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GRANDE ENTREVISTA
Gustavo Veloso
Vencedor da Volta a Portugal 2014
Bimestral I outubro / novembro 2014 Nº35 I PVP 3,95€ (continente)
Testes SENSA GIULIA MATT CUSTOM RODAS SHIMANO DURA-ACE 9000 C24 CALÇÕES ASSOS T.CENTO_S7 CAPACETE SCOTT VANISH EVO JERSEY LE COQ SPORTIF ERCO 4 PRODUTOS
“O TRIUNFO NA VOLTA FOI UM SONHO TRANSFORMADO EM REALIDADE”
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O sexo feminino no ciclismo
ISBN 5601753002225
Saúde
Aplicação de bandas neuromusculares
PINARELLO DOGMA F8
EUROBIKE
Uma bicicleta de outro mundo
2015 JÁ CHEGOU!
EXCLUSIVO
Fomos à Alemanha conhecer a nova coleção da Rose Bikes
REPORTAGEM
Marcámos presença na Etapa da Volta e no Skyroad Serra da Estrela
COMPETIÇÃO
Analisamos as principais competições do calendário nacional e internacional
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Reportagem
show room Rose 2015 - www.rosebikes.com
Restyling Embora desconhecida para alguns leitores, a marca germânica Rose é um dos pilares na venda de bicicletas online, personalizadas inteiramente pelo comprador. Conheça melhor as novidades da gama 2015, num exclusivo Ciclismo a fundo. Texto: Luis Lourenço Fotos: Rose
C
om mais de cem anos de história, a Rose deixou há muito de ser apenas uma pequena loja de rua para se tornar numa loja mundial (online), contando também com um mega espaço em Bocholt, cidade natal, estando ainda anunciada a abertura de mais uma bem no centro de Munique. Fomos propositadamente aos Alpes (mais precisamente a Kierchberg) conhecer as novas apostas para 2015 de uma marca que aposta na personalização das montagens para se demarcar das restantes marcas de venda online. Da coleção destacamos três novos modelos que lhe apresentamos de seguida (alguns deles tivemos a oportunidade de testar) e todos eles derivam de versões que já existiam.
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Ciclismo a fundo
X-Lite Team Tanto a X-Lite Team (cujo quadro pesará em 2015 apenas 800g), como a X-Lite CRS (1000g) virão equipadas com uma forqueta desenvolvida em parceria com a Universidade de Ciências Aplicadas de Bochlt. Esta forqueta pesa 315g e segundo os engenheiros da Rose confere maior conforto a ambos os modelos. As duas trazem caixas de direção cónicas (1-1/8” a 1 ¼”), aperto de selim no próprio quadro (com espigões 27,2) e trazem de origem pneus de 25mm, para maior conforto. Os modelos X-Lite estão preparados para utilizar transmissões mecânicas e eletrónicas. Toda a cablagem é interna e, segundo o que apurámos, existirão seis tamanhos diferentes disponíveis que vão do 50 ao 62.
Xeon CDX Este modelo em carbono é baseado noutro pré-existente, o Team CGF, contudo a nova versão traz travões de disco, para maior segurança. O quadro foi desenhado com vista a integrar o novo modelo hidráulico da Shimano denominado “Flat Mount” a ser lançado para o mercado em 2016, embora seja igualmente compatível com todos os modelos de discos existentes atualmente. Vem ainda equipada com eixos de 15mm à frente e de 10mm atrás. A forqueta, igualmente em carbono, é ligeiramente mais pesada situando-se agora nas 380g, montada numa caixa de 1 1/8” para 1 ¼” e toda a cablagem é interna. Embora não tenhamos tido acesso aos tamanhos disponíveis, não devem fugir muito dos modelos de topo. Existirá ainda uma versão em alumínio que substitui o anterior modelo DX. Nesta bicicleta podem ser utilizados pneus até 28mm, o que confere maior conforto a um modelo que se quer mais versátil.
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grande entrevista :: Gustavo Veloso
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Ciclismo a fundo
"Ainda não sei
qual será o meu futuro” Tem em Miguel Indurain o ídolo de sempre e não hesita em considerar Alberto Contador o melhor ciclista da atualidade. Chegou à Volta a Portugal com uma única missão: ganhar, objetivo que alcançou sem vacilar. À Ciclismo a fundo, Gustavo Veloso recordou as emoções da Volta, ressalvou o bom ambiente vivido na OFM/Quinta da Lixa e connosco partilhou a sua visão acerca do ciclismo nacional. Texto: Fernando Lebre Fotos: Paulo Miranda, Podium
E
m 2013 ameaçou, em 2014 cumpriu e venceu! Aos 34 anos, Gustavo Veloso foi rei da Volta a Portugal e ganhou lugar eterno na história do ciclismo português, figurando agora naquela vitrina especial aonde só os campeões perduram. Ainda não sabe se pedalará no pelotão nacional em 2015, mas não esconde o carinho especial que nutre por Portugal, numa descrição que, com bom humor, classifica de a sua “costela portuguesa”. Diz que o triunfo na competição rainha do ciclismo lusitano não alterou o seu quotidiano, mas é sem pejo que afirma que o lugar mais alto do pódio foi verdadeiramente um sonho tornado realidade. Que significado teve para ti a vitória na Volta a Portugal? Foi muito importante e um marco na minha carreira. Posso mesmo dizer que o triunfo na Volta a Portugal foi um sonho tornado em realidade. Consideras que esta foi a conquista mais importante da tua carreira? A nível sentimental, sem dúvida que foi o triunfo mais importante da minha carreira. Contudo, a nível desportivo não sei responder a essa pergunta, porque no meu currículo já conto também com uma vitória na Volta à Catalunha. É difícil dizer qual desses dois resultados é mais relevante. É uma escolha complicada. É como ter vários filhos e ter de decidir qual deles é o melhor. O que mudou na tua vida com este resultado? Nada. Continuo a fazer a minha vida
“O Delio Fernández é um exemplo de profissionalismo” com normalidade. Tudo segue igual. Foi um triunfo muito difícil de alcançar? Todas as vitórias são difíceis de obter e esta não foi exceção, até porque o traçado desta Volta a Portugal era muito duro. Tive a sorte de contar com uma grande equipa que trabalhou sempre muito bem.
"Ficou comprovado que o ambiente na OFM/Quinta da Lixa era bastante bom"
Depois de em 2013 teres obtido o segundo lugar sentias-te este ano como o maior favorito à vitória final? Sabia que era um dos candidatos a discutir a vitória final, mas o facto de este ano a prova contar com quatro chegadas em alto não me fazia sentir o favorito à partida. Ao longo da Volta quais foram os adversários que sentiste que mais poderiam ser uma ameaça à tua liderança? Até à etapa da Torre senti que o Luis León Sánchez, o Rui Sousa e o Ricardo Mestre seriam os adversários mais perigosos. outubro / novembro 2014
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reportagem :: As mulheres no ciclismo
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Ciclismo a fundo
ELAS
andam aí!
Não lutam por vitórias nas etapas da Volta a Portugal, nem pela camisola da montanha, nem tão-pouco pela liderança da prova. Ainda assim, todas elas desempenham funções primordiais, com maior ou menor visibilidade, na mais importante corrida do ciclismo nacional. Conheçamos, de seguida, algumas das mulheres que laboram naquele que aparentemente é um mundo masculino... ou talvez não. Texto: Magda Ribeiro Fotos: Luís Duarte
Q
uando pensamos nas mulheres que marcam presença na caravana da Volta a Portugal, a primeira associação de ideias que fazemos é com as - comummente denominadas - "meninas do pódio". Há muito que nos habituámos a ver rostos simpáticos que colaboram na cerimónia de consagração dos vencedores, entregando camisolas, troféus ou ramos de flores, gestos que são selados com os "beijinhos da praxe". Laborando, muitas delas, na área da moda, e sendo detentoras de beleza física aos olhos da maioria, não é de estranhar que a atenção de uma franja de público abandone por instantes os ciclistas e recaia nestas profissionais: "Há momentos bons e outros nem tanto de trabalhar neste meio. Se em algumas ocasiões escutamos alguns piropos engraçados, em outras é precisamente o oposto. Ainda assim, é positivo estar num meio predominantemente masculino. Por vezes quando se trabalha com demasiadas mulheres é bem pior", conta-nos Filipa Brandão, uma das responsáveis pela entrega da camisola amarela. Envergando as cores do principal patrocinador da prova, esta jovem de 25 anos fez este ano a sua estreia na principal corrida lusa: "Estive na Volta ao Alentejo, nos Campeonatos Nacionais e na Volta a Portugal do Futuro, mas sem dúvida que a Volta a Portugal tem uma dinâmica completamente diferente. Está a ser uma experiência muito gratificante". E como foi o primeiro impacto com esta modalidade? "Não tinha qualquer ligação ao ciclismo, mas estou a gostar bastante. Só agora fiquei consciente das dificuldades pelas quais passam os atletas. A prova está a chegar ao fim e sinto já nostalgia. Se surgir a oportunidade de regressar para o ano não irei recusar", conta-nos. outubro / novembro 2014
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