Bike n.º 203
Fevereiro 2014 l Mensal l PVP continente 3,95€
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mecânica
Manutenção da pedaleira Shimano
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canyon lux CF 7.9
TESTES
GT
Sensor Carbon Pro
Giant
Canyon
Lux CF 7.9
roteiro
Um dia com...
Escola bike
Na Serra de Aire e Candeeiros diversão não falta…
Fomos visitar Cláudio Loureiro, um dos decanos do DH tuga
Estás a pensar comprar uma mala de viagem para a tua bike?
5 601753 001303
Desenhada para os Mundiais de XCM, mas com um preço pluma
ISBN 5601753001303
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00203
Anthem 27,5 3 LTD Rose Mr. Ride
teste
b Canyon Lux CF 7.9
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✔
Bem visto
Condução precisa Equipamento Peso
✘
A melhorar
Comportamento pouco linear da traseira Durabilidade do XLoc
Canyon Lux CF 7.9 Suspensão: Rock Shox Sid XX XLoc 100 mm Amortecedor: Rock Shox Monarch XX XLoc Travagem: Avid Elixir 5 180/160 mm Transmissão: Sram X0/X9 2x10 2.999 €
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A versão mais económica que faz muito por pouco Texto: Gonçalo Ramalho Fotografia: Pedro Lopes Rider: Gonçalo Ramalho
Pivot flexível substitui flutuante Esta Canyon, que depende da deflexão das lâminas de carbono como ponto de pivot, vem assegurar que a gama mais baixa da Lux é uma excelente compra. Não traz surpresas na relação equipamento/preço reforçando as suas vantagens face à concorrência, e dinamicamente destacou-se por uma condução direta e precisa sem se afundar no próprio curso.
A
Canyon coloca a Lux CF como a plataforma a usar em maratonas. Uma bike leve e eficiente, com 100 mm de curso em cada roda e 29 polegadas é o que se quer para rolar por várias horas em terrenos que podem variar tanto como os nossos ministros. Esta Lux pode ser desviada para mais do que XC e maratonas por ser uma bicicleta que perdoa muitas das nossas falhas ao mesmo tempo que alisa terrenos que de lisos não têm nada. Flex Pivot Esta Lux tem a particularidade de não ter pontos de rotação no triângulo traseiro. Como? As finas escoras superiores fletem o suficiente para que esta plataforma possa dispensar um pivot com rolamentos, dependendo apenas da flexão das lâminas de carbono. No fundo, este Flex Pivot, como lhe chamam, é um pivot único. Mas, de forma a obter uma curva de compressão ideal, a marca precisou de mais flexão vertical e a solução acabou por vir mesmo da deflexão das escoras superiores. Esta deflexão tem, na sua pujança máxima, uma amplitude de 3,5 graus que se deve apenas ao desenho das escoras e à própria natureza do carbono.
O resultado é um curso linear no início, mas que se torna progressivo à medida que se vai comprimindo. Ir reduzindo o peso dos quadros continua a ser uma tarefa que ocupa boa parte do tempo dos engenheiros das marcas. Aliás, aqui percebese que trabalharam com especial dedicação na zona do pedaleiro e do tubo da direção, bem como no desviador dianteiro de fixação direta ou no próprio bloco que forma o triângulo traseiro. O pedaleiro press-fit é montado diretamente no carbono, dispensando o alumínio, e o tubo de selim vem preparado para receber um espigão telescópico com apoios ao longo do tubo superior. A pequena peça plástica fixa ao tubo superior (Impact Protection Unit), e encostada à direção, impede que as manetes raspem no quadro quando rodamos demasiado o guiador. Para além disso, a Canyon discretamente incluiu na escora inferior esquerda as furações necessárias para quem queira vir a instalar uma bateria Di2 para transmissão eletrónica Shimano ou mesmo para o sistema de suspensão eletrónica iCD da Fox. Comportamento e equipamento Uma 29er com 100mm de curso,
destinada a longas distâncias, pode-se dar ao luxo de dispensar um amortecedor flutuante e optar por um pivot que depende da flexibilidade (comparando com a Nerve CF) e exige menos manutenção. Compensa pelo peso, mas será que o funcionamento não é prejudicado? A verdade é que a resposta da traseira é mais progressiva do que gostaríamos. O efeito “rampa” existe, e numa altura em que muitas destas bikes já têm um comportamento linear e um curso tão disponível do princípio ao fim, acreditamos que este quadro com o sistema flutuante nos daria uma resposta mais linear e confortável. O eixo passante de 12 mm faz de pivot. Mas há outro aspeto que merece destaque neste quadro: a condução direta e precisa neste peso pluma de 1,840g (quadro) que assegura reações fulminantes graças ao descomplicado sistema de suspensão com poucos pontos de rotação. Nas subidas, em especial, é um bónus este comportamento, respondendo às acelerações sem se afundar no próprio curso. Depois de uma overdose de descidas em Sintra, umas a sacrificarem a Lux mais do que outras, só temos de elogiar as 15
Aventura
alpes a fundo
Fabien Barel e Tobias Woggon aliaram-se para conquistar território alpino quase inexplorado. Longe da pressão da competição, descobriram que é difícil não andarem a fundo.
Texto: Tobias Woggon Fotografia: Christophe Margot
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S
ilêncio. Nem o som dos carros, nem o barulho da cidade. Nem mesmo os pássaros se fazem ouvir quando o antigo campeão de Downhill Fabien Barel e o atleta de Enduro Tobias Woggon se "espremeram" para fora dos seus sacos cama num isolado pasto na montanha, arrumando as mochilas e preparando-se para o dia que seguia. À medida que o sol nasce atrás do monte Rothorn, um ruído interrompe o silêncio dos Alpes Suíços e torna-se cada vez mais alto. O som inicialmente não identificado transforma-se gradualmente no zunido de um helicóptero. Apenas uns minutos depois, a aeronave decorada com a cruz suíça aterra, provocando uma ventania que agita a erva. Um assistente de voo salta para fora e instrui os dois betetistas a baixarem-se, aproximarem-se e apertarem os cintos de segurança depois de entrarem. Tão depressa como chega, assim desaparece atrás da montanha mais próxima. Leva-os para uma zona entre Lenzerheide e Arosa e deixa-os no silêncio das montanhas.
Nem 24 horas se passaram desde que Fabien e Tobias se encontraram no sopé da linha de caminho-deferro do Rothorn. Em Lenzerheide prepararam-se para uma aventura de dois dias nas montanhas. Raramente têm tempo para estas viagens, porque têm um calendário recheado de provas de Enduro. E isso
Basta entregar uma bicicleta ao Fabien para ele se transfigurar de imediato...
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roteiro Goleg達
60 www.bikemagazine.pt
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Bike Casa da Tia Guida magazine
Golegã
Do rio até à serra, a cavalo na bicicleta Quando se pensa na Golegã, a imagem que nos vem imediatamente à cabeça são os cavalos, mas há muito mais para explorar e a proximidade da Serra de Aire e Candeeiros é uma grande mais-valia para quem gosta de BTT. Texto: Pedro Pires Fotografia: Rui Botas
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Escola Vais de férias para o estrangeiro e levas a tua mais que tudo (a bike, claro!)? Então lê as nossas dicas e transporta a tua bicicleta, com toda a delicadeza…
Viajar com a bike
"Baby, let’s travel!" Nesta altura já deves estar a consultar sites internacionais pesquisando sítios espetaculares onde podes gozar umas merecidas férias andando de bicicleta. As dicas que te vamos dar também podem ser aplicadas se vais participar numa prova épica fora de Portugal levando a bike. Em ambos os casos, é possível que tenhas de recorrer a uma mala especial de transporte da tua híper espetacular bicicleta. Neste artigo damos-te a conhecer os prós e os contras de levar a tua bike (ou alugar no local), dicas úteis de viagem, conselhos para a empacotares e ainda que tipos de malas existem no mercado. Start packing! Texto: Carlos Almeida Pinto Fotografia: João Carlos Oliveira, Arquivo e Marcas Infografia: Miguel Félix
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Os passos durante o “empacotamento” Ainda antes de a começares a desmontar para a embalares, deves lavá-la bem e verificar com atenção possíveis ruídos ou peças danificadas. E não vais querer ficar apeado longe de casa e de uma loja de bikes! Faz isto com antecedência suficiente para resolveres eventuais problemas e para poderes lubrificar a corrente dando-lhe tempo para absorver o lubrificante (deste modo não sujarás a mala e o restante material). Os seguintes passos poderão variar consoante a mala de transporte, pois algumas permitem levar o espigão no quadro, o guiador preso por fitas, etc.
1. Retira os pedais
Guarda-os numa bolsa ou embrulhados em jornais e colocaos numa posição fixa no interior da mala ou caixa. Atenção às ferramentas sextavada. Quando desmontas os pedais em casa, geralmente tens as ferramentas todas a jeito. Mas durante a viagem, se só tiveres levado uma multi-ferramenta pequena, poderás não conseguir desmontar um pedal mais teimoso. Uma chave de bocas ou uma sextavada grande são essenciais. E não te esqueças de ver qual é o tipo de chave necessária para os teus pedais.
2.
Rodas fora Desmonta as rodas e guarda-as no compartimento ou bolsa fornecida (se tiver). Guarda os apertos rápidos num sítio onde não sofram empenos. O mesmo se aplica aos discos, que deves guardar num sítio apropriado para evitar empenos. Não te esqueças de colocar espaçadores de plástico nas pinças de travão (ou qualquer outra peça que faça o mesmo efeito), para evitar um acionamento indevido das manetes e respetivas consequências. 73
Atualidade
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o dia a dia de
cláudio loureiro Natural de Felgueiras, mas residente em Braga, Cláudio Loureiro é um dos nomes mais badalados no DH nacional. Campeão nacional por cinco vezes na classe rainha, pertence a uma elite muito restrita de atletas com capacidades supernaturais. Queres saber porquê? Texto: Nuno Machado Fotografia: Luís Lopes
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um momento de profunda reflexão na sua carreira desportiva, Cláudio Loureiro decidiu enveredar pela vertente de Enduro, abandonando a sua grande paixão que é, foi e sempre será o Downhill. A razão fala mais alto e o atleta optou por um futuro cuidadosamente delineado numa vertente da modalidade que tem vindo a crescer e a afirmar-se em Portugal, permitindo-lhe sonhar com um futuro melhor não só neste pedaço de terra à beira mar plantado, mas também além-fronteiras. Por outro lado, considera importante escrever o seu nome no quadro de honra do Enduro, tal como fez no DH. Aos 30 anos é gerente da loja Doctor Bike e consegue transformar o seu dia caótico, num organizado esquema funcional. É sempre com esta convicção que diariamente organiza o seu tempo por prioridades para que nada falhe e consiga cumprir o seu plano de ações previamente elaborado. Apenas com método e rigor, Cláudio pode ser não somente um atleta de
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