MIT Revista 60

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d r i v e y o u r w o r l d

leia TaMbéM a MiT no TableT

jon krakauer Lições de abismo




Editorial

toM PaPP

Por fernAndO pAivA, diretor editorial

15 anos de Mit revista

E

sta é uma edição especial. a de número 60, comemorativa dos 15 anos da MIT Revista. E, como sempre, caprichamos no cardápio editorial que preparamos com todo o carinho para você.

Na capa, destaque para um personagem do Mundo 4x4,

o jornalista, escritor e montanhista Jon Krakauer. autor do best-seller No Ar Rarefeito, ele conta a série de acidentes fatais acontecida em 1996 no monte Everest. o mais curioso, porém, é descobrir que em toda a sua obra Krakauer sempre falou da queda – ainda que escrevendo sobre o cume. Por falar em cume, uma expedição de sete dias à serra do aracá, nos confins do amazonas, levou o redator-chefe Henrique Skujis a outras alturas. Mais precisamente à quase inacessível cachoeira do Eldorado, a mais alta do Brasil, com 353 metros de queda livre, um dos últimos lugares intocados do país. dentro dos temas e personagens que compõem o Mundo Mitsubishi ASX Outdoor

sem Fronteiras, você irá conhecer a vida e a obra do fotógrafo paulistano tuca reinés. trata-se de uma personalidade versátil. Em Milão ou Nova York, tuca retrata o que há de mais contemporâneo em arquitetura e design. Nos fins de semana ou nas férias, ele pode ser visto no litoral paulista ou no mar da Bahia – praticando a caça submarina, sua grande paixão. É nesse mesmo universo, que junta o on ao off-road, que brilha o mais novo modelo Mitsubishi: o aSX outdoor. recémlançado, ele foi desenhado para enfrentar estradas de terra com o mesmo conforto e a mesma performance que oferece no asfalto ou no trânsito urbano. E, já que mencionamos o Mundo Urbano, leia o perfil de Janaína rueda, a chef responsável pelo sucesso do Bar da dona onça, no edifício Copan, em São Paulo. ah, não deixe de conferir também os resultados finais de todos os eventos da marca dos três diamantes, do Mitsubishi Motorsports à lancer Cup, passando pela Mitsubishi Cup e pelo Mitsubishi outdoor. E, para ir se preparando desde já, cheque o calendário completo dos eventos da temporada 2016.

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Mit revista

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Quer Fazer uma viaGem iNesQuecÍvel?

o cristaliNo lodGe é um destiNo deslumbraNte para coNhecer a amazôNia.

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sumário n dezembro 2015/janeiro/fevereiro 2016 n edição 60

74

Mundo uRBAno

80

40 Lições de abismo

60 Tuca Reinés

76 Made in Brazil

A obra de Jon Krakauer é centrada na

suas obras são elegantes e despojadas.

Como Waldick Jatobá deixou a chefia

tragédia. mas, em vez de mirar o cume,

Dois adjetivos que se refletem na vida

de um banco e se tornou dono da maior

o escritor prefere falar sobre a queda

e no trabalho do fotógrafo paulistano

mostra de design do país

48 Queda à vista

68 O caminho do prazer

80 A cara da moda

uma expedição de sete dias pelos

No sudoeste da França, Cognac

Cada época com o seu corte.

confins da Amazônia leva ao topo da

e Armagnac oferecem bem mais que

Cada lugar com o seu estilo.

cachoeira mais alta do Brasil

os melhores brandies do planeta

o tempo passa e a barba continua

56 ASX Outdoor

74 1.161 km com um tanque de diesel

86 Duelo de titãs

o crossover da mitsubishi ganha detalhes e conjunto

New outlander faz 19,85 km/l e vai de

em que o mitsubishi Lancer Evo X

mais off-road

são Paulo a Brasília sem reabastecer

venceu a Ferrari 430 na pista

Acompanhe em detalhes o dia

DivuLgAção

48

Mundo seM fRonteiRAs

CAio viLELA

Mundo 4x4





D R I v E

y o u R

w o R l D

Publicação trimestral da Custom Editora Ltda. Sob licença da MMC Automotores do Brasil S.A. CONSELHO EDITORIAL André Cheron, Carolina Barretto, Fernando Julianelli, Fernando Paiva, Humberto Fernandez e Patrícia de Azevedo Poli REDAÇÃO Diretor Editorial Fernando Paiva fernandopaiva@customeditora.com.br Diretor Editorial Adjunto Mario Ciccone mario@customeditora.com.br Redator-chefe Henrique Skujis henriqueskujis@customeditora.com.br Repórter Juliana Amato julianaamato@customeditora.com.br ARTE Diretor Ken Tanaka kentanaka@customeditora.com.br Editor Guilherme Freitas guilhermefreitas@customeditora.com.br Assistente Raphael Alves raphaelalves@customeditora.com.br Prepress Daniel Vasques danielvasques@customeditora.com.br Projeto Gráfico Ken Tanaka PRODUÇÃO EXECUTIVA E PESQUISA DE IMAGENS Rita Selke ritaselke@customeditora.com.br COLABORARAM NESTE NÚMERO Texto Alessandra Lariu, Bianca Lins, Cadão Volpato, Caio Vilela, Chico Felitti, Daniel Japiassu, Edgard Reymann, Junior Bellé, Marcello Borges, Marcio Ishikawa, Rafael Nardini e Ronaldo Bressane Fotografia Adriano Carrapato, AGB Photos, Cadu Rolim, Caio Vilela, Corbis, David Santos Jr., Fred Pompermayer, Getty Images, Glow Images, Jelle Mollema Photography, Kiko Ferrite, Marcio Machado, Marcos Fabioglio, Massimo Fallutti, Ricardo Leizer, Sitah, Tom Papp, Vinicius Ferraz Ilustração Ken Tanaka e Pedro Hamdan Tratamento de imagens Felipe Batistela Revisão Goretti Tenorio Capa Retrato por Scott McDermott/ Corbis

PUBLICIDADE E COMERCIAL Diretor Executivo André Cheron andrecheron@customeditora.com.br Diretor Comercial Oswaldo Otero Lara Filho (Buga) oswaldolara@customeditora.com.br Gerente de Publicidade e Novos Negócios Marco Taconi marcotaconi@customeditora.com.br Gerente de Negócios Fernando Bonfá fernandobonfa@customeditora.com.br Executiva de Negócios Bruna do Vale brunadovale@customeditora.com.br REPRESENTANTES BBI Publicidade Interior de São Paulo Tel. (11) 95302-5833 Tel. (16) 98110-1320 / (16) 3329-9474 comercial@bbipublicidade.com.br GRP - Grupo de Representação Publicitária PR – Tel. (41) 3023-8238 SC/RS – Tel. (41) 3026-7451 adalberto@grpmidia.com.br CIN - Centro de Ideias e Negócios DF/RJ – Tel. (61) 3034-3704 / (61) 3034-3038 paulo.cin@centrodeideiasenegocios.com.br DEPARTAMENTO FINANCEIRO-ADMINISTRATIVO Analista Financeira Carina Rodarte carina@customeditora.com.br Assistente Alessandro Ceron alessandroceron@customeditora.com.br Impressão e acabamento Log&Print Gráfica e Logística S.A. Tiragem 80 000 exemplares Auditado por

Custom Editora Ltda. Av. Nove de Julho, 5.593 - 90 andar - Jd. Paulista São Paulo (SP) - CEP 01407-200 Tel. (11) 3708-9702 E-mail: mit.revista@customeditora.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR atendimentoaoleitor@customeditora.com.br ou tel. (11) 3708-9702 MUDANÇA DE ENDEREÇO DO LEITOR Em caso de mudança de endereço, para receber sua MIT Revista regularmente, mande um e-mail com nome, novo endereço, CPF e número do chassi do veículo

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Mit revista

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Toque nas fotos para ler as matérias

rENATO PArADA

COlAbOrADOrES

Ronaldo Bressane morre de medo

Bon vivant de carteirinha, Marcello

Ele estudou Geologia na USP e tocou

de altura. Odeia pegar elevador e só

Borges é um dos criadores da

uma fazenda de laranja em Araraquara.

viaja de avião a muito custo. Isso não

Pulso, a primeira revista brasileira

Mas a paixão pela fotografia falou

impediu o jornalista e escritor paulistano

especializada em relógios e canetas.

mais alto. Hoje, Kiko Ferrite é um dos

de perfilar como manda o figurino

Dá aulas de charutos e de conhaque na

mais requisitados profissionais de São

seu colega Jon Krakauer. Montanhista

Associação brasileira de Sommeliers

Paulo. Já retratou personalidades como

dos bons, Krakauer é o autor de

(AbS), coleciona livros sobre vinhos e

Caetano Veloso, Os Titãs, Tom Zé e

No Ar Rarefeito, livro que originou o

memorabilia dos beatles. Nesta edição,

Mariana Ximenes. Andou pelo mundo

filme Evereste. Mas, como bressane

além de assinar a seção Combustível,

todo: da Namíbia à rússia, da Alemanha

descobriu ao analisar a vida e a obra do

Marcello nos leva a uma viagem

a Pirapora do bom Jesus. Agora, ele

americano, a grande paixão de Krakauer

inesquecível pelo interior da França: a

nos brinda com belíssimos retratos do

é escrever sobre o abismo.

região de Cognac e de Armagnac.

colega Tuca reinés.

O jornalista Chico Felitti jamais

Jornalista com mestrado em

Daniel Japiassu é jornalista há 23

pensou em comprar um móvel

antropologia visual pela Universidade

anos. Trabalhou no Jornal da Tarde,

assinado. Até que conheceu Waldick

de barcelona, a paulistana Sitah divide

Gazeta Mercantil, Estadão, Folha e nas

Jatobá, responsável pela divulgação

sua vida entre antes e depois de sua

revistas CartaCapital, IstoÉ e Época.

do design brasileiro no exterior a níveis

primeira viagem para a Amazônia, em

Em 2010, fundou a revista Football.

jamais alcançados. Depois de escrever

2011. “Encontrei o meu lugar no mundo”,

Foi também editor da MIT Revista.

o perfil de Waldick nesta edição, ele

diz. Desde então, ela viaja três a quatro

Hoje, além de cuidar das duas filhas,

pensa em adquirir uma peça dos irmãos

vezes por ano para a floresta. Em agosto,

empresta seu talento a diversas

Campana. Enquanto isso, edita a coluna

esteve lá com o redator-chefe da MIT,

publicações nacionais. Aqui, com bom

PS:SP na revista sãopaulo e tenta

Henrique Skujis, para alcançar o topo da

ex-ciclista, assina a seção Porta-Malas,

terminar seu primeiro romance.

cachoeira mais alta do brasil.

que versa sobre a história da bicicleta. dezembro 2015

mit revista

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mundo uRBAno

la Vía láctea: O skate a vela é praticadogarantia na velhade música pistaboa de pouso

La noche es una niña Germinada nos anos 1970 para celebrar o fim da ditadura, a movida faz a noite de Madri POr daniel japiassu

A

bra seu mapa, marque um xis

impagável chope espanhol. Beba com

de outubro e começo de novembro. Foi

na Plaza Mayor e inicie a movi-

moderação – a noite está só começando.

em Chueca, diga-se, que Javier Bardem,

A parada seguinte é em Malasaña,

o ator, manteve o La Bardemcilla, bar

o bairro de artistas onde, entre tantos

mítico que fechou as portas em 2013.

flanar noturno pela capital espanhola. Por

ateliês, se espalham os melhores bares

A essa altura, sua intuição embriagada e

flanar noturno entenda um passeio de

de tapas e as casas noturnas mais bada-

seus novos amigos hão de lhe guiar pelos

bar em bar regado a petiscos de primeira

ladas. Aqui, em um clima descontraído de

melhores balcões. A noite pode terminar

e bebidas de variados teores alcoólicos.

paquera, conjuga-se, à perfeição, o verbo

(é só sugestão, fique à vontade...) na

A movida, diga-se, foi germinada durante

botellar – beber na rua. A trilha sonora

Calle de las Huertas, uma área que abriga

um movimento de contracultura para ce-

varia de hits do momento a sucessos do

o Café Central – ponto de encontro da

lebrar o fim da ditadura Francisco Franco,

rock espanhol dos anos 1980 – no mês

crème de la crème da literatura espanho-

no fim dos anos 1970.

passado, a mais tocada na concorrida

la do século passado (incluindo incursões

La Vía Láctea era “Corazón de Neón”,

de um certo Ernest Hemingway, que lá

co pode começar no mercado de San

da Orquesta Mondragón, banda criada

esteve para cobrir a Guerra Civil Espa-

Miguel, uma construção de ferro prestes

justamente no período pós-Franco.

nhola). Como se o apelo intelectual não

da. Esse é o termo usado pelos madrilenhos para batizar o

A escala inicial deste passeio etíli-

a completar 100 anos. Pelos corredores

14

O bairro vizinho se chama Chueca,

fosse o bastante, a região é também a

dessa babel gastronômica, você encontra

outra meca boêmia onde despontam

melhor opção para quem aprecia cerveja

iguarias de diversos pedaços do planeta:

os restaurantes mexicanos. Destaque

(há centenas de rótulos) e curte blues –

do caviar russo aos doces portugueses.

para o La Manuela, que serve acepipes

ficam por lá as mais famosas casas do

Também é lá que a primeira caña da noite

de se comer ajoelhado e empresta suas

ritmo de B.B. King. Sim, aquele mesmo

pode ser saboreada – apesar de o nome

paredes a exposições de arte – sendo a

que cantava “amanhã à noite você vai se

remeter à nossa cachaça, trata-se de o

mais famosa a do Dia dos Mortos, no fim

lembrar do que disse hoje à noite?”

Mit revista

DEZEMBRO 2015

CrEATiVE COMMONS

O MELHOr DA ViDA NAS CiDADES


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mundo sem fRonteiRAs ONDE O CONCrETO ENCONTrA A TErrA

CrEATiVE COMMONS

as cores de Frank Gehry contrastam com o skyline

O museu do canal Única obra do arquiteto Frank Gehry na América Latina, o Biomuseo é atração no Panamá POr bianca lins

M

ais um motivo para incluir

proposta com a condição de que a obra

por exemplo, espaço de projeção de

o Panamá na rota de suas

tivesse uma “função relevante”. E assim

três andares, o público anda sobre um

viagens: o país, célebre

foi feito: coberto por grandes chapas

chão de vidro enquanto conhece as

por abrigar o canal que

de metal coloridas e de onde se descor-

belezas naturais do país, projetadas em

liga os oceanos Atlântico e Pacífico, mas

tina um magnífico panorama do canal

dez telas. El Puente Surge é destinado

que se orgulha também de seus vulcões,

e da Cidade do Panamá, o Biomuseo

a mostrar como ocorreu o processo

parques nacionais selvagens, praias

pretende ressaltar a posição geopolíti-

de formação do istmo – três escultu-

desertas e tribos indígenas, contempla

ca do país no istmo centro-americano,

ras tectônicas de 14 metros de altura

desde o ano passado o único edifício na

formação que há 3 milhões de anos uniu

ajudam a entender o fenômeno. Já na

América Latina projetado pelo arquiteto

as Américas do norte e do sul. A junção

sala El Gran Intercambio, 97 escul-

canadense Frank Gehry. Trata-se do

dos continentes fez com que animais do

turas brancas, em tamanho natural,

museu da Biodiversidade (ou Biomuseo),

norte migrassem para o sul, e vice-versa.

representam os animais que cruzaram

que começou a ser concebido em 1999,

Alterou ainda os ventos e as correntes

o istmo. Em Oceanos Divididos, dois

ano em que, coincidentemente, o país

marítimas, afetando o clima e causando

aquários semicilíndricos fazem as vezes

assumiu a gestão do canal que mudou a

mudanças cruciais no meio ambiente.

do mar do Caribe e do oceano Pací-

história do comércio internacional.

16

Os 4 mil metros quadrados e as oito

fico, cada qual com suas espécies de

galerias que constituem o Biomuseo

peixes e plantas. Ou seja: ciência, arte e

– célebre pelo Guggenheim de Bilbao,

convidam o visitante a voltar no tempo

tecnologia em um só lugar. Sem falar na

entre outros prédios icônicos, e ganhador

para entender como se deu a evolução

arquitetura do mestre Frank Gehry.

do Pritzker Prize de 1989 – aceitou a

da vida na região. Em Panamarama,

n www.biomuseopanama.org

Casado com uma panamenha, Gehry

Mit revista

DEZEMBRO 2015



mundo 4x4 POr uM PLANETA SEM ASFALTO

O capitão está nu Paredão vertical mais famoso do montanhismo, o El Capitán foi parar no Google Street View POr caiO Vilela

ascensão era considerada impossível até

mente – de seu topo, que também pode

El Capitán, majestosa big wall

1958, quando uma equipe de escaladores

ser alcançado a pé, em um dia inteiro

de granito no meio do vale de

levou 47 dias para definir a rota e chegar

de trekking. No verão, caminhantes de

Yosemite, área protegida pelo

ao cume.

todas as idades percorrem a trilha que

parque nacional homônimo, na Califórnia,

sai do fundo do vale, próximo à cachoeira

oferece vistas que, até maio passado,

batidos nesse palco vertical. Em 1975,

Yosemite Falls, até o alto da montanha.

apenas escaladores experientes tinham o

um trio de californianos foi o primeiro a

“Olhar de baixo a parede é um convite

privilégio de curtir. As magníficas panorâ-

escalar o The Nose em um único dia. Ao

a flertar com o impossível”, afirma Hon-

micas estão agora disponíveis no Google

conseguir completar em 1993 a primeira

nold. Eliseu Frechou, escalador brasileiro

Street View. Trata-se da primeira esca-

free climb (com cordas, mas sem pontos

que já esteve por lá em duas ocasiões,

lada vertical a fazer parte da ferramenta

de apoio artificiais, usando apenas as

faz coro. Ao lado de Bito Meyer, ele foi o

que disponibiliza imagens em 360 graus

agarras e as fendas da rocha), Lynn Hill

primeiro brasileiro a vencer o paredão. A

de quase todos os pedaços do planeta.

deu início a uma nova era na história da

conquista, em 1994, levou nove dias e por

Para mapear o paredão, os esca-

escalada em big wall. Alex Honnold, por

uma via pouco usada, chamada Zenyatta

ladores americanos Tommy Caldwell,

sua vez, é o atual detentor do recorde

Mondatta. “O El Capitán é uma verdadei-

Alex Honnold e Lynn Hill galgaram a via

de velocidade no The Nose, registrando

ra escola”, diz Frechou. “Quem sai vivo

principal, conhecida como The Nose,

duas horas e 23 minutos de escalada

aprende muito.”

utilizando capacetes com câmeras. Nas

solo (sem cordas!) em 2012.

n www.nps.gov/yose/

imagens é possível ver agarras, fendas e

O El Capitán, diga-se,

tetos da aresta até o alto da temida

não é território exclu-

montanha. O nome do maciço foi

sivo dos alpinistas.

dado em 1851 por desbravadores

Base-jumpers

brancos, em um esforço para

vivem se

traduzir o nome original indí-

lançando –

DiVuLGAçãO

gena, totokonula (chefe). Sua

18

Desde então, diversos recordes foram

clandestina-

Os 900 metros da montanha estão agora mapeados

Mit revista

DEZEMBRO 2015

© FrED POMPErMAYEr

C

om 900 metros de altura, o





PORTA-MALAS

A BAgAgEM DO VIAJANTE

© CORBIS

POR daniel japiassu

I like bike E quem não gosta? A seguir, um passeio pela história da bicicleta

“V

ou até o alto daquela colina, subo na gerin-

(não totalmente confiável) e até ajuste de altura, o que per-

gonça e a deixo descer, desembestada.” Foi

mitia a adultos e crianças se aventurar (e se esborrachar). A

mais ou menos isso que o conde de Sivrac

novidade foi patenteada em 12 de janeiro de 1818, em Baden,

disse ao apresentar a uma plateia francesa,

sul da Alemanha, onde o barão morava, e em outras cidades

entre curiosa e atemorizada, sua mais nova invenção, o ce-

europeias, incluindo Paris. Apesar disso, sem tino comercial,

lerífero. O que se seguiu, claro, foi pura diversão – ao menos

Von Drais acabou falido.

aos olhos dos mais bem-humorados. Mas verdade seja dita:

garantido. Os pedais – avanço notável para a engenhoca – só

uma barra transversal fixada à viga para tão somente apoiar

surgiriam em 1839, graças a um ferreiro escocês de nome

as mãos, não fez muito sucesso à época. Estamos falando

Kirkpatrick Macmillan. A pedalada definitiva, entretanto, deu-

de 1790. Muitos valentões beijaram o chão ao se arriscar

-se em 1885. O inglês John Kemp Starley criou o que pode ser

em seu comando. Esse primitivo equipamento, no entanto,

considerada a primeira “bicicleta moderna”, com tração tra-

foi fundamental para a revolução que se daria quase três

seira, sistema de corrente e rodas quase do mesmo tamanho.

décadas depois.

Ele a batizou de Rover Safety Bicycle.

Em 1817 a versão da bicicleta como a conhecemos deu

22

O destino da bicicleta estava, contudo, mais do que

a traquitana de madeira sobre duas rodas, que consistia em

Hoje, calcula-se, 2 bilhões de bicicletas rodam pelo

suas primeiras voltas. Culpa de um tal barão de Von Drais. O

planeta. Na Europa, o chamado cicloturismo movimenta 40

alemão dotou a criação do conde de um sistema que permi-

bilhões de euros por ano. E, no primeiro semestre de 2015, o

tia às pessoas se equilibrarem. Por isso, Von Drais é consi-

setor das bicicletas no polo industrial de Manaus bateu os R$

derado o inventor da bicicleta, que, egocêntrico, batizou de

2 bilhões de faturamento. E tudo isso, quem diria, graças aos

draisiana. Além de um parente próximo do guidão, tinha freio

tombos do conde de Sivrac.

Mit revista

dezeMbro 2015


Cabeça feita Levando-se em consideração

segurança mesmo em caso de

que o primeiro capacete de que se

impactos violentos. O Ballista,

tem notícia (criado nos anos 1880)

novo modelo aerodinâmico

era basicamente um emaranhado

da Trek, foi eleito o melhor

de tiras de couro, eis um acessório

da categoria pela

que realmente evoluiu, a despeito de

renomada revista Bike

seu design aerodinâmico de gosto

Radar. “É bom ficar

duvidoso. Há desde os mais baratos,

atento se o capacete

que podem se rachar na queda, até

tem tecnologia MIPS,

modelos biodegradáveis, como os

que reduz os casos de

da giro. Existem ainda os dobráveis

dano cerebral em caso

(o Morpher é o pioneiro), fáceis de

de queda”, diz Luis Felipe

carregar quando fora da cabeça.

Monteiro Praça, diretor da

Um modelo que fascina os ciclistas

Trek Brasil.

profissionais é o Mixino, da Catlike: é leve e traz uma gaiola de aramida (chamada ARC), que aumenta a

n www.giro.com n www.morpherhelmet.com n www.catlike.es n www. specialized.com n www.trekbikes.com Capacete Mixino: gaiola de proteção

pare agora! Talvez a única unanimidade en-

altas velocidades com

Mas há uma desvantagem: requer

tre os ciclistas seja o desejo

apenas um dedo no ma-

manutenção com regularidade. Outros

de pedalar modelos com

nete. Além disso, controla

tipos de freio mais baratos e que valem

freios a disco hidráu-

a dosagem da freada

licos. O sistema

sem travar a roda –

permite frear em

garantia de segurança

os V-Brake. Além disso, se você é praticante de speed, os freios ferra-

em descidas, trilhas ou

dura continuam uma boa opção. Caso

naquelas situações em

a sua praia seja mesmo o off-road, os

que você precisa diminuir

especialistas batem o pé: invista no

a velocidade rapidamente Freio a disco hidráulico da shimano

o quanto pesam são o Cantilever e

hidráulico.

sem correr o risco de ser arremessado por cima do guidão.

n bike.shimano.com.br

da madeira à borracha A desvantagem é o preço. Fique de olho

de fios, mais finos eles serão e mais

e de ferro – imagine a trepidação. Só em

também na largura do pneu. Os mais

pressão poderão suportar. Consequen-

1887 é que um pai, preocupado com as

largos propiciam melhor rendimento se

temente, o pneu com alto TPI é muito

aventuras do filho, colocou a borracha

você precisar de tração (ou seja, em ter-

mais resistente a furos. Boas opções

pra rodar. Seu nome era John Boyd

reno off-road). Já para as bicicletas de

Dunlop, escocês que fundaria, dois anos

estrada, quanto mais fino

Panaracer (da Panasonic) e o

depois, a célebre marca que leva seu

o pneu, maior a velocida-

Columbiere (da Maxxis).

sobrenome. Em 1891, a Michelin criaria

de. Além disso, decore

o pneu com câmara de ar. Hoje, além

a sigla TPI, gravada

da borracha, os pneus contêm kevlar

na lateral dos pneus.

ou arame. As vantagens do kevlar são o

Ela significa threads

peso menor, a facilidade de montagem

per inch (fios por

e a possibilidade de ser dobrado, o que

polegada): quanto

facilita o transporte e o armazenamento.

maior a quantidade

FOTOS: DIVULgAçãO/ REPRODUçãO

Os pneus já foram 100% de madeira

são o Michelin Pro Race 3, o

pneus coloridos da panaracer. Gosta?

n www.panaracer.com n www. maxxis.com n www.bontrager. com/products/components/tires


PORTA-MALAS Forcinha extra Era mais longe do que você imagi-

venda no mercado.

nava? A trilha está muito hard? Não

Os mais baratos

quer chegar suado ao trabalho? Talvez

vêm com bateria

esteja na hora de você instalar um mo-

de ácido-chumbo;

tor elétrico na sua bike. Pode parecer

os mais caros, com

coisa de gente preguiçosa, mas é uma

carregadores à base de

mão na roda. Nesse quesito, a Smart

lítio. Uma coisa, porém,

Wheel, da FlyKly, merece destaque.

é igual: com eles, o ciclista ganha

Ela se adapta a praticamente qualquer

autonomia, pode dar uma descansada

bike e é operada por um aplicativo de

nas retas e guardar energia para

smartphone – em que o ciclista indica

as subidas.

um motorzinho na roda e sua bike fica elétrica

a velocidade na qual pretende pedalar. São muitos os motores elétricos à

n www.flykly.com/smart-wheel

senta que lá vem história sentado. “Mas depende, claro, da postura

os calcanhares apoiados na parte traseira

não deixa de ser irônico, já que selim (sa-

do ciclista”, ressalta Luis Felipe. “A anato-

do pedal. A perna deve ficar quase esten-

ddle) era o nome “carinhoso” pelo qual se

mia da pélvis também influencia.” Lembre-

dida. Isso dá mais equilíbrio e melhora a

chamava um dos mais brutais instrumen-

-se, porém, de uma regra: selim baixo faz

postura. Um dos selins mais festejados do

tos de tortura na Inglaterra medieval. Mas

com que o ciclista trabalhe com as pernas

mundo é o DaBomb Urbanizer, levíssimo.

voltemos... Se você é do tipo que curte

encurtadas – postura que não produz a

Outra marca incensada é a italiana Fizik,

mountain bike, um modelo mais fino e leve

força necessária e sobrecarrega ligamen-

de alta performance. E há também a Spe-

pode ser preferível; agora, se é um ciclista

tos, músculos, tendões e cartilagens.

cialized, que tem, inclusive, um equipa-

mais urbano, invista em um modelo mais

Já o selim alto faz com que a pedalada

mento chamado Assometer, para definir o

largo, acolchoado, com gel ou até molas,

não seja 100% eficiente e pode provocar

selim mais confortável para cada ciclista.

lesões com o passar do tempo. A altura do

Trata-se de um banco emborrachado com

selim deve ser determinada com o ciclista

sensores de pressão que mostram onde

sentado sobre ele e com

são os pontos (ísquios) de maior contato

A palavra-chave aqui é conforto – o que

pois passará boa parte do tempo

das nádegas com o assento. selim da marca italiana Fizik

n www.dabombbike.com n www.fizik.it n www. specialized.com n www.trekbikes.com

Computador de bordo O legal da tecnologia digital é que ela

24

vendidos computadores de bordo para

permite que você leve sempre um mapa

ciclistas. Com ele você pode medir qual-

de geolocalização. Os melhores para

quer ponto do seu trajeto e a velocidade

bikers destemidos são o Runtastic Road

média. Mais uma opção legal é o relógio

Bike e o Runtastic Mountain Bike – o pri-

de pulso garmin 610, que funciona como

meiro, para desafios urbanos; o segundo,

um personal biker virtual – ele avisa se

para enfrentar a poeira. Eles funcionam

você está na meta preestabelecida de ve-

tanto em smartphones quanto em tablets

locidade e mede sua frequência cardíaca.

com iOS ou Android e são ótimos anjos

A garmin também tem um device para

da guarda. Outra boa dica para quem

bikes, com gPS e altímetro, que vale o

gosta de manter total controle sobre cada

quanto pesa: o Edge 810.

pedalada é o Cateye Strada, um dos mais

n www.cateye.com n www.garmin.com.br

Mit revista

dezeMbro 2015

app Runtastic: guia de rua no celular


Câmbio e desligo! As primeiras bicicletas não tinham

1940, a Campagnolo, depois de inventar

quem tem pouca familiaridade com o

marcha. Era pedalar e frear. Na virada do

o sistema Quick-Release, que “apenas”

sistema convencional de troca de mar-

século 20, criou-se um sistema com uma

simplificava o parafusar e o desparafusar,

chas”, diz Luis Felipe. “A grande evolução,

catraca pequena de um lado da roda e

deu ao mundo do ciclismo o câmbio Cor-

nessa área, são os câmbios totalmente

uma catraca maior do outro lado. Confor-

sa. Por meio de uma fina haste de metal,

eletrônicos.” Eles funcionam a bateria e

me a inclinação do terreno a ser vencido,

o ciclista conseguia trocar a corrente de

têm respostas mais rápidas, melhorando

a corrente era colocada na catraca mais

catraca com a bicicleta em movimento.

o desempenho dos ciclistas.”

apropriada. Detalhe: era preciso parar e

O grande salto deu-se com a automati-

desparafusar a roda a cada troca. Nessa

zação do câmbio. Nesse sistema, não há

mesma época, em 1902, surgiu o cubo

o risco de a corrente se desprender, já

interno de marchas, versão mais prática

que ela rola sobre um único

– e cara – da catraca. Quem inventou a

aro dentado, as marchas

tecnologia, utilizada e reverenciada até

são trocadas dentro

hoje, foram os ingleses Henry Sturmey

do cubo, que abri-

e James Archer. A empresa da dupla,

ga um sistema

a Sturmey-Archer, segue uma das

de polias. “É

maiores especialistas no assunto. Em

a opção para

n www.sturmey-archer.com n bike.shimano. com.br n www.sram.com

Trocador de marchas de oito velocidades da sturmey-archer

Quadro a quadro carbono é o Specialized S-Works Tarmac

Aliperti. “Além disso, a modelagem é mais

se dê ao respeito é oferecer a maior

– usado pelo atual campeão mundial

difícil. Agora, para dar a volta ao mundo,

resistência com um peso mínimo, aliado

de ciclismo, Peter Sagan. Outra marca

sem a pressão do relógio, talvez seja ideal.”

ao menor arrasto aerodinâmico. Mas isso

de quadros de carbono (e também de

A mais importante marca de quadros de

varia de acordo com a especialidade do

alumínio) à qual você deve dar atenção é

titânio é a americana Van Nicholas.

ciclista. Enquanto um biker de estrada

a Santa Cruz – seus modelos enfrentam

busca o menor peso e a maior aerodinâ-

desafios off-road como poucos. Mas e o

mica, um piloto de downhill clama por um

titânio, tão

n www.vannicholas.com n www.santacruzbicycles.com n www.specialized.com n www.pedalpower.com.br

equipamento resistente. Fato é que, antes

falado há

de Thomas Humber entrar nesta história,

alguns anos? “Tor-

pedalar era até divertido, mas bastante

nou-se um material

cansativo. Foi esse inglês que, em 1890,

de nicho. É excelente,

criou o quadro trapezoidal (em formato

mas mais pesado que

de diamante), usado até hoje – embora

o carbono”, explica

O objetivo de qualquer quadro que

specialized s-Works Venge Vias: de fibra de carbono

com muitas variações de ângulo. A única evolução “de verdade” se deu nos materiais usados pelos fabricantes. Se Humber só tinha o ferro e a madeira à disposição, hoje há uma gama de possibilidades. Existem quadros de aço, cromo, alumínio... “Mas o material mais procurado é a fibra de carbono”, diz Daniel Aliperti, da Pedal Power. “É levíssima, tem aspecto moderno, sedutor e é eficiente em qualquer terreno.” Um dos mais festejados quadros de dezembro 2015

mit revista

25


PORTA-MALAS

CREATIVE COMMONS

parque dead Horse, em utah

Trilhas imperdíveis n utah (EUA)

ponto mais alto da trilha, a 1.730 metros,

Colônia. Já a trilha entre Mariana e Ouro

É uma espécie de Meca do mountain bike

propicia vistas maravilhosas da mata na-

Preto tem somente 11,5 quilômetros e

e, talvez por isso mesmo, no decorrer

tiva e das araucárias. O passeio termina

pode ser feita até por crianças.

dos anos foram sendo criadas trilhas

na represa do Fojo.

n www.institutoestradareal.com.br

para todo tipo de ciclista (dos turistas

n camposdojordao.com.br/turismo/passeios-

aos radicais). Uma boa pedida é o parque

imperdiveis/mountain-bike/

Dead Horse, repleto de desfiladeiros e

n sicília (Itália) Sim, estamos falando em pedalar pelo

penhascos com vista para o rio Colorado.

n estrada Real (MG e RJ)

vulcão Etna, que permanece ativo. Para

A trilha mais famosa, porém, fica na ci-

Ela sai de Diamantina, em Minas gerais,

chegar lá em cima – são mais de 3 mil

dadezinha de Moab. Chama-se Slickrock

e vai até Paraty, na costa fluminense,

metros de altura –, você pode pegar

(daí já dá para ter ideia do desafio...) e

num trajeto de mais de 1.600 quilôme-

carona em um off-road ou encarar o

tem cerca de de 20 quilômetros.

tros. No gPS, diversas cidades históri-

teleférico (dá um certo pânico, mas a

cas. O legal aqui é que são dezenas de

vista é inacreditável). Outro lugar legal

n Campos do jordão (SP)

opções de trajetos, tanto para os mais

na ilha italiana é Corleone, a cidade

Esta é para famílias, basta ter uma bike

experientes quanto para famílias ou gru-

natal de Don Vito, celebrizada na trilogia

com manutenção em dia e vontade de

pos de amigos em busca de um passeio

O Poderoso Chefão, de Francis Ford

pedalar para encarar a trilha da Casa Re-

leve. O Caminho Velho, entre Ouro Preto

Coppola. São, ao todo, 300 quilômetros

donda. São 16 quilômetros em estradas

e Paraty, tem 680 quilômetros e atraves-

de trilhas possíveis, com o Mediterrâneo

de terra e asfalto – e poucas subidas. O

sa 38 municípios – uma aula de Brasil

por testemunha.

smartphones ou laptops. Até o fecha-

dalar em ambiente urbano são o Eu Vou

não sabe o que está perdendo.

mento desta edição, o endereço reunia

de Bike (com mapas interativos)

O site é um repositório de trilhas (leves,

3,8 milhões de roteiros. Tem de tudo:

e o Áreas Verdes das Cidades, que traz

medianas ou super-radicais) de todas

desde o Caminho de Fátima, em Lisboa

trilhas em parques urbanos nos EUA,

as latitudes do globo. E o melhor: são

(com mais de 145 quilômetros), até o

na América do Sul e Europa.

3,8 milhões de roteiros Se você nunca ouviu falar de Wikiloc,

26

os próprios ciclistas que o alimentam,

Slalom de Itabirito, em Minas gerais. Já

fazendo upload desde seus gPSs,

dois bons sites para quem gosta de pe-

Mit revista

dezeMbro 2015

n pt.wikiloc.com n www.euvoudebike.com n www.areasverdesdascidades.com.br



clássicos

lugares e objetos que nasceram para ser eternos

por cadão volpato

a estrela dos tênis nascido há 98 anos nas quadras de basquete e ícone de gerações, o all star está de mudança

D

urante a segunda guerra

um tanto esquecidos. mas eis que nos

com o sapato preto de sola grossa ou

mundial (1939-1945), ele foi

anos 1970 e 1980, voltaram com tudo

os famigerados coturnos. À época,

utilizado pelos soldados em

nos pés do rock’n’roll – do flautista

era também o presente preferido dos

treinamentos de combate.

da banda progressiva jethro tull, ian

jovens mais abastados que viajavam

nos filmes americanos dos anos 1950,

anderson, aos músicos de roupas de

aos estados unidos. no fim da década

o clichê eram os meninos travessos

cores cítricas da new wave. e chegaram

de 1980, ainda como membro dos titãs

de camiseta listrada, jeans e o modelo

facilmente aos relaxados grunges da

e com um lote de músicas recusado

década seguinte – Kurt cobain adorava

pela banda, nando reis conheceu

o preto de cano alto.

cássia eller. É dela o par azul que dá

cano longo nos pés. rebeldes sem causa também gostavam de aprontar com seus tênis all star pelas ruas americanas. na década de 1960, é verdade, eles ficaram

aqui no brasil, o modelo dessa mesma cor e também de cano alto caía bem entre os punks e o povo new wave, concorrendo diretamente

o título para uma das músicas mais famosas do artista. “seu all star azul combina com o meu preto de cano alto”, canta nando reis. a converse, proprietária original da marca, nasceu em malden, no estado de massachusetts, em 1908. em 1917 veio ao mundo o primeiro all star, um simples tênis de lona criado para jogadores de basquete. quatro anos depois, charles “chuck” Hollis taylor juntou-se ao the converse all stars, o time de basquete da converse company. enquanto jogava e ensinava os fundamentos do esporte

28

Mit revista

DEZEMbro 2015


chuck taylor: o nome de batismo do all Star

pelas escolas do país, chuck também vendia o tênis e dava

dos tênis que

tempos, quando a estrela da converse

vendeu e adorou até

namorava as estrelas da bandeira

morrer, em 1969. para ele,

palpites fundamentais

bastou a assinatura ao lado

em seu desenho – foram

da estrela.

toques importantes sobre

americana – o tênis era manufaturado apenas no país. aos fãs mais radicais, uma última

em agosto, o all star

notícia: o all star tradicional, sem as “frescuras” implantadas pela nike,

flexibilidade e proteção

mudou. De leve. sua lona

do calcanhar. a marca foi

foi reforçada para aumentar

continua no mercado.

ganhando os pés dos atletas

a durabilidade. Do lado

n www.converse.com

de tal forma que a assinatura

de dentro, recebeu um forro de camurça sintética

do logotipo, ladeando a

para dar mais conforto. e a

iconográfica estrela de cinco

palmilha ganhou tecnologia

pontas.

ultraleve, que visa melhorar

o caminho ficou mais duro para o all star nos anos 2000, quando, entre outros tropeções, a concorrência

creatiVe commons

de chuck acabou no meio

cresceu. Desde 2003,

o amortecimento. o design continua o mesmo – a

Di Vu lg aç ão

essência, ao menos, não mudou, mostrando o valor da simplicidade.

quem manda na marca

Hoje, eles são

é justamente uma dessas

produzidos na china,

vilãs, a nike, que a comprou por us$

no Vietnã e na indonésia,

305 milhões. para cair de novo nas

diferentemente dos velhos

graças do rock’n roll, o tênis foi parar nas mãos do estilista john Varvatos.

reproDução

ele conseguiu unir os mundos da moda e da música com elegância e estilo. os converse all star repaginados por Varvatos voltaram a ser objeto de desejo dos roqueiros. e com um toque de genialidade: levando em consideração as mentes simples dos machos alfa cabeludos, ele fez um modelo sem cadarços, transformando-o em hit instantâneo de certos verões. a simplificação deu nova vida aos calçados de chuck taylor, um homem que, por

capa do lp de John lee Hooker. ao lado, Kurt cobain e o modelo com trechos de seu diário

sinal, jamais ganhou muito dinheiro extra pelos aprimoramentos

reproDução: tHe Hypebr.com

DEZEmbro 2015

mit revista

29


quAl o seu Mundo

pessoAs que fAzeM A difeRençA

ARquivo pessoAl

poR edgard reymann

A dona do salão Casada, com dois filhos e dois restaurantes para cuidar, a chef Janaína Rueda brilha na cozinha. Mas gosta mesmo é de bater papo Janaína Rueda adora botar a mão na massa. em parte porque não consegue ficar parada. “sou hiperativa”, diz. e também porque há oito anos abriu a casa que se tornaria um dos maiores sucessos da chamada “baixa gastronomia” paulistana, o dona onça. o bar, com sua “culinária afetiva”. transformou o Copan – edifício onde ela mora com o marido, o chef Jefferson Rueda – num polo do comer e beber bem. Aos 40 anos, casada há 12, Janaína acaba de criar com o marido um sucesso instantâneo, A Casa do porco, onde a carne suína é a estrela do cardápio. no novo restaurante, Janaína não vai para a cozinha. fica no salão. Acompanha a clientela e controla o vaivém de garçons, o funcionamento da cozinha. “É o que mais gosto de fazer”, revela. e conta que desde cedo se acostumou com a presença, em casa, dos amigos boêmios da mãe, executiva da lendária casa noturna de Ricardo Amaral em são paulo, o Hippopotamus.

depois de trabalhar no marketing da pernod Ricard, Janaína conheceu Jefferson. e quem pensa que foi ele que a pegou pelo estômago se engana. foi com uma insólita rabada que ela o conquistou.

[risos]. Ganhei confiança para seguir em frente. Qual o ingrediente dele que mais a atraiu?

Ah, sempre me apaixono por ele. não só como homem, mas gosto do

ao contrário do que se poderia pensar, parece que foi você quem pegou o Jefferson pelo estômago. Você já era chef?

sempre gostei de cozinhar, e ado-

do e a toda hora me surpreende. O dona Onça é um sucesso. existe algum segredo para isso?

não tem segredo. É o tipo de comi-

rava tudo o que o Jefferson fazia. ia ao

da que sempre amei. o arroz mexidinho

Madeleine [restaurante onde Jefferson

faz muito sucesso. e o que é? Arroz

foi chef] e acabamos nos conhecendo.

misturado com feijão, farinha de man-

Aí, um dia o convidei para jantar e fiz

dioca e carne moída.

uma rabada. O que ele achou?

Gostou muito. só me proibiu de usar caldo em tablete. e me ensinou como fazer um bom caldo de carne. A partir daí, comecei a ficar mais metida 30

profissional. ele está sempre inventan-

Mit revista

DEZEMbro 2015

não sou submissa a nada. Minha característica é não ser submissa. Talvez por isso tenha tido sucesso com o dona onça. Como é conciliar a empresária e a chef com a mãe?

não é fácil. outro dia, meu filho desceu do apartamento e veio ver se eu estava mesmo trabalhando. Tudo porque eu não pude ir à feira de ciências da escola dele. Quando não está na cozinha, o que gosta de fazer?

Gosto de dançar e cantar. Chamo um amigo meu, o Maranhão, que tem

Qual seu prato preferido?

violão e canta muito. ele toca e eu can-

strogonoff de carne, que eu mesma

to. Gosto muito de elis Regina.

faço e como [risos]. Meus filhos também adoram. Cozinha já foi um símbolo da submissão feminina. Como é pra você?

Você costuma fazer viagens para se reciclar?

Costumo ir duas vezes por ano para o exterior. nessas viagens conheci


foTos: divulGAção/RepRodução

1

2

3

4

5

6

n 1. CaSamentO Janaína e o chef Jefferson Rueda, parceiros no amor e nos negócios. n 2. múSiCa fã de elis Regina, ela costuma chamar um amigo violonista para desestressar cantando os grandes sucessos da pimentinha. n 3. COmer bem detalhe da decoração do fäviken, restaurante sueco, preferido de Janaína n 4. bebida fã de cachaça e champanhe, as duas bebidas estão nos cardápios do dona onça e da Casa do porco. n 5. relax quando a chefe e empresária precisa de uma parada, ela fica uma semana “internada” no spa Med sorocaba. n 6. negóCiOS Aberto há oito anos, o bar dona onça ajudou a revitalizar a vida noturna e gastronômica do centro de são paulo. fica no andar térreo do emblemático edifício Copan, onde Janaína também reside com o marido e dois filhos.

ótimos restaurantes, especialmente na europa. sou fã do el Celler de Can Roca, na Catalunha, e amo o fäviken, na suécia. no peru, gosto muito do osso, em lima. Qual a sua formação em culinária?

nenhuma. não fiz faculdade, e

ramen de porco também. Onde você gosta de comer em São Paulo?

Gosto muito do Mocotó, do Jiquitaia e do d.o.M. Me esbaldo quando vou a qualquer um deles. Você trabalhou numa multinacio-

quando me perguntam digo que me for-

nal de bebidas. Quais são os coque-

mei na rua. nunca pensei em faculdade,

téis insubstituíveis?

sempre mexi com vendas. Trabalho

Gosto muito dos drinques da letí-

é muito desregrada. Como fora de hora, ou fico muito tempo sem comer e aí como muito. em sorocaba descanso bem e consigo melhorar minha rotina por uns tempos. Se não fosse cozinheira, o que faria?

sempre digo pro meu marido que vou ser só dona de restaurante e vou pintar minhas unhas. quem mexe com

desde os 14 anos. Gosto da cozinha,

cia, do dona onça, e dos da Michelly

cozinha nunca pinta as unhas. seria

mas acho até que prefiro ser a empre-

Rossi, na Casa do porco. Mas, quando

uma manicure bem-sucedida. podia

endedora, de buscar gente no mercado,

quero beber algo, sempre prefiro ca-

ser garçonete, vendedora, assessora de

de montar a estrutura.

chaça ou champanhe.

imprensa. Gosto de me comunicar.

Qual a melhor culinária atual?

Ah, a japonesa. É a que trabalha melhor a tradição com a ousadia. o

O que você faz quando quer relaxar?

se não posso sair de casa, vou para

Janaína, qual é o seu mundo?

Acho que meu mundo é o salão do restaurante. ponho a mão na massa,

Jefferson e eu ficamos loucos com o

o quarto, desligo o celular, fico no es-

mas prefiro essa outra coisa, de ficar no

Koy shunka, de Barcelona. É um japo-

curo e tento dormir um pouco. quando

salão atendendo e coordenando.

nês tão bom que inspirou o Jefferson a

consigo, vou ao spa Med de sorocaba

fazer o sushi de papada de porco. e o

– e meio que me interno lá. Minha vida

n Siga Janaína no Instagram: @janainarueda1

DEZEmbro 2015

mit revista

31


combustível

bebidas para abastecer a alma

por marcello borges

para os experientes uma das bebidas mais populares e protagonista do dry martini, o gim está na moda outra vez

a

rainha-mãe, que,

mas não sem motivo. produzido na

diga-se viveu até

escócia, ganha pétalas de rosas e

os 101 anos, não

pepinos, além de ingredientes botânicos

passava sem seus

mais convencionais. sua garrafa e

goles de gim. durante as viagens

seu rótulo evocam os frascos das

oficiais, pedia aos funcionários

antigas farmácias de manipulação,

para esconder as garrafas em

sugerindo as origens medicinais do

caixas de chapéus. a escritora

gim. pois é, a bebida era vendida para

dorothy parker tem uma ótima

curar problemas de rins, estômago e

frase sobre dry martini, o mais

gota, entre outras mazelas. É suave

célebre coquetel feito com a

e fresco ao nariz, tem notas florais

bebida: “Gosto de um martini,

de fundo que cedem lugar a toques

no máximo, dois. depois de

de especiarias na boca. (r$ 250)

três, vou pra debaixo da mesa. depois de

1

quatro, pra debaixo do anfitrião”.

fotos: divulGação

Não é preciso

n 2. bombaY saPPHIre Não bastasse ser triplamente destilado e com amêndoas tostadas, alcaçuz e pimenta-malagueta na composição,

muito para apreciar

tem uma das mais belas garrafas dentre

o gim, uma das

os gins tradicionais. a presença cítrica e

bebidas mais

o zimbro manifestam-se na boca, é uma

populares da

das marcas mais recomendadas para o

história. destilado

dry martini (use vermute Noilly prat na

de cereais e

proporção que achar melhor). (r$ 110)

infundido com o

2

3

zimbro – diminuto

n 3. TaNQUeraY TeN

fruto esverdeado

Não, o número não se refere aos

trazido da toscana,

ingredientes botânicos na infusão –

itália –, leva ainda

que são oito, na verdade. a diferença

especiarias como

entre o ten e o tanqueray tradicional

coentro e cascas de

está no fato de aquele buscar um foco

cítricos. selecionamos

maior nos componentes botânicos

três opções para

do que no zimbro – por isso, a

você beber, puro

presença de grapefruit, lima, laranja

ou em drinques.

e flor de camomila, que ganham mais destaque. É outro dos melhores

n 1. HeNDrIcK’s eis o gim do momento. 32

Mit revista

DEZEMbro 2015

gins para dry martini. (r$ 130). n Todos os preços estão sujeitos a alteração.


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eqUIPAMeNToS CoM A MArCA DoS TrêS DIAMANTeS

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DEZEmbro 2015

mit revista

33


painel

objetos do desejo com alta tecnologia

por AlessAndrA lAriu, de Nova York

sem limites tecnologias e ideias que chegam para mudar a sua vida

2

1

5

fotos: divUlgação

3

4 n 1. Trailer Anfíbio em vez de um trailer, que tal algo bem menor e mais prático? o sealander é o reboque perfeito para acampar. pode ser utilizado até na água. a cabine acomoda duas pessoas com conforto – e pode ser personalizada. sealander.de n 2. smArt e pro aquele papo de que os smartphones fazem fotos tão boas quanto as câmeras profissionais aos poucos vai deixando de ser balela. É o caso do olloclip: um pequeno apetrecho que se acopla ao iphone6 e faz às vezes de quatro tipos de

34

Mit revista

DEZEMbro 2015

lentes: olho de peixe, macro, wide e selfie. e cabe no seu bolso. olloclip.com n 3. terceiro olho seriam óculos comuns, não fosse a câmera Hd embutida. para gravar, é só tocar na aba. para transferir os vídeos, basta plugar o cabo Usb. a câmera fica entre as duas lentes – só é perceptível muito de perto. muito popular entre montanhistas, podem ser usados também para espionar. spytecinc.com n 4. A voltA dos negAtivos o escaner da lomography é uma maneira interes-

sante e fácil de digitalizar seus negativos (lembra-se deles?). basta inseri-los no aparelho e as fotos aparecem no aplicativo lomoscanner, na tela do seu celular. photojojo.com n 5. impressorA de mão sim, isso é uma impressora. basta colocá-la sobre a folha de papel e ela sairá andando para imprimir o documento ou texto desejado. pesa apenas 350 gramas e pode ser levada na bolsa. o cartucho tem autonomia para até 60 páginas em preto e branco. o produto nem foi lançado, mas a primeira leva já está esgotada. zutalabs.com


mundo mitsubisHi por junior bellé

as boas-novas da marca dos três diamantes pelo mundo

ilustração pedro hamdan

Futuro presente tomate hidropônico, carvão limpo, estufa gigante, plástico-vidro... conheça essas e outras novas tecnologias das empresas pertencentes à marca dos três diamantes

mitsubisHi corporation disaster relieF Foundation

tomate hidropônico desde o terremoto seguido de tsunami que destruiu

uma fazenda de plantio hidropônico na cidade de miyagi.

a costa leste do Japão há cinco anos, empresas do grupo

a estimativa é produzir 600 toneladas anuais de tomate da

mitsubishi passaram a investir na recuperação da região.

variedade momotaro, famoso por ser suavemente picante

criou-se até um braço para coordenar as ações, a mitsubishi

e muito tolerante a rachaduras em razão de sua pele espes-

corporation disaster relief Foundation. a mais nova cria da

sa. Foram investidos cerca de us$ 420 mil na criação da

fundação visa incentivar a agricultura do país, gerando em-

fazenda, que já gerou 34 empregos diretos. o objetivo

pregos, renda e oportunidades para os moradores das áreas

é abastecer os mercados e cooperativas locais, bem como

afetadas. atende pelo nome de sunfresh Koizumi Farms,

grandes redes de supermercados. setembro 2015

mit revista

35


mundo mitsubisHi mitsubisHi plastics

uma estufa de 5 mil metros quadrados a austrália atravessa um período de seca e de problemas no abastecimento de água. para minimizar as consequências da estiagem, a mitsubishi plastics anunciou a conclusão das obras de um de seus projetos mais ousados: uma estufa de 5 mil metros quadrados, no estado de victoria. a estufa permite um sistema de plantio de alto rendimento num ambiente de baixo volume hídrico. o investimento, feito em parceira com o governo local, foi de 1 bilhão de ienes, mais de us$ 8,3 milhões. a primeira colheita já aconteceu e verduras e hortifrútis estão disponíveis no mercado australiano desde o outono.

mitsubisHi HeavY industries, mitsubisHi corporation e mitsubisHi electric corporation

a mais avançada usina a carvão do mundo a cidade de Fukushima, local do acidente nuclear causado pelo terremoto de 2011, continua buscando formas alternativas de geração de eletricidade, entre elas o carvão mineral. cinco empresas se uniram no consórcio Fukushima revitalization power para a criação da mais moderna usina a carvão do mundo. além das companhias de eletricidade Joban Joint power e tokyo electric power company (tepco), três empresas do grupo mitsubishi encamparam a ideia: mitsubishi Heavy industries, mitsubishi corporation e mitsubishi electric corporation. o primeiro desafio é criar uma indústria de base capaz de gerar empregos e aquecer a economia local. o segundo, é gerar energia limpa, algo impensável antes da criação de uma nova tecnologia: a gasificação do carvão por meio de um ciclo combinado e integrado. o projeto inclui a construção e a operação de duas fábricas, que devem entrar em funcionamento em 2020. 36

Mit revista

seteMbro 2015


mitsubisHi cHemical corporation

celular sem vidro Já imaginou uma tela de celular feita de plástico? melhor ainda, de bioplástico? Foi exatamente o que a mitsubishi chemical corporation (mcc) desenvolveu para o mais recente lançamento da sharp corporation, o smartphone aquos crystal 2. batizado de durabio, o material inaugurou a era do plástico ecologicamente amigável em telas de celular. na maioria dos aparelhos a tela é feita de vidro – a segunda opção era o policarbonato. ambos são bastante suscetíveis a quebras e, nos casos de produtos resistentes a fortes impactos, apresentam propriedades óticas limitadas. o durabio é produzido a partir de um derivado de plantas e biomassa conhecido como isosorbine. o composto tem excelente resistência a impactos, calor e mudanças climáticas, além de alta transparência e baixa distorção ótica.

Kirin HoldinGs e mitsubisHi paper mills

diamantes verdes a World Wide Fund for nature (WWF) premiou a Kirin Holdings e a mitsubishi paper mills, duas companhias do grupo mitsubishi, com o Grand prix and special business & biodiversity Katte-ni awards. a honraria, disputada por mais de 1.800 companhias, é concedida àquelas que incluem a preservação da biodiversidade entre suas metas. a Kirin Holdings foi reconhecida por seu engajamento em prol da preservação da diversidade ambiental e também por sua política de compra de matérias-primas. a mitsubishi paper mills foi escolhida por rastrear e assim garantir a sustentabilidade de seus insumos e pelos esforços feitos a fim de se tornar a primeira empresa do setor a obter a certificação Forest stewardship council, exclusiva a empresas com excelência na preservação florestal. setembro 2015

mit revista

37


mundo mitsubisHi mitsubisHi electric corporation

etros

28,8 m

beisebol em alta definição o chiba lotte marines, time da elite do beisebol japonês,

a mitsubishi electric corporation anunciou a instalação de cinco telões diamond vision. o maior deles terá 28,8 metros por 10,1 metros, o triplo do tamanho dos atuais aparelhos. além do mais,

10,1 metros

está em quarto lugar na divisão do pacífico, que integra a liga nacional. seus torcedores, no entanto, estão em festa.

a resolução aumentará cerca de seis vezes. são os primeiros telões de led da mitsubishi em estádios japoneses. eles vêm equipados com efeitos visuais e replays instantâneos.

niKon corporation

cem anos no museu o nikon museum acaba de abrir as portas e mostrar ao mundo um século de inovações na ótica, eletrônica e as mais diversas tecnologias de precisão. o museu, inaugurado dia 17 de outubro, fica no segundo andar da sede da empresa, em shinagawa, Japão. o lançamento faz parte das comemorações antecipadas pelo centenário da nikon, a ser comemorado em 2017. são 580 metros quadrados que contam em detalhe a trajetória dos produtos da empresa. É possível conhecer desde a nikon model i, primeira câmera nikon, lançada em 1948, até as mais recentes lentes e microscópios. o mais impressionante, considerado a quintessência da tecnologia óptica, é o synthetic silica Glass ingot. desenvolvido para os sistemas de litografia de semicondutores de ponta, é o mais avançado produto da empresa – e, por isso, o símbolo do nikon museum. 38

Mit revista

seteMbro 2015



mundo 4x4 capa

Jon rakauer

lições de abismo A obra do autor de No Ar Rarefeito é centrada na tragédia. mas, em vez de mirar o cume, o escritor prefere falar sobre a queda por ronaldo bressane

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Mit revista

DEzEMbro 2015


Corbis

dezembro 2015

mit revista

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mundo 4x4 capa

“N

unca ter tentado. Nunca ter falhado. Não im-

Embora desprovido de alpinismo, Sob a Bandeira do Paraíso

porta. Tentar de novo. Falhar de novo. Falhar

é fiel ao tema essencial de Jon Krakauer: a queda. Ao investigar

melhor.” Esta passagem clássica do escritor

como um crime chocante aconteceu em uma comunidade apa-

irlandês samuel beckett resume à perfeição

rentemente perfeita, ele escreve sobre o delicado equilíbrio entre

os livros de Jon Krakauer, 61 anos. Em especial sua obra mais

fé e razão em pessoas sob situações extremas. Não importa se

conhecida, No Ar Rarefeito, cuja adaptação cinematográfica,

são montanhistas, atletas, estudantes, militares ou religiosos.

Evereste, estreou em setembro último. Até ao se distanciar de seu tema essencial – a aventura –, ele escapa da visão adocica-

Jon Krakauer nasceu em 1954 em brookline, uma cidade-

recém-publicado Missoula (ainda inédito no brasil), no qual ele

zinha de Massachusetts. Logo se mudou para outra pequena

investiga um estupro ocorrido em um colégio. E descobre que,

comunidade, Corvallis, no oregon. o pai era um médico impor-

mais do que exceção, esse tipo de crime é regra no universo edu-

tante, formado em Harvard – profissão que também ambicio-

cacional dos Estados Unidos.

nava para o garoto. Foi outra lição paterna, entretanto, que mu-

para os que conhecem a veia aventuresca do autor, a obra

dou o destino do filho: a malsucedida ascensão, pelos dois, ao

pode parecer um corpo estranho. reação semelhante teve seu

topo do south sister, vulcão extinto de 3 mil metros de altitude.

editor quando recebeu o rascunho de Sob a Bandeira do Paraíso

pai e filho quase despencaram, e o jovem jamais se esqueceu

(2003), livro que veio logo depois de Na Natureza Selvagem e No

da experiência. pensando no futuro médico da família, o pai o

Ar Rarefeito. Confuso pelo tema, um crime bizarro praticado por

enviou para uma série de entrevistas em faculdades de elite

um mórmon, o homem perguntou: “onde estão as montanhas?”

da Nova inglaterra. Em uma delas, ouviu a dica de um colega:

everest: palco de uma tragédia

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Montanhista obsessivo

da do sonho americano e centra fogo em seu negativo. Como no

Mit revista

DEzEMbro 2015


“Tem uma escola hippie no fim dessa rua, dá uma checada”. Mal chegou à Hampshire College, nosso herói topou com uma

ele. “Mas subi porque tinha certeza de que, se fizesse algo tão difícil e saísse ileso, minha vida se transformaria.”

garota usando uma blusa transparente. Mais tarde ele confessa-

Com efeito, depois que subiu outros três picos inexplorados

ria: foi nessa escola, berço do movimento radical feminista, que

do Alasca, em 1974 foi convidado a escrever sobre a experiência

ele se tornou um simpatizante da causa. Chegou a usar por me-

para o jornal do American Alpine Club. Autodidata, nunca havia

ses a camiseta de uma namorada, estampada com um punho fe-

estudado letras, redação ou literatura – mas já era, como lem-

chado de uma organização de mulheres. A Hampshire não tinha

brou no livro Na Natureza Selvagem, um atento leitor de Jack

grades nem currículo definido, mas uma piscina onde era permi-

London (1886-1916), o lendário autor aventureiro americano. o

tido nadar nu – além de estimular a prática de esportes outdoor.

primeiro texto de Krakauer fez fama no mundo da alta monta-

Quando o pai soube que o garoto escolhera a faculdade no lugar

nha. De artigo em artigo, se tornou colaborador assíduo da revis-

de Harvard, deixou de falar com o filho por dois anos.

ta Outside. Em 1980, ele se casou com a botânica e também

Krakauer se formou em estudos ambientais com uma mo-

alpi-

nista Linda Moore, com quem vive até hoje, em

nografia sobre Moose’s Tooth (Dente do Alce), uma montanha

boulder, no Colorado. o casal não tem fi-

no Alasca. Mas preferiu não dar continuidade aos estudos

lhos e divide uma modesta casa de su-

universitários. resolveu investir na profissão de carpinteiro e pescador, que financiariam sua obsessão pelo alpinismo. Aos 23 anos, escalou sozinho uma montanha no Alasca, Devil’s Thumb (polegar do

terreno de 900 metros quadrados. “sou uma pessoa bem esquisita”, ele declarou ao jornal Los Angeles Times. “A última

Corbis

Diabo). “Foi muito perigoso”, contaria

búrbio que ele mesmo construiu num

dezembro 2015

mit revista

43


mundo 4x4 capa sonora de Eddie Vedder, líder do pearl Jam, e Emile Hirsch no

vez que recebemos alguém para jantar já faz uns três anos.”

papel de McCandless. o filme foi aprovado pelo escritor – que

Em 1983, ele largou o emprego de construtor de casas pré-

mantém penn e Vedder entre seus poucos amigos.

-fabricadas para se dedicar ao jornalismo. Levaria dez anos para encontrar a história que o tornaria célebre mundialmente. Em

everest, a Montanha envenenada

1992, caçadores de alce acharam o corpo decomposto de um jovem na região mais isolada e selvagem do Alasca. só meses

Em 1996 Jon Krakauer participou, ao lado de outras 22 pes-

mais tarde sua identidade seria descoberta: o defunto era Chris

soas, de uma expedição ao topo do Everest. sucessivos erros

McCandless. Naquele mesmo ano, quando seu principal repórter

dos líderes de vários grupos acabaram levando a uma tragédia

voltou da subida ao Cerro Torre, na patagônia argentina – consi-

em que nove pessoas morreram, sufocadas por uma avalanche.

derada a escalada mais difícil do mundo –, a Outside pediu a ele

Entre eles estavam rob Hall e scott Fischer, dois dos mais ex-

um perfil do aventureiro morto.

perientes guias no Himalaia. o próprio Krakauer por pouco não

A revista já havia recebido

virou picolé: chegou à sua bar-

uma enxurrada de cartas: me-

raca sem oxigênio e, mal des-

tade chamava McCandless de

maiou, a avalanche a dezenas

idiota, a outra metade glorifica-

de metros de onde estava levou

va seu idealismo. o personagem

os companheiros de escalada.

seguia assombrando Krakauer:

Ainda traumatizado com a

ele se identificava com a história

experiência, ele relatou a tra-

do garoto, em especial por ter

gédia na revista Outside – a

se acostumado, quando tinha

reportagem venceu inúmeros

a mesma idade, a se aventurar

prêmios. No entanto, ao per-

por lugares remotos do Alas-

ceber que havia cometido uma

ca. Afinal, a escalada que ele

série de equívocos na apuração,

fizera do Devil’s Thumb trazia a

resolveu voltar ao Himalaia para

mesma força suicida que havia

uma exaustiva bateria de entre-

impulsionado McCandless à ru-

vistas. Anos depois, concluiu No

ína. “Quando chegou ao Alasca,

Ar Rarefeito. Além de perma-

McCandless procurava um lugar

necer por dois anos na lista de

ainda não mapeado”, ele escre-

best-sellers do New York Times,

veu. “só que em 1992 inexistiam

o livro foi finalista dos prêmios

lugares assim no Alasca – nem

pulitzer e National book Critics. No entanto, o peso da mon-

tão, quando rasgou seus docu-

tanha – e das pessoas que

mentos de identificação, Chris

morreram por ela – se trans-

radicalmente saiu do mapa:

formou em peso de fato so-

para ele, dali para a frente toda

bre as costas de Krakauer. Ele

terra seria incógnita.” o escritor passou dois anos refazendo toda a jornada trágica

mergulhou em uma depressão severa. só dez anos depois, quando conheceu vários

de McCandless. o livro, Na Natureza Selvagem, foi um best-seller

veteranos de guerra para escrever seu livro Onde os Homens

instantâneo. Na elegante construção da narrativa, cada capítulo

Conquistam a Glória, é que se deu conta de que estava vivendo

é precedido pela citação de um mestre aventureiro, de London

um estresse pós-traumático. Há quatro anos participa de uma

a Thoreau, passando pelo Unabomber. o livro nos leva da ater-

terapia de grupo para tratar da depressão, que por vezes volta a

rorizante descoberta do cadáver do jovem às passagens de sua

assombrá-lo. o trauma pela experiência extrema jamais deixou

infância dourada. Aborda as desconcertantes descobertas da

Krakauer, que ainda se ressente do fato de ter – apesar de ser o

adolescência, a profunda investigação dos motivos que o leva-

homem certo no lugar certo – lucrado com uma tragédia.

ram a tomar uma decisão tão radical até a jornada que o levou à morte, descrita com impressionante riqueza de detalhes.

44

rEproDUção

em outro lugar do planeta. En-

Falando recentemente ao Huffington Post a respeito do documentário Meru, que registra a terrível jornada de ascensão ao

Curiosamente, de tão meticulosos os pormenores nos dei-

pico Meru, na Índia, ele comentou sobre sua experiência no Hi-

xam ainda mais intrigados a respeito da misteriosa conduta

malaia. “subir o Everest foi o pior erro que fiz na vida. Me arrepen-

do protagonista. Mais tarde o livro foi adaptado em um belís-

do de ter subido”, revelou. “sofri anos por causa do estresse pós-

simo filme dirigido por sean penn, com emocionante trilha

-traumático, e ainda sofro. sou feliz por ter conseguido escrever

Mit revista

DEzEMbro 2015


FoTos: Corbis

ao lado, as capas dos livros de Krakauer. aqui, imagens do alasca, da cordilheira dos himalaias, de soldados americanos no afeganistĂŁo e uma famĂ­lia mĂłrmon em Utah

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mit revista

45


mundo 4x4 capa um livro sobre a tragédia, mas, se pudesse voltar atrás, jamais

velação de algo inesperadamente belo.” o livro sofreu muitas

teria subido o Everest.” Certa vez, um garoto lhe pediu dicas para

críticas por ter mostrado a face fanática e nada cristã dos

escalar o Everest sozinho. “É uma escolha séria”, foi a resposta.

mórmons, e também ao opor com dureza e rudeza as noções

“se você tentar, vai ter de tomar decisões importantes com o cé-

de religiosidade e ciência – mas, como os livros anteriores,

rebro funcionando mal por causa da hipoxia [diminuição da taxa

vendeu milhares de cópias e recebeu vários prêmios.

de oxigênio no sangue] e porque não comeu o suficiente.”

Com as costas sovadas por polêmicas, o escritor encon-

Em razão do arrependimento, o escritor instituiu o Eve-

trou um tema ainda mais espinhoso em seu livro seguinte,

rest ’96 Memorial Fund, para onde destina todos os direitos

Onde os Homens Conquistam a Glória: a transformação trá-

obtidos com as vendas do livro. A adaptação para o cinema

gica de um atleta em um soldado, unindo esporte e aventura

chegou às salas 3-D do mundo todo em setembro último. Eve-

em uma chave política – criticando o sonho americano como

reste tem Josh brolin, Jake Gyllenhaal e Keira Knightley como

raros pensadores ousaram. É nesse livro que todos os seus

astros, e o tenso Michael Kelly faz o papel do escritor, que

talentos como escritor e jornalista se encontram mais agu-

detestou o filme. “É um lixo total”, disse em entrevista ao Los

dos. “Tenho interesse em tipos obsessivos”, explicou ao Los

Angeles Times. “Qualquer pessoa que vá ao cinema e queira

Angeles Times. “Acho que é um jeito de me entender. Não sou

ter uma visão realista do que aconteceu precisa ler No Ar Ra-

religioso, mas compreendo o apelo que contém o fanatismo.

refeito”, detonou.

Foi o que me levou a escalar o Devil’s Thumb no Alasca. E cla-

Mas Evereste teve o mérito de reabrir todas as controvér-

ro, não aconteceu nada depois. Mas eu entendo a busca pelo

sias escancaradas às vísceras por Krakauer: a ganância das

propósito. A felicidade não significa nada para mim. só quero

agências de turismo que transformaram o Himalaia em uma

entender como a vida ganha um significado e um propósito.”

espécie de Disney World para milionários; a falta de escrúpu-

Não satisfeito em arranjar encrencas com alpinistas, aventu-

los dos guias e das equipes de alpinismo; a arrogância e a so-

reiros, políticos, policiais, religiosos e fundamentalistas, Krakauer

berba dos escaladores. “Já percebi que a recepção aos meus livros é totalmente diferente do que imagino. Escrevi No Ar Rarefeito pensando em mudar coisas”, afirmou o jornalista em recente entrevista a um grupo de blogueiras feministas, por ocasião do lançamento de Missoula. “Com o meu livro, pen-

Ao escrever No Ar Rarefeito, ele queria deixar claro que subir o Everest é uma ideia estúpida. o efeito, no entanto, foi o oposto. o livro transformou-se na melhor propaganda das agências de viagem

se meteu em um novo vespeiro com o recém-lançado Missoula. Ao relatar um estupro ocorrido em um colégio, desagradou tanto os machistas mais hidrófobos da América profunda quanto as feministas mais radicais. “o que me inspirou a escrever este livro é que conheci essa jovem desde que ela nasceu”, contou. “Ela

sava que todo mundo veria que subir o Everest é uma ideia

acabou de fazer 30 anos e de sair de uma clínica de reabili-

horrível: pagar Us$ 70 mil por um caixão gelado? Quem seria

tação. Foi um choque descobrir isso. Era uma garota muito

tão estúpido? Eu queria matar a comercialização do Everest, e

talentosa até ter sido violentada duas vezes ainda em sua

meus amigos guias ficaram putos comigo: ‘Você arruinou meu

adolescência, o que a levou a uma depressão profunda. Fiquei

negócio’, diziam. só que, dois anos depois, um dos que mais

ainda mais envergonhado porque até então eu não sabia que

me criticaram disse bem na minha cara: ‘Muito obrigado por

ela havia ido para a clínica justamente por causa desses es-

ter escrito esse livro: nunca tive tantos clientes como agora,

tupros.” Então ele começou a pesquisar, ainda sem saber se

foi o melhor marketing que eu poderia ter’.”

aquilo se tornaria um livro. “só depois de cavar muito é que você percebe a extensão do buraco em que se meteu”, disse.

religião, política e feMinisMo

“Quis me aprofundar em como um estupro pode ser traumá-

rico com seu par de livros sobre as montanhas, o jornalista

tico. As mulheres passam anos checando as cortinas, olhando

deu um tempo nas reportagens de esporte, aventura e mon-

46

sob a cama... É por causa delas que escrevi o livro.”

tanhas para a Outside e escreveu em 2003 Sob a Bandeira do

A quem o critica por ser um homem escrevendo sobre um

Paraíso. Desceu às profundezas do inferno religioso ao inves-

“assunto de mulheres”, ele responde citando que um dos nor-

tigar os motivos que levaram o mórmon Dan Lafferty – outro

tes do livro, a síndrome do estresse pós-traumático, é univer-

sujeito obsessivo – a assassinar uma sobrinha e uma cunhada

sal. Ele próprio sofreu a doença depois da experiência no Eve-

em um sinistro ritual. Na infância, Krakauer teve muitos ami-

rest e estudou o assunto a fundo junto aos combatentes no

gos mórmons, e a intensidade de sua fé sempre o fascinou –

Afeganistão. Quanto mais se observa a obra de Jon Krakauer à

afinal, ele havia crescido em uma família de agnósticos. “Não

distância – livros tão grandiosos que parecem uma cordilheira

sei se Deus realmente existe, ainda que eu confesse que às

em qualquer estante –, nota-se outro ponto universal de sua

vezes eu me pegue rezando quando em momentos de medo

prosa: a obsessão pela verdade, não importa o quão incômo-

ou desespero – e também quando estou devastado pela re-

das sejam as perguntas.

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GLoW iMAGEs

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mundo 4x4 aventura

Queda à vista uma expedição de sete dias pela amazônia leva ao topo da cachoeira mais alta do Brasil por HenriQue SkujiS 48

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fotos SitaH


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mundo 4x4 aventura

O Jacaré-Açu repousa no rio aracá. na página ao lado, visita a Barcelos e o igarapé Preto

t 50

atunca Nara mora em Barcelos, uma das

cidade é célebre pela atividade (quase extinta) dos carpinteiros

quatro cidades às margens do rio Negro,

navais ribeirinhos. Em acanhadas oficinas, esses artesãos cons-

entre Manaus e a fronteira com o peru. tem

truíram por décadas boa parte da esquadra que navega pelos

pele de índio e fala português com sotaque

rios da região. o desmatamento criminoso segue queimando

alemão. ostenta a tatuagem de uma tartaru-

5 mil quilômetros quadrados de Amazônia por ano, mas a lei e

ga no lado esquerdo do peito e protagoniza

uma crescente conscientização ambiental cessaram a extração

uma das histórias mais controversas já escu-

de madeira dos arredores da cidade. os três primeiros dias es-

tadas na Amazônia. Como esta reportagem, no entanto, não é

correm sem pressa a bordo do Jacaré-Açu, com suas oito cabines

sobre ele, vamos deixá-la para depois. Estas páginas revelam

espaçosas. são quase 800 quilômetros a uma velocidade de 15

a jornada de sete dias por rios e florestas ao cume da maior

quilômetros por hora. A maior parte deles pelos canais ora estrei-

cachoeira do Brasil. Ela se chama Eldorado e suas águas des-

tos ora de dimensões oceânicas dos dois maiores arquipélagos

pencam majestosamente pelo paredão do monte tantalita, no

fluviais do mundo: Mariuá e Anavilhanas.

estado do Amazonas, próximo à fronteira com a Venezuela. são

A rotina no barco vai da leitura no convés ao papo com um caça-

353 metros de queda – altura equivalente à de um arranha-céu

dor ilegal de tartarugas. Do café da manhã frente a uma paisagem

de 120 andares. para chegar lá, no topo da serra do Aracá, um

estonteante e sempre em movimento às saídas de voadeira para a

dos últimos pedaços de terra intocados da América do sul, são

pesca nos igapós. Visitas a cidades e vilarejos ao longo do caminho

necessários três dias de barco pelos rios Negro, Aracá e Jauari.

também estão incluídas no cardápio. Em Barcelos, 25 mil habitan-

outro dia de voadeira pelo igarapé preto e finalmente 48 horas

tes, primeira capital do Amazonas, assistimos a uma missa na igreja

– íngremes e intensas – de caminhada por um terreno tão incli-

lotada, vimos a semifinal do campeonato de futebol regional e pro-

nado que muito cabrito-montês não teria coragem de encarar.

vamos carne de paca. foi ali, na beira do rio Negro, que encontrei ta-

tatunca esteve lá em cima inúmeras vezes.

tunca em sua casa. Ele trabalha com índios ianomâmis na extração

Enquanto eu lia confortavelmente deitado na cabine, o Jaca-

de sisal e é casado com a professora Anita Beatriz Katz Nara, chefe

ré-Açu flanava rio Negro acima. o barco de 62 pés (cerca de 20

de gabinete da prefeitura. Diz ser filho de uma freira alemã com um

metros) de comprimento, todo de madeira, foi o último a sair dos

índio da tribo ugha mogulala (!), formada por descendentes de sol-

estaleiros de Novo Airão. Dali, aliás, zarpou nossa expedição. A

dados nazistas vindos para a Amazônia em submarinos (!!). tatun-

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fotos: CAio VilElA

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© CAio VilElA

mundo 4x4 aventura

uma conversa no metro final antes do igarapé Preto despencar majestosamente 353 metros pelo paredão do monte tantalita

ca também jura que nos arredores da serra do Aracá esconde-se

sa, intocada, com palmeiras frondosas, margeia o curso d’água.

uma cidade subterrânea (!!!) chamada Akakor, em forma de tar-

A pequena largura e os troncos caídos, atravessados a cada curva,

taruga (daí a tatuagem) e onde fica a grande pirâmide de Akahim.

tornavam tudo mais emocionante e levemente perigoso. sentado

E tudo isso, me garantiu, sem jamais ter experimentado lsD. Mais

na proa, Celestino sinalizava com gestos os perigos para Alessan-

à frente jogamos âncora em romão, onde vivem 13 famílias, para

dro, no comando do motor e do leme. ora o barco acelerava, para

visitar a escola, brincar com as crianças e jogar bola no campo de

atacar um tronco por cima, numa manobra cheia de estilo. ora era

grama à beira do rio Aracá. foi lá que embarcaram dois caboclos:

preciso que todos desembarcassem e levantassem a embarcação

Celestino dos reis e Alessandro Cordovil de souza. Eles se junta-

sobre os ombros. Diversas vezes tivemos de usar a motosserra para

ram a nós para ajudar a expedição a, como diziam, “lograr êxito”.

vencer as árvores caídas que impossibilitavam a passagem.

Vez ou outra, ao longo do caminho, o capitão do Jacaré-Açu

52

só nos restava, portanto, aproveitar o anda-e-para e nos refres-

desligava o motor. E o barco virava trampolim para um mergulho

car no igarapé preto. Com cuidado, porém, para não pisar nas ar-

no Negro. pular na água a partir do convés, nadar sem direção

raias – a dica é arrastar o pé no fundo. o passeio, vez ou outra, era

ou apenas boiar ao sabor da correnteza – eis os esportes radi-

observado por um queixada, espécie de porco-do-mato. Apareceu

cais que praticávamos, enquanto o almoço era preparado pelas

também uma turma de ariranhas, curiosas, ariscas e prontas para o

três cozinheiras. Não raro, tínhamos a companhia de botos cor-

ataque, se ameaçadas. Macacos atiravam-se de árvore em árvore.

-de-rosa ou cinza, estes últimos conhecidos como tucuxis. foi o

Aqui, revoadas de araras são tão comuns quanto belas. igarapé aci-

que aconteceu próximo ao encontro do Negro com o Aracá – i.e.

ma, libélulas azuis e borboletas laranja coloriam a mata. A imprová-

no meio do nada –, quando um pequeno cardume desses ma-

vel cor ferrugem da água, onde nadavam peixes graúdos, dava um

míferos nos circundou, a cerca de 20 metros. saltavam como se

tom onírico ao cenário. De repente, de uma curva repleta de troncos

quisessem nos ver tanto quanto nós queríamos vê-los.

retorcidos tal qual uma escultura de frans Krajcberg, avistamos um

A expedição entrou à direita, deixou o Negro e tomou o rumo

imenso paredão de pedra. Após a planície amazônica se estender

norte pelas águas rasas do Aracá – apesar do calado de apenas 1

por milhares de quilômetros, ali estava a serra do Aracá – parte do

metro, ideal para a navegação na época da seca, o Jacaré-Açu logo

planalto das Guianas, uma sucessão de montanhas em formato de

sinalizou ser melhor não avançar muito, sob risco de encalhar. No

mesa que começa na Venezuela. Era lá para o alto que nos dirigía-

terceiro dia, o capitão jogou âncora. A partir dali, seguimos de vo-

mos. Ainda faltava vencer esse maciço de 1.300 metros de altitude

adeira – pequena embarcação de metal e motor de popa. o con-

para, enfim, mergulhar nas águas da cachoeira do Eldorado.

forto caiu, mas a emoção subiu. foram cerca de dez horas Aracá e

A aventura a bordo da voadeira terminou numa pequena praia

Jauari acima. Enveredamos então pelo apertado e sinuoso igarapé

de pedra e lama. tiramos os chinelos, calçamos as botas. o primei-

preto, formado já pelas águas da cachoeira do Eldorado. o nome,

ro trecho do trekking, de duas horas, foi manso, de inclinação leve.

diga-se, não faz jus à sua cor: ele é ferrugem. Uma floresta den-

Naquela mata fechada, de ar úmido e terra molhada, o melhor é não

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Depois de passar por comunidades ribeirinhas, com direito a mergulhos no rio negro, a expedição chega ao topo da serra do aracá com auxílio de cordas e fica frente a frente com a cachoeira do eldorado. no caminho, encontros com arraias, macacos e bichos-pau. À noite, antes do sono na barraca, o preparo do jantar na fogueira

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mundo 4x4 aventura

Mirante para a cachoeira do Desabamento. abaixo, tatunca nara em sua casa

parar. Mesmo porque formigas enormes estavam prontas para es-

saga. No segundo dia de caminhada é que são elas. Não é neces-

calar nossas pernas. os mais precavidos vestiam perneiras contra

sário técnica de escalada, mas as mãos buscam sempre apoio em

eventuais ataques de cobras e aranhas – elas existem. A travessia

árvores, raízes, cipós ou pedras – tudo para ajudar o corpo a ven-

de um córrego de águas limpas e lentas sinalizou a hora do primei-

cer a inclinação quase vertical do paredão. Nos trechos mais com-

ro acampamento: uma clareira onde Celestino, Alessandro e outros

plicados, cordas presas às arvores auxiliam a subida. Mas não há

oito caboclos nos ajudaram a montar as barracas individuais. Hora

motivo para pânico. Apesar de bem-vindo, não é preciso preparo

de esquentar o substancioso jantar: arroz, carne moída e um tucu-

físico de atleta. Nossa expedição era formada por pessoas entre

naré assado ainda de manhã, na

20 e 60 anos de idade, pesando

cozinha do Jacaré-Açu.

dos 60 aos 100 quilos.

Durante a refeição, voltamos

Conforme ganhávamos al-

a falar de tatunca. ouvi a voz

tura, o pescoço insistia em virar

dele gravada no celular, no dia

para trás, procurando a magnífi-

anterior, em Barcelos, quando

ca paisagem que começava a se

fiquei sabendo que nas déca-

insinuar entre as árvores. Che-

das de 1970-80, com a promes-

gamos ao topo da chapada. An-

sa de localizar a cidade perdida

tes da comemoração, visitamos

de Akakor, ele foi um requisita-

o mirante da cachoeira do Desa-

do guia de turismo na região.

bamento. Com 200 metros de

teve entre os clientes diversos

altura, tratava-se apenas de um

estrangeiros – em 1983 chegou

aperitivo do que viria pela fren-

a guiar a trupe do mergulhador

te. Mais meia hora de trekking

francês Jacques Cousteau. o

54

e o estrondo da água anunciou,

fato de as inúmeras expedições comandadas pelo “índio alemão”

finalmente, a conquista da cachoeira do Eldorado. foi um momento

nunca terem encontrado nem sombra de Akakor nada significam

de arrepiar. Entramos nas águas cristalinas e mansas. Dá para na-

perto das acusações que pesam sobre ele. três turistas estran-

dar sem perigo até um metro antes de o despenhadeiro engolir o rio

geiros – um americano, um suíço e uma alemã – desapareceram

e virar a cachoeira mais alta do Brasil. A sensação é tamanha que

durante uma excursão comandada por tatunca. sumiram na flo-

por horas a expedição se extasiou com o visual. Alguns se sentaram

resta. Mas deixemos o mistério para depois e voltemos à nossa

sobre as pedras. outros passeavam pra lá e pra cá. Gritos. fotos.

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a arquitetura do hotel Mirante do Gavião, em novo airão, pouso final da jornada

silêncio. Bom mesmo é se deitar de bruços na beira do precipício.

ção única, maravilhosa. Na manhã seguinte terminamos de explo-

E ficar apenas com a cabeça solta, admirando a queda da água so-

rar o topo. Chegara a hora de, muito a contragosto, começar a volta

verter montanha abaixo. Ao que se saiba, ninguém nunca chegou à

para Novo Airão. Com direito a uma parada estratégica no mirante

base da cachoeira. Ainda é um pedaço de Brasil a ser conquistado.

que nos deixou de frente para todo o esplendor da cachoeira do El-

De repente, uma revoada de milhares de andorinhas, até então

dorado. A visão integral dos 353 metros de água em queda livre ins-

aninhadas atrás do véu aquático, tingiu momentaneamente o céu

pirou novas fotos e muita meditação. Estávamos tristes por deixar

de preto. Quando o grupo se dissolveu, olhamos para baixo. E dis-

o monte tantalita para trás. Mas também ansiosos para voltar ao conforto flutuante do Jacaré-Açu.

tinguimos um casal de araras sobrevoando a copa das

Guiana

Cachoeira do Aracá

árvores. outro casal. E mais outro. E ainda outro. Deze-

mã confirmou: seu nome é Gün-

A

Pará

ra cá

Bavária. Nos anos 1960, por cau-

Barcelos

floresta tropical. Não dava a

sa de dificuldades financeiras, deixou a mulher e os três filhos

R

menor vontade de ir embora.

io N

em Nuremberg. Mudou-se para

eg

As horas passavam e todos

ro

Ri

o

So

lim

Novo Airão õe

s

Celestino e sua trupe, veio o chamado para o almoço: ham-

ther Hauck, nascido em 5 de outubro de 1941 em Coburg, na

romão

e amarelo o tapete verde da

já devidamente montado por

roraima

io

dupla, tingindo de vermelho

paisagem. Do acampamento,

da década de 1980, a polícia ale-

R

nas de pássaros voando em

seguiam deslumbrados com a

E tatunca Nara? Bom, no fim

venezuela

Manaus

o Brasil e se radicou no Amazonas. passou uma borracha nas origens e criou sua lenda pessoal. De bem com a vida em Barcelos, nega qualquer acusação

búrguer de frango, salame e provolone. tarde livre para andanças

quanto ao desaparecimento dos turistas. tudo não passaria de

pelo cume e banhos de rio nas inúmeras piscinas naturais. À noite,

fofoca de um guia concorrente. Não gosta de receber visitas, mas

um forte temporal nos lembrou de que estávamos na Amazônia.

está à disposição para levar qualquer um até a cachoeira do Eldo-

Hora de se refugiar confortavelmente na barraca para ler, escrever

rado. E, quem sabe, encontrar Akakor.

ou simplesmente deixar o pensamento voar – enquanto o mundo desabava lá fora. E sentir o sono chegar de mansinho. Uma sensa-

n www.katerre.com e www.turismoconsciente.com.br DEZEmbro 2015

mit revista

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mundo 4x4 carro

56

Mit revista

dezeMbro 2015


ASX outdoor o crossover da Mitsubishi ganha detalhes e conjunto mais off-road

fotos: tom papp

Toque para ver o vĂ­deo

a cor grafite estå nas maçanetas, nos retrovisores e na grade do radiador

dezembro 2015

mit revista

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mundo 4x4 carro

o painel é completo e ergonômico. as rodas de liga leve têm 16 polegadas

É

para começar, o sistema de suspensão foi recalibrado, com

pado com motor 2.0 de 4 cilindros e 16 válvulas. Com 160 ca-

o aperfeiçoamento de molas e amortecedores. para agradar

valos de potência, o motor, fabricado no Brasil, tem comando

quem gosta de enfrentar trilhas de vez em quando, os pneus

variável mIVEC e cabeçote e bloco feitos de alumínio ultraleve.

um asX. mas este tem sobrenome: outdo-

foram trocados para modelos atR de 16 polegadas. a vocação

or. a nova versão do crossover da mitsu-

fora de estrada também está visível nos dois ganchos do para-

bishi ganhou diversos detalhes na cor gra-

-choque traseiro.

fite – maçanetas, retrovisores, aerofólio,

“Essas mudanças todas não significam que o veículo seja

saias laterais... os faróis receberam más-

somente para o uso off-road”, explica Reinaldo muratori, di-

cara negra, a grade do radiador está maior,

retor de engenharia e planejamento da mitsubishi motors do

as caixas de roda trazem moldura de pro-

Brasil. “tivemos o cuidado de deixá-lo adequado para todos

teção e o rack de teto está de cara nova. as

os tipos de uso, seja no fora de estrada ou passeando com a

novidades, no entanto, vão além dos detalhes estéticos.

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Mit revista

dezeMbro 2015

família pelas cidades e rodovias.” o asX outdoor chega equi-


Toque para ver mais fotos

as mudanças tornaram o carro ainda mais pronto para enfrentar trilhas, mas o aSX outdoor acelera com destreza em todos os pisos. É ideal também para rodar na cidade ou acelerar na estrada a tração é 4x4 e o câmbio, manual de cinco marchas.

esportivo, ideal para pistas sinuosas; e LoCK (bloqueio do diferencial), que proporciona mais segurança em pisos com pouca aderência. o crossover é equipado com controle de tração e estabilidade (asC e tCL), que mantém o veículo na trajetória correta, evitando o escorregamento lateral e atuando em conjunto com o motor e sistema de freios. Um dos principais destaques

Compacto por fora, amplo por dentro, o asX transporta cin-

do carro é a segurança. o veículo tem estrutura projetada sob

co pessoas com todo o conforto, graças ao grande entre-eixos

o conceito RIsE de deformação controlada e a coluna de dire-

de 2,67 metros. Bagagem também não é problema: o porta-

ção e os pedais de freio são colapsáveis.

-malas tem capacidade para 605 litros. o carro conta ainda

Dois airbags e o sistema de freios aBs com EBD (Electro-

com sistema eletrônico para acionamento da tração. Basta

nic Brake-force Distribution) garantem a perfeita distribuição

um simples toque no botão do console central para acionar

de força de frenagem entre as rodas dianteiras e traseiras, em

o modo 2WD (tração em duas rodas, com maior economia

todas as situações. Entre as cores disponíveis, a novidade está

de combustível); 4WD (tração nas quatro), para um uso mais

nestas páginas: o laranja sun shine. dezembro 2015

mit revista

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mundo sem fronteiras perfil

tuca r

e

i

n

ĂŠ

s

suas obras sĂŁo elegantes e despojadas. dois conceitos que se refletem na vida e no trabalho do fotĂłgrafo paulistano por fernando paiva retratos kiko ferrite

60

Mit revista

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dezembro 2015

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kiko ferrite

mundo sem fronteiras perfil

É de pequeno que se torce o pepino. Meio século atrás, em

ca”, conta o caçula e temporão das irmãs Clara e suely. a sede da

1965, uma máquina fotográfica – na época ninguém dizia câmera

senier – anagrama de reinés – funcionava num antigo casarão no

– entrou na vida de tuca reinés para nunca mais sair. Literalmen-

porto de santos. “Minha ligação com o mar vem daí: desde peque-

te. É essa veterana Beauty super ii, fabricada com muito esmero

no meu pai me levava a bordo dos navios nos quais fazia manuten-

no Japão, que o fotógrafo segura no retrato de abertura. Continua

ção.” a empresa tinha filiais em recife, paranaguá e rio de Janeiro.

novinha em folha. em estado mint, diriam os americanos.

“e por causa disso também comecei a viajar de avião muito cedo.”

“Máquina era um objeto da casa, da família, como geladeira”,

a família mantinha um apartamento de frente para o mar no

relembra. “Meu pai comprou para a gente usar e tirei minhas pri-

embaré, em santos. ali e na vizinha são Vicente o garoto come-

meiras fotos num passeio ao zoológico.” ele se levanta da mesa

çou a mergulhar, surfar – “Naquelas pranchas pesadíssimas de

de reuniões do seu amplo e iluminado estúdio no bairro dos Jar-

compensado naval” – e esquiar: “Meu tio tinha lancha”. ele se re-

dins, em são paulo, e volta com uma série de retratos em preto e

corda também de acompanhar as pescarias paternas em praias

branco de sua autoria. entre eles, um do lendário Minas Gerais ancorado no rio de Janeiro, com a ilha fiscal ao fundo, em 1968. Curioso é que a imagem do porta-aviões, a junção do mar com o ar, já

aos 12 anos ele fotografou o porta-aviões Minas Gerais. a imagem já sintetizava mar e ar, barcos e aeronaves, duas de suas grandes paixões

sintetizava duas grandes paixões: bar-

Boraceia, Barra do Una, Cambury. “ele adorava barco, me levava para almoçar a bordo daqueles cargueiros mistos, que transportavam carga e passageiros em cabines de luxo, me mostrava a ponte de comando”, recorda-se. tanto

cos e aeronaves. Mais tarde viria o prazer pelas longas travessias

que quando seu José morreu, em 1967, a primeira pergunta que o

de 4x4 por lugares remotos como o deserto do atacama, a cordi-

menino se fez foi: “Quem vai me levar agora para ver navio?”

lheira dos andes ou as planícies da terra do fogo. Mas ele sempre

62

totalmente selvagens e vazias, como

tuca cursou o primário e o antigo ginásio no Dante alighieri.

gostou de voar. tanto que sua exposição mais recente, a deste ano,

“escola dura, exigia bastante, tínhamos de ler publicações em ita-

O Olhar Vertical, que gerou o livro O Olhar em Suspensão, mostra

liano, cheguei a assinar o Corriere della Sera.” Depois, relaxou. to-

nada menos que 50 cidades brasileiras retratadas do alto. foram

mou dois paus consecutivos no Dante e se mudou para o objetivo.

103 horas de helicóptero em quase dois anos de trabalho.

Já tocava bateria, numa banda chamada Nautilus.

José antônio reinés nasceu em são paulo em 11 de julho de

“aí formamos uma só de fotógrafos”, diz. “armando prado, tho-

1956, filho de pai argentino e mãe andaluza. o pai fabricava e distri-

mas susemihl, roberto Donaire, paulo Vainer e iko ouro-preto, ir-

buía produtos de borracha: mangueiras, correias, esteiras indus-

mão do Dinho.” Meados dos anos 1970. abriam shows de ed Motta

triais. “fornecia também os cassetetes para a antiga força públi-

e Marisa Monte no aeroanta, bar no largo da Batata comandado

Mit revista

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fotos: arQUiVo pessoaL

em sentido horário, a partir do alto, à esquerda: tuca na bateria, durante show dos anos 1970; a bordo do helicóptero com o amigo arnaldo pinto em uberlândia, MG, em busca de fotos para a exposição O Olhar Vertical; no mar da Bahia, 2009; na porta do museu do surfe de Santa cruz, califórnia, 2014; na casa do lendário Jack o’neill em Santa cruz, 2015; e em filicudi, nas ilhas eólias, norte da Sicília, 1983

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mundo sem fronteiras perfil

trabalho autoral: os len莽贸is Maranhenses vistos do alto

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pelo velejador Beto pandiani. “as meninas eram rita Lobo, Virginia punko, Luciana Vendramini – namorada do paulo ricardo, do rpM –, Lara Gerin no backing vocal.” os points, Cais, na praça roosevelt, e Carbono 14, na treze de Maio. “Loucura 31 dias por mês, essa era a vida.” em 1977 entrou na faus – faculdade de arquitetura e Urbanismo de santos. pensou em fazer geografia, mas uma viagem para Brasília, seis anos antes, foi decisiva. “eu acompanhava a arquitetura modernista da cidade em revistas como Realidade, Claudia e Casa & Jardim, que meus pais assinavam”, conta. “Mas, quando vi Brasília ao vivo, fiquei louco.” Diga-se a bem da verdade que ele nasceu e foi criado numa casa modernista. “ficava ao lado do ibirapuera, aonde eu ia de bicicleta ver os aviões na oca, que abrigava o museu da aeronáutica”, diz. “Com 12 anos eu já conhecia Niemeyer, Lúcio Costa, Burle Marx.” Na faculdade, veja como é o destino, logo no primeiro ano ele foi se apaixonar justo por quem? pelas aulas de comunicação, a cargo de Cristiano Mascaro. “ele era editor de fotografia da Veja”, afirma. “e fiquei amigo dele.” Mascaro apresentou ao jovem pupilo o lado histórico da fotografia, com robert frank. “e a partir daí fui descobrindo os que me influenciariam – richard avedon, Herb ritts e meu preferido, françois Halard, que misturava estilo de vida, moda e arquitetura como ninguém na Vogue americana.” a partir da década de 1980, foto e arquitetura já andavam de mãos dadas. “peguei um trabalho grande no Condephaat para levantar construções históricas em ilhabela e são sebastião – e passei a ganhar dinheiro.” seu estilo elegante foi percebido aqui pelos editores de Vogue e Casa Vogue, com as quais colaborou durante 30 anos. e do exterior vieram assignments importantes: Architectural Digest, Elle, Traveler Condé-Nast e Wallpaper. “ele é um profissional refinado, cujas imagens são calcadas essencialmente na elegância, sua característica mais pessoal”, afirma o colega e crítico Juan esteves. “se eu pudesse usar o termo state of the art para uma pessoa, seria o tuca.” prêmios, exposições e aquisições por museus foram se sucedendo. a competência e o temperamento low profile fazem com que ele seja convocado pelos principais arquitetos e decoradores brasileiros para confeccionar portfólios refinados de casas, apartamentos e sedes de fazenda para seus clientes – do interior paulista a Nova York, do litoral de santa Catarina a Milão. Glamour à parte, tuca e a designer Carla reinés, casados desde 1990 e com dois filhos, Georgia e eric, jamais abriram mão de um jeito de viver elegante e despojado. Simple chic. a casa que mantiveram durante anos no outeiro das Brisas, sul da Bahia, foi testemunha disso. Lugar para receber os amigos, base de mergulhos e pescarias, famosa pelas peixadas que o próprio anfitrião preparava e pelo civilizadíssimo hábito da boa conversa, arte que tuca cultiva com maestria e prazer. “ele é um adorável contador de histórias”, afirma Clarissa schneider, publisher da revista Bamboo. “Quando fotografa arquitetura, é matemático, mas quando clica interiores, o olhar amacia – busca a beleza da luz entrando pelas janelas, a porta entreaberta, os rastros de vida deixados ao acaso.” dezembro 2015

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mundo sem fronteiras perfil

Momento de tensão: resgate na hora H no alto dos andes

Nos fins de semana, o casal foge para o litoral norte paulista. ali,

estava eu, vestido de astronauta, com um Gps colado ao corpo e

tuca embarca no Zabumba, seu flexiboat branco com capota azul

três máquinas a tiracolo: uma Nikon, uma Leica de titânio e uma

– “Meu grande companheiro há sete anos” –, e sai em busca dos

pentax 6x7.” Ventava tanto e o teto estava tão baixo que eles só

peixes. “pesca submarina e foto são muito parecidas”, explica. “Da

conseguiriam decolar uma hora depois.

mesma maneira que saio com a câmera à procura de uma grande

“perto do cume, um platô de uns 100 metros quadrados, o pi-

cena, quando mergulho com o arpão procuro um grande peixe.”

loto manteve o helicóptero no ar e disse que era pra gente saltar –

No verão, ruma para Belmonte, litoral baiano, onde é sócio com

em meia hora estaria de volta.” o vento rugia, a temperatura beira-

três amigos de uma ilha praticamente selvagem.

va os 40º C negativos. o gringo apontou para uma nuvem enorme:

“tuca é dos poucos fotógrafos realmente internacionais que

“ali é o aconcágua, fica de olho”, disse. e sumiu para a tal inspeção.

o país já produziu”, afirma o colega Jr Duran. “seus livros pu-

tuca olhou para baixo e deu com o abismo – estavam a 3.700 me-

blicados pela taschen – The Hotel Book: Great Escapes South

tros de altitude. Do aconcágua e seus imponentes 6.980 metros, a

America e Living in Bahia – são biscoitos finos, uma aula de sensibilidade, luz e cores”, elogia o catalão, outro apaixonado por voar de helicóptero, a ponto de tirar o brevê de piloto. Uma das imagens preferidas de

“ele é um dos poucos fotógrafos realmente internacionais que o país já produziu”, elogia jr duran. “seus livros publicados pela taschen são biscoitos finos”

tuca, aliás, tem como protagonista

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montanha mais alta do hemisfério sul, nem sinal. “aí descobri que por causa do frio a Nikon havia travado e a Leica, pifado”, conta. “a única que ainda funcionava era a pentax, toda mecânica.” passaram-se 30 minutos e nada; 45 minu-

um helicóptero vermelho nos andes. em julho de 2001, ele e

tos; uma hora e quinze... o gringo já havia voltado. “Comecei a ficar

o jornalista eduardo Logullo estavam na estação de esqui de

preocupado quando ele começou a tirar da mochila cordas, víve-

portillo, no Chile, realizando uma reportagem sobre estilo de

res e raquetes de neve.” De repente, um barulho de rotor salvou o

vida para a Vogue. “Lá conheci um cara do alasca, um cabelu-

dia. ele sacou a pentax e fez uma única foto.

do especialista em avalanches”, conta. “Quando ele detectava

“Quando pousamos, tinha bombeiro, equipe de resgate, os do-

uma área com risco de desmoronar por causa do excesso de

nos do hotel, o Logullo, todo mundo esperando pelo pior”, conta.

neve, ia lá e dinamitava tudo antes.”

“Certos de que dormiríamos na montanha ou voltaríamos a pé,

Certa noite, no bar do hotel, o americano o convidou para

por causa da tempestade.” foram para o bar e comemoraram com

acompanhá-lo. iria fazer uma inspeção num lugar remoto, de onde

o conhaque mais caro. Quanto ao tal retrato espetacular do acon-

era possível, garantia, fotografar o aconcágua, na vizinha argenti-

cágua, feito de um ângulo fenomenal – bem... este ainda falta no

na, de um ângulo fenomenal. “No dia seguinte, às 7 da manhã, lá

portfólio do aventureiro tuca reinés.

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em sentido horário, a partir do alto, à esquerda: aviões antigos em quarteirão de Bebedouro, interior paulista; ipanema, 2013; Mike tyson posa em sua casa em atlantic city, eua, 1990; tapeçaria dos irmãos campana no theatro Municipal, São paulo; detalhe do hotel fasano no rio, 2008; e interior do farol de Mãe luiza, natal, rn, foto integrante da coleção Masp-pirelli

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mundo sem fronteiras viagem

O caminho do prazer No sudoeste da Franรงa, Cognac e armagnac oferecem bem mais do que os melhores brandies do planeta por marCellO bOrges

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© bloomberg/ getty images

Funcionário da rémy martin enche um cálice de conhaque vsOP, na sede da empresa em Cognac

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mit revista

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mundo sem fronteiras viagem

U

ma breve olhada no mapa das regiões

um defeito, está nas paredes das casas da cidade: trata-se de

vinícolas da França revela de imedia-

um fungo escuro chamado tórula, que adora o clima úmido

to que o sudoeste é um paraíso para

(lembre-se, você está na beira do rio Charente) e a evapora-

quem aprecia bebidas finas. mas não

ção do conhaque que sai das caves: a cada ano, mais de 22

apenas isso. Como você descobrirá,

milhões de garrafas evaporam das adegas, algo que os locais

nosso roteiro de carro vai levá-lo ao en-

chamam poeticamente de part des anges. enquanto nós jo-

contro das delícias que fazem de Cog-

gamos o popular “gole pro santo”, os anjos que pairam sobre

nac e armagnac lugares inesquecíveis.

Cognac se fartam com os eflúvios alcoólicos dos melhores

COmeCe em OrlY

brandies do planeta... Ninguém lava ou pinta as paredes porque o danado do fungo é um atrativo local.

Desembarcando em orly, alugue um carro e procure a ro-

perto dali você encontra uma das experiências gastronômi-

dovia a10. Do aeroporto até Cognac são 474 quilômetros, que

cas mais interessantes da região: o la ribaudière, restaurante

você pode percorrer sem parar em quatro horas e meia – ou

estrelado pelo michelin e comandado pelo chef thierry Verrat

fazer uma pausa no meio do caminho.

(2, place du port) em Jarnac, a 15 minutos de carro de Cog-

sugiro tours como opção de parada, onde o restaurante

nac. o menu “saveurs”, a 94 euros, é acompanhado

Charles barrier, bem no coração do vale do loire, oferece

por cinco conhaques diferentes. se quiser, claro, pode acompanhar o jantar com vinhos

pratos regionais que podem ser acompa-

comuns, mas não terá o mesmo

nhados de vinhos memoráveis, como os

charme...

brancos da uva Chenin blanc. a cidade é medieval – não perca

Visite a rémy martin

os belíssimos vitrais

(20, rue de la societé Vini-

da catedral de st. ga-

cole), uma das chamadas

tien – e tem um belíssi-

Quatro grandes casas de

mo jardim botânico. procure o

conhaque (as outras são

pessoal do loire Valley time travel

Hennessy, Courvoisier e martell).

para conhecer as vinícolas, e passe a

Juntas, elas são responsáveis

noite no Hôtel l’adresse (12, rue de la

por 75% da produção. Há vá-

rotisserie), minimalista e estiloso.

rios tipos de visitas na rémy, dependendo de seu grau de

COgNaC

conhecimento e de quanto

De tours até Cognac são 247 quilôme-

quer gastar. Veja no site www.

tros. siga viagem após o café da manhã.

visitesremymartin.com/ pt-br/the-tours e esco-

a cidade foi fundada no século 9º e fica

lha com antecedência. o

à margem do rio Charente, chamado pelo monarca Francisco 1º de “o mais

keN taNaka

belo curso d’água de meu reino”. eviden-

charme das pequenas destilarias, no entanto, não pode ser

temente, a atração principal são as destilarias

deixado de lado. procure a www.cognacwinetours.com

ou maisons de conhaque – brandy duplamente destilado de

e selecione uma das opções. evidentemente, em todas

vinho branco e envelhecido em barris de carvalho de limousin

as destilarias você pode comprar garrafas dos conhaques que

ou de tronçais.

achar interessantes – mas lembre-se do limite de 12 litros de

o le bistrot de Claude (7, rue grande) é uma das melhores

bebida por passageiro, bem como da cota de Us$ 500. além

pedidas de restaurante da cidade, com opções como os tour-

do mais, não se esqueça de que você ainda vai passar por ar-

nedos ou as formules, combinações de pratos e sobremesas.

magnac!

para se acomodar e poder conhecer as maisons com calma, há hotéis clássicos como o François 1er (3, place François

De Cognac a Nogaro, no bas-armagnac, são 292 quilômetros, quase três horas de viagem pela a10 e depois pela a65.

1er), com 25 quartos e piscina. ou o Domaine du breuil (104, rue robert-Daugas), um château do século 19 em meio a um parque de sete hectares. Um dos encantos de Cognac, que muitos confundem com

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bOrDeaUX No caminho, você pode fazer uma parada estratégica em bordeaux, a 123 quilômetros de Cognac. Conhecida univer-


© JeaN-marC barrere/ getty images © reproDUção

O portão medieval de saint-Jacques, no rio Charente, e prato do estrelado la ribaudière

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mit revista

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mundo sem fronteiras viagem

salmente pela qualidade de seus vinhos tintos, centrados nas

em Nogaro – do latim Nogarolium, “lugar plantado com

uvas Cabernet sauvignon, Cabernet Franc e merlot, bordeaux

nogueiras” – hospede-se no Château d’izaute (route de lau-

é chamada poeticamente de “pérola da aquitânia”, região da

zujan). a razão é estratégica: fica a um pulo do Circuit paul

qual é capital. se eu fosse você, ficaria pelo menos dois dias

armagnac. inaugurado em 1960 como a primeira pista cons-

ali, para comer e beber regiamente.

truída especificamente para corridas na França, o Circuit de

Não vou recomendar visitas a vinícolas de bordeaux porque,

Nogaro – como também é chamado – permite participar dos

como dizia Júlio gouveia, apresentador da primeira versão do

“batismos”. são três voltas na pista com a pessoa no assento

Sítio do Pica-Pau Amarelo, “isso é uma outra história, que fica

do passageiro em carros de passeio (entre 50 e 80 euros) ou

para uma outra vez”. mas vale a pena conhecer lugares como o

cinco voltas pilotando um veículo de competição (250 euros)

le pavillon des boulevards (120, rue Croix-de-seguey), estrelado

atrás de um pace car que mostra a trajetória e a velocidade

pelo michelin e com uma carta de vinhos à altura da cidade. Uma

a serem obedecidas. Consulte o site do autódromo para sa-

loja bem recomendada pelos pró-

ber os dias e os horários (www.

prios franceses é a la Caisse de

circuit-nogaro.com).

12 (9, avenue Charles de gaulle),

Depois de dirigir (e não an-

um caviste independente com

tes, bien entendu), você poderá

seleção esmerada não apenas

conhecer as casas produtoras

de vinhos de bordeaux como de

de armanhaque. a mais antiga

outras regiões francesas.

maison de Nogaro é a Dartigalongue, fundada em 1838, que

Vai ser difícil sair da cidade, mas se quiser conhecer os ex-

produz desde armagnac Vsop

cepcionais brandies de armag-

até 30 anos e millésime.

nac será preciso retomar a a65:

a região disponibiliza diver-

são 176 quilômetros de borde-

sos roteiros enogastronômi-

aux a Nogaro, no bas-armagnac,

cos, muitos com hospedagem,

território dos melhores brandies

como o gastronomia no país de d’artagnan, em auch. sim, é

de armagnac.

o nome do personagem de um armagNaC

dos três (na verdade, quatro)

poucos sabem que o arma-

mosqueteiros. inclui-se hotel e

nhaque é uma bebida mais anti-

um menu com cinco pratos e

ga que o conhaque: já em 1310 o

vinho. Você está na gasconha,

Vaticano se valia da aguardente

onde os locais se gabam de

da região como medicamento.

uma gastronomia “sans beurre

o lugar deve seu nome a um ca-

et sans reproche”, ou seja, sem

valeiro chamado Herreman, que

manteiga e sem remorso...

ganhou as terras do rei Clóvis.

Depois, é voltar a paris pela

seu nome latinizado era armi-

a20 ou pela a10. a a20 tem um

nius, que os gascões transformaram em armagnac.

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© J.D. Dallet/ agb pHoto

trajeto mais curto e passa por Cahors (onde você pode provar

Diferentemente de Cognac, onde grandes produtores dão

vinhos da uva malbec original – sim, ela é uma uva francesa)

as cartas, em armagnac a maioria é de pequenos produtores,

e por limoges, que tem porcelanas famosas no mundo todo.

muitos deles em empresas familiares e com produção limita-

Dê uma passada na fábrica royal limoges e escolha algumas

da, quase artesanal.

peças para dar um up no seu serviço de mesa.

a destilaria de armagnac é do tipo alambique vertical ou

se preferir voltar pela a10, terá a chance de fazer nova pa-

de coluna, enquanto o alambique de Cognac é o chamado

rada em bordeaux, agora para levar algumas garrafas e com-

charentais ou de caldeira. Como passa por apenas uma des-

pletar a dúzia que pode trazer. pense em comprar, ainda no

tilação, em armagnac o brandy é mais aromático, porém não

brasil, uma dessas malas especiais para vinhos – mas cuida-

tão elegante quanto o conhaque. (aliás, a palavra brandy vem

do na volta, porque ela chama muita atenção. se seus vinhos

do holandês brandewijn, “vinho queimado”: é o que se faz na

e brandies estiverem dentro da cota (Us$ 500 e 12 litros por

destilaria, “queima-se” o vinho para produzir a eau de vie que

pessoa), tudo bem. Caso contrário... você terá de se entender

será envelhecida em barris de carvalho...)

com a alfândega.

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© J.D. Dallet/ agb pHoto © NiColas tUCat/aFp/getty images

Na outra página, anúncio de armanhaque dos anos 1950. acima, rótulos feitos à mão pela família Delord. e um alambique vertical da bebida

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mundo sem fronteiras carro

New outlaNder faz 19,85 km/l

O

Mitsubishi New Outlander foi de São Paulo a Brasília sem precisar reabastecer. Com motor 2.2 a diesel de 165 cavalos, o carro percorreu os 1.161

quilômetros entre as duas cidades com apenas 58,48 litros de combustível – uma média de 19,85 km/litro. “Sabíamos que se tratava de um carro econômico, mas esse resultado nos surpreendeu”, explicou Reinaldo Muratori, diretor de engenharia de planejamento da Mitsubishi Motors. O trajeto foi feito em condições normais, respeitando o limite de velocidade nas rodovias, entre 80 e 110 km/h, ultrapassando caminhões em trechos de mão simples, andando com velocidade reduzida durante as obras na BR-050 e enfrentando temperaturas de 15° C (em São Paulo) a 34°(no Distrito Federal). Desde o momento da saída da capital paulista, o teste foi acompanhado por um auditor do grupo Falcão Bauer – a empresa lacrou o tanque e esteve o tempo todo próximo ao New Outlander.

após 1.161 quilômetros entre São Paulo e Brasília, ainda havia combustível no tanque

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Mit revista

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Toque para ver o vídeo


Brasília

FOtOS: DivulgaçãO

Goiânia

uberlândia

Belo Horizonte

ribeirão Preto

BR

rio de Janeiro

-0 50

o teste foi auditado pelo grupo Falcão Bauer

São Paulo

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mundo urbano perfil

made i

n

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z

i

l

Como Waldick Jatobá deixou a Chefia de um banCo e se tornou dono da maior mostra de design do país por chico felitti

E

m 2011, Waldick Jatobá sofreu para se desfazer de uma coleção de arte. Vendeu desenhos de Tunga. Liquidou fotos de Dora Longo Bahia. passou nos cobres 22 cadeiras de Sergio rodrigues. Desfez-se de plantas em estruturas criadas sob medida por Vic Meirelles. As obras faziam parte da coleção do Banco privado português, e ele as amealhara como diretor das operações da instituição no Brasil. o banco

acabara de quebrar. Lá se iam seu emprego e a coleção do escritório no Itaim Bibi, em São paulo. Waldick apagou a luz, trancou a porta e devolveu as chaves para o dono do imóvel. Quatro anos depois, aos 50, ele ri da história. “Mas na época doeu bastante”, confessa. Desde o epílogo de sua passagem pelo mercado financeiro, esse baiano dedica seu tempo e o conhecimento adquirido em três décadas colecionando arte para comandar a maior mostra de design do país. Tornou-se um dos nomes mais respeitados na área. “Sempre gostei de design, por mais que a palavra esteja maltratada”, diz. “Falam até em ‘designer de sobrancelhas’”, explica, ainda com um fiapo de sotaque. Belo design, diga-se, têm seus óculos. Antes de sair para um passeio pelo bairro paulistano dos Jardins, ele prende à estilosa armação lentes escuras portáteis. Nessa manhã, Waldick está precisando de um café. Varou a madrugada trabalhando. o evento da vez é o MADE. o acrônimo significa Mercado+Arte+Design – pronuncia-se “mádi” e não “meid”, como a palavra inglesa. Há três anos, por uma semana, o evento expõe peças inéditas de meia centena de designers em um espaço no Jockey Club paulistano. Waldick considera a mostra consolidada no calendário brasileiro. “É um pouco da minha herança bancária”, conta. “o primeiro ano foi uma apresentação linda, coisa de poderio. o segundo serviu para as pessoas pensarem: ‘Esse cara vai ficar?’. E o terceiro, com crescimento de expositores e conteúdo, mostrou que vim para ficar.” Não que o negócio seja altamente rentável. “Ainda estou fundeando, com minhas economias.” o evento conseguiu se pagar em 2015. E, nas contas do curador, há grande esperança de lucro no ano que vem.

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ArQuIVo pESSoAL

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1

2

FoToS: ArQuIVo pESSoAL

mundo urbano perfil

3

1. com o pai no primeiro ano de vida; 2. fantasiado no jardim de infância; 3. durante um trekking no parque Nacional de itatiaia (rJ)

Apesar de trazer nomes já consagrados como a designer ho-

Sua objetividade no ofício conquistou elogios pelo mundo. “É

landesa pieke Bergmans e o arquiteto japonês Sou Fujimoto, um

muito necessário que cada país tenha um profissional com o perfil

trunfo (e um triunfo) do MADE é garimpar novos talentos. Além de

dele”, diz o italiano, também curador, Costantino D’orazio. “o Wal-

indicações de Bruno Simões, arquiteto e designer da sua equipe,

dick tem um profundo conhecimento do mercado e também da

uma romaria de estudantes recém-formados, com portfólio em

arte. Sabe catalisar esses dois fatores, que por vezes não conver-

mãos, costuma bater à sua porta. “Nove entre dez desses jovens

sam”. o diálogo é importante não apenas no plano abstrato. Waldi-

ouvem um ‘não’”, lamenta. “Não adianta eu dizer que é bom se não

ck gosta de conversar bastante com os designers antes de decidir

é, ou se não tenho espaço para expor.” o evento cobra r$ 2 mil de

representá-los ou investir em suas peças. os irmãos Campana são

cada um das dezenas de designers que expõem. “o que vem de

o sobrenome mais presente em sua casa. “São despretensiosos e

graça perde o valor”, argumenta. “E o designer precisa estar perto

geniais, combinação sem igual.” A admiração é recíproca. “Ele tem

da obra durante a semana de mostra para explicá-la.”

contribuído para direcionar mais olhares ao design brasileiro, prin-

Em 2015, o MADE migrou para a Europa. Waldick levou 47 designers brasileiros para Milão na primeira edição internacional da

cipalmente aos jovens”, diz Fernando Campana, metade da dupla de designers que figura entre as mais badaladas do mundo.

mostra. Sentiu uma deferência aos artistas que o acompanharam.

Há também na casa de Waldick peças de renomados desig-

Muitos expuseram trabalhos com pegada brasileira. Foi o caso da

ners, como uma cadeira de Joaquim Tenreiro (1906-1992) e uma

paulistana Carol Gay, de 39 anos, que faz luminárias a partir de car-

mesa de Giuseppe Scapinelli (1891-1982). Mas a maior parte de

tas de baralho e abajures com chapéus de couro no estilo canga-

sua coleção é de amigos. “Mais de 90% das peças que tenho, comprei porque conheço quem fez.”

ceiro. para Milão, ela levou uma chaise feita de cintos de segurança coloridos. “o brasileiro sofre de torcicolo, de tanto virar o pescoço para ver o que acontece nos Estados unidos e na Europa”, afirma. “Temos trabalhos fenomenais aqui.” para ele, a chancela do exterior garante uma sensação de segurança na hora de investir em peças, “que não

em busca de uma vaga no made, evento para jovens talentos do design, uma romaria de estudantes bate à porta de Waldick. nove entre dez deles, ouvem um ‘não’. “não adianta eu dizer que é bom se não é”

positivo: “Com o dólar perto de 4 reais, talvez as pessoas se ve-

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gio suspenso por fios dentro de uma caixa de madeira – bolada por Lucas Neves, a peça se chama o Tempo Voa. Seu acervo, no entanto, começou bem modernista – Carybé, Di Cavalcanti, Calasans Neto, José pancetti... “Mas eu não conseguia falar com eles”, relembra. “Estavam todos mortos.” Na virada

necessariamente é verdadeira”. Waldick espera que a crise cambial tenha ao menos um lado

A mais recente aquisição foi um reló-

do milênio, vendeu quase toda a coleção – desta vez, ao contrário da liquidação pós-Banco privado português, com grande alegria.

jam obrigadas a olhar aqui para dentro. Somos um país estético”.

Ao fim da conversa na cafeteria Le Vin, Waldick pede fiado.

Ele fala com conhecimento de causa. Sua família não tinha uma

“É que faço várias reuniões por dia aqui.” Além de estar prestes

relação próxima com a arte. o fato de ser nascido e criado em Sal-

a fechar três propostas de negócios para os dias seguintes e de

vador foi determinante para essa relação. “Eu ia a museus e an-

planejar exposições, tem na lista de próximas tarefas a criação de

dava pela cidade, que foi erguida da arte. Não tinha como não me

um livro sobre parques de arte contemporânea pelo mundo e o

relacionar.” Morou em Nova York, paris e rio. Em 2002, pousou em

lançamento de um uma publicação com o perfil de 29 fotógrafos

São paulo, onde começou a trabalhar como curador, ofício que lhe

brasileiros de moda com os também curadores paulo Martinez

parece ainda pouco desenvolvido no país. “o curador é um facili-

e Graziela peres. Ambos os livros da editora Luste. “Não ganho a

tador – ponto”, sintetiza. “Ele precisa entender o que o artista quer

fortuna que mereço, como ganhei na época do banco, mas sou

mostrar e colocar aquilo de forma didática para o público.”

muito mais feliz agora.”

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Š MASSIMo FAILuTTI

Waldick: mescla de conhecimento do mercado e de arte

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mundo urbano estilo

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A cArA dA modA ilustração ken tanaka

BarBa Bem cuidada está novamente em voga. conheça as melhores BarBearias do Brasil e do exterior

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mundo urbano estilo

F

oi Darwin quem cravou esta: os barbudos

Gagliasso e Christian Göran (o modelo sueco que tem deixa-

vingaram na história porque as mulheres

do as moças de pelo arrepiado) aparecem com a cara coberta,

sempre os consideraram mais atraentes

imediatamente todos os homens querem copiá-los.

do que os barbeados. Pura seleção

Nos últimos anos, as grandes cidades do mundo assistiram

natural. Mas os cientistas e, mais do que

à chegada de salões que, mais do que cortar o cabelo, se

eles, os pesquisadores contemporâneos

especializaram em deixar as barbas como manda o figurino.

insistem em tentar decifrar por que a

Essas barbearias lembram salões de beleza femininos, nos

barba segue forrando o rosto de metade

quais a visita vira um programa social, um encontro de

da população masculina mundial.

amigos. Nelas, além do trio barba-cabelo-bigode, o cliente

tudo parece ser, desde tempos imemoriais, uma questão

tem à disposição um vasto cardápio de bebidas e charutos.

de virilidade. Houve, ao longo da

É possível comer uma pizza e até

história, sinais de honra associados

jogar uma sinuca. E todas vendem

à

uma completa linha de produtos

barba

cortá-la

era

uma

para deixar os pelos mais bonitos,

vergonhosa punição. alexandre, o Grande, no entanto, proibiu que seus soldados a usassem. seriam, segundo o rei da Macedônia, presas mais fáceis, podendo ser puxados por ela durante o combate. Guerras à parte, o fato é que

as novas BarBearias lemBram os salões femininos, nos quais a visita é um encontro entre amigos

brilhantes e macios. “o homem ganhou seu salão de cabeleireiro”, diz o empresário Bruno van Enck, da Corleone, em são Paulo, uma dessas barbearias contemporâneas que estão fazendo

a barba sempre esteve à mercê da moda. Princi-

a cabeça masculina.

palmente hoje.

Conheça a seguir al-

se George Cloo-

gumas das melhores

ney e Brad Pitt

barbearias

ou até Bruno

das pelo mundo.

espalha-

Produtos de beleza da cavalera. na página ao lado, acima, a ludlow Blunt, em nova York, e, abaixo, as duas unidades da corleone, em são Paulo

São paulo

rio de janeiro

n corleone lembra as antigas barbearias nova-iorquinas dos filmes de máfia. o mobiliário dos anos 1920 e 1950, no entanto, se integra a televisões modernas, lounge bar, wi-fi e cardápios via tablet (450 rótulos de cervejas e charutos). Já são dois endereços na cidade. todos com estúdio de tatuagem, videogame (Playstation 4) e mesa de sinuca. a primeira caneca de chope é por conta da casa. r. Dr. renato Paes de Barros, 390, itaim, e r. Nova Cidade, 26, Vila olímpia www.barbeariacorleone.com.br

n d.o.n. Barber & Beer Já são três unidades e uma quarta, no shopping da Gávea, será inaugurada em breve. além de tratamento de beleza que inclui cortes de barba e cabelo, tingimento de cabelo, esfoliação do couro cabeludo, hidratação e limpeza de pele, o destaque é a carta de cervejas. as prateleiras ostentam rótulos premiados, como Mikkeller, Baltika, Vedett, Coopers, Duvel e Delirium. Há espaço também para as brejas artesanais brasileiras Wals e Backer. o primeiro chope summer ale é por conta da casa. av. Visconde de Pirajá, 414, loja 105, ipanema, e mais dois endereços www.donbarberbeer.com.br

n cavalera Funcionando dentro de três lojas de roupas da marca homônima, têm visual inspirado nos salões californianos e mexicanos das décadas de 1940 e 1950. a linha própria de produtos para cabelo e barba inclui pomadas, loções e óleos. além do cafezinho e da água, oferecem cerveja sempre gelada. r. oscar Freire, 1102, Cerqueira César facebook.com/barbeariacavalera

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n Barbearia do Zé o tal Zé que deu o nome à barber shop é o avô de um dos sócios, e sua elegância inspirou o empreendimento – ele andava sempre na estica e com um pentezinho no bolso. ao passar pela porta, escolha entre o chope therezópolis ou um café expresso, ambos cortesia da casa. são três

cadeiras de barbeiro e um amplo espaço para espera, com sofás e poltronas. Há quem passe lá apenas para beber ou encontrar os amigos. o lugar tem ar moderninho, com tijolos aparentes e quadros pendurados aleatoriamente. oferece ainda uma arara com roupas masculinas à venda, 15 opções de cervejas artesanais, petiscos, cosméticos importados e até objetos de sex shop. r. Dias da Cruz, 170, Edifício Jari, Méier www.barbeariadoze.com.br buenoS aireS n Peluqueria la época Cortar o cabelo em uma poltrona de 1899 ou aparar a barba em outra de 1905? são 8 mil itens das mais diversas épocas, formando uma espécie de museu da barbearia da américa latina. Dá para comer uma media luna, tomar um café portenho e ouvir alguém deslizando os dedos nas teclas do piano que divide o espaço com um gramofone. Guayaquil, 877, Caballito


Fotos: DiVulGação

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© CorBis

mundo urbano estilo

no mercado Central já se comeu a melhor empadinha de bH. não mais. Hoje, dois grandes atrativos são o queijo da serra Canastra e o fígado com jiló. Sem falar de uma boa farinha

o viaduto de santa teresa, o museu de artes e ofícios e o mercado central: atrações, como o fígado com jiló

Barbeiros e clientes da the schorem, em roterdã, na holanda

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nova York n ludlow Blunt o salão montado em uma antiga farmácia de 1870 tem um quê de Velho oeste e um bocado do filme Gangues de Nova York. Por falar nisso, Martin scorsese e oliver stone já usaram a ludlow Blunt como locação. o salão aparece na série Boardwalk Empire, nas mãos de scorsese, e em Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme, dirigido por stone. o tradicional barbear com toalha quente sai por us$ 45. aqui, as mulheres também são atendidas – lady Gaga e tilda swinton, por exemplo, são clientes. 85 North 3rd street, Brooklyn www.ludlowblunt.com n Blind Barber Entre o corte de cabelo e a barba aparada, você pode saborear uma pizza e tomar um drinque. serviço completo. Depois das 18h, a barbearia fecha as portas, mas falta espaço no balcão e nas mesas do bar anexo. Mais do que uma barbearia, é um lugar para ir com os amigos. Não necessariamente vocês precisam escolher juntos a cera para o cabelo ou creme para limpeza de pele. 339 East 10th street, East Village www.blindbarber.com n fellow Barber a rede criada em 2006 por sam Buffa, um dos maiores responsáveis pelo renascimento das barber shops na cidade, tem cinco unidades – três em Nova York e duas em san Francisco. Na filial do soho, o chão de madeira e as paredes de tijolo aparente com detalhes em branco e verde combinam com as cadeiras retrô, nas quais você se sentará para arrumar a barba por us$ 40. sua linha de produtos contempla de xampus a velas aromatizadas. 33 Crosby street, soho www.fellowbarber.com londreS n dolce & gabbana Barbiere sim, trata-se da barbearia da célebre grife italiana. No comando está Carmelo Guastella, barbeiro responsável nas últimas décadas pelo visual dos modelos que fazem os anúncios da marca. as instalações, inclusive, ficam dentro da loja D&G da New Bond, estrelada rua de compras da capital londrina. 53-55, New Bond street www.dolcegabbana.com roterdã

JEllE MollEMa PHotoGraPHY

n the schorem haarsnijder en Barbier apesar de o visual dos barbeiros sugerir um público rockabilly ou excessivamente vintage, os clientes que disputam as concorridas cadeiras dessa casa holandesa são dos mais variados estilos. a schorem vende pôsteres, tem uma linha de produtos e comercializa DVDs mostrando seus cortes patenteados. tratase de uma instituição no gênero. a Corleone, barbearia paulistana, está prestes a fechar uma parceria com a schorem. Nieuwe Binnenweg, 104 www.schorembarbier.nl

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mundo urbano carro

o dia em que o evo x venceu a ferrari 430

0,1

segundo. Mais precisamente 0,109 segundo. Foi essa a diferença entre o Lancer Evo X e a Ferrari 430 na linha de chegada da 31ª edição

dos 500 km de São Paulo. Os dois bólidos entraram na reta final colados, em um dos finais de prova mais emocionantes da história da competição. A minúscula diferença fica ainda mais inacreditável em se tratando de uma batalha de 500 quilômetros, 146 voltas e que teve mais de quatro horas de duração. A tradicional prova do automobilismo brasileiro aconteceu no Velo Città, autódromo em Mogi Guaçu, interior de São Paulo. O multicampeão Ingo Hoffmann (maior vencedor da Stock Car brasileira), Guilherme Spinelli (pentacampeão do Rally dos Sertões) e o experiente piloto Leandro Almeida se revezaram ao volante do Evo X. Desde o começo da disputa, o carro da marca dos três diamantes brigou pelas primeiras posições, mas o trio assumiu a liderança a apenas oito voltas da bandeirada. “Eu tinha certeza de que, se chegássemos ao final da prova, terminaríamos bem colocados. Mas essa vitória foi demais”, disse Almeida, que, ao lado de Ingo e Guiga, correu pela equipe OldBoys, responsável pela preparação do veículo. “Começamos e terminamos a corrida com o carro perfeito. A velocidade, a resistência e a facilidade de guiar um carro com tração integral nos deram a chance de conquistar essa vitória”, contou Guiga.

n Vale a pena assistir aos segundos finais da prova no instagram.com/p/7TbCBHMYnz/ n www.autodromovelocitta.com.br

FOtOS: VInICIuS FERRAz/ A4BI

Toque para ver o vídeo

o Mitsubishi Lancer evo cruzou a linha de chegada 0,109 segundo à frente

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Mit revista

DEZEMbro 2015


Leandro almeida, Ingo Hoffmann e Guiga Spinelli: vit贸ria ap贸s 500 km

DEZEmbro 2015

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DezeMbro 2015 tom papp

adriano carrapato

adriano carrapato

adriano carrapato

cadu rolim

cadu rolim

tom papp

tom papp

cadu rolim


universo

mitsubishi No asfalto ou na terra, a marca dos trĂŞs diamantes tem a diversĂŁo certa para vocĂŞ

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universo mitsubishi

@nacaomitsubishi

@mundomit

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Fotos: cadu rolim

autódromo velo città

lancer cup

Um bicampeão e três estreantes Tirando Bruno Mesquita, os outros vencedores da Lancer Cup 2015 são novatos

d

eu bruno mesquita. de novo.

vas da temporada, venceu seis e ficou na

sido o terceiro colocado na classifica-

o empresário paulistano,

segunda colocação em quatro.

ção geral em 2014, mas correndo de

na lancer r, ricardinho Feltre e

rada da lancer cup em 2013,

mauro neuenschwander, que dividem

cer rs com o pé direito. “estou muito

repetiu a dose neste ano. para erguer o

o mesmo carro, foram os campeões

feliz”, vibrou santiago. parnes, outro es-

troféu pela segunda vez, agora na catego-

da temporada. “eu vim do rali, da terra.

treante, havia participado da premium

ria rs, ele novamente travou uma batalha

comecei agora a acelerar no asfalto e já

racing school, o curso de pilotagem

à parte com o carioca elias Jr., o mesmo

consegui esse título”, explicou ricardi-

da mitsubishi. “a sensação de vencer

adversário da primeira conquista.

nho. “É bom demais ganhar ao lado de

o campeonato é deliciosa”, afirmou.

um amigo.” também estreante, neu-

“hoje trouxe toda a minha família para

disse bruno, que somou 274 pontos,

enschwander contou estar apaixonado

assistir: estou muito orgulhoso.”

ante 261 de elias. “ele é um grande pilo-

pela lancer cup. “ser campeão logo no

to, me espelho muito nele para evoluir. e

primeiro ano é maravilhoso.”

“Foi uma disputa muito difícil e leal”,

92

lancer r. estreou no comando do lan-

campeão da primeira tempo-

posso dizer que evoluí muito em 2015. o

na categoria master, destinada a

título deste ano foi mais merecido que o

pilotos com mais de 45 anos, luiz san-

de 2013.” bruno conquistou seis das sete

tiago venceu na lancer rs, e bernardo

pole positions disputadas e, das 14 pro-

parnes, na lancer r. santiago havia

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DezeMbro 2015

n Confira os resultados completos no tablet da MIT Revista ou no site www.mitsubishimotors.com.br

patrocinadores: armura, artfix, btG pactual, lubrax, pirelli, sky, unirios

Confira aqui a classificação


tom papp

ao lado, a equipe que faz a lancer cup acontecer. nesta pรกgina, a disputa entre Mesquita e elias na etapa final dezembro 2015

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93


lancer cup

cadu rolim

depois de muita disputa na pista do Velo cittĂ ao longo do ano, o campeĂŁo da categoria lancer r Master foi Bernardo parnes (no alto da pĂĄgina)

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Fotos: ricardo leizer

universo mitsubishi


tom papp

cadu roliim

Fotos: ricardo leizer

cadu roliim

na etapa realizada no aut贸dromo ayrton senna, em Goi芒nia, Bruno Mesquita, no alto do p贸dio, venceu e arrancou para o t铆tulo da temporada

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lancer cup

ricardo leizer

Fotos: tom papp

universo mitsubishi

no alto, o campeão da categoria lancer rs Bruno Mesquita e os pilotos alexandre navarro e Marcelo Brisac. no meio, os boxes do Velo città na última etapa do ano. acima, o vice-campeão da lancer rs elias Jr. e os campeões da lancer r, Mauro neuenschwander e ricardinho Feltre

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por renato Góes

eVo day

autódromo velo città

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ricardo leizer

universo mitsubishi

pé embaixo: donos do lancer evo aceleram em busca do melhor tempo

É dia de Lancer Donos do sedã da Mitsubishi se divertem no autódromo Velo Città

l

ancer day e lancer evo day. dois

lancer e vir brincar em um autódromo

te. o superesportivo da mitsubishi sente-

eventos criados sob medida para

como o velo città”, resumiu. “É tudo muito

-se em casa numa pista homologada pela

quem tem o sedã da mitsubishi e

bem organizado e seguro.”

Federação internacional de automobilis-

quer acelerar na pista. ao volante

mo (Fia) – vale lembrar que neste ano, além do velo città, duas etapas acon-

também estava lá – pela segunda vez. “É

podem experimentar tudo o que um

fantástica essa oportunidade de acelerar

teceram no autódromo internacional

lancer oferece. “É a melhor experiência

o nosso próprio carro e testar o limite dele,

ayrton senna, em Goiânia. o publicitário

que eu poderia ter neste sábado de sol”,

ver como se comporta em alta velocida-

sergio laureano, de sorocaba (sp)

resumiu o engenheiro bruno perrota, a

de, nas curvas...” na primeira bateria do

estava lá. “tem dois prazeres que um fim

bordo de um lancer Gt. ele adquiriu o

dia, eduardo cravou 2min13seg. bruno

de semana como este me proporciona. o

carro há seis meses, encontrou com outro

fez 2min16seg. “o mais legal é que na

primeiro é o de acelerar fundo o meu evo

dono de lancer na estrada, ficou sabendo

segunda-feira o carro está lá na garagem,

X. o segundo é o de encontrar os amigos

do lancer day e veio participar da última

pronto pra nos levar ao trabalho.”

e falar sobre algo de que todos aqui gos-

etapa do ano, no dia 14 de novembro. “não tem nada mais legal do que pegar meu 98

o analista de sistemas eduardo Freitas

de seus próprios carros, os participantes

Mit revista

Quando os lancer evo entram em ação, os tempos diminuem sensivelmen-

tam: carro e velocidade.” n www.lancerevoday.com.br

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Fotos: ricardo leizer

cadu rolim

marcos rabioGlio

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por renato Góes

Fun day

Passeio de gala Com a palavra, os participantes da prova de regularidade no Velo Città

o

carro do dia a dia. aquele

que leva à escola, ao traba-

mais do que ser rápido, é preciso ser

rente. não é todo dia que a gente pode pilotar em um autódromo.” dono de um

lho, ao dentista, ao cinema.

regular. as baterias são de 30 minutos,

lancer, o contador alessandro craveiro

sem precisar mexer em

com pista livre. “o Fun day traduz bem

foi outro que ficou fascinado com o Fun

nada no seu mitsubishi, você pode par-

a personalidade da marca”, afirmou o

day. “adoro aproveitar esse diferencial

ticipar de uma emocionante prova no

goiano rodolpho santos, que partici-

proporcionado pela mitsubishi”, expli-

autódromo velo città, em mogi Guaçu,

pou de uma etapa da temporada 2015

cou. “usar meu carro para participar

(sp). o Fun day, idealizado para donos

ao volante de seu mitsubishi outlander.

de uma competição bem organizada,

de lancer, asX e outlander, é uma

100

pela pista.

o estreante alexandre chaer

prova de regularidade: os participan-

acelerou seu asX ao lado da mulher. o

tes devem passar no tempo certo nos

casal conseguiu aliar desempenho à

pontos de cronometragem espalhados

diversão. “Foi uma experiência dife-

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divertida e com segurança faz com que eu me sinta muito privilegiado.” n Confira os resultados completos no tablet da MIT Revista ou no site www.mitsubishimotors.com.br

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ricardo leizer

cadu rolim

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ricardo leizer

adriano carrapato

ricardo leizer




por Juliana aMato

Motorsports sudeste

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marcio machado

universo mitsubishi

Toque para ver o vídeo de Ribeirão Preto (SP)

Festa em Ribeirão Preto Com mais de 250 carros, Nação 4x4 fecha a temporada 2015

Q

(sp) mais de 250 carros nas três catego-

ceram três etapas durante o ano. o gran

ouvir: “vocês foram campeões, mas não

rias: Graduados, turismo e turismo light.

finale do dia foi o eletrizante show da dupla

ganharam nenhuma etapa”. verdade. não

como já haviam garantido o título com

mateus e cristiano. com um repertório

que isso fosse importante para a dupla de

uma etapa de antecedência, otávio e alan

que foi do sertanejo à mpb, a dupla fez a

apucarana (pr), que correu com seu pa-

relaxaram – e terminaram em 23º lugar.

nação 4x4 tirar o pé do chão.

jero Full. em compensação, neste ano os

os vencedores da etapa foram paulo Góes

dois não apenas se sagraram campeões

e Jhonatan ardigo, os catarinenses que,

da temporada como venceram três das

como você verá nas páginas seguintes,

“na nossa categoria o nível é alto, mas o

na categoria Graduados do

que nos traz aqui é poder estar junto com

light, a vitória coube a leandro thurler e

mitsubishi motorsports no

a família, viajar e reencontrar os amigos.”

rodrigo vieira. vindos de rio das ostras

ano passado, otávio e alan

enz, pai e filho, tiveram de

104

a etapa final reuniu em ribeirão preto

nove etapas. “para quem reclamou, está

venceram o motorsports nordeste. Já na

aí a nossa resposta”, brincou o navegador

categoria turismo, o título ficou com car-

alan, minutos antes de dar a célebre cam-

los bauer e alexandro silva, de são bento

balhota no palco, durante a premiação. “a

do sul (sc). com uma l200 triton, eles

gente adora isso aqui”, comemorou otávio.

terminaram a etapa em quarto lugar.

Mit revista

entre os competidores da turismo

uando conquistaram o título

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(rJ) com um pajero dakar, os dois ven-

n Confira os resultados completos no tablet da MIT Revista ou no site www.mitsubishimotors.com.br

patrocinadores: petrobras, itaú, dalgas, W.truffi, transzero, pirelli, clarion, unirios, embracon, stp, tecfil, mapfre, pilkington, Flamma, rede, sky, sideral, etihad airways e artfix.

Confira aqui a classificação


adriano carrapato

sobe a placa de cinco minutos e aumenta

Toque para ver o vĂ­deo de Joinville (SC)

dezembro 2015

mit revista

105


universo mitsubishi

Motorsports sudeste

adriano carrapato

tom papp

adriano carrapato

Fotos: cadu rolim

na lama ou na poeira, o Motorsports cruzou o Brasil em 2015. com os trofĂŠus, otĂĄvio e alan enz, a dupla campeĂŁ da categoria Graduados

106

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Motorsports sudeste

tom papp

tom papp

cadu rolim

adriano carrapato

universo mitsubishi

adriano carrapato

o encerramento da temporada, em ribeirão preto (sp), teve champanhe e troféus para os campeões e um show que fez a nação 4x4 dançar

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universo mitsubishi por Juliana aMato

Motorsports nordeste

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adriano carrapato

Toque para ver o vídeo de Fortaleza (CE)

Deu Santa Catarina no Nordeste Após quatro etapas por praias e dunas, o campeonato teve um campeão “estrangeiro”

p

aulo Góes e Jhonatan ardigo,

são está no dna. “Foi minha segunda

de Joinville, em santa ca-

os cearenses romulo lima Junior e

participação – e pela segunda vez tive

tarina, foram os campeões

humberto Waldy neto. o título só foi

um fim de semana inesquecível”, disse

do mitsubishi motorsports

decidido nos metros finais – na última

Washington luis, após cruzar a linha

nordeste. a conquista surpreendeu não

etapa, em Fortaleza, eles travaram um

de chegada da etapa de João pessoa,

pela diferença térmica entre a cidade

acirrado duelo com danilo rego e José

a penúltima da temporada. “dessa vez,

natal dos campeões e os palcos das

pereira Junior. os baianos, diga-se,

trouxe meu pai pra fazer parte da aven-

etapas, mas devido ao terreno. “não

venceram, mas romulo e humberto

tura”, prosseguiu. “vimos praias lindas,

estamos acostumados a pilotar e na-

chegaram em segundo lugar e fatura-

cruzamos dunas, subimos falésias...

vegar na areia”, resumiu paulo. “muitos

ram o título com apenas três pontos

uma experiência maravilhosa.”

trechos acontecem nas dunas, e aí

de vantagem: 91 x 88. “começamos

muda tudo”, explicou Jhonatan. a dupla

no ano passado na turismo light e em

“estrangeira”, em um pajero Full, liderou

2015 subimos para a turismo”, celebrou

o campeonato do início ao fim. mas

danilo. “no ano que vem, a Graduados

sempre seguida de perto pelo pajero

que nos espere.”

tr4 dos potiguares terêncio Felix e bruno dantas, de natal. 110

na categoria turismo, venceram

Mit revista

DezeMbro 2015

resultados à parte, o mitsubishi motorsports é um evento no qual a diver-

n Confira os resultados completos no tablet da MIT Revista ou no site www.mitsubishimotors.com.br patrocinadores: petrobras, itaú, dalgas, W.truffi, transzero, pirelli, clarion, unirios, embracon, stp, tecfil, mapfre, pilkington, Flamma, rede, sky, sideral e artfix.

Confira aqui a classificação


ricardo leizer cadu rolim

sobe a placa de cinco minutos e aumenta

Toque para ver o vĂ­deo de JoĂŁo Pessoa (PB)

dezembro 2015

mit revista

111


Motorsports nordeste sudeste

tom papp

adriano carrapato

ricardo leizer

cadu rolim

ricardo leizer

universo mitsubishi

natal (rn) e Fortaleza (ce) receberam as duas etapas finais da temporada 2015 do Mitsubishi Motorsports nordeste

112

Mit revista

DezeMbro 2015



Motorsports nordeste sudeste

adriano carrapato

Motorsports: programa para fazer em fam铆lia ou entre amigos

ricardo leizer

universo mitsubishi

david santos Jr.

tom papp

cadu rolim

adriano carrapato

ap贸s passar por dunas, praias e coqueirais, o Motorsports nordeste chegou ao fim com o catarinense paulo G贸es no lugar mais alto do p贸dio

114

Mit revista

DezeMbro 2015



universo mitsubishi por Juliana aMato

outdoor

mitsubishi outdoor

@mitoutdoor

www.mitsubishioutdoor.com.br

Toque para ver o vídeo de Ribeirão Preto (SP)

tom papp

o Big Surfer everaldo pato com a família

Natureza na veia Joinville e Ribeirão Preto encerraram em alto estilo a temporada do rali de estratégia

p

ercorrer parte da famo-

equipes formadas por até dez pessoas

em ribeirão. “Foi uma delícia, gosta-

sa rota das cachoeiras,

divididas em dois carros recebem um

mos muito da casa do portinari”, disse

acelerar pela estrada dona

mapa da região e uma lista de tare-

Fabiana nigol, mulher do freesurfer.

Francisca, construída no

fas. vence o time que traçar a melhor

Érico campos, que veio de são bernar-

século 19, e identificar espécies dos

estratégia e conseguir somar mais

do ao volante de seu pajero Full, estava

biomas brasileiros em um museu de

pontos. “É a primeira vez que parti-

feliz da vida depois de cruzar a linha

taxidermia estava entre as tarefas

cipo de algo dessa magnitude, estou

de chegada. “curtir o visual, conhecer

mais disputadas na etapa de Joinvil-

adorando”, contou massaaki sakagami,

lugares novos e se divertir com a turma

le (sc). Já em ribeirão preto (sp),

que veio de salto (sp) para ribeirão

– precisa mais?”

foi preciso encontrar uma receita de

com uma turma de amigos. “adorei o

polenta na casa do pintor candido

circuito de mountain bike e responder

portinari (1903-1962) em brodowski,

ao quiz”, explicou, referindo-se às per-

mergulhar em cachoeira, vencer um

guntas sobre o universo da marca dos

rapel e pedalar em um circuito 4x4.

três diamantes.

Joinville e ribeirão encerraram a

116

everaldo pato, atleta mit e um dos

12ª temporada do mitsubishi outdoor.

mais respeitados surfistas de ondas

no rali de estratégia da mitsubishi, as

gigantes do mundo, também estava

Mit revista

DezeMbro 2015

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david santos Jr.

Toque para ver o vĂ­deo de Joinville (SC)

dezembro 2015

mit revista

117


outdoor

david santos Jr.

Fotos: tom papp

universo mitsubishi

cadu rolim

os participantes da etapa de Joinville do outdoor precisaram comer frutas locais, pedalar e enfrentar cachoeiras para chegar ao p贸dio

118

Mit revista

DezeMbro 2015



outdoor

cadu rolim

Fotos: tom papp

universo mitsubishi

em ribeirĂŁo preto (sp), as tarefas foram desde uma visita Ă casa de candido portinari, em Brodowski (sp), a um rapel de mais de 20 metros

120

Mit revista

DezeMbro 2015


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por renato Góes

cup

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adriano carrapato

universo mitsubishi

Toque para ver o vídeo de Mogi Guaçu (SP)

Pé lá embaixo. Diversão lá em cima Resultados à parte, a Mitsubishi Cup é o encontro de quem ama acelerar

n

mesmo após sete etapas, 19 provas

dromo velo città, em mogi

e mais de 600 quilômetros percorridos

em que as preocupações do dia a dia dão

Guaçu (sp), Fred macedo

com o pé lá embaixo ao longo do ano,

espaço à adrenalina”, explicou. “não tem

andava pra lá e pra cá. vez

três das cinco categorias da mitsubishi

preço. ano que vem, estamos de volta.” Quanto a Fred, apesar da “guerra

ou outra, chegava próximo ao ouvido

cup estavam sem campeão definido

de um concorrente e cochichava algo.

antes da largada da etapa final. “isso é

psicológica”, o piloto não chegou ao

o ouvinte ria. Fred se afastava e seguia

a prova maior do equilíbrio do campeo-

lugar mais alto do pódio. conseguiu

para incomodar o ouvido de outro. ao

nato e da emoção que sentimos a cada

dois segundos lugares na etapa final – e

lado do navegador nickolas macedo, o

etapa”, comentou o piloto brasiliense

terminou o ano na terceira colocação.

piloto de piracaia (sp) estava entre as

Fernando ewerton, campeão da catego-

“Foi por pouco.”

quatro duplas com chances de levar

ria l200 triton rs, na qual aceleram os

o título da categoria pajero tr4 er

competidores mais rápidos.

master na última etapa do ano. “estou

124

aqui é uma festa, um universo paralelo

o lounge montado no autó-

seigo nakamura, um dos pilotos mais

falando pra eles ficarem espertos,

experientes da cup, estava feliz da vida

porque estou pronto pra virar o jogo”,

depois de cruzar a linha de chegada no

divertia-se Fred, que chegou à última

comando do asX r. “neste ano, os resul-

etapa do ano na quarta colocação.

tados não foram os melhores, mas isso

Mit revista

DezeMbro 2015

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tom papp

Toque para ver o vĂ­deo de Votuporanga (SP)

Toque para ver o vĂ­deo de Idaiatuba (SP)

dezembro 2015

mit revista

125


tom papp

tom papp

ricardo leizer

Fotos: ariano carrapato

cup

marcio machado

universo mitsubishi

no alto, o asX r de tomasoni e eckel e o pajero tr4 er de Muench e peters. na linha do meio, a l200 triton er de albano e Ferreira e a l200 triton rs de ewerton e Munhoz. acima, dois pajero tr4 er Master, o dos campe천es Miranda e pedroso e o dos terceiros colocados Fred e nickolas Macedo

126

Mit revista

DezeMbro 2015



universo mitsubishi

cup Galeria dos campeões

tom papp

cadu rolim

cadu rolim

cadu rolim

no alto, os melhores da categoria pajero tr4 er Master. na segunda linha, Marcelo tomasoni e luis Felipe eckel, os campeões da asX r. acima, o pódio da categoria l200 triton er, na qual albano parente e João Gilberto Ferreira foram os mais rápidos da temporada

128

Mit revista

DezeMbro 2015


cadu rolim

tom papp

cadu rolim

tom papp

cadu rolim

no alto, andrĂŠ Miranda e alison pedroso, campeĂľes da pajero tre er Master, posam com os avĂłs, e a festa de peterson oliveira e Gilson rocha, da asX r. na linha do meio, os melhores na pajero tr4 er. acima, Fernando ewerton e Kleber cincea, da l200 triton rs, e os mais velozes da l200 triton rs

dezembro 2015

mit revista

129


universo mitsubishi por renato Góes

2016

autódromo velo città

@nacaomitsubishi

@mundomit

www.mitsubishimotors.com.br

marcio machado

tom papp

tom papp

Fotos: cadu rolim

Feliz Ano Novo! Em 2016, as competições Mitsubishi continuam a mil

o

voltam a se encontrar. o local da

mitsubishi para 2016 acaba

primeira etapa ainda está em aberto.

de sair. na terra ou no asfal-

ao longo do ano, o rali de regularidade

velo città, em mogi Guaçu, será o

to, os clientes da marca dos

no dia 30 de abril, o autódromo

terá 13 etapas: nove pelo campeona-

palco da largada da temporada 2016

três diamantes seguem com diversão

to sudeste e quatro no nordeste. no

da mitsubishi cup e da lancer cup. os

garantida no próximo ano.

mesmo dia, acontece a abertura do

dois campeonatos contarão com cinco

mitsubishi outdoor. o rali de estratégia

etapas, com duas delas acontecendo

para 19 de março, quando os com-

vai passar ainda por mogi Guaçu (sp),

simultaneamente no mesmo local, o

petidores do mitsubishi motorsports

curitiba (pr), campos do Jordão (sp) e

velo città.

o primeiro evento está marcado

130

ribeirão preto (sp).

calendário das competições

Mit revista

DezeMbro 2015


ricardo leizer tom papp

na terra, tem Motorsports, outdoor e cup. no asfalto, a lancer cup, o lancer evo day e o Fun day. escolha a sua competição e seja bem-vindo

Toque para ver o vídeo sobre a temporada de 2015 calendário 2016 lancer cup n 30 abr Velo Città (SP) n 04 jun Velo Città (SP) n 30 jul Velo Città (SP) n 03 set Goiânia (GO) n 05 nov Velo Città (SP) Motorsports n 19 mar a definir n 09 abr Velo Città (SP)

n 30 abr Gravatá (PE) n 21 mai Tiradentes (MG) n 11 jun São José do Rio Preto (SP) n 02 jun Curitiba (PR) n 06 ago Natal (RN) n 20 ago a definir n 03 set Goiânia (GO) n 17 set Fortaleza (CE) n 08 out Campos do Jordão (SP)

n 05 nov João Pessoa (PB) n 26 nov Ribeirão Preto (SP) outdoor n 19 mar a definir n 09 abr Velo Città (SP) n 02 jun Curitiba (PR) n 20 ago a definir n 08 out Campos do Jordão (SP) n 26 nov Ribeirão Preto (SP)

cup n 30 abr Velo Città (SP) n 21 mai Jaguariúna (SP) n 30 jul Velo Città (SP) n08 out Indaiatuba (SP) n 05 nov Velo Città (SP) Datas sujeitas a alteração

dezembro 2015

mit revista

131



Edição 21 • junho 2015 • julio ribeiro

Edição 21 junho/julho/agosto 2015

thepresident

julio ribeiro

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etihad

O mundo mais perto de você Dona de uma frota de 115 aeronaves, a etihad airways tem serviço impecável

a

134

nais como o Skytrax e o ttG.

o longo de seus dois anos de

aproximou o Brasil de 111 destinos no

operação no Brasil, a etihad

outro lado do mundo, incluindo grandes

airways vem encurtando

estrelas como tóquio, pequim, cinga-

mimos como um nécessaire exclusivo

cada vez mais a distância

pura, Bangcoc, Sydney, maldivas e Sei-

com um kit da Scaramouche + Fandango,

entre São paulo e abu Dhabi, capital

chelles, ligados por conexões curtas e

até serviços especiais como as exclusi-

dos emirados Árabes Unidos e principal

cômodas a partir dos emirados. Dona de

vas babás a bordo. a etihad ostenta um

hub da companhia aérea, por meio de

uma frota de 115 aeronaves, a empresa

serviço impecável e uma das primeiras

seus voos diários. além de facilitar o

tem como marca registrada a qualidade

classes mais exclusivas do mundo, que

caminho rumo a uma das cidades mais

excepcional do seu serviço, diversas

recepciona seus convidados em um

interessantes do Oriente médio, a etihad

vezes premiado em rankings internacio-

ambiente privado, repleto de prazer e sa-

Mit revista

dezeMbro 2015

O cuidado com o cliente vai desde


a primeira classe e um confortável lounge à disposição do passageiro

tisfação. Um exclusivo chef a bordo retira

dom macio e travesseiro ergonômico. O

lacetes imponentes que pertenceram a

os pedidos a partir do menu à la carte ou

cardápio de refeições tem ainda a opção

marajás e passear no lombo de elefantes

prepara uma refeição especial a partir de

“peça a qualquer hora”, e o cliente decide

na Índia? mergulhar na maior barreira de

ingredientes frescos da despensa.

quando e como será servido.

corais do mundo e ver de perto coalas

Os convidados da classe executiva da

Já pensou na sua próxima aventura?

e cangurus na austrália também são

etihad airways também não precisam

Que tal descansar a vista no mar azul, a

opções. a etihad airways faz com que as

mais se preocupar com voos ultralongos,

partir da varanda de um bangalô erguido

melhores experiências fiquem cada vez

pois os comissários de bordo transfor-

sobre palafitas, em uma das ilhas que

mais próximas de São paulo.

mam rapidamente a poltrona em uma

formam o belo arquipélago das maldivas,

cama com colchão confortável, edre-

no oceano Índico? Ou ainda visitar pa-

programe a sua próxima viagem, acesse www.etihad.com dezembro 2015

mit revista

135


mit parceria

strong x

DivULGaçãO

Monica Mendes é a idealizadora da fundação

pela cura da síndrome do X Frágil a Strong X quer estimular pesquisas para encontrar a cura da doença

p

oucas pessoas ouviram falar

meu sobrinho receberam o diagnóstico

para a cura da síndrome. ela tem

sobre a síndrome do X Frágil. e

da síndrome do X Frágil, imediatamente

utilizado sua expertise profissional em

um número ainda menor sabe

decidi que não era o momento de se

comunicação para dar maior visibilidade

realmente do que se trata. ela é,

lamentar, mas sim de colocar mãos à

à causa. por duas décadas, monica atuou

no entanto, a segunda causa mais comum

obra”, diz a relações-púbicas monica

como relações-públicas internacional de

do déficit hereditário de aprendizado que

mendes pinto Leite, idealizadora da

moda e do mercado de luxo.

atinge cerca de um a cada 4 mil homens

recém-criada Fundação Strong X, que a

e uma a cada 6 mil mulheres no mundo.

partir de 2016 estará operando também

amplo de informação, conhecimento e

Descoberta pelos médicos Ben Ostra,

nos estados Unidos. “com determinação

conscientização sobre a síndrome”, diz.

David Nelson e Stephen Warren em 1991

e assertividade, fazemos o máximo

tranquilizar, incluir e dar força para as

e passível de ser detectada por meio de

para informar e conscientizar milhares

pessoas e familiares dos atingidos é o

testes sanguíneos, essa condição genética

de famílias que sofrem justamente por

grande desafio da entidade. “Não se trata

hereditária ainda permanece sem cura.

desconhecerem seus sintomas, sua

de se engajar em uma luta alimentada

por outro lado, existem tratamentos,

incidência – mais comum do que se

por sonhos e ideais utópicos, mas seguir

terapias e medicamentos que apresentam

imagina – e, sobretudo, a existência do

em uma caminhada com determinação

bons resultados, principalmente entre

exame para detectá-la.”

rumo a um objetivo possível e

crianças e adolescentes. ao mesmo

136

Segundo monica, o objetivo é,

tempo, inúmeros portadores da síndrome

por meio da informação, orientar as

permanecem com diagnósticos

pessoas e acelerar as pesquisas para

imprecisos ou simplesmente não

o desenvolvimento de uma medicação

diagnosticados. “Quando meu filho e

específica para o tratamento e, finalmente,

Mit revista

dezeMbro 2015

“a Strong X crê ser urgente o trabalho

absolutamente real”, explica. “Somos muitos e somos fortes!” contato@monica.mendes.com.br


Tradição de 24 anos de excelência no transporte rodoviário de cargas de importação e exportação. Operações e filiais nos principais portos e aeroportos com profissionais altamente capacitados.

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transzero

DivULGaçãO

Capacidade para movimentar 60 mil veículos

entre as maiores da américa Latina momento turbulento da economia brasileira não mudou os investimentos da transportadora

O

ano de 2015 foi de

18 mil veículos por mês. a empresa

sido intensificado para que toda a

desafios. a transzero

oferece a seus clientes serviços

tecnologia embarcada possa ser

venceu barreiras e

complementares ao transporte de

usada de maneira eficiente nas

superou expectativas.

veículos, como inspeção pré-entrega

operações realizadas. investindo

a empresa optou por continuar

(pDi), armazenagem e administração de

na conectividade de sua frota,

investindo, mesmo no período

pátio externo como operador logístico.

a transzero oferece sistema de

reconhecidamente turbulento da

rastreamento 24 horas aliado ao completo gerenciamento de risco.

economia nacional. O cronograma do

distribuição de veículos mitsubishi

plano de negócios da transzero está

para todo o território nacional e nos

mantido. O objetivo é avançar ainda

portos. a matriz, em São Bernardo do

baseia-se em objetivos estratégicos,

mais no aprimoramento da qualidade

campo (Sp), e as 11 filiais trabalham

de forma que todos os processos

das operações para assegurar a

de forma sinérgica, com plataformas

são monitorados e direcionados

fidelização dos clientes e novos

que garantem a cada veículo o melhor

para buscar mais eficiência, com

negócios com ganhos para ambos os

tratamento durante o transporte. a

menor custo e com o menor impacto

lados, gerando bons resultados para

equipe de colaboradores e parceiros

ambiental possível. compromissos

as empresas parceiras.

é treinada para garantir que a oferta

da transzero.

a transzero tem capacidade para movimentar 60 mil veículos e estocar 138

a empresa tem exclusividade na

Mit revista

dezeMbro 2015

O sistema de gestão da qualidade

do serviço seja rápida e eficiente. O treinamento da mão de obra tem

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140

Mit revista

dezeMbro 2015


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retrovisor

um olhar para o passado

por Marcio ishikawa

mitsuBishi l200

1978

mais do que um ícone da mitsubishi, a l200 é um marco fundamental na história da indústria automobilística mundial. lançada em 1978, ela representa o espírito pioneiro e inovador da marca: pela primeira vez, uma picape passou a unir a força indispensável para o trabalho pesado com o conforto de um carro de passeio. essa fina combinação, por sinal, tornou-se a principal característica da l200, hoje em sua quarta geração. No Japão, a primeira geração (foto), produzida de 1978 a 1986, com motores diesel 2.0 e 2.3, não adotou o nome mundial – foi batizada de mitsubishi Forte. mighty max foi o nome adotado na américa do Norte. em outros mercados, havia ainda uma versão chassi, para customização da caçamba conforme a necessidade do cliente. a tração nas quatro rodas e o motor turbodiesel – duas características indissociáveis da l200 – foram lançados em 1982 e 83, respectivamente, ainda na primeira geração.

142

Mit revista

dezeMbro 2015


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