d r i v e y o u r w o r l d
leia TaMbéM a MiT no TableT
jon krakauer Lições de abismo
Editorial
toM PaPP
Por fernAndO pAivA, diretor editorial
15 anos de Mit revista
E
sta é uma edição especial. a de número 60, comemorativa dos 15 anos da MIT Revista. E, como sempre, caprichamos no cardápio editorial que preparamos com todo o carinho para você.
Na capa, destaque para um personagem do Mundo 4x4,
o jornalista, escritor e montanhista Jon Krakauer. autor do best-seller No Ar Rarefeito, ele conta a série de acidentes fatais acontecida em 1996 no monte Everest. o mais curioso, porém, é descobrir que em toda a sua obra Krakauer sempre falou da queda – ainda que escrevendo sobre o cume. Por falar em cume, uma expedição de sete dias à serra do aracá, nos confins do amazonas, levou o redator-chefe Henrique Skujis a outras alturas. Mais precisamente à quase inacessível cachoeira do Eldorado, a mais alta do Brasil, com 353 metros de queda livre, um dos últimos lugares intocados do país. dentro dos temas e personagens que compõem o Mundo Mitsubishi ASX Outdoor
sem Fronteiras, você irá conhecer a vida e a obra do fotógrafo paulistano tuca reinés. trata-se de uma personalidade versátil. Em Milão ou Nova York, tuca retrata o que há de mais contemporâneo em arquitetura e design. Nos fins de semana ou nas férias, ele pode ser visto no litoral paulista ou no mar da Bahia – praticando a caça submarina, sua grande paixão. É nesse mesmo universo, que junta o on ao off-road, que brilha o mais novo modelo Mitsubishi: o aSX outdoor. recémlançado, ele foi desenhado para enfrentar estradas de terra com o mesmo conforto e a mesma performance que oferece no asfalto ou no trânsito urbano. E, já que mencionamos o Mundo Urbano, leia o perfil de Janaína rueda, a chef responsável pelo sucesso do Bar da dona onça, no edifício Copan, em São Paulo. ah, não deixe de conferir também os resultados finais de todos os eventos da marca dos três diamantes, do Mitsubishi Motorsports à lancer Cup, passando pela Mitsubishi Cup e pelo Mitsubishi outdoor. E, para ir se preparando desde já, cheque o calendário completo dos eventos da temporada 2016.
4
Mit revista
dezeMbro 2015
Quer Fazer uma viaGem iNesQuecÍvel?
o cristaliNo lodGe é um destiNo deslumbraNte para coNhecer a amazôNia.
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sumário n dezembro 2015/janeiro/fevereiro 2016 n edição 60
74
Mundo uRBAno
80
40 Lições de abismo
60 Tuca Reinés
76 Made in Brazil
A obra de Jon Krakauer é centrada na
suas obras são elegantes e despojadas.
Como Waldick Jatobá deixou a chefia
tragédia. mas, em vez de mirar o cume,
Dois adjetivos que se refletem na vida
de um banco e se tornou dono da maior
o escritor prefere falar sobre a queda
e no trabalho do fotógrafo paulistano
mostra de design do país
48 Queda à vista
68 O caminho do prazer
80 A cara da moda
uma expedição de sete dias pelos
No sudoeste da França, Cognac
Cada época com o seu corte.
confins da Amazônia leva ao topo da
e Armagnac oferecem bem mais que
Cada lugar com o seu estilo.
cachoeira mais alta do Brasil
os melhores brandies do planeta
o tempo passa e a barba continua
56 ASX Outdoor
74 1.161 km com um tanque de diesel
86 Duelo de titãs
o crossover da mitsubishi ganha detalhes e conjunto
New outlander faz 19,85 km/l e vai de
em que o mitsubishi Lancer Evo X
mais off-road
são Paulo a Brasília sem reabastecer
venceu a Ferrari 430 na pista
Acompanhe em detalhes o dia
DivuLgAção
48
Mundo seM fRonteiRAs
CAio viLELA
Mundo 4x4
D R I v E
y o u R
w o R l D
Publicação trimestral da Custom Editora Ltda. Sob licença da MMC Automotores do Brasil S.A. CONSELHO EDITORIAL André Cheron, Carolina Barretto, Fernando Julianelli, Fernando Paiva, Humberto Fernandez e Patrícia de Azevedo Poli REDAÇÃO Diretor Editorial Fernando Paiva fernandopaiva@customeditora.com.br Diretor Editorial Adjunto Mario Ciccone mario@customeditora.com.br Redator-chefe Henrique Skujis henriqueskujis@customeditora.com.br Repórter Juliana Amato julianaamato@customeditora.com.br ARTE Diretor Ken Tanaka kentanaka@customeditora.com.br Editor Guilherme Freitas guilhermefreitas@customeditora.com.br Assistente Raphael Alves raphaelalves@customeditora.com.br Prepress Daniel Vasques danielvasques@customeditora.com.br Projeto Gráfico Ken Tanaka PRODUÇÃO EXECUTIVA E PESQUISA DE IMAGENS Rita Selke ritaselke@customeditora.com.br COLABORARAM NESTE NÚMERO Texto Alessandra Lariu, Bianca Lins, Cadão Volpato, Caio Vilela, Chico Felitti, Daniel Japiassu, Edgard Reymann, Junior Bellé, Marcello Borges, Marcio Ishikawa, Rafael Nardini e Ronaldo Bressane Fotografia Adriano Carrapato, AGB Photos, Cadu Rolim, Caio Vilela, Corbis, David Santos Jr., Fred Pompermayer, Getty Images, Glow Images, Jelle Mollema Photography, Kiko Ferrite, Marcio Machado, Marcos Fabioglio, Massimo Fallutti, Ricardo Leizer, Sitah, Tom Papp, Vinicius Ferraz Ilustração Ken Tanaka e Pedro Hamdan Tratamento de imagens Felipe Batistela Revisão Goretti Tenorio Capa Retrato por Scott McDermott/ Corbis
PUBLICIDADE E COMERCIAL Diretor Executivo André Cheron andrecheron@customeditora.com.br Diretor Comercial Oswaldo Otero Lara Filho (Buga) oswaldolara@customeditora.com.br Gerente de Publicidade e Novos Negócios Marco Taconi marcotaconi@customeditora.com.br Gerente de Negócios Fernando Bonfá fernandobonfa@customeditora.com.br Executiva de Negócios Bruna do Vale brunadovale@customeditora.com.br REPRESENTANTES BBI Publicidade Interior de São Paulo Tel. (11) 95302-5833 Tel. (16) 98110-1320 / (16) 3329-9474 comercial@bbipublicidade.com.br GRP - Grupo de Representação Publicitária PR – Tel. (41) 3023-8238 SC/RS – Tel. (41) 3026-7451 adalberto@grpmidia.com.br CIN - Centro de Ideias e Negócios DF/RJ – Tel. (61) 3034-3704 / (61) 3034-3038 paulo.cin@centrodeideiasenegocios.com.br DEPARTAMENTO FINANCEIRO-ADMINISTRATIVO Analista Financeira Carina Rodarte carina@customeditora.com.br Assistente Alessandro Ceron alessandroceron@customeditora.com.br Impressão e acabamento Log&Print Gráfica e Logística S.A. Tiragem 80 000 exemplares Auditado por
Custom Editora Ltda. Av. Nove de Julho, 5.593 - 90 andar - Jd. Paulista São Paulo (SP) - CEP 01407-200 Tel. (11) 3708-9702 E-mail: mit.revista@customeditora.com.br ATENDIMENTO AO LEITOR atendimentoaoleitor@customeditora.com.br ou tel. (11) 3708-9702 MUDANÇA DE ENDEREÇO DO LEITOR Em caso de mudança de endereço, para receber sua MIT Revista regularmente, mande um e-mail com nome, novo endereço, CPF e número do chassi do veículo
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Mit revista
dezeMbro 2015
Toque nas fotos para ler as matérias
rENATO PArADA
COlAbOrADOrES
Ronaldo Bressane morre de medo
Bon vivant de carteirinha, Marcello
Ele estudou Geologia na USP e tocou
de altura. Odeia pegar elevador e só
Borges é um dos criadores da
uma fazenda de laranja em Araraquara.
viaja de avião a muito custo. Isso não
Pulso, a primeira revista brasileira
Mas a paixão pela fotografia falou
impediu o jornalista e escritor paulistano
especializada em relógios e canetas.
mais alto. Hoje, Kiko Ferrite é um dos
de perfilar como manda o figurino
Dá aulas de charutos e de conhaque na
mais requisitados profissionais de São
seu colega Jon Krakauer. Montanhista
Associação brasileira de Sommeliers
Paulo. Já retratou personalidades como
dos bons, Krakauer é o autor de
(AbS), coleciona livros sobre vinhos e
Caetano Veloso, Os Titãs, Tom Zé e
No Ar Rarefeito, livro que originou o
memorabilia dos beatles. Nesta edição,
Mariana Ximenes. Andou pelo mundo
filme Evereste. Mas, como bressane
além de assinar a seção Combustível,
todo: da Namíbia à rússia, da Alemanha
descobriu ao analisar a vida e a obra do
Marcello nos leva a uma viagem
a Pirapora do bom Jesus. Agora, ele
americano, a grande paixão de Krakauer
inesquecível pelo interior da França: a
nos brinda com belíssimos retratos do
é escrever sobre o abismo.
região de Cognac e de Armagnac.
colega Tuca reinés.
O jornalista Chico Felitti jamais
Jornalista com mestrado em
Daniel Japiassu é jornalista há 23
pensou em comprar um móvel
antropologia visual pela Universidade
anos. Trabalhou no Jornal da Tarde,
assinado. Até que conheceu Waldick
de barcelona, a paulistana Sitah divide
Gazeta Mercantil, Estadão, Folha e nas
Jatobá, responsável pela divulgação
sua vida entre antes e depois de sua
revistas CartaCapital, IstoÉ e Época.
do design brasileiro no exterior a níveis
primeira viagem para a Amazônia, em
Em 2010, fundou a revista Football.
jamais alcançados. Depois de escrever
2011. “Encontrei o meu lugar no mundo”,
Foi também editor da MIT Revista.
o perfil de Waldick nesta edição, ele
diz. Desde então, ela viaja três a quatro
Hoje, além de cuidar das duas filhas,
pensa em adquirir uma peça dos irmãos
vezes por ano para a floresta. Em agosto,
empresta seu talento a diversas
Campana. Enquanto isso, edita a coluna
esteve lá com o redator-chefe da MIT,
publicações nacionais. Aqui, com bom
PS:SP na revista sãopaulo e tenta
Henrique Skujis, para alcançar o topo da
ex-ciclista, assina a seção Porta-Malas,
terminar seu primeiro romance.
cachoeira mais alta do brasil.
que versa sobre a história da bicicleta. dezembro 2015
mit revista
13
mundo uRBAno
la Vía láctea: O skate a vela é praticadogarantia na velhade música pistaboa de pouso
La noche es una niña Germinada nos anos 1970 para celebrar o fim da ditadura, a movida faz a noite de Madri POr daniel japiassu
A
bra seu mapa, marque um xis
impagável chope espanhol. Beba com
de outubro e começo de novembro. Foi
na Plaza Mayor e inicie a movi-
moderação – a noite está só começando.
em Chueca, diga-se, que Javier Bardem,
A parada seguinte é em Malasaña,
o ator, manteve o La Bardemcilla, bar
o bairro de artistas onde, entre tantos
mítico que fechou as portas em 2013.
flanar noturno pela capital espanhola. Por
ateliês, se espalham os melhores bares
A essa altura, sua intuição embriagada e
flanar noturno entenda um passeio de
de tapas e as casas noturnas mais bada-
seus novos amigos hão de lhe guiar pelos
bar em bar regado a petiscos de primeira
ladas. Aqui, em um clima descontraído de
melhores balcões. A noite pode terminar
e bebidas de variados teores alcoólicos.
paquera, conjuga-se, à perfeição, o verbo
(é só sugestão, fique à vontade...) na
A movida, diga-se, foi germinada durante
botellar – beber na rua. A trilha sonora
Calle de las Huertas, uma área que abriga
um movimento de contracultura para ce-
varia de hits do momento a sucessos do
o Café Central – ponto de encontro da
lebrar o fim da ditadura Francisco Franco,
rock espanhol dos anos 1980 – no mês
crème de la crème da literatura espanho-
no fim dos anos 1970.
passado, a mais tocada na concorrida
la do século passado (incluindo incursões
La Vía Láctea era “Corazón de Neón”,
de um certo Ernest Hemingway, que lá
co pode começar no mercado de San
da Orquesta Mondragón, banda criada
esteve para cobrir a Guerra Civil Espa-
Miguel, uma construção de ferro prestes
justamente no período pós-Franco.
nhola). Como se o apelo intelectual não
da. Esse é o termo usado pelos madrilenhos para batizar o
A escala inicial deste passeio etíli-
a completar 100 anos. Pelos corredores
14
O bairro vizinho se chama Chueca,
fosse o bastante, a região é também a
dessa babel gastronômica, você encontra
outra meca boêmia onde despontam
melhor opção para quem aprecia cerveja
iguarias de diversos pedaços do planeta:
os restaurantes mexicanos. Destaque
(há centenas de rótulos) e curte blues –
do caviar russo aos doces portugueses.
para o La Manuela, que serve acepipes
ficam por lá as mais famosas casas do
Também é lá que a primeira caña da noite
de se comer ajoelhado e empresta suas
ritmo de B.B. King. Sim, aquele mesmo
pode ser saboreada – apesar de o nome
paredes a exposições de arte – sendo a
que cantava “amanhã à noite você vai se
remeter à nossa cachaça, trata-se de o
mais famosa a do Dia dos Mortos, no fim
lembrar do que disse hoje à noite?”
Mit revista
DEZEMBRO 2015
CrEATiVE COMMONS
O MELHOr DA ViDA NAS CiDADES
Acesse a loja de seu tablet ou smartphone e pesquise por MIT Revista no campo de busca. Toque para instalar o aplicativo. Depois, entre em nossa banca digital e baixe a MIT Revista.
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mundo sem fRonteiRAs ONDE O CONCrETO ENCONTrA A TErrA
CrEATiVE COMMONS
as cores de Frank Gehry contrastam com o skyline
O museu do canal Única obra do arquiteto Frank Gehry na América Latina, o Biomuseo é atração no Panamá POr bianca lins
M
ais um motivo para incluir
proposta com a condição de que a obra
por exemplo, espaço de projeção de
o Panamá na rota de suas
tivesse uma “função relevante”. E assim
três andares, o público anda sobre um
viagens: o país, célebre
foi feito: coberto por grandes chapas
chão de vidro enquanto conhece as
por abrigar o canal que
de metal coloridas e de onde se descor-
belezas naturais do país, projetadas em
liga os oceanos Atlântico e Pacífico, mas
tina um magnífico panorama do canal
dez telas. El Puente Surge é destinado
que se orgulha também de seus vulcões,
e da Cidade do Panamá, o Biomuseo
a mostrar como ocorreu o processo
parques nacionais selvagens, praias
pretende ressaltar a posição geopolíti-
de formação do istmo – três escultu-
desertas e tribos indígenas, contempla
ca do país no istmo centro-americano,
ras tectônicas de 14 metros de altura
desde o ano passado o único edifício na
formação que há 3 milhões de anos uniu
ajudam a entender o fenômeno. Já na
América Latina projetado pelo arquiteto
as Américas do norte e do sul. A junção
sala El Gran Intercambio, 97 escul-
canadense Frank Gehry. Trata-se do
dos continentes fez com que animais do
turas brancas, em tamanho natural,
museu da Biodiversidade (ou Biomuseo),
norte migrassem para o sul, e vice-versa.
representam os animais que cruzaram
que começou a ser concebido em 1999,
Alterou ainda os ventos e as correntes
o istmo. Em Oceanos Divididos, dois
ano em que, coincidentemente, o país
marítimas, afetando o clima e causando
aquários semicilíndricos fazem as vezes
assumiu a gestão do canal que mudou a
mudanças cruciais no meio ambiente.
do mar do Caribe e do oceano Pací-
história do comércio internacional.
16
Os 4 mil metros quadrados e as oito
fico, cada qual com suas espécies de
galerias que constituem o Biomuseo
peixes e plantas. Ou seja: ciência, arte e
– célebre pelo Guggenheim de Bilbao,
convidam o visitante a voltar no tempo
tecnologia em um só lugar. Sem falar na
entre outros prédios icônicos, e ganhador
para entender como se deu a evolução
arquitetura do mestre Frank Gehry.
do Pritzker Prize de 1989 – aceitou a
da vida na região. Em Panamarama,
n www.biomuseopanama.org
Casado com uma panamenha, Gehry
Mit revista
DEZEMBRO 2015
mundo 4x4 POr uM PLANETA SEM ASFALTO
O capitão está nu Paredão vertical mais famoso do montanhismo, o El Capitán foi parar no Google Street View POr caiO Vilela
ascensão era considerada impossível até
mente – de seu topo, que também pode
El Capitán, majestosa big wall
1958, quando uma equipe de escaladores
ser alcançado a pé, em um dia inteiro
de granito no meio do vale de
levou 47 dias para definir a rota e chegar
de trekking. No verão, caminhantes de
Yosemite, área protegida pelo
ao cume.
todas as idades percorrem a trilha que
parque nacional homônimo, na Califórnia,
sai do fundo do vale, próximo à cachoeira
oferece vistas que, até maio passado,
batidos nesse palco vertical. Em 1975,
Yosemite Falls, até o alto da montanha.
apenas escaladores experientes tinham o
um trio de californianos foi o primeiro a
“Olhar de baixo a parede é um convite
privilégio de curtir. As magníficas panorâ-
escalar o The Nose em um único dia. Ao
a flertar com o impossível”, afirma Hon-
micas estão agora disponíveis no Google
conseguir completar em 1993 a primeira
nold. Eliseu Frechou, escalador brasileiro
Street View. Trata-se da primeira esca-
free climb (com cordas, mas sem pontos
que já esteve por lá em duas ocasiões,
lada vertical a fazer parte da ferramenta
de apoio artificiais, usando apenas as
faz coro. Ao lado de Bito Meyer, ele foi o
que disponibiliza imagens em 360 graus
agarras e as fendas da rocha), Lynn Hill
primeiro brasileiro a vencer o paredão. A
de quase todos os pedaços do planeta.
deu início a uma nova era na história da
conquista, em 1994, levou nove dias e por
Para mapear o paredão, os esca-
escalada em big wall. Alex Honnold, por
uma via pouco usada, chamada Zenyatta
ladores americanos Tommy Caldwell,
sua vez, é o atual detentor do recorde
Mondatta. “O El Capitán é uma verdadei-
Alex Honnold e Lynn Hill galgaram a via
de velocidade no The Nose, registrando
ra escola”, diz Frechou. “Quem sai vivo
principal, conhecida como The Nose,
duas horas e 23 minutos de escalada
aprende muito.”
utilizando capacetes com câmeras. Nas
solo (sem cordas!) em 2012.
n www.nps.gov/yose/
imagens é possível ver agarras, fendas e
O El Capitán, diga-se,
tetos da aresta até o alto da temida
não é território exclu-
montanha. O nome do maciço foi
sivo dos alpinistas.
dado em 1851 por desbravadores
Base-jumpers
brancos, em um esforço para
vivem se
traduzir o nome original indí-
lançando –
DiVuLGAçãO
gena, totokonula (chefe). Sua
18
Desde então, diversos recordes foram
clandestina-
Os 900 metros da montanha estão agora mapeados
Mit revista
DEZEMBRO 2015
© FrED POMPErMAYEr
C
om 900 metros de altura, o
PORTA-MALAS
A BAgAgEM DO VIAJANTE
© CORBIS
POR daniel japiassu
I like bike E quem não gosta? A seguir, um passeio pela história da bicicleta
“V
ou até o alto daquela colina, subo na gerin-
(não totalmente confiável) e até ajuste de altura, o que per-
gonça e a deixo descer, desembestada.” Foi
mitia a adultos e crianças se aventurar (e se esborrachar). A
mais ou menos isso que o conde de Sivrac
novidade foi patenteada em 12 de janeiro de 1818, em Baden,
disse ao apresentar a uma plateia francesa,
sul da Alemanha, onde o barão morava, e em outras cidades
entre curiosa e atemorizada, sua mais nova invenção, o ce-
europeias, incluindo Paris. Apesar disso, sem tino comercial,
lerífero. O que se seguiu, claro, foi pura diversão – ao menos
Von Drais acabou falido.
aos olhos dos mais bem-humorados. Mas verdade seja dita:
garantido. Os pedais – avanço notável para a engenhoca – só
uma barra transversal fixada à viga para tão somente apoiar
surgiriam em 1839, graças a um ferreiro escocês de nome
as mãos, não fez muito sucesso à época. Estamos falando
Kirkpatrick Macmillan. A pedalada definitiva, entretanto, deu-
de 1790. Muitos valentões beijaram o chão ao se arriscar
-se em 1885. O inglês John Kemp Starley criou o que pode ser
em seu comando. Esse primitivo equipamento, no entanto,
considerada a primeira “bicicleta moderna”, com tração tra-
foi fundamental para a revolução que se daria quase três
seira, sistema de corrente e rodas quase do mesmo tamanho.
décadas depois.
Ele a batizou de Rover Safety Bicycle.
Em 1817 a versão da bicicleta como a conhecemos deu
22
O destino da bicicleta estava, contudo, mais do que
a traquitana de madeira sobre duas rodas, que consistia em
Hoje, calcula-se, 2 bilhões de bicicletas rodam pelo
suas primeiras voltas. Culpa de um tal barão de Von Drais. O
planeta. Na Europa, o chamado cicloturismo movimenta 40
alemão dotou a criação do conde de um sistema que permi-
bilhões de euros por ano. E, no primeiro semestre de 2015, o
tia às pessoas se equilibrarem. Por isso, Von Drais é consi-
setor das bicicletas no polo industrial de Manaus bateu os R$
derado o inventor da bicicleta, que, egocêntrico, batizou de
2 bilhões de faturamento. E tudo isso, quem diria, graças aos
draisiana. Além de um parente próximo do guidão, tinha freio
tombos do conde de Sivrac.
Mit revista
dezeMbro 2015
Cabeça feita Levando-se em consideração
segurança mesmo em caso de
que o primeiro capacete de que se
impactos violentos. O Ballista,
tem notícia (criado nos anos 1880)
novo modelo aerodinâmico
era basicamente um emaranhado
da Trek, foi eleito o melhor
de tiras de couro, eis um acessório
da categoria pela
que realmente evoluiu, a despeito de
renomada revista Bike
seu design aerodinâmico de gosto
Radar. “É bom ficar
duvidoso. Há desde os mais baratos,
atento se o capacete
que podem se rachar na queda, até
tem tecnologia MIPS,
modelos biodegradáveis, como os
que reduz os casos de
da giro. Existem ainda os dobráveis
dano cerebral em caso
(o Morpher é o pioneiro), fáceis de
de queda”, diz Luis Felipe
carregar quando fora da cabeça.
Monteiro Praça, diretor da
Um modelo que fascina os ciclistas
Trek Brasil.
profissionais é o Mixino, da Catlike: é leve e traz uma gaiola de aramida (chamada ARC), que aumenta a
n www.giro.com n www.morpherhelmet.com n www.catlike.es n www. specialized.com n www.trekbikes.com Capacete Mixino: gaiola de proteção
pare agora! Talvez a única unanimidade en-
altas velocidades com
Mas há uma desvantagem: requer
tre os ciclistas seja o desejo
apenas um dedo no ma-
manutenção com regularidade. Outros
de pedalar modelos com
nete. Além disso, controla
tipos de freio mais baratos e que valem
freios a disco hidráu-
a dosagem da freada
licos. O sistema
sem travar a roda –
permite frear em
garantia de segurança
os V-Brake. Além disso, se você é praticante de speed, os freios ferra-
em descidas, trilhas ou
dura continuam uma boa opção. Caso
naquelas situações em
a sua praia seja mesmo o off-road, os
que você precisa diminuir
especialistas batem o pé: invista no
a velocidade rapidamente Freio a disco hidráulico da shimano
o quanto pesam são o Cantilever e
hidráulico.
sem correr o risco de ser arremessado por cima do guidão.
n bike.shimano.com.br
da madeira à borracha A desvantagem é o preço. Fique de olho
de fios, mais finos eles serão e mais
e de ferro – imagine a trepidação. Só em
também na largura do pneu. Os mais
pressão poderão suportar. Consequen-
1887 é que um pai, preocupado com as
largos propiciam melhor rendimento se
temente, o pneu com alto TPI é muito
aventuras do filho, colocou a borracha
você precisar de tração (ou seja, em ter-
mais resistente a furos. Boas opções
pra rodar. Seu nome era John Boyd
reno off-road). Já para as bicicletas de
Dunlop, escocês que fundaria, dois anos
estrada, quanto mais fino
Panaracer (da Panasonic) e o
depois, a célebre marca que leva seu
o pneu, maior a velocida-
Columbiere (da Maxxis).
sobrenome. Em 1891, a Michelin criaria
de. Além disso, decore
o pneu com câmara de ar. Hoje, além
a sigla TPI, gravada
da borracha, os pneus contêm kevlar
na lateral dos pneus.
ou arame. As vantagens do kevlar são o
Ela significa threads
peso menor, a facilidade de montagem
per inch (fios por
e a possibilidade de ser dobrado, o que
polegada): quanto
facilita o transporte e o armazenamento.
maior a quantidade
FOTOS: DIVULgAçãO/ REPRODUçãO
Os pneus já foram 100% de madeira
são o Michelin Pro Race 3, o
pneus coloridos da panaracer. Gosta?
n www.panaracer.com n www. maxxis.com n www.bontrager. com/products/components/tires
PORTA-MALAS Forcinha extra Era mais longe do que você imagi-
venda no mercado.
nava? A trilha está muito hard? Não
Os mais baratos
quer chegar suado ao trabalho? Talvez
vêm com bateria
esteja na hora de você instalar um mo-
de ácido-chumbo;
tor elétrico na sua bike. Pode parecer
os mais caros, com
coisa de gente preguiçosa, mas é uma
carregadores à base de
mão na roda. Nesse quesito, a Smart
lítio. Uma coisa, porém,
Wheel, da FlyKly, merece destaque.
é igual: com eles, o ciclista ganha
Ela se adapta a praticamente qualquer
autonomia, pode dar uma descansada
bike e é operada por um aplicativo de
nas retas e guardar energia para
smartphone – em que o ciclista indica
as subidas.
um motorzinho na roda e sua bike fica elétrica
a velocidade na qual pretende pedalar. São muitos os motores elétricos à
n www.flykly.com/smart-wheel
senta que lá vem história sentado. “Mas depende, claro, da postura
os calcanhares apoiados na parte traseira
não deixa de ser irônico, já que selim (sa-
do ciclista”, ressalta Luis Felipe. “A anato-
do pedal. A perna deve ficar quase esten-
ddle) era o nome “carinhoso” pelo qual se
mia da pélvis também influencia.” Lembre-
dida. Isso dá mais equilíbrio e melhora a
chamava um dos mais brutais instrumen-
-se, porém, de uma regra: selim baixo faz
postura. Um dos selins mais festejados do
tos de tortura na Inglaterra medieval. Mas
com que o ciclista trabalhe com as pernas
mundo é o DaBomb Urbanizer, levíssimo.
voltemos... Se você é do tipo que curte
encurtadas – postura que não produz a
Outra marca incensada é a italiana Fizik,
mountain bike, um modelo mais fino e leve
força necessária e sobrecarrega ligamen-
de alta performance. E há também a Spe-
pode ser preferível; agora, se é um ciclista
tos, músculos, tendões e cartilagens.
cialized, que tem, inclusive, um equipa-
mais urbano, invista em um modelo mais
Já o selim alto faz com que a pedalada
mento chamado Assometer, para definir o
largo, acolchoado, com gel ou até molas,
não seja 100% eficiente e pode provocar
selim mais confortável para cada ciclista.
lesões com o passar do tempo. A altura do
Trata-se de um banco emborrachado com
selim deve ser determinada com o ciclista
sensores de pressão que mostram onde
sentado sobre ele e com
são os pontos (ísquios) de maior contato
A palavra-chave aqui é conforto – o que
pois passará boa parte do tempo
das nádegas com o assento. selim da marca italiana Fizik
n www.dabombbike.com n www.fizik.it n www. specialized.com n www.trekbikes.com
Computador de bordo O legal da tecnologia digital é que ela
24
vendidos computadores de bordo para
permite que você leve sempre um mapa
ciclistas. Com ele você pode medir qual-
de geolocalização. Os melhores para
quer ponto do seu trajeto e a velocidade
bikers destemidos são o Runtastic Road
média. Mais uma opção legal é o relógio
Bike e o Runtastic Mountain Bike – o pri-
de pulso garmin 610, que funciona como
meiro, para desafios urbanos; o segundo,
um personal biker virtual – ele avisa se
para enfrentar a poeira. Eles funcionam
você está na meta preestabelecida de ve-
tanto em smartphones quanto em tablets
locidade e mede sua frequência cardíaca.
com iOS ou Android e são ótimos anjos
A garmin também tem um device para
da guarda. Outra boa dica para quem
bikes, com gPS e altímetro, que vale o
gosta de manter total controle sobre cada
quanto pesa: o Edge 810.
pedalada é o Cateye Strada, um dos mais
n www.cateye.com n www.garmin.com.br
Mit revista
dezeMbro 2015
app Runtastic: guia de rua no celular
Câmbio e desligo! As primeiras bicicletas não tinham
1940, a Campagnolo, depois de inventar
quem tem pouca familiaridade com o
marcha. Era pedalar e frear. Na virada do
o sistema Quick-Release, que “apenas”
sistema convencional de troca de mar-
século 20, criou-se um sistema com uma
simplificava o parafusar e o desparafusar,
chas”, diz Luis Felipe. “A grande evolução,
catraca pequena de um lado da roda e
deu ao mundo do ciclismo o câmbio Cor-
nessa área, são os câmbios totalmente
uma catraca maior do outro lado. Confor-
sa. Por meio de uma fina haste de metal,
eletrônicos.” Eles funcionam a bateria e
me a inclinação do terreno a ser vencido,
o ciclista conseguia trocar a corrente de
têm respostas mais rápidas, melhorando
a corrente era colocada na catraca mais
catraca com a bicicleta em movimento.
o desempenho dos ciclistas.”
apropriada. Detalhe: era preciso parar e
O grande salto deu-se com a automati-
desparafusar a roda a cada troca. Nessa
zação do câmbio. Nesse sistema, não há
mesma época, em 1902, surgiu o cubo
o risco de a corrente se desprender, já
interno de marchas, versão mais prática
que ela rola sobre um único
– e cara – da catraca. Quem inventou a
aro dentado, as marchas
tecnologia, utilizada e reverenciada até
são trocadas dentro
hoje, foram os ingleses Henry Sturmey
do cubo, que abri-
e James Archer. A empresa da dupla,
ga um sistema
a Sturmey-Archer, segue uma das
de polias. “É
maiores especialistas no assunto. Em
a opção para
n www.sturmey-archer.com n bike.shimano. com.br n www.sram.com
Trocador de marchas de oito velocidades da sturmey-archer
Quadro a quadro carbono é o Specialized S-Works Tarmac
Aliperti. “Além disso, a modelagem é mais
se dê ao respeito é oferecer a maior
– usado pelo atual campeão mundial
difícil. Agora, para dar a volta ao mundo,
resistência com um peso mínimo, aliado
de ciclismo, Peter Sagan. Outra marca
sem a pressão do relógio, talvez seja ideal.”
ao menor arrasto aerodinâmico. Mas isso
de quadros de carbono (e também de
A mais importante marca de quadros de
varia de acordo com a especialidade do
alumínio) à qual você deve dar atenção é
titânio é a americana Van Nicholas.
ciclista. Enquanto um biker de estrada
a Santa Cruz – seus modelos enfrentam
busca o menor peso e a maior aerodinâ-
desafios off-road como poucos. Mas e o
mica, um piloto de downhill clama por um
titânio, tão
n www.vannicholas.com n www.santacruzbicycles.com n www.specialized.com n www.pedalpower.com.br
equipamento resistente. Fato é que, antes
falado há
de Thomas Humber entrar nesta história,
alguns anos? “Tor-
pedalar era até divertido, mas bastante
nou-se um material
cansativo. Foi esse inglês que, em 1890,
de nicho. É excelente,
criou o quadro trapezoidal (em formato
mas mais pesado que
de diamante), usado até hoje – embora
o carbono”, explica
O objetivo de qualquer quadro que
specialized s-Works Venge Vias: de fibra de carbono
com muitas variações de ângulo. A única evolução “de verdade” se deu nos materiais usados pelos fabricantes. Se Humber só tinha o ferro e a madeira à disposição, hoje há uma gama de possibilidades. Existem quadros de aço, cromo, alumínio... “Mas o material mais procurado é a fibra de carbono”, diz Daniel Aliperti, da Pedal Power. “É levíssima, tem aspecto moderno, sedutor e é eficiente em qualquer terreno.” Um dos mais festejados quadros de dezembro 2015
mit revista
25
PORTA-MALAS
CREATIVE COMMONS
parque dead Horse, em utah
Trilhas imperdíveis n utah (EUA)
ponto mais alto da trilha, a 1.730 metros,
Colônia. Já a trilha entre Mariana e Ouro
É uma espécie de Meca do mountain bike
propicia vistas maravilhosas da mata na-
Preto tem somente 11,5 quilômetros e
e, talvez por isso mesmo, no decorrer
tiva e das araucárias. O passeio termina
pode ser feita até por crianças.
dos anos foram sendo criadas trilhas
na represa do Fojo.
n www.institutoestradareal.com.br
para todo tipo de ciclista (dos turistas
n camposdojordao.com.br/turismo/passeios-
aos radicais). Uma boa pedida é o parque
imperdiveis/mountain-bike/
Dead Horse, repleto de desfiladeiros e
n sicília (Itália) Sim, estamos falando em pedalar pelo
penhascos com vista para o rio Colorado.
n estrada Real (MG e RJ)
vulcão Etna, que permanece ativo. Para
A trilha mais famosa, porém, fica na ci-
Ela sai de Diamantina, em Minas gerais,
chegar lá em cima – são mais de 3 mil
dadezinha de Moab. Chama-se Slickrock
e vai até Paraty, na costa fluminense,
metros de altura –, você pode pegar
(daí já dá para ter ideia do desafio...) e
num trajeto de mais de 1.600 quilôme-
carona em um off-road ou encarar o
tem cerca de de 20 quilômetros.
tros. No gPS, diversas cidades históri-
teleférico (dá um certo pânico, mas a
cas. O legal aqui é que são dezenas de
vista é inacreditável). Outro lugar legal
n Campos do jordão (SP)
opções de trajetos, tanto para os mais
na ilha italiana é Corleone, a cidade
Esta é para famílias, basta ter uma bike
experientes quanto para famílias ou gru-
natal de Don Vito, celebrizada na trilogia
com manutenção em dia e vontade de
pos de amigos em busca de um passeio
O Poderoso Chefão, de Francis Ford
pedalar para encarar a trilha da Casa Re-
leve. O Caminho Velho, entre Ouro Preto
Coppola. São, ao todo, 300 quilômetros
donda. São 16 quilômetros em estradas
e Paraty, tem 680 quilômetros e atraves-
de trilhas possíveis, com o Mediterrâneo
de terra e asfalto – e poucas subidas. O
sa 38 municípios – uma aula de Brasil
por testemunha.
smartphones ou laptops. Até o fecha-
dalar em ambiente urbano são o Eu Vou
não sabe o que está perdendo.
mento desta edição, o endereço reunia
de Bike (com mapas interativos)
O site é um repositório de trilhas (leves,
3,8 milhões de roteiros. Tem de tudo:
e o Áreas Verdes das Cidades, que traz
medianas ou super-radicais) de todas
desde o Caminho de Fátima, em Lisboa
trilhas em parques urbanos nos EUA,
as latitudes do globo. E o melhor: são
(com mais de 145 quilômetros), até o
na América do Sul e Europa.
3,8 milhões de roteiros Se você nunca ouviu falar de Wikiloc,
26
os próprios ciclistas que o alimentam,
Slalom de Itabirito, em Minas gerais. Já
fazendo upload desde seus gPSs,
dois bons sites para quem gosta de pe-
Mit revista
dezeMbro 2015
n pt.wikiloc.com n www.euvoudebike.com n www.areasverdesdascidades.com.br
clássicos
lugares e objetos que nasceram para ser eternos
por cadão volpato
a estrela dos tênis nascido há 98 anos nas quadras de basquete e ícone de gerações, o all star está de mudança
D
urante a segunda guerra
um tanto esquecidos. mas eis que nos
com o sapato preto de sola grossa ou
mundial (1939-1945), ele foi
anos 1970 e 1980, voltaram com tudo
os famigerados coturnos. À época,
utilizado pelos soldados em
nos pés do rock’n’roll – do flautista
era também o presente preferido dos
treinamentos de combate.
da banda progressiva jethro tull, ian
jovens mais abastados que viajavam
nos filmes americanos dos anos 1950,
anderson, aos músicos de roupas de
aos estados unidos. no fim da década
o clichê eram os meninos travessos
cores cítricas da new wave. e chegaram
de 1980, ainda como membro dos titãs
de camiseta listrada, jeans e o modelo
facilmente aos relaxados grunges da
e com um lote de músicas recusado
década seguinte – Kurt cobain adorava
pela banda, nando reis conheceu
o preto de cano alto.
cássia eller. É dela o par azul que dá
cano longo nos pés. rebeldes sem causa também gostavam de aprontar com seus tênis all star pelas ruas americanas. na década de 1960, é verdade, eles ficaram
aqui no brasil, o modelo dessa mesma cor e também de cano alto caía bem entre os punks e o povo new wave, concorrendo diretamente
o título para uma das músicas mais famosas do artista. “seu all star azul combina com o meu preto de cano alto”, canta nando reis. a converse, proprietária original da marca, nasceu em malden, no estado de massachusetts, em 1908. em 1917 veio ao mundo o primeiro all star, um simples tênis de lona criado para jogadores de basquete. quatro anos depois, charles “chuck” Hollis taylor juntou-se ao the converse all stars, o time de basquete da converse company. enquanto jogava e ensinava os fundamentos do esporte
28
Mit revista
DEZEMbro 2015
chuck taylor: o nome de batismo do all Star
pelas escolas do país, chuck também vendia o tênis e dava
dos tênis que
tempos, quando a estrela da converse
vendeu e adorou até
namorava as estrelas da bandeira
morrer, em 1969. para ele,
palpites fundamentais
bastou a assinatura ao lado
em seu desenho – foram
da estrela.
toques importantes sobre
americana – o tênis era manufaturado apenas no país. aos fãs mais radicais, uma última
em agosto, o all star
notícia: o all star tradicional, sem as “frescuras” implantadas pela nike,
flexibilidade e proteção
mudou. De leve. sua lona
do calcanhar. a marca foi
foi reforçada para aumentar
continua no mercado.
ganhando os pés dos atletas
a durabilidade. Do lado
n www.converse.com
de tal forma que a assinatura
de dentro, recebeu um forro de camurça sintética
do logotipo, ladeando a
para dar mais conforto. e a
iconográfica estrela de cinco
palmilha ganhou tecnologia
pontas.
ultraleve, que visa melhorar
o caminho ficou mais duro para o all star nos anos 2000, quando, entre outros tropeções, a concorrência
creatiVe commons
de chuck acabou no meio
cresceu. Desde 2003,
o amortecimento. o design continua o mesmo – a
Di Vu lg aç ão
essência, ao menos, não mudou, mostrando o valor da simplicidade.
quem manda na marca
Hoje, eles são
é justamente uma dessas
produzidos na china,
vilãs, a nike, que a comprou por us$
no Vietnã e na indonésia,
305 milhões. para cair de novo nas
diferentemente dos velhos
graças do rock’n roll, o tênis foi parar nas mãos do estilista john Varvatos.
reproDução
ele conseguiu unir os mundos da moda e da música com elegância e estilo. os converse all star repaginados por Varvatos voltaram a ser objeto de desejo dos roqueiros. e com um toque de genialidade: levando em consideração as mentes simples dos machos alfa cabeludos, ele fez um modelo sem cadarços, transformando-o em hit instantâneo de certos verões. a simplificação deu nova vida aos calçados de chuck taylor, um homem que, por
capa do lp de John lee Hooker. ao lado, Kurt cobain e o modelo com trechos de seu diário
sinal, jamais ganhou muito dinheiro extra pelos aprimoramentos
reproDução: tHe Hypebr.com
DEZEmbro 2015
mit revista
29
quAl o seu Mundo
pessoAs que fAzeM A difeRençA
ARquivo pessoAl
poR edgard reymann
A dona do salão Casada, com dois filhos e dois restaurantes para cuidar, a chef Janaína Rueda brilha na cozinha. Mas gosta mesmo é de bater papo Janaína Rueda adora botar a mão na massa. em parte porque não consegue ficar parada. “sou hiperativa”, diz. e também porque há oito anos abriu a casa que se tornaria um dos maiores sucessos da chamada “baixa gastronomia” paulistana, o dona onça. o bar, com sua “culinária afetiva”. transformou o Copan – edifício onde ela mora com o marido, o chef Jefferson Rueda – num polo do comer e beber bem. Aos 40 anos, casada há 12, Janaína acaba de criar com o marido um sucesso instantâneo, A Casa do porco, onde a carne suína é a estrela do cardápio. no novo restaurante, Janaína não vai para a cozinha. fica no salão. Acompanha a clientela e controla o vaivém de garçons, o funcionamento da cozinha. “É o que mais gosto de fazer”, revela. e conta que desde cedo se acostumou com a presença, em casa, dos amigos boêmios da mãe, executiva da lendária casa noturna de Ricardo Amaral em são paulo, o Hippopotamus.
depois de trabalhar no marketing da pernod Ricard, Janaína conheceu Jefferson. e quem pensa que foi ele que a pegou pelo estômago se engana. foi com uma insólita rabada que ela o conquistou.
[risos]. Ganhei confiança para seguir em frente. Qual o ingrediente dele que mais a atraiu?
Ah, sempre me apaixono por ele. não só como homem, mas gosto do
ao contrário do que se poderia pensar, parece que foi você quem pegou o Jefferson pelo estômago. Você já era chef?
sempre gostei de cozinhar, e ado-
do e a toda hora me surpreende. O dona Onça é um sucesso. existe algum segredo para isso?
não tem segredo. É o tipo de comi-
rava tudo o que o Jefferson fazia. ia ao
da que sempre amei. o arroz mexidinho
Madeleine [restaurante onde Jefferson
faz muito sucesso. e o que é? Arroz
foi chef] e acabamos nos conhecendo.
misturado com feijão, farinha de man-
Aí, um dia o convidei para jantar e fiz
dioca e carne moída.
uma rabada. O que ele achou?
Gostou muito. só me proibiu de usar caldo em tablete. e me ensinou como fazer um bom caldo de carne. A partir daí, comecei a ficar mais metida 30
profissional. ele está sempre inventan-
Mit revista
DEZEMbro 2015
não sou submissa a nada. Minha característica é não ser submissa. Talvez por isso tenha tido sucesso com o dona onça. Como é conciliar a empresária e a chef com a mãe?
não é fácil. outro dia, meu filho desceu do apartamento e veio ver se eu estava mesmo trabalhando. Tudo porque eu não pude ir à feira de ciências da escola dele. Quando não está na cozinha, o que gosta de fazer?
Gosto de dançar e cantar. Chamo um amigo meu, o Maranhão, que tem
Qual seu prato preferido?
violão e canta muito. ele toca e eu can-
strogonoff de carne, que eu mesma
to. Gosto muito de elis Regina.
faço e como [risos]. Meus filhos também adoram. Cozinha já foi um símbolo da submissão feminina. Como é pra você?
Você costuma fazer viagens para se reciclar?
Costumo ir duas vezes por ano para o exterior. nessas viagens conheci
foTos: divulGAção/RepRodução
1
2
3
4
5
6
n 1. CaSamentO Janaína e o chef Jefferson Rueda, parceiros no amor e nos negócios. n 2. múSiCa fã de elis Regina, ela costuma chamar um amigo violonista para desestressar cantando os grandes sucessos da pimentinha. n 3. COmer bem detalhe da decoração do fäviken, restaurante sueco, preferido de Janaína n 4. bebida fã de cachaça e champanhe, as duas bebidas estão nos cardápios do dona onça e da Casa do porco. n 5. relax quando a chefe e empresária precisa de uma parada, ela fica uma semana “internada” no spa Med sorocaba. n 6. negóCiOS Aberto há oito anos, o bar dona onça ajudou a revitalizar a vida noturna e gastronômica do centro de são paulo. fica no andar térreo do emblemático edifício Copan, onde Janaína também reside com o marido e dois filhos.
ótimos restaurantes, especialmente na europa. sou fã do el Celler de Can Roca, na Catalunha, e amo o fäviken, na suécia. no peru, gosto muito do osso, em lima. Qual a sua formação em culinária?
nenhuma. não fiz faculdade, e
ramen de porco também. Onde você gosta de comer em São Paulo?
Gosto muito do Mocotó, do Jiquitaia e do d.o.M. Me esbaldo quando vou a qualquer um deles. Você trabalhou numa multinacio-
quando me perguntam digo que me for-
nal de bebidas. Quais são os coque-
mei na rua. nunca pensei em faculdade,
téis insubstituíveis?
sempre mexi com vendas. Trabalho
Gosto muito dos drinques da letí-
é muito desregrada. Como fora de hora, ou fico muito tempo sem comer e aí como muito. em sorocaba descanso bem e consigo melhorar minha rotina por uns tempos. Se não fosse cozinheira, o que faria?
sempre digo pro meu marido que vou ser só dona de restaurante e vou pintar minhas unhas. quem mexe com
desde os 14 anos. Gosto da cozinha,
cia, do dona onça, e dos da Michelly
cozinha nunca pinta as unhas. seria
mas acho até que prefiro ser a empre-
Rossi, na Casa do porco. Mas, quando
uma manicure bem-sucedida. podia
endedora, de buscar gente no mercado,
quero beber algo, sempre prefiro ca-
ser garçonete, vendedora, assessora de
de montar a estrutura.
chaça ou champanhe.
imprensa. Gosto de me comunicar.
Qual a melhor culinária atual?
Ah, a japonesa. É a que trabalha melhor a tradição com a ousadia. o
O que você faz quando quer relaxar?
se não posso sair de casa, vou para
Janaína, qual é o seu mundo?
Acho que meu mundo é o salão do restaurante. ponho a mão na massa,
Jefferson e eu ficamos loucos com o
o quarto, desligo o celular, fico no es-
mas prefiro essa outra coisa, de ficar no
Koy shunka, de Barcelona. É um japo-
curo e tento dormir um pouco. quando
salão atendendo e coordenando.
nês tão bom que inspirou o Jefferson a
consigo, vou ao spa Med de sorocaba
fazer o sushi de papada de porco. e o
– e meio que me interno lá. Minha vida
n Siga Janaína no Instagram: @janainarueda1
DEZEmbro 2015
mit revista
31
combustível
bebidas para abastecer a alma
por marcello borges
para os experientes uma das bebidas mais populares e protagonista do dry martini, o gim está na moda outra vez
a
rainha-mãe, que,
mas não sem motivo. produzido na
diga-se viveu até
escócia, ganha pétalas de rosas e
os 101 anos, não
pepinos, além de ingredientes botânicos
passava sem seus
mais convencionais. sua garrafa e
goles de gim. durante as viagens
seu rótulo evocam os frascos das
oficiais, pedia aos funcionários
antigas farmácias de manipulação,
para esconder as garrafas em
sugerindo as origens medicinais do
caixas de chapéus. a escritora
gim. pois é, a bebida era vendida para
dorothy parker tem uma ótima
curar problemas de rins, estômago e
frase sobre dry martini, o mais
gota, entre outras mazelas. É suave
célebre coquetel feito com a
e fresco ao nariz, tem notas florais
bebida: “Gosto de um martini,
de fundo que cedem lugar a toques
no máximo, dois. depois de
de especiarias na boca. (r$ 250)
três, vou pra debaixo da mesa. depois de
1
quatro, pra debaixo do anfitrião”.
fotos: divulGação
Não é preciso
n 2. bombaY saPPHIre Não bastasse ser triplamente destilado e com amêndoas tostadas, alcaçuz e pimenta-malagueta na composição,
muito para apreciar
tem uma das mais belas garrafas dentre
o gim, uma das
os gins tradicionais. a presença cítrica e
bebidas mais
o zimbro manifestam-se na boca, é uma
populares da
das marcas mais recomendadas para o
história. destilado
dry martini (use vermute Noilly prat na
de cereais e
proporção que achar melhor). (r$ 110)
infundido com o
2
3
zimbro – diminuto
n 3. TaNQUeraY TeN
fruto esverdeado
Não, o número não se refere aos
trazido da toscana,
ingredientes botânicos na infusão –
itália –, leva ainda
que são oito, na verdade. a diferença
especiarias como
entre o ten e o tanqueray tradicional
coentro e cascas de
está no fato de aquele buscar um foco
cítricos. selecionamos
maior nos componentes botânicos
três opções para
do que no zimbro – por isso, a
você beber, puro
presença de grapefruit, lima, laranja
ou em drinques.
e flor de camomila, que ganham mais destaque. É outro dos melhores
n 1. HeNDrIcK’s eis o gim do momento. 32
Mit revista
DEZEMbro 2015
gins para dry martini. (r$ 130). n Todos os preços estão sujeitos a alteração.
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1
3
4 5
6
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DEZEmbro 2015
mit revista
33
painel
objetos do desejo com alta tecnologia
por AlessAndrA lAriu, de Nova York
sem limites tecnologias e ideias que chegam para mudar a sua vida
2
1
5
fotos: divUlgação
3
4 n 1. Trailer Anfíbio em vez de um trailer, que tal algo bem menor e mais prático? o sealander é o reboque perfeito para acampar. pode ser utilizado até na água. a cabine acomoda duas pessoas com conforto – e pode ser personalizada. sealander.de n 2. smArt e pro aquele papo de que os smartphones fazem fotos tão boas quanto as câmeras profissionais aos poucos vai deixando de ser balela. É o caso do olloclip: um pequeno apetrecho que se acopla ao iphone6 e faz às vezes de quatro tipos de
34
Mit revista
DEZEMbro 2015
lentes: olho de peixe, macro, wide e selfie. e cabe no seu bolso. olloclip.com n 3. terceiro olho seriam óculos comuns, não fosse a câmera Hd embutida. para gravar, é só tocar na aba. para transferir os vídeos, basta plugar o cabo Usb. a câmera fica entre as duas lentes – só é perceptível muito de perto. muito popular entre montanhistas, podem ser usados também para espionar. spytecinc.com n 4. A voltA dos negAtivos o escaner da lomography é uma maneira interes-
sante e fácil de digitalizar seus negativos (lembra-se deles?). basta inseri-los no aparelho e as fotos aparecem no aplicativo lomoscanner, na tela do seu celular. photojojo.com n 5. impressorA de mão sim, isso é uma impressora. basta colocá-la sobre a folha de papel e ela sairá andando para imprimir o documento ou texto desejado. pesa apenas 350 gramas e pode ser levada na bolsa. o cartucho tem autonomia para até 60 páginas em preto e branco. o produto nem foi lançado, mas a primeira leva já está esgotada. zutalabs.com
mundo mitsubisHi por junior bellé
as boas-novas da marca dos três diamantes pelo mundo
ilustração pedro hamdan
Futuro presente tomate hidropônico, carvão limpo, estufa gigante, plástico-vidro... conheça essas e outras novas tecnologias das empresas pertencentes à marca dos três diamantes
mitsubisHi corporation disaster relieF Foundation
tomate hidropônico desde o terremoto seguido de tsunami que destruiu
uma fazenda de plantio hidropônico na cidade de miyagi.
a costa leste do Japão há cinco anos, empresas do grupo
a estimativa é produzir 600 toneladas anuais de tomate da
mitsubishi passaram a investir na recuperação da região.
variedade momotaro, famoso por ser suavemente picante
criou-se até um braço para coordenar as ações, a mitsubishi
e muito tolerante a rachaduras em razão de sua pele espes-
corporation disaster relief Foundation. a mais nova cria da
sa. Foram investidos cerca de us$ 420 mil na criação da
fundação visa incentivar a agricultura do país, gerando em-
fazenda, que já gerou 34 empregos diretos. o objetivo
pregos, renda e oportunidades para os moradores das áreas
é abastecer os mercados e cooperativas locais, bem como
afetadas. atende pelo nome de sunfresh Koizumi Farms,
grandes redes de supermercados. setembro 2015
mit revista
35
mundo mitsubisHi mitsubisHi plastics
uma estufa de 5 mil metros quadrados a austrália atravessa um período de seca e de problemas no abastecimento de água. para minimizar as consequências da estiagem, a mitsubishi plastics anunciou a conclusão das obras de um de seus projetos mais ousados: uma estufa de 5 mil metros quadrados, no estado de victoria. a estufa permite um sistema de plantio de alto rendimento num ambiente de baixo volume hídrico. o investimento, feito em parceira com o governo local, foi de 1 bilhão de ienes, mais de us$ 8,3 milhões. a primeira colheita já aconteceu e verduras e hortifrútis estão disponíveis no mercado australiano desde o outono.
mitsubisHi HeavY industries, mitsubisHi corporation e mitsubisHi electric corporation
a mais avançada usina a carvão do mundo a cidade de Fukushima, local do acidente nuclear causado pelo terremoto de 2011, continua buscando formas alternativas de geração de eletricidade, entre elas o carvão mineral. cinco empresas se uniram no consórcio Fukushima revitalization power para a criação da mais moderna usina a carvão do mundo. além das companhias de eletricidade Joban Joint power e tokyo electric power company (tepco), três empresas do grupo mitsubishi encamparam a ideia: mitsubishi Heavy industries, mitsubishi corporation e mitsubishi electric corporation. o primeiro desafio é criar uma indústria de base capaz de gerar empregos e aquecer a economia local. o segundo, é gerar energia limpa, algo impensável antes da criação de uma nova tecnologia: a gasificação do carvão por meio de um ciclo combinado e integrado. o projeto inclui a construção e a operação de duas fábricas, que devem entrar em funcionamento em 2020. 36
Mit revista
seteMbro 2015
mitsubisHi cHemical corporation
celular sem vidro Já imaginou uma tela de celular feita de plástico? melhor ainda, de bioplástico? Foi exatamente o que a mitsubishi chemical corporation (mcc) desenvolveu para o mais recente lançamento da sharp corporation, o smartphone aquos crystal 2. batizado de durabio, o material inaugurou a era do plástico ecologicamente amigável em telas de celular. na maioria dos aparelhos a tela é feita de vidro – a segunda opção era o policarbonato. ambos são bastante suscetíveis a quebras e, nos casos de produtos resistentes a fortes impactos, apresentam propriedades óticas limitadas. o durabio é produzido a partir de um derivado de plantas e biomassa conhecido como isosorbine. o composto tem excelente resistência a impactos, calor e mudanças climáticas, além de alta transparência e baixa distorção ótica.
Kirin HoldinGs e mitsubisHi paper mills
diamantes verdes a World Wide Fund for nature (WWF) premiou a Kirin Holdings e a mitsubishi paper mills, duas companhias do grupo mitsubishi, com o Grand prix and special business & biodiversity Katte-ni awards. a honraria, disputada por mais de 1.800 companhias, é concedida àquelas que incluem a preservação da biodiversidade entre suas metas. a Kirin Holdings foi reconhecida por seu engajamento em prol da preservação da diversidade ambiental e também por sua política de compra de matérias-primas. a mitsubishi paper mills foi escolhida por rastrear e assim garantir a sustentabilidade de seus insumos e pelos esforços feitos a fim de se tornar a primeira empresa do setor a obter a certificação Forest stewardship council, exclusiva a empresas com excelência na preservação florestal. setembro 2015
mit revista
37
mundo mitsubisHi mitsubisHi electric corporation
etros
28,8 m
beisebol em alta definição o chiba lotte marines, time da elite do beisebol japonês,
a mitsubishi electric corporation anunciou a instalação de cinco telões diamond vision. o maior deles terá 28,8 metros por 10,1 metros, o triplo do tamanho dos atuais aparelhos. além do mais,
10,1 metros
está em quarto lugar na divisão do pacífico, que integra a liga nacional. seus torcedores, no entanto, estão em festa.
a resolução aumentará cerca de seis vezes. são os primeiros telões de led da mitsubishi em estádios japoneses. eles vêm equipados com efeitos visuais e replays instantâneos.
niKon corporation
cem anos no museu o nikon museum acaba de abrir as portas e mostrar ao mundo um século de inovações na ótica, eletrônica e as mais diversas tecnologias de precisão. o museu, inaugurado dia 17 de outubro, fica no segundo andar da sede da empresa, em shinagawa, Japão. o lançamento faz parte das comemorações antecipadas pelo centenário da nikon, a ser comemorado em 2017. são 580 metros quadrados que contam em detalhe a trajetória dos produtos da empresa. É possível conhecer desde a nikon model i, primeira câmera nikon, lançada em 1948, até as mais recentes lentes e microscópios. o mais impressionante, considerado a quintessência da tecnologia óptica, é o synthetic silica Glass ingot. desenvolvido para os sistemas de litografia de semicondutores de ponta, é o mais avançado produto da empresa – e, por isso, o símbolo do nikon museum. 38
Mit revista
seteMbro 2015
mundo 4x4 capa
Jon rakauer
lições de abismo A obra do autor de No Ar Rarefeito é centrada na tragédia. mas, em vez de mirar o cume, o escritor prefere falar sobre a queda por ronaldo bressane
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Mit revista
DEzEMbro 2015
Corbis
dezembro 2015
mit revista
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mundo 4x4 capa
“N
unca ter tentado. Nunca ter falhado. Não im-
Embora desprovido de alpinismo, Sob a Bandeira do Paraíso
porta. Tentar de novo. Falhar de novo. Falhar
é fiel ao tema essencial de Jon Krakauer: a queda. Ao investigar
melhor.” Esta passagem clássica do escritor
como um crime chocante aconteceu em uma comunidade apa-
irlandês samuel beckett resume à perfeição
rentemente perfeita, ele escreve sobre o delicado equilíbrio entre
os livros de Jon Krakauer, 61 anos. Em especial sua obra mais
fé e razão em pessoas sob situações extremas. Não importa se
conhecida, No Ar Rarefeito, cuja adaptação cinematográfica,
são montanhistas, atletas, estudantes, militares ou religiosos.
Evereste, estreou em setembro último. Até ao se distanciar de seu tema essencial – a aventura –, ele escapa da visão adocica-
Jon Krakauer nasceu em 1954 em brookline, uma cidade-
recém-publicado Missoula (ainda inédito no brasil), no qual ele
zinha de Massachusetts. Logo se mudou para outra pequena
investiga um estupro ocorrido em um colégio. E descobre que,
comunidade, Corvallis, no oregon. o pai era um médico impor-
mais do que exceção, esse tipo de crime é regra no universo edu-
tante, formado em Harvard – profissão que também ambicio-
cacional dos Estados Unidos.
nava para o garoto. Foi outra lição paterna, entretanto, que mu-
para os que conhecem a veia aventuresca do autor, a obra
dou o destino do filho: a malsucedida ascensão, pelos dois, ao
pode parecer um corpo estranho. reação semelhante teve seu
topo do south sister, vulcão extinto de 3 mil metros de altitude.
editor quando recebeu o rascunho de Sob a Bandeira do Paraíso
pai e filho quase despencaram, e o jovem jamais se esqueceu
(2003), livro que veio logo depois de Na Natureza Selvagem e No
da experiência. pensando no futuro médico da família, o pai o
Ar Rarefeito. Confuso pelo tema, um crime bizarro praticado por
enviou para uma série de entrevistas em faculdades de elite
um mórmon, o homem perguntou: “onde estão as montanhas?”
da Nova inglaterra. Em uma delas, ouviu a dica de um colega:
everest: palco de uma tragédia
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Montanhista obsessivo
da do sonho americano e centra fogo em seu negativo. Como no
Mit revista
DEzEMbro 2015
“Tem uma escola hippie no fim dessa rua, dá uma checada”. Mal chegou à Hampshire College, nosso herói topou com uma
ele. “Mas subi porque tinha certeza de que, se fizesse algo tão difícil e saísse ileso, minha vida se transformaria.”
garota usando uma blusa transparente. Mais tarde ele confessa-
Com efeito, depois que subiu outros três picos inexplorados
ria: foi nessa escola, berço do movimento radical feminista, que
do Alasca, em 1974 foi convidado a escrever sobre a experiência
ele se tornou um simpatizante da causa. Chegou a usar por me-
para o jornal do American Alpine Club. Autodidata, nunca havia
ses a camiseta de uma namorada, estampada com um punho fe-
estudado letras, redação ou literatura – mas já era, como lem-
chado de uma organização de mulheres. A Hampshire não tinha
brou no livro Na Natureza Selvagem, um atento leitor de Jack
grades nem currículo definido, mas uma piscina onde era permi-
London (1886-1916), o lendário autor aventureiro americano. o
tido nadar nu – além de estimular a prática de esportes outdoor.
primeiro texto de Krakauer fez fama no mundo da alta monta-
Quando o pai soube que o garoto escolhera a faculdade no lugar
nha. De artigo em artigo, se tornou colaborador assíduo da revis-
de Harvard, deixou de falar com o filho por dois anos.
ta Outside. Em 1980, ele se casou com a botânica e também
Krakauer se formou em estudos ambientais com uma mo-
alpi-
nista Linda Moore, com quem vive até hoje, em
nografia sobre Moose’s Tooth (Dente do Alce), uma montanha
boulder, no Colorado. o casal não tem fi-
no Alasca. Mas preferiu não dar continuidade aos estudos
lhos e divide uma modesta casa de su-
universitários. resolveu investir na profissão de carpinteiro e pescador, que financiariam sua obsessão pelo alpinismo. Aos 23 anos, escalou sozinho uma montanha no Alasca, Devil’s Thumb (polegar do
terreno de 900 metros quadrados. “sou uma pessoa bem esquisita”, ele declarou ao jornal Los Angeles Times. “A última
Corbis
Diabo). “Foi muito perigoso”, contaria
búrbio que ele mesmo construiu num
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mit revista
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mundo 4x4 capa sonora de Eddie Vedder, líder do pearl Jam, e Emile Hirsch no
vez que recebemos alguém para jantar já faz uns três anos.”
papel de McCandless. o filme foi aprovado pelo escritor – que
Em 1983, ele largou o emprego de construtor de casas pré-
mantém penn e Vedder entre seus poucos amigos.
-fabricadas para se dedicar ao jornalismo. Levaria dez anos para encontrar a história que o tornaria célebre mundialmente. Em
everest, a Montanha envenenada
1992, caçadores de alce acharam o corpo decomposto de um jovem na região mais isolada e selvagem do Alasca. só meses
Em 1996 Jon Krakauer participou, ao lado de outras 22 pes-
mais tarde sua identidade seria descoberta: o defunto era Chris
soas, de uma expedição ao topo do Everest. sucessivos erros
McCandless. Naquele mesmo ano, quando seu principal repórter
dos líderes de vários grupos acabaram levando a uma tragédia
voltou da subida ao Cerro Torre, na patagônia argentina – consi-
em que nove pessoas morreram, sufocadas por uma avalanche.
derada a escalada mais difícil do mundo –, a Outside pediu a ele
Entre eles estavam rob Hall e scott Fischer, dois dos mais ex-
um perfil do aventureiro morto.
perientes guias no Himalaia. o próprio Krakauer por pouco não
A revista já havia recebido
virou picolé: chegou à sua bar-
uma enxurrada de cartas: me-
raca sem oxigênio e, mal des-
tade chamava McCandless de
maiou, a avalanche a dezenas
idiota, a outra metade glorifica-
de metros de onde estava levou
va seu idealismo. o personagem
os companheiros de escalada.
seguia assombrando Krakauer:
Ainda traumatizado com a
ele se identificava com a história
experiência, ele relatou a tra-
do garoto, em especial por ter
gédia na revista Outside – a
se acostumado, quando tinha
reportagem venceu inúmeros
a mesma idade, a se aventurar
prêmios. No entanto, ao per-
por lugares remotos do Alas-
ceber que havia cometido uma
ca. Afinal, a escalada que ele
série de equívocos na apuração,
fizera do Devil’s Thumb trazia a
resolveu voltar ao Himalaia para
mesma força suicida que havia
uma exaustiva bateria de entre-
impulsionado McCandless à ru-
vistas. Anos depois, concluiu No
ína. “Quando chegou ao Alasca,
Ar Rarefeito. Além de perma-
McCandless procurava um lugar
necer por dois anos na lista de
ainda não mapeado”, ele escre-
best-sellers do New York Times,
veu. “só que em 1992 inexistiam
o livro foi finalista dos prêmios
lugares assim no Alasca – nem
pulitzer e National book Critics. No entanto, o peso da mon-
tão, quando rasgou seus docu-
tanha – e das pessoas que
mentos de identificação, Chris
morreram por ela – se trans-
radicalmente saiu do mapa:
formou em peso de fato so-
para ele, dali para a frente toda
bre as costas de Krakauer. Ele
terra seria incógnita.” o escritor passou dois anos refazendo toda a jornada trágica
mergulhou em uma depressão severa. só dez anos depois, quando conheceu vários
de McCandless. o livro, Na Natureza Selvagem, foi um best-seller
veteranos de guerra para escrever seu livro Onde os Homens
instantâneo. Na elegante construção da narrativa, cada capítulo
Conquistam a Glória, é que se deu conta de que estava vivendo
é precedido pela citação de um mestre aventureiro, de London
um estresse pós-traumático. Há quatro anos participa de uma
a Thoreau, passando pelo Unabomber. o livro nos leva da ater-
terapia de grupo para tratar da depressão, que por vezes volta a
rorizante descoberta do cadáver do jovem às passagens de sua
assombrá-lo. o trauma pela experiência extrema jamais deixou
infância dourada. Aborda as desconcertantes descobertas da
Krakauer, que ainda se ressente do fato de ter – apesar de ser o
adolescência, a profunda investigação dos motivos que o leva-
homem certo no lugar certo – lucrado com uma tragédia.
ram a tomar uma decisão tão radical até a jornada que o levou à morte, descrita com impressionante riqueza de detalhes.
44
rEproDUção
em outro lugar do planeta. En-
Falando recentemente ao Huffington Post a respeito do documentário Meru, que registra a terrível jornada de ascensão ao
Curiosamente, de tão meticulosos os pormenores nos dei-
pico Meru, na Índia, ele comentou sobre sua experiência no Hi-
xam ainda mais intrigados a respeito da misteriosa conduta
malaia. “subir o Everest foi o pior erro que fiz na vida. Me arrepen-
do protagonista. Mais tarde o livro foi adaptado em um belís-
do de ter subido”, revelou. “sofri anos por causa do estresse pós-
simo filme dirigido por sean penn, com emocionante trilha
-traumático, e ainda sofro. sou feliz por ter conseguido escrever
Mit revista
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FoTos: Corbis
ao lado, as capas dos livros de Krakauer. aqui, imagens do alasca, da cordilheira dos himalaias, de soldados americanos no afeganistĂŁo e uma famĂlia mĂłrmon em Utah
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mit revista
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mundo 4x4 capa um livro sobre a tragédia, mas, se pudesse voltar atrás, jamais
velação de algo inesperadamente belo.” o livro sofreu muitas
teria subido o Everest.” Certa vez, um garoto lhe pediu dicas para
críticas por ter mostrado a face fanática e nada cristã dos
escalar o Everest sozinho. “É uma escolha séria”, foi a resposta.
mórmons, e também ao opor com dureza e rudeza as noções
“se você tentar, vai ter de tomar decisões importantes com o cé-
de religiosidade e ciência – mas, como os livros anteriores,
rebro funcionando mal por causa da hipoxia [diminuição da taxa
vendeu milhares de cópias e recebeu vários prêmios.
de oxigênio no sangue] e porque não comeu o suficiente.”
Com as costas sovadas por polêmicas, o escritor encon-
Em razão do arrependimento, o escritor instituiu o Eve-
trou um tema ainda mais espinhoso em seu livro seguinte,
rest ’96 Memorial Fund, para onde destina todos os direitos
Onde os Homens Conquistam a Glória: a transformação trá-
obtidos com as vendas do livro. A adaptação para o cinema
gica de um atleta em um soldado, unindo esporte e aventura
chegou às salas 3-D do mundo todo em setembro último. Eve-
em uma chave política – criticando o sonho americano como
reste tem Josh brolin, Jake Gyllenhaal e Keira Knightley como
raros pensadores ousaram. É nesse livro que todos os seus
astros, e o tenso Michael Kelly faz o papel do escritor, que
talentos como escritor e jornalista se encontram mais agu-
detestou o filme. “É um lixo total”, disse em entrevista ao Los
dos. “Tenho interesse em tipos obsessivos”, explicou ao Los
Angeles Times. “Qualquer pessoa que vá ao cinema e queira
Angeles Times. “Acho que é um jeito de me entender. Não sou
ter uma visão realista do que aconteceu precisa ler No Ar Ra-
religioso, mas compreendo o apelo que contém o fanatismo.
refeito”, detonou.
Foi o que me levou a escalar o Devil’s Thumb no Alasca. E cla-
Mas Evereste teve o mérito de reabrir todas as controvér-
ro, não aconteceu nada depois. Mas eu entendo a busca pelo
sias escancaradas às vísceras por Krakauer: a ganância das
propósito. A felicidade não significa nada para mim. só quero
agências de turismo que transformaram o Himalaia em uma
entender como a vida ganha um significado e um propósito.”
espécie de Disney World para milionários; a falta de escrúpu-
Não satisfeito em arranjar encrencas com alpinistas, aventu-
los dos guias e das equipes de alpinismo; a arrogância e a so-
reiros, políticos, policiais, religiosos e fundamentalistas, Krakauer
berba dos escaladores. “Já percebi que a recepção aos meus livros é totalmente diferente do que imagino. Escrevi No Ar Rarefeito pensando em mudar coisas”, afirmou o jornalista em recente entrevista a um grupo de blogueiras feministas, por ocasião do lançamento de Missoula. “Com o meu livro, pen-
Ao escrever No Ar Rarefeito, ele queria deixar claro que subir o Everest é uma ideia estúpida. o efeito, no entanto, foi o oposto. o livro transformou-se na melhor propaganda das agências de viagem
se meteu em um novo vespeiro com o recém-lançado Missoula. Ao relatar um estupro ocorrido em um colégio, desagradou tanto os machistas mais hidrófobos da América profunda quanto as feministas mais radicais. “o que me inspirou a escrever este livro é que conheci essa jovem desde que ela nasceu”, contou. “Ela
sava que todo mundo veria que subir o Everest é uma ideia
acabou de fazer 30 anos e de sair de uma clínica de reabili-
horrível: pagar Us$ 70 mil por um caixão gelado? Quem seria
tação. Foi um choque descobrir isso. Era uma garota muito
tão estúpido? Eu queria matar a comercialização do Everest, e
talentosa até ter sido violentada duas vezes ainda em sua
meus amigos guias ficaram putos comigo: ‘Você arruinou meu
adolescência, o que a levou a uma depressão profunda. Fiquei
negócio’, diziam. só que, dois anos depois, um dos que mais
ainda mais envergonhado porque até então eu não sabia que
me criticaram disse bem na minha cara: ‘Muito obrigado por
ela havia ido para a clínica justamente por causa desses es-
ter escrito esse livro: nunca tive tantos clientes como agora,
tupros.” Então ele começou a pesquisar, ainda sem saber se
foi o melhor marketing que eu poderia ter’.”
aquilo se tornaria um livro. “só depois de cavar muito é que você percebe a extensão do buraco em que se meteu”, disse.
religião, política e feMinisMo
“Quis me aprofundar em como um estupro pode ser traumá-
rico com seu par de livros sobre as montanhas, o jornalista
tico. As mulheres passam anos checando as cortinas, olhando
deu um tempo nas reportagens de esporte, aventura e mon-
46
sob a cama... É por causa delas que escrevi o livro.”
tanhas para a Outside e escreveu em 2003 Sob a Bandeira do
A quem o critica por ser um homem escrevendo sobre um
Paraíso. Desceu às profundezas do inferno religioso ao inves-
“assunto de mulheres”, ele responde citando que um dos nor-
tigar os motivos que levaram o mórmon Dan Lafferty – outro
tes do livro, a síndrome do estresse pós-traumático, é univer-
sujeito obsessivo – a assassinar uma sobrinha e uma cunhada
sal. Ele próprio sofreu a doença depois da experiência no Eve-
em um sinistro ritual. Na infância, Krakauer teve muitos ami-
rest e estudou o assunto a fundo junto aos combatentes no
gos mórmons, e a intensidade de sua fé sempre o fascinou –
Afeganistão. Quanto mais se observa a obra de Jon Krakauer à
afinal, ele havia crescido em uma família de agnósticos. “Não
distância – livros tão grandiosos que parecem uma cordilheira
sei se Deus realmente existe, ainda que eu confesse que às
em qualquer estante –, nota-se outro ponto universal de sua
vezes eu me pegue rezando quando em momentos de medo
prosa: a obsessão pela verdade, não importa o quão incômo-
ou desespero – e também quando estou devastado pela re-
das sejam as perguntas.
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GLoW iMAGEs
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mundo 4x4 aventura
Queda à vista uma expedição de sete dias pela amazônia leva ao topo da cachoeira mais alta do Brasil por HenriQue SkujiS 48
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fotos SitaH
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mundo 4x4 aventura
O Jacaré-Açu repousa no rio aracá. na página ao lado, visita a Barcelos e o igarapé Preto
t 50
atunca Nara mora em Barcelos, uma das
cidade é célebre pela atividade (quase extinta) dos carpinteiros
quatro cidades às margens do rio Negro,
navais ribeirinhos. Em acanhadas oficinas, esses artesãos cons-
entre Manaus e a fronteira com o peru. tem
truíram por décadas boa parte da esquadra que navega pelos
pele de índio e fala português com sotaque
rios da região. o desmatamento criminoso segue queimando
alemão. ostenta a tatuagem de uma tartaru-
5 mil quilômetros quadrados de Amazônia por ano, mas a lei e
ga no lado esquerdo do peito e protagoniza
uma crescente conscientização ambiental cessaram a extração
uma das histórias mais controversas já escu-
de madeira dos arredores da cidade. os três primeiros dias es-
tadas na Amazônia. Como esta reportagem, no entanto, não é
correm sem pressa a bordo do Jacaré-Açu, com suas oito cabines
sobre ele, vamos deixá-la para depois. Estas páginas revelam
espaçosas. são quase 800 quilômetros a uma velocidade de 15
a jornada de sete dias por rios e florestas ao cume da maior
quilômetros por hora. A maior parte deles pelos canais ora estrei-
cachoeira do Brasil. Ela se chama Eldorado e suas águas des-
tos ora de dimensões oceânicas dos dois maiores arquipélagos
pencam majestosamente pelo paredão do monte tantalita, no
fluviais do mundo: Mariuá e Anavilhanas.
estado do Amazonas, próximo à fronteira com a Venezuela. são
A rotina no barco vai da leitura no convés ao papo com um caça-
353 metros de queda – altura equivalente à de um arranha-céu
dor ilegal de tartarugas. Do café da manhã frente a uma paisagem
de 120 andares. para chegar lá, no topo da serra do Aracá, um
estonteante e sempre em movimento às saídas de voadeira para a
dos últimos pedaços de terra intocados da América do sul, são
pesca nos igapós. Visitas a cidades e vilarejos ao longo do caminho
necessários três dias de barco pelos rios Negro, Aracá e Jauari.
também estão incluídas no cardápio. Em Barcelos, 25 mil habitan-
outro dia de voadeira pelo igarapé preto e finalmente 48 horas
tes, primeira capital do Amazonas, assistimos a uma missa na igreja
– íngremes e intensas – de caminhada por um terreno tão incli-
lotada, vimos a semifinal do campeonato de futebol regional e pro-
nado que muito cabrito-montês não teria coragem de encarar.
vamos carne de paca. foi ali, na beira do rio Negro, que encontrei ta-
tatunca esteve lá em cima inúmeras vezes.
tunca em sua casa. Ele trabalha com índios ianomâmis na extração
Enquanto eu lia confortavelmente deitado na cabine, o Jaca-
de sisal e é casado com a professora Anita Beatriz Katz Nara, chefe
ré-Açu flanava rio Negro acima. o barco de 62 pés (cerca de 20
de gabinete da prefeitura. Diz ser filho de uma freira alemã com um
metros) de comprimento, todo de madeira, foi o último a sair dos
índio da tribo ugha mogulala (!), formada por descendentes de sol-
estaleiros de Novo Airão. Dali, aliás, zarpou nossa expedição. A
dados nazistas vindos para a Amazônia em submarinos (!!). tatun-
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fotos: CAio VilElA
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© CAio VilElA
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uma conversa no metro final antes do igarapé Preto despencar majestosamente 353 metros pelo paredão do monte tantalita
ca também jura que nos arredores da serra do Aracá esconde-se
sa, intocada, com palmeiras frondosas, margeia o curso d’água.
uma cidade subterrânea (!!!) chamada Akakor, em forma de tar-
A pequena largura e os troncos caídos, atravessados a cada curva,
taruga (daí a tatuagem) e onde fica a grande pirâmide de Akahim.
tornavam tudo mais emocionante e levemente perigoso. sentado
E tudo isso, me garantiu, sem jamais ter experimentado lsD. Mais
na proa, Celestino sinalizava com gestos os perigos para Alessan-
à frente jogamos âncora em romão, onde vivem 13 famílias, para
dro, no comando do motor e do leme. ora o barco acelerava, para
visitar a escola, brincar com as crianças e jogar bola no campo de
atacar um tronco por cima, numa manobra cheia de estilo. ora era
grama à beira do rio Aracá. foi lá que embarcaram dois caboclos:
preciso que todos desembarcassem e levantassem a embarcação
Celestino dos reis e Alessandro Cordovil de souza. Eles se junta-
sobre os ombros. Diversas vezes tivemos de usar a motosserra para
ram a nós para ajudar a expedição a, como diziam, “lograr êxito”.
vencer as árvores caídas que impossibilitavam a passagem.
Vez ou outra, ao longo do caminho, o capitão do Jacaré-Açu
52
só nos restava, portanto, aproveitar o anda-e-para e nos refres-
desligava o motor. E o barco virava trampolim para um mergulho
car no igarapé preto. Com cuidado, porém, para não pisar nas ar-
no Negro. pular na água a partir do convés, nadar sem direção
raias – a dica é arrastar o pé no fundo. o passeio, vez ou outra, era
ou apenas boiar ao sabor da correnteza – eis os esportes radi-
observado por um queixada, espécie de porco-do-mato. Apareceu
cais que praticávamos, enquanto o almoço era preparado pelas
também uma turma de ariranhas, curiosas, ariscas e prontas para o
três cozinheiras. Não raro, tínhamos a companhia de botos cor-
ataque, se ameaçadas. Macacos atiravam-se de árvore em árvore.
-de-rosa ou cinza, estes últimos conhecidos como tucuxis. foi o
Aqui, revoadas de araras são tão comuns quanto belas. igarapé aci-
que aconteceu próximo ao encontro do Negro com o Aracá – i.e.
ma, libélulas azuis e borboletas laranja coloriam a mata. A imprová-
no meio do nada –, quando um pequeno cardume desses ma-
vel cor ferrugem da água, onde nadavam peixes graúdos, dava um
míferos nos circundou, a cerca de 20 metros. saltavam como se
tom onírico ao cenário. De repente, de uma curva repleta de troncos
quisessem nos ver tanto quanto nós queríamos vê-los.
retorcidos tal qual uma escultura de frans Krajcberg, avistamos um
A expedição entrou à direita, deixou o Negro e tomou o rumo
imenso paredão de pedra. Após a planície amazônica se estender
norte pelas águas rasas do Aracá – apesar do calado de apenas 1
por milhares de quilômetros, ali estava a serra do Aracá – parte do
metro, ideal para a navegação na época da seca, o Jacaré-Açu logo
planalto das Guianas, uma sucessão de montanhas em formato de
sinalizou ser melhor não avançar muito, sob risco de encalhar. No
mesa que começa na Venezuela. Era lá para o alto que nos dirigía-
terceiro dia, o capitão jogou âncora. A partir dali, seguimos de vo-
mos. Ainda faltava vencer esse maciço de 1.300 metros de altitude
adeira – pequena embarcação de metal e motor de popa. o con-
para, enfim, mergulhar nas águas da cachoeira do Eldorado.
forto caiu, mas a emoção subiu. foram cerca de dez horas Aracá e
A aventura a bordo da voadeira terminou numa pequena praia
Jauari acima. Enveredamos então pelo apertado e sinuoso igarapé
de pedra e lama. tiramos os chinelos, calçamos as botas. o primei-
preto, formado já pelas águas da cachoeira do Eldorado. o nome,
ro trecho do trekking, de duas horas, foi manso, de inclinação leve.
diga-se, não faz jus à sua cor: ele é ferrugem. Uma floresta den-
Naquela mata fechada, de ar úmido e terra molhada, o melhor é não
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DEZEMbro 2015
Depois de passar por comunidades ribeirinhas, com direito a mergulhos no rio negro, a expedição chega ao topo da serra do aracá com auxílio de cordas e fica frente a frente com a cachoeira do eldorado. no caminho, encontros com arraias, macacos e bichos-pau. À noite, antes do sono na barraca, o preparo do jantar na fogueira
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mundo 4x4 aventura
Mirante para a cachoeira do Desabamento. abaixo, tatunca nara em sua casa
parar. Mesmo porque formigas enormes estavam prontas para es-
saga. No segundo dia de caminhada é que são elas. Não é neces-
calar nossas pernas. os mais precavidos vestiam perneiras contra
sário técnica de escalada, mas as mãos buscam sempre apoio em
eventuais ataques de cobras e aranhas – elas existem. A travessia
árvores, raízes, cipós ou pedras – tudo para ajudar o corpo a ven-
de um córrego de águas limpas e lentas sinalizou a hora do primei-
cer a inclinação quase vertical do paredão. Nos trechos mais com-
ro acampamento: uma clareira onde Celestino, Alessandro e outros
plicados, cordas presas às arvores auxiliam a subida. Mas não há
oito caboclos nos ajudaram a montar as barracas individuais. Hora
motivo para pânico. Apesar de bem-vindo, não é preciso preparo
de esquentar o substancioso jantar: arroz, carne moída e um tucu-
físico de atleta. Nossa expedição era formada por pessoas entre
naré assado ainda de manhã, na
20 e 60 anos de idade, pesando
cozinha do Jacaré-Açu.
dos 60 aos 100 quilos.
Durante a refeição, voltamos
Conforme ganhávamos al-
a falar de tatunca. ouvi a voz
tura, o pescoço insistia em virar
dele gravada no celular, no dia
para trás, procurando a magnífi-
anterior, em Barcelos, quando
ca paisagem que começava a se
fiquei sabendo que nas déca-
insinuar entre as árvores. Che-
das de 1970-80, com a promes-
gamos ao topo da chapada. An-
sa de localizar a cidade perdida
tes da comemoração, visitamos
de Akakor, ele foi um requisita-
o mirante da cachoeira do Desa-
do guia de turismo na região.
bamento. Com 200 metros de
teve entre os clientes diversos
altura, tratava-se apenas de um
estrangeiros – em 1983 chegou
aperitivo do que viria pela fren-
a guiar a trupe do mergulhador
te. Mais meia hora de trekking
francês Jacques Cousteau. o
54
e o estrondo da água anunciou,
fato de as inúmeras expedições comandadas pelo “índio alemão”
finalmente, a conquista da cachoeira do Eldorado. foi um momento
nunca terem encontrado nem sombra de Akakor nada significam
de arrepiar. Entramos nas águas cristalinas e mansas. Dá para na-
perto das acusações que pesam sobre ele. três turistas estran-
dar sem perigo até um metro antes de o despenhadeiro engolir o rio
geiros – um americano, um suíço e uma alemã – desapareceram
e virar a cachoeira mais alta do Brasil. A sensação é tamanha que
durante uma excursão comandada por tatunca. sumiram na flo-
por horas a expedição se extasiou com o visual. Alguns se sentaram
resta. Mas deixemos o mistério para depois e voltemos à nossa
sobre as pedras. outros passeavam pra lá e pra cá. Gritos. fotos.
Mit revista
DEZEMbro 2015
a arquitetura do hotel Mirante do Gavião, em novo airão, pouso final da jornada
silêncio. Bom mesmo é se deitar de bruços na beira do precipício.
ção única, maravilhosa. Na manhã seguinte terminamos de explo-
E ficar apenas com a cabeça solta, admirando a queda da água so-
rar o topo. Chegara a hora de, muito a contragosto, começar a volta
verter montanha abaixo. Ao que se saiba, ninguém nunca chegou à
para Novo Airão. Com direito a uma parada estratégica no mirante
base da cachoeira. Ainda é um pedaço de Brasil a ser conquistado.
que nos deixou de frente para todo o esplendor da cachoeira do El-
De repente, uma revoada de milhares de andorinhas, até então
dorado. A visão integral dos 353 metros de água em queda livre ins-
aninhadas atrás do véu aquático, tingiu momentaneamente o céu
pirou novas fotos e muita meditação. Estávamos tristes por deixar
de preto. Quando o grupo se dissolveu, olhamos para baixo. E dis-
o monte tantalita para trás. Mas também ansiosos para voltar ao conforto flutuante do Jacaré-Açu.
tinguimos um casal de araras sobrevoando a copa das
Guiana
Cachoeira do Aracá
árvores. outro casal. E mais outro. E ainda outro. Deze-
mã confirmou: seu nome é Gün-
A
Pará
ra cá
Bavária. Nos anos 1960, por cau-
Barcelos
floresta tropical. Não dava a
sa de dificuldades financeiras, deixou a mulher e os três filhos
R
menor vontade de ir embora.
io N
em Nuremberg. Mudou-se para
eg
As horas passavam e todos
ro
Ri
o
So
lim
Novo Airão õe
s
Celestino e sua trupe, veio o chamado para o almoço: ham-
ther Hauck, nascido em 5 de outubro de 1941 em Coburg, na
romão
e amarelo o tapete verde da
já devidamente montado por
roraima
io
dupla, tingindo de vermelho
paisagem. Do acampamento,
da década de 1980, a polícia ale-
R
nas de pássaros voando em
seguiam deslumbrados com a
E tatunca Nara? Bom, no fim
venezuela
Manaus
o Brasil e se radicou no Amazonas. passou uma borracha nas origens e criou sua lenda pessoal. De bem com a vida em Barcelos, nega qualquer acusação
búrguer de frango, salame e provolone. tarde livre para andanças
quanto ao desaparecimento dos turistas. tudo não passaria de
pelo cume e banhos de rio nas inúmeras piscinas naturais. À noite,
fofoca de um guia concorrente. Não gosta de receber visitas, mas
um forte temporal nos lembrou de que estávamos na Amazônia.
está à disposição para levar qualquer um até a cachoeira do Eldo-
Hora de se refugiar confortavelmente na barraca para ler, escrever
rado. E, quem sabe, encontrar Akakor.
ou simplesmente deixar o pensamento voar – enquanto o mundo desabava lá fora. E sentir o sono chegar de mansinho. Uma sensa-
n www.katerre.com e www.turismoconsciente.com.br DEZEmbro 2015
mit revista
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mundo 4x4 carro
56
Mit revista
dezeMbro 2015
ASX outdoor o crossover da Mitsubishi ganha detalhes e conjunto mais off-road
fotos: tom papp
Toque para ver o vĂdeo
a cor grafite estå nas maçanetas, nos retrovisores e na grade do radiador
dezembro 2015
mit revista
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mundo 4x4 carro
o painel é completo e ergonômico. as rodas de liga leve têm 16 polegadas
É
para começar, o sistema de suspensão foi recalibrado, com
pado com motor 2.0 de 4 cilindros e 16 válvulas. Com 160 ca-
o aperfeiçoamento de molas e amortecedores. para agradar
valos de potência, o motor, fabricado no Brasil, tem comando
quem gosta de enfrentar trilhas de vez em quando, os pneus
variável mIVEC e cabeçote e bloco feitos de alumínio ultraleve.
um asX. mas este tem sobrenome: outdo-
foram trocados para modelos atR de 16 polegadas. a vocação
or. a nova versão do crossover da mitsu-
fora de estrada também está visível nos dois ganchos do para-
bishi ganhou diversos detalhes na cor gra-
-choque traseiro.
fite – maçanetas, retrovisores, aerofólio,
“Essas mudanças todas não significam que o veículo seja
saias laterais... os faróis receberam más-
somente para o uso off-road”, explica Reinaldo muratori, di-
cara negra, a grade do radiador está maior,
retor de engenharia e planejamento da mitsubishi motors do
as caixas de roda trazem moldura de pro-
Brasil. “tivemos o cuidado de deixá-lo adequado para todos
teção e o rack de teto está de cara nova. as
os tipos de uso, seja no fora de estrada ou passeando com a
novidades, no entanto, vão além dos detalhes estéticos.
58
Mit revista
dezeMbro 2015
família pelas cidades e rodovias.” o asX outdoor chega equi-
Toque para ver mais fotos
as mudanças tornaram o carro ainda mais pronto para enfrentar trilhas, mas o aSX outdoor acelera com destreza em todos os pisos. É ideal também para rodar na cidade ou acelerar na estrada a tração é 4x4 e o câmbio, manual de cinco marchas.
esportivo, ideal para pistas sinuosas; e LoCK (bloqueio do diferencial), que proporciona mais segurança em pisos com pouca aderência. o crossover é equipado com controle de tração e estabilidade (asC e tCL), que mantém o veículo na trajetória correta, evitando o escorregamento lateral e atuando em conjunto com o motor e sistema de freios. Um dos principais destaques
Compacto por fora, amplo por dentro, o asX transporta cin-
do carro é a segurança. o veículo tem estrutura projetada sob
co pessoas com todo o conforto, graças ao grande entre-eixos
o conceito RIsE de deformação controlada e a coluna de dire-
de 2,67 metros. Bagagem também não é problema: o porta-
ção e os pedais de freio são colapsáveis.
-malas tem capacidade para 605 litros. o carro conta ainda
Dois airbags e o sistema de freios aBs com EBD (Electro-
com sistema eletrônico para acionamento da tração. Basta
nic Brake-force Distribution) garantem a perfeita distribuição
um simples toque no botão do console central para acionar
de força de frenagem entre as rodas dianteiras e traseiras, em
o modo 2WD (tração em duas rodas, com maior economia
todas as situações. Entre as cores disponíveis, a novidade está
de combustível); 4WD (tração nas quatro), para um uso mais
nestas páginas: o laranja sun shine. dezembro 2015
mit revista
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mundo sem fronteiras perfil
tuca r
e
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n
ĂŠ
s
suas obras sĂŁo elegantes e despojadas. dois conceitos que se refletem na vida e no trabalho do fotĂłgrafo paulistano por fernando paiva retratos kiko ferrite
60
Mit revista
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kiko ferrite
mundo sem fronteiras perfil
É de pequeno que se torce o pepino. Meio século atrás, em
ca”, conta o caçula e temporão das irmãs Clara e suely. a sede da
1965, uma máquina fotográfica – na época ninguém dizia câmera
senier – anagrama de reinés – funcionava num antigo casarão no
– entrou na vida de tuca reinés para nunca mais sair. Literalmen-
porto de santos. “Minha ligação com o mar vem daí: desde peque-
te. É essa veterana Beauty super ii, fabricada com muito esmero
no meu pai me levava a bordo dos navios nos quais fazia manuten-
no Japão, que o fotógrafo segura no retrato de abertura. Continua
ção.” a empresa tinha filiais em recife, paranaguá e rio de Janeiro.
novinha em folha. em estado mint, diriam os americanos.
“e por causa disso também comecei a viajar de avião muito cedo.”
“Máquina era um objeto da casa, da família, como geladeira”,
a família mantinha um apartamento de frente para o mar no
relembra. “Meu pai comprou para a gente usar e tirei minhas pri-
embaré, em santos. ali e na vizinha são Vicente o garoto come-
meiras fotos num passeio ao zoológico.” ele se levanta da mesa
çou a mergulhar, surfar – “Naquelas pranchas pesadíssimas de
de reuniões do seu amplo e iluminado estúdio no bairro dos Jar-
compensado naval” – e esquiar: “Meu tio tinha lancha”. ele se re-
dins, em são paulo, e volta com uma série de retratos em preto e
corda também de acompanhar as pescarias paternas em praias
branco de sua autoria. entre eles, um do lendário Minas Gerais ancorado no rio de Janeiro, com a ilha fiscal ao fundo, em 1968. Curioso é que a imagem do porta-aviões, a junção do mar com o ar, já
aos 12 anos ele fotografou o porta-aviões Minas Gerais. a imagem já sintetizava mar e ar, barcos e aeronaves, duas de suas grandes paixões
sintetizava duas grandes paixões: bar-
Boraceia, Barra do Una, Cambury. “ele adorava barco, me levava para almoçar a bordo daqueles cargueiros mistos, que transportavam carga e passageiros em cabines de luxo, me mostrava a ponte de comando”, recorda-se. tanto
cos e aeronaves. Mais tarde viria o prazer pelas longas travessias
que quando seu José morreu, em 1967, a primeira pergunta que o
de 4x4 por lugares remotos como o deserto do atacama, a cordi-
menino se fez foi: “Quem vai me levar agora para ver navio?”
lheira dos andes ou as planícies da terra do fogo. Mas ele sempre
62
totalmente selvagens e vazias, como
tuca cursou o primário e o antigo ginásio no Dante alighieri.
gostou de voar. tanto que sua exposição mais recente, a deste ano,
“escola dura, exigia bastante, tínhamos de ler publicações em ita-
O Olhar Vertical, que gerou o livro O Olhar em Suspensão, mostra
liano, cheguei a assinar o Corriere della Sera.” Depois, relaxou. to-
nada menos que 50 cidades brasileiras retratadas do alto. foram
mou dois paus consecutivos no Dante e se mudou para o objetivo.
103 horas de helicóptero em quase dois anos de trabalho.
Já tocava bateria, numa banda chamada Nautilus.
José antônio reinés nasceu em são paulo em 11 de julho de
“aí formamos uma só de fotógrafos”, diz. “armando prado, tho-
1956, filho de pai argentino e mãe andaluza. o pai fabricava e distri-
mas susemihl, roberto Donaire, paulo Vainer e iko ouro-preto, ir-
buía produtos de borracha: mangueiras, correias, esteiras indus-
mão do Dinho.” Meados dos anos 1970. abriam shows de ed Motta
triais. “fornecia também os cassetetes para a antiga força públi-
e Marisa Monte no aeroanta, bar no largo da Batata comandado
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fotos: arQUiVo pessoaL
em sentido horário, a partir do alto, à esquerda: tuca na bateria, durante show dos anos 1970; a bordo do helicóptero com o amigo arnaldo pinto em uberlândia, MG, em busca de fotos para a exposição O Olhar Vertical; no mar da Bahia, 2009; na porta do museu do surfe de Santa cruz, califórnia, 2014; na casa do lendário Jack o’neill em Santa cruz, 2015; e em filicudi, nas ilhas eólias, norte da Sicília, 1983
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trabalho autoral: os len莽贸is Maranhenses vistos do alto
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pelo velejador Beto pandiani. “as meninas eram rita Lobo, Virginia punko, Luciana Vendramini – namorada do paulo ricardo, do rpM –, Lara Gerin no backing vocal.” os points, Cais, na praça roosevelt, e Carbono 14, na treze de Maio. “Loucura 31 dias por mês, essa era a vida.” em 1977 entrou na faus – faculdade de arquitetura e Urbanismo de santos. pensou em fazer geografia, mas uma viagem para Brasília, seis anos antes, foi decisiva. “eu acompanhava a arquitetura modernista da cidade em revistas como Realidade, Claudia e Casa & Jardim, que meus pais assinavam”, conta. “Mas, quando vi Brasília ao vivo, fiquei louco.” Diga-se a bem da verdade que ele nasceu e foi criado numa casa modernista. “ficava ao lado do ibirapuera, aonde eu ia de bicicleta ver os aviões na oca, que abrigava o museu da aeronáutica”, diz. “Com 12 anos eu já conhecia Niemeyer, Lúcio Costa, Burle Marx.” Na faculdade, veja como é o destino, logo no primeiro ano ele foi se apaixonar justo por quem? pelas aulas de comunicação, a cargo de Cristiano Mascaro. “ele era editor de fotografia da Veja”, afirma. “e fiquei amigo dele.” Mascaro apresentou ao jovem pupilo o lado histórico da fotografia, com robert frank. “e a partir daí fui descobrindo os que me influenciariam – richard avedon, Herb ritts e meu preferido, françois Halard, que misturava estilo de vida, moda e arquitetura como ninguém na Vogue americana.” a partir da década de 1980, foto e arquitetura já andavam de mãos dadas. “peguei um trabalho grande no Condephaat para levantar construções históricas em ilhabela e são sebastião – e passei a ganhar dinheiro.” seu estilo elegante foi percebido aqui pelos editores de Vogue e Casa Vogue, com as quais colaborou durante 30 anos. e do exterior vieram assignments importantes: Architectural Digest, Elle, Traveler Condé-Nast e Wallpaper. “ele é um profissional refinado, cujas imagens são calcadas essencialmente na elegância, sua característica mais pessoal”, afirma o colega e crítico Juan esteves. “se eu pudesse usar o termo state of the art para uma pessoa, seria o tuca.” prêmios, exposições e aquisições por museus foram se sucedendo. a competência e o temperamento low profile fazem com que ele seja convocado pelos principais arquitetos e decoradores brasileiros para confeccionar portfólios refinados de casas, apartamentos e sedes de fazenda para seus clientes – do interior paulista a Nova York, do litoral de santa Catarina a Milão. Glamour à parte, tuca e a designer Carla reinés, casados desde 1990 e com dois filhos, Georgia e eric, jamais abriram mão de um jeito de viver elegante e despojado. Simple chic. a casa que mantiveram durante anos no outeiro das Brisas, sul da Bahia, foi testemunha disso. Lugar para receber os amigos, base de mergulhos e pescarias, famosa pelas peixadas que o próprio anfitrião preparava e pelo civilizadíssimo hábito da boa conversa, arte que tuca cultiva com maestria e prazer. “ele é um adorável contador de histórias”, afirma Clarissa schneider, publisher da revista Bamboo. “Quando fotografa arquitetura, é matemático, mas quando clica interiores, o olhar amacia – busca a beleza da luz entrando pelas janelas, a porta entreaberta, os rastros de vida deixados ao acaso.” dezembro 2015
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Momento de tensão: resgate na hora H no alto dos andes
Nos fins de semana, o casal foge para o litoral norte paulista. ali,
estava eu, vestido de astronauta, com um Gps colado ao corpo e
tuca embarca no Zabumba, seu flexiboat branco com capota azul
três máquinas a tiracolo: uma Nikon, uma Leica de titânio e uma
– “Meu grande companheiro há sete anos” –, e sai em busca dos
pentax 6x7.” Ventava tanto e o teto estava tão baixo que eles só
peixes. “pesca submarina e foto são muito parecidas”, explica. “Da
conseguiriam decolar uma hora depois.
mesma maneira que saio com a câmera à procura de uma grande
“perto do cume, um platô de uns 100 metros quadrados, o pi-
cena, quando mergulho com o arpão procuro um grande peixe.”
loto manteve o helicóptero no ar e disse que era pra gente saltar –
No verão, ruma para Belmonte, litoral baiano, onde é sócio com
em meia hora estaria de volta.” o vento rugia, a temperatura beira-
três amigos de uma ilha praticamente selvagem.
va os 40º C negativos. o gringo apontou para uma nuvem enorme:
“tuca é dos poucos fotógrafos realmente internacionais que
“ali é o aconcágua, fica de olho”, disse. e sumiu para a tal inspeção.
o país já produziu”, afirma o colega Jr Duran. “seus livros pu-
tuca olhou para baixo e deu com o abismo – estavam a 3.700 me-
blicados pela taschen – The Hotel Book: Great Escapes South
tros de altitude. Do aconcágua e seus imponentes 6.980 metros, a
America e Living in Bahia – são biscoitos finos, uma aula de sensibilidade, luz e cores”, elogia o catalão, outro apaixonado por voar de helicóptero, a ponto de tirar o brevê de piloto. Uma das imagens preferidas de
“ele é um dos poucos fotógrafos realmente internacionais que o país já produziu”, elogia jr duran. “seus livros publicados pela taschen são biscoitos finos”
tuca, aliás, tem como protagonista
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montanha mais alta do hemisfério sul, nem sinal. “aí descobri que por causa do frio a Nikon havia travado e a Leica, pifado”, conta. “a única que ainda funcionava era a pentax, toda mecânica.” passaram-se 30 minutos e nada; 45 minu-
um helicóptero vermelho nos andes. em julho de 2001, ele e
tos; uma hora e quinze... o gringo já havia voltado. “Comecei a ficar
o jornalista eduardo Logullo estavam na estação de esqui de
preocupado quando ele começou a tirar da mochila cordas, víve-
portillo, no Chile, realizando uma reportagem sobre estilo de
res e raquetes de neve.” De repente, um barulho de rotor salvou o
vida para a Vogue. “Lá conheci um cara do alasca, um cabelu-
dia. ele sacou a pentax e fez uma única foto.
do especialista em avalanches”, conta. “Quando ele detectava
“Quando pousamos, tinha bombeiro, equipe de resgate, os do-
uma área com risco de desmoronar por causa do excesso de
nos do hotel, o Logullo, todo mundo esperando pelo pior”, conta.
neve, ia lá e dinamitava tudo antes.”
“Certos de que dormiríamos na montanha ou voltaríamos a pé,
Certa noite, no bar do hotel, o americano o convidou para
por causa da tempestade.” foram para o bar e comemoraram com
acompanhá-lo. iria fazer uma inspeção num lugar remoto, de onde
o conhaque mais caro. Quanto ao tal retrato espetacular do acon-
era possível, garantia, fotografar o aconcágua, na vizinha argenti-
cágua, feito de um ângulo fenomenal – bem... este ainda falta no
na, de um ângulo fenomenal. “No dia seguinte, às 7 da manhã, lá
portfólio do aventureiro tuca reinés.
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em sentido horário, a partir do alto, à esquerda: aviões antigos em quarteirão de Bebedouro, interior paulista; ipanema, 2013; Mike tyson posa em sua casa em atlantic city, eua, 1990; tapeçaria dos irmãos campana no theatro Municipal, São paulo; detalhe do hotel fasano no rio, 2008; e interior do farol de Mãe luiza, natal, rn, foto integrante da coleção Masp-pirelli
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mundo sem fronteiras viagem
O caminho do prazer No sudoeste da Franรงa, Cognac e armagnac oferecem bem mais do que os melhores brandies do planeta por marCellO bOrges
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© bloomberg/ getty images
Funcionário da rémy martin enche um cálice de conhaque vsOP, na sede da empresa em Cognac
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mundo sem fronteiras viagem
U
ma breve olhada no mapa das regiões
um defeito, está nas paredes das casas da cidade: trata-se de
vinícolas da França revela de imedia-
um fungo escuro chamado tórula, que adora o clima úmido
to que o sudoeste é um paraíso para
(lembre-se, você está na beira do rio Charente) e a evapora-
quem aprecia bebidas finas. mas não
ção do conhaque que sai das caves: a cada ano, mais de 22
apenas isso. Como você descobrirá,
milhões de garrafas evaporam das adegas, algo que os locais
nosso roteiro de carro vai levá-lo ao en-
chamam poeticamente de part des anges. enquanto nós jo-
contro das delícias que fazem de Cog-
gamos o popular “gole pro santo”, os anjos que pairam sobre
nac e armagnac lugares inesquecíveis.
Cognac se fartam com os eflúvios alcoólicos dos melhores
COmeCe em OrlY
brandies do planeta... Ninguém lava ou pinta as paredes porque o danado do fungo é um atrativo local.
Desembarcando em orly, alugue um carro e procure a ro-
perto dali você encontra uma das experiências gastronômi-
dovia a10. Do aeroporto até Cognac são 474 quilômetros, que
cas mais interessantes da região: o la ribaudière, restaurante
você pode percorrer sem parar em quatro horas e meia – ou
estrelado pelo michelin e comandado pelo chef thierry Verrat
fazer uma pausa no meio do caminho.
(2, place du port) em Jarnac, a 15 minutos de carro de Cog-
sugiro tours como opção de parada, onde o restaurante
nac. o menu “saveurs”, a 94 euros, é acompanhado
Charles barrier, bem no coração do vale do loire, oferece
por cinco conhaques diferentes. se quiser, claro, pode acompanhar o jantar com vinhos
pratos regionais que podem ser acompa-
comuns, mas não terá o mesmo
nhados de vinhos memoráveis, como os
charme...
brancos da uva Chenin blanc. a cidade é medieval – não perca
Visite a rémy martin
os belíssimos vitrais
(20, rue de la societé Vini-
da catedral de st. ga-
cole), uma das chamadas
tien – e tem um belíssi-
Quatro grandes casas de
mo jardim botânico. procure o
conhaque (as outras são
pessoal do loire Valley time travel
Hennessy, Courvoisier e martell).
para conhecer as vinícolas, e passe a
Juntas, elas são responsáveis
noite no Hôtel l’adresse (12, rue de la
por 75% da produção. Há vá-
rotisserie), minimalista e estiloso.
rios tipos de visitas na rémy, dependendo de seu grau de
COgNaC
conhecimento e de quanto
De tours até Cognac são 247 quilôme-
quer gastar. Veja no site www.
tros. siga viagem após o café da manhã.
visitesremymartin.com/ pt-br/the-tours e esco-
a cidade foi fundada no século 9º e fica
lha com antecedência. o
à margem do rio Charente, chamado pelo monarca Francisco 1º de “o mais
keN taNaka
belo curso d’água de meu reino”. eviden-
charme das pequenas destilarias, no entanto, não pode ser
temente, a atração principal são as destilarias
deixado de lado. procure a www.cognacwinetours.com
ou maisons de conhaque – brandy duplamente destilado de
e selecione uma das opções. evidentemente, em todas
vinho branco e envelhecido em barris de carvalho de limousin
as destilarias você pode comprar garrafas dos conhaques que
ou de tronçais.
achar interessantes – mas lembre-se do limite de 12 litros de
o le bistrot de Claude (7, rue grande) é uma das melhores
bebida por passageiro, bem como da cota de Us$ 500. além
pedidas de restaurante da cidade, com opções como os tour-
do mais, não se esqueça de que você ainda vai passar por ar-
nedos ou as formules, combinações de pratos e sobremesas.
magnac!
para se acomodar e poder conhecer as maisons com calma, há hotéis clássicos como o François 1er (3, place François
De Cognac a Nogaro, no bas-armagnac, são 292 quilômetros, quase três horas de viagem pela a10 e depois pela a65.
1er), com 25 quartos e piscina. ou o Domaine du breuil (104, rue robert-Daugas), um château do século 19 em meio a um parque de sete hectares. Um dos encantos de Cognac, que muitos confundem com
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bOrDeaUX No caminho, você pode fazer uma parada estratégica em bordeaux, a 123 quilômetros de Cognac. Conhecida univer-
© JeaN-marC barrere/ getty images © reproDUção
O portão medieval de saint-Jacques, no rio Charente, e prato do estrelado la ribaudière
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mit revista
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mundo sem fronteiras viagem
salmente pela qualidade de seus vinhos tintos, centrados nas
em Nogaro – do latim Nogarolium, “lugar plantado com
uvas Cabernet sauvignon, Cabernet Franc e merlot, bordeaux
nogueiras” – hospede-se no Château d’izaute (route de lau-
é chamada poeticamente de “pérola da aquitânia”, região da
zujan). a razão é estratégica: fica a um pulo do Circuit paul
qual é capital. se eu fosse você, ficaria pelo menos dois dias
armagnac. inaugurado em 1960 como a primeira pista cons-
ali, para comer e beber regiamente.
truída especificamente para corridas na França, o Circuit de
Não vou recomendar visitas a vinícolas de bordeaux porque,
Nogaro – como também é chamado – permite participar dos
como dizia Júlio gouveia, apresentador da primeira versão do
“batismos”. são três voltas na pista com a pessoa no assento
Sítio do Pica-Pau Amarelo, “isso é uma outra história, que fica
do passageiro em carros de passeio (entre 50 e 80 euros) ou
para uma outra vez”. mas vale a pena conhecer lugares como o
cinco voltas pilotando um veículo de competição (250 euros)
le pavillon des boulevards (120, rue Croix-de-seguey), estrelado
atrás de um pace car que mostra a trajetória e a velocidade
pelo michelin e com uma carta de vinhos à altura da cidade. Uma
a serem obedecidas. Consulte o site do autódromo para sa-
loja bem recomendada pelos pró-
ber os dias e os horários (www.
prios franceses é a la Caisse de
circuit-nogaro.com).
12 (9, avenue Charles de gaulle),
Depois de dirigir (e não an-
um caviste independente com
tes, bien entendu), você poderá
seleção esmerada não apenas
conhecer as casas produtoras
de vinhos de bordeaux como de
de armanhaque. a mais antiga
outras regiões francesas.
maison de Nogaro é a Dartigalongue, fundada em 1838, que
Vai ser difícil sair da cidade, mas se quiser conhecer os ex-
produz desde armagnac Vsop
cepcionais brandies de armag-
até 30 anos e millésime.
nac será preciso retomar a a65:
a região disponibiliza diver-
são 176 quilômetros de borde-
sos roteiros enogastronômi-
aux a Nogaro, no bas-armagnac,
cos, muitos com hospedagem,
território dos melhores brandies
como o gastronomia no país de d’artagnan, em auch. sim, é
de armagnac.
o nome do personagem de um armagNaC
dos três (na verdade, quatro)
poucos sabem que o arma-
mosqueteiros. inclui-se hotel e
nhaque é uma bebida mais anti-
um menu com cinco pratos e
ga que o conhaque: já em 1310 o
vinho. Você está na gasconha,
Vaticano se valia da aguardente
onde os locais se gabam de
da região como medicamento.
uma gastronomia “sans beurre
o lugar deve seu nome a um ca-
et sans reproche”, ou seja, sem
valeiro chamado Herreman, que
manteiga e sem remorso...
ganhou as terras do rei Clóvis.
Depois, é voltar a paris pela
seu nome latinizado era armi-
a20 ou pela a10. a a20 tem um
nius, que os gascões transformaram em armagnac.
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© J.D. Dallet/ agb pHoto
trajeto mais curto e passa por Cahors (onde você pode provar
Diferentemente de Cognac, onde grandes produtores dão
vinhos da uva malbec original – sim, ela é uma uva francesa)
as cartas, em armagnac a maioria é de pequenos produtores,
e por limoges, que tem porcelanas famosas no mundo todo.
muitos deles em empresas familiares e com produção limita-
Dê uma passada na fábrica royal limoges e escolha algumas
da, quase artesanal.
peças para dar um up no seu serviço de mesa.
a destilaria de armagnac é do tipo alambique vertical ou
se preferir voltar pela a10, terá a chance de fazer nova pa-
de coluna, enquanto o alambique de Cognac é o chamado
rada em bordeaux, agora para levar algumas garrafas e com-
charentais ou de caldeira. Como passa por apenas uma des-
pletar a dúzia que pode trazer. pense em comprar, ainda no
tilação, em armagnac o brandy é mais aromático, porém não
brasil, uma dessas malas especiais para vinhos – mas cuida-
tão elegante quanto o conhaque. (aliás, a palavra brandy vem
do na volta, porque ela chama muita atenção. se seus vinhos
do holandês brandewijn, “vinho queimado”: é o que se faz na
e brandies estiverem dentro da cota (Us$ 500 e 12 litros por
destilaria, “queima-se” o vinho para produzir a eau de vie que
pessoa), tudo bem. Caso contrário... você terá de se entender
será envelhecida em barris de carvalho...)
com a alfândega.
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© J.D. Dallet/ agb pHoto © NiColas tUCat/aFp/getty images
Na outra página, anúncio de armanhaque dos anos 1950. acima, rótulos feitos à mão pela família Delord. e um alambique vertical da bebida
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New outlaNder faz 19,85 km/l
O
Mitsubishi New Outlander foi de São Paulo a Brasília sem precisar reabastecer. Com motor 2.2 a diesel de 165 cavalos, o carro percorreu os 1.161
quilômetros entre as duas cidades com apenas 58,48 litros de combustível – uma média de 19,85 km/litro. “Sabíamos que se tratava de um carro econômico, mas esse resultado nos surpreendeu”, explicou Reinaldo Muratori, diretor de engenharia de planejamento da Mitsubishi Motors. O trajeto foi feito em condições normais, respeitando o limite de velocidade nas rodovias, entre 80 e 110 km/h, ultrapassando caminhões em trechos de mão simples, andando com velocidade reduzida durante as obras na BR-050 e enfrentando temperaturas de 15° C (em São Paulo) a 34°(no Distrito Federal). Desde o momento da saída da capital paulista, o teste foi acompanhado por um auditor do grupo Falcão Bauer – a empresa lacrou o tanque e esteve o tempo todo próximo ao New Outlander.
após 1.161 quilômetros entre São Paulo e Brasília, ainda havia combustível no tanque
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Toque para ver o vídeo
Brasília
FOtOS: DivulgaçãO
Goiânia
uberlândia
Belo Horizonte
ribeirão Preto
BR
rio de Janeiro
-0 50
o teste foi auditado pelo grupo Falcão Bauer
São Paulo
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mundo urbano perfil
made i
n
b
r
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z
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l
Como Waldick Jatobá deixou a Chefia de um banCo e se tornou dono da maior mostra de design do país por chico felitti
E
m 2011, Waldick Jatobá sofreu para se desfazer de uma coleção de arte. Vendeu desenhos de Tunga. Liquidou fotos de Dora Longo Bahia. passou nos cobres 22 cadeiras de Sergio rodrigues. Desfez-se de plantas em estruturas criadas sob medida por Vic Meirelles. As obras faziam parte da coleção do Banco privado português, e ele as amealhara como diretor das operações da instituição no Brasil. o banco
acabara de quebrar. Lá se iam seu emprego e a coleção do escritório no Itaim Bibi, em São paulo. Waldick apagou a luz, trancou a porta e devolveu as chaves para o dono do imóvel. Quatro anos depois, aos 50, ele ri da história. “Mas na época doeu bastante”, confessa. Desde o epílogo de sua passagem pelo mercado financeiro, esse baiano dedica seu tempo e o conhecimento adquirido em três décadas colecionando arte para comandar a maior mostra de design do país. Tornou-se um dos nomes mais respeitados na área. “Sempre gostei de design, por mais que a palavra esteja maltratada”, diz. “Falam até em ‘designer de sobrancelhas’”, explica, ainda com um fiapo de sotaque. Belo design, diga-se, têm seus óculos. Antes de sair para um passeio pelo bairro paulistano dos Jardins, ele prende à estilosa armação lentes escuras portáteis. Nessa manhã, Waldick está precisando de um café. Varou a madrugada trabalhando. o evento da vez é o MADE. o acrônimo significa Mercado+Arte+Design – pronuncia-se “mádi” e não “meid”, como a palavra inglesa. Há três anos, por uma semana, o evento expõe peças inéditas de meia centena de designers em um espaço no Jockey Club paulistano. Waldick considera a mostra consolidada no calendário brasileiro. “É um pouco da minha herança bancária”, conta. “o primeiro ano foi uma apresentação linda, coisa de poderio. o segundo serviu para as pessoas pensarem: ‘Esse cara vai ficar?’. E o terceiro, com crescimento de expositores e conteúdo, mostrou que vim para ficar.” Não que o negócio seja altamente rentável. “Ainda estou fundeando, com minhas economias.” o evento conseguiu se pagar em 2015. E, nas contas do curador, há grande esperança de lucro no ano que vem.
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ArQuIVo pESSoAL
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FoToS: ArQuIVo pESSoAL
mundo urbano perfil
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1. com o pai no primeiro ano de vida; 2. fantasiado no jardim de infância; 3. durante um trekking no parque Nacional de itatiaia (rJ)
Apesar de trazer nomes já consagrados como a designer ho-
Sua objetividade no ofício conquistou elogios pelo mundo. “É
landesa pieke Bergmans e o arquiteto japonês Sou Fujimoto, um
muito necessário que cada país tenha um profissional com o perfil
trunfo (e um triunfo) do MADE é garimpar novos talentos. Além de
dele”, diz o italiano, também curador, Costantino D’orazio. “o Wal-
indicações de Bruno Simões, arquiteto e designer da sua equipe,
dick tem um profundo conhecimento do mercado e também da
uma romaria de estudantes recém-formados, com portfólio em
arte. Sabe catalisar esses dois fatores, que por vezes não conver-
mãos, costuma bater à sua porta. “Nove entre dez desses jovens
sam”. o diálogo é importante não apenas no plano abstrato. Waldi-
ouvem um ‘não’”, lamenta. “Não adianta eu dizer que é bom se não
ck gosta de conversar bastante com os designers antes de decidir
é, ou se não tenho espaço para expor.” o evento cobra r$ 2 mil de
representá-los ou investir em suas peças. os irmãos Campana são
cada um das dezenas de designers que expõem. “o que vem de
o sobrenome mais presente em sua casa. “São despretensiosos e
graça perde o valor”, argumenta. “E o designer precisa estar perto
geniais, combinação sem igual.” A admiração é recíproca. “Ele tem
da obra durante a semana de mostra para explicá-la.”
contribuído para direcionar mais olhares ao design brasileiro, prin-
Em 2015, o MADE migrou para a Europa. Waldick levou 47 designers brasileiros para Milão na primeira edição internacional da
cipalmente aos jovens”, diz Fernando Campana, metade da dupla de designers que figura entre as mais badaladas do mundo.
mostra. Sentiu uma deferência aos artistas que o acompanharam.
Há também na casa de Waldick peças de renomados desig-
Muitos expuseram trabalhos com pegada brasileira. Foi o caso da
ners, como uma cadeira de Joaquim Tenreiro (1906-1992) e uma
paulistana Carol Gay, de 39 anos, que faz luminárias a partir de car-
mesa de Giuseppe Scapinelli (1891-1982). Mas a maior parte de
tas de baralho e abajures com chapéus de couro no estilo canga-
sua coleção é de amigos. “Mais de 90% das peças que tenho, comprei porque conheço quem fez.”
ceiro. para Milão, ela levou uma chaise feita de cintos de segurança coloridos. “o brasileiro sofre de torcicolo, de tanto virar o pescoço para ver o que acontece nos Estados unidos e na Europa”, afirma. “Temos trabalhos fenomenais aqui.” para ele, a chancela do exterior garante uma sensação de segurança na hora de investir em peças, “que não
em busca de uma vaga no made, evento para jovens talentos do design, uma romaria de estudantes bate à porta de Waldick. nove entre dez deles, ouvem um ‘não’. “não adianta eu dizer que é bom se não é”
positivo: “Com o dólar perto de 4 reais, talvez as pessoas se ve-
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gio suspenso por fios dentro de uma caixa de madeira – bolada por Lucas Neves, a peça se chama o Tempo Voa. Seu acervo, no entanto, começou bem modernista – Carybé, Di Cavalcanti, Calasans Neto, José pancetti... “Mas eu não conseguia falar com eles”, relembra. “Estavam todos mortos.” Na virada
necessariamente é verdadeira”. Waldick espera que a crise cambial tenha ao menos um lado
A mais recente aquisição foi um reló-
do milênio, vendeu quase toda a coleção – desta vez, ao contrário da liquidação pós-Banco privado português, com grande alegria.
jam obrigadas a olhar aqui para dentro. Somos um país estético”.
Ao fim da conversa na cafeteria Le Vin, Waldick pede fiado.
Ele fala com conhecimento de causa. Sua família não tinha uma
“É que faço várias reuniões por dia aqui.” Além de estar prestes
relação próxima com a arte. o fato de ser nascido e criado em Sal-
a fechar três propostas de negócios para os dias seguintes e de
vador foi determinante para essa relação. “Eu ia a museus e an-
planejar exposições, tem na lista de próximas tarefas a criação de
dava pela cidade, que foi erguida da arte. Não tinha como não me
um livro sobre parques de arte contemporânea pelo mundo e o
relacionar.” Morou em Nova York, paris e rio. Em 2002, pousou em
lançamento de um uma publicação com o perfil de 29 fotógrafos
São paulo, onde começou a trabalhar como curador, ofício que lhe
brasileiros de moda com os também curadores paulo Martinez
parece ainda pouco desenvolvido no país. “o curador é um facili-
e Graziela peres. Ambos os livros da editora Luste. “Não ganho a
tador – ponto”, sintetiza. “Ele precisa entender o que o artista quer
fortuna que mereço, como ganhei na época do banco, mas sou
mostrar e colocar aquilo de forma didática para o público.”
muito mais feliz agora.”
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Š MASSIMo FAILuTTI
Waldick: mescla de conhecimento do mercado e de arte
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A cArA dA modA ilustração ken tanaka
BarBa Bem cuidada está novamente em voga. conheça as melhores BarBearias do Brasil e do exterior
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mundo urbano estilo
F
oi Darwin quem cravou esta: os barbudos
Gagliasso e Christian Göran (o modelo sueco que tem deixa-
vingaram na história porque as mulheres
do as moças de pelo arrepiado) aparecem com a cara coberta,
sempre os consideraram mais atraentes
imediatamente todos os homens querem copiá-los.
do que os barbeados. Pura seleção
Nos últimos anos, as grandes cidades do mundo assistiram
natural. Mas os cientistas e, mais do que
à chegada de salões que, mais do que cortar o cabelo, se
eles, os pesquisadores contemporâneos
especializaram em deixar as barbas como manda o figurino.
insistem em tentar decifrar por que a
Essas barbearias lembram salões de beleza femininos, nos
barba segue forrando o rosto de metade
quais a visita vira um programa social, um encontro de
da população masculina mundial.
amigos. Nelas, além do trio barba-cabelo-bigode, o cliente
tudo parece ser, desde tempos imemoriais, uma questão
tem à disposição um vasto cardápio de bebidas e charutos.
de virilidade. Houve, ao longo da
É possível comer uma pizza e até
história, sinais de honra associados
jogar uma sinuca. E todas vendem
à
uma completa linha de produtos
barba
–
cortá-la
era
uma
para deixar os pelos mais bonitos,
vergonhosa punição. alexandre, o Grande, no entanto, proibiu que seus soldados a usassem. seriam, segundo o rei da Macedônia, presas mais fáceis, podendo ser puxados por ela durante o combate. Guerras à parte, o fato é que
as novas BarBearias lemBram os salões femininos, nos quais a visita é um encontro entre amigos
brilhantes e macios. “o homem ganhou seu salão de cabeleireiro”, diz o empresário Bruno van Enck, da Corleone, em são Paulo, uma dessas barbearias contemporâneas que estão fazendo
a barba sempre esteve à mercê da moda. Princi-
a cabeça masculina.
palmente hoje.
Conheça a seguir al-
se George Cloo-
gumas das melhores
ney e Brad Pitt
barbearias
ou até Bruno
das pelo mundo.
espalha-
Produtos de beleza da cavalera. na página ao lado, acima, a ludlow Blunt, em nova York, e, abaixo, as duas unidades da corleone, em são Paulo
São paulo
rio de janeiro
n corleone lembra as antigas barbearias nova-iorquinas dos filmes de máfia. o mobiliário dos anos 1920 e 1950, no entanto, se integra a televisões modernas, lounge bar, wi-fi e cardápios via tablet (450 rótulos de cervejas e charutos). Já são dois endereços na cidade. todos com estúdio de tatuagem, videogame (Playstation 4) e mesa de sinuca. a primeira caneca de chope é por conta da casa. r. Dr. renato Paes de Barros, 390, itaim, e r. Nova Cidade, 26, Vila olímpia www.barbeariacorleone.com.br
n d.o.n. Barber & Beer Já são três unidades e uma quarta, no shopping da Gávea, será inaugurada em breve. além de tratamento de beleza que inclui cortes de barba e cabelo, tingimento de cabelo, esfoliação do couro cabeludo, hidratação e limpeza de pele, o destaque é a carta de cervejas. as prateleiras ostentam rótulos premiados, como Mikkeller, Baltika, Vedett, Coopers, Duvel e Delirium. Há espaço também para as brejas artesanais brasileiras Wals e Backer. o primeiro chope summer ale é por conta da casa. av. Visconde de Pirajá, 414, loja 105, ipanema, e mais dois endereços www.donbarberbeer.com.br
n cavalera Funcionando dentro de três lojas de roupas da marca homônima, têm visual inspirado nos salões californianos e mexicanos das décadas de 1940 e 1950. a linha própria de produtos para cabelo e barba inclui pomadas, loções e óleos. além do cafezinho e da água, oferecem cerveja sempre gelada. r. oscar Freire, 1102, Cerqueira César facebook.com/barbeariacavalera
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n Barbearia do Zé o tal Zé que deu o nome à barber shop é o avô de um dos sócios, e sua elegância inspirou o empreendimento – ele andava sempre na estica e com um pentezinho no bolso. ao passar pela porta, escolha entre o chope therezópolis ou um café expresso, ambos cortesia da casa. são três
cadeiras de barbeiro e um amplo espaço para espera, com sofás e poltronas. Há quem passe lá apenas para beber ou encontrar os amigos. o lugar tem ar moderninho, com tijolos aparentes e quadros pendurados aleatoriamente. oferece ainda uma arara com roupas masculinas à venda, 15 opções de cervejas artesanais, petiscos, cosméticos importados e até objetos de sex shop. r. Dias da Cruz, 170, Edifício Jari, Méier www.barbeariadoze.com.br buenoS aireS n Peluqueria la época Cortar o cabelo em uma poltrona de 1899 ou aparar a barba em outra de 1905? são 8 mil itens das mais diversas épocas, formando uma espécie de museu da barbearia da américa latina. Dá para comer uma media luna, tomar um café portenho e ouvir alguém deslizando os dedos nas teclas do piano que divide o espaço com um gramofone. Guayaquil, 877, Caballito
Fotos: DiVulGação
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© CorBis
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no mercado Central já se comeu a melhor empadinha de bH. não mais. Hoje, dois grandes atrativos são o queijo da serra Canastra e o fígado com jiló. Sem falar de uma boa farinha
o viaduto de santa teresa, o museu de artes e ofícios e o mercado central: atrações, como o fígado com jiló
Barbeiros e clientes da the schorem, em roterdã, na holanda
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nova York n ludlow Blunt o salão montado em uma antiga farmácia de 1870 tem um quê de Velho oeste e um bocado do filme Gangues de Nova York. Por falar nisso, Martin scorsese e oliver stone já usaram a ludlow Blunt como locação. o salão aparece na série Boardwalk Empire, nas mãos de scorsese, e em Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme, dirigido por stone. o tradicional barbear com toalha quente sai por us$ 45. aqui, as mulheres também são atendidas – lady Gaga e tilda swinton, por exemplo, são clientes. 85 North 3rd street, Brooklyn www.ludlowblunt.com n Blind Barber Entre o corte de cabelo e a barba aparada, você pode saborear uma pizza e tomar um drinque. serviço completo. Depois das 18h, a barbearia fecha as portas, mas falta espaço no balcão e nas mesas do bar anexo. Mais do que uma barbearia, é um lugar para ir com os amigos. Não necessariamente vocês precisam escolher juntos a cera para o cabelo ou creme para limpeza de pele. 339 East 10th street, East Village www.blindbarber.com n fellow Barber a rede criada em 2006 por sam Buffa, um dos maiores responsáveis pelo renascimento das barber shops na cidade, tem cinco unidades – três em Nova York e duas em san Francisco. Na filial do soho, o chão de madeira e as paredes de tijolo aparente com detalhes em branco e verde combinam com as cadeiras retrô, nas quais você se sentará para arrumar a barba por us$ 40. sua linha de produtos contempla de xampus a velas aromatizadas. 33 Crosby street, soho www.fellowbarber.com londreS n dolce & gabbana Barbiere sim, trata-se da barbearia da célebre grife italiana. No comando está Carmelo Guastella, barbeiro responsável nas últimas décadas pelo visual dos modelos que fazem os anúncios da marca. as instalações, inclusive, ficam dentro da loja D&G da New Bond, estrelada rua de compras da capital londrina. 53-55, New Bond street www.dolcegabbana.com roterdã
JEllE MollEMa PHotoGraPHY
n the schorem haarsnijder en Barbier apesar de o visual dos barbeiros sugerir um público rockabilly ou excessivamente vintage, os clientes que disputam as concorridas cadeiras dessa casa holandesa são dos mais variados estilos. a schorem vende pôsteres, tem uma linha de produtos e comercializa DVDs mostrando seus cortes patenteados. tratase de uma instituição no gênero. a Corleone, barbearia paulistana, está prestes a fechar uma parceria com a schorem. Nieuwe Binnenweg, 104 www.schorembarbier.nl
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mundo urbano carro
o dia em que o evo x venceu a ferrari 430
0,1
segundo. Mais precisamente 0,109 segundo. Foi essa a diferença entre o Lancer Evo X e a Ferrari 430 na linha de chegada da 31ª edição
dos 500 km de São Paulo. Os dois bólidos entraram na reta final colados, em um dos finais de prova mais emocionantes da história da competição. A minúscula diferença fica ainda mais inacreditável em se tratando de uma batalha de 500 quilômetros, 146 voltas e que teve mais de quatro horas de duração. A tradicional prova do automobilismo brasileiro aconteceu no Velo Città, autódromo em Mogi Guaçu, interior de São Paulo. O multicampeão Ingo Hoffmann (maior vencedor da Stock Car brasileira), Guilherme Spinelli (pentacampeão do Rally dos Sertões) e o experiente piloto Leandro Almeida se revezaram ao volante do Evo X. Desde o começo da disputa, o carro da marca dos três diamantes brigou pelas primeiras posições, mas o trio assumiu a liderança a apenas oito voltas da bandeirada. “Eu tinha certeza de que, se chegássemos ao final da prova, terminaríamos bem colocados. Mas essa vitória foi demais”, disse Almeida, que, ao lado de Ingo e Guiga, correu pela equipe OldBoys, responsável pela preparação do veículo. “Começamos e terminamos a corrida com o carro perfeito. A velocidade, a resistência e a facilidade de guiar um carro com tração integral nos deram a chance de conquistar essa vitória”, contou Guiga.
n Vale a pena assistir aos segundos finais da prova no instagram.com/p/7TbCBHMYnz/ n www.autodromovelocitta.com.br
FOtOS: VInICIuS FERRAz/ A4BI
Toque para ver o vídeo
o Mitsubishi Lancer evo cruzou a linha de chegada 0,109 segundo à frente
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Leandro almeida, Ingo Hoffmann e Guiga Spinelli: vit贸ria ap贸s 500 km
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DezeMbro 2015 tom papp
adriano carrapato
adriano carrapato
adriano carrapato
cadu rolim
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tom papp
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cadu rolim
universo
mitsubishi No asfalto ou na terra, a marca dos trĂŞs diamantes tem a diversĂŁo certa para vocĂŞ
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universo mitsubishi
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Fotos: cadu rolim
autódromo velo città
lancer cup
Um bicampeão e três estreantes Tirando Bruno Mesquita, os outros vencedores da Lancer Cup 2015 são novatos
d
eu bruno mesquita. de novo.
vas da temporada, venceu seis e ficou na
sido o terceiro colocado na classifica-
o empresário paulistano,
segunda colocação em quatro.
ção geral em 2014, mas correndo de
na lancer r, ricardinho Feltre e
rada da lancer cup em 2013,
mauro neuenschwander, que dividem
cer rs com o pé direito. “estou muito
repetiu a dose neste ano. para erguer o
o mesmo carro, foram os campeões
feliz”, vibrou santiago. parnes, outro es-
troféu pela segunda vez, agora na catego-
da temporada. “eu vim do rali, da terra.
treante, havia participado da premium
ria rs, ele novamente travou uma batalha
comecei agora a acelerar no asfalto e já
racing school, o curso de pilotagem
à parte com o carioca elias Jr., o mesmo
consegui esse título”, explicou ricardi-
da mitsubishi. “a sensação de vencer
adversário da primeira conquista.
nho. “É bom demais ganhar ao lado de
o campeonato é deliciosa”, afirmou.
um amigo.” também estreante, neu-
“hoje trouxe toda a minha família para
disse bruno, que somou 274 pontos,
enschwander contou estar apaixonado
assistir: estou muito orgulhoso.”
ante 261 de elias. “ele é um grande pilo-
pela lancer cup. “ser campeão logo no
to, me espelho muito nele para evoluir. e
primeiro ano é maravilhoso.”
“Foi uma disputa muito difícil e leal”,
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lancer r. estreou no comando do lan-
campeão da primeira tempo-
posso dizer que evoluí muito em 2015. o
na categoria master, destinada a
título deste ano foi mais merecido que o
pilotos com mais de 45 anos, luiz san-
de 2013.” bruno conquistou seis das sete
tiago venceu na lancer rs, e bernardo
pole positions disputadas e, das 14 pro-
parnes, na lancer r. santiago havia
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n Confira os resultados completos no tablet da MIT Revista ou no site www.mitsubishimotors.com.br
patrocinadores: armura, artfix, btG pactual, lubrax, pirelli, sky, unirios
Confira aqui a classificação
tom papp
ao lado, a equipe que faz a lancer cup acontecer. nesta pรกgina, a disputa entre Mesquita e elias na etapa final dezembro 2015
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lancer cup
cadu rolim
depois de muita disputa na pista do Velo cittĂ ao longo do ano, o campeĂŁo da categoria lancer r Master foi Bernardo parnes (no alto da pĂĄgina)
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Fotos: ricardo leizer
universo mitsubishi
tom papp
cadu roliim
Fotos: ricardo leizer
cadu roliim
na etapa realizada no aut贸dromo ayrton senna, em Goi芒nia, Bruno Mesquita, no alto do p贸dio, venceu e arrancou para o t铆tulo da temporada
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lancer cup
ricardo leizer
Fotos: tom papp
universo mitsubishi
no alto, o campeão da categoria lancer rs Bruno Mesquita e os pilotos alexandre navarro e Marcelo Brisac. no meio, os boxes do Velo città na última etapa do ano. acima, o vice-campeão da lancer rs elias Jr. e os campeões da lancer r, Mauro neuenschwander e ricardinho Feltre
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por renato Góes
eVo day
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universo mitsubishi
pé embaixo: donos do lancer evo aceleram em busca do melhor tempo
É dia de Lancer Donos do sedã da Mitsubishi se divertem no autódromo Velo Città
l
ancer day e lancer evo day. dois
lancer e vir brincar em um autódromo
te. o superesportivo da mitsubishi sente-
eventos criados sob medida para
como o velo città”, resumiu. “É tudo muito
-se em casa numa pista homologada pela
quem tem o sedã da mitsubishi e
bem organizado e seguro.”
Federação internacional de automobilis-
quer acelerar na pista. ao volante
mo (Fia) – vale lembrar que neste ano, além do velo città, duas etapas acon-
também estava lá – pela segunda vez. “É
podem experimentar tudo o que um
fantástica essa oportunidade de acelerar
teceram no autódromo internacional
lancer oferece. “É a melhor experiência
o nosso próprio carro e testar o limite dele,
ayrton senna, em Goiânia. o publicitário
que eu poderia ter neste sábado de sol”,
ver como se comporta em alta velocida-
sergio laureano, de sorocaba (sp)
resumiu o engenheiro bruno perrota, a
de, nas curvas...” na primeira bateria do
estava lá. “tem dois prazeres que um fim
bordo de um lancer Gt. ele adquiriu o
dia, eduardo cravou 2min13seg. bruno
de semana como este me proporciona. o
carro há seis meses, encontrou com outro
fez 2min16seg. “o mais legal é que na
primeiro é o de acelerar fundo o meu evo
dono de lancer na estrada, ficou sabendo
segunda-feira o carro está lá na garagem,
X. o segundo é o de encontrar os amigos
do lancer day e veio participar da última
pronto pra nos levar ao trabalho.”
e falar sobre algo de que todos aqui gos-
etapa do ano, no dia 14 de novembro. “não tem nada mais legal do que pegar meu 98
o analista de sistemas eduardo Freitas
de seus próprios carros, os participantes
Mit revista
Quando os lancer evo entram em ação, os tempos diminuem sensivelmen-
tam: carro e velocidade.” n www.lancerevoday.com.br
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por renato Góes
Fun day
Passeio de gala Com a palavra, os participantes da prova de regularidade no Velo Città
o
carro do dia a dia. aquele
que leva à escola, ao traba-
mais do que ser rápido, é preciso ser
rente. não é todo dia que a gente pode pilotar em um autódromo.” dono de um
lho, ao dentista, ao cinema.
regular. as baterias são de 30 minutos,
lancer, o contador alessandro craveiro
sem precisar mexer em
com pista livre. “o Fun day traduz bem
foi outro que ficou fascinado com o Fun
nada no seu mitsubishi, você pode par-
a personalidade da marca”, afirmou o
day. “adoro aproveitar esse diferencial
ticipar de uma emocionante prova no
goiano rodolpho santos, que partici-
proporcionado pela mitsubishi”, expli-
autódromo velo città, em mogi Guaçu,
pou de uma etapa da temporada 2015
cou. “usar meu carro para participar
(sp). o Fun day, idealizado para donos
ao volante de seu mitsubishi outlander.
de uma competição bem organizada,
de lancer, asX e outlander, é uma
100
pela pista.
o estreante alexandre chaer
prova de regularidade: os participan-
acelerou seu asX ao lado da mulher. o
tes devem passar no tempo certo nos
casal conseguiu aliar desempenho à
pontos de cronometragem espalhados
diversão. “Foi uma experiência dife-
Mit revista
DezeMbro 2015
divertida e com segurança faz com que eu me sinta muito privilegiado.” n Confira os resultados completos no tablet da MIT Revista ou no site www.mitsubishimotors.com.br
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ricardo leizer
adriano carrapato
ricardo leizer
por Juliana aMato
Motorsports sudeste
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marcio machado
universo mitsubishi
Toque para ver o vídeo de Ribeirão Preto (SP)
Festa em Ribeirão Preto Com mais de 250 carros, Nação 4x4 fecha a temporada 2015
Q
(sp) mais de 250 carros nas três catego-
ceram três etapas durante o ano. o gran
ouvir: “vocês foram campeões, mas não
rias: Graduados, turismo e turismo light.
finale do dia foi o eletrizante show da dupla
ganharam nenhuma etapa”. verdade. não
como já haviam garantido o título com
mateus e cristiano. com um repertório
que isso fosse importante para a dupla de
uma etapa de antecedência, otávio e alan
que foi do sertanejo à mpb, a dupla fez a
apucarana (pr), que correu com seu pa-
relaxaram – e terminaram em 23º lugar.
nação 4x4 tirar o pé do chão.
jero Full. em compensação, neste ano os
os vencedores da etapa foram paulo Góes
dois não apenas se sagraram campeões
e Jhonatan ardigo, os catarinenses que,
da temporada como venceram três das
como você verá nas páginas seguintes,
“na nossa categoria o nível é alto, mas o
na categoria Graduados do
que nos traz aqui é poder estar junto com
light, a vitória coube a leandro thurler e
mitsubishi motorsports no
a família, viajar e reencontrar os amigos.”
rodrigo vieira. vindos de rio das ostras
ano passado, otávio e alan
enz, pai e filho, tiveram de
104
a etapa final reuniu em ribeirão preto
nove etapas. “para quem reclamou, está
venceram o motorsports nordeste. Já na
aí a nossa resposta”, brincou o navegador
categoria turismo, o título ficou com car-
alan, minutos antes de dar a célebre cam-
los bauer e alexandro silva, de são bento
balhota no palco, durante a premiação. “a
do sul (sc). com uma l200 triton, eles
gente adora isso aqui”, comemorou otávio.
terminaram a etapa em quarto lugar.
Mit revista
entre os competidores da turismo
uando conquistaram o título
DezeMbro 2015
(rJ) com um pajero dakar, os dois ven-
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adriano carrapato
sobe a placa de cinco minutos e aumenta
Toque para ver o vĂdeo de Joinville (SC)
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universo mitsubishi
Motorsports sudeste
adriano carrapato
tom papp
adriano carrapato
Fotos: cadu rolim
na lama ou na poeira, o Motorsports cruzou o Brasil em 2015. com os trofĂŠus, otĂĄvio e alan enz, a dupla campeĂŁ da categoria Graduados
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Motorsports sudeste
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tom papp
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adriano carrapato
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adriano carrapato
o encerramento da temporada, em ribeirão preto (sp), teve champanhe e troféus para os campeões e um show que fez a nação 4x4 dançar
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Motorsports nordeste
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Toque para ver o vídeo de Fortaleza (CE)
Deu Santa Catarina no Nordeste Após quatro etapas por praias e dunas, o campeonato teve um campeão “estrangeiro”
p
aulo Góes e Jhonatan ardigo,
são está no dna. “Foi minha segunda
de Joinville, em santa ca-
os cearenses romulo lima Junior e
participação – e pela segunda vez tive
tarina, foram os campeões
humberto Waldy neto. o título só foi
um fim de semana inesquecível”, disse
do mitsubishi motorsports
decidido nos metros finais – na última
Washington luis, após cruzar a linha
nordeste. a conquista surpreendeu não
etapa, em Fortaleza, eles travaram um
de chegada da etapa de João pessoa,
pela diferença térmica entre a cidade
acirrado duelo com danilo rego e José
a penúltima da temporada. “dessa vez,
natal dos campeões e os palcos das
pereira Junior. os baianos, diga-se,
trouxe meu pai pra fazer parte da aven-
etapas, mas devido ao terreno. “não
venceram, mas romulo e humberto
tura”, prosseguiu. “vimos praias lindas,
estamos acostumados a pilotar e na-
chegaram em segundo lugar e fatura-
cruzamos dunas, subimos falésias...
vegar na areia”, resumiu paulo. “muitos
ram o título com apenas três pontos
uma experiência maravilhosa.”
trechos acontecem nas dunas, e aí
de vantagem: 91 x 88. “começamos
muda tudo”, explicou Jhonatan. a dupla
no ano passado na turismo light e em
“estrangeira”, em um pajero Full, liderou
2015 subimos para a turismo”, celebrou
o campeonato do início ao fim. mas
danilo. “no ano que vem, a Graduados
sempre seguida de perto pelo pajero
que nos espere.”
tr4 dos potiguares terêncio Felix e bruno dantas, de natal. 110
na categoria turismo, venceram
Mit revista
DezeMbro 2015
resultados à parte, o mitsubishi motorsports é um evento no qual a diver-
n Confira os resultados completos no tablet da MIT Revista ou no site www.mitsubishimotors.com.br patrocinadores: petrobras, itaú, dalgas, W.truffi, transzero, pirelli, clarion, unirios, embracon, stp, tecfil, mapfre, pilkington, Flamma, rede, sky, sideral e artfix.
Confira aqui a classificação
ricardo leizer cadu rolim
sobe a placa de cinco minutos e aumenta
Toque para ver o vĂdeo de JoĂŁo Pessoa (PB)
dezembro 2015
mit revista
111
Motorsports nordeste sudeste
tom papp
adriano carrapato
ricardo leizer
cadu rolim
ricardo leizer
universo mitsubishi
natal (rn) e Fortaleza (ce) receberam as duas etapas finais da temporada 2015 do Mitsubishi Motorsports nordeste
112
Mit revista
DezeMbro 2015
Motorsports nordeste sudeste
adriano carrapato
Motorsports: programa para fazer em fam铆lia ou entre amigos
ricardo leizer
universo mitsubishi
david santos Jr.
tom papp
cadu rolim
adriano carrapato
ap贸s passar por dunas, praias e coqueirais, o Motorsports nordeste chegou ao fim com o catarinense paulo G贸es no lugar mais alto do p贸dio
114
Mit revista
DezeMbro 2015
universo mitsubishi por Juliana aMato
outdoor
mitsubishi outdoor
@mitoutdoor
www.mitsubishioutdoor.com.br
Toque para ver o vídeo de Ribeirão Preto (SP)
tom papp
o Big Surfer everaldo pato com a família
Natureza na veia Joinville e Ribeirão Preto encerraram em alto estilo a temporada do rali de estratégia
p
ercorrer parte da famo-
equipes formadas por até dez pessoas
em ribeirão. “Foi uma delícia, gosta-
sa rota das cachoeiras,
divididas em dois carros recebem um
mos muito da casa do portinari”, disse
acelerar pela estrada dona
mapa da região e uma lista de tare-
Fabiana nigol, mulher do freesurfer.
Francisca, construída no
fas. vence o time que traçar a melhor
Érico campos, que veio de são bernar-
século 19, e identificar espécies dos
estratégia e conseguir somar mais
do ao volante de seu pajero Full, estava
biomas brasileiros em um museu de
pontos. “É a primeira vez que parti-
feliz da vida depois de cruzar a linha
taxidermia estava entre as tarefas
cipo de algo dessa magnitude, estou
de chegada. “curtir o visual, conhecer
mais disputadas na etapa de Joinvil-
adorando”, contou massaaki sakagami,
lugares novos e se divertir com a turma
le (sc). Já em ribeirão preto (sp),
que veio de salto (sp) para ribeirão
– precisa mais?”
foi preciso encontrar uma receita de
com uma turma de amigos. “adorei o
polenta na casa do pintor candido
circuito de mountain bike e responder
portinari (1903-1962) em brodowski,
ao quiz”, explicou, referindo-se às per-
mergulhar em cachoeira, vencer um
guntas sobre o universo da marca dos
rapel e pedalar em um circuito 4x4.
três diamantes.
Joinville e ribeirão encerraram a
116
everaldo pato, atleta mit e um dos
12ª temporada do mitsubishi outdoor.
mais respeitados surfistas de ondas
no rali de estratégia da mitsubishi, as
gigantes do mundo, também estava
Mit revista
DezeMbro 2015
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Confira aqui a classificação
david santos Jr.
Toque para ver o vĂdeo de Joinville (SC)
dezembro 2015
mit revista
117
outdoor
david santos Jr.
Fotos: tom papp
universo mitsubishi
cadu rolim
os participantes da etapa de Joinville do outdoor precisaram comer frutas locais, pedalar e enfrentar cachoeiras para chegar ao p贸dio
118
Mit revista
DezeMbro 2015
outdoor
cadu rolim
Fotos: tom papp
universo mitsubishi
em ribeirĂŁo preto (sp), as tarefas foram desde uma visita Ă casa de candido portinari, em Brodowski (sp), a um rapel de mais de 20 metros
120
Mit revista
DezeMbro 2015
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adriano carrapato
universo mitsubishi
Toque para ver o vídeo de Mogi Guaçu (SP)
Pé lá embaixo. Diversão lá em cima Resultados à parte, a Mitsubishi Cup é o encontro de quem ama acelerar
n
mesmo após sete etapas, 19 provas
dromo velo città, em mogi
e mais de 600 quilômetros percorridos
em que as preocupações do dia a dia dão
Guaçu (sp), Fred macedo
com o pé lá embaixo ao longo do ano,
espaço à adrenalina”, explicou. “não tem
andava pra lá e pra cá. vez
três das cinco categorias da mitsubishi
preço. ano que vem, estamos de volta.” Quanto a Fred, apesar da “guerra
ou outra, chegava próximo ao ouvido
cup estavam sem campeão definido
de um concorrente e cochichava algo.
antes da largada da etapa final. “isso é
psicológica”, o piloto não chegou ao
o ouvinte ria. Fred se afastava e seguia
a prova maior do equilíbrio do campeo-
lugar mais alto do pódio. conseguiu
para incomodar o ouvido de outro. ao
nato e da emoção que sentimos a cada
dois segundos lugares na etapa final – e
lado do navegador nickolas macedo, o
etapa”, comentou o piloto brasiliense
terminou o ano na terceira colocação.
piloto de piracaia (sp) estava entre as
Fernando ewerton, campeão da catego-
“Foi por pouco.”
quatro duplas com chances de levar
ria l200 triton rs, na qual aceleram os
o título da categoria pajero tr4 er
competidores mais rápidos.
master na última etapa do ano. “estou
124
aqui é uma festa, um universo paralelo
o lounge montado no autó-
seigo nakamura, um dos pilotos mais
falando pra eles ficarem espertos,
experientes da cup, estava feliz da vida
porque estou pronto pra virar o jogo”,
depois de cruzar a linha de chegada no
divertia-se Fred, que chegou à última
comando do asX r. “neste ano, os resul-
etapa do ano na quarta colocação.
tados não foram os melhores, mas isso
Mit revista
DezeMbro 2015
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Confira aqui a classificação
tom papp
Toque para ver o vĂdeo de Votuporanga (SP)
Toque para ver o vĂdeo de Idaiatuba (SP)
dezembro 2015
mit revista
125
tom papp
tom papp
ricardo leizer
Fotos: ariano carrapato
cup
marcio machado
universo mitsubishi
no alto, o asX r de tomasoni e eckel e o pajero tr4 er de Muench e peters. na linha do meio, a l200 triton er de albano e Ferreira e a l200 triton rs de ewerton e Munhoz. acima, dois pajero tr4 er Master, o dos campe천es Miranda e pedroso e o dos terceiros colocados Fred e nickolas Macedo
126
Mit revista
DezeMbro 2015
universo mitsubishi
cup Galeria dos campeões
tom papp
cadu rolim
cadu rolim
cadu rolim
no alto, os melhores da categoria pajero tr4 er Master. na segunda linha, Marcelo tomasoni e luis Felipe eckel, os campeões da asX r. acima, o pódio da categoria l200 triton er, na qual albano parente e João Gilberto Ferreira foram os mais rápidos da temporada
128
Mit revista
DezeMbro 2015
cadu rolim
tom papp
cadu rolim
tom papp
cadu rolim
no alto, andrĂŠ Miranda e alison pedroso, campeĂľes da pajero tre er Master, posam com os avĂłs, e a festa de peterson oliveira e Gilson rocha, da asX r. na linha do meio, os melhores na pajero tr4 er. acima, Fernando ewerton e Kleber cincea, da l200 triton rs, e os mais velozes da l200 triton rs
dezembro 2015
mit revista
129
universo mitsubishi por renato Góes
2016
autódromo velo città
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marcio machado
tom papp
tom papp
Fotos: cadu rolim
Feliz Ano Novo! Em 2016, as competições Mitsubishi continuam a mil
o
voltam a se encontrar. o local da
mitsubishi para 2016 acaba
primeira etapa ainda está em aberto.
de sair. na terra ou no asfal-
ao longo do ano, o rali de regularidade
velo città, em mogi Guaçu, será o
to, os clientes da marca dos
no dia 30 de abril, o autódromo
terá 13 etapas: nove pelo campeona-
palco da largada da temporada 2016
três diamantes seguem com diversão
to sudeste e quatro no nordeste. no
da mitsubishi cup e da lancer cup. os
garantida no próximo ano.
mesmo dia, acontece a abertura do
dois campeonatos contarão com cinco
mitsubishi outdoor. o rali de estratégia
etapas, com duas delas acontecendo
para 19 de março, quando os com-
vai passar ainda por mogi Guaçu (sp),
simultaneamente no mesmo local, o
petidores do mitsubishi motorsports
curitiba (pr), campos do Jordão (sp) e
velo città.
o primeiro evento está marcado
130
ribeirão preto (sp).
calendário das competições
Mit revista
DezeMbro 2015
ricardo leizer tom papp
na terra, tem Motorsports, outdoor e cup. no asfalto, a lancer cup, o lancer evo day e o Fun day. escolha a sua competição e seja bem-vindo
Toque para ver o vídeo sobre a temporada de 2015 calendário 2016 lancer cup n 30 abr Velo Città (SP) n 04 jun Velo Città (SP) n 30 jul Velo Città (SP) n 03 set Goiânia (GO) n 05 nov Velo Città (SP) Motorsports n 19 mar a definir n 09 abr Velo Città (SP)
n 30 abr Gravatá (PE) n 21 mai Tiradentes (MG) n 11 jun São José do Rio Preto (SP) n 02 jun Curitiba (PR) n 06 ago Natal (RN) n 20 ago a definir n 03 set Goiânia (GO) n 17 set Fortaleza (CE) n 08 out Campos do Jordão (SP)
n 05 nov João Pessoa (PB) n 26 nov Ribeirão Preto (SP) outdoor n 19 mar a definir n 09 abr Velo Città (SP) n 02 jun Curitiba (PR) n 20 ago a definir n 08 out Campos do Jordão (SP) n 26 nov Ribeirão Preto (SP)
cup n 30 abr Velo Città (SP) n 21 mai Jaguariúna (SP) n 30 jul Velo Città (SP) n08 out Indaiatuba (SP) n 05 nov Velo Città (SP) Datas sujeitas a alteração
dezembro 2015
mit revista
131
Edição 21 • junho 2015 • julio ribeiro
Edição 21 junho/julho/agosto 2015
thepresident
julio ribeiro
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134
nais como o Skytrax e o ttG.
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aproximou o Brasil de 111 destinos no
operação no Brasil, a etihad
outro lado do mundo, incluindo grandes
airways vem encurtando
estrelas como tóquio, pequim, cinga-
mimos como um nécessaire exclusivo
cada vez mais a distância
pura, Bangcoc, Sydney, maldivas e Sei-
com um kit da Scaramouche + Fandango,
entre São paulo e abu Dhabi, capital
chelles, ligados por conexões curtas e
até serviços especiais como as exclusi-
dos emirados Árabes Unidos e principal
cômodas a partir dos emirados. Dona de
vas babás a bordo. a etihad ostenta um
hub da companhia aérea, por meio de
uma frota de 115 aeronaves, a empresa
serviço impecável e uma das primeiras
seus voos diários. além de facilitar o
tem como marca registrada a qualidade
classes mais exclusivas do mundo, que
caminho rumo a uma das cidades mais
excepcional do seu serviço, diversas
recepciona seus convidados em um
interessantes do Oriente médio, a etihad
vezes premiado em rankings internacio-
ambiente privado, repleto de prazer e sa-
Mit revista
dezeMbro 2015
O cuidado com o cliente vai desde
a primeira classe e um confortável lounge à disposição do passageiro
tisfação. Um exclusivo chef a bordo retira
dom macio e travesseiro ergonômico. O
lacetes imponentes que pertenceram a
os pedidos a partir do menu à la carte ou
cardápio de refeições tem ainda a opção
marajás e passear no lombo de elefantes
prepara uma refeição especial a partir de
“peça a qualquer hora”, e o cliente decide
na Índia? mergulhar na maior barreira de
ingredientes frescos da despensa.
quando e como será servido.
corais do mundo e ver de perto coalas
Os convidados da classe executiva da
Já pensou na sua próxima aventura?
e cangurus na austrália também são
etihad airways também não precisam
Que tal descansar a vista no mar azul, a
opções. a etihad airways faz com que as
mais se preocupar com voos ultralongos,
partir da varanda de um bangalô erguido
melhores experiências fiquem cada vez
pois os comissários de bordo transfor-
sobre palafitas, em uma das ilhas que
mais próximas de São paulo.
mam rapidamente a poltrona em uma
formam o belo arquipélago das maldivas,
cama com colchão confortável, edre-
no oceano Índico? Ou ainda visitar pa-
programe a sua próxima viagem, acesse www.etihad.com dezembro 2015
mit revista
135
mit parceria
strong x
DivULGaçãO
Monica Mendes é a idealizadora da fundação
pela cura da síndrome do X Frágil a Strong X quer estimular pesquisas para encontrar a cura da doença
p
oucas pessoas ouviram falar
meu sobrinho receberam o diagnóstico
para a cura da síndrome. ela tem
sobre a síndrome do X Frágil. e
da síndrome do X Frágil, imediatamente
utilizado sua expertise profissional em
um número ainda menor sabe
decidi que não era o momento de se
comunicação para dar maior visibilidade
realmente do que se trata. ela é,
lamentar, mas sim de colocar mãos à
à causa. por duas décadas, monica atuou
no entanto, a segunda causa mais comum
obra”, diz a relações-púbicas monica
como relações-públicas internacional de
do déficit hereditário de aprendizado que
mendes pinto Leite, idealizadora da
moda e do mercado de luxo.
atinge cerca de um a cada 4 mil homens
recém-criada Fundação Strong X, que a
e uma a cada 6 mil mulheres no mundo.
partir de 2016 estará operando também
amplo de informação, conhecimento e
Descoberta pelos médicos Ben Ostra,
nos estados Unidos. “com determinação
conscientização sobre a síndrome”, diz.
David Nelson e Stephen Warren em 1991
e assertividade, fazemos o máximo
tranquilizar, incluir e dar força para as
e passível de ser detectada por meio de
para informar e conscientizar milhares
pessoas e familiares dos atingidos é o
testes sanguíneos, essa condição genética
de famílias que sofrem justamente por
grande desafio da entidade. “Não se trata
hereditária ainda permanece sem cura.
desconhecerem seus sintomas, sua
de se engajar em uma luta alimentada
por outro lado, existem tratamentos,
incidência – mais comum do que se
por sonhos e ideais utópicos, mas seguir
terapias e medicamentos que apresentam
imagina – e, sobretudo, a existência do
em uma caminhada com determinação
bons resultados, principalmente entre
exame para detectá-la.”
rumo a um objetivo possível e
crianças e adolescentes. ao mesmo
136
Segundo monica, o objetivo é,
tempo, inúmeros portadores da síndrome
por meio da informação, orientar as
permanecem com diagnósticos
pessoas e acelerar as pesquisas para
imprecisos ou simplesmente não
o desenvolvimento de uma medicação
diagnosticados. “Quando meu filho e
específica para o tratamento e, finalmente,
Mit revista
dezeMbro 2015
“a Strong X crê ser urgente o trabalho
absolutamente real”, explica. “Somos muitos e somos fortes!” contato@monica.mendes.com.br
Tradição de 24 anos de excelência no transporte rodoviário de cargas de importação e exportação. Operações e filiais nos principais portos e aeroportos com profissionais altamente capacitados.
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mit parceria
transzero
DivULGaçãO
Capacidade para movimentar 60 mil veículos
entre as maiores da américa Latina momento turbulento da economia brasileira não mudou os investimentos da transportadora
O
ano de 2015 foi de
18 mil veículos por mês. a empresa
sido intensificado para que toda a
desafios. a transzero
oferece a seus clientes serviços
tecnologia embarcada possa ser
venceu barreiras e
complementares ao transporte de
usada de maneira eficiente nas
superou expectativas.
veículos, como inspeção pré-entrega
operações realizadas. investindo
a empresa optou por continuar
(pDi), armazenagem e administração de
na conectividade de sua frota,
investindo, mesmo no período
pátio externo como operador logístico.
a transzero oferece sistema de
reconhecidamente turbulento da
rastreamento 24 horas aliado ao completo gerenciamento de risco.
economia nacional. O cronograma do
distribuição de veículos mitsubishi
plano de negócios da transzero está
para todo o território nacional e nos
mantido. O objetivo é avançar ainda
portos. a matriz, em São Bernardo do
baseia-se em objetivos estratégicos,
mais no aprimoramento da qualidade
campo (Sp), e as 11 filiais trabalham
de forma que todos os processos
das operações para assegurar a
de forma sinérgica, com plataformas
são monitorados e direcionados
fidelização dos clientes e novos
que garantem a cada veículo o melhor
para buscar mais eficiência, com
negócios com ganhos para ambos os
tratamento durante o transporte. a
menor custo e com o menor impacto
lados, gerando bons resultados para
equipe de colaboradores e parceiros
ambiental possível. compromissos
as empresas parceiras.
é treinada para garantir que a oferta
da transzero.
a transzero tem capacidade para movimentar 60 mil veículos e estocar 138
a empresa tem exclusividade na
Mit revista
dezeMbro 2015
O sistema de gestão da qualidade
do serviço seja rápida e eficiente. O treinamento da mão de obra tem
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Mit revista
dezeMbro 2015
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retrovisor
um olhar para o passado
por Marcio ishikawa
mitsuBishi l200
1978
mais do que um ícone da mitsubishi, a l200 é um marco fundamental na história da indústria automobilística mundial. lançada em 1978, ela representa o espírito pioneiro e inovador da marca: pela primeira vez, uma picape passou a unir a força indispensável para o trabalho pesado com o conforto de um carro de passeio. essa fina combinação, por sinal, tornou-se a principal característica da l200, hoje em sua quarta geração. No Japão, a primeira geração (foto), produzida de 1978 a 1986, com motores diesel 2.0 e 2.3, não adotou o nome mundial – foi batizada de mitsubishi Forte. mighty max foi o nome adotado na américa do Norte. em outros mercados, havia ainda uma versão chassi, para customização da caçamba conforme a necessidade do cliente. a tração nas quatro rodas e o motor turbodiesel – duas características indissociáveis da l200 – foram lançados em 1982 e 83, respectivamente, ainda na primeira geração.
142
Mit revista
dezeMbro 2015
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