Bike Magazine 205

BIKE n.º 205

Abril 2014 l Mensal l PVP continente 3,95€

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BIKE TEAM

MECÂNICA

Fomos até Torres Vedras (11º Malandros BTT) e a Póvoa de Lanhoso (Pelos Trilhos da Maria da Fonte) abrir o calendário de passeios

Aprende alguns truques para deixares os teus travões de disco melhores do que nunca

ISBN 5601753001303 00205

5 601753 001303

m a e T e Bik XI MALANDROS BTT

Oeste Malandro

Texto: Pedro Bello Dias Fotografia: www.4u2d.pt

C

onta a lenda que o nome desta simpática localidade, situada na freguesia de A-dos Cunhados no concelho de Torres Vedras, no topo noroeste do distrito de Lisboa, deriva de um grande sobreiro, curvo (inclinado) por sinal, que abrigava os pastores e seus rebanhos nas horas do calor e das chuvas mais agressivas.

De pouco nos serviu o tal sobreiro, porque para alegria dos habitués deste evento e satisfação dos organizadores, patrocinadores e apoiantes, a previsão meteorológica do dia anterior antevia um dia quente (atendendo à época do ano) e solarengo, para pleno usufruto deste passeio, que comemorou a sua 11ª edição.

Ainda cedo estacionei mesmo na zona onde se começavam a desenrolar as hostilidades.

Calor e sol? Népia…Chuvinha e fresco?

Alguma… Ocorreu-me: e que tal, para me proteger da chuva, procurar o sobreiro (curvo) para me albergar? Huummm… fiquei mas foi a desfrutar do interior acolhedor do carro enquanto a organização

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Somos frequentadores assíduos do passeio dos “Malandros BTT” há bastante tempo e já apanhámos todas as condições climatéricas, incluindo neve. Este ano o Sobreiro Curvo esteve encoberto, mas muito convidativo.

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Aventura

DOIS DIAS, DOIS CUMES,

DUAS ESTRELAS Cedric Tassan guiou duas celebridades durante dois dias em cumes acima dos 3000 m. Esta aventura ficará na sua memória para sempre.

Texto e Fotografia: Cedric Tassan - www.vtopo.fr

E

m fevereiro de 2012 contactei Hans Rey, que não conhecia na altura, para escrever o prefácio de um livro que ia publicar com a editora VTOPO. Depois de alguns e-mails, propus fazermos uma viagem juntos pelos Alpes. O Hans convidou o Dan Atherton e eu gostei da ideia, porque estes riders têm dois estilos radicalmente diferentes. Rey é um atleta de trial e aventureiro e o Dan foi feito para a velocidade.

No caminho para o nosso ponto de encontro uma chuva torrencial aproximou-se e quando chegou dou de caras com a caravana do Hans.

Pontualidade seria uma das coisas que tínhamos em comum.

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Trouxe-lhes alguns presentes: umas garrafas de vinho, compotas caseiras e um livro que publiquei acerca da minha região.

Abri o mapa e expliquei o meu plano. Hans prestou toda a atenção, e percebi que ele é muito curioso e interessado. Quanto a Dan, pareceume que confiava na experiência do seu “mestre”, como referiu. Tinha acabado a Megavalanche nesse dia em terceiro lugar e só queria comer e ir para a cama. À noite jantámos com os meus amigos Julie e Joel, que nos deram boas sugestões para a nossa rota.

Enquanto Dan e Hans dormiam, pesquisei a Internet e descobri que ainda havia alguns campos de neve

grandes para passar durante a nossa travessia.

Ao romper da aurora, o Hans estava pronto para começar, enquanto Dan tinha problemas em sair da cama.

Acotovelámo-nos na carrinha do Joel e subimos por uma estreita estrada de terra onde tivemos de fazer algumas curvas apertadas com manobras. Tenho a certeza de que ninguém conduzia ali há anos. Hans anunciou com um grande sorriso: “A aventura começou!”.

Fomos deixados no meio do nada, acima da linha das árvores. A boleia poupou-nos uma boa hora de subida, o que foi muito bem-vindo, especialmente porque tínhamos de navegar com muito cuidado para não nos perdermos.

O Hans e o Dan nunca tinham estado no vale de Ubaye e para mim a nova rota era território inexplorado e começava a ficar nervoso. Tentei ficar calmo e confiar no mapa e no smartphone.

O Hans admitiu ter boas expectativas quanto a esta viagem, o que aumentou a minha confiança.

Enquanto atacávamos a travessia de Valonnet, Hans marcava o passo e pedalava por linhas técnicas a subir e a descer. Parecia promissor. A primeira passagem situava-se a 2524 m e foi alcançada bastante depressa.

O sol ainda não tinha alcançado o vale mas, apesar disso, eu já tinha despido as minhas camadas de roupa enquanto o Dan ainda estava todo forrado.

Não pudemos deixar de rir disto, mas depressa os sorrisos desapareceram quando começámos a subida para a passagem de Stoppia. A 2865 m de altitude, subimos a pé 300 m verticais através de neve e com um corredor inclinado no final.

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Escola Uma travagem adequada não só provém de um ajuste correto dos travões, mas também de uma ergonomia certa das manetes e preferência individual de colocação das mãos.

OTIMIZA OS TEUS TRAVÕES Neste artigo vamos ensinar-te a tirar o máximo rendimento dos teus travões de disco de uma maneira muito simples, e também te revelamos uns quantos conselhos e truques para o conseguires.

Texto: Marcos Pérez Fotografia: Gonzalo Manera

Tira o máximo partido dos teus travões de disco

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FERRAMENTAS 1. Spray de limpeza de discos: Existem alguns específicos para bicicleta mas se forem para motos também servem. Utilizamo-lo para limpar restos de líquido hidráulico ou impurezas nos discos.

2. Chaves Allen: Para trabalhar nos travões utilizamos as chaves de 5, 4, 3, 2,5 e 2 mm, dependendo do fabricante.

3. Luvas de látex ou vinil: Quando mexemos em produtos químicos ou hidráulicos dos travões é recomendável proteger as nossas mãos.

4. Pano ou papel de cozinha sem celulose: Para secar os discos pulverizados com o spray de limpeza. Recomendamos a não utilização de materiais com celulose já que estes deixam resíduos.

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1.ª ETAPA: Não apertes as manetes em excesso para

2.ª ETAPA: É fundamental o ajuste de alcance da manete

3.ª ETAPA: Se girarmos a pequena roda no sentido

4.ª ETAPA: Pelo contrário, girando no sentido horário

que não se partam em caso de queda.

anti horário a manete afasta-se do guiador.

para que estejas confortável. Nestes Shimano o ajuste é manual.

aproxima-se do guiador.

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Reportagem ANDALUCIA BIKE RACE

IMPERDÍVEL Celina Carpinteiro e Ivonne Kraft representaram as cores da BIKE Magazine na Andalucia Bike Race. Etapas técnicas e com bastante acumulado desgastaram os participantes, mas a diversão e as belas paisagens nunca ficaram de lado.

Texto: Celina Carpinteiro Fotografia: www.sportograf.com

A

Andalucia Bike Race é uma prova em equipa de dois elementos que se disputa ao longo de seis etapas. A primeira edição decorreu em 2011 e nesse ano, bem como em 2012, eu estive presente. Desde lá até esta minha última participação este ano o crescimento desta prova em número de participantes aumentou sensivelmente para o triplo. São vários os fatores que tornam esta prova na terra de “nuestros hermanos” apelativa, e a sua localização é sem dúvida um deles. A sua data, sempre no final de fevereiro,

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associada às temperaturas amenas (comparativamente com o resto da Europa) fazem com que se torne um excelente arranque de época. De todos os fatores destaco um dos mais importantes que é o percurso. Em cada etapa é possível usufruir do melhor que o BTT tem para nos oferecer. É duro?

Sim, bastante duro e técnico, mas vale muito a pena. Este ano as etapas sedearam-se em três cidades: Jaén, Andújar e Córdoba, por esta ordem.

As dormidas ficam a cargo de cada participante sendo que a organização

apenas sugere alguns hotéis. Aqui perde-se um pouco o espírito das provas por etapas pois os participantes acabam por ficar muito dispersos.

Cada uma destas cidades tem características particulares. Elejo Jaén, é a mais desafiante fisicamente. É o local onde as subidas são mais duras e longas. É onde se atingem as maiores altitudes (1360m) e também por isso aonde as temperaturas são mais baixas. Isso aconteceu na segunda etapa, que se revelou a mais dura desta competição, não só pelo percurso

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