Ciclismo a fundo 33

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Rescaldo

Antevisão

Bimestral I junho / julho 2014 Nº33 I PVP 3,95€ (continente)

WORLDTOUR ENT REV ISTA S

EXCLUSIVAS

" " " CÉSAR FONTE

TREK Domane 4.5 A sobredotada

NELSON OLIVEIRA

Não quero perder as minhas qualidades de contrarrelogista

Testes COLUER TOP CHRONO CR20 CANNONDALE SYNAPSE HI-MOD 3 ULTEGRA BH QUARTZ ULTEGRA PLUS 9 PRODUTOS

+

MIGUEL INDURAIN

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Estou curioso para ver o que o Rui Costa é capaz de fazer no Tour

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ISBN 5601753002225

Sonho correr no pelotão internacional

ÉVORA GRANFONDO

NOVIDADES

ESTÓRIAS DO ARCO DA VELHA

Estivemos no primeiro Granfondo do ano, onde uma enchente comprovou que este formato veio para ficar.

Fomos a Lyon e a Berlim conhecer as novidades da Mavic e da Canyon, num exclusivo nacional.

“Tínhamos um polícia com metralhadora à porta do hotel e um outro que nos acompanhava de mota nos treinos”, confessou-nos Orlando Alexandre.


Apresentação Mavic 2014

Mavic

125 anos

de história

Enquanto existem marcas a reclamar antiguidade com pouco mais de 30 anos de existência, existem outras – como a Mavic - que celebram mais de 100 anos de existência na vanguarda do ciclismo. A Mavic tem cimentado a sua posição a nível mundial e a apostado em segmentos de negócio que até agora não eram os seus… e com sucesso! Texto: Luís Lourenço Fotografias: Mavic

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Mavic é um destes casos de longevidade e sucesso ao celebrar 125 anos em 2014. Esta efeméride foi comemorada da melhor forma possível, organizando em Lyon (onde se situa a sede da marca) um evento "sui generis" onde esteve um restrito lote de jornalistas de todo o mundo e alguns convidados muito especiais. Na calha estava a apresentação de uma edição limitada comemorativa dos 125 anos da icónica marca francesa, tendo como porta-estandarte as rodas Ksyrium 125 ans e uma linha de vestuário com a mesma designação. O evento foi apresentado por um ilustre convidado e ex-ciclista de renome mundial, Stephen Roche, vencedor da Volta a Itália e da Volta a França em 1987, tendo também sido Campeão

A nova coleção é estilizada e destacam-se unicamente duas cores fortes: o preto e o amarelo

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do Mundo no mesmo ano. Nesta festa estiveram também nomes como Sean Kelly, Bernard Thévenet, Tony Rominguer, Charly Mottet, Michael Hubner e Jens Fiedler, entre outras antigas glórias do pelotão profissional. Mas nem só do passado vive a história da Mavic que contou igualmente com testemunhos de atletas que competem na atualidade, como é o caso de Christophe Riblon, vencedor de uma etapa do Tour em 2013 ou de Johan Vansummeren, vencedor da clássica Paris – Roubaix em 2011. KSYRIUM 125 LIMITED EDITION Este novo modelo das consagradas rodas Ksyrium assenta muito na tecnologia do seu antecessor (SLR), incluindo os aros Exalith com uma superfície de travagem melhorada, combinando a utilização de

raios em alumínio e carbono no mesmo conjunto. Estas Ksyrium utilizam a tecnologia ISM 4D na sua construção, processo que visa não só aumentar a rigidez do conjunto, bem como diminuir o seu peso e consequentemente melhorar a sua performance e aerodinâmica. O par situa-se agora nos 1.370g, 605g para a roda dianteira e 765g para a traseira, menos 30g que o atual modelo Ksyrium Exalith. Apenas 6000 rodas Ksyrium 125 foram construídas e numeradas. O conjunto integra igualmente os novos pneus Yksion de 23mm que se destacam por uma maior capacidade volumétrica e por uma nova superfície antifuro em kevlar. Um aumento da rigidez lateral do pneu melhorou a sua capacidade de aceleração e de rolar, ficando o peso em cerca de 190g.


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reportagem :: Évora Granfondo

Invasão da planície

Duas distâncias, estradas fantásticas, e uma forma única de conhecer alguns dos ícones do Alentejo. Évora recebeu mais de mil ciclistas amadores para a primeira edição do Évora Granfondo Challenge. Houve muitos quilómetros para rolar entre a partida e a chegada no mítico Templo de Diana. Apoio: Texto: João Picado Fotografias: Luís Pardal

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Ciclismo a fundo


O andamento inicial foi fortíssimo com a média a superar os 38 km/h

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Alentejo entrou na rota dos principais granfondos levados a cabo em Portugal com a realização da primeira edição do Évora Granfondo Challenge. No seguimento do que melhor se tem feito no país, e depois de uma primeira experiência com o GrandFondo Eddy Merckx em 2011, o Grupo Desportivo e Recreativo de Canaviais quis colocar a cidade de Évora no mapa deste tipo de eventos e, no passado dia 27 de abril, reuniu

mais de mil atletas para participarem neste desafio. A proposta era clara. A organização quis que esta primeira edição fosse de “superação para os participantes, mas também de convívio e boa disposição”, lê-se no site oficial. Para que os inscritos se envolvessem nesse espírito, a equipa do GDR Canaviais, juntamente com um largo número de voluntários e com o apoio de inúmeras entidades da região, tentou proporcionar as melhores con-

dições. A meteorologia fez a sua parte. Nesse domingo, o tempo foi de primavera. Fabuloso para praticar desportos ao ar livre, ciclismo em particular. Ainda na véspera, já os elementos da organização trabalhavam para que nada falhasse. No secretariado foram organizadas várias filas com intervalos de dorsais para que os participantes não tivessem de esperar uma infinidade. Simpáticos e prestáveis, os colaboradores tentavam esclarecer dúvidas e fazer com que a experiência  junho / julho 2014

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entrevista :: Nelson Oliveira

Nelson Filipe Santos Simões Oliveira nasceu em 6 de março de 1989 em Anadia. O ciclismo entrou sorrateiramente na sua vida e desde cadete que tem vindo a somar resultados de relevo. Depois de uma passagem na todo-poderosa Radioshack/Nissan/Trek, mudou-se de armas e bagagens para a Lampre/Merida, formação onde milita Rui Costa. Terá sido a melhor opção? Texto: Carlos Almeida Pinto Fotografias: Luís Duarte

“Este é o meu trabalho,

é o que eu amo e o que gosto de fazer” MÁQUINA DO TEMPO

2009 58

Alcança o título de vice-campeão Mundial de Contrarrelógio em Sub-23

Ciclismo a fundo

2010

Embarca numa aventura internacional ao serviço da Xacobeo/Galicia


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os 25 anos, Nelson Oliveira atravessa uma das fases mais importantes da sua vida. Depois de ter dado o salto além-fronteiras, onde representou a Xacobeo-Galicia e posteriormente a Radioshack, o ciclista de Anadia recebeu uma proposta da Lampre-Merida no decorrer de 2013, ainda antes de a época acabar. Na calha estaria representar uma equipa italiana de alma e coração (uma experiência totalmente nova), mas também ajudar Rui Costa a se entrosar mais rapidamente na formação que escolheu para 2014. A tarefa do Nelson não é fácil. Por um lado tem de trabalhar para os seus colegas de equipa – abdicando assim da classificação geral, por outro, terá de aproveitar as escassas oportunidades que a época lhe permite para demonstrar as suas qualidades de contrarrelogista. Fomos a Palma de Maiorca saber o que o jovem ciclista português pensa sobre o atual panorama do ciclismo.

2011

“As outras seleções já olham para Portugal com outros olhos e deixaram de parte aquela ideia pré-concebida de que um português é um gregário” Nelson, temos de começar pelo teu resultado nos Mundiais de Medrisio em 2009, onde obtiveste a medalha de prata na prova de contrarrelógio. Ficaste surpreendido com o teu lugar? Sim, fiquei. Trabalhei bastante para os Mundiais, ao longo de vários meses, mas quando ganhamos, tudo faz realmente sentido. Em 2010 estiveste também em grande forma, em 2011 ganhaste os Nacionais mas os Mundiais não correram tão bem. Desde então os resultados não têm aparecido…

Torna-se Campeão Nacional de Contrarrelógio

2014

Esperava ter tido resultados melhores mas sei que trabalhei bastante. No final faltou qualquer coisa, pois tinha a intenção de ficar no top10. Sei que tenho ainda alguns anos de evolução e vou trabalhar para isso. Para chegar ao top10, preciso de retirar entre 9 a 10 segundos ao meu melhor tempo e isso faz muita diferença. Não tens a típica fisionomia de um contrarrelogista (entroncado e com bastante massa muscular). Sentes que isso influencia a tua prestação? Eu tenho de continuar a trabalhar certos aspetos. Em contrarrelógios planos longos tenho mais dificuldades do que em terrenos acidentados. Em terrenos duros a minha prestação é sempre muito melhor. Estás a preparar-te para ter um desempenho melhor nas provas de uma semana? 

Passa a representar a Lampre/Merida

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treino :: Como evitar lesões

Alongamentos dinâmicos

Existe uma panóplia de técnicas de alongamento e todas elas têm a sua validade e são benéficas. No entanto, para delas se retirar dividendos, é necessário que sejam executadas corretamente e que estejam de acordo com as metas que pretende alcançar. Texto: Pedro Maia Fotografia: Rui Botas

OS EXERCÍCIOS Os alongamentos dinâmicos revelam-se como uma técnica de alongamento/ mobilidade que tem uma enorme vantagem, especialmente quando efetuada no início dos treinos de ginásio e quando adaptada a um desporto específico. Nos alongamentos dinâmicos vamos usar a força produzida por um músculo (ou grupo muscular) e o “balanço” corporal, a fim de levarmos a articulação até à sua amplitude completa. Para além de produzirem um aumento da temperatura corporal, estes movimentos vão servir de ensaio, e vão preparar o corpo para os movimentos que vão ser executados na atividade física que vamos fazer de seguida. Como tal, são um excelente veículo para prevenir a suscetibilidade de lesão (que está sempre presente quando nos movimentamos de uma forma mais intensa). Assim sendo, devemos fazer uma série de 10 repetições de cada exercício, de uma forma controlada, com baixa intensidade e sem descanso entre eles. Tenha o cuidado de manter uma boa postura e controle a amplitude dos movimentos. Se for iniciado - ou nunca tiver feito este género de alongamentos -, procure a ajuda de um profissional e seja cuidadoso, pois são movimentos que requerem um maior cuidado. À medida que os exercícios forem ficando mais fáceis, aumente a velocidade. Nas primeiras repetições faça movimentos menos amplos e vá aumentando a amplitude gradualmente.

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"Movimentos corretos irão ajudar a prevenir lesões"

lenhador

LENHADOR Benefícios: este é um movimento multiarticular, que produz um alongamento dinâmico em todo o corpo, promovendo um aumento funcional da amplitude de movimento nas coxas, ancas, região lombar e ombros. Preparação: preservando uma boa postura, leve as omoplatas para trás e descontraia os ombros. Mantenha a região abdominal ativada e a coluna em posição neutra. Coloque os pés afastados com a distância da largura dos ombros e apontados para a frente. Segure numa bola medicinal ou num haltere com as duas mãos e coloque-as ao nível da pélvis. Movimento: comece com uma carga que lhe seja confortável e aperfeiçoe o movimento antes de adicionar mais peso. Faça um agachamento com a carga entre pernas e depois eleve os braços acima dos ombros, ao mesmo tempo que faz a extensão dos joelhos e de todo o corpo. Variações: podemos fazer o movimento em diagonal, trazendo a carga de baixo para cima e de um lado para o outro. Há ainda a possibilidade de realizarmos uma rotação, mantendo a carga paralela ao solo, enquanto rodamos de um lado para o outro.

ELEVAÇÕES DE JOELHO Benefícios: tem como meta primordial aquecer a região inferior do corpo, assim como desafiar o “CORE” e o equilíbrio. É excelente para aumentar a estabilidade funcional das ancas, joelhos, tornozelos e região abdominal. Preparação: mantendo uma boa postura, levando as omoplatas para trás e descontraindo os ombros, mantenha a região abdominal ativada e a coluna em posição neutra. Movimento: dê um passo em frente e traga o joelho até ao peito. No pé de apoio eleve o calcanhar, até ficar no “bico” do pé. Variações: Pode fazer uma variação, rodando a anca externamente.

Benefícios: tem como principal objetivo o aquecimento da região inferior do corpo e, simultaneamente, desafiar o equilíbrio e trabalhar o “CORE”. É um movimento que aumenta a estabilidade funcional nas ancas, joelhos, tornozelos e abdominais. Preparação: mantenha o corpo com uma boa postura, levando as omoplatas para trás e descontraindo os ombros. Mantenha a região abdominal ativada e a coluna em posição neutra.

LUNGE PARA TRÁS COM ROTAÇÃO Benefícios: tem como primeiro objetivo aquecer a região inferior do corpo, assim como desafiar o “CORE” e o equilíbrio. Alonga dinamicamente os flexores das ancas e aumenta a estabilidade funcional das ancas, joelhos, tornozelos e região abdominal. Preparação: mantendo uma boa postura, levando as omoplatas para trás e descontraindo os ombros, mantenha a região abdominal ativada e a coluna em posição neutra. Movimento: com os pés afastados à distância da largura das ancas, dê um passo longo para trás, eleve os braços acima dos ombros e rode o tronco para o lado da perna que está à frente.

Plano Frontal: neste movimento o passo é para o lado, mantendo os pés apontados para a frente e o joelho alinhado com o segundo dedo do pé. Volte à posição inicial e repita com a outra perna.

LUNGE EM VÁRIOS PLANOS

Movimentos Plano Sagital: com os pés afastados (com a distância da largura das ancas), dê um passo longo para trás. Mantenha o joelho da perna que está à frente alinhado com a ponta do pé, e vá só até aos 90º de flexão. Volte depois à posição inicial e repita com a outra perna.

lunge

Plano Transversal: aqui o passo é feito em diagonal, evitando a todo o custo qualquer movimento de rotação do joelho, mantendo-o sempre alinhado com a ponta do pé. junho / julho 2014

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competição

:: Balanço da época

Mamma

Mia!

Nairo Quintana ou, porventura, "Kingtana". Talvez, este seja o melhor cognome para apelidar o jovem colombiano, tal foi a qualidade da performance que aquele corredor evidenciou ao longo da Volta a Itália. O ciclista da Movistar, apontado por muitos como o favorito número um à partida, não defraudou as expectativas dos fãs e entrou para a restrita elite de vencedores de uma das três Grandes Voltas. Texto: Fernando Lebre e Magda Ribeiro Fotos: RCS Sport e UVP-FPC

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a temporada transata ameaçou no Tour; este ano confirmou no Giro. Com muita classe e um inegável poderio na alta montanha, o colombiano Nairo Quintana (Movistar) voltou a dar uma inequívoca demonstração da sua valia e venceu a Volta a Itália, entrando assim no restrito lote de ciclistas que têm a felicidade de inscrever o seu nome na galeria de vencedores de uma das três Grandes Voltas. Embora não escapando a alguma polémica, acerca de uma possível neutralização na descida do Stelvio, numa das principais jornadas montanhosas da prova, o certo é que Quintana voltou a demonstrar, sem apelo nem agravo, os seus dotes de ímpar trepador e justificou na plenitude o favoritismo que muitos lhe atribuíam aquando do “tiro” de partida na cidade de Belfast. Esta edição da competição rainha do ciclismo transalpino será de boa memória particularmente para o

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povo colombiano, que viu Quintana e o seu compatriota Rigoberto Uran (Omega Pharma/Quick Step) conquistarem uma festejada “dobradinha”, ao alcançarem os dois mais importantes lugares da pauta classificativa. Embora nomes históricos do ciclismo italiano como Franco Pellizotti (Androni), Ivan Basso (Cannondale) ou Michele Scarponi (Astana) já não possuam capacidades para lutar pelo triunfo final como outrora, o certo é que também os adeptos italianos têm fundamentados motivos de contentamento, pois o Giro deste ano serviu de palco à consagração de Fabio Aru (Astana). Tendo chegado à prova como uma promessa a ter em linha de conta, o jovem corredor transalpino despediu-se da competição com estatuto de estrela, fruto do brilhante terceiro lugar final e de uma extraordinária capacidade de abnegação que vale a pena enfatizar. Realce ainda para o tom revigorado com que o ciclismo francês se

apresentou por terras italianas. O quarto lugar final de Pierre Rolland (Europcar) e o quinto posto de Domenico Pozzovivo da formação gaulesa AG2R foram o reflexo lógico do facto de estes terem sido dois dos principais animadores da corrida italiana, ao passo que o triunfo de Nacer Bouhanni (FDJ) na classificação dos pontos o transformou em outro dos nomes incontornáveis desta corrida. Realce ainda para o bom desempenho evidenciado por André Cardoso (Garmin/ Sharp). O único embaixador lusitano na primeira das três Grandes Voltas do ano fechou a sua participação com um meritório 20.º posto. No ar, no entanto, ficou ainda uma pertinente questão: até onde poderia ter chegado o corredor português, assim como o seu chefe de fila Ryder Hesjedal (Garmin/Sharp), não fora o infortúnio que tocou àquela equipa no contrarrelógio coletivo que abriu a competição?


OS "EMIGRANTES" Fazendo dos palcos internacionais o seu local de trabalho, os "nossos" emigrantes estiveram igualmente em evidência. André Cardoso (Garmin/ Sharp) foi 4.º classificado no GP Miguel Indurain, clássica montanhosa de 187 km vencida pelo espanhol Alejandro Valverde (Movistar). Igualmente muito perto do pódio esteve Tiago Machado, que foi 4.º posicionado na Volta à Califórnia, a 2m02s do vencedor, o britânico Bradley Wiggins (Sky). O ciclista famalicense da Netapp/Endura já havia "cheirado" o pódio no Giro del Trentino, tendo andado na terceira posição mas terminado a prova no 6.º lugar da pauta classificativa (vencida pelo australiano Cadel Evans, da BMC), a apenas a 6 segundos do pódio. E qual foi o grande destaque destes últimos dois meses para o ciclismo luso? Como não podia deixar de ser o terceiro lugar do Campeão do Mundo Rui Costa (Lampre/Merida) na Volta à Romandia, um feito que obtém... pela terceira vez consecutiva. Esta prova suíça, do circuito WorldTour, foi conquistada pelo britânico Christopher Froome (Sky).

OUTRAS FIGURAS Para além dos homens que dominaram os lugares cimeiros da luta pela camisola rosa, espaço ainda houve para que outros ciclistas fossem cabeças de cartaz deste Giro. Um dos nomes mais em voga foi Julian Arredondo (Trek). Não defraudando o orgulho colombiano, este corredor seria uma das figuras da corrida ao atingir o estatuto de “rei” dos trepadores, triunfando igualmente no Prémio da Combatividade. Ao nível das demais classificações, Nairo Quintana aliaria a conquista da camisola da Juventude à vitória na geral individual. BANDEIRA LUSA HASTEADA! A escassez de provas em território nacional conduziu as equipas lusas aos palcos internacionais. Em Marrocos, a formação de Tavira venceu cinco tiradas, através de Manuel Cardoso (4) e Daniel Mestre. Por terras de "nuestros hermanos", Eduard Prades (OFM/Quinta

da Lixa), alcançou a quarta posição da 60.ª Klasika Primavera de Amorebieta (no top-10 esteve ainda Joni Brandão da Efapel/Glassdrive, 8.º à chegada). Já na Volta a la Rioja, a equipa do Louletano/ Dunas Douradas conseguiu colocar dois atletas entre os 10 primeiros (Vicente de Mateos foi 4.º e Jorge Montenegro foi 6.º). O melhor português foi Frederico Figueiredo (Radio Popular/Boavista), na 14.ª posição. Por sua vez, uma forte armada nacional marcou presença na Volta a Castela e Leão. O melhor posicionado foi Edgar Pinto (LA Alumínios/Antarte), 7.º classificado na geral final. No top10 desta corrida castelhana constariam ainda mais dois ciclistas lusos: Frederico Figueiredo (Rádio Popular/Boavista) foi 8.º e António Carvalho (LA Alumínios/ Antarte) chegou ao final no 9.º posto. De realçar que na derradeira etapa da prova Sérgio Sousa (Efapel/Glassdrive) arrebatou a 2.ª posição, a 47 segundos do vencedor.

Machado foi quarto classificado na Califórnia

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