realmente ouro para re-
o termo, próprio da alta relojoaria, se refere a tudo o que vai
encontrar o norte. Como se tudo pertencesse
além de horas, minutos e segundos – calendário, fases da lua,
a outra galáxia e não pudesse existir de outro
alarme. No caso, o modelo the henry graves supercompli-
modo. Nessa terra específica, o dia a dia vai muito bem,
cation, que o banqueiro americano encomendou à Patek
obrigado. fundada em londres em 1744, a sotheby’s, a
Philippe em 1925 e só chegou às suas mãos em 1933.
mais antiga casa de leilões do planeta, é exemplo desse momento extraordinário no mercado de luxo. só em vendas nos leilões de arte, entre 2013 e 2014, o faturamento bruto aumentou 19%. saltou de us$ 4,3 bilhões para us$ 5,2 bilhões. a razão é simples. Quem tem dinheiro,
tomobilística. Quando Packard mandou fazer um relógio com 10 complicações, graves encomendou o seu com 24. entre elas, alarme que repete o som dos sinos da catedral de Westminster, em lon-
muito dinheiro, anda meio ressabiado
dres; calendário perpétuo; horário do nascer
com o sistema financeiro – e resolveu fa-
e do pôr do sol em Manhattan – e uma carta
zer da arte um de seus mais importantes
celeste que mostra o céu de Nova york visto
investimentos. “trata-se de uma mudan-
do terraço de seu apartamento na Quinta
ça de comportamento visível, inclusive
avenida, no Central Park. arrematada em
entre clientes brasileiros, de uns dez anos
1999 por us$ 11 milhões, nesse leilão de
para cá”, avalia a carioca Katia Mindlin leite
2014 a peça atingiu a soma de us$ 24 milhões.
barbosa, presidente da sotheby’s no brasil.
em julho último, entretanto, o furor se des-
“antes, colecionar arte era uma questão cultural e de prazer pessoal”, diz. “Mas hoje a arte também é entendida como asset.”
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graves (1868-1953) vivia competindo com James Packard (1863-1928), o magnata pioneiro da indústria au-
locou para Paris, em razão do acervo do lendário colecionador de moda didier ludot. de modelitos dos anos 1960 assinados por Christian dior a criações de azzedi-
Presente em 40 países, com um staff de 1.500 funcionários e
ne alaïa da década de 1990, passando por vestidos usados por
dez casas de leilões ao redor do globo (a mais recente em doha,
Catherine deneuve ou Jackie Kennedy, todos os 171 lotes foram
no Catar), a sotheby’s vende de tudo. são 70 categorias de ob-
arrematados. entre eles, o vestido de noite criado pelo estilista
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fotos: divulgação/sotheby’s
esta tela de Van Gogh saiu por Us$ 59 milhões. o relógio à esquerda, por Us$ 24 milhões
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MUNDO UrBaNO Arte
Comprar algo na sotheby’s é saber que o valor será amplamente divulgado. Faz parte do negócio
tem de tudo. De vestido Yves saint Laurent a porcelana usada pelos czares no século 19. De vinho a urso. Faça a sua oferta
espanhol balenciaga, recoberto de
Cabriolet encarroçado por figoni et
penas de avestruz e vendido ao preço
falaschi 1938 (us$ 7, 15 milhões). am-
recorde de us$ 62.262. No jargão dos
bos do “art of the automobile”, parceria
leiloeiros, um evento white gloves, que
até então inédita entre a canadense RM
rendeu três vezes mais que o estimado:
auctions e a casa londrina.
us$ 1 milhão.
Realizado em novembro de 2013, ele ocupou dois andares da filial da sotheby’s em Nova york. a RM auctions sempre foi co-
Ursos, CAVeirAs e CArros
nhecida como imbatível no comércio de automóveis diferencia-
ok, relógios de marca e peças da alta costura não são unusu-
dos – basta lembrar que ela venderia, no ano seguinte, por cerca
al, levando em conta o público habituado a frequentar os salões
de us$ 10 milhões, a ferrari 275 gtb/4 1967 que pertenceu a
da sotheby’s. Mas atenção: em março passado, na matriz londri-
steve McQueen, astro de Bullit. de olho no tamanho desse negó-
na, o leilão que recebeu o título de “bear Witness” deu destaque
cio (o leilão de carros antigos movimenta nada menos que us$ 2
a centenas de peças de um colecionador que preferiu o anoni-
bilhões a cada ano), a sotheby’s adquiriu, no último 18 de feverei-
mato. “eram dois temas obsessivos: caveiras e ursos”, explica
ro, 25% das ações da RM auctions. Com isso, nasceu a gigante
Katia. “de trabalhos assinados por andy Warhol e Mark Rothko
RM sotheby’s, cujas vendas só tendem a disparar.
a adereços de teatro e mármores da Renascença.” até mesmo um chaveiro de preço módico foi colocado à venda nessa venda sui generis, que rendeu us$ 54 milhões. “ou seja, o valor de um quadro importante do impressionismo.”
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VAN GoGH e CHÂteAU mArGAUX Nesse mundo à parte, concorrência há. trata-se aliás de um páreo de intensa disputa no afã de cruzar primeiro a linha de che-
automóveis de coleção também têm feito a alegria dos clien-
gada. afinal, quem será a maior, sotheby’s ou Christie’s? analistas
tes da sotheby’s. em apenas duas horas de negociação, de lan-
estimam que 90% do mercado esteja dividido entre elas, assim
ces definidos como furious bidding pela imprensa especializada,
como também se afirma que a Christie’s (criada pouco depois
um total de us$ 62,8 milhões foi alcançado na venda de car-
da rival, em 1766) é imbatível em arte contemporânea, cabendo à
ros fora de série. Caso da ferrari 250 lM Carrozzeria scaglietti
sotheby’s a dianteira em mestres antigos, arte da américa latina,
1964 (us$ 14, 3 milhões) e do talbot-lago t150-C ss teardrop
impressionista e moderna... Por sinal, a obra de valor mais eleva-
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fotos: divulgação/sotheby’s
do em leilões da sotheby’s ao longo do primeiro semestre de 2015 foi a tela de van gogh, “L’Allée des Alyscamps”, vendida por us$ 59 milhões a um colecionador chinês. sim, números e cifras são facilmente obtidos na
safra e sua mulher, lily. Mobiliário europeu, arte russa, prata, telas e manuscritos perfizeram um total de 800 lotes, arrematados em quatro dias. finalmente, mas não menos importante,
sotheby’s, a única a funcionar com capital aberto.
a casa tem outra especialidade: vinhos, o
“Nestes tempos de negócios cinzentos, é mais
chamado “ex-cellar”. garrafas que saem di-
importante do que nunca operar com o com-
retamente da adega dos mais renomados
promisso da transparência”, realça Katia. ligada
produtores do mundo, como o realizado
profissionalmente à sotheby’s há 25 anos, ela
no brasil há dois anos com exemplares de
mesma já vivenciou momentos de cores mais
Cheval blanc e Château d’yquem – jantares
sombrias. Época em que o presidente mundial
fechados, de cardápio harmonizado com a
foi preso e condenado por cartelização, na virada
bebida, que deram apoio à prova vertical de
do milênio, resultando em pesada multa e prejuí-
sete vinhos daqueles rótulos famosos. Para
zo ainda maior à imagem da empresa.
outubro próximo, está programado outro
um dos leilões que a sotheby’s sabe prepa-
leilão especial, só com vinhos Château Mar-
rar como ninguém é o do tipo single owner. “É
gaux. Cidades brasileiras que vão sediar o
aquele que coloca à venda peças de quem tem
evento: são Paulo e belo horizonte. “a capi-
nome e sabe colecionar com qualidade”, resume
tal mineira tem se mostrado um lugar muito
Katia. exemplos brasileiros há e ainda brilham
interessante, reunindo grandes colecionado-
na memória, como o das joias de lily Marinho na
res de arte e vinho”, confirma Katia. valores?
suíça, 64 lotes exibidos com pompa e circuns-
ah! uma garrafa de Château Margaux tama-
tância no hotel beau-Rivage, em genebra, em
nho balthazar (12 litros) da excepcional safra
maio de 2008. outro acontecimento memorável
2009 está avaliada entre us$ 30 mil e us$ 50
se deu em novembro de 2011, em Nova york, com
mil. algo bem à altura do mundo sotheby’s.
peças da coleção pessoal do banqueiro edmond
■ www.sothebys.com
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mundo urbano ciDaDE
O MELHOR DE
um roteiro lírico-sentimental da capital mineira, pelo cronista do estadão
© latinstock
por HuMbERtO wERnEck
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D
evo reconhecer: Belo Horizonte melhorou muito depois que saí de lá, faz 45 anos. tanto é verdade que, tendo partido com a mala cheia de ressentimentos, hoje é com prazer que volto à cidade onde nasci, na qual seguem vivendo meus oito irmãos e irmãs, respectivos cônjuges e extensa sobrinhada. É lá que vive, também, o cinquentenário time dos que considero, sem desdouro de outros, meus amigos fundamentais.
Mas vamos ao que interessa, a Belo Horizonte de hoje, cidade de prancheta, tira-
da do nada, prestes a completar (12 de dezembro) 118 anos de existência. nenhum vestígio, evidentemente, daquela placidez desértica que deu ao visitante Monteiro lobato, um século atrás, a impressão de ter caído num lugar onde as raras pessoas nas ruas ali estavam fazendo papel de transeuntes. Joaquim nabuco desembarcou em 1906 para beijar a mão de afonso pena, recém-eleito presidente da república – e quando o carro que o levava, rua da Bahia acima, rumo ao palácio da liberdade, cruzou o que hoje se chama, exatamente, avenida afonso pena, já então umbigo da capital, cometeu gafe histórica ao indagar: “para que lado fica a cidade?” pouco resta da Belo Horizonte que carlos Drummond de andrade tanto amou nos seus 20 anos, superpostos aos 20 anos do século 20, “lugar de ler os clássicos e amar as artes novas”, e que cinco décadas mais tarde veio a lastimar ao ponto de lhe dedicar os amargores do poema “triste horizonte”. Mas subsistem, benza Deus, vestígios dignos de ver ou rever. a estação onde desembarcou nabuco segue de pé, restaurada e bela, convertida no muitíssimo visitável Museu de artes e Ofícios. nas imediações, recomendo uma espiada no viaduto de Santa teresa, não mais o colosso que foi ao ser inaugurado, em 1929, mas ainda impávido. sua memória tem como valor agregado o fato de que o supracitado Drummond, já nem tão garoto – andava pelos 30 anos –, lançou, sem essa pretensão, a moda de caminhar pelos arcos do viaduto, quase 20 metros acima de uma linha de trem, numa tentativa confessa de restaurar o romantismo. olhe para esses arcos e tente ver lá no topo não apenas nosso maior poeta como aqueles que buscaram imitá-lo, consolidando assim um ritual de admissão no mundo das letras. Fernando sabino, Hélio pellegrino, paulo Mendes campos, otto lara resende e todo um vasto et cetera. (se eu subi? não dei conta – e também por isso não me tornei, como esse pessoal, um grande escritor.) com todo aquele trânsito aéreo, é de espantar que nenhum escriba tenha despencado sobre a via férrea, não se sabendo se isso, para a literatura, foi bom ou foi ruim. a praça da Liberdade, onde a turma de sabino se reunia para “puxar angústia”, se acha transformada, faz pouco tempo, num conglomerado de centros
a igrejinha da Pampulha já foi chamada de “hangar de Deus”
camila klein: 14 lojas
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© latinstock
mundo urbano ciDaDE
na praça da liberdade, deixe pender o queijo à vista das sinuosidades do edifício que leva o nome de quem o desenhou: niemeyer. o arquiteto, por sinal, assina até um colégio estadual
crEatiVE coMMons
a Pampulha (ao alto), a praça da Liberdade (à esquerda) e o Edifício niemeyer (à direita): a cidade e suas luzes
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culturais, nos prédios restaurados das antigas secretarias de
longe: mesmo estando em obras de restauro, vale uma espia-
Estado. não perco por nada essa visita. Já que estamos aqui:
da o colégio Estadual, conjunto arquitetônico que, por inicia-
o famoso quarteto de escritores de que falei, chamado por um
tiva do governador kubitschek, oscar espetou num cocuruto
deles (otto) de “cavaleiros de um íntimo apocalipse”, segue fir-
do bairro de santo antônio. não deveria ter muros – mais uma
me num canto da praça, na entrada da biblioteca pública, sob
razão de assombro e apelo à liberdade para este ex-menino
a forma de estátuas.
quando lá cheguei, aos 11 anos, naquele março de 1956 em
a propósito: repare na fartura de escribas que literalmente
que se deu a inauguração. cada bloco do campus é figuração
pegaram um bronze em Belo Horizonte. Drummond e pedro
de um objeto escolar. a caixa d’água, um giz apoiado na base
nava papeiam numa calçada da rua Goiás, no centro da ci-
menor. a ousadia maior é o auditório, em forma daqueles ma-
dade. na Savassi, a poeta Henriqueta lisboa e o ficcionista
ta-borrões antigos, de vaivém.
roberto Drummond também se imobilizam em stand ups me-
Vamos dar por sugeridas, por obviamente óbvias, as des-
tálicos, eventualmente mais brilhantes do que foram em vida,
lumbrantes travessuras niemeyerianas fincadas na Pampulha
de tanto serem apalpados.
– também por iniciativa de Juscelino, então prefeito –, joias
ainda na praça da liberdade, deixe pender o queixo à vista
como a igrejinha abaulada que alguém chamou de “hangar
das sinuosidades do edifício que leva o nome de quem o dese-
de Deus” e onde, por ter sido projetada por um comunista e
nhou, niemeyer. por falar no arquiteto, e sem ter que ir muito
decorada por outro, portinari, o arcebispo antônio dos santos
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© corBis
mundo urbano ciDaDE
no mercado central já se comeu a melhor empadinha de bH. não mais. Hoje, dois grandes atrativos são o queijo da serra canastra e o fígado com jiló. sem falar de uma boa farinha
© latinstock
O viaduto de Santa teresa, o Museu de artes e Ofícios e o Mercado central: atrações, como o fígado com jiló
cabral não deixou rezar missa por longos 14 anos. não traz assinatura de niemeyer, mas não é menos recomen-
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ma, veja você, Pc Farinhas. Mas há outras, e o cavalheiro não me entenda mal se lhe recomendo fazer o teste da farinha.
dável a recente Sala Minas Gerais, ninho da Filarmônica estadu-
no Mercado central já se comeu a melhor empada belo-hori-
al, em cujo interior, de impecável acústica, redondidades arqui-
zontina. não mais. Enquanto tive mãe, era ela quem me guiava,
tetônicas sugerem, apropriadamente, as curvas de uma orelha.
sem erro, na busca à empadinha campeã. Durante um tempo
Já é hora, dirá você, de baixar a outra província do corpo, ao
foi, acredite, a da cantina do Hospital Mater Dei. Hoje, diz minha
estômago, e nesse departamento nunca deixo de fazer escala
irmã ana Maria, a melhor talvez esteja na confeitaria avelã,
no restaurante não por acaso batizado a Favorita, na rua san-
cujo endereço (av. Bernardo Monteiro, 1.414) já tratei de anotar.
ta catarina, 1.235, quase ao lado de meu primeiro endereço
comecei este papo, que urge terminar, admitindo que mi-
ao deixar a maternidade. o mesmo impulso me leva ao obri-
nha cidade melhorou bastante desde que de lá saí. não é bem
gatório Mercado central, onde, confesso, passo ao largo de
assim. perdas houve, inclusive no que se refere ao patrimônio
um dos grandes atrativos do lugar, o fígado com jiló. pode ficar
imaterial. Quando me mandei, usava-se dar dois beijos. como
com a minha parte. prefiro caminhar, com ardor de romeiro,
visitante, vivi a fase em que eram três (nenhum deles no cen-
até a banca do itamar, onde nos espera o melhor queijo da
tro do alvo, hélas). Ultimamente, porém, encontro a cota redu-
canastra comprável em Belo Horizonte. Vou atrás, também,
zida a um solitário beijo. Em tempos de ajuste fiscal, fique meu
da boa farinha, e nesse particular sou fiel à banca que se cha-
protesto contra esse intolerável ajuste oscular.
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Š latinstock Š latinstock setembro 2015
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Toque para ver o vĂdeo
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seteMbro 2015 cadu rolim
cadu rolim
davi d santos jr
adriano carrapato
ricardo leizer
fotos tom papp
universo
mitsubishi No asfalto ou na terra, a marca dos trĂŞs diamantes tem a diversĂŁo certa para vocĂŞ
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universo mitsubishi autódromo velo città
lancer cup
@nacaomitsubishi
@mundomit
www.mitsubishimotors.com.br
Rumo à reta final A duas etapas do fim da temporada, a caça aos líderes continua
Disputa por posição logo após a largada da quarta etapa
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tom papp setembro 2015
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universo mitsubishi
lancer cup
b 100
runo mesquita é o cara a ser
pondera o piloto, vencedor de quatro
(130) correm por fora e ainda sonham
batido. na reta final da
das dez provas realizadas em 2015.
com o campeonato.
mitsubishi lancer cup, o
nas contas a serem feitas após a
piloto, campeão da primeira
última bandeirada do ano, no dia 14
rs, na qual competem pilotos mais
temporada da categoria, em 2013,
de novembro, é preciso descartar os
experientes e na qual o carro a ser
caminha rumo ao bicampeonato.
dois piores resultados de cada piloto.
domado é o lancer rs, um bólido
restando duas etapas (quatro provas),
portanto, é impossível prever quem vai
com 340 cavalos e câmbio sequencial
ele soma 192 pontos, 25 a mais que
erguer o caneco. além de mesquita e
de seis marchas. na categoria de
o segundo colocado, o carioca elias
de júnior, luiz santiago (151 pontos),
entrada, a lancer r, o equilíbrio e a
júnior. “mas é cedo pra falar em título”,
sergio alves (137) e renato favatti
emoção também estão em alta. o líder
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o panorama acima é o da categoria
fotos: tom papp
marcos rabioglio
Sobe a placa de cinco minutos e aumenta a concentração dos pilotos
é mauro neuenschwander, com 244
calor também foi a queixa de mesquita.
profissionais liberais. ninguém ali é
pontos. rodrigo mange tem 209. e
“consegui largar bem e assumi a
piloto profissional. são os gentleman
ricardo feltre, 200. neuenschwander
liderança na primeira curva”, conta.
drivers. o clima de competição fica
consolidou a liderança na quinta
“além da alta temperatura dentro do
restrito aos embates na pista. do lado
etapa, nos dias 21 e 22 de agosto, que
carro, teve o calor do elias júnior, que
de fora, reina o clima de amizade, ainda
ele considera ter sido “a corrida mais
pressionou o tempo todo. não pude
mais com a presença de familiares e
cansativa de 2015”. “largar debaixo
perder o foco nem por um segundo”,
amigos que lotam o paddock de onde
do sol do meio-dia foi duro”, disse o
disse o piloto e empresário.
se vê boa parte das disputas na pista
piloto que entrou num carro de corrida pela primeira vez “depois de velho”. o
vale dizer que na lancer cup os pilotos são empresários e
e onde acontece o almoço no intervalo entre as duas provas do dia. Quem setembro 2015
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uNIVERSO MItSubIShI
lancer cup
sempre aparece com a família é Paulo Pomelli, que venceu a terceira prova da quinta etapa. O empresário diminuiu a vantagem para Luiz Santiago, líder da categoria RS Master. Na temporada 2015, pela primeira vez o calendário da Lancer Cup ganhou duas provas fora do Velo Città. A primeira aconteceu no dia 20 de junho, em Goiânia, quando o Autódromo Internacional Ayrton Senna recebeu o Cup, do Evo Day e do Fun Day, o rali de regularidade Mitsubishi Motorsports também aconteceu na capital goiana. A quinta etapa, marcada para 3 de outubro, também será em Goiânia. Depois, restará a etapa final, no Velo Città, no dia 14 de novembro. E só então poderemos saber quem levou a melhor. 102
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FOtOS: RICARDO LEIzER
Mitsubishi Racing Day – além da Lancer
Bruno Mesquita (de amarelo) antes da largada da quarta etapa
universo mitsubishi
lancer cup
tom PAPP
depois da bandeirada, o pódio da categoria lancer rs
classificação geral n lancer rs 1) bruno mesquita - 192 2) elias Jr - 167 3) Luiz santiago - 151 4) sergio Alves - 137 5) renato Favatti - 130 n lancer r 1) mauro neuenschwander - 244 2) rodrigo mange - 209 3) ricardo Feltre 200 4) Alexandre navarro - 177 5) Pedro Costa - 166 n lancer rs Master 1) Luiz santiago - 202 2) renato Favatti 177 3) Paulo Pomelli - 174 n lancer cup r Master 1) bernardo Parnes - 255 2) ricardo bolão Feltre - 190 3) vital menezes - 179
riCArdo Leizer
próXiMas eTapas n 02 e 03 out – Goiânia (GO) n 13 e 14 nov – Velo Città (SP)
“para nós que temos outra profissão, estar aqui é um prazer imenso. um hobby.” bruno mesquita
104
Mit revista
seteMbro 2015
“larguei na pole e venci. Mesmo aos 50 anos, estou me sentindo um garotão de 20.” Paulo Pomelli
É só chegar e acelerar. A locação do Lancer r e do Lancer rs para participar da mitsubishi Lancer Cup utiliza o conceito sit&drive: questões logísticas, como mecânicos, manutenção e peças de reposição, ficam sob a responsabilidade da mitsubishi, por meio da ralliart, seu departamento de competições. basta o piloto colocar o capacete, ajustar o cinto de segurança, acelerar e se divertir. Para mais informações, entre em contato pelo e-mail lancercup@ mmcb.com.br ou pelo telefone (19) 3818-4319.
paTrocinadores: Armura, Artfix, btG Pactual, Lubrax, Pirelli, sky, unirios
universo mitsubishi Por renato góes
evo day / lancer day
Autódromo velo Città
@nacaomitsubishi
@mundomit
www.mitsubishimotors.com.br
riCArDo Leizer
lancer evo acelera no velo città. abaixo, o pessoal do lancer day
Para aficionados e novatos No grid do Lancer Evo Day há espaço para todos os fãs do carro
J
oão Lima teixeira tem cinco
é tetracampeão mundial de rali (1996,
ideia de fazer etapas fora do velo Città
Lancer evo. um v, um vi, um vii,
1997, 1998 e 1999). “também joguei
foi fantástica”, diz o piloto referindo-se à
um iX e um X. “estou atrás de
muito videogame acelerando o evo
etapa realizada no Autódromo interna-
um viii”, diz o empresário cario-
vi do tommi makinen”, conta teixeira.
cional Ayrton senna, em Goiânia, a pri-
ca. sua paixão pelo superesportivo da
na terceira etapa da temporada 2015
meira fora do autódromo da mitsubishi,
mitsubishi começou quando acompa-
do Lancer evo Day, em Goiânia, João
em mogi Guaçu.
nhava os voos do carro no World rally
trouxe três de seus xodós. “Participar
Championship (WrC) – o Lancer evo
do evo Day é a minha realização. e esta
não é preciso, no entanto, ser tão fã assim do carro para participar do evo Day, um dia no qual quem desfruta do privilégio de possuir um evo tem três baterias para acelerar à vontade na pista de um autódromo. o dentista rogério Watanabe está em seu primeiro evo e a etapa de Goiânia foi o primeiro track day de sua vida. “É uma delícia poder fazer aqui o que não se pode fazer na rua”, resumiu. Com um evo, ele conseguiu cravar 1min56seg na primeira das três baterias. na terceira, após pegar mais
tom PAPP
o jeito da brincadeira e aprender a usar
106
Mit revista
seteMbro 2015
as tecnologias do carro, como o câmbio na posição super sport, baixou o tempo em quase seis segundos. “o carro é um
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Alta Performance em Harmonia com o Meio Ambiente. As tintas Axalta têm tudo a ver com quem adora pôr o carro em uma aventura. São feitas para resistir às ações do clima e terreno e todas as situações que um rali pode oferecer. O time global de cientistas Axalta trabalha para desenvolver produtos inovadores, de alto desempenho e responsáveis pelo meio ambiente, porque também é nosso papel preservar os diferentes cenários que a natureza colore no Brasil e no mundo. Para certificar a qualidade, basta olhar um carro Mitsubishi. Todos os veículos feitos no Brasil são pintados com tintas Axalta.
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evo day / lancer day
RiCARDO LEizER
uNivERsO MiTsuBishi
espetáculo”, resume Rogério. Com uma competitividade saudável,
108
FOTOs: TOM PAPP
velocidade na pista, sorriso no rosto, champanhe no pódio
do filho, o estudante João Paulo, ele fez o curso e aprendeu “a frear, a usar o
os pilotos acompanham seus tempos a
ABs, a trocar a marcha na hora certa, a
cada volta em uma televisão nos boxes.
fazer a tangente...”
Com seu Evo X, Teixeira cravou 1min-
O Evo Day pode servir de trampo-
36seg. O recorde do dia foi do empre-
lim para a Lancer Cup. O empresário
sário Daniel Arantes, com 1min34seg,
paulistano Tomas Mendonça comprou
que ecoou os elogios ao carro. “Não é
um Lancer Evo X especialmente para
só potência. É estabilidade, é o acerto,
participar do evento. “Nunca dirigi um
é a dirigibilidade.” Para conhecer me-
carro tão bom de curva”, contou o novo
lhor o veículo, a Mitsubishi disponibiliza
piloto, que cravou 1min43seg no autó-
um curso de pilotagem na véspera do
dromo de Goiânia. “Ainda é um sonho,
Evo Day. “Foi excelente”, disse o corre-
mas em 2007 quero estar no grid de
tor Paulo Pinheiro, de Brasília. Ao lado
largada da Lancer Cup.”
Mit revista
seteMbro 2015
“o evo day mistura o prazer de acelerar com o encontro de amigos que gostam do carro.” sergio Laureano, publicitário, Sorocaba
“Foi minha primeira vez. estou encantado. a emoção de acelerar em uma pista é enorme.” Rogério Watanabe, dentista, Goiânia
PrÓXIMaS eTaPaS n 02 e 03 out Goiânia (GO) n 13 e 14 nov Velo Città (SP)
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Por renato góes
fun day
Autódromo velo Città
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riCArDo Leizer
universo mitsubishi
Mitsubishi asX puxa a fila no Velo Città
Diversão e adrenalina
Com os próprios carros, clientes Mitsubishi divertem-se em prova de regularidade
n
o início dos anos 2000,
nacional Ayrton senna. “esse evento
vez na vida andou em uma pista de
durante uma viagem, bruno
é uma grande sacada da mitsubishi”,
corrida. “Deu pra perceber como o Lan-
D’Abreu viu a foto do Lancer
disse bruno. “Quem compra um mitsu-
cer é um carro extremamente estável e
evo vi em uma revista.
bishi quer mais que um carro, quer esse
seguro nas curvas.”
virou para o pai e disse: “Ainda vou ter um desse”. Passado pouco mais de uma
110
estilo de vida.” no Fun Day, donos de Lancer, AsX
A bordo do outlander da família, o casal victor e Ana Luiza Fedato, admi-
década, o servidor público de brasília,
e outlander atuam em uma prova de
nistradores de empresa, sentia-se exta-
hoje com 28 anos, não apenas tem um
regularidade dentro de um autódromo.
siado “só de estar em um autódromo”.
Lancer (versão Gt) como é o presi-
os participantes precisam passar no
“e ainda pudemos usar o paddle shift”,
dente do fã-clube do carro. na etapa
tempo certo nos pontos de cronome-
disse referindo-se às alavancas atrás do
de Goiânia do mitsubishi Fun Day, ele
tragem espalhados pela pista. “Deu pra
volante que agilizam e facilitam a troca
trouxe 25 dos 50 sócios do clube para
chegar nos 140 km/h”, disse a advoga-
de marchas. “Foi muito divertido parti-
acelerar na pista do Autódromo inter-
da ereni ramos, 44, que pela primeira
cipar do Fun Day. Que venha o próximo.”
Mit revista
seteMbro 2015
Procure nas concessionรกrias Mitsubishi de todo o Brasil.
fun day
fotos: tom pApp
ricArDo leizer
universo mitsubishi
Cenas de um sábado chuvoso e feliz no Velo Città
“Quem compra um Mitsubishi quer mais que um carro, quer um estilo de vida.” bruno D’Abreu, servidor, Brasília
“a Mitsubishi é uma marca de personalidade e mostra isso em eventos como o fun day.” rodolpho santos, publicitário, Goiânia
PRÓXIMaS ETaPaS n 02 e 03 out Goiânia (GO) n 13 e 14 nov Velo Città (SP)
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Mit revista
seteMbro 2015
universo mitsubishi por juliana amato
motorsports
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Competição com diversão Enquanto líderes pensam no título, a maioria dos competidores curte a natureza no rali de regularidade da Mitsubishi
pajero Full em ação na etapa de Goiânia
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ricardo leizer setembro 2015
mit revista
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universo mitsubishi
motorsports sudeste
cadu rolim
ricardo leizer
motorsports: programa para fazer em família ou entre amigos
Q
uando eles sobem no pódio, tem sempre a famosa cambalhota. de mãos dadas, otavio e allan
enz,
pai e filho, deitam e rolam
no palco da premiação. este ano, eles estão abusando: ficaram entre os cinco primeiros nas sete etapas realizadas até o fechamento desta edição, sendo quatro vezes no lugar mais alto. o paranaenses de apucarana, que caminham firme para o bicampeonato da categoria Graduados – sim, eles venceram o mitsubishi motorsports
david santos Jr.
desempenho rendeu 181 pontos aos
no ano passado. na vice-liderança da temporada vêm os mato-grossenses
descarte dos piores resultados de cada
(sc), vão precisar de talento para
olair Fagundes e Waldemberg barros,
piloto ao longo da temporada. portanto,
segurar a vantagem aberta para os
com 136 pontos. a distância é grande,
muita poeira vai subir até a eventual
segundos colocados, os paulistas José
mas Fagundes e barros venceram a
cambalhota final.
carlos e claudia eymael. após as sete
etapa de vitória (es) e reduziram a
118
o mesmo vale para a categoria
primeiras etapas da temporada, os
vantagem dos rivais. e ainda deve-se
turismo, na qual carlos bauer e
catarinenses têm 167 pontos, contra
considerar que o regulamento prevê o
alexandre silva, de são bento do sul
135 do casal eymael.
Mit revista
seteMbro 2015
motorsports
riCArDo Leizer
universo mitsubishi
pajero tr4 cruza plantaçao na etapa de Curitiba
disse André, que comprou um Pajero tr4
já que a Lancer Cup, o evo Day e o
mais um ingrediente do mitsubishi
pensando justamente em participar do
Fun Day, que costumam acontecer
motorsports. o que vale mesmo é a
motorsports. os vencedores na categoria
no autódromo velo Città, foram
diversão. É em busca de momentos
foram Leonardo menarim e Adriana
realizados no autódromo internacional
marcantes ao lado de familiares e amigos
micheli, de Castro (Pr). “É indescritível
da cidade, unindo amantes do 4x4 e
A briga pelo titulo, no entanto, é só
que a nação 4x4 se reúne ao longo do ano em etapas realizadas em cidades do sul, do sudeste e do nordeste do brasil. em são José do rio Preto (sP), onde aconteceu a terceira etapa do ano, a dupla de advogados André salim e
a emoção de ter sido o melhor na
da velocidade no asfalto. e lá estava
renato hilkner fez a festa. Ficaram na 31ª
categoria”, comemorou menarim.
de novo Leonardo menarim. Desta vez,
colocação da categoria turismo Light, na túnel de árvores qual competem os menos experientes. nos arredores da “o gostoso é sentir o friozinho na barriga”, histórica tiradentes
120
A duas etapas do fim da temporada do MotorSports Sudeste, Otavio e Alan Enz, na Graduados, e Carlos Bauer e Alexandre Silva, na Turismo, são os líderes
Mit revista
seteMbro 2015
A quarta etapa do ano aconteceu
ao lado da mulher, Adriana micheli, e
em Goiânia (Go). o clima de festa foi
no comando de um mitsubishi AsX,
ainda mais intenso do que o normal,
chegou em terceiro lugar. o frio
universo mitsubishi
motorsports
tom PAPP
Fotos: riCArdo Leizer
mArCio mAChAdo
Depois das lindas paisagens, os mais regulares vão ao pódio
embalou a quinta etapa, em Curitiba
também participa do motorsports,
turismo Light e conhecer a cidade e
(Pr). Patrícia bertozzi e Ana Cláudia
mas na categoria Graduados.
seus arredores. “A paisagem da região
baldin, de são Paulo, mal dormiram
122
entre os competidores da sexta
é muito bonita”, avaliou marcos. As
no dia anterior à prova. “A adrenalina
etapa, em Penedo (rJ), estavam
estradas de terra e as florestas de
sobe, o coração bate forte”, contou
os amigos marcos theodoro e Luiz
eucaliptos chamaram a atenção da
Patrícia, engenheira civil. “nós sempre
Fonseca. theodoro conhece bem o rali
dupla, enquanto o navegador narrava
gostamos do espírito 4x4, e conhecer
da mitsubishi, mas Luiz era estreante.
os pontos de referência da planilha.
lugares novos é uma grande alegria”,
A dupla levou a família a bordo do
“É muita legal essa mistura de viagem
disse Ana Cláudia, cujo marido
Pajero tr4 para participar da categoria
com adrenalina”, disse Luiz.
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seteMbro 2015
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universo mitsubishi
motorsports
CLAssIFICAÇÃo sÃo JosÉ Do rIo prEto (sp) n Graduados 1) Paulo roberto Goes / Jhonatan Ardigo - Joinville (SC) 2) renato martins / enedir Junior - Belo Horizonte (MG) 3) José marques de souza Junior / Claudio roberto Flores - Belo Horizonte (MG) 4) olair Fagundes / Waldemberg barros - Cuaibá (MT) 5) otavio enz marreco / Allan enz - Apucarana (PR) n turismo 1) Glauber Fontoura / eduardo Pereira e Costa - Santana de Parnaíba (SP) 2) valdir de Lacerda / elisa de Lacerda - Pouso Alegre (MG) 3) marcio Pereira / Patrese Pereira da bella - Rio Bonito (RJ) 4) José Carlos selbach eymael / Claudia renate bernt eymael - Santana de Parnaíba (SP) 5) Gustavo Pereira de Amorim / Debora rondello bonatti - Santo André (SP) n turismo Light 1) Leonardo menarim / Adriana micheli - Castro (PR) 2) reginaldo rocha Lemos Junior / evaldo indig Alves - São Paulo (SP) 3) Wilson rodrigues Pinto / Carina tricarico Camargo - São Paulo (SP) 4) elisabete tavares / Paulo tavares - São Paulo (SP) 5) Glaucio Peron / marcelo Dirceu magalhães Poços de Caldas (MG)
CLAssIFICAÇÃo CUrItIBA (pr) n Graduados 1) otavio enz marreco / Allan enz - Apucarana (PR) 2) Paulo roberto Goes / Jhonatan Ardigo - Joinville (SC) 3) ernesto Kabashima /Luiz Durval Paiva - São Paulo (SP) 4) Fábio vernizi / Alexandre martinez - São Paulo (SP) 5) ricardo barra / vanderlei hirt - Niterói (RJ) n turismo 1) José Carlos selbach eymael / Claudia bernt eymael - Santana de Parnaíba (SP) 2) igor Carvalho / Fabrício Povh - Castro (PR) 3) Glauber Fontoura / eduardo Pereira e Costa - Santana do Parnaíba (SP) 4) sidnei rank / Leandro Jose machado - São Bento do Sul (SC) 5) ricardo André nossol / Francisco Ferreira - Rio Negrinho (SC) n turismo Light 1) Paulo renato martins / regiane salgado Pagnard - São Paulo (SP) 2) Luana buscaroli / Daniela buscaroli - São Paulo (SP) 3) Jonas Andre bankersen / isais salamaia - Irati (PR) 4) reginaldo rocha Lemos Junior / evaldo indig Alves - São Paulo (SP) 5) Felipe Portella / raphaela Fonseca - Rio de Janeiro (RJ) CLAssIFICAÇÃo pENEDo (rJ) n Graduados 1) otavio enz marreco / Allan enz - Apucarana (PR) 2) bruno eymael / victor eymael - Santana do Parnaíba (SP) 3) ricardo
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Mit revista
seteMbro 2015
CADu roLim
CLAssIFICAÇÃo GoIÂNIA (Go) n Graduados 1) otavio enz marreco / Allan enz - Apucarana (PR) 2) olair Fagundes / Waldemberg barros - Cuaibá (MT) 3) Fábio vernizi / Alexandre martinez - São Paulo (SP) 4) renato martins / enedir Junior - Belo Horizonte (MG) 5) Fábio Carvalho / edson João da Costa - Belo Horizonte (MG) n turismo 1) Carlos Frederico bauer / Alexandro silvo - São Bento do Sul (SC) 2) eduardo Alexandre Kruger / Fabiane tironi - Jaraguá do Sul (SC) 3) David taufik rahd / Leonardo hideo hirata - São José do Rio Preto (SP) 4) José Carlos selbach eymael / Claudia renate bernt eymael - Santana de Parnaíba (SP) 5) Paula breves / vilma rafael - Rio de Janeiro (RJ) n turismo Light 1) Wilson rodrigues Pinto / Carina tricarico - São Paulo (SP) 2) Leticia borges / mirella Pellicano - Goiânia (GO) 3) Leonardo menarim / Adriana micheli Castro (PR) 4) Luiz signates / nayane signates - Goiânia (SP) 5) Fernando barbosa / heloisa Gandolfi - Matão (SP)
Banho de champanhe no pódio da etapa de Curitiba
“Na hora da largada, a adrenalina sobe, o coração bate forte. sempre gostamos do espírito 4x4.” Patrícia bertozzi, piloto, categoria Turismo Light
barra / vanderlei hirt - Niterói (RJ) 4) José marques souza Júnior / Claudio Flores - Belo Horizonte (MG) 5) José eduardo Guerra / marcia Guerra - Uberlândia (MG) n turismo 1) Carlos Frederico bauer / Alexandro silva - São Bento do Sul (SC) 2) Flavio ozon boghossian/ miguel sono - Rio de Janeiro (RJ) 3) Guilherme barbosa / Lisiane homem - São José dos Campos (SP) 4) marcio Pereira / Patrese bella - Rio Bonito (RJ) 5) Pedro Junio de oliveira / Alessandro bonsucesso da silva - Belo Horizonte (MG) n turismo Light 1) Leonardo Lanziotti / Priscila nogueira maciel - Belo Horizonte (MG) 2) Leonardo menarim / Adriana micheli - Castro (PR) 3) otabio nakamura / vinicius Zarantonello machado - Rio de Janeiro (RJ) 4) Paulo renato martins / regiane salgado Pagnard - São Paulo (SP) 5) Claudio Lemos / Any Karoline Lopes Lemos - Rio de Janeiro (RJ) CLAssIFICAÇÃo VItÓrIA (Es) n Graduados 1) olair Fagundes / Waldemberg barros - Cuiabá (MT) 2) Fabio vernizi / Alexandre martinez - São Paulo (SP) 3) Paulo roberto Goes / Jhonatan Ardigo - Joinville (SC) 4) otavio enz marreco / Allan enz - Apucarana (PR) 5) ricardo barra / vanderlei hirt - Niterói (RJ) n turismo 1) Paula breves / vilma rafael - Rio de Janeiro (RJ) 2) sandra Dias / minae miyauti Santana de Parnaíba (SP) 3) marcio Pereira / Pa-
“É muita legal essa mistura de viagem com adrenalina que o motorsports proporciona.” Luiz Fonseca, navegador, categoria Turismo Light
trese bella - Rio Bonito (RJ) 4) Glauber Fontoura / eduardo Pereira e Costa - Santana de Parnaíba (SP) 5) origenis eduardo Lara vilefort / marcelo borsatto - Nova Lima (MG) n turismo Light 1) Leandro de mendonça thurler / rodrigo Justen vieira - Rio das Ostras (RJ) 2) Luana buscaroli / Daniela buscaroli - São Paulo (SP) 3) Felipe Portella / raphaela Fonseca - Rio de Janeiro (RJ) 4) reginaldo rocha Lemos Junior / evaldo indig Alves - São Paulo (SP) 5) Paulo renato martins / regiane salgado Pagnard - São Paulo (SP) prÓxImAs EtApAs sUDEstE n 07 nov Joinville (SC) n 28 nov Ribeirão Preto (SP) prÓxImAs EtApAs NorDEstE n 26 set Natal (RN) n 24 out Fortaleza (CE)
pAtroCINADorEs: Petrobras, itaú, Dalgas, W.truffi, transzero, Pirelli, Clarion, unirios, embracon, stP, tecfil, mapfre, Pilkington, Flamma, rede, sky, sideral, etihad Airways e Artfix.
universo mitsubishi por juliana amato
outdoor
mitsubishi outdoor
@mitoutdoor
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Adrenalina lá em cima Curitiba (PR), Penedo (RJ) e Vitória (ES) foram os cenários para as aventuras da Nação 4x4
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Mit revista
seteMbro 2015
tom papp
Toque para ver o vĂdeo
Karina oliani faz rapel na etapa de Penedo (rj)
setembro 2015
mit revista
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outdoor
tom papp
universo mitsubishi
p
aintball, trilhas de bike, tra-
gaúcho Fabio bauer, da equipe promed.
dos trechos com muitos obstáculos,
vessia de rio em bote a remo,
a bordo de uma L200 triton savana e
nossa L200 triton aguentou firme”,
passagem por cachoeira,
de uma L200 triton GLX, eles conquis-
disse a piloto nathalie Fonseca. na ca-
teleférico, visita a prédios
taram a quarta colocação na categoria
tegoria Fun, com 2.813 pontos, a equipe
históricos, trekking. o cardápio de
extreme, na qual competem os mais
mit ira da Lama conquistou o primeiro
tarefas do mitsubishi outdoor foi vasto
experientes. em uma das tarefas foi
lugar, a bordo de duas L200 triton.
e divertido nas etapas de Curitiba (pr),
preciso localizar e identificar pelo me-
“vencer é muito bom, mas o que vale
penedo (rJ) e vitória (es). no rali de
nos dez das 20 igrejas espalhadas pelo
é a diversão e conhecer lugares lindos
estratégia da marca dos três diamantes,
mapa. o maior desafio foi um trial de
como aqueles pelos quais passamos
as equipes são formadas por até dez pessoas, divididas em dois carros. munidas de mapa, lista de tarefas esportivas e culturais, bússola e Gps, elas precisam
Entre os desafios do Outdoor, destaque para uma batalha de paintball, trilhas de bike, travessias de bote e a identificação de igrejas antigas
pensar na melhor estratégia para realizar o maior número de tarefas e somar
mountain bike, no qual era proibido en-
hoje”, contou o capixaba Luciano Faria,
mais pontos. É uma mistura perfeita en-
costar os pés no chão. “acho divertido
piloto da equipe.
tre esportes ao ar livre e pilotagem 4x4.
ter que pensar a todo momento em um
em vitória, a prova começou na praça do papa. De lá, os competidores passaram pela enseada do suá
128
em Curitiba, palco da segunda etapa
plano b e refazer a estratégia no meio
da temporada, o destaque foi uma bata-
da prova”, afirmou bauer.
lha de paintball. mas a travessia de uma
a vitória na categoria extreme ficou
represa em um bote a remo também
e seguiram para Domingos martins.
com a equipe Juntos por acaso, que so-
animou a nação 4x4. “o mitsubishi
“acertamos na estratégia e consegui-
mou 3.479 pontos, apenas seis a mais
outdoor é uma ótima oportunidade
mos rodar boa parte do mapa”, disse o
do que a equipe to na rossa. “apesar
para fazer uma atividade diferente em
Mit revista
seteMbro 2015
Fotos: CaDu roLim aDriano Carrapato
tom papp tom papp
tom papp
Cenas de um rali que mistura pilotagem 4x4, estratĂŠgia e esporte ao ar livre
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mit revista
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universo mitsubishi
outdoor
tom papp
Fotos: CaDu roLim
antes, durante e depois, garantia de sorriso no rosto
aDriano Carrapato
“usamos estratégia, organização e trabalho em grupo para conseguir conquistar esse boné vermelho.” Luciano Faria, piloto da equipe Mit Ira da Lama
família”, afirmou nelson tutsuni, que
melhor foto das primeiras três etapas:
estreou no rali com sua L200 triton. na
uma prancha do [surfista campeão mun-
categoria Fun, a equipe vikings conquis-
dial de ondas gigantes] Carlos burle.”
tou o primeiro lugar. “Foi preciso traba-
do foi a presença da atleta Karina olia-
casa com a vitória”, comemorou edson
ni, patrocinada pela mitsubishi e a mais
Ferreira, estrategista da equipe. na
jovem brasileira a chegar ao topo do
categoria extreme, a equipe papaléguas
monte everest. ela participou da etapa
(4.087 pontos) venceu.
de penedo com um asX. “eu me diverti
a terceira etapa do ano aconteceu
130
outra atração do outdoor em pene-
lhar muito na estratégia para voltar para
muito. Quero participar das próximas
em penedo (rJ). as equipes tiveram
etapas”, afirmou Karina. na categoria
como parque de diversões a serra da
Fun, a equipe Coragem, com um pajero
bocaina – os participantes chegaram
Full e uma L200 triton, venceu. “É até
a quase 1900 metros de altitude. “a
difícil pensar em algo que gostamos
integração com a natureza foi incrível”,
mais do que estar aqui”, comentou Ga-
contou vinicius poit, da equipe Flexsoft.
briela romero. na categoria extreme, a
além de um trecho de bike, os competi-
vitória ficou com a absolut Lama, com
dores da categoria extreme precisaram
3.271 pontos. “o melhor foi a diversão
superar uma difícil trilha 4x4. “apesar
em família”, comemorou marcos rogé-
do sexto lugar, ganhamos o prêmio pela
rio santos.
Mit revista
seteMbro 2015
“o outdoor é dinâmico, divertido. tem trabalho em equipe, desafios, esporte e exigência de preparo físico.” vinicius poit, equipe Flexsoft
ClaSSiFiCaÇÃo CuritiBa (Pr) n Fun 1) vikings 2) spin off road 3) mit mendes n Extreme 1) papaléguas 2) Flexsoft 3) to na rossa ClaSSiFiCaÇÃo PEnEdo (rj) n Fun 1) Coragem 2) spin off road 3) iso paulista n Extreme 1) absolut Lama 2) primos 4x4 3) promed ClaSSiFiCaÇÃo VitÓria (ES) n Fun 1) mit ira da Lama 2) to de boa 3) Cemac n Extreme 1) Juntos por acaso 2) to na rossa 3) absolut Lama PrÓXimaS EtaPaS n 07 nov Joinville (SC) n 28 nov Ribeirão Preto (SP)
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No meio do caminho Ainda restam quatro etapas, mas os favoritos da Mitsubishi Cup começam a aparecer
o Mitsubishi asX R acelera nas trilhas de Jaguariúna (sp)
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marcio machado setembro 2015
mit revista
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universo mitsubishi
Cup Toque para ver o vídeo
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na categoria L200 triton Rs, o equilíbrio reinou
m
ais uma etapa da mitsubishi cup, a terceira da temporada 2015. o destino dos gentleman
drivers dessa vez se deu na paulista Jaguariúna, cidade acostumada com a competição off-road mais disputada do país. Foram duas provas de 51 quilômetros em meio a trechos sinuosos de chão batido, cascalho e areia. a cana alta limitou a visão em diversas partes marcio machado
da pista, o que tornou a disputa mais emocionante. um teste de verdade para a sintonia entre piloto e navegador. era dia 27 de junho e o frio da manhã de sábado apontava para a chegada do inverno. mas ao longo do dia as nuvens
pelo piloto campeão de 2013, marcelo
segunda e na terceira colocação e soma-
sumiram, o ar ficou seco, o sol apareceu
mendes, e pelo navegador breno re-
ram os mesmos 81 pontos. no critério
– e a poeira tomou conta do circuito. na
zende. Levou 40 minutos e 31 segundos
de desempate, melhor para Fernando e
categoria top da mitsubishi cup, a triton
para eles finalizarem o percurso.
beco, que fizeram a volta mais veloz (40
rs, aconteceram as maiores surpre-
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apesar do feito, a disputa pelo primei-
minutos e 35 segundos) e assumiram
sas. na primeira prova, quem saiu na
ro posto ficou para as duas duplas mais
a liderança do campeonato. “a disputa
frente foi a dupla Felipe ewerton-Kaique
regulares da etapa: Fernando ewerton-
está em nível elevadíssimo”, afirmou
bentivoglio. os dois, no entanto, não
-beco andreotti e marcos baumgart-
ewerton, jovem piloto que conta com a
completaram a segunda prova, vencida
-Kleber cincea, que se alternaram na
experiência de andreotti.
Mit revista
seteMbro 2015
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Fotos: mArCio mAChADo
tom PAPP
Cup
CADu roLim
universo mitsubishi
uma mistura de adrenalina, lindas paisagens e a presença de familiares fez o clima da etapa de Jaguariúna
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outra disputa acirrada aconteceu
vitória é o resultado de muita dedicação.”
na Pajero tr4 er, com a vitória de vítor
Categoria estreante em 2015, a AsX
está muito alto e, com o formato de duas provas mais longas, é preciso ir forte,
muench e Jorge Peters. na primeira
também vive dias agitados. A cada etapa
mas ao mesmo tempo com cuidado.
prova, eles venceram a dupla Alessandro
é comum haver um rodízio de duplas
nossa estratégia foi maneirar o ritmo
tozoni e Fabio Peralli. na segunda, as
nos lugares mais altos do pódio. Quem
para diminuir as chances de erro”, contou
posições se inverteram. o critério de
se deu bem dessa vez foram o piloto
eckel. “o AsX tem um centro de gravida-
desempate novamente foi a volta mais
marcelo tomasoni e o navegador Luis
de baixo, que o torna agressivo na pista”,
rápida: melhor para vítor e Jorge, com 35
Felipe eckel, numa disputa acirrada com
disse tomasoni.
segundos de vantagem. “A gente treina
as duplas Fabrício bianchini-Caio santos
toda semana”, explicou o piloto. “essa
e hugo rodrigues-Deco muniz. “o nível
Mit revista
seteMbro 2015
na categoria triton er, Albano santos e João Gilberto Ferreira foram os vence-
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Cup
Fotos: tom PAPP
universo mitsubishi
dores. nada mau para uma dupla de estreantes na categoria. “estamos passando muito bem por esse período de adaptação”, disse Albano. na Pajero tr4 er master, rodrigo meinberg e João Luis stal colocaram mais um troféu de primeiro lugar na coleção. ninguém, no entanto, tem motivo para comemorar muito: três etapas foram realizadas, ainda restam quatro para saber quem vai rir por último.
CADu roLim
“A Cup não para de evoluir. Cada etapa é certeza de muita emoção.” marcelo medeiros, categoria Triton RS “O nível dos pilotos ficou muito alto. A Cup está entre os melhores ralis do Brasil.” Fernando ewerton, piloto da categoria Triton RS
tom PAPP
pilotos e navegadores comemoram no pódio
CLASSIFICAÇÃO JAGuARIÚNA (Sp) n L200 Triton RS 1) Fernando ewerton/ beco Andreotti 2) marcos baumgart stroczynski/Kleber Cincea 3) marcelo emerick mendes/breno de Almeida rezende n L200 Triton ER 1) Albano dos santos Parente Jr/ João Gilberto Ferreira 2) thiago Wilson rizzo da silva/Daniel Cury spolidorio 3) marco tulio Lana/Leonardo magalhães n ASX R 1) marcelo tomasoni/Luis Felipe eckel 2) hugo rodrigues/Deco muniz 3) Fabricio bianchini/ Caio santos n pajero TR4 ER Master 1) rodrigo meinberg/João Luis stal 2) Frederico macedo/nickolas macedo 3) Andre miranda/ Alison Pedroso n pajero TR4 ER 1) vitor José muench/Jorge Adriano Peters 2) Alessandro Cesar tozoni/Fabio Peralli 3) Luiz Claudio Parente/Glauco Alencastro pRóXIMAS ETApAS n 19 set Votuporanga (SP) n 17 out Jaguariúna n 14 nov Mogi Guaçu (SP)
CADu roLim
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DivuLgaçãO
mit parceria
ré em paz câmera Dalgas, desenvolvida para a L200 triton, garante manobras seguras na hora de estacionar
a
ideia da câmera de ré High
interfere na originalidade, além de
aparecem na tela e são ajustadas para
End da Dalgas é evitar
oferecer um maior campo de visão
o veículo.
acidentes e minimizar os
horizontal. as lentes de altíssima
danos ao para-choque da
qualidade proporcionam visão linear
tranquilidade proporcionada, a nova
L200 triton. ela foi desenvolvida para
e mostram o para-choque, referência
câmera de ré pode ser pintada na cor
a cabine dupla da mitsubishi. tem
fundamental na hora das manobras
da moldura da maçaneta, oferecendo
excelente resolução e alta qualidade
em marcha a ré. a tranquilidade fica
um acabamento discreto e sofisticado.
de imagem. por ser fixada na moldura
ainda maior devido às parking lines
O produto já pode ser encontrado nas
da maçaneta da tampa traseira, não
(linhas de estacionamento) que
concessionárias mitsubishi do Brasil.
além da segurança e da
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retrovisor
um olhar para o passado
Creative CommoNs
por rodrigo ribeiro
mitsuBishi paJero NiKoN
1985
há quem o conheça por pajero Nikon por conta do nome da marca de equipamentos fotográficos (pertencente ao grupo mitsubishi) escrito na lateral da carroceria. mas pode chamá-lo simplesmente de pajero. o modelo, pintado nas cores vermelha e preta da ralliart, a divisão de competição da mitsubishi motors, marcou o início de uma trajetória até hoje imbatível. equipado com motor v6 3.0 de 220 cavalos, ele conquistou em 1985 a primeira vitória da família pajero no rally dakar, o mais desafiador do mundo. a bordo estava a dupla formada pelos franceses patrick Zaniroli e Jean da silva. os britânicos andrew Cowan e Jarron syer, também com um pajero Nikon, chegaram na segunda colocação. depois desse triunfo, o pajero ainda foi campeão de outros 11 rally dakar – todos quando a prova ainda era disputada nas areias do deserto do saara. até hoje, nenhuma outra marca de automóveis igualou o feito.
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