N º 2 09
UM DIA COM...
Vasco Bica
Campeão Nacional DHI júnior 2013
TESTES
CANYON
SPECTRAL AL 7.0 + 7 PRODUTOS EXCLUSIVO
NOVIDADES 2015 Scott e KTM acabaram de divulgar as coleções do próximo ano ENTREVISTA
TIAGO FERREIRA
REPORTAGEM
"Ambiciono o pódio num mundial"
Trans-Ibérica Mountain Quest
BH ULTIMATE 9 . 8 5 , 7 2 C R
Elimina os teus rivais
Se tens um quadro em carbono, lê este artigo
ISBN 5601753001303
MENSAL PVP continente 3,95€
CUIDADOS A TER COM O CARBONO
Porto Antigo
ago s t o 2 0 14
MECÂNICA
BIKE TEAM
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5
601753 001303
Acompanha-nos no
SUMÁRIO. EDITORIAL
SUMÁRIO
TESTES
Edição de AGOSTO
ATUALIDADE 03 06 08 21
Staff Impacto Noticiário Betetista da Máscara
MERCADO
22 Lisboa Bike & Running Show
APRESENTAÇÕES INTERNACIONAIS 26 Scott 30 KTM
ZONA DE TESTES
34 Teste Canyon Spectral AL 7.0 38 Teste BH Ultimate RC 27,5 8.9 42 TNT – lubrificante Prolink e sapatos Specialized MTB Comp 43 TNT – mochila Orbea Hydra 12l 44 TNT – câmara fotográfica Canon Powershot G16 45 TNT – mochila Zefal Z Light Hydro S 46 TNT – capacete B´Twin 540 e sapatos Shimano MT44
GUIA DE LOJAS
34
Canyon Spectral AL 7.0
48 Lojas nacionais
ZONA EVASÃO
52 Notícias e Agenda 53 BIKE Team – parceiros e eventos
BIKE TEAM
58 Porto Antigo
EVASÃO
62 Antevisão Crocodile Trophy
REPORTAGEM
64 Mountain Quest 70 Transibérica
ENTREVISTA
76 Tiago Ferreira
MECÂNICA
82 Cuidados a ter com a fibra de carbono
COMPETIÇÃO
86 Um dia com… 92 Noticiário Foto de capa: João Carlos Oliveira
Testámos em AGOSTO Raros são os betetistas que não levam um smartphone ou câmara fotográfica para as suas voltas domingueiras. Testamos este mês uma das melhores opções da Canon.
bikemagazine 3
Diretor CARLOS ALMEIDA PINTO
cpinto@motorpress.pt
EDITORIAL CARLOS PINTO
DIRETOR
Jornalistas Pedro Pires ppires@motorpress.pt, Fernando Lebre flebre@motorpress.pt Colaborações Gonçalo Ramalho, Nuno Amaral, Nuno Machado, David Rosa, Sónia Lopes, Tiago Aragão, Pedro Maia e Luís Lopes Redação bikemagazine@motorpress.pt mail.bikemagazine@gmail.com Rua Policarpo Anjos, nº 4, telefone: 214 154 500 1495-742 CRUZ QUEBRADA/DAFUNDO Arte Coordenador Miguel Félix Filipa Ferreira, Filipa Fonseca, Joana Prudêncio, Miguel Ferreira, Teresa Cohen Fotografia João Carlos Oliveira, Rui Botas e Pedro Lopes
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Presidente VOLKER BREID
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4 08/2014
D
urante muitos anos acompanhei a vertente de competição em todas as suas variáveis. Praticamente todos os fins de semana tinha reportagens para fazer, as quais envolviam gastos avultados e deslocações cansativas mas sentia sempre uma alegria enorme pois iria reencontrar amigos de longa data que fui fazendo ao longo dos anos. Admito: sou fanático por competição e admiro quem consegue conciliar a vida profissional com a desportiva. Vibrei com as vitórias de uns, entristeci-me com as derrotas de outros e de certa forma tentei sempre explicar por palavras o que dificilmente conseguimos transmitir em sentimentos. Em Campeonatos da Europa e do Mundo admito que não consegui ser imparcial: afinal era a bandeira do meu país que estava representada e os meus conterrâneos a envergar a camisola das quinas. Puxei com eles, gritei-lhes palavras de incentivo, e até lubrifiquei as suas bicicletas. Mas fi-lo com orgulho e por amizade. No entanto, acompanhar a competição também me trouxe dissabores. Muitas vezes critiquei a falta de segurança das provas, os traçados pouco atrativos e com sinalização deficiente e ainda a ausência de divulgação. Quase uma década volvida, deparo-me com um cenário parecido. Não estive no Campeonato Nacional de Maratonas este ano, mas segundo muitos dos
É PRECISO REPENSAR O BTT NACIONAL participantes, a prova pecou por falta de sinalética. Como é possível uma prova desta importância ter os mesmos problemas de eventos realizados há uma década? Não existe um controlo por parte da organização e dos comissários da FPC? Enganos podem haver e numa prova deste tipo (longa e em locais isolados) há sempre alguém que retira as fitas por maldade, mas cabe à organização e FPC fazer vistorias permanentes e garantir que nada falha. É toda uma época que fica comprometida para os que lutam pela vitória. Tenho conhecimento, inclusive, de alguns atletas que na época passada pura e simplesmente abandonaram a modalidade (na vertente competitiva) devido à falta de controlo antidoping e sinalética. Se existe o risco de algo correr mal numa prova, porque é que não se altera o formato do campeonato nacional? O campeão deve ser o mais regular e não aquele que, por sorte ou engenho, ganha numa determinada prova, por isso vale a pena repensar o formato. Fica a sugestão… 4
APRESENTAÇÃO
Scott 2015
ESTRELAS
brilhantes
EM 2015 A SCOTT ESTENDE AS RODAS 27,5 ÀS BICICLETAS DE DH E FREERIDE, APRIMORA A GAMA GENIUS E LANÇA UMA SPARK COM MUDANÇAS ELETRÓNICAS. EM DAVOS, NA SUÍÇA, PUDEMOS DEITAR A UNHA A UM PAR DE MODELOS DE LUXO. [texto] Pedro Pires
26 08/2014
[imagem] Martin Bissig
Genius 900 Tuned COM UM QUADRO 90 G MAIS LEVE e agora equipada com espigão telescópico, a Genius 900 Tuned é uma 29er com 130 mm de curso luxuosa. Possui uma nova guia de corrente para transmissões 1x11 para garantir que tudo fica no lugar, mesmo nas descidas mais hardcore.
T
alvez conscientes de que na maior parte das apresentações de bicicletas a conversa é sempre a mesma (o sistema de suspensão faz isto e aquilo, encurtámos as escoras, diminuímos o ângulo de direção, baixámos o pedaleiro, aligeirámos o quadro, mudámos a cor dos punhos, etc, etc), os engenheiros da Scott optaram por nos falar do processo de fabrico dos seus quadros de carbono antes de mostrarem a nova coleção. A marca recorreu ao carbono T1000, uma fibra 16% mais resistente que a usada anteriormente, que depois é unido com o mínimo de resina possível, de forma a poupar peso. As nano-resinas utilizadas no processo penetram nas fibras, aumentando a coesão do material. Na aplicação das camadas de carbono, as fibras são orientadas a 0º, 45º, 70º, 90º, 20º para a maximização das propriedades do material e para se evitar rugas no interior (que aumentam o peso desnecessariamente). Estas são ainda cortadas com diversos formatos. O molde interior é fabricado em latex e espuma EPS, material que se contrai com o calor gerado pelos moldes externos metálicos. Assim, é fácil remover o molde interno do tubo de carbono. No fabrico da Scale, por exemplo, são usadas quatro peças de carbono segundo estes processos, que depois são unidas.
Genius LT
AS LT PASSAM A TER UMA FOX 36 À FRENTE EM VEZ DA 34, uma suspensão que está ao nível do melhor que tem sido feito para Enduro/Freeride e que transporta esta bicicleta para um patamar ainda mais agressivo.
Os quadros da Scott são moldados externa e internamente, para se conseguir um peso baixo, robustez, rigidez lateral elevada e boa filtragem das vibrações
bikemagazine 27
REPORTAGEM
Mountain Quest
REDEFINIR
LIMIT 64 08/2014
AS SERRAS DA ABOBOREIRA, MARÃO, ALVÃO E SRA. DA GRAÇA FORAM A ARENA PARA UMA DISPUTA ÉPICA. 180 KM COM 6000M DE SUBIDA LEVARAM OS GLADIADORES A PEDAL AO LIMITE. [texto] João Marinho [imagem] Carlos Gonçalves, Luís Carvalho e Organização
Portugal esconde tesouros paisagísticos difíceis de encontrar em qualquer outro lugar
TES
O
Mountain Quest é como uma história de amor de uma pessoa que nasceu junto às montanhas por onde um percurso é meticulosamente esculpido. Esta prova foi desenhada para quebrar barreiras, para num só evento desportivo se promover toda uma região, as suas serras, os seus trilhos, as tradições, a cultura, a gastronomia, a música, sempre com máximo respeito pelas gentes locais, pela fauna e flora, tudo isto associado a uma aventura épica vivida sobre duas rodas e movida a paixão. O que se viveu em Amarante neste fim-de-semana de junho ficará guardado na memória de quem lá esteve por muitos anos. bikemagazine 65
REPORTAGEM
Trans-Ibérica
Aventura ibérica SÓNIA LOPES SENTIU NA PELE AS EMOÇÕES DA EDIÇÃO INAUGURAL DA TRANS-IBÉRICA, TRAVESSIA QUE UNIU ESPANHA E PORTUGAL TENDO O IMPONENTE RIO TEJO COMO FIO CONDUTOR. [texto] Sónia Lopes [imagem] Organização
70 08/2014
PARA CHEGAR AO PONTO DE PARTIDA, GASTAM-SE MAIS DE 10H DE VIAGEM CONTRA O NATURAL FLUIR DE UM RIO QUE PRETENDEMOS SEGUIR DE VOLTA ATÉ AO ATLÂNTICO
A
Península Ibérica, ou seja, aquele pedaço de terra que entra pelo mar adentro, mais parecendo uma ilha, se nos esquecermos do istmo Pirenéus e que a liga ao velho continente europeu, é desafiada por um curso natural de água doce a quem os espanhóis chamam Tajo e os portugueses Tejo. Numa lição de vida, que só o mais extenso rio da Ibéria nos pode oferecer, a edição inaugural da Trans-Ibérica seguiu o seu leito da nascente até à foz, desafiando fronteiras e quebrando
barreiras à força de pedal! A mais extensa rota Ibérica desenhada para bicicletas de todo o terreno soma na totalidade das suas 13 etapas, mais de 1200 quilómetros de ligação entre a Serra de Albarracín em Espanha, local de nascimento do Rio Tajo e a foz do Rio Tejo em Lisboa. O objetivo dos afortunados pioneiros, restrito e honroso lote no qual me incluo, era à partida bem claro: promover e aperfeiçoar uma rota ribeirinha trazendo-lhe valor acrescentado pela experiência em desafios semelhantes, numa perspetiva de a confirmar como valoroso cartãode-visita Ibérico. Para chegar ao ponto de partida, perto daquela que é considerada uma das mais belas aldeias de Espanha, proposta pela UNESCO como património mundial, gastam-
se mais de 10 horas de viagem contra o natural fluir de um rio que pretendemos seguir de volta até ao Atlântico. Tal investimento é pago em dobro logo à chegada a Albarracín, onde as suas estreitas ruas de arquitetura medieval nos parecem teletransportar para a idade média.
O outro lado do Tejo A biodiversidade imposta por um rio com mais de 1000 quilómetros de extensão é diretamente proporcional à diversidade de emoções oferecidas por esta viagem ao longo do seu leito. Um percurso que em si condensa a história e cultura de dois povos que outrora dividiram entre si um mundo inteiro ainda por explorar, é algo que apenas Luís de Camões ou
bikemagazine 71
ENTREVISTA
TIAGO FERREIRA Nome: Tiago Ferreira Natural de: Viseu Comida favorita: Arroz de pato Bebida predileta: Cola Hobbies: Descansar GĂŠnero musical predileto: Tudo o que seja atual
76 08/2014
“AMBICIONO O PÓDIO NUM EUROPEU
OU MUNDIAL” TIAGO FERREIRA É UM DOS NOMES SONANTES DO BTT NACIONAL. EM XCM TEM DADO CARTAS E ACRESCENTADO TÍTULOS A UM PALMARÉS CADA VEZ MAIS RECHEADO. NATURAL DE VISEU, É A PARTIR DA URBE DE VIRIATO QUE O ATLETA DE 25 ANOS PROJETA O SONHO DE ALCANÇAR UM LUGAR AO SOL ENTRE A ELITE DO BTT MUNDIAL. [texto] Fernando Lebre [imagem] Arquivo e UVP/FPC
bikemagazine 77
Escola Tens um quadro ou componentes (periféricos) em fibra de carbono? Então lê este artigo com atenção e toma nota dos cuidados que deves ter na manutenção destas fibras.
OURO Cuidados com a fibra de carbono
82 08/2014
NEGRO
A FIBRA DE CARBONO CONVERTEU-SE, NOS ÚLTIMOS ANOS, NO MATERIAL POR EXCELÊNCIA NA FABRICAÇÃO DE BICICLETAS E COMPONENTES. AO CONTRÁRIO DOS METAIS COMO O ALUMÍNIO OU AÇO, A FIBRA DE CARBONO REQUER UMA ATENÇÃO ESPECIAL DE MODO A NÃO SE DETERIORAR. [texto] Marcos Pérez
[imagem] Gonzalo Manera
FERRAMENTAS
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1
1. MASSA DE MONTAGEM PARA CARBONO. Graças a ela asseguramo-nos da correta fixação dos componentes; é ideal para o contacto entre dois componentes em carbono (exemplo: quadro e espigão de selim). 2. CHAVE DINAMOMÉTRICA. Ideal em qualquer situação, mas imprescindível para aplicar o aperto adequado nos componentes de fibra de carbono.
bikemagazine 83
UM DIA COM...
VASCO BICA Treinador: Tiago Vital Equipas: Proliabike, Avalanche V.Janes, Cube/Proliabike, Ms Mad Team Racing Portugal Localidade: Luso, Aveiro Bpm max: 205 Bpm min: 41 Comida favorita: Carne de porco à alentejana Bebida favorita: Ice Tea
SINGRAR NO MUNDO
PROFISSIONAL
DO BTT É O SONHO DE VASCO BICA
86 08/2014
VASCO BICA VASCO BICA É UM FANÁTICO POR BICICLETAS. DE AVEIRO, MAIS CONCRETAMENTE DO LUSO, É UM JOVEM PROMISSOR QUE SONHA VIVER APENAS DO DOWNHILL. SERÁ QUE VAI SINGRAR NO COMPETITIVO MUNDO DA ALTA COMPETIÇÃO? O TEMPO O DIRÁ. [texto] Nuno Machado [imagem] Luís Lopes
bikemagazine 87