BIKE Magazine N.236

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N º 2 36

ESPECIAL

O N R E V N I S

DUTO O R P S E U *TRUQDUÇÃ*O À CHUVA * CON A DO VESTUÁRIO H *ESCOL Escola

LARGA O

AÇÚCAR JÁ!

TIAGO FERREIRA DESCOBRE COMO FOI A EVOLUÇÃO APOTEÓTICA DO MELHOR DO MUNDO

NAIS O I C A N S E T T ES EX 990 BERG VERT L 4 L ELEVEN SKI

O R R E F E DAMA D

A P I FIL S E R PE TIERREZ

EXCLUSIVO

BRASIL RIDE: CELINA CARPINTEIRO CONTA-NOS TUDO O QUE SE PASSOU NA MAIOR PROVA DAS AMÉRICAS

ISBN 5601753001303

Dez 2016 /jan 2017 PVP continente 3,95€

U G O L E AL G U T R O P MARC M E

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Diretor CARLOS ALMEIDA PINTO

EDITORIAL CARLOS PINTO

DIRETOR

cpinto@motorpress.pt Jornalistas Pedro Pires ppires@motorpress.pt, Fernando Lebre flebre@motorpress.pt Colaborações Gonçalo Ramalho, Nuno Amaral, Nuno Machado, Tiago Aragão, Pedro Maia, Luís Lopes, David Rosa e Celina Carpinteiro Redação bikemagazine@motorpress.pt mail.bikemagazine@gmail.com Rua Policarpo Anjos, nº 4, telefone: 214 154 500 1495-742 CRUZ QUEBRADA/DAFUNDO Arte Coordenador Miguel Félix Joana Prudêncio (responsável gráfica) Cristina Cruz, Filipa Fonseca, Miguel Ferreira, Teresa Cohen Fotografia João Carlos Oliveira, Rui Botas e Pedro Lopes

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Q

uem esteve no Festival Bike certamente reparou na ausência de algumas das principais marcas do setor. Portugal não é caso único pois tal aconteceu igualmente na maior feira mundial, a Eurobike, assim como na Unibike (em Espanha) e um pouco por todo o mundo. Os motivos são variados: as marcas preferem fazer eventos próprios, sem concorrência por perto, dando a possibilidade aos lojistas de experimentar em primeira mão os modelos do ano seguinte. Por outro lado, as feiras são uma oportunidade única pois estão presentes – em média – mais de 14.000 pessoas durante três dias, incluindo clientes finais, imprensa e lojistas, no fundo o seu público-alvo. Estar numa destas feiras é uma decisão difícil que tem de ser ponderada, pois há inúmeros fatores que estão na balança: por um lado, deve-se analisar o ROI (return on investment), o qual nem sempre tem saldo líquido positivo no prazo mais imediato; depois é necessário equacionar os inúmeros contactos realizados dentro do setor e também os extra-setor que se podem fazer num evento desta magnitude; e não nos podemos esquecer que existe uma percentagem de pessoas que depois de verem algo que pretendiam na feira, compraram mais tarde nas suas lojas prediletas (a chamada

ESTAR NUMA DESTAS FEIRAS É UMA DECISÃO DIFÍCIL, POIS HÁ INÚMEROS FATORES QUE ESTÃO NA BALANÇA compra indireta, pois não pode ser feita a um importador). O modelo de negócio atual das feiras mistura o conceito B2B e B2C, ou seja, negócio entre agentes de negócio e também da marca ao consumidor final, mas considero que devia ser melhor aproveitado. E com a apresentação cada vez mais cedo das novidades das marcas, é premente evitar excedentes de stock que podem canibalizar as margens nos preços de modelos que rapidamente ficarão devolutos com a chegada de novas coleções. Para o consumidor final, há algo que ainda não foi totalmente explorado: uma feira stock off, com o único objetivo de escoar stock do ano presente e também de anos anteriores, em abril ou maio. Poderia ser uma solução para todas as partes, desde que o investimento não tenha de ser grande. Fica a sugestão.

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SUMÁRIO. EDITORIAL

SUMÁRIO

Edição de DEZ./JAN.

TESTES

ATUALIDADE

03 Staff 04 Sumário 06 Noticiário 18 Especial Inverno

ZONA DE TESTES

34 Teste Berg Vertex 990 38 Teste Eleven Skill 4 42 Montra de Natal 46 Minitestes

ZONA DE EVASÃO

51 Bike Team - Parceiros e eventos 52 Agenda

ESCOLA BIKE

54 Análise da evolução do Tiago Ferreira 84 Por que razão nos viciamos no açúcar?

EXCLUSIVO

60 Marcelo Gutierrez em Portugal 64 Brasil Ride

AVENTURA

72 Livigno, a meca do BTT além-fronteiras

ROTEIRO

78 Casa da Serra - PNSAC

ENTREVISTA

90 Filipa Peres

COMPETIÇÃO

96 Noticiário de Competição

4

Dez 2016/ Jan 2017

34

Berg Vertex 990

Testámos em DEZEMBRO A Giant entrou em grande no mercado dos sapatos de BTT ao lançar os Charge, os topo de gama. Fomos a primeira revista nacional a pôr-lhe as mãos em cima (bem… na verdade, os pés). Descobre o veredito nesta edição.


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Dez 2016/ Jan 2017


FAÇA CHUVA

OU FAÇA SOL

PORTUGAL TEM O PRIVILÉGIO DE SER UM PAÍS ONDE SE PODE PEDALAR TODO O ANO. MAS O INVERNO PODE SER INCLEMENTE E CONVÉM ESTAR PREPARADO. SEGUE OS NOSSOS CONSELHOS E VAIS CURTIR O FRIO E A CHUVA COMO MANDA A LEI. [texto] Pedro Pires [imagem] Luis Duarte, Scott, Scott Markewitz, João da Franca, Pedro Pires, arquivo

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ENTREVISTA

O ATLETA COLOMBIANO MARCELO GUTIERREZ VILLEGAS É HÁ VÁRIOS ANOS UMA PRESENÇA REGULAR NAS MAIS IMPORTANTES COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS DE DOWNHILL. PORTUGAL É UM DESTINO QUE VISITA COM FREQUÊNCIA E FOI PRECISAMENTE NUMA DESTAS VIAGENS QUE APROVEITÁMOS PARA CONHECER DE PERTO A CARREIRA E OS OBJETIVOS DESTE PROFISSIONAL.

PORTUGAL NO C

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CORAÇÃO [texto] Bartholomeu Vasconcellos [imagem] Red Bull Content Pool

AOS 26 ANOS OCUPA A DÉCIMA POSIÇÃO DO RANKING UCI DE DOWNHILL, mas já chegou a ser quinto no Campeonato do Mundo e oitavo na Taça do Mundo. O colombiano Marcelo Gutierrez Villegas é uma referência da modalidade e nesse sentido Portugal tem sido um destino frequente dos seus treinos e competições. Aproveitámos precisamente uma destas visitas para conhecer um pouco mais de perto a vida deste profissional que assume como objetivo primordial a conquista do título mundial da sua especialidade. Começou cedo a pedalar, depois dominou o panorama no seu país – a Colômbia – com a conquista de cinco títulos de Campeão Nacional. Mais tarde afirmouse na região, ao vencer o Campeonato Panamericano em 2011. Hoje Marcelo Gutierrez é uma das estrelas do downhill mundial, alinhando na “armada” da Giant Off-Road Team e vestindo as cores de atleta oficial da Red Bull.

MARCELO GUTIERREZ VILLEGAS BIKE MAGAZINE: Conta-nos como entraste no mundo do BTT. GUTIERREZ: Penso que a grande influência foi sem dúvida o meu pai. Ele

também foi atleta de várias disciplinas do ciclismo, começou no BMX, fez estrada, cross country e também Downhill. Assim posso mesmo afirmar que ele foi o meu grande mentor e quem me ensinou quase tudo o que sei.

O atleta colombiano é presença assídua em Portugal e ficou fã do nosso país

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AVENTURA

NOS ÚLTIMOS ANOS FLORESCERAM POR TODA A EUROPA OS TRILHOS DE FLOW COUNTRY, UM ESTILO CRIADO PARA SE ADAPTAR A BETETISTAS DE TODAS AS IDADES E NÍVEIS TÉCNICOS. LIVIGNO É A MECA DESTE CONCEITO!

DEIXA FLUIR [texto] Sabrina Rill [fotografia] Bartek Wolinski

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uas lendas do pedal, Hans Rey e Diddie Schneider, reconheceram as vantagens de trilhos fluidos muito antes de estes se tornarem populares. Mas porque é que se tornaram tão requisitados agora? O

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desenvolvimento do BTT encorajou a construção de uma grande variedade de trilhos para manter a progressão do desporto e a sua procura. Os singletracks clássicos tornaram-se monótonos e novos obstáculos tiveram de ser adicionados. Chegava o tempo de construir trilhos específicos para BTT e que não fossem partilhados


pelos pedestres. Os trilhos de Flow apresentam obstáculos que podem ser ultrapassados por toda a gente, mas a maneira como isso é feito depende do nível técnico e estilo pessoal. Os betetistas podem esperar deparar-se com relevês, secções de pumptrack, pequenos saltos e drops para criar um efeito de montanha russa. Pistas de piso compacto tornam as pedaladas e travagens mais suaves, dando mais ritmo à experiência, virando para a esquerda e para a direita e rolando para cima e para baixo. Um projecto de Hans Rey, o Flow Country descreve a criação de trilhos específicos que resultam bikemagazine 73


ROTEIRO Casa da Serra - PNSAC

UMA CASA N A CASA DA SERRA NÃO PODIA TER UMA LOCALIZAÇÃO MELHOR. A PARTIR DESTE CONFORTÁVEL ALOJAMENTO PODE ACEDER-SE À VASTA REDE DE TRILHOS DO PARQUE NATURAL DAS SERRAS DE AIRE E CANDEEIROS. NÃO É PRECISO PEDIR MAIS NADA. [texto] Pedro Pires [Imagem] Rui Botas

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ão nos cansamos de ir à Serra de Aire e Candeeiros. Os montes que se estendem entre os distritos de Leiria e Santarém são riscados por quilómetros e quilómetros de trilhos que aliam o prazer da condução em BTT às paisagens únicas, oferecendo uma mistura entre a natureza e a intervenção humana capaz de impressionar os mais exigentes. Se a isto juntarmos uma casa mesmo ao lado dos trilhos e um anfitrião de


Media Partner

Casa da Serra - PNSAC

PARA O HORIZONTE luxo, temos a receita para um par de dias muito bem passados. Ao chegar a Casal de Vale de Ventos, aldeia situada a 15 km de Alcobaça, basta seguir as placas e facilmente se descobre a Casa da Serra. À primeira vista, esta unidade de alojamento não sobressai: tem apenas um piso e está bem integrada na paisagem, construída com linhas simples e retas e recorrendo à pedra local. Mas a orientação da construção e a vista do jardim não deixam margem para dúvidas: este Bikotel foi pensado para oferecer a melhor vista possível,

sem nunca esquecer a funcionalidade, o conforto e o acesso privilegiado à Serra. Quando chegámos, o proprietário já nos esperava, escoltado por mais três companheiros que iriam ser os nossos guias. Feitas as apresentações, equipámonos, comemos uns pastéis de nata maravilhosos e fomos para os trilhos, ou seja, virámos à direita. Sim, basta sair

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