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leia tambĂŠm a mit no tablet
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george clooney Um homem feliz 12/5/16 4:30 PM
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Editorial por fernando paiva, diretor editorial
Um homem feliz
A
jornalista Ana Maria Bahiana e George Clooney têm uma longa história juntos. Há 20 anos ela o entrevistou pela primeira vez, quando o ator brilhava na série televisiva ER. “Ele era o pediatra
mais sexy que a TV já havia visto”, brinca Ana, rememorando o primeiro dos diversos encontros que se repetiriam nas décadas seguintes. Em novembro agora, pouco depois das eleições americanas, Clooney, um ativista pelos direitos humanos
marcelo spatafora
ligado ao Partido Democrata, recebeu Ana novamente. E,
Nova L200 Triton Sport
ao final de mais uma conversa descontraída, descobriu-se que George Clooney é um homem feliz. Extremamente feliz. Casado com a advogada Amal Alamuddin, o ex-solteirão, detentor de dois Oscars e três Globos de Ouro, se revelou maduro, centrado, sereno. E mais: cada vez mais apaixonado por cinema, política e gastronomia. Paixão, aliás, foi o ingrediente que nos levou a juntar, no mesmo dia, o campeão de Stock Car Ingo Hoffmann e o agrônomo gaúcho Rogério Braga, fundador do Triton 4x4 Club, hoje com quase 75 mil seguidores cada, no Instagram e no Facebook. O objeto do desejo era a nova L200 Triton Sport. Na terra e no asfalto, Ingo e Rogério levaram ao limite os 190 cavalos e o fabuloso torque de 43,9 kgf.m da picape, como bem diz o título da reportagem “Duplo desafio”. Não deixe de ler. E, já que estamos entrando no verão e nas férias, aproveite para relaxar – 2016, afinal, não foi fácil para ninguém. Aprecie as incríveis fotos que o mergulhador Michael Muller fez sobre os tubarões, hoje ameaçados de extinção; saiba tudo sobre a história e os mais avançados acessórios para a prática do SUP – stand up paddle –, esporte aquático perfeito para a estação do calor; conheça os personagens e as atrações de um delicioso passeio pela cuesta de Botucatu, no interior paulista; e aproveite para brindar a passagem de ano com os champanhes rosés. Boas Festas!
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sumário n dezembro 2016 n edição 62
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Mundo 4x4
marcelo spatafora
40
mundo sem fronteiras
michael muller
divulgação
mundo URBANo
78
28 O dono da noite
20 SUPimpa!
26 Uma câmera na cabeça
Engenheiro e doutor em política,
O stand up paddle é divertido, fácil
A GoPro, criada nos EUA por
Facundo Guerra comanda as casas
para iniciantes e pode ser praticado
um surfista, transformou todo
noturnas mais badaladas de São Paulo
em qualquer idade
mundo em diretor de filmes de ação
40 Feliz da vida
62 Paparazzo subaquático 78 Montanha mágica
Aos 55 anos, George Clooney
Célebre fotógrafo de celebridades,
Vales cortados por estradas cênicas,
não tem do que reclamar. Curte
Michael Muller foi ao fundo do mar em
riachos e cachoeiras fazem da cuesta
intensamente a maturidade
busca de uma velha paixão: os tubarões
de Botucatu um paraíso da aventura
50 Em pleno verão
70 A invasão dos drones
86 Duplo desafio
O melhor do Rio de Janeiro, indicado
Eles estão por toda parte, seja
Ingo Hoffmann, rei da Stock Car, e
por quem mora e realmente conhece
no campo ou nas cidades, e, não
Rogério Braga, fã do universo off-road,
a Cidade Maravilhosa
tenha dúvida, vieram para ficar
testam a nova L200 Triton Sport
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Publicação da Custom Editora Ltda. Sob licença da HPE Automotores do Brasil S.A. CONSELHO EDITORIAL André Cheron, Fernando Julianelli, Fernando Paiva e Fernando Solano REDAÇÃO Diretor Editorial Fernando Paiva fernandopaiva@customeditora.com.br Diretor Editorial Adjunto Mario Ciccone mario@customeditora.com.br Redator-chefe Walterson Sardenberg Sº berg@customeditora.com.br Repórter Juliana Amato julianaamato@customeditora.com.br ARTE Diretor Ken Tanaka kentanaka@customeditora.com.br Editor Guilherme Freitas guilhermefreitas@customeditora.com.br Prepress Daniel Vasques danielvasques@customeditora.com.br Projeto Gráfico Ken Tanaka PRODUÇÃO EXECUTIVA E PESQUISA DE IMAGENS Raphael Alves raphaelalves@customeditora.com.br COLABORARAM NESTE NÚMERO Texto Alessandra Lariu, Ana Maria Bahiana, Cadão Volpato, Dalila Magarian, Décio Costa, Gilberto Ungaretti, Jeni Andrade, Julio Cruz Neto, Luiz Maciel, Marcello Borges, Sergio Crusco, Xavier Bartaburu Fotografia Guilber Hidaka, Guilherme Gomes e Marcelo Spatafora Mapa e Ilustração Nik Neves e Pedro Hamdan Tratamento de imagens Felipe Batistela Revisão Goretti Tenorio Capa Retrato por Fabrice Dall’Anese
PUBLICIDADE E COMERCIAL Diretor Executivo André Cheron andrecheron@customeditora.com.br Diretor Comercial Oswaldo Otero Lara Filho (Buga) oswaldolara@customeditora.com.br Gerente de Publicidade e Novos Negócios Alessandra Calissi alessandra@customeditora.com.br Executivo de Negócios Northon Blair northonblair@customeditora.com.br Executiva de Negócios Bruna do Vale brunadovale@customeditora.com.br REPRESENTANTES BBI Publicidade Interior de São Paulo Tel.: (11) 95302-5833 Tel.: (16) 98110-1320 / (16) 3329-9474 comercial@bbipublicidade.com.br GRP - Grupo de Representação Publicitária PR – Tel.: (41) 3023-8238 SC/RS – Tel.: (41) 3026-7451 adalberto@grpmidia.com.br CIN - Centro de Ideias e Negócios DF/RJ – Tels.: (61) 3034-3704 / (61) 3034-3038 paulo.cin@centrodeideiasenegocios.com.br DEPARTAMENTO FINANCEIRO-ADMINISTRATIVO Analista Financeira Carina Rodarte carina@customeditora.com.br Assistente Alessandro Ceron alessandroceron@customeditora.com.br Impressão e acabamento Log&Print Gráfica e Logística S.A. Tiragem 60.000 exemplares Custom Editora Ltda. Av. Nove de Julho, 5.593 - 90 andar - Jd. Paulista São Paulo (SP) - CEP 01407-200 Tel.: (11) 3708-9702 E-mail: mit.revista@customeditora.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR atendimentoaoleitor@customeditora.com.br ou tel. (11) 3708-9702 MUDANÇA DE ENDEREÇO DO LEITOR Em caso de mudança de endereço, para receber sua MIT Revista regularmente, mande um e-mail com nome, novo endereço, CPF e número do chassi do veículo
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colaboradores
Apesar do nome, Ana Maria Bahiana
Ele é fotógrafo de publicidade,
é carioquíssima, embora more há
Nascido em São Paulo e criado em
still, viagens, gente, gastronomia e
Porto Alegre, ele se tornou um dos
automóveis. Mais fácil seria dizer o que
mais internacionais e requisitados
Marcelo Spatafora, o Spata, como
ilustradores brasileiros, graças a um
jornalismo cultural que se tornou uma
é chamado pelos amigos, não faz. Ele
trabalho delicado e fortemente pessoal
das duas brasileiras (a outra é Paoula
trabalhou em um dos maiores estúdios
– como dá para conferir no mapa que
Abou-Jaoude) admitidas na Associação
de Milão e foi editor de fotografia da
fez para a reportagem sobre a cuesta
de Correspondentes Estrangeiros de
Quatro Rodas. Ativo colaborador de MIT
de Botucatu. Formado em publicidade,
Hollywood — e, como tal, donas de
Revista, clicou duas reportagens para
Nik Neves estudou ilustração na
direito de voto no Globo de Ouro. Para
este número: as belezas da região de
Universidade Autônoma de Barcelona
esta edição, conversou com George
cuesta de Botucatu e a força da nova
e tipografia e quadrinhos na School of
Clooney, a quem conhece há 20 anos.
L200 Triton Sport da Mitsubishi.
Visual Arts, de Nova York. É um craque.
ricardo rollo
mais de três décadas em Los Angeles. Ali, tem tamanho status na área de
Ao encomendar a Cadão Volpato
Depois de rodar o mundo inteiro
Ele adora cair na estrada em busca
um texto sobre o múltiplo rei da noite
como editor de revistas de viagem, Luiz
de histórias. Julio Cruz Neto cruzou
Facundo Guerra, não poderíamos ter
Maciel montou seu home office na
o Brasil na cola do Rally dos Sertões,
escolhido melhor. Assim como o seu
serra da Cantareira, onde se aventura
atravessou o Atlântico num veleiro para
entrevistado, o jornalista paulistano,
em trilhas off-road. Nada que se
refazer a rota do Descobrimento e foi à
formado em ciências sociais pela USP,
compare, porém, ao roteiro que fez a
África cobrir o Rally Dakar, experiência
é de rara versatilidade. Atua ou já atuou
bordo de um Pajero às nascentes do rio
que relata no livro O Caranguejo do
como compositor, cantor, guitarrista,
Paranapanema – jornada completada a
Saara. Para esta edição, ficou ao lado de
escritor, ilustrador e apresentador de
pé, na mata. Para este número da MIT
Ingo Hoffmann enquanto o piloto pisava
televisão. Entre seus livros de ficção,
Revista, Maciel escreveu sobre drones.
fundo na nova L200 Triton Sport. “Suei
destaca-se Relógio Sem Sol.
“Ainda vou ter o meu”, diz.
frio”, confessa. dezembro 2016
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mundo URBANo o melhor da vida nas cidades
A ambientação ficou por conta de Philippe Starck divulgação
Uma cidade dentro de São Paulo O novo empreendimento, ao lado da Paulista, terá hotel e mais de 30 restaurantes Por Jeni Andrade
E
ra estranho ver aquela imensa área abandonada, a apenas um quarteirão da avenida Paulista, em São Paulo. Lá estava o complexo hospitalar Matarazzo, desde 1993 praticamente entregue às traças. Agora, a promessa do grupo francês Allard é transformar os cobiçados 27 mil metros quadrados em uma das mais audaciosas expressões da arquitetura urbana mundial. A Cidade Matarazzo, nome dado ao empreendimento, já está em curso. Ficará pronta no final de 2018. É a maior obra privada de revitalização de patrimônio histórico em execução na cidade. Está a cargo do mesmo grupo que fez reviver o hotel Le Royal Monceau, em Paris. Sem pedir pardon aos que gostariam de ver os antigos prédios do complexo hospitalar transformados em espaços populares, o francês Alexandre Allard vem injetando US$ 1,4 bilhão na empreitada. Além de restaurar os edifícios, está erguendo uma
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torre que abrigará o que chama de “o primeiro hotel seis estrelas da América Latina”. O hotel terá a bandeira Rosewood, a mesma que administra o The Carlyle, em Nova York, e o Hôtel de Crillon, em Paris. A Torre Rosewood estará interconectada à antiga maternidade Filomena Matarazzo, construída em 1943. Contará com 277 acomodações. Entre os serviços, hóspedes e moradores terão à disposição um caviar lounge, três piscinas e um spa. O hotel será a principal artéria da Cidade Matarazzo, complexo de luxo para eventos com mais de 30 restaurantes, lojas, cinemas, teatro e galeria de arte. Allard reuniu um time de competência incontestável. Para traçar a fisionomia da Torre Rosewood, contratou Jean Nouvel, ganhador do Pritzker em 2008 por obras como a Fundação Cartier para a Arte Contemporânea, de Paris, e a Torre Agbar, em Barcelona. Seu primeiro projeto na América Latina será um edifício com 100 metros de altura, abraçado
e coberto por plantas trepadeiras e arbustos, compondo jardins suspensos que vão encher os olhos de quem transitar pelas ruas Itapeva, São Carlos do Pinhal, Pamplona e alameda Rio Claro. Uma bela vista no bairro da Bela Vista. “Um oásis”, resume Nouvel. Para dialogar com o “edifício paisagem”, o festejado diretor artístico Philippe Starck pretende criar ambientes internos surpreendentes, como fez no Hotel Fasano, no Rio de Janeiro. Vai misturar cocares, afoxés e troncos transformados em mesas e bancos a uma pegada contemporânea. Também pincelou a poesia de Carlos Drummond de Andrade e Vinicius de Moraes em espelhos e espalhou romãs e sementes amazônicas pelas fruteiras. “A Cidade Matarazzo vai mostrar que a qualidade brasileira pode resultar no mais avançado empreendimento imobiliário do mundo”, prevê Alexandre Allard. cidadematarazzo.com.br
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mundo sem fronteiras onde o concreto encontra a terra
Hotel das estrelas Dormir ao relento nos Alpes é um programa concorridíssimo por Walterson Sardenberg Sº
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divulgação
uem faz reservas no Null Stern Hotel não se queixa da localização. Nem seria razoável. O hóspede é recebido a 1.315 metros de altitude, em meio aos Alpes suíços, cercado por bosques e de frente para picos de neve eterna. Um cenário que se costumava chamar de “paisagem de folhinha” – hoje, trocado por “descanso de tela”. Quem ali se acomoda também não reclama do serviço de quarto. Pudera: um mordomo de gravata-borboleta e luvas brancas permanece 24 horas à disposição. Mesmo com esses luxos, o Null Stern se declara já a partir do nome, em alemão, “um hotel sem estrelas”, em vez das cinco habituais dos estabelecimentos de alta categoria. Explica-se: não tem paredes nem teto. Não passa de uma cama de casal, com dois criados-mudos e duas luminárias instalados ao relento. O nome, claro, é um trocadilho. A rigor, o que o hotel oferece de melhor é o manto de estrelas no firmamento. Uma história iniciada em 2009, quando os irmãos Frank e Patrik Riklin, artistas plásticos, levaram a cabo uma “instalação”. Surgia assim o tal hotel “sem estrela”,
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em outro endereço suíço, vizinho a um antigo bunker da Segunda Guerra Mundial. Ali, o Null Stern esteve “em exposição” ao longo de um ano. Mais como obra de arte do que como hotel de fato. Quando, digamos, fechou as portas (se houvesse portas), tudo levava a crer que ficaria por isso mesmo. A repercussão, de qualquer maneira, foi tamanha que, há dois anos, o sagaz hoteleiro Daniel Charbonnier decidiu abrigá-lo nos Alpes, próximo à cidadezinha de Safien, de 300 moradores, no cantão dos Grisões, leste da Suíça. Houve quem o desestimulasse, lembrando que, à exceção da artista plástica sérvia Marina Abramovic, ninguém gosta de passar a noite em “instalações”. Mas o entrave principal seria o clima. Os eventuais hóspedes ficariam expostos a chuvas e trovoadas, ainda que a hospedagem seja restrita aos meses quentes. Para
resolver a questão, em dias de mau tempo, Charbonnier permite adiar a reserva horas antes do check in. Caso a chuva surpreenda durante a noite, kein Problem: o tal mordomo leva o hóspede de carro a um chalé nas proximidades. De resto, o Null Stern continua sendo o hotel mais minimalista da história. Oferece um bom café da manhã, com embutidos locais. Mas não tem banheiro. Só um límpido riacho nas cercanias. O hóspede deve recorrer à natureza. Banheiro, de fato, só em um restaurante a 15 minutos a pé. Apesar das limitações, muita gente reserva uma noite de estada, pagando 350 francos suíços pela diária. Não há vagas para 2017. null-stren-hotel.ch
O Null Stern Hotel: no começo, era só uma obra de arte
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Mundo 4x4 por um planeta sem asfalto
guilber hidaka
395 quilômetros de belezas
Do Aleijadinho às serestas Um caminho com muita estrada de terra em meio às belezas de Minas Gerais por Décio Costa
O
Caminho dos Diamantes é uma variante da Estrada Real, utilizada no escoamento de pedras preciosas do Brasil dos séculos 17 e 18. O trajeto palmilha 395 quilômetros, entre as cidades mineiras de Ouro Preto e Diamantina, mais de 70% deles sobre estradas de terra. Embora a maior parte esteja em boas condições, cumprir o percurso a bordo de um 4x4 será a garantia de mais conforto para superar eventuais obstáculos. De carro se percorre o trecho em quatro dias, mas, diante do que se descobre no caminho, a pressa significará a pior decisão. É melhor não ter pressa. Depois um passeio pelas belezas coloniais de Ouro Preto, incluindo várias obras de Aleijadinho, a missão é chegar a Santa Bárbara, porta de entrada do Parque Natural do Caraça. De uma cidade a outra há um mar de montanhas, uma estrada com acentuadas descidas e trechos marcados por mata densa. Vale 16
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uma parada em Catas Altas, no pé da serra do Caraça, com suas casas coloniais e muros de pedras. Além de uma visita ao vale das Borboletas, com seus riachos de água transparente e poços naturais. Ali, cabe admirar o Bicame de Pedra, um aqueduto de 1792, construído para abastecer as fazendas da região. Muita atenção no trecho, pois os vários desvios podem fazer o motorista se perder. Santa Bárbara é uma das mais antigas cidades mineiras, de 1704. Fica às margens do ribeirão que dá nome ao município e abriga rico patrimônio arquitetônico e artístico. Um exemplo é a igreja de Santo Antônio, a matriz, com obras atribuídas ao mestre Athayde e seus discípulos. De lá também vale uma esticada ao Santuário do Caraça, antigo colégio jesuíta de 1774 e atual centro de peregrinação. É também uma opção de hospedagem e conveniente para quem se interessa em ver a visita noturna dos lobos-guarás, além de ser excelente
ponto de apoio para as trilhas do Parque Natural do Caraça. Entre Santa Bárbara e Diamantina a viagem combina o asfalto e as estradas de terra pelo alto da serra do Espinhaço, privilegiadas por oferecer visão de 360 graus da região. Um pulo no sítio arqueológico de Pedra Pintada, em Barão de Cocais, é recomendável. Ali está um acervo de 122 pinturas rupestres datadas de 7 mil anos; a cachoeira do Tabuleiro, em Conceição do Mato Dentro, com seus 273 metros de queda livre; e a cidade do Serro, com sua produção de queijo artesanal. Na Cooperativa dos Produtores Rurais, o visitante encontra diversas versões e sabores. O ideal é chegar a Diamantina, cidade conhecida pelas serestas, em um sábado. Nesse dia, a rua da Quitanda fica tomada por moradores para acompanhar os músicos que, das sacadas do casario colonial, embalam a noite com valsas, boleros e sambas. institutoestradareal.com.br
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PORTA-MALAS
a bagagem do viajante
por Gilberto Ungaretti
creative commons
Antes de ser esporte, foi técnica de sobrevivência
SUPimpa! O stand up paddle é divertido, fácil para iniciantes e pode ser praticado em qualquer idade
S
eria possível explorar o arquipélago do Havaí, percorrendo ilha por ilha com uma prosaica prancha de surfe? Laird Hamilton, celebrado surfista americano, achava que sim. Bastava que, além de uma prancha nos pés, tivesse um remo nas mãos – como os pescadores do Pacífico faziam há séculos. Sua sacada, em 2001, foi usar uma prancha com formato maior. Além de acrescentar detalhes como três quilhas, que ajudam na estabilidade e permitem ao remador se manter em linha reta. Nascia assim o stand up paddle, ou SUP, como o esporte é mais conhecido, a partir de sua abreviação. A moda pegou no Havaí. E logo se alastrou pelo planeta, feito maré cheia. No Brasil, chegou por volta de 2007. Quatro anos depois, começou a “bombar”. De acordo com um dos supistas de primeira hora, Antônio Carlos Bonfá Júnior, o Totó, a aceitação deve-se à versatilidade do esporte. “Lazer à parte, ele permite fazer de travessias oceânicas (SUP Race) até surfar, numa variante chamada SUP Wave.” Outro fator que faz desse jeito saudável e divertido de navegar uma febre é a possibilidade de início imediato. “Com apenas uma hora de aula, dá para ficar de pé na prancha e remar”, afirma o atleta e professor de SUP e canoagem Alessandro Matero, do clube-escola Matero, em São Paulo. Palavra de quem revelou craques como o tetracampeão brasileiro Luiz Carlos Guida.
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Idade também não é documento. “Do neto ao avô, trata-se de um esporte que pode ser praticado dos 8 aos 80 anos”, resume o surfista Carlos Burle, campeão mundial de ondas grandes em 1998 e 2010, que recorre ao SUP como treinamento e lazer. “Lembrando sempre que, como toda modalidade praticada no mar, represas, lagos e rios, ela exige respeito pela natureza”, ressalva. Que o diga frei Pedro, frade franciscano de 79 anos, que pratica stand up paddle nas praias próximas ao convento da Penha em Vila Velha, Espírito Santo. O SUP básico de lazer é chamado de cruising. Não requer ondas. Basta sair deslizando. Para competir em provas amadoras, um ano de prática levada a sério é o suficiente. Já as competições profissionais exigem até quatro anos. “É o tempo necessário para participar da categoria downwind, o topo da pirâmide”, avalia Totó, referindo-se à modalidade em que as pranchas correm a favor do vento, num percurso linear, atingindo até 18 quilômetros por hora. Além de enfrentar competições cascas-grossas, as maiores feras lançam-se em desafios árduos. Na África do Sul, o supista Chris Bertish completou 130 quilômetros de travessia em águas abertas. Já o americano Robby Naish encarou as pororocas da bacia amazônica. E o que dizer do havaiano Archie Kalepa, que, ao longo de 17 dias, atravessou 301 quilômetros remando pelo rio Colorado, dentro do Grand Canyon? Sufoco? Que nada. Uma delícia, segundo ele.
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Uma prancha pra chamar de sua cante, além das águas em que ele pretende remar”, lembra Antônio Carlos Bonfá Júnior, o Totó, que conquistou a principal prova de downwind no Brasil, a W2. As principais marcas são as importadas Starboard, Sic, Naish, NSP e Riviera (esta, para iniciantes). Mas existem nacionais de bom nível, como a Art in Surf (prancha de entrada para lazer e Wave), a New Advance, a GZero, a Gustavo Ratones e a Makano. O surfista Carlos Burle desenvolveu um modelo inflável, restrito ao lazer, para a Suplex. “Quando vazio, vira uma bolsa de 14 quilos, fácil de despachar no aeroporto”, diz. Uma prancha nacional não sai por menos de R$ 2.500. Já o preço das importadas começa em R$ 5 mil. www.bohralah.com.br shop.prolite.com.br
www.newadvance.com.br www.starboard-sup-rio.com.br
As pranchas têm o dobro do tamanho das de surfe
fotos: divulgação
As pranchas de SUP têm, em geral, o dobro do comprimento das de surfe. Mas são leves, para facilitar o transporte. Ainda assim, tudo depende da modalidade. Para pegar ondas (SUP Wave), boas são as de 8 a 10 pés (2,43 m a 3,04 m). Já para travessias (SUP Race), ficam entre 12 e 14 pés (3,65 m e 4,26 m). Existem também pranchas para simples remadas, projetadas para os iniciantes, com área de apoio maior, borda espessa, maior largura e mais altura. As mais procuradas têm entre 9,6 e 12,6 pés, com largura entre 75 e 85 centímetros. O peso oscila entre 9 e 18 quilos, dependendo do material, que pode ser isopor (EPS) ou espuma de poliuretano (PU), revestidos de resina epóxi, fibra de vidro, kevlar ou fibra de carbono. “A opção por uma ou outra depende do peso e altura do prati-
Hora de escolher o remo A escolha correta torna a remada muito mais confortável. “O fator mais importante é a altura”, alerta Tiago Barra, da Bohralah, importadora de equipamentos de SUP. “Um remo muito curto obrigará você a inclinar o tronco para a frente e forçará a sua lombar. Um remo muito longo, por sua vez, vai exigir além da conta do seu ombro.” Para acertar na altura, uma dica é postar o remo em pé em frente do corpo, com a pá virada para cima. Ela terá que começar a aparecer à altura dos olhos do supista. Mas há diferenças de altura entre os remos, dependendo
da modalidade. “O remo de SUP Race é incompatível com o Sup Wave, que deve ser curto, com pá pequena”, observa Carlos Burle. Para iniciantes, a melhor pedida é a compra de um remo ajustável, que vai ajudá-lo a encontrar a medida que mais se adapta ao seu biótipo. Sem contar que, por ser regulável, pode ser compartilhado com outras pessoas. Entre os ajustáveis, Totó recomenda os das marcas Kialoa e Naish. Já entre os de competição, não ajustáveis, os das marcas Kialoa e Quickblade. O preço varia entre R$ 600 e R$ 2.500, dependendo do material,
que pode ser carbono, alumínio, madeira, plástico injetado ou fibra de vidro. www.bohralah.com.br
pratica o esporte e de quem estiver ao redor. “Precisa ser mais espessa do que a do surfe, porque a prancha é mais pesada”, lembra Carlos Burle. Cada modalidade tem seus macetes. “No SUP Race,
a cordinha deve ter formato espiral, para não gerar arrasto”, explica Tiago Barra, que entre as principais marcas de leash destaca a Sic, a Art in Surf e a Bully’s. “Já no SUP Wave precisa ser lisa, para não trazer a prancha de volta rápido demais, feito uma estilingada, no caso de queda”, recomenda. www.artinsurf.com.br www.bohralah.com.br www.bullyssurf.com.br comsurf.com.br www.kanui.com.br
Madeira: um dos materiais utilizados
A cordinha que salva Também conhecido como “cordinha”, o leash, feito de material flutuante, mantém a prancha sempre por perto do supista, presa ao tornozelo, o que aumenta em muito a segurança de quem
O leash do SUP é mais espesso, para suportar o peso da prancha
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PORTA-MALAS Tudo em cima É possível levar mais de uma prancha, uma sobre a outra. Existem ainda os racks fixados por ventosas. Acomodar a prancha sobre o teto do carro fica bem mais fácil com eles. Entre as marcas principais, destaque para a nacional Eqmax e a importada Thule. www.thule.com.br www.eqmax.com.br www.rackboard.com.br
A Eqmax fabrica alguns dos bons racks
Quem se dedica ao stand up paddle de competição sabe da importância de ter um GPS para avaliar o desempenho. Já para quem faz SUP por lazer, o sistema de navegação por satélite é item de segurança. Sobretudo para quem usa a prancha no mar ou represa grande “Mesmo uma pessoa que está começando a remar vai sair, fácil, um ou dois quilômetros longe da praia”, alerta Totó. Há um porém: o GPS que o supista usa não tem nada a ver com os similares usados em carros.
“É um relógio com GPS próprio para SUP, com marcação de tempo, velocidade média e distância”, ressalva Tiago Barra, da Bohralah. “Se você está preparado para remar dez quilômetros e pegar uma corrente a favor, tem de saber que não pode se afastar mais do que cinco quilômetros da costa. O GPS dá esse controle”, explica. Os mais usados são os das marcas Suunto e Garmin. www.sportsonline.com.br suuntobrasil.blogspot.com.br www.garminstore.com.br
fotos: divulgação
Se você tiver uma picape Mitsubishi L200 Triton, como Carlos Burle, não precisa pensar nesse item. Basta acomodar o equipamento na caçamba e seguir viagem. Caso contrário, terá de recorrer a um rack. “O importante no rack é que os apoios sejam macios, para não machucar a prancha”, recomenda Totó. Alguns vêm com suportes de borracha. Outros, com uma espuma que protege de arranhões.
Rastreamento eletrônico
Além de GPS, ele marca hora, tempo, velocidade média e distância
A água vai nas costas O SUP exige um grande esforço na remada, o que resulta na queima de até 350 calorias por hora. Por isso, uma pochete ou uma mochila de hidratação deve ser encarada como item básico em qualquer passeio, principalmente no verão. “A mochila é leve e deixa as mãos livres”, diz Totó. Além de reabastecer com água, ela permite levar alguma comida, isotônicos e sachês de gel de carboidrato.
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“Supistas costumam usar um modelo de mochila da CamelBak, a Molokai, que tem sistema de hidratação de 2 litros e bolsos para o celular e outras coisinhas”, lembra Tiago Barra. www.camelbakbrasil.com.br
As mochilas da CamelBak estão entre as mais indicadas
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Guarda-costas de bolso O pequeno Spot salva-vidas
Quem se aventurar longe da costa não deve dispensar o SPOT. O aparelhinho da Globalstar envia mensagens por satélite com a localização, até mesmo onde não há cobertura de telefonia celular. Uma lista de e-mails e telefones cadastrados recebe as coordenadas quando a função “Ajuda” é acionada. la.globalstar.com/pg
Onde a prancha já virou onda
creative commons
Santos é um dos pontos preferidos no litoral paulista
n Porto Alegre (RS) O rio Guaíba tem estuário com canais profundos e navegáveis, vegetação ciliar e uma fauna abundante, protegida pelos órgãos de fiscalização ambiental. Tudo muito próximo da área urbana. n Imbituba (SC) Se há um lugar onde as pranchas a remo viraram febre é a praia de Ibiraquera, 75 quilômetros ao sul de Florianópolis. Pertinho do mar há uma lagoa serena. Aliás, linda. O supista pode arriscar gostosas travessias às praias vizinhas, como à também linda baía da praia do Rosa, a apenas cinco quilômetros.
n Florianópolis (SC) A Lagoa da Conceição é, ao lado da praia de Sambaqui, um dos principais pontos de encontro dos supistas. Pelo mar, a cidade já organiza uma volta em torno da ilha, uma ultramaratona de 140 quilômetros, com seis dias de duração. n Santos (SP) A cidade tem um circuito próprio de SUP nas ondas. Além de dois atletas disputando o Campeonato Mundial. n São Paulo (SP) Mesmo longe do mar, eis um dos
lugares em que o SUP tem mais praticantes. A raia de remo da USP é um dos points. Outros: as represas Billings e Guarapiranga. Em ambas há clubes que alugam pranchas e oferecem aulas com instrutores qualificados. n Ubatuba (SP) Outro lugar especial. São 83 praias. Uma é diferente da outra, o que torna o cardápio ainda mais saboroso, com opções de SUP nas ondas ou travessias. Os supistas de Wave concentram-se nas águas de Itamambuca. Os de Race, na praia do Lázaro.
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PORTA-MALAS
A praia de Geribá, em Armação de Búzios (RJ), é ótima para o SUP nas ondas
n Rio de Janeiro (RJ) A cidade é também maravilhosa para a prática de SUP, seja nas praias da Barra da Tijuca, Vermelha (do entorno do Pão de Açúcar), Copacabana ou Ipanema. Sem esquecer da lagoa Rodrigo de Freitas e dos canais de mangue da Barra de Guaratiba. Mas é em Copacabana que o SUP é mais difundido, sobretudo entre o final do Posto 5 e o Posto 6, trecho com instrutores e várias barraquinhas de aluguel de pranchas.
24
carregando pranchas em pleno cerrado brasileiro, com a praia mais próxima a mais de mil quilômetros de distância.
especializada, competições próprias e até um interessante passeio organizado pelo mangue. Um programa fantástico.
n Salvador (BA) O stand up paddle domina a paisagem não só da Baía de Todos os Santos, com travessias até a Ilha de Itaparica, como das praias da Costa do Sauípe. Sem contar as águas tranquilas da lagoa de Aruá, na Praia do Forte, que sedia uma das etapas do Campeonato Baiano de SUP.
n Fernando de Noronha (PE) Explorar a praia do Sancho é um programão. Aqui, o SUP e o mergulho com snorkel formam uma combinação perfeita. Não raro, acompanhada por golfinhos.
n Búzios (RJ) O stand up paddle fincou bases no balneário fluminense, a 180 quilômetros do Rio. As praias de Manguinhos, Rasa e Ferradura são serenas e muito procuradas para uma boa remada. Já para manobrar com ondas, Geribá é a pedida. Em todas, você encontra pranchas para aluguel.
n Recife (PE) Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, concentra algumas escolas de stand up paddle. O SUP é praticado em trechos mais afastados da capital pernambucana, como Serrambi, no litoral sul, um ótimo ponto para iniciantes.
n Brasília (DF) No lago Paranoá, o SUP virou febre. Não deixa de ser curioso ver gente
n Maracaípe (PE) A praia de águas cristalinas e esverdeadas na maré alta tem loja
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n Jericoacoara (CE) De manhãzinha, antes de entrarem os ventos, a praia recebe muitos supistas. As ondas pequenas e longas são tidas como ideais. Alguns pacotes turísticos incluem aluguel de pranchas e aulas do esporte. n Manaus (AM) Passeios que antes eram feitos de barco, lancha ou jet ski são hoje também realizados de SUP nas praias Ponta Negra, Tupé e Da Lua. Uma das pedidas é percorrer um trecho de 14 quilômetros até a ponte Rio Negro, a maior construção fluvial do Brasil.
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clássicos
lugares e objetos que nasceram para ser eternos
por sergio crusco
reprodução
O objetivo inicial era registrar o que o próprio surfista via
Uma câmera na cabeça A GoPro transformou todos nós em diretores de filmes de ação
M
uita gente boa ficou
câmera que reproduzisse as imagens
de imagens e o conforto do usuário.
encasquetada quando
da maneira que só ele conseguia
Entre eles, o Head Strap, que permite
viu pela primeira vez na
ver quando surfava – metido num
seu ajuste a cabeças de todos os
sua timeline imagens
tubo ou dropando. Assim surgiu,
tamanhos, em diversas posições.
em movimento que só poderiam ter
em 2004, a GoPro Hero, máquina
Dá até para ter olhos na nuca.
sido registradas pelos protagonistas
fotográfica analógica que funcionava
conquistou adeptos de todos os
da ação. Pense em atiradinhos
com filmes de 35 mm. A diferença?
voando no meio de cânions com suas
Era presa ao corpo do esportista
esportes. E clientes como Discovery
wingsuits. Ou nos adeptos do parkour
e acionada por um cabo ligado ao
Channel e National Geographic, que
se jogando de um prédio alto para o
seu pulso. Com um movimento
inventaram de botar a filmadora no
outro. Ou, ainda, o mundo visto pelo
de braço, disparava o clique.
cocuruto de tudo quanto era bicho, de
olhar de uma águia em voo. Mas
Não demorou para a engenhoca
gatos domésticos a ursos selvagens.
fazer sucesso entre os surfistas.
Também atraiu investidores. Eles
Tampouco tardou para a GoPro se
perceberam que ela teria muita
só homem ou águia em movimento
transformar em filmadora digital e
publicidade espontânea. E, quando
pudessem ter que o californiano
avançar em qualidade de resolução
esportistas amadores resolveram
Nicholas Woodman se trancou por
e funcionalidade. Além, claro, de
mostrar suas peripécias em vídeos POV
quase dois anos, matutando 18 horas
agregar uma série de acessórios para
(sigla para point of view) e postá-las
por dia. Seu objetivo: criar uma
garantir a estabilidade da captação
na internet, Woodman entrou para
como eles teriam conseguido? Foi buscando um ponto de vista que
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Melhor: com o tempo, a GoPro
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foi adotada por outro tipo de cinegrafistas. Os vídeos pornográficos POV invadiram a rede. Houve até um maníaco que resolveu filmar os frequentadores de uma praia de nudismo abaixo da linha d’água. Lançados em setembro último, os modelos da linha Hero5 podem funcionar submersos até 10 metros, sem caixa estanque. O mundo maravilhoso da GoPro, no divulgação
entanto, sofreu um baque a partir do fim de 2015. As vendas caíram quando empresas como Sony, JVC e Contour lançaram opções mais baratas. Sem falar na feroz investida da marca chinesa Xiaomi, com produtos similares a preços “ching-ling”. Mas Nick um coelho lutando contra um monte
Woodman declarou ter esperanças
Com a altíssima resolução 4K,
de gente”, comparou. “Um minuto
de recuperar o bom desempenho
disponível a partir do modelo Hero4,
pode ser muito divertido, mas 90 é
da GoPro com o lançamento da
Hollywood também foi seduzida.
o mesmo que andar de montanha-
linha Hero5, que tem comando de
Ridley Scott foi um dos primeiros
russa por uma hora e meia.”
voz e botão multifuncional. E, de
a lista de bilionários da Forbes.
a utilizá-la numa grande produção, Perdido em Marte (The Martian,
A ideia de registrar o mundo segundo seu ponto de vista logo
qualquer forma, ninguém poderá tirar dele a honra do pioneirismo.
2015). O diretor inglês imaginou que a GoPro fosse útil para captar imagens a partir do ponto de vista dos atores, mas logo teve uma sacada melhor. O astronauta vivido por Matt Demon se desgarra de seus companheiros durante uma missão no planeta vermelho e resolve usar a câmera como “querido diário”, em que registra sua solidão e planos de sobrevivência. No mesmo ano, a tecnologia GoPro foi utilizada de maneira ainda mais radical no cinema, em Hardcore Henry: Missão Extrema (Hardcore Henry, 2015). O diretor russo Ilya wikimedia commons
Naishuller filmou quase toda a história sob o ponto de vista de um ciborgue ressuscitado, artifício classificado como nauseante pelo crítico Julian Roman, do site MovieWeb. “Imagine usar um capacete GoPro e pular feito
Nicholas Woodman, o criador, e duas ideias na mão: os novos modelos da marca
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qual o seu mundo
pessoas que fazem a diferença
divulgação/erico hiller
por cadão volpato e juliana amato
O filósofo dono da noite Facundo Guerra, doutor em Ciência Política e engenheiro de alimentos, tem várias casas noturnas de sucesso em São Paulo
O
que pensar de um dono da
diz. “Todo mundo acha que dono de
Wainer. Como, na época, a moda era
noite que também é doutor
boate é ou mafioso ou cafetão.”
sinônimo de noite, acabou conhecendo
em Ciência Política? De al-
o primeiro sócio, José Tibiriçá, o Tibira,
futuro para São Paulo cheio de casas
com quem montaria o Vegas. O Grupo
e X-Men na mesma conversa, num fluxo
noturnas, restaurantes, cafés e cinemas
Vegas nasceu dessa casa noturna inau-
teórico e reflexivo? Pois Facundo Guerra,
de rua que deem ao público, antes de
gural, uma das pioneiras da revitalização
proprietário de vários estabelecimentos
tudo, uma experiência. “Um monte de
do chamado Baixo Augusta. “Nem vem
comerciais voltados para o entreteni-
gente nasceu e morreu numa casa no-
me falar de revitalização, eu sou empre-
mento, é um cara que vive as principais
turna”, analisa. “Alguém conhece alguém
sário”, diz Facundo. “Não sou do poder
guém que mistura Karl Marx
contradições dos jovens habitantes de
e se casa, outro sai da balada e bate o
público, não sou benfeitor, não sou
São Paulo. Os mesmos que estão cons-
carro, outro tem alguma inspiração para
altruísta: sou um tiozão, não um agente
truindo uma espécie de mundo paralelo,
sacudir a própria existência. São pulsões
de mudança.”
mais democrático, menos reclamão e
de vida e morte.”
menos sectário – sem a teia de aranha
28
Esse homem de 42 anos planeja um
Facundo virou empresário por acaso.
O Grupo Vegas, de Facundo e seus sócios (entre eles o veterano José Victor
que costumava cobrir as iniciativas
Demitido de uma empresa da internet
Oliva), é poderoso. Inclui os bares Carni-
culturais da cidade. “Preciso ficar me
quando a “cyberbolha” estourou, em
ceria, Riviera, Pan Am (no topo do hotel
adequando à maneira como as pessoas
2003, investiu numa marca de moda,
Maksoud Plaza) e Arcos (no subsolo do
pensam que deva ser um dono da noite”,
a Teodora, da amiga de infância Rita
Teatro Municipal); as casas noturnas
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fotos: divulgação/reprodução
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4
5
6
n 1. FILME “Captain Fantastic trata de um homem que resolve viver com a sua família à margem da sociedade. Quase um poema anarquista. Lindo de morrer.” n 2. SÉRIE “Black Mirror, futurologia especulativa em sua melhor forma. Prevê como a tecnologia deixará de ser tecno pra ser antro.” n 3. ÁLBUM “The Sidewinder, do Lee Morgan. Um dos primeiros LPs de jazz que ouvi, ainda me provoca efeitos sinestésicos: vejo cores no disco todo.” n 4. LIVRO “Sexus, do Henry Miller, é melhor do que sexo em si. Ele fez as palavras copularem.” n 5. VIAGEM “Deserto do Saara, minha primeira saída do Brasil. Amo aquela solidão povoada.” n 6. APLICATIVO “GiG, um app de música de rua que lançaremos no final do ano.”
Lions, Yacht e Cine Joia; e o Drive-In, uma
programação cinematográfica e ele da
torturado a ponto de perder a audição, o
experiência cinematográfica dentro do
gastronômica.”
avô despachou o filho, também médico,
Cine Caixa Belas Artes. Quase todos têm
Tudo é uma questão de invenção.
para a Argentina. Foi lá, em Córdoba, que
Embora trabalhe como empresário
o neto nasceu. Quando as coisas engros-
dentro da lógica do lucro, Facundo
saram na outra ditadura, a argentina, os
esquerda festiva e boêmios apartidários
parece não conhecer limites para a sua
Guerra vieram para São Paulo.
entre os anos 1960 e 80, voltou a brilhar
imaginação. “Talvez a maior qualidade do
na mesma esquina de antes, na rua da
Facundo seja a menos óbvia”, diz o sócio
Consolação com a avenida Paulista, em
Marcelo Beraldo. “Ele é um cara justo.”
como bolsista, Facundo, que não recebia
Os sócios do Grupo Vegas não têm
mesada, sentiu na pele o que significava
a ver com zonas desprezadas da cidade. O bar Riviera, por exemplo, reduto da
frente ao também recuperado Cine Caixa
Estudando em colégios de elite (Mackenzie e Bandeirantes), sempre
Belas Artes, raro cinema de rua sobrevi-
pró-labore. Facundo aplica quase tudo o
ser argentino, CDF e herdeiro de esquer-
vente na cidade, dentro do qual o grupo
que ganha no negócio seguinte. Ele agora
distas numa cidade brasileira. Virou PhD
abriu o Drive-In.
está apostando no GiG, um aplicativo
em bullying, e por isso se refugiava na bi-
para fomentar a música de rua e ligar o
blioteca na hora do recreio. Transformou-
os cinemas de rua, e foi com ela que
artista diretamente ao seu público, sem
-se num devorador de enciclopédias. O
convenceu os sócios. “Cinemas assim
intermediários. “Acho que vai ser um
gosto pela leitura permaneceu, e hoje ele
imantam o desejo da população de se
estouro.”
tem três Kindles espalhados pelos seus
Facundo alimenta uma teoria sobre
relacionar com a sua cidade. Quando
Engenheiro de alimentos por for-
estabelecimentos. Como contraponto
mação, Facundo é neto de um médico
para a mente sã, pratica boxe com o ir-
da nossa identidade coletiva.” O velho
e militante do Partido Comunista, que
mão mais novo, que aprendeu o esporte
batalhador do Belas Artes André Sturm
costumava esbravejar sua filiação em
em Cuba. A irmã também estudou no
comprou a ideia. “A parceria com o Fa-
praça pública no auge da ditadura. A
país de Fidel, tomando aulas de dança
cundo une dois aficionados por cinema,
praça ficava em Presidente Bernardes,
com a célebre Alicia Alonso. Casado com
gastronomia e agito”, diz. “Eu cuido da
noroeste de São Paulo. Preso 32 vezes,
a maquiadora Vanessa Rozan, Facundo
desaparecem, perdemos mais um pouco
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como humano por conta da minha formação, e acho que nossos negócios refletem isso. Alguém
Você costuma sair à noite? Com que frequência? Muito pouco. Talvez duas ou três vezes por mês, em ocasiões muito especiais.
curioso como eu não se contenta em ser um especialista. Sempre fui generalista.
Qual é a importância da noite no imaginário das pessoas? Ela é um território mais livre, mais selvagem, onde os protocolos sociais da luz
Você foi eleito um
do dia deixam de existir e outros códigos
dos 100 empreende-
são instalados. É o lugar do escapismo,
dores mais influentes
do vício, do sexo, da libertação. É um lugar
do mundo pela revis-
que não é recortado pela produção ou ne-
ta americana Good
cessidade de criar. É prazer na sua forma
Magazine. De onde vem
mais bruta.
essa aptidão para os negócios? Sócios certos, equipe
Rio de mim junto com eles. É tudo
certa, cultura de empresa
entretenimento. Debato, xingo, chamo pro
certa, amor pelo que faço,
pau, mas é tudo teatro. Se a pessoa me
tem uma filha de 3 anos, Pina, a quem
curiosidade, austeridade, uma dose de
odiasse mesmo, não me seguiria ou me
não pretende deixar nada – a não ser
coragem, não pensar apenas no dinheiro
xingaria. O contrário de amor é despre-
uma educação primorosa.
como retorno para qualquer investimento,
zo, não ódio. Haters me amam de uma
amor pela minha cidade, empatia pelo
maneira torta. E eu os amo de volta da
gosta bem pouco de boates. Prefere ficar
consumidor, quebrar alguns dos cânones
mesma maneira.
em casa, monitorando os negócios pelo
sobre negócios e empreendedorismo e,
Facebook, onde, de vez em quando, entra
antes de tudo isso, ser feliz pra cacete.
Para quem é dono da noite, Facundo
o sobrenome beligerante fala mais alto. Por que você escolheu morar e abrir seus negócios no Centro? Meus pais é que resolveram morar na Santa Cecília quando chegaram da
A internet é...? Vida e morte severina.
em polêmicas homéricas. Nessas horas, Gosta de ser chamado de “dono da noite” de São Paulo? Não me importo, mas dono da noite é um título meio ridículo, né? Me sinto um mafioso italiano em um filme do Coppola
Como você se conecta com a natureza em São Paulo? Minha natureza é urbana. Não sinto falta de outro tipo de paisagem.
Argentina, acho que motivados pelo
quando me chamam assim. Eu me preo-
aluguel barato na época. Mal sabiam que
cupo em vender um bom produto e uma
mudariam toda a minha vida. Só abro coi-
experiência por um preço justo. O tal do
sas pra estes lados porque sou territoria-
toque de Midas é uma falácia: acerto só
como animais de carga, dou nome, tapi-
lista e minha matéria-prima é a verdade.
50% das vezes, o que está ótimo na atual
nha no tanque, abraço. Tenho uma relação
Não faria sentido montar algo do lado de
conjuntura. Na verdade, ainda que erre, eu
primitiva com elas.
lá da Paulista. Me sentiria um mentiroso
me divirto no processo. O que falta para o centro de São
Você cursou engenharia de alimentos, fez pós em jornalismo e mestrado e doutorado em ciências políticas.
Paulo ressurgir? Tempo. Décadas de descaso não se resolvem do dia pra noite.
mentarem o saber, que deveria ser um só. Quando abordo um problema, todos
Elas são meus cavalos. Eu as trato
Messi? Considero um tanto ridículo um esporte onde 22 homens milionários ficam correndo atrás de uma bola, com marcas gigantes de patrocinadores no peito.
Como essa polivalência te ajuda? Acho um erro as pessoas comparti-
Qual a sua relação com motos?
Pelé ou Maradona? Neymar ou
ou vendido.
30
Como lida com os haters?
Como separa (ou não) lazer de
Odeio o futebol.
trabalho? Essa é uma separação obsoleta. Meu
Qual é o seu mundo? O centro de São Paulo, com suas bele-
esses anos de estudo em diferentes áreas
trabalho é divertido. Trabalho o tempo
me permitem enxergá-lo de maneira mais
todo e sempre me divirto. É tudo junto e
zas e dores. Não consigo me imaginar fora
completa. Eu me sinto mais completo
misturado.
dele ou conceber algo de vida além dele.
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combustível
bebidas para abastecer a alma
por marcello borges
Borbulhas rosadas Poucas bebidas combinam mais com o clima de festas do fim de ano do que o champanhe. Principalmente o rosé
C
om vendas aumentando
Pinot Noir e 45% de Chardonnay, exibe
no mundo todo, o
aromas de cerejas, morangos, flores,
champanhe rosé
amêndoas tostadas e doces folheados.
(sim, masculino, é o
Tudo isso por R$ 538 na Bacco’s.
vinho da região de Champagne) alia o melhor dos dois mundos: a acidez expressiva dos
Gosto muito do Billecart-Salmon Brut Rosé, produzido com um corte clássico de três uvas: Chardonnay,
champanhes brancos a um
Pinot Noir e Pinot Meunier. De
aroma mais complexo.
cor elegante (aquele rosado dos
Algumas marcas –
vinhos da Provence) com aromas
especialmente as mais baratas
de frutas vermelhas e toque floral,
– produzem o rosé mesclando
tem ótimo frescor e equilíbrio.
vinhos tintos (de Pinot Noir) e
Na World Wine, por R$ 589.
vinhos brancos (de Chardonnay). As melhores maisons, todavia, utilizam o chamado método saignée, ou seja, maceram
Marca muito respeitada, a versão rosé da Krug tem coloração entre o salmão e um leve acobreado. Com um bom corpo e aromas de
levemente as cascas das uvas
biscoito, framboesa, especiarias e
tintas. Resultado: aumento
frutas cítricas, preserva seu sabor
do aroma de fruta vermelha, como morangos e cerejas. Em geral, o champanhe
com persistência e pureza. Tem na wine.com.br por R$ 1.521. Considerado por muitos o
branco não safrado de
paradigma contra o qual os demais
uma casa produtora é
champanhes são medidos, o Dom
mais barato que seu rosé.
Pérignon Rosé Vintage homenageia
Enquanto o champanhe
o monge beneditino que teria dito
branco da Moët &
aos colegas de mosteiro: “Venham
Chandon é vendido
depressa, estou bebendo estrelas!”.
por cerca de R$ 300, o
Com notas florais, cassis, toque
rosé sai por R$ 450.
defumado e ótimo corpo, marca com
O Ruinart Brut Rosé tem uma história antiga: as primeiras
galhardia os eventos mais alegres. Na Imigrantes Bebidas custa R$ 2.479.
garrafas são de 1764, fazendo dele o
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mais antigo champanhe rosé de que
Obs.: preços levantados em
se tem notícia. Produzido com 55% de
lojas de São Paulo (SP).
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equipamentos com a marca dos três diamantes
A marca certa
Os melhores produtos para o lazer e a aventura
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por Alessandra Lariu, de Nova York
Pequenos achados Cinco utensílios que tornam a vida mais fácil
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n 1. Tradutor espertíssimo Viajante esperto não dispensa o Pilot. Micro, pouco maior que um fone de ouvido auricular, ele dispensa wi-fi e faz a tradução quase instantânea em cinco idiomas, de um total de sete: português, russo, espanhol, francês, alemão, italiano e inglês. Escolha os seus – e boa conversa. waverlylabs.com n 2. Bolsa de valor Com a bolsa Safego você anda pelos metrôs do mundo inteiro na hora do rush sem risco de ser furtado. Ela só abre com uma combinação de três números, como num cofre bancário. A 34
Mit revista
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Safego também pode ir à praia. Desde que bem ancorada na areia, claro. safego.us n 3. Cremosa como chope O Waytap faz milagres. Transforma a cerveja em lata ou em garrafa em cerveja fresca, como um chope. Também acentua o sabor das lourinhas, por meio de um processo chamado microfoam. E serve um colarinho de dar inveja a qualquer mestre cervejeiro. kickstarter.com n 4. Tudo à mão Quem viaja a negócios deve considerar a Barracuda. A maleta tem entrada
USB para carregar baterias, rastreador embutido e aba para acomodar o laptop. Perfeita para quem precisa trabalhar no aeroporto ou quer apenas se divertir com a internet. thegadgetflow.com n 5. ABAIXO DE ZERO Desenvolvida na Austrália para enfrentar condicões extremas, a geladeira portátil da ARB é perfeita para levar no carro em viagens off road. Com resfriamento rápido e baixo consumo de energia, ela preserva alimentos e bebidas por longo tempo. Disponível nas versões 35, 47, 60 e 78 litros. arb.com.au
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MUNDO MITSUBISHI por juliana amato
as boas-novas da marca dos três diamantes pelo mundo
ilustração pedro hamdan
De olho no futuro A marca dos três diamantes é o nome por trás de grandes projetos de tecnologia. Confira alguns
Mitsubishi Heavy Industries
A nova ascensão dos robôs Imagine trabalhos de manutenção como limpar o alto do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, ou as vidraças das Petronas
Kenji Hashimoto contaram com o apoio da Mitsubishi Heavy Industries no projeto — de resto, incluído no Tough Robot
Towers, na Malásia. Jornadas assim envolvem alto risco de
Challenge in the ImPACT, programa liderado pelo Conselho
vida. Pensando nisso, dois cientistas da Faculdade de Ciências
de Ciência, Tecnologia e Inovação do Japão. A partir de
e Engenharia do Instituto Waseda de Estudos Avançados,
algoritmos, a dupla de cientistas criou um robô habilitado a
no Japão, desenvolveram um robô bípede e agilíssimo, de
subir e descer uma escada de 90 graus na vertical de maneira
apenas 1,29 metro por 40 centímetros, mas capaz de realizar
12 vezes mais rápida que seu antecessor. A engenhoca
empreitadas pesadas em um mínimo de tempo.
movimenta uma peça de cada vez, sucessivamente, com total
O professor Atsuo Takanishi e o professor assistente
precisão. setembro 2015
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mundo mitsubishi
Mitsubishi Estate
Yokohama mais verde Yokohama, a segunda maior cidade do Japão, com
empreendida no shopping center Landmark Plaza. Dentro
3,7 milhões de moradores, está ficando mais verde. Boa
desse estabelecimento, entre outras novidades, a parceria
parte desse avanço vem ocorrendo em virtude da parceria
construiu um amplo jardim, rebatizado de Sakata Seed
entre a Mitsubishi Estate e a Sakata Seed Corporation,
Garden Square.
especializada em desenvolvimento de plantas. Um dos primeiros resultados foi a reformulação geral dos jardins
36
Em ambos os casos, o destaque fica para a tecnologia utilizada, que permite às plantas prescindirem o máximo
internos e externos do Yokohama Landmark Tower, o
possível do Sol. O método foi demonstrado com sucesso de
segundo mais alto arranha-céu do Japão, com 70 andares e
público no 26º Japan Flower & Garden Show, realizado no
296 metros. A investida foi tão bem-sucedida quanto aquela
bairro Minato Mirai 21, que abriga um porto futurista.
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Mitsubishi chemical
Saquê crocante A principal revolução no saquê ocorreu há cerca de 90 anos: o minucioso desenvolvimento das técnicas de polimento dos grãos de arroz, sua matéria-prima principal. Vivemos agora a segunda revolução da bebida japonesa por excelência. Ela tomou forma no surpreendente saquê Ho No Tomo. Não à toa, em maio a marca foi servida aos mais poderosos chefes de Estado do planeta, durante o jantar comemorativo da reunião dos G-7 em Ise-Shima, no Japão. O Ho No Tomo, produzido pelo tradicional fabricante Shimizu Seizaburo Shoten, teve a participação estratégica da Mitsubishi Chemical, que desenvolveu a tecnologia Konker especialmente para a empreitada, com base em uma membrana de zeólito usada com filtro. Os 30% de teor alcoólico do novo saquê são obtidos em um processo que remove as moléculas de água, dobrando a quantidade de álcool e concentrando sabor e aroma — além de “um gosto crocante”, no parecer da Shimizu Seizaburo Shoten.
Mitsubishi corporation
VLT na terra dos cangurus Quatro cidades na Austrália já contam com o VLT, o Veículo Leve sobre Rodas, um veloz metrô de superfície — e que tanto sucesso fez ao ser inaugurado na Olimpíada do Rio de Janeiro. A saber: Sydney, Melbourne, Adelaide e Gold Coast. Em breve, a capital do país, Canberra, a oitava mais populosa da Austrália, com 360 mil moradores, ganhará a sua primeira linha. Por sinal, a mais moderna da Oceania. O projeto, com custo estimado em US$ 710 milhões, ficará a cargo do Canberra Metro, um consórcio de empresas públicas e privadas de três países: Japão (Mitsubishi Corporation), Austrália (Pacific Partnerships e John Holland) e Escócia (Aberdeen Infrastructure Investiments). Em sua primeira fase, a linha, que será iniciada em 2017, terá 12 quilômetros de extensão e 13 paradas. De acordo com a previsão, tudo estará pronto para a inauguração ainda em 2019. O VLT é rápido até para ser construído. setembro 2015
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Mitsubishi Australia Limited
Contêiner inteligente
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Uma coisa é controlar a temperatura do ambiente para
Todo os contêineres da Yusen estão dotados dessa tec-
manter frescos por mais tempo os víveres perecíveis. Outra,
nologia arrojada e eficaz. Em vez de meros refrigeradores de
bem diferente — e muito mais moderna —, é mudar a com-
ambiente, eles funcionam como alteradores de atmosfera.
posição da atmosfera com o mesmo intento. A empresa de
Assim, controlam os níveis de gás carbônico e nitrogênio
transporte marítimo Yusen Logistics, especializada em produ-
indicados para cada carga, possibilitando que os vegetais se
tos alimentares, pode falar melhor sobre o assunto. Ela vem
mantenham frescos mesmo em viagens longas, sejam eles
utilizando em suas viagens o sistema Maxtend, desenvolvido
tomates, abacates, bananas, aspargos, mirtilos etc. A expansão
pela Mitsubishi Australia Limited e colocado à disposição dos
dessa tecnologia a navios de muitos portos decerto aumentará
clientes desde 1999.
a importação e exportação de alimentícios perecíveis.
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feliz da vida Aos 55 anos, George Clooney nĂŁo tem do que reclamar. Curte intensamente a maturidade por ana maria bahiana, de Los Angeles
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u disse às pessoas: por favor, não entrem em pânico. Ficamos todos meio doidos nesta eleição. A ideia fascista e xenófoba de que vamos construir um muro, expulsar os muçulmanos e deportar milhões de mexicanos não vai acontecer”, diz George Clooney. “Nosso país é maior que isso.” É uma tarde amena de primavera em Beverly Hills, na
Califórnia, estamos no pátio interno de um luxuoso hotel, e a eleição de novembro já parece um fantasma distante, embora ainda aterrador. De jeans, camisa branca e paletó esporte azul-marinho – “Armani, é claro” –, bebendo iced
tea com limão, Clooney, 55 anos, é a mesma simpatia de sempre. Ele acaba de voltar da Holanda, onde participou de um evento em benefício de várias ONGs de apoio a refugiados, uma causa cara a ele há muitos anos, desde que tomou conhecimento da guerra civil no Sudão, graças ao envolvimento de seu pai. Em 2006, Nick Clooney – jornalista e âncora de TV, membro do Partido Democrata derrotado em 2004 nas eleições para deputado federal por seu estado natal, o Kentucky – convenceu o filho a visitar a região sul do Sudão, onde uma interminável guerra civil devastava a população. Com sua experiência de TV, Nick queria fazer um documentário que levasse ao público americano e mundial a desesperadora crise do país. E contava com o star appeal do filho para tornar o tema um pouco mais atraente. O ator se superou. De volta da África, foi ao programa de Oprah Winfrey fazer um apelo passional em prol do envolvimento do governo e do povo dos Estados Unidos na resolução da crise. Enviou ainda uma carta à União Europeia com o mesmo tema e discursou na marcha em prol do Sudão, em Washington, DC. Começava ali seu papel constante como militante a favor dos refugiados do mundo todo, além de porta-voz de uma região esquecida do mundo, mas que ele conhece bem demais: a província de Darfur, no Sudão meridional. “Infelizmente conheço bem o lugar”, ele diz, com um suspiro. “Infelizmente porque as questões ali são bastante tristes e sérias, e parece que não melhoram nunca.” Temos uma longa história, Clooney e eu. Entrevistei-o pela primeira vez quando ele trabalhava na série de TV ER e se preparava para seu primeiro papel principal num filme, O Pacificador, em 1997. Seguiram-se muitas outras conversas, inclusive no complicado Batman & Robin (também de 97) – Clooney sabia exatamente o
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1. No seriado ER (1994); 2. Em Batman e Robin (1997), raro fracasso; 3. Seu primeiro filme dirigido pelos irmãos Coen: E Aí, Meu Irmão, Cadê Você? (2000); 4. Em O Fantástico Sr. Raposo (2009); 5. No remake de Onze Homens e Um Segredo (2001); 6. No thriller político Syriana (2005)
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“Tenho de estar sempre preparado para o sucesso e o fracasso, e não deixar nenhum dos dois me abalar”, diz. “Há coisas muito mais importantes do que ser ou não ser famoso” 9
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7. No set de Queime Depois de Ler (2008), outro dos Coen; 8. Em Amor Sem Escalas (2009), viveu um homem-que-demite; 9. Descendentes (2009) foi uma produção da Disney; 10. Conserto em pleno espaço no drama Gravidade (2015); 11. Outra comédia dos Coen: Ave, César! (2016)
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quanto o filme era, digamos, de gosto duvidoso. Mesmo assim,
nando, perguntando quando vou me casar.” E havia ainda Mi-
se portou com uma dose extra de bom humor no seu habitual
chelle Pfeiffer, com quem trabalhara em Um Dia Especial – e
mix de elegância e humildade.
que apostou US$ 10 mil que Clooney se casaria antes de com-
Por falar nisso, ele jamais deixou que esse fiasco abalas-
pletar 40 anos. Nicole Kidman (que contracenou com ele em
se nem suas ambições nem o modo como conduz a carreira.
O Pacificador) gostou da ideia e entrou no bolão com outros
“Olha, cresci numa família de show business”, explica. “Não
US$ 10 mil. Óbvio que, quando 2001 chegou e ele completou
sou nenhum inocente – sei que sucesso e fracasso são dois
40 anos, Michelle e Nicole perderam. Clooney devolveu am-
lados da mesma moeda, e ambos fazem parte da linha de tra-
bos os cheques com um bilhete: “Vamos tentar de novo quan-
balho que escolhi. Tenho que estar sempre preparado para as
do eu fizer 50 anos”.
duas coisas e, ao mesmo tempo, não deixar nenhuma delas me abalar. Preciso saber sempre que há coisas muito mais im-
cilmente”, Clooney admite hoje. “Amal e eu nos damos super-
portantes do que ser ou não famoso.”
bem, é uma coisa fácil, tranquila – talvez porque ela seja mui-
O impressionante é que nada mudou em Clooney nestes
to mais inteligente do que eu.” Como exemplo, ele cita que os
20 anos de entrevistas, visitas aos sets de seus filmes e en-
amigos dela discutem o genocídio armênio no Tribunal Penal
contros em premières e festas da indústria cinematográfica.
Internacional, enquanto os dele comentam o que passou no
“E por que mudaria?”, ele sorri. “Eu só fiquei mais velho, mais
programa Entertainment Tonight…
tranquilo”, prossegue. “Mas tenho plena consciência do trabalho que faço e de como as pessoas devem ser tratadas.” QUATRO CASAS Aliás, uma coisa mudou: o George Clooney de hoje está muito bem casado – com a advogada de direitos
Ao longo de duas décadas, repetiu o mantra: “Nunca mais vou casar”. Solteirão, vivia de moto por Hollywood. Até que conheceu Amal, advogada de direitos humanos. Não passa mais de três dias longe dela
Para se acomodar à nova vida de casado, Clooney acrescentou mais duas residências à sua rotina: um “pequeno castelo” de 200 anos no campo inglês, numa ilha no rio Tâmisa, para que Amal possa passar algum tempo com a família (“É um lugar totalmente tranquilo: os pontos mais movimentados são o cemi-
humanos Amal Alamuddin. Isso apesar de ter passado mais de
tério, uma relíquia histórica, o pub, e um restaurante chamado
duas décadas repetindo o mantra “nunca mais vou me casar”.
The French Horn, que, por sinal, é excelente”). Adquiriu ainda
Em 1993, quando sua carreira começava a decolar, dividida en-
uma brownstone – as célebres e caras casas geminadas fei-
tre a série ER e dois longas-metragens de peso – Um Drinque
tas de tijolos vermelhos – em Nova York, pois Amal leciona na
no Inferno, de Robert Rodriguez, e Um Dia Especial, de Michael
Universidade Columbia e tem reuniões nas Nações Unidas.
Hoffman –, Clooney, então há dois anos divorciado da atriz Ta-
“Parece complicado, mas não é”, afirma. “Amal e eu somos
lia Balsam depois de um casamento de cinco, tornou pública
profissionais independentes e temos controle sobre nossas
a promessa de não se casar novamente. Um de seus temas
vidas. Nosso plano é jamais passar mais de três dias longe um
favoritos era exatamente a doce vida de solteiro: “Tenho um
do outro. Para isso é preciso só bom senso e planejamento.” E
monte de motocicletas e vivo andando com elas pelas colinas
quatro casas em dois continentes, é claro.
de Hollywood”, contava, sorridente. Ele se orgulhava de receber
Os verões ainda são passados na Villa Oleandra, sua proprie-
os amigos no tradicional churrasco de domingo em sua casa.
dade em Laglio, às margens do lago Como, norte da Itália, que
“Os caras chegam cedo, jogamos basquete, depois caímos na
ele comprou 12 anos atrás com “o primeiro dinheiro sério” que
piscina ou batemos um tênis”, dizia. “E aí saímos correndo atrás
ganhou. “Na Itália me sinto mais livre, à vontade; os americanos
dos paparazzi – ou seja, só esportes divertidos.”
se esqueceram de como viver bem, comer bem, aproveitar a
É claro que havia pressão. Da mãe, por exemplo. “Ela me deixa louco!”, costumava reclamar. “Está sempre me telefo-
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“Acho que nunca imaginei que podia ser tão feliz, tão fa-
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vida”, conta. “Ali eu posso viver sem pressão – isso sem falar da hospitalidade italiana e da beleza incrível da região.”
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Com Amal Alamuddin: “Nós nos damos superbem, é uma coisa fácil, tranquila – talvez porque ela seja muito mais inteligente de que eu”
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Na Villa Oleandra o casal recebe amigos ilustres, faz excur-
dos com o porquinho Max, que ele resgatou do set da comédia
sões de moto pelas trilhas das montanhas e se dedica com
B de terror O Retorno dos Tomates Assassinos (na qual interpre-
entusiasmo à gastronomia local. “Não adianta, já tentei repro-
tava uma vítima dos hortifrútis mal-intencionados). “Era uma
duzir as receitas aqui em Los Angeles, mas nunca sai a mes-
cena rural, com um monte de ratos e um porquinho vietnamita
ma coisa”, ele confessa. Mesmo as mais simples, como uma
adorável, preto”, ele se recorda. “Fiquei tão encantado que o le-
massa ou uma salada caprese, saem diferente. “O sabor não
vei para casa depois da gravação, achando que ia ficar sempre
é o mesmo… e os italianos jamais revelam o segredo.” Até os
daquele tamanho”, conta. “No fim, ficou quase do meu tamanho
vinhos italianos têm outro sabor, segundo ele. E Amal, como
– e continuava dormindo na porta do meu quarto.”
se sai na cozinha? “Ela sabe fazer reservas nos melhores res-
Antes da vida confortável em Fryman Canyon, Clooney
taurantes”, ele ri. “Aliás, foi uma coisa que ela herdou da mãe.”
passou pelos apertos de todo ator iniciante: bicos, trabalhos
Um dos grandes prazeres de Clooney é reunir todos os seus
temporários e pontas – como a de um travesti num cabaré
interesses – a militância, a gastronomia, sua paixão pela Itália
mexicano no horror-B Anatomia de um Crime, de 1993, papel
– em animadas temporadas de férias em Laglio. “São sempre
arranjado pelo primo, o ator Miguel Ferrer, filho de uma tia, a
grupos fantásticos, me sinto o homem mais sortudo do mun-
cantora Rosemary Clooney. A série ER o colocou no alvo das
do”, ele diz, rindo de orelha a orelha. “Num verão recebemos
atenções, e, depois de alguns falsos começos, uma sequên-
Woody Harrelson, Willie Nelson e Kofi Annan. Os jantares eram épicos, é só o que posso dizer…” PAZ MUNDIAL Às vezes Clooney imagina como seria sua villa se ele tivesse vivido em outra época com a mesma sorte que, em suas próprias palavras, tem hoje:
Meses antes das eleições americanas, ele comentou: “Nós, democratas, passamos tempo demais discutindo uns com os outros enquanto os republicanos avançam em bloco”. Como sabemos, não deu outra
deslanchou sua carreira na segunda metade dos anos 1990 – quando ele já estava com bem mais de 30 anos. “Foi bom assim”, admite. “Acho muito mais difícil encarar os altos e baixos da profissão quando se é mais jovem, é mais fácil perder a dimensão de tudo.” Peço um exemplo.
“Eu adoraria ter John Kennedy num jantar desses. E se convi-
“A dimensão do que é sucesso e do que é fracasso – e como
dasse Jack, é claro que teria que convidar Marilyn Monroe… e
tantas outras coisas no mundo são bem mais importantes.”
Bobby Kennedy, é claro… e, quem sabe, pedir que Martin Luther King fizesse um brinde…”, divaga.
Com dois Oscars e três Globos de Ouro na biblioteca de casa, esse ativista de causas progressistas cantou a bola me-
Quando está filmando em Los Angeles (o que faz agora,
ses antes das eleições americanas. “Temo que os democratas
nos estúdios da Warner no subúrbio de Burbank, dirigindo um
não tenham a coesão e a agressividade dos republicanos”, pre-
roteiro dele mesmo em parceira com os irmãos Ethan e Joel
viu. “Passamos tempo demais discutindo uns com os outros
Coen, a comédia/thriller Suburbicon), Clooney retorna ao ni-
enquanto os republicanos avançam em bloco.”
nho: uma casa ampla, confortável mas sem ostentação, nas
Pergunto então se, como apaixonado por política, ele não
colinas de Hollywood. O local é um marco em sua vida – se a
pensa em se jogar de cabeça – a exemplo do pai e de vários
villa na Itália saiu do primeiro “dinheiro sério”, a residência em
colegas do show business. George Clooney para um momen-
Fryman Canyon veio de seu primeiro “salário de verdade”. Ou
to, olha para o nada. Depois ri. “Não… não creio”, conta. “Estou
seja, o da série ER, na qual a partir de 1994 ele interpretou o
numa fase tão boa, tão tranquila, completamente feliz e aben-
pediatra mais sexy que a TV já viu.
çoado com o que tenho hoje.” Diz que não pode pedir mais nada.
A casa foi cenário de festas épicas e de 19 anos compartilha-
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cia de filmes de alta visibilidade
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“Só paz mundial – mas aí eu iria parecer uma miss, não é?”
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em pleno verĂŁo
O melhor do Rio de Janeiro, por quem realmente conhece a Cidade Maravilhosa por Dalila Magarian
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O Rio de Janeiro continua lindo e continua sendo. Ainda mais em janeiro, fevereiro e março, tempo de verão e Carnaval. Em especial agora, depois dos Jogos Olímpicos, que legaram ao município obras como a Orla Conde, na região portuária. Esse passeio público, com 3,5 quilômetros de extensão, liga o Armazém 8 do Cais do Porto à praça da Misericórdia. Na realidade, sua importância transcende a geografia. Ele une tradição e renovação numa cidade que sempre soube se reinventar sem perder a essência, com autoestima e bom humor. Aqui, sete cariocas da gema e dois por adoção (o arquiteto Ricardo Campos é fluminense de Niterói, e
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o cantor Leo Jaime, goiano) dão dicas muito pessoais para você aproveitar ao máximo a Cidade Maravilhosa.
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Sushi e concertos CAROL CASTRO, atriz “Começo falando sobre comida, porque adoro frequentar o Gurumê. O nome do restaurante, que faz o melhor sushi do Rio, vem de uma brincadeira sutil e bem-humorada com a pronúncia da palavra gourmet pelos japoneses. Fica dentro de um shopping em São Conrado e é mais frequentado por moradores do próprio bairro, que, aliás, acaba de ganhar uma estação novinha de metrô. Para curtir a noite, a Fundição Progresso, na Lapa, acena com as mais variadas atrações culturais e espetáculos. O lugar é incrível. No passado, abrigava uma fábrica de fogões. Próximo dali fica a Sala Cecília Meireles, onde se apresentam orquestras e grandes músicos do mundo todo em concertos inesquecíveis. Também acho muito
andré nicolau
romântico passear a dois pelas ruas de paralelepípedos de Santa Teresa. O cenário é bucólico e há diversos ateliês de arte para visitar. Para curtir sol, mar e areia sem muita companhia durante a semana, leve o seu guarda-sol para a praia de Grumari. A faixa de areia tem 2 quilômetros de extensão. Por isso, há lugar para todos em perfeita harmonia.”
divulgação
n Gurumê Estrada da Gávea, 889 | São Conrado | Tel. 3324-4290 n Fundição Progresso Rua dos Arcos, 24 | Lapa | Tel. 3212-0800 n Sala Cecília Meireles Largo da Lapa, 47 | Centro | Tel. 2332-9223 n Praia de Grumari Avenida Estado da Guanabara | Grumari
O nome do restaurante Gurumê, em São Conrado, é uma brincadeira com a palavra gourmet quando pronunciada por japoneses
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A cidade ao ar livre JOAQUIM MONTEIRO DE CARVALHO, presidente da Empresa Olímpica Municipal “O Rio é insuperável para quem gosta de natureza, atividades físicas e passeios ao ar livre, além de trilhas. Comece por alugar um caiaque na praia Vermelha, no bairro da Urca, e reme por 40 minutos até a ilha de Cotunduba, a dois quilômetros da praia. Encontrará paisagens deslumbrantes e poderá mergulhar em águas cristalinas. Se gosta de água doce, siga para a cachoeira dos Primatas. A trilha é leve. Demora só meia hora. A única dificuldade são as bifurcações, mas há muitas demarcações em pedras, troncos e placas. Para os iniciados em trekking e escalada, subir ao Cristo Redentor, a partir do Parque Lage, é uma aventura de duas horas. Vale o esforço. Volte de bondinho. Se o seu negócio é fugir da poluiarquivo pessoal
ção, a praia do Meio e a praia do Perigoso são semisselvagens e pouco conhecidas até dos cariocas. Dá para chegar de barco ou de stand up paddle. Só não se esqueça de levar água e um saquinho de lixo. A fome vai bater fundo. Reabasteça no Quiosque Riba, no posto 11 do Leblon. Oferece o melhor sanduíche de costela da cidade. Outra dica: o bar de tapas Venga, de Copacabana. Você toma uma chuveirada gelada e aproveita a boa comida.”
wikimedia commons
n Cachoeira dos Primatas Setor B do Parque Nacional da Tijuca. Acesso pela Rua Sara Vilela, 460 | Jardim Botânico. n Bruno Kaiak (aluguel de caiaque para a Ilha de Cotunduba): tel. 98181-2728 n Gaby (aluguel de stand up paddle para a praia do Meio/praia do Perigoso): tel. 99214-0797 n Parque Lage Rua Jardim Botânico, 414 | Jardim Botânico n ¡Venga! Chiringuito Avenida Atlântica, 3.880 | Copacabana. | Tel. 3264-9806 n Praia do Meio e praia do Perigoso: acesso a partir das trilhas no final da praia de Barra de Guaratiba
A escondida e pouco procurada praia do Perigoso é desconhecida até mesmo dos moradores do Rio de Janeiro
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Mirante da Vista Chinesa: precisa mais?
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Os segredos do Horto MIGUEL PAIVA, cartunista e escritor “Desde que me mudei para o Horto arquivo pessoal
Florestal, procuro fazer tudo que posso a pé. O bairro é uma delícia. Bem perto de casa fica o Instituto Moreira Salles. As exposições são ótimas e o espaço é o máximo. Outro programão: a Estrada da Vista Chinesa. É linda. Dá para subir de bike e descansar no mirante. No meio do caminho, costumo nadar no Clube dos Macacos. Na rua Lopes Quintas tem uma loja chamada Gabinete, que tem coisas lindas, diferentes e engraçadas, de vários cantos do mundo. Você sempre acha um bom presente. Sugiro um desvio ao Centro, para garimpar o sebo Letra Viva, no largo de São Francisco. Compro ali discos de vinil e livros incríveis. Para alimentar o corpo além da alma, a Casa Carandaí tem lanches e comidinhas. Um almoço ou jantar a dois pede uma mesinha no Jojô Bistrô, aqui na minha rua. Vou sempre com minha mulher, a atriz Ângela Vieira. Parece que estamos em Roma ou Paris. Agora, se você acha que já conhece tudo do Rio, inclusive a gastronomia, aceite o desafio e vá comer nos restaurantes de São Cristóvão e Benfica, incluindo os da Cadeg, o nosso
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fervilhante Mercado Municipal.”
n Instituto Moreira Salles Rua Marquês de São Vicente, 476 | Gávea | Tel. 3284-7400 n Mirante da Vista Chinesa Estrada da Vista Chinesa, 1.294 | Alto da Boa Vista n Casa Carandaí Rua Lopes Quintas, 165 | Jardim Botânico | Tel. 2259-8765 n Jojô Café Bistrô Rua Pacheco Leão, 812 | Jardim Botânico | Tel. 3565-9007 n Letra Viva Rua Luís de Camões, 2 | Centro n Gabinete Duílio Sartori Rua Lopes Quintas, 87 | Jardim Botânico | Tel. 31738828 n Cadeg Rua Capitão Félix, 110 | Benfica dezembro 2016
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De Marambaia ao Leblon MARÍLIA CARNEIRO, figurinista da Rede Globo “Quem sonha em provar uma batida de tangerina de virar os olhos precisa conhecer o Restaurante do Bira. Garanto que o sabor – e o visual da restinga da Marambaia – deixa qualquer um zonzo de prazer. Dá para ir de frescão. Pela zona sul, uma pedida é o frescor do Jardim Botânico. Acorde cedo para tomar o café da manhã no bistrô La Bicyclette, dentro do parque. Eles fazem o melhor croque-monsieur da cidade e você ainda vai se encantar com o canto dos pássaros. Para ver e ser visto, almoce no Celeiro da rua Dias da Rocha, no Leblon. Na mesma rua, dê uma melhorada no figurino escalando todos os andares do Edifício Santa Maria. Ali se escondem lojas com peças bacanérrimas. A livraria Argumento fica na entrada do prédio e tem um café simpático marcelo correia
no fundo. Para ver o pôr do sol, caminhe pela pista Claudio Coutinho, na Urca. Outra boa ideia é a calçada do restaurante Guimas. Esteja por lá às 18h, para curtir a happy hour do Baixo Gávea com um gim-tônica nas mãos – é o meu drinque favorito. Dica novinha em folha: em novembro foi inaugurado o AquaRio, o maior aquário da América do Sul, com 28 tanques e 3 mil animais.”
alexandre maciera/riotur
n Restaurante do Bira Estrada da Vendinha, 68 | Barra de Guaratiba |Tel. 2410-8304 n La Bicyclette Rua Jardim Botânico, 1.008 | Espaço Tom Jobim dentro do parque | Tel. 3594-2589 n Celeiro Culinária Rua Dias Ferreira, 199 | Leblon | Tel. 22747843 n Edifício Santa Maria Rua Dias Ferreira, 417 | Leblon n Pista Claudio Coutinho Praça General Tibúrcio, S/N | Urca n Guimas Rua José Roberto Macedo Soares, 5 | Gávea | Tel. 2259-7996 n AquaRio Praça Muhammad Ali, 194 | Gambôa
Recém-inaugurado, o AquaRio é o maior aquário da América do Sul, com nada menos que 28 tanques
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Almoço com torcida BIANCA e BRANCA FERES, atletas da seleção brasileira de nado sincronizado “Achamos o bairro de Santa Teresa muito charmoso. É uma região agradabilíssima para curtir o fim de tarde e bebericar um drinque no Bar dos Descasados. O nome se refere ao apelido do antigo Hotel Santa Teresa (“Hotel dos Descasados”), antes das reformas que o transformaram num espaço requintado. O bar oferece bebidas exóticas e excelentes cachaças na varanda, com ótima panorâmica para o casario do bairro. Outro lugar gostoso para o almoço de domingo é o Rubaiyat, no bairro do Jardim Botânico, o primeiro endereço carioca da famosa casa de carnes paulistana. Tem uma linda vista para o Hipódromo da Gávea. Enquanto almoça, você pode assistir às corridas de cavalo que acontecem aos sábados e domingos e achamos bem divertidas. Um lugar
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para piqueniques que frequentamos muito quando crianças é a Floresta da Tijuca, a maior floresta urbana do mundo. Dá para ver animais silvestres e curtir as cachoeiras. Para jantar, a Pici Trattoria, em Ipanema. Além do cardápio e dos drinques maravilhosos, o maître Gustavo Alves faz a diferença. Ele mantém o clima perfeito, com atendimento de nível internacional. Você vai querer voltar sempre.”
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n Pici Trattoria Rua Barão da Torre, 348 | Ipanema n Bar dos Descasados Rua Almirante Alexandrino, 660 | Santa Teresa n Rubaiyat Rua Jardim Botânico, 971 | Jardim Botânico | Tel. 3204-9999 n Hipódromo da Gávea Praça Santos Dumont, 31 | Gávea n Floresta da Tijuca Estrada da Cascatinha, 850 | Alto da Boa Vista
A Floresta da Tijuca é simplesmente a maior floresta urbana do planeta
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Museu do AmanhĂŁ: projeto do espanhol Santiago Calatrava
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Em busca da vista perfeita RICARDO CAMPOS, arquiteto “Você só vai poder dizer que conhece verdadeiramente o Rio de Janeiro se arquivo pessoal
conferir a vista espetacular da cidade a partir do Forte São Luiz e do Forte do Pico, em Niterói. Vá até a praça Mauá e atravesse a Baía de Guanabara de barca – vale o passeio. Caso não esteja no clima de atravessar a baía, mas ainda assim queira curtir a vista, suba a rampa da Pedra Bonita, a partir de São Conrado. Se tiver coragem, salte de asa-delta, junto com um instrutor. De volta à terra firme, sente-se na mureta em frente ao Bar da Urca para apreciar os famosos pastéis de siri. Mas reserve espaço no estômago para o filé à Oswaldo Aranha do Lamas, um café com 142 anos. O bife da casa é tão célebre que foi citado na música “Rio Antigo”, de Chico Anysio e Nonato Buzar, cantada pela Alcione. Uma visita ao Museu do Amanhã, projetado pelo espanhol Santiago Calatrava, na nova praça Mauá, é um programão. Arte e ciência dialogam sobre a questão ambiental. À noite, a pedida pode ser o La Nave Bistrô, anexo ao Planetário da Gávea – excelente para um jantar informal. Se deixou a mulher ou a namorada em casa, embarque de volta carregando no bolso uma joia artesanal da loja Monica Pondé no Shopping da Gávea – só
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assim para ser perdoado.” n Rampa de Voo Livre da Pedra Bonita Estrada da Cascatinha | Alto da Boa Vista n Café Lamas Restaurante Rua Marquês de Abrantes, 18 | Loja A | Flamengo | Tel. 2556-0799 n Bar da Urca Rua Cândido Gaffrée, 205 | Urca | Tel. 2295-8744 n La Nave Bistrô Bar Avenida Padre Leonel Franca, 240 | Gávea | Tel. 32590255 n Monica Pondé Rua Marquês de São Vicente, 52 | 3º piso | Loja 360 | Tel. 2511 3956 n Forte São Luiz e Forte do Pico Alameda Marechal Pessoa Leal, 265 | Jurujuba | Niterói. Acesso pelo Forte Barão do Rio Branco. n Museu do Amanhã Praça Mauá, 1 | Centro dezembro 2016
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O melhor da zona norte LELLÊZINHA, cantora do Dream Team do Passinho “Caso a sua imagem de carioca seja apenas a garota de Ipanema, nada contra, mas você precisa sair para dar um rolê comigo, mon amour. Para quem encara uma fritura e um carboidrato sem culpa, o lugar certo é a Batata de Marechal, em Marechal Hermes. É muita fartura! Outro ótimo lugar no subúrbio: Parque Madureira. É programa para toda a família e também para os jovens. Não há área de lazer mais estruturada no Rio inteiro – e sempre rola alguma programação legal no fim de semana. Os shows que fiz ali com o Dream Team do Passinho foram emocionantes porque a energia do público é muito boa. Já o Baile Charme do Viaduto de Madureira é o X-Tudão da noite. Tem gente bonita, música legal e muita dança. Lá você encontra pessoas tão estilosas quanto nos
bob wolfenson
subúrbios de Nova York, Londres ou Tóquio – e olha que só conheço Nova York! Agora, vou mandar meu jabazão bolado: todo fim de ano tem workshop de passinho com o Dream Team na Petite Danse, academia de dança no Itanhangá. Venha dançar! Para lembrar com saudade da viagem, tire a melhor selfie no Mirante do Arvrão, no Vidigal. Tem uma vista linda e, dependendo do tempo, uma incrível luz natural.”
alexandre maciera/riotur
n Batata de Marechal Rua João Vicente, 1.543 | Marechal Hermes n Parque Madureira Rua Parque Madureira, S/N n Petite Danse Estrada da Barra da Tijuca, 1.636 | Tel. 3649-3944 n Mirante do Arvrão Rua Armando Almeida Lima, 8 | Arvrão | Vidigal n Baile do Viaduto de Madureira Rua Carvalho de Souza, S/N
Parque Madureira: diversão para gente de todas as idades – e especialmente para os jovens
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Copacabana sem engano LEO JAIME, cantor e compositor “Chegou ao Rio morrendo de fome? Deixe as malas no hotel e corra para a Garagem da Roberta. O ponto, onde já funcionou uma borracharia, é democrático: pode levar cachorro, ir depois da praia, fazer uma happy hour. Tem sanduíches maravilhosos, cerveja Jeffrey, ambiente descontraído e culinária sofisticada. Cervantes e Galeto Sats, ambos em Copacabana, são pontos tradicionais para repor energias na madruga. Perfeito após uma incursão pela Lapa e o Circo Voador, sempre com alguma programação musical interessante. Conferir o ensaio de uma grande escola de samba é uma experiência imperdível, mesmo que você não goste de Carnaval. Quem vem à cidade com crianças pode preferir levar os pequenos às matinês de teatro do Shopping da Gávea. Se o orça-
rodrigo lopes
mento estiver apertado para comprinhas por ali, não se preocupe: temos a nossa 25 de Março, que atende pelo nome de Saara, um conjunto de ruas no Centro. Para quem curte natureza, sugiro visitar a Chácara Tropical, no Itanhangá. É um garden center que, além de plantas, oferece artesanato, design, empório e área gourmet. Para virar PhD em Rio, aterrisse no Braseiro da Gávea, para algumas geladas.”
felipe diniz
n Chácara Tropical Av. Dom Rosalvo da Costa Rêgo, 420 | Itanhangá n Circo Voador Rua dos Arcos, S/N | Lapa n Saara Entre as ruas da região, destacam-se a Uruguaiana, a da Alfândega, a Buenos Aires e a República do Líbano | Centro n Braseiro da Gávea Praça Santos Dumont, 116 | Gávea n Garagem da Roberta Rua Tubira, 8 | Leblon n Cervantes e Galeto Sats Rua Barata Ribeiro, 7 | Copacabana | Tel. 2275-6147
O Circo Voador, bem próximo dos Arcos da Lapa, é um programão cultural há muitos verões
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paparazzo
´ subaquAtico Depois de uma bemsucedida carreira fotografando celebridades em Hollywood, Michael Muller foi ao fundo do mar em busca de uma velha paixão: os tubarões por Xavier Bartaburu
O livro recémlançado: dez anos de cliques no mar
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M
ichael Muller tinha 10 anos
lado B de Hollywood. Leia-se clicar aquelas pessoas que pas-
quando fotografou seu primeiro
sam o dia em frente ao Teatro Chinês fantasiadas de Super-
tubarão. Ok, não era exatamen-
man, Mickey ou Princesa Leia cobrando US$ 10 por foto com
te um tubarão de verdade, mas
turistas. A imagem de um Batman fumando crack num beco
a foto de um, publicada na revis-
de Los Angeles, pendurada na parede da sala de Joaquin Pho-
ta National Geographic. Esper-
enix, levou Michael a um alto executivo da indústria cinemato-
tinho, Michael pegou a câmera
gráfica, que gostou do seu trabalho e o contratou para fazer o
que o pai lhe dera de presente e
cartaz do filme X-Men: o Confronto Final. Daí para o sucesso
fez a foto da foto. Depois, mostrou aos colegas, como se tives-
foi tudo muito rápido. Michael tornou-se um dos fotógrafos
se clicado o bicho. A molecada não só acreditou como ficou
mais requisitados de Hollywood, tanto por parte das revistas
tão impressionada que o menino, atormentado pela culpa,
de entretenimento – que o chamavam para clicar as grandes
acabou revelando a verdade. Mas sacou, pela primeira vez, o
estrelas do cinema americano – quanto dos estúdios, ávidos
poder que uma imagem forte exercia na mente das pessoas.
por ter seu trabalho estampado no cartaz de filmes como Ca-
Californiano de nascimento, Michael morava nessa época na
pitão América, Homem-Aranha e Os Vingadores.
Arábia Saudita, aonde seu pai fora trabalhar como engenheiro. Não tanto pela grana, mas porque o pai – viajante contumaz e
CELEBRIDADES DO MAR
fotógrafo amador – queria ficar próximo do centro do mundo
Inteiramente dedicado a celebridades e super-heróis, ele pa-
para poder conhecer o máximo de lugares. E assim foi: até a ado-
recia ter deixado os tubarões de lado. Não só os tubarões, como
lescência de Michael, quando os Muller voltaram para a Califór-
também seu gosto pela natureza, pelas viagens e pelo risco –
nia, a família havia posto o pé em mais de 50 países, em grande
até então realizado apenas durante a experiência como fotó-
parte do tempo encarando aventuras insólitas como “circundar
grafo de snowboarding. Em 2006, como presente de aniversário
as pirâmides do Egito a cavalo, à meia-noite”, como ele lembra.
de 36 anos, sua mulher lhe deu uma viagem de mergulho à ilha
Michael não fotografou nenhum tubarão durante essas viagens – nem real, nem de mentira –, mas teve oportunidades de sobra para descobrir qual era a carreira a seguir. De volta aos Estados Unidos, Michael juntou o senso de aventura herdado do pai com o talento recém-descoberto e foi trabalhar como fo
Em 1996, ele fotografou o seu primeiro tubarão de verdade, em Guadalupe, no Caribe. Isso mudou tudo. “Pode parecer estranho, mas ali percebi que eu nunca havia estado completamente presente em vinha vida”
pequeno grupo de tubarões-brancos vinha todo ano saborear uma colônia de focas que morava por ali. O pacote incluía um mergulho de sete minutos com os bichões, dentro de uma jaula. Em vez de medo, Michael sentiu vigor. O tubarão da foto fake que ele fizera quando fedelho agora era de
tógrafo especializado em snowboarding, o surfe na neve, seu es-
verdade e estava ali, tão perto que era possível ver os pedaços
porte favorito. Passou cinco anos novamente rodando o mundo,
de peixe morto encravados na gengiva do bicho. A jaula, para
mas agora acompanhando campeonatos da modalidade. Até
Michael, em vez de um dispositivo de segurança, tornou-se um
que um amigo músico o chamou para trabalhar em Los Ange-
obstáculo, pois a vontade era de sair dali e interagir o máximo
les. Rapazote ainda, aos 22 anos, ele foi. Um pouco para mudar
de tempo possível com os 7 metros de comprimento daquela
de ares, mas também para estar mais perto de outra paixão, o
fera marinha. De preferência para o resto da vida. “Pode parecer
rock. Mais uma vez se valendo da malandragem, Michael ligava
estranho, mas naquele primeiro mergulho percebi que eu nun-
para as gravadoras e se dizia fotógrafo da Billboard ou qualquer
ca havia estado completamente presente na minha vida antes.”
outra revista que soasse importante. Dessa forma, conseguia
Subitamente, o mundo das celebridades deixou de fazer
não só ingressos de graça para shows de bandas como U2 ou
sentido. Embora não tenha abandonado Hollywood, desde
Rolling Stones como ainda tinha acesso à área VIP.
2007 seu grande propósito tem sido correr os oceanos do
Foi em meados dos anos 1990, época em que Hollywood
mundo em busca de tubarões. Dos tubarões-martelo das
começava a fabricar celebridades como Leonardo DiCaprio,
Bahamas aos tubarões-tigre das ilhas Fiji. Se possível, sem
Joaquin Phoenix e Drew Barrymore. Todos amigos de Micha-
jaulas. O resultado está no livro recém-lançado pela Taschen,
el. Assim, ele pôde frequentar as melhores festas da cidade
Sharks: Face-to-Face with the Ocean’s Endangered Predator
e registrar toda uma geração de atores às vésperas da fama.
(Tubarões: cara a cara com o ameaçado predador dos ocea-
Passou a vender as imagens para revistas locais e logo ga-
nos). Na obra, os esqualos recebem das lentes de Michael tra-
nhou a atenção dos editores, pois trazia uma visão inédita de
tamento digno de um Wolverine. Foi justamente essa a impres-
Hollywood. A do lado de dentro.
são que o fotógrafo brasileiro Luciano Candisani, veterano na
Ao mesmo tempo, Michael gostava também de fotografar o 64
de Guadalupe, no Caribe, aonde um
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fotografia subaquática, teve ao ver o livro: “As fotos têm uma
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TubarĂľes-limĂŁo nas Bahamas: alguns dos astros
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TubarĂŁo-branco na Ă frica do Sul: astro de primeira grandeza
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mundo sem fronteiras perfil grande carga expressiva, uma certa reverência ao tubarão, como se fosse uma celebridade”, diz. “E tubarões são, de fato, celebridades do mar.” Para dar conta desse objetivo, o ideal seria levar o estúdio fotográfico para embaixo d’água, lembrando que Michael, profissional que detesta obviedades, não se contentaria em trabalhar como outros tantos já fizeram. Não foi bem um estúdio que ele botou no fundo do mar, mas quase isso: um conjunto de refletores que, somados, produzem um sol subaquático com 1.200 watts de potência. Michael acabou se tornando o inventor desse sistema, usado pela primeira vez nesse livro, em profundidades que bateram nos 27 metros. O resultado é uma paisagem mágica em que os tubarões flutuam num vácuo iridescente que não parece pertencer a este planeta. Arte, sim. Mas também, como anuncia o título da obra, um importante registro de animais que correm o risco de desaparecer. QUASE 500 MIL FOTOS Mais do que objeto fotográfico, Michael fez dos tubarões uma missão. Sobretudo quando descobriu que todo ano morrem 100 milhões deles. Parte para aproveitamento da carne, parte pela pesca acidental, mas a vasta maioria por causa do finning, que consiste em arrancar a barbatana para preparar sopas na China. E crueldade é o que não falta: depois de capturado, cortam-lhe a barbatana e o atiram de novo ao mar. O tubarão afunda lentamente em direção à morte. Esse comércio é reforçado por um certo revanchismo por parte dos humanos, movidos pela ideia de que o tubarão é a maior das ameaças a banhistas, surfistas e mergulhadores. Maristela Colucci, também fotógrafa subaquática, sentiu na pele essa ameaça nas Bahamas, quando, num passeio supostamente turístico, se viu a 20 metros de profundidade cercada de tubarões famintos. “Na hora em que os alimentadores abriram os tonéis onde estavam os peixes, os bichos, que antes estavam tranquilos, ficaram enlouquecidos”, ela diz. Quando Maristela percebeu que não fazia parte do menu dos tubarões, o medo passou. E é esse tipo de equívoco que, no livro, Michael Muller procura desfazer. Acompanhado durante todo o projeto por um especialista em tubarões, o fotógrafo esclarece que os ataques, quando ocorrem, são geralmente motivados por uma questão territorial, sobretudo por parte de fêmeas defendendo filhotes na época da reprodução. Claro que, em se tratando do maior predador dos mares, todo cuidado é pouco. Lucas Pupo, fotógrafo e cinegrafista subaquático também com experiência em publicidade como Michael, diz que é importante fazer uma “leitura psicológica” do bicho antes de fotografá-lo. “Quando você retrata uma pessoa, em especial uma celebridade, você precisa negociar a foto com ela antes”, analisa. “Ou seja, sacar a pessoa, criar intimidade – com tubarão é a mesma coisa.” Talvez seja por isso que, depois de dez anos mergulhando com tubarões e de quase 500 mil fotos desses animais, Michael sempre se saiu ileso. 68
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Em Guadalupe ele começou a clicar os tubarões-brancos
©Sharks. Face-to-Face with the Ocean’s Endangered Predator by Michael Muller / TASCHEN image distribution by CPi-syndication Follow Michael on Instagram : michaelmuller7 & www.mullerphoto.com
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a invasão dos
drones F Eles estão por toda parte e, não tenha dúvida, vieram para ficar por luiz maciel
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retratos Gui gomes
oi assim com o celular, com o Facebook,
rias frentes de atuação. E até ganharam um nome oficial mais
com o GPS que ganhou um lugar de honra
respeitável: Vants, ou Veículos Aéreos Não Tripulados.
no painel do seu carro. Quando surgiram,
O setor econômico que mais se beneficia dos Vants hoje é o
eram apenas objetos do desejo – mas
agronegócio. Eles são uma ferramenta importante para acompa-
hoje você não vive sem eles. Com o drone,
nhar o desenvolvimento das plantações, detectar pragas, corrigir
anote aí, vai ser igual. Você sabe por alto
a fertilização, calibrar a aplicação de defensivos, monitorar reba-
do que se trata, percebe que é um artefato
nhos, identificar nascentes, localizar focos de incêndio, vigiar a
cada vez mais popular, mas ainda não des-
propriedade. “Com o avanço tecnológico dos últimos anos, os
cobriu o que pode fazer com ele. É só uma questão de tempo.
Vants ficaram mais confiáveis e baratos”, afirma Lúcio de Castro
Logo você também vai querer um desses sob seu comando. O
Jorge, da Embrapa Instrumentação. “E vão ficar ainda melhores
drone – que em inglês quer dizer “zangão”, o marido da abelha
quando puderem transmitir as imagens já processadas”, prevê.
– é uma invenção americana antiga, com mais de meio século.
Hoje essas imagens precisam ser transferidas para softwares pe-
Foi usado pela primeira vez em 1959, com a missão de es-
sados para permitir a leitura correta da saúde da lavoura, mas a
pionar instalações estratégicas da então União Soviética. A par-
Embrapa, em parceria com a empresa Qualcomm, está desen-
tir de 1994, com o desenvolvimento do modelo Predator, virou
volvendo uma placa para cumprir esse papel ainda a bordo do
arma de guerra ostensiva. Um miniavião capaz de bombardear
drone. A expectativa é fazer os primeiros testes com a nova placa
esconderijos inimigos sem colocar em risco a vida de tripulan-
até meados de 2017.
tes, já que não precisa deles. Pilotados à distância, como num
Em Piracicaba, no interior paulista, a Promip, uma startup de
videogame, drones americanos fizeram milhares de vítimas em
controle biológico de pragas agrícolas, também está colhendo
países como Afeganistão, Paquistão, Líbia e Iraque – só no Pa-
bons resultados nos testes que vem fazendo com drones. “Para
quistão, o último refúgio de Bin Laden, o Bureau of Investigative
fazer esse manejo a pé, numa área de 100 hectares, são necessá-
Journalism (BIJ), em Londres, estima em cerca de 3 mil as pes-
rias de seis a oito horas de trabalho de dois funcionários. Com um
soas eliminadas por aviões não tripulados desde 2004.
Vant, bastam uma hora de voo e um único operador”, compara
A vocação bélica não perdeu força, ao contrário: os drones
o agrônomo Marcelo Poletti, sócio da empresa. “Esse ganho de
continuam sendo peças-chave em qualquer conflito mundial,
tempo torna viável o controle biológico em grandes culturas.” A
em especial no combate a grupos terroristas. O que mudou,
Promip desenvolve dois tipos de combatentes naturais de pra-
nos últimos 20 anos, é que eles passaram a ser usados cada
gas: ácaros que devoram fungos que atacam hortaliças, flores e
vez mais em atividades civis. Em versões menores e mais
frutos; e vespas que aniquilam ovos da broca da cana e das lagar-
ágeis, primeiro viraram cult entre os aficionados por aeromo-
tas que ameaçam as lavouras de milho e de soja. Os ácaros e as
delismo. Depois, foram revelando mil e uma utilidades, em vá-
vespas, obviamente, são inofensivos às plantações.
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divulgação
Rafael Paiva disputa corridas internacionais de drones
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Mercado florescente, a venda de drones para uso comercial
à dengue. Em três sobrevoos, reuniu evidências que permitiram
deve fechar 2016 com US$ 481 milhões. São 84% a mais do que
à prefeitura paulistana obter mandados para entrar em imóveis
os US$ 261 milhões movimentados em 2015, revela a consultoria
abandonados.
inglesa Juniper Research. E o agronegócio será o grande respon-
Uma pesquisa interessante tocada pelo Mirante Lab, em par-
sável por esse crescimento, representando quase metade (preci-
ceria com o Laboratório de Computação Natural da Universidade
samente, 48%) do faturamento global. No Brasil, as estatísticas
Mackenzie, de São Paulo, investiga a possibilidade de drones atu-
não são muito precisas, mas estima-se que já existam 2 mil Vants
arem em enxame, reproduzindo o comportamento de abelhas e
a serviço da agricultura de precisão. “Há fazendas de grãos que
formigas na natureza. “Nosso desafio é desenvolver microdrones
reduziram em até 30% a aplicação de defensivos agrícolas com
que possam agir de forma coordenada em missões de reconhe-
o uso de drones e sensores no solo”, revela Norberto Tomasini,
cimento, como a localização de sobreviventes em áreas devasta-
diretor do escritório brasileiro da consultoria Pricewaterhouse-
das por terremotos, por exemplo”, diz Cândido. “Nesse caso, eles
Coopers (PwC).
poderiam detectar pessoas presas entre destroços por meio de sensores do gás carbônico exalado na respiração.” Enquanto os drones se sofisticam e se reproduzem rapida-
US$ 1 milhão em prêmios Mas nem só do agribusiness vivem os drones. No cinema, a maioria das tomadas aéreas já é feita por Vants, no lugar de he-
fazer para controlá-los. Na dúvida, a Agência Nacional de Avia-
licópteros ou das antigas gruas – o filme 007 – Operação Skyfall
ção Civil (Anac) mantém a exigência de que todo Vant só possa
é um bom exemplo. Esses robôs voadores também ajudam em-
levantar voo com autorização expressa dela. Mesmo os testes
presas de energia a inspecionar linhas de transmissão; engenheiros a conferir a solidez de estruturas; arqueólogos a descobrir ruínas da Antiguidade; sanitaristas a vasculhar focos de mosquitos da dengue; bombeiros a encontrar sobreviventes em desabamentos – e até policiais a perseguir criminosos. Em setembro passado, a
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mente, no entanto, a legislação brasileira ainda não sabe o que
Eles agora ajudam engenheiros a conferir estruturas, arqueólogos a descobrir ruínas, sanitaristas a vasculhar focos de doenças, bombeiros a encontrar sobreviventes e até policiais a perseguir criminosos
feitos por pesquisadores precisam de um Certificado de Autorização de Voo Experimental (Cave). No final de 2015, a Anac colocou em consulta pública uma proposta de regulamentação dos drones, recebeu centenas de sugestões, mas não chegou a uma decisão antes da Olimpíada do Rio, prazo estabelecido por ela mesma.
polícia pernambucana usou pela primeira vez um deles para de-
A MIT Revista consultou a Anac sobre quando ela pretende
tectar plantações de maconha no sertão. No pequeno município
divulgar a nova regulamentação e recebeu a seguinte resposta,
de Pedra, a 300 quilômetros de Recife, achou uma fazenda com
por e-mail: “A Agência aguarda a aprovação de uma Medida Pro-
36 mil pés, que renderia 12 toneladas da erva.
visória (MP), que está sendo trabalhada no âmbito da Secretaria
“Os drones fazem melhor e mais rápido levantamentos que
de Aviação Civil, do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação
antes só podiam ser feitos de helicóptero”, explica Carlos Cân-
Civil, e que terá interferência na nova regulação de Vants. Tendo
dido, do laboratório de inovação Mirante Lab, contratado pela
em vista esse cenário, não temos como precisar o período de pu-
prefeitura de São Paulo para localizar focos de mosquitos da
blicação do normativo”.
dengue com o aparelho. “E têm a vantagem extra de custar mui-
Até lá, os Vants, divididos em três categorias, estão sujeitos
to menos.” Cândido construiu um Vant de seis hélices e apenas
às seguintes restrições: as maiores engenhocas, com mais de
2,25 quilos, dotado de câmera de alta resolução e GPS, que vas-
150 quilos, precisam ser certificadas pela Anac, catalogadas no
culhou os bairros com maior incidência da doença em busca de
Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) e controladas por pilotos
pontos de água parada onde os Aedes aegypti põem ovos. Fez 55
com Certificado Médico Aeronáutico, licença e habilitação; as
voos durante três meses, do começo de março ao final de maio
com peso entre 25 e 150 quilos estão dispensadas da certifica-
de 2016, identificando centenas de focos, cujas imagens eram
ção, mas devem atender aos demais requisitos; e os drones mais
transmitidas em tempo real para agentes da Secretaria de Saú-
leves estão livres dessas obrigações, mas não podem ultrapassar
de municipal. Foi um aliado importante no trabalho de prevenção
a altitude de 400 pés (aproximadamente 120 metros) em campo
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Carlos Cândido pesquisou a ação do mosquito da dengue
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fotos: divulgação
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Escolha o seu Conheça os principais modelos de drone vendidos no Brasil 1. Phantom 3 Um dos modelos mais vendidos do mundo, tem quatro motores, autonomia de 25 minutos, câmera embutida de até 4K e alcance de 5 quilômetros. Vem em três versões e é fácil de pilotar, perfeito para iniciantes. 2. DJI Inspire 1 Com quatro motores, câmera intercambiável (X3, X5, X5R, XT, Z3 e Z30), trem de pouso retrátil e alcance de 5 quilômetros, é o sonho de fotógrafos e produtores de vídeo. Quase duas vezes maior e mais rápido que o Phantom 3, vem com uma câmera 4K que pode ser controlada de forma independente do voo por uma segunda pessoa. Seu
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único ponto fraco é a autonomia, de 18 minutos.
ser 40 vezes mais eficaz. Lançamento recente da DJI, acaba de chegar ao Brasil.
3. Matrice 600 Com seis motores e autonomia de 38 minutos, é indicado para fotos aéreas em geral, feitas em uma câmera intercambiável (X3, X5, X5R, XT, Z3 e Z30). Bastante usado para fazer imagens de plantações.
5. Echar 20B Vant robusto, com estrutura de kevlar e autonomia de duas horas de voo, indicado para o mapeamento de áreas agrícolas de até 5 mil hectares. Decola por meio de catapulta e pousa com paraquedas.
4. Agras MG-1 Construído sob medida para a pulverização de lavouras, tem oito motores e capacidade de carga até 10 kg, suficiente para cobrir um hectare. Em comparação com a aplicação manual de pesticidas na fruticultura, por exemplo, chega a
6. Nauru Desenvolvido especialmente para monitorar grandes áreas, tem autonomia de oito horas, suficiente para sobrevoar até 120 mil hectares. É usado principalmente na fiscalização de áreas ambientais e de fronteiras.
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AndrĂŠ Visconti ĂŠ comerciante de drones
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Uma das utilizações mais importantes dos drones é na agricultura. De monitoramento de pragas até a pulverização
aberto, ou de 200 pés em áreas urbanas. Além disso, o operador
com o pai, o premiado fotógrafo Cristiano Mascaro, um ensaio
deve manter controle visual do drone.
publicado na revista piauí, mostrando a devastação provocada
Os Vants maiores, usados sobretudo na agricultura, são vendidos por lojas e fabricantes especializados como a XMobots,
Mariana (MG). “Os fotógrafos sempre tiveram dificuldades para
Airship, Flight Solutions e Sky Drones. Para saber decifrar as ima-
clicar certos ângulos da arquitetura. Dependiam de um helicóp-
gens, é preciso fazer um curso ou deixar a cargo de empresas
tero, que não voa a 10 ou 20 metros de altura, é caro e cai com
que alugam drones e oferecem o serviço completo. Consultar a
eles. Com o drone, ficam donos do espaço, livres para criar”, argu-
Embrapa também é recomendável. Já os modelos menores, que
menta Cristiano Mascaro.
levam cargas pequenas, em torno de 2 quilos, são encontrados facilmente em lojas e na internet (veja quadro). Geralmente são chineses, sobretudo da marca DJI, que domina esse mercado. André Visconti e o sócio Luiz Neto, que eram aeromodelistas e produtores de vídeo, entraram no mercado de drones depois de fazer uma filmagem
A liberdade de movimentos dos drones também encanta os
Pedro Mascaro, em dupla com o pai, Cristiano Mascaro, usou um drone para fotografar a devastação ocorrida em Mariana (MG) recentemente. No mundo da fotografia, tal como no cinema, essa tecnologia revolucionou
para o jornal Folha de S.Paulo das ma-
apaixonados por velocidade. “As competições de drones estão cada vez mais populares, inclusive no Brasil”, comenta Rafael “Spook” Paiva, o primeiro brasileiro a se profissionalizar nessa nova modalidade de esporte. Há um ano e meio ele vem participando de provas internacionais, com bons resultados. “Aos poucos, fui
nifestações de 2013. “O vídeo virou um case, saiu até no New York
conseguindo patrocínio de alguns fabricantes, que me fornecem
Times, e chamou a atenção da DJI, que nos convidou para ser
peças e pagam as passagens para os torneios. Não ganho o su-
representantes da marca no Brasil”, conta Visconti. ”Começamos
ficiente ainda, mas estou investindo nessa carreira, porque acho
com uma salinha comercial e hoje temos uma loja de 300 metros
que ela vai bombar”, acredita.
quadrados e 11 funcionários.”
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pelo estouro da represa de rejeitos da mineradora Samarco, em
Spook só lamenta não ter participado de uma competição em
Um dos drones mais vendidos para iniciantes é o Phantom 3,
Dubai, em março de 2016, que ofereceu um total de US$ 1 milhão
que vem com uma câmera fotográfica incorporada. Pedro Mas-
para os vencedores, a maior premiação até hoje – e cujo vence-
caro começou a fazer fotos aéreas com ele. “Depois passei para
dor, um garoto inglês de 15 anos, levou US$ 200 mil. “Eu tinha
um drone mais bem equipado, o Inspire 1, cuja câmera permite a
compromisso com um patrocinador da Califórnia e não pude ir”,
troca de lentes”, conta. Foi com esse modelo que Pedro assinou
conta. “Mas a próxima eu não perco.”
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Pedro Mascaro usa o equipamento para fotografar
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mundo 4x4 reportagem
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montanha mĂĄgica
vales cortados por estradinhas panorâmicas, riachos, cachoeiras e matas selvagens fazem da Cuesta de Botucatu o paraĂso da aventura por fernando paiva fotos marcelo spatafora
Vista da venda Vivan, com o Gigante Deitado ao fundo
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mundo 4x4 perfil
Zé Trovão segura o garanhão frísio Beant e o minipônei no posto RodoServ; a beleza da arquitetura em bambu do Centro Max Feffer em Pardinho
Z
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é Trovão, 42 anos, natural de Pardinho, segura
Estamos num dos portais de entrada da cuesta de Botu-
pelo cabresto o garanhão Beant, compenetra-
catu. A palavra, espanhola, designa um tipo de relevo em que
díssimo em mastigar sua ração de alfafa. Zé está
colinas e montes têm declive assimétrico – suaves de um
vestido a caráter, combinando com o enorme
lado, íngremes do outro. De uma beleza incomparável, perme-
animal: chapéu de feltro carvão, camisa listrada
ada por riachos, cachoeiras, mata selvagem e vales cortados
de preto, botas e jeans negros. Usa esporas prateadas e, na
por estradinhas de terra panorâmicas, a região engloba nove
altura do umbigo, o cinturão ostenta uma fivela de rodeio que,
municípios: Angatuba, Guareí, Torre de Pedra, Porangaba, Bo-
pelo tamanho e pela espessura, é capaz de segurar o disparo
fete, Pardinho, Botucatu, Itatinga, Avaré. Beleza, topografia
de um 38. Beant, 7 anos, faz parte de um lote da raça frísia,
e uma rica geografia humana fizeram da cuesta um paraíso
importado da Holanda por um grupo de investidores brasilei-
dos esportes de aventura. O lugar perfeito para praticar 4x4,
ros. Especulo quanto vale um bicho daqueles. Ladino, ele se
mountain biking, escalada, motocross, voo livre, caminhada,
esquiva: “Olha, este não sei – mas tem um no Rio de Janeiro,
exploração de cavernas, cavalgada, rapel. Ou simplesmente
da mesma leva, que estão pedindo 250 mil”.
descansar olhando o verde das montanhas.
Ao lado de um minipônei malhado, o cavalo é uma das atra-
Começamos subindo a serra pela estrada municipal João
ções do posto RodoServ Stop, no km 193 da rodovia Caste-
Emílio Roder. No km 5, placas anunciando pimenta caseira,
lo Branco, sentido interior. “Vai, Artur, pode montar que ele é
mel puro e queijo fresco avisavam: chegávamos à fazenda
manso, não é, moço?”, pergunta desconfiada a mãe de um me-
Alvorada do Santo Inácio. Lá topamos com seu João Batis-
nino de seus 6 anos. “Pode montar, sim, é mansinho”, garante
ta Martins, paranaense de Ribeirão Claro, 60 anos, há 15 no
Zé Trovão. E eis que um Artur feliz da vida, agora todo repim-
local. À sombra de uma amoreira frondosa, cercado por flam-
pado na sela, tira um selfie com a mãe e o pai, orgulhosíssimos
boyants, seu João nos apresentou aos produtos locais – café,
do filho caubói sobre o minipônei. “O patrão bota os animais
mel silvestre, queijo frescal e meia-cura. “Tudo feito aqui, tudo
aqui para divertir os clientes”, explica o peão. “Tem gente que
da marca Da Serra”, explicou. Pimentas de todos os tipos, fa-
nunca viu um cavalo de perto.”
rinha de mandioca de outra serra – a da Canastra, em Minas
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Fundada em 1946 no alto da antiga estrada do Picadão, a venda Vivan oferece uma vista inesquecível e coxinhas de se comer de joelhos
–, cachaça de Diamantina e doces variados completavam o
e ele morre arrastado pelo estribo – da moda de viola homôni-
estoque da tendinha. Continuamos subindo.
ma, um dos grandes sucessos da dupla Tião Carreiro e Pardinho,
“Vó, Botucatu quer dizer bons ares, bons ventos em tupi-
Ferreirinha está hoje eternizado numa estátua logo na entrada
-guarani”, disse o jovem à senhora de cabelos brancos que sa-
da cidade. O autor da moda, Carreirinho (1921-2009), nasceu na
boreava seu macchiato protegida pelo vidro temperado. Poucas
vizinha Bofete – música caipira na região é coisa séria.
vezes uma frase foi tão bem dita no lugar certo, na hora certa. Lá fora, o vento frio soprava com gosto no Cuesta Café. Todo de madeira e vidro, o local já virou ponto de parada obrigatório dos motociclistas que buscam nas curvas da montanha uma dose extra de adrenalina. O Cuesta, um deck-belvedere lançado
Bom exemplo é o Festival de Música Raiz de Pardinho,
Em Pardinho, música caipira é coisa séria. É a terra do Ferreirinha, da moda de viola composta por Carreirinho, natural da vizinha Bofete
em sua oitava edição, artigo genuíno sem nada a ver com forrobodós de festas de rodeio nem com o sertanejo dito “universitário”. Naquele fim de semana, o Fesmurp apresentava na praça da Matriz três grandes nomes: Mariângela Zan e Lourenço e Lourival.
sobre o nada, com uma vista panorâmica inesquecível, foi inau-
Mariângela é filha do célebre Mario Zan, acordeonista e um dos
gurado há oito meses. Obra do empresário paulistano Paulo Hen-
autores do clássico “Chalana”. Arlindo e Antônio Cassol, os no-
rique Pinotti, 59 anos, que aproveitou um platô de sua fazenda
mes verdadeiros de Lourenço e Lourival, formam uma das mais
São Pedro do Pardinho, a 901 metros de altitude, para instalar um
antigas duplas caipiras em atividade, na estrada desde 1959.
bem equipado café de inspiração italiana. Saboreamos um espresso com chantilly e um capuccino e seguimos para Pardinho.
O evento, assim como outros ligados à cultura local, tem o apoio do Centro Max Feffer, que fica num arrojado prédio de
“Eu tinha um companheiro por nome de Ferreirinha/ Nós li-
concepção futurista assinado pela arquiteta Leiko Motomura.
dava com boiada desde nós dois rapazinhos/ Fomos buscar um
Chama atenção o enorme telhado de bambu amarrado, apoiado
boi bravo no campo do Espraiadinho/ Eram 28 quilômetros da
em estrutura de eucalipto, que lembra o do aeroporto de Barajas,
cidade de Pardinho.” Personagem trágico – o boi ataca o cavalo
em Madri, Espanha. Com 95% do espaço voltado para o exterior dezembro 2016
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nik neves
mundo 4x4 reportagem
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A região engloba nove municípios: Angatuba, Guareí, Torre de Pedra, Porangaba, Bofete, Pardinho, Botucatu, Itatinga, Avaré. Todos com uma vocação inata para o turismo de aventura
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mundo 4x4 perfil
Na descida da serra de Botucatu a Bofete, uma árvore centenária dá nome à cantina da Figueira, com seu fogão a lenha e música caipira de raiz
e ocupando apenas 15% de um terreno cercado de verde, é total-
“E também pelo Museu de Mineralogia, que, depois do acervo
mente autossustentável. Visita obrigatória.
da USP, abriga o segundo maior do estado.”
“Os Vivan, os Roder e os Paoletti vieram da Itália no mesmo
Engraçado é encontrar, em pleno bairro vegano, um res-
navio”, conta Maria Aparecida Vivan Roder. “Desembarcaram
taurante como o Celeiro. O casal Joana Balsalobre – sobri-
em Santos, vieram seguindo o café e acabaram aqui.” Por “aqui”
nha de Berenice – e Porkão Kincey reproduziu ali, no cardápio,
entenda-se a antiga estrada do Picadão, hoje rodovia municipal
na decoração e na música, um pedacinho do sul dos Estados
Constantino Paoletti. A quase mil metros de altitude, a venda Vi-
Unidos. As suculentas costelinhas de porco e os espessos
van congrega nos fins de semana motocliclistas, a turma do 4x4,
steaks de angus e hereford são acompanhados por encorpa-
do trekking, ciclistas e... namorados. Pudera: oferece uma das vis-
das cervejas artesanais. A música? Bem, Porkão, filho de um
tas mais espetaculares e românticas: o Gigante Deitado. “Em 1946, meu pai, Camarguinho Vivan, abriu uma venda de madeira”, conta. “A casa atual, de alvenaria, é de 1952 – nasci aqui há 62 anos.” Ali também se degusta uma iguaria digna do Guinness: as coxinhas preparadas por ela, de se comer de joelhos. O segredo? “São fritas na hora.”
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Na hora de voltar, o melhor caminho é a estrada de terra serra abaixo, da Pedra do Índio à cidade de Bofete. Curta o verde e encha bem os pulmões. Aproveite os bons ares de Botucatu e sua cuesta
ex-publicitário do Tennessee, é exigente quanto a quem sobe no palco: “Tarso Miller & The Wild Comets na vertente honky-tonky; Mary Lee and The B-Side no outlaw country; Tiro Williams and The Wild Cowboys no bluegrass; no jazz instrumental, Joseval Paes e Rodrigo Pinheiro.” Dica: reserve o domingo na cidade
Reservamos o fim da tarde para uma visita ao bairro Demé-
para visitar o Museu do Café (fazenda Lageado), a cachoeira da
tria, nos arredores de Botucatu. Como era o segundo sábado
Pedreira (fazenda Pavuna), a catedral e almoçar no restauran-
do mês, pudemos conhecer a feirinha de produtos orgânicos.
te Basilico. Volte pela Pedra do Índio, com sua espetacular vista
“O Demétria surgiu em 1974, financiado por Pedro Schmidt, um
para as Três Pedras. Elas formam os pés do Gigante Deitado e,
dos donos da Giroflex e adepto de Rudolf Steiner, o criador da
dizem alguns malucos, na do meio há uma caverna desconheci-
antroposofia”, explica Berenice Balsalobre. A advogada conta que
da que leva direto a Machu Picchu, no Peru. Por terra, desça até
no ano 2000, em busca de uma vida mais tranquila, deixou São
Bofete, sem pressa e sem se esquecer de um cafezinho na bucó-
Paulo com o marido e os três filhos pequenos. Demétria é conhe-
lica cantina da Figueira. Ah, o mais importante: encha bem os
cida nacionalmente como a capital da agricultura biodinâmica.
pulmões. Aproveite os bons ares de Botucatu e sua cuesta.
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A partir do alto, em sentido horário: cachoeira da Pedreira; vitral da catedral de Sant’Ana em Botucatu; a turma do motocross se divertindo; o deck do Cuesta Café; café em coco exposto no museu da fazenda Lageado; Joana e Porkão Kincey no restaurante Celeiro, bairro Demétria; pimentas em conserva na venda de seu João Batista Martins; e o empresário Paulo Henrique Pinotti, proprietário do Cuesta Café
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mundo 4x4 carro
duplo
Ingo Hoffmann, rei da Stock Car, e Rogério Braga, fã do universo off-road, se encontram para levar a nova L200 Triton Sport ao extremo, na terra e no asfalto por Julio Cruz Neto
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desafio
A novĂssima picape demonstrou alto desempenho em qualquer terreno
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mundo 4x4 carro
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ngo Hoffmann você conhece. Aos 63 anos, ele é uma len-
Eles já sabiam, claro, de alguns predicados da picape. A nova
da das pistas. Venceu nada menos que 12 campeonatos
L200 Triton Sport é a primeira da categoria a utilizar motor de
brasileiros de Stock Car, a principal categoria do automo-
alumínio. Isso diminuiu em 30 quilos o peso do motor. No total,
bilismo nacional. Seis deles, seguidos. Trata-se de um piloto
porém, ela pesa de 150 a 300 quilos menos que as concorren-
técnico, seguro e ousado. Rogério Braga você certamente
tes nacionais. Ainda assim, manteve uma capacidade de carga
desconhece. Mas tudo leva a crer que tenha muito em comum
de 1.075 quilos. O motor, por sua vez, um 2.4 turbodiesel com
com esse agrônomo gaúcho de 31 anos, um entusiasmado fã
190 cavalos e 43,9 kgf.m de torque, também é menor do que o
de veículos off-road. Rogério criou, no Rio Grande do Sul, o Tri-
dos modelos anteriores, seguindo a tendência mundial de tec-
ton 4x4 Club, grupo que ganhou projeção nacional. O fã-clube
nologia em motores de que “menos é mais”. Ou seja, tem maior
reúne, hoje, 70 mil seguidores no Facebook e no Instagram. Pois
desempenho, graças aos 10 cavalos a mais. Tanto Ingo quanto
bem, em um dia de tempo firme, no interior de São Paulo, Ingo
Rogério já sabiam disso. Faltava apenas sentir “no braço” como
e Rogério se encontraram. E foram conhecer melhor o principal
reage a cabine dupla quando levada ao limite. Foi o que aconte-
personagem de toda esta história: a All New L200 Triton Sport.
ceu em novembro, quando a dupla se dirigiu ao campo de pro-
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marcelo spatafora
foto Pepe arcos/divulgação
Ingo, vicecampeão do Rally dos Sertões em 2004, elogiou a estabilidade do veículo
vas do Haras Tuiuti, na região de Bragança Paulista (SP). Eram
no volante de um carro de ponta e ver uma pista de terra pela
duas pistas: uma de terra, a outra de asfalto. Um duplo desafio.
frente. Acelerou forte desde a primeira volta e freou no limite
“Que saudade… Fazia anos que eu não fazia um off-road”
em todas as curvas. Fez o carro trabalhar pra valer – e deixou o
disse Ingo. “Em terrenos acidentados é que você vê quem pi-
repórter com os olhos arregalados. Já Rogério se deliciava. “O
lota”, analisou, olhando de modo cúmplice para Rogério. “Surge
Ingo usou tudo o que a picape podia render”, disse, extasiado.
uma situação nova a cada momento, a cada curva. Você tem de
“Usou o limite do ABS e do 4x4, pisou fundo mesmo”, avaliou.
trabalhar muito o volante, corrigir o carro, ser preciso. É uma
“Se aguentou o Ingo em ritmo de rali, os compradores podem
pilotagem que separa o homem do menino.”
ficar tranquilos que o carro segura a onda.”
Para quem não sabe, Ingo Hoffmann, o rei da Stock Car, já fez
Ingo riu do comentário. Mas teve de concordar: “É um baita
bonito também nas pistas de terra. Disputou cinco vezes o Rally
carro. Você não tem ideia de como o motor é forte. Bruto mes-
dos Sertões e em 2004 foi vice-campeão. Mesmo com tantos
mo!”. Embora menor, o motor ficou mais potente, com mais
pódios e tanta história para contar em quatro décadas de au-
torque e mais econômico. Rogério Braga, que pouco antes visi-
tomobilismo, ele ainda se empolga como um garoto ao pegar
tara a linha de montagem da Mitsubishi em Catalão (GO), onde, dezembro 2016
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mundo 4x4 carro
“É um baita carro. Você não tem ideia de como o motor é forte! O carro é bruto mesmo.” Palavras de Ingo Hoffmann depois de pisar fundo na nova L200 Triton
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mundo 4x4 carro
O gaúcho Rogério Braga se empolgou. Além de estar ao lado de Ingo, pisou fundo, com toda a segurança. Foi um dia inesquecível de testes
orientado por especialistas, chegou a ajudar a soldar um chassi, justificava: “Isso é que é tecnologia embarcada”.
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com 5,28 metros de comprimento por 1,79 metro de altura. A estabilidade também impressionou a dupla. Em bom “gau-
Rapidez mesmo foi o que se viu quando os pilotos rumaram
chês”, Rogério comparou: “Se tu fizer a mesma curva com outro
para o asfalto. Mesmo numa pista curta, eles castigaram a L200
carro, tu é jogado para o lado. Essa picape te segura. É firme.
Triton Sport. Em determinado momento, Ingo avisou: “Vou dar
É mais esportiva”. O paulistano Ingo elogiou o formato ergo-
uma pisada forte só para sentir o freio, tá?”. Antes que os passa-
nômico do banco de couro, que proporciona mais segurança,
geiros tivessem tempo de se manifestar, enterrou o pé no pedal
minimizando a movimentação do corpo durante as manobras.
da esquerda. Poucos metros depois, com o carro já quase pa-
“Você não fica escorregando de um lado para o outro. Ao con-
rando, Ingo esterçou rapidamente a direção para a esquerda e
trário disso. O volante deixa de ser um ponto de apoio para ser
para a direita, simulando o ato de desviar de outro carro.
apenas uma direção de fato.” A cabine, com a traseira em forma
“Olha isso, cara!”, reagiu Rogério. Empolgado, Ingo devolveu:
de “j” (J-Line), deu à picape o maior espaço para pernas na ca-
“Show, né? Você viu?”. Rogério só conseguia falar: “Que gruda-
tegoria, bem como o maior ângulo de encosto do banco trasei-
da! Que grudada”. Os dois estavam pasmos com a eficiência do
ro. Com a alteração do ângulo das colunas laterais, o espaço
freio ABS e com a estabilidade, sobretudo num carro grande,
interno aumentou significativamente.
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fotos: marcelo spatafora
Na pista de terra, o espaço vertical chamou atenção de Ro-
topa tudo para valer.” De fato, o interior é caprichado nos que-
gério. “Eu bateria a cabeça no teto se fosse outro carro”, afirmou
sitos conforto, tecnologia e acabamento. E há mais espaço em
ele, que mede 1,86 metro. O circuito tinha vários obstáculos.
toda a cabine para motorista e passageiros. O painel e o conso-
Entre eles, a “caixa de ovos” (buracos em sequência), inclina-
le central ganharam revestimentos em Black Piano e Chrome-
ção lateral, subidas e descidas íngremes, gangorra, travessia
-Like Silver. A união perfeita do preto brilhante com o cromado.
de areia e de pedra, fosso de lama e ponte rústica de madeira.
Ao fim do teste, Rogério se lembrou que sua L200 Triton é
A nova L200 Triton Sport passou por todas essas dificuldades
pau pra toda obra na pequena Ijuí, de 80 mil habitantes. Disse
sem pestanejar. Para Ingo, o desempenho mais impressionante
que depende dela para várias atividades na empresa de semen-
foi aquele nas crateras fundas e largas da caixa de ovos, que
tes em que trabalha como agrônomo desde 2008. “Já estou na
forçam ao máximo o trabalho e a resistência da suspensão. “O
minha terceira L200 Triton e cheguei a carregar 1.280 quilos na
carro é forte demais, tchê!”, disse Rogério.
caçamba, sem susto.” Além da resistência, elogiou a versatilida-
Ingo comentou também a versatilidade da novíssima L200
de. “Durante a semana, é uma ferramenta de trabalho”, disse.
Triton Sport. “Quando você entra nela, parece que está dentro
“No sábado e no domingo, eu lavo e vou fazer bonito com ela na
de um sedã de luxo”, comentou. “Nem parece que o carro é um
cidade – vira carro de passeio.” dezembro 2016
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Tecnologia, inovação e esporte Mitsubishi reúne novidades e conceitos da marca no Salão do Automóvel por mario ciccone
A
Mitsubishi Motors do Brasil
marcou forte presença na 26ª
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entre 10 e 20 de novembro. O ano de 2016 foi especialmente signi-
edição do Salão do Automóvel,
ficativo para a Mitsubishi, que levou ao
em São Paulo. Ali ela expôs
Salão seu portfólio de sedãs, crossovers,
(GO). No total, contando os veículos importados, a marca dos três diamantes vendeu 620 mil unidades no Brasil. Entre os veículos expostos, a mon-
trunfos para ganhar ainda mais fãs no
SUVs e picapes. Tratava-se, afinal, da
tadora trouxe para o Salão o PX-33, o
mercado brasileiro. Novos conceitos
comemoração dos 25 anos de sua pre-
primeiro carro de passeio com tração
tecnológicos e atletas patrocinados
sença no Brasil. Neste jubileu de prata,
4x4 do Japão, produzido em 1937. Foi o
pela montadora chamaram atenção do
a Mitsubishi destaca os 350 mil veículos
embrião do Pajero Full. Resistência e con-
público que circulou pelo São Paulo Expo,
produzidos em sua unidade em Catalão
forto já estavam bem delineados naquele
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fotos: murilo mattos
A L200 Triton Sport SR e o estande da montadora no ano que marca um quarto de século de atuação no mercado brasileiro
projeto de quase 80 anos. A divisão de alta performance, ou seja, a de veículos de competição, foi uma das grandes atrações do estande. “Levamos ao Salão dois modelos: a L200 Triton Sport SR e o ASX RC”, comentou Guilherme Spinelli, diretor da Ralliart Brasil, divisão da Mitsubishi Motors. “Eles representam toda a tradição que a Mitsubishi Motors tem em competições, seja no asfalto ou na terra.” Carro-conceito, o ASX RC tem motor turbo 2.0 de 343 cavalos de potência e 41,4 kgf.m de torque. O câmbio é sequencial de seis marchas, com tração 4x4 e suspensão independente. “Buscamos desenvolver um protótipo que aliasse desempenho e dirigibilidade ímpares”, disse Spinelli. O crossover já demonstrou ser capaz de grandes dezembro 2016
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fotos: murilo mattos
proezas em terrenos difíceis.
vel e com desempenho acima da média.”
line Masters, ele conferiu as novidades
Outra estrela é a L200 Triton Sport SR. Ela faz parte da nova linhagem de
Atletas MIT
picapes desenvolvida pela Ralliart Brasil.
Um dos maiores sucessos do Salão
Com toda a herança vencedora da L200,
do Automóvel de São Paulo foi a reunião
da marca e atendeu a todos com muita atenção. O público tomou conta de todo o espaço expositivo. Os surfistas Sylvio Mancusi e Maya
a nova cabine dupla impõe respeito.
do time dos sonhos da Mitsubishi. Os
Estamos falando do modelo com mais
Atletas MIT visitaram o estande da mon-
títulos do Rally dos Sertões. Sob o capô,
tadora e levaram uma legião de jovens
ros e visitantes. Outros astros da marca
um motor poderoso gera 385 cavalos de
fãs em busca de autógrafos e fotos com
dos três diamantes foram igualmente
potência e 56 kgf.m de torque. “A nova
seus ídolos.
requisitados: os canoístas Fernando
L200 Triton SR é um protótipo pronto
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disputar as primeiras baterias do Pipe-
O campeão mundial de surfe Ga-
Gabeira também circularam entre os car-
Fernandes e Pedro Oliva, o aventureiro
para encarar qualquer prova off-road no
briel Medina foi um dos mais feste-
Richard Rasmussen e a montanhista
Brasil”, avaliou Spinelli. “Um carro confiá-
jados. Antes de partir para o Havaí e
Karina Oliani.
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foto Pepe arcos/divulgação
Karina Oliani e a descontração de Pedro Oliva, Richard Rasmussen e Fernando Fernandes
Sylvio Mancusi, Gabriel Medina e Maya Gabeira: visitas ilustres
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Experiência completa
divulgação
O Mitsubishi Experience vai unir viagem, bom astral e off-road
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guilber hidaka
caio vivlela
wikimedia commons
No programa, uma viagem a Bonito, em Mato Grosso do Sul, e apreciação das culinárias regionais
V
trajeto do Rally dos Sertões.
ocê não perde por esperar. Em
tes aprendam com segurança o básico
2017, vem aí o novo Mitsubishi
da prática do rapel. Enfim: um programão
Experience. Ele vai oferecer aos
para quem gosta de viajar para lugares
em Goiânia (GO) para percorrer o mes-
proprietários de veículos 4x4
que fogem ao comum.
mo percurso dos competidores do rali.
da marca uma experiência diferente. A
Serão dois tipos de percurso: Fun, para
Na ocasião, os participantes largarão
Por fim, chegarão a Bonito, em Mato
ideia é passar um dia agradável ao lado da
quem quiser apreciar a paisagem com
Grosso do Sul, um dos lugares mais
família, dos amigos e de gente animada,
calma; e Hard, destinado aos que não
bonitos do Brasil.
sempre em trajetos off-road. Pode ser
abrem mão de uma dose extra de adre-
um churrasco no alto de uma montanha,
nalina. Ao todo, serão sete etapas do Mit-
aventura e um veículo 4x4 da marca
onde além da comida se desfrute de uma
subishi Experience. Seis delas ocorrerão
Mistubishi.
vista cinematográfica. Pode ser a explora-
sempre aos sábados. Mas haverá uma
ção de uma caverna, onde os participan-
mais longa, em agosto, acompanhando o
Para participar, basta ter senso de
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tom papp
adriano carrapato
marcio machado
ricardo leizer
cadu rolim
cadu rolim
tom papp
tom papp
ricardo leizer
universo
mitsubishi No asfalto ou na terra, a marca dos trĂŞs diamantes tem a diversĂŁo certa para vocĂŞ
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universo mitsubishi
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tom papp
Autódromo Velo Città
lancer cup goiânia
Disputa acirradíssima Um pega emocionante em Goiânia fechou um ano de glória
A
temporada 2016 da Mitsu-
aos pilotos com mais de 45 anos. Não
Velo Città, duas fora de casa, com a
bishi Lancer Cup – em que
foi o suficiente na pontuação, porém,
estreia da categoria em Interlagos. Fui
todos os pilotos utilizam
para abocanhar o título na categoria
campeão pela regularidade e consistên-
carros Lancer RS – terminou
dos veteranos.
cia”, avaliou. E acrescentou: “O mais im-
em Goiânia (GO) depois de quatro eta-
portante é que tudo foi extremamente
pas de muitas ultrapassagens. A grande
na verdade, acabou nas mãos de Elias
divertido. Somos um grupo de amigos e
campeã do ano na categoria principal
Azevedo. “Estou muito feliz! Foi excelen-
nos damos bem. A gente ri e se diverte.
foi a dupla formada por Ricardo Feltre
te ter participado com vários pilotos de
Isso é o que vale. É uma competição
e Mauro Neuenschwander, que divide o
alto nível. Mais um título na minha car-
dura às vezes, mas é uma higiene men-
carro de número 88. “Passei o tem-
reira”, comentou o piloto, que garantiu
tal como nenhuma outra.”
po sofrendo a pressão do Alexandre
também o vice-campeonato na geral.
Navarro, que vinha logo atrás”, contou
“Foi muito prazeroso dirigir esse carro.
Ricardo. “Foi uma disputa árdua“,
A família Mitsubishi está de parabéns.”
comemorou. Com o segundo lugar na
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O campeonato da Lancer RS Master,
Na Lancer RS Light, Luiz Barcellos
principal, Navarro ganhou a etapa de
levou a melhor. “Esste campeonato foi
Goiânia da Lancer RS Master, reservada
um marco”, afirmou. “Duas provas no
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ricardo leizer
adriano carrapato
Depois de pisar fundo, eles tinham muito a comemorar. E foi o que fizeram
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universo mitsubishi
@nacaomitsubishi
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campos do jordão
www.mitsubishimotors.com.br
fotos: adriano carrapato
por juliana amato
motorsports
As quatro estações
Frio, calor, poeira e lama marcaram as etapas até o encerramento em Campos do Jordão (SP)
A
cada etapa do Mitsubishi
no tempo mais próximo ao estabelecido
Motorsports, os participan-
pela planilha.
Já na Turismo, o título da temporada ficou
tes só pensam em uma coi-
Em 2016, os participantes aproveita-
para Pedro Junio de Oliveira e Alessandro
sa: quando será a próxima?
ram o sol em Curitiba (PR); enfrentaram
Bonsucesso da Silva. “Ganhamos só duas
E a última de 2016 já deixa saudades. Que
o inverno com cara de verão em Natal
etapas mas, fomos muito regulares nas
o diga o ator Murilo Benício. Ele curtiu
(RN); venceram a lama em Itupeva (SP);
demais”, explicava Pedro. A Turismo Light
140 quilômetros inesquecíveis a bordo da
o clima quente em Goiânia (GO); as dunas
ficou com Marco Antônio Gonçalves e
nova L200 Triton Sport. “Passamos por
de Fortaleza (CE); o piso seco de Ribeirão
Felipe Gonçalves. “Valeu principalmente
lugares que realmente só um carro desses
Preto (SP) e as estradas sinuosas de João
pela diversão”, vibrou o piloto.
consegue passar”, empolgou-se.
Pessoa (PB). A grande final aconteceu no
Ao longo de 2016 foram 13 etapas do
cenário majestoso da serra da Mantiquei-
Nordeste ao Sul. Embarcaram na aventura
ra, em Campos do Jordão (SP). Teve desa-
os proprietários de modelos das linhas
fios de sobra e foi definida nos detalhes.
Pajero, L200 e ASX, divididos em três ca-
104
onato: agora é seguir em busca do tetra.”
Na Graduados, vitória dupla de Otavio
tegorias: Turismo Light (duplas iniciantes),
e Allan Enz, na etapa e no campeonato.
Turismo (com experiência) e Graduados
“Campos do Jordão foi especial”, disse
(veteranos). Vence quem realiza a prova
Allan. “Afinal, conquistamos o tricampe-
Mit revista
n Confira os resultados completos no tablet da MIT Revista ou no site www.mitsubishimotors.com.br
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david santos jr, cadu rolim
O ator Murilo Benício curtiu 140 quilômetros de estradas, encarando trechos desafiadores. Depois do rali, a festança de premiação
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motorsports
joĂŁo pessoa
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Estradas sinuosas e um trecho de praia marcaram a gostosa etapa paraibana
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motorsports
ribeirão preto
fotos: adriano carrapato
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marcio machado
Em Ribeirão Preto (SP), o terreno seco fez subir muita poeira. No final, muita festa, num ambiente de pura confraternização
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motorsports
fortaleza
ricardo leizer
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ricardo leizer
cadu rolim
cadu rolim
As dunas da capital cearense fizeram a diversĂŁo da garotada, que participou ativamente desde a largada atĂŠ o pĂłdio
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motorsports goiânia/itupeva
fotos: cadu rolim
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adriano carrapato
tom papp
Clima quente e trilhas desafiadoras no Centro-Oeste, lama no interior paulista e muita alegria no pódio, onde não faltou o clássico espumante
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motorsports
natal/curitiba
fotos: adriano carrapato
ricardo leizer
Era inverno na capital potiguar, mas o Sol e os participantes estavam radiantes. Araucárias e prêmios: dia de festança no Paraná
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Mitsubishi Outdoor
@MitOutdoor
campos do jordão/ribeirão preto www.mitsubishioutdoor.com.br fotos: cadu rolim
por juliana amato
outdoor
Alta diversão
A sexta e última etapa em Campos do Jordão (SP), coroou mais um ano de disputas
S
ome-se o prazer da
dão (SP). Cada uma teve sua própria
Villa Paiva, uma das mais animadas
aventura ao ar livre em
premiação.
componentes. “Cada vez mais a gente
A etapa de Campos do Jordão
aumenta a família 4x4.” Julio Lopes,
incluiu entre as tarefas passeios de
que participa do Mitsubishi Outdoor
esportes como escalada, canoagem,
bike e subida de montanha. Houve
desde a primeira temporada, comen-
trekking, mountain biking e cavalgada.
ainda visita dos participantes ao
tou: “É tudo muito dinâmico. Nunca vi
Adicione tarefas culturais para toda a
Museu de Esculturas Felícia Leiner e
uma prova igual a outra.”
família, recheadas com muita história,
degustação de azeite produzido na
geografia e tradições regionais. O re-
região. No final, a vitória na categoria
rente da categoria Extreme, revelou:
sultado é o Mitsubishi Outdoor, o rali
Extreme ficou para a equipe Absolut
“Comprei um Pajero só para participar
de estratégia e tarefas que acontece
Lama, a bordo de duas L200 Triton. “O
do rali. Valeu a pena pelo carro, pelas
há doze anos.
evento é extraordinário”, comemorou
viagens e pela diversão.”
trilhas desafiadoras com a saudável prática de
Neste ano, a disputa entre equipes,
116
Daniel Leite, integrante do time. “Fi-
dividida em duas categorias – a Fun,
zemos questão de participar de todas
para iniciantes; e a Extreme, para os
as etapas.” Na categoria Fun, quem
mais experientes –, ocorreu em seis
subiu ao pódio foi a equipe Luna, que
etapas: Joinville (SC), Mogi Guaçu
participou com dois Pajero Dakar. “Já
(SP), Curitiba (SP), Itupeva (SP),
trouxemos irmãos, amigos, cunhados,
Ribeirão Preto (SP) e Campos de Jor-
um monte de gente”, contava Isabela
Mit revista
Celio Pereira dos Santos, concor-
n Confira os resultados completos no tablet da MIT Revista ou no site www.mitsubishimotors.com.br
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marcio machado
david santos jr.
Várias modalidades unidas em uma única disputa: assim é o rali de estratégia e tarefas, que faz sucesso há 12 anos
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outdoor
curitiba/itupeva cadu rolim
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cadu rolim
ricardo leizer tom papp
Conferir o mapa e observar tudo com cuidado são requisitos básicos para as tarefas do Outdoor, que podem incluir até travessias fluviais
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universo mitsubishi
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mogi guaçu
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fotos: ricardo leizer
por Renato Góes
Cup
Pé na lama, mão no troféu A última etapa, em Mogi Guaçu, determinou o pódio em cada categoria
F
oram sete etapas intensas
navegador campeão da etapa na L200
dupla Markus De Wit e Rodrigo Mello.
até a sagração dos grandes
Triton ER com Ivan Machado Terni
“Conseguimos ser os mais constantes
campeões da Mitsubishi Cup
(Glauber Fontoura e Cadu Piacentini
e manter a regularidade”, afirmou
ganharam na categoria). Na categoria
Rodrigo. Por fim, Ricardo Feltre e Ivo
2016, o rali cross-country de
velocidade mais tradicional do país.
Pajero TR4 ER, Paulo Theophilo Dias
Mayer confirmaram a boa campanha
A festa final aconteceu nas últimas
Filho e Marcelo Bortoluz levaram o
na ASX RS. Ficaram com o título.
provas, em Mogi Guaçu (SP). Foi
título. “Pisamos forte desde o começo”,
“Fizemos nosso campeonato com
emocionante. “As cinco categorias
comemorou o piloto. “Nosso objetivo
sorriso no rosto”, saudou Ivo. “Quando
estavam indefinidas e isso fez com
foi manter um nível alto ao longo de
começamos, não tinhamos base para
que cada pega se tornasse ainda mais
todo o campeonato. E conseguimos.”
dirigir na terra. Mas em quatro anos
sensacional”, vibrou Guiga Spinelli, diretor da Ralliart Brasil, divisão de alta
Miranda e Alisson Pedroso confirmaram
performance da Mitsubishi Motors.
o bicampeonato. “Acordei adoentado,
Mais de 60 carros se alinharam
mas na hora que sobe a adrenalina a
para a disputa de 30 quilômetros em
gente não sente nada”, disse André. “Foi
diferentes pisos, incluindo muita lama,
muito gostoso”, concordou Alisson, o
como a turma do 4x4 venera. “Havia
navegador da dupla. “Tivemos trechos
partes rápidas e partes travadas e,
bem rápidos e outros com muita lama.
por fim, cada curva acabava sendo
Essa alternância é ótima.”
uma surpresa!”, contou João Luis Stal, 120
Na Pajero TR4 ER Master, André
Mit revista
conseguimos dois campeonatos. Tudo isso é bom demais”, ressalta Ricardo. n Confira os resultados completos no tablet da MIT Revista ou no site www.mitsubishimotors.com.br
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Na ASX R quem subiu ao pódio foi a
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marcio machado
Terrenos tão acidentados que fazem todas as rodas saírem do chão são o palco do bem-sucedido rali cross-country de velocidade da Mitsubishi
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universo mitsubishi
Cup
indaiatuba
fotos: ricardo Leizer
ricardo leizer
As provas no interior paulista foram, como costuma ocorrer, muito atribuladas. Em Indaiatuba, o dia foi de calor – e de poeira à beça
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Cup
mogi guaçu
marcio machado
fotos: cadu rolim
Pega atrás de pega, seja no asfalto lisinho do autódromo Velo Città ou nos terrenos cascas-grossas das redondezas
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Cup
jaguariúna/mogi-guaçu
cadu rolim
fotos: Ricardo leizer
A Mitsubishi Cup é um campeonato de genuíno off-road, em terrenos que não poupam máquinas, pilotos ou navegadores, caso de Belém Macedo
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Cup
marcio machado
universo mitsubishi
Muitas novidades para 2017
A
os espectadores”, ressalta Guilherme
diretor de marketing da Mitsubishi
novidades para surpreender
Spinelli, diretor da Ralliart Brasil,
Motors. A partir do ano que vem, a
na próxima temporada, em
divisão de alta performance da
competição terá cinco categorias:
sua 18ª edição. Durante
Mitsubishi Motors. “Não tenho dúvida
L200 Triton ER, L200 Triton ER Master,
as sete etapas de 2017, pilotos
de que o campeonato será ainda
ASX RS e Pajero TR4 ER e L200 Triton
e navegadores farão – além do
mais disputado.”
Sport RS.
Mitsubishi Cup reserva
habitual cross-country – o rallycross,
Outra boa notícia é o lançamento
modalidade que mescla piso de asfalto
do ASX RS 2017, homologado
Mitsubishi Cup - Calendário 2017*
e terra. Além disso, haverá provas de
na Confederação Brasileira de
n 1º de abril - Velo Città - Mogi Guaçu
endurance cross-country com maior
Automobilismo (CBA) para o
(SP) - cross-country e rallycross
quilometragem e tempo de duração.
Campeonato Brasileiro e Rally dos
n 13 de maio - São José do Rio Preto
Outras novidades serão as provas
Sertões – e já à venda. “Fizemos
(SP) - endurance cross-country
de endurance em terródromo e time
ajustes para deixar o veículo ainda
n 10 de junho - Penha (SC) - “time
attack em kartódromo. Nesta, os
mais potente e resistente para o rali”,
attack” no kartódromo
pilotos competirão pelo melhor tempo
explica Spinelli. O Ralliart apresentou
n 05 de agosto - Cordeirópolis (SP) -
de volta. E mais: uma prova noturna
ainda a L200 Triton Sport RS.
terródromo e endurance
testará as habilidades ao volante e de
A nova temporada terá etapas fora
n 23 de setembro - Ribeirão Preto (SP) -
do estado de São Paulo. “Queremos
prova noturna e cross-country
trazer novidades que esquentem ainda
n 21 de outubro - a definir
celebrar o aniversário com inovações,
mais a disputa e que coloquem os
n 18 de novembro - Velo Città - Mogi
tornando o campeonato ainda mais
equipamentos à prova em diferentes
Guaçu (SP)
atrativo para os participantes e para
situações”, explica Fernando Julianelli,
(*): Datas e locais sujeitos a alterações
navegação sob a luz dos faróis. “Nosso objetivo principal é
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premiação 2017
Fuja do estresse na serra Fluminense Descanso para o corpo e mente na divisa entre o Rio de Janeiro e São Paulo
E
m meio à natureza, aos pés
Tão logo o hóspede chega ao
necessário para sua alimentação,
da serra da Mantiqueira, no
Rituaali, já passa por uma criteriosa
vestir-se com roupas leves, desfru-
Rio de Janeiro, o Rituaa-
avaliação que investiga sintomas de
tar dos raios solares reparadores,
li – que significa ritual em
estresse, traumas e dores localiza-
respirar ar puro e viver em paz. Não
finlandês – é um lugar para se viver
das para, em seguida, seguir um pro-
à toa, esse foi o lugar recebido para
melhor. E cada vez mais. Criado com
grama personalizado que incentiva
receber o Rituaali,
base nos princípios da Medicina
hábitos equilibrados e saudáveis.
de Estilo de Vida, desenvolvida na
A história da fundação de Pene-
Todos esses ideais continuam norteando o hotel, um lugar para renovar
Universidade Harvard, nos Estados
do tem mais de 80. Na década de
o corpo e a própria vida com todo o
Unidos, o spa propõe programas
1920, a região acolheu um grupo de
conforto, usufruindo de gastronomia
para conquistar o bem-estar do
imigrantes finlandeses liderados pelo
saudável e de primeira, e descan-
corpo com respeito às leis naturais,
agricultor naturalista Toivo Uuskallio.
sando em apartamentos (são 14) ou
resgate de hábitos sadios e experiên-
Segundo ele, a sociedade precisava
chalés (sete, ao todo), sempre em
cias positivas.
levar uma vida natural, cultivar o
camas king size.
divulgação
O hotel conta com piscina aquecina e duas saunas
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rituaali.com.br tel.: (24) 3351-9200 circuitoelegante.com.br
Resta escolher entre chalés ou apartamentos
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premiação 2017
divulgação
A arquitetura foi inspirada no sul da França
Clima mediterrâneo em Búzios Hotel Vila do Santa Boutique & SPA é destino certo para férias dos sonhos
A
Os proprietários, franceses,
favor nenhum, um dos
levaram para a praia dos Ossos as
carinho em mais de 30 anos de
lugares mais lindos não só
memórias de infância. O intento era
viagens, muitas delas da França e
do litoral fluminense como
reproduzir uma vila de pescadores
Itália, foram rearranjadas e adaptadas
de todo o país. O encantamento com
do Mediterrâneo, com diversos níveis
pelas arquitetas Sandra e Ana
o balneário torna-se ainda maior
de construção. A casa original de
Gnatalli. Na realidade, o Vila da Santa
para quem se hospeda no Vila do
pescador, da década de 1940, foi
contou com uma afinada equipe
Santa, pertinho da centenária Igreja
totalmente reformada. Funciona
para vir à luz. São merecedores
de Nossa Senhora de Sant’Anna —
agora como recepção, dando acesso
de agradecimentos especiais os
daí o nome. Trata-se de um hotel no
aos pátios internos e às duas piscinas
paisagistas Gilberto Elkis e Paulo
centro histórico da cidade, pensado
de pedras (uma delas aquecida) e a
Dantas; o decorador Edgard Octavio,
e repensado para o máximo conforto
uma bela sala de eventos e de festa,
com colaboração de Erasto Eiras;
dos hóspedes.
com biblioteca e lareira. O hotel
o músico Dodô da Bahia; o Mestre
acena, ainda, com bar & restaurante,
Nem; o artista em pedras Ranieri e o
spa com sauna e espaço fitness.
iluminador Ugo Nitsche.
O projeto nasceu em 2010. A partir daí, foram cinco anos de empreitada.
130
Peças adquiridas com todo o
rmação de Búzios é, sem
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O hotel tem duas piscinas. Uma delas, aquecida
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O visual do rooftop. Precisa mais?
De braços abertos para o Pão de Açúcar O hotel Yoo2, no Rio de Janeiro, conecta a alma local com um design de vanguarda
A
vista privilegiada para o
exclusivamente, assim como o papel
Pão de Açúcar, a vista dos 143
Pão de Açúcar é a cereja
de parede. Cadeiras Fernando Jaeger
apartamentos é o Cristo Redentor.
do bolo do Yoo2 Rio de
e luminárias Reka também tornam
Precisa mais? Sem esquecer que
Janeiro by Intecity, hotel
única a experiência de design.
o hotel está fincado em um bairro
design aberto para a Olimpíada
especialíssimo. Foi erguido na praia
que já é sucesso entre os viajantes
terraço com aquela tal vista para
de Botafogo, que hoje figura como um
mais descolados. Concebido pelo
o Pão de Açúcar. Ali os pratos são
dos endereços mais efervescentes da
Yoo Design Studio, fundado por
preparados em sua maioria com
cena carioca. Chamado pelos cariocas
Philippe Starck e John Hitchcox,
frutos do mar, assim como as
de “Botasoho” – em alusão aos Sohos
o lugar tem apartamentos que
tapas espanholas assinadas por
famosos –, tornou-se um reduto
mesclam peças de design assinadas
Marcelo Schambeck, chef revelação
gastronômico, cultural e alternativo
pelo escritório europeu com boas
responsável também pelo menu do
do novo Rio e hub para os principais
sacadas da arquitetura local carioca.
Cariocally Resto & Bar, instalado no
pontos da cidade conectando Centro,
Por exemplo: são mais de seis
térreo do hotel.
com lagoa Rodrigo de Freitas e praias
tipos de ladrilhos confeccionados
132
Outra atração é o rooftop, um
Mit revista
Se o rooftop dá frente para o
da zona sul. Very cool.
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O minimalismo da decoração une um escritório europeu e bolações carioquíssimas. Um hotel com muita identidade
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Piscina de borda infinita: bom demais
Dias de rei no sul da Bahia Hotel Terraços Marinhos, em Maraú, é o cenário perfeito para celebrar a vida
R
(só perde para a de Todos os Santos
fazendas, o hotel Terraços
e a de Guanabara). O ecossistema
Marinhos está inserido em uma Área
Marinhos manteve o clima
inclui 40 quilômetros de praia
de Proteção Ambiental (APA), onde
histórico e rústico de
deserta com areias brancas e águas
as tartarugas desovam na porta de
suas antigas construções. A ele se
mornas e cristalinas, lagoa, coqueiral,
casa. A depender da época, o hóspede
somaram o conforto e a sofisticação
dendezeiros, mata nativa e mangues.
pode observar golfinhos ou as baleias
para que Maraú pudesse receber
Uma maravilha. Para tornar tudo
jubarte em seus passeios pelo sul da
hóspedes do mundo inteiro. São
ainda mais atraente, o hotel oferece
Bahia. Consciente de seu papel social
apenas quatro suítes e seis bangalôs,
quadra de tênis, piscina semiolímpica,
e ambiental, a pousada emprega mão
a fim de oferecer o máximo de
piscina com bar molhado e campo de
de obra local, utiliza o aquecimento
privacidade. A propriedade tem 150
futebol. Isso sem falar do cardápio
solar e tem sistema de saneamento
hectares que rasgam a península
aliciante, que valoriza a gastronomia
com reúso da água para irrigação.
baiana de um lado a outro, do mar
regional.
aos manguezais, de cara para a Baía de Maraú, a terceira maior do país
134
sange em seu quintal, o Terraços
esultado da junção de duas
Mit revista
Em ponto privilegiado, tendo o mar à sua frente e a lagoa do Cas-
Todos os detalhes foram pensados com consciência ecológica. E, é claro, com todo o carinho.
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Decoração, espaço e gastronomia: tudo de primeiríssima
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premiação 2017
Adorável descanso em Tiradentes A pousada Aromas da Montanha tem a beleza e a serenidade da cidade histórica mineira
A
apenas 3 quilômetros do
notados nos detalhes dos espaços
lâmpadas LED, além das instalações
charmoso centro histórico
externos, como nas pequenas praças
de armazenamento de água de chuva
de Tiradentes, a pousada
que permeiam o hotel. O pergolado, o
e aquecimento solar.
Aromas da Montanha tem
gazebo, as fontes e a lareira são espa-
um projeto arquitetônico contempo-
ços ideais para leitura, contemplação,
plorar suas referências sensoriais res-
râneo assinado por Lourenço Dantas.
observação de pássaros, lazer e para
gatando momentos gostosos da vida.
Acima de tudo, ele respeitou o estilo
pequenas refeições. Um mundo de
Seja nos aromas da gastronomia, no
colonial da cidade mineira que acom-
tranquilidade para quem está cansa-
cheirinho das quitandas mineiras,
panha as casas pelas ruas calçadas
do das agruras da cidade grande.
do café e do pão de queijo feitos no
com pedras pé de moleque. As dez
A hospedagem é de padrão
fogão a lenha ou ainda nos enxovais,
A pousada propõe ao hóspede ex-
suítes integram-se à prefeição nesse
superior, com atendimento perso-
tudo remete ao aconchego da casa
ambiente, com seu pé-direito alto e
nalizado. Outro raro predicado: a
das avós nos tempos de infância. No
janelões.
sustentabilidade foi levada em conta
jardim, mais aromas para desfrutar:
na contrução, que priorizou madeiras
nas flores, na grama verdinha e na
de demolição, tintas à base de terra e
terra molhada.
A decoração e paisagismo de Rosana Negreiros, a proprietária, são
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A piscina: em meio aos coqueiros
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george clooney Um homem feliz
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Edição 26 • sEtEmbro 2016 • ciro lilla
Edição 26 setembro/outubro/novembro 2016
thepresident
ciro lilla
Presidente da importadora Mistral
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inverno 2016 Texturas, cores e tecidos
para a estação
edição 06 • inverno 2016
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mit parceria
Marcelo Maragni/Red Bull Content Pool
Lençóis Maranhenses: lugar ideal para o kitesurfe
DNA de aventura Adventure Sports Fair reúne viagens para esportes radicais e paraísos naturais por juliana amato
E
sportes para todos os tipos
pistas de esqui, snowboard e skate,
mente para o desafio. Por isso, a feira foi
de aventureiros e os melhores
tanque de remada e de mergulho, além
uma mão na roda para quem desejava
locais para praticá-los foram
das atividades de slackline e parede de
saber mais sobre condicionamento e se
os destaques da 17ª edição da
escalada. E também atividades exter-
informar das últimas novidades sobre
Adventure Sports Fair, principal evento do
nas, como circuitos de test-drive off-road
mosquetões, freios, mochilas e equipa-
segmento na América Latina, realizado
para motos e carros.
mento de escalada.
no São Paulo Expo, no mês de outubro. Você é fã de esportes de vela como
atenção. Quem esteve nessa área da
Dentre os diversos temas abordados, a feira também promoveu o encontro
kitesurfe e windsurfe? Pois saiba que,
feira pôde ver uma exposição foto-
“Expedições Inclusivas: por um mundo
no Maranhão, o Parque Nacional dos
gráfica sobre o esporte, assistir a
sem fronteiras”. Apresentado pela
Lençóis Maranhenses é o lugar perfei-
palestras e participar de clínicas de
advogada e instrutora física Ana Borges
to – além de oferecer alternativas de
apneia com a campeã de mergulho
e pelo instrutor físico e deficiente visual
trekking com diversos níveis de dificul-
livre Carol Schrappe.
Eduardo Soares, o assunto em pauta foi
dade. Vale conhecer ainda, na mesma
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O tanque de mergulho chamou
As oficinas de aventura levaram ao
o turismo de aventura adaptado. A Adventure Sports Fair é o evento
região, o Parque Nacional da Chapada
público relatos de aventureiros sobre
das Mesas. Suas mais de 70 cachoeiras,
suas técnicas. O alpinista Maximo
mais importante do mercado de turismo
de águas mornas e azuladas, fazem
Kausch falou sobre altitude e deu dicas
e esportes de aventura no Brasil, que
dele o destino certo para quem gosta
de como se aclimatar. Segundo ele, os
conta com 20 milhões de adeptos espo-
de esportes aquáticos. Durante a feira,
brasileiros são os que mais desistem
rádicos e 3 milhões de regulares. Perdeu
as atrações interativas foram bastante
das escaladas em todo o mundo por
essa edição? Não se preocupe. No ano
concorridas. Teve de tudo um pouco:
não estarem preparados adequada-
que vem tem mais.
Mit revista
dezembro 2016
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Em todas as direções, o céu é o limite!
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retrovisor
um olhar para o passado
divulgação
por Mario ciccone
Pajero Evolution
1997
Era outubro de 1997 e o Pajero Full estava no auge. Já havia ganho quatro vezes o Rally Dakar, a prova off-road mais impiedosa do planeta. Para atender às novas exigências da classe T3 (veículos de produção em série), a Mitsubishi Motors resolveu melhorar o que já era considerado ótimo – criou o Pajero Evolution. O carro ganhou um motor mais potente (V6 de 276 cavalos), a suspensão foi aprimorada, e a resistência, aumentada. Com ele, não apenas ganhou o Dakar de 1998 como, em uma década, o Evolution só deixou de vencer em duas edições. Entre 2001 e 2007, a marca acumulou sete vitórias consecutivas – fato até hoje inigualado.Com a mudança de regulamento, reforçando a participação dos protótipos no lugar dos carros de série, o Evolution saiu de cena. No ápice. Uma unidade completamente restaurada, de 1998, está exposta no memorial da marca no circuito Velo Città, em Mogi Guaçu, interior paulista.
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