Specializedworksbook2015

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2015


A A R ON GW I N N S A B E O Q U E É P RECI S O PA R A S E S E R U M C A MPE Ã O.

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S-WORKS 2015 / CUSTE O QUE CUSTAR

I N TRO DUÇÃO 04 LI D E RANÇA 18 BALANÇO

40

S ACRIF ÍCIO 5 0 S OFRIMENTO 5 8 I NSPIRAÇÃO 62 COLEÇÃO DE EST RADA

72

COLEÇÃO DE T RIAT LO

88

COLEÇÃO DE CRO SS CO UNT RY

94

COLEÇÃO DE T RAIL

104

COLEÇÃO DE DOWNHIL L

112


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CUSTE O QUE CUSTAR Ouvimos isto muitas vezes, mas o que significa realmente? É ficar a trabalhar até tarde no escritório a fazer simulações 3D em CAD até a equipa da limpeza te expulsar? Será que é seguir na roda dos ciclistas da Omega Pharma – Quick Step a pedalar com a língua de fora e as pernas a latejar para receber feedback sobre as suas novas bicicletas? Ou passar horas à chuva, durante a corrida, a segurar um par de rodas supelentes com as meias molhadas e um termo de café vazio. Independentemente de como é definido, é o que alimenta o S-Works. É a motivação que nos leva a desafiar os limites da performance ao mais alto nível. Claro que por vezes esquecemo-nos de “tomar banho” ou faltamos ao jantar “acidentalmente” porque estamos demasiado focados no trabalho. Mas ok, é para isso que temos o Lanche Grátis à Sexta e os duches no escritório, não é?


HÁ P OR A Í PA R A LE LOS ?

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Há coisas que só aprendemos competindo. Como por exemplo evitar comer rolos de queijo e fiambre fritos no meio de uma corrida. Ou que duas camadas de fita de guiador no Paris-Roubaix pode fazer a diferença entre conseguir segurar um copo de cerveja no final, ou não. A certificação da qualidade S-Works é feita nas maiores corridas do mundo. Trabalhamos muito próximo com alguns dos melhores atletas para garantir que eles têm o melhor equipamento possível para a hora da verdade.


MAIS M O S Q UI TO S N A B O C A = M A IS PROTEÍNA = MAIS POTÊNCIA .

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T R OY B R OS N A N V E N CE A SU A P R I ME I R A TA ÇA D O MU N D O D E D OW N HI L L D E E L I T E E M FORT W I L L I A M, ES CÓCI A .

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TÉCNIC O S ESPEC I ALI STA S D E B ODY G EOME TRY FA ZEM TESTES PAR A D E T E RMINAR SE A C AMIS OL A AMARE L A FIC A BE M COM O TOM DE PE LE DE VIN C E NZO N I B A LI .

13

Este programa da Specialized tem como objetivo dotar todos os atletas Specialized com as melhores ferramentas para atingir a máxima performance. Desde as sessões de Body Geometry Fit até aos testes no Túnel de Vento de Morgan Hill, todo e qualquer benefício, por pequeno que seja, representa uma vantagem. Ao longo do ano passado, Vincenzo Nibali trabalhou com conjunto com a equipa S-Racing para aperfeiçoar a sua posição de contrarrelógio e, ao mesmo tempo, ajudar a desenvolver novos equipamentos – depois venceu o Tour de France. LOL, que coincidência…


A EQ U I PA OMEG A P HA R MA – Q U I CK ST E P A D OTA A FOR MA MA I S A E R OD I N Â MI C A PA R A CHEG A R E M P R I ME I R O AO B A R .

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Q U E M S E PE I D OU ?

17

T R OY BR O SN AN N E M TO C A NOS TR AV ÕES EM M ERIB EL, F R ANÇA .

C O U N T L E S S M I L E S O F PA I N A N D S U F F E R I N G ; M U D , S W E AT A N D T E A R S B A N I S H E D B Y A S I N G L E E M B R A C E .


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CUSTE O QUE CUSTAR:

LIDERANÇA SE COSTUMAVAS VER REVISTAS DE BTT HÁ 20 ANOS, CERTAMENTE CONHECES ERIC CARTER. “EC”, que é como é conhecido, é um membro da BMX Hall of Fame, e

problemas longe. Pessoalmente canalizo a energia positiva de todas as

mudou-se para a competição de mountain bike em meados dos anos

pessoas que passam pelo nosso padock a ver as bicicletas e os atletas,

90. Rapidamente deu nas vistas nos mundiais de Downhill e Dual Slalom

e dos meus colegas de programa para entusiasmar todos os que me

graças à sua perícia para saltar, curvar em alta velocidade e também

rodeiam.

sprintar. Apesar da sua carreira no BMX ter sido cheia de sucessos, foi no mountain bike que “EC” deixou a sua influência com múltiplos títulos

“O maior contributo que posso dar aos nossos pilotos é a minha

nacionais e mundiais. Tal como todos os atletas sabem, o período de

experiência e conhecimento estando com eles na linha de partida. Nas

sucesso em competição é muitas vezes influenciado por fatores externos

provas da Taça do Mundo passo o dia na pista. Depois das inscrições dos

e não depende apenas da vontade de vencer. Carter, agora com 44 anos,

pilotos, estou sempre na colina a analisar o percurso, a ver as melhores

ainda não pendurou a bicicleta, continua a competir como hobbie, mas a

trajetórias, os outros pilotos, a ver como se comportam as suspensões

sua atividade principal é com a Specialized Racing Factory Downhill Team

dos nossos atletas, e a unir todos esses fatores para uma descida

onde aplica os seus conhecimentos de preparação física.

perfeita. Costumo filmar tudo isto para a equipa, em conjunto, analisar ao fim do dia. Dou especial atenção às linhas de trajetória, aos tempos de

“Durante a minha carreira competitiva sempre apreciei o trabalho em

cada secção, procuro as opções mais rápidas e analiso todos os riscos.

redor das equipas, a logística, e o entendimento necessário para lidar

Durante as sessões de treinos estou sempre com contacto via rádio

com a pressão que envolve os atletas. As melhores equipas tratavam de

com a boxes, e estou a par das alterações que as bicicletas precisam ou

nós, atletas, e de todos os pormenores sem terem de perguntar o que

alguma coisa relacionada com os pilotos e os mecânicos.

era preciso fazer. Por isso, quando integrei o programa Specialized dei o meu melhor para antecipar as necessidades dos pilotos, e à medida

“Uma equipa de competição da Taça do Mundo tem muitos componentes,

que o fim-de-semana da corrida se aproxima, trato de tudo o que é

e o sucesso é baseado no trabalho conjunto da equipa. Quis trabalhar

necessário antes que eles peçam. Há coisas que eu gostava que eles não

com os meus dois mecânicos, o John Hall e o John Canepa, porque tinha

gostam, e há coisas que eles me pedem que nunca me tinham passado

a certeza de que a personalidade deles era compatível com os pilotos.

pela cabeça. Temos aprendido imenso uns com os outros e somos uma

Pensei que a personalidade do Hall e a proximidade com o Aaron na

equipa muito unida e as coisas fluem muito bem. Além do lado analítico

Califórnia do sul era perfeita, e que tinha a sensação de que o meu antigo

das corridas, tento manter nas boxes uma atmosfera positiva com os

mecânico, Canepa, se daria muito bem com o Troy – e, so far, so good!


“Seria mais fácil para mim passar o dia nas boxes a dar apertos de mão, e no fim do dia perguntar simplesmente aos pilotos como correu. Teria o mesmo ordenado, mas não teria os mesmos resultados.”

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– Eric Carter “A minha relação com cada um deles é bem diferente. O Troy é muito direto

das trajetórias, mas nunca me pergunta o que penso. Ele vê, analisa, e o

e vejo que gosta das minhas opiniões e sugestões. Sinto que tive uma

processamento é todo na sua mente. Acho que ambos diriam que temos

influência muito positiva esta época, aproveitou muito da minha experiência

uma excelente relação e que beneficiam da minha experiência.

e ouviu as minhas dicas. Na pista, é comum parar junto a mim nas sessões de treino para discutirmos as linhas de trajetória. No fim do dia, no hotel,

Os resultados têm demonstrado que a relação está a funcionar bem.

bate à porta do meu quarto para analisarmos questões relacionadas com a

“Eles, no ano passado, estavam a descer rápido, mas obtinham muitos

pista, com a regulação da bicicleta e outros pormenores. Troy gosta de falar

quartos, quintos e sextos lugares. Este ano, estão ambos a ganhar etapas

sobre o que se passa na pista ao longo de todo o fim-de-semana.

da Taça do Mundo e estão no topo do Ranking Mundial. Eu acho que é o resultado do esforço conjunto da equipa. Na realidade, sou da opinião de

“Veja-se por exemplo a primeira vitória desta época na Taça do Mundo de

que qualquer um dos pilotos do Top Ten tem a capacidade para ganhar

Elite em Fort William. Eu via claramente, mesmo antes de ele subir para

estas corridas, e o um porcento que faz a diferença é o fator mental e a

a primeira descida de preparação, que estava a sentir-se enquadrado,

confiança. Penso que é muito importante sermos positivos e transmitir isso

confortável, muito confiante e preparado. Depois dos treinos e da

a estes pilotos quando eles estão no pico do stress. É o que faz a diferença

qualificação cronometrada tentei mantê-lo focado, na sua zona, na sua

entre chegar, ou não chegar, ao pódio. Eu gosto de ganhar, e dou o meu

bolha, e acabou por fazer pela primeira vez na sua carreira o melhor tempo

máximo para os pilotos e para todos os outros elementos do programa.

da qualificação. Bem, foi fantástico, mas trouxe uma carga emocional

Transmito a minha motivação e tenho expectativas muito elevadas de

acrescida, pois significava que no dia da corrida ele seria o último homem na

todos os envolvidos. Quero vencer corridas, e já não consigo fazê-lo aos

montanha. Ia ficar sozinho na linha de partida, apenas com o seu mecânico

comandos de uma bicicleta, por isso venço através deles. E na equipa

para lhe dar umas últimas palavras de apoio. Antes dele arrancar ainda tentei

todos agem em conformidade.

dizer para se focar nas linhas que usou na qualificação e para aproveitar as oportunidade de sprint. Para ter cuidado com as saídas excessivas das

“Na minha era, havia apenas um punhado de pilotos que tinham a mesma

curvas e das secções técnicas, porque não havia necessidade disso. Nós

capacidade estratégica que eu para preparar as corridas – analisar as

tínhamos visto tudo nos nossos vídeos – ele era o mais rápido de todos

trajetórias, ajustar as suspensões, e tratar de todos os pequenos detalhes.

naquelas secções, por isso bastava sprintar bem sempre que conseguisse

Estas qualidades não me são exclusivas, mas sinto-me muito motivado

e repetir a pista como tinha feito no dia anterior – manter-se na bolha. Troy

e excitado por partilhar estes conhecimentos com estes atletas que

fez isso mesmo, conquistou a sua primeira vitória e todos ficámos muito

acreditam que conseguem vencer.

orgulhosos – foi o piloto mais rápido do mundo naquele dia. “Para ser honesto, e enquanto Team Manager, eu não tenho a obrigação “Aaron, tal como eu, é da Califórnia do Sul, e somos amigos de há muitos

de subir a montanha, estudar linhas de trajetória, nem ajudar a definir

anos, antes mesmo de ser o seu Team Manager. Ele tem uma abordagem

estratégias de corrida. A minha função não inclui isso. Faço-o porque sei

diferente à corrida. Ele já foi por duas vezes Campeão da Taça do Mundo,

que para um piloto é uma ajuda preciosa. Seria mais fácil para mim passar o

e por isso joga com as cartas mais coladas ao peito – não abre tanto o jogo.

dia nas boxes a dar apertos de mão, e no fim do dia perguntar simplesmente

Tem uma forma muito própria de dar a entender que gosta dos aspetos

aos pilotos como correu. Teria o mesmo ordenado, mas acho que não teria

que trago para a equipa. Ele também gosta de ver os filmes que faço

os mesmos resultados.”

S PECI A L I Z E D R ACI N G D OW N HI L L : ( DA ES Q U E R DA PA R A A D I RE I TA) J OHN HA L L , A A R ON GW I N , T R OY B R OS N A N , E R I C C A RT E R , E J OHN C A N E PA .


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S E G OSTA S A S S I M TA N TO DA MI N HA B I CI CLE TA , P ORQ U E N Ã O T E C A S A S COM E L A?


TU CAIS TU RECUPERAS E NA PRÓXIMA DÁS-LHE MAIS FORTE.

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N EST E J OG O A ME MÓR I A CU RTA VA LE O S EU PES O E M OU R O.

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O S Q U IL Ó M E T R O S S O LI T Á R IOS TORMAM O ESÍRI TO MAIS FORTE .


O M E DA L H A D E O UR O JA R O S LAV KULHAV Y EM M UUUV IMENTO.

29

K AT E COU RT N E Y D ES A F I A A G R AV I DA D E N O CI R CU I TO DA TA ÇA D O MU N D O D E XC.


31

CHRISTOPH ST R A SSE R, C AMPE ÃO DA R ACE AC ROSS AME RIC A 2 0 14, 4.8 60 K M E M 7 D I A S , 15 H O R A S E 5 6 M I N U TO S .

EST Á P R OVA D O Q U E T E R U N HA S CU I DA DA S RESU LTA E M 4 5% ME L HOR I MP RES S Ã O.


BROSNAN PA RT I LH A O C H A M PA N H E DA A LTA ES FE R A D O D OW N H I LL.

33

RE B ECC A RU S CH, R A I N HA DA D OR , E M MOD O A N F Í B I O.


RE F LEXO DA S F I N A I S DA TAÇ A D O M UNDO EM MERIB EL, FR ANÇA .

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TOURO ENRAIVECIDO. CHECK

RECONHECIMENTO MINUCIOSO. CHECK

DOMÍNIO NO CONTR ARRELÓGIO. CHECK


LEVA- N O S AO T EU LÍ D E R .

39

A S MU L HE RES D O PE LOT Ã O P R OF I S S I ON A L I N VA D E M A S RU A S D E PA R I S .


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CUSTE O QUE CUSTAR:

BALANÇO VÊ O HOMEM. ALI ESTÁ ELE SENTADO COM OS OLHOS FIXOS NO CHÃO JUNTO AOS PÉS. Cabeça baixa, ombros levemente caídos, e as mãos em repouso, a mão

vazio. Foi uma crise existencial em Cottonwood Falls,” disse ele a rir-se.

esquerda a segurar uma lata colorida em forma de bala. De quando em

Mas mesmo a sentir-se esgotado, Dan levantou-se da cadeira. Continuou

quando bebe um trago.

o percurso e tirou quase meia hora ao tempo do ano anterior, (alcançando o sétimo lugar nesse ano no mais rápido Kanza de que há memória). Mas

Este homem não é um atleta profissional. Ele não é pago para se submeter à

isto levanta uma questão. O que é que leva um atleta de fundo – um pai, um

brutalidade da corrida. E a Dirty Kanza 200 é mesmo brutal. É uma agressão

marido, um tipo que tem um trabalho diário, um negócio para gerir – o que é

física horrenda sobre a mente, o corpo, e a bicicleta. Duzentos quilómetros

que o faz regressar, ano após ano, a uma competição que não tem prémio

com ventos quentes, poeiras entranhantes e cascalho implacável nas

monetário, que não tem outra recompensa além da memória de vencer o sol,

montanhas Flint do Kansas. Ele é um auto-proclamado “atleta de fundo”.

a dor, o desafio e o risco de cair na gravilha. O que é que o faz levantar-se

Ele não tem a obrigação de competir aqui, e no entanto…

da cadeira?

Este homem olha para o chão absorvido pelos seus pensamentos. Ele é Dan

Para este atleta de fundo, treinar para algo como o Dirty Kanza é uma coisa

Hughes, vencedor por quatro vezes do Dirty Kanza, e está a quebrar uma

complexa.

regra que ele próprio estabeleceu sobre as pausas para descanço. “É muito difícil a gestão dos treinos com aquilo que é realmente mais importante “Nunca, em caso algum, te sentes.”

– a família. Acho que a família, a minha loja de bicicletas (Dan e a mulher são os proprietários da loja Sunflower Outdoor and Bike na cidade de Lawrence há 13

Mais tarde, ao ver esta fotografia, perguntaram-lhe a razão pela qual se

anos) e os meus treinos de bicicleta são as três únicas coisas a que me dedico

sentou desta vez, porque ele próprio proibia a presença de cadeiras nas

na vida. Conseguir fazer isto é um difícil exercício de equilíbrio.”

zonas de descanço. A sua resposta foi simples e honesta – não houve rodeios.

“Estou constantemente a fazer aquilo que chamo de ‘voltas parvas’. É do género: acordar às quatro da manhã, tomar o pequeno-almoço, pedalar até

“Era sentar ou cair. E o assento da cadeira estava mais perto do que o chão,”

à loja onde largo o saco, treinar depois durante 160 quilómetros.

disse ele. Voltar à loja antes das 11h30 para fazer o meu trabalho, ir buscar os miúdos “Estava completamente nas lonas. Em todos os anos em que competi no Kanza,

à escola, fazer o jantar. Sempre rotinas deste género. É por isso que lhe

nunca me tinha sentido tão perto de desistir. Nunca. Sentia-me completamente

chamo ‘voltas parvas’.


“Mas enfim,” continua ele. “Foi para isso que te inscreveste, não foi?”

– Dan Hughes

É uma rotina de treino intenso com imensas outras tarefas pelo meio. Já

negros. Coisas simples como um punhado de M&Ms, ou uma meia gelada

perdi a conta às vezes que vou visitar familiares de bicicleta apenas porque

pelas costas a baixo na zona de descanso, são como prémios da lotaria. É

preciso de fazer quilómetros. É já um procedimento padrão. Se alguém me

algo que parece muito estranho às outras pessoas. É muito difícil explicar a

convida para um evento de família, já sabe que vou usar o duche, porque eu

uma pessoa a sensação FANTÁSTICA de sentir uma perna de uns colans

vou de bicicleta até lá.”

cheia de gelo a escorregar pelas costas e a pingar para o traseiro. A menos

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que essa pessoa seja também uma atleta, nunca entenderá o que dizemos. O equilíbrio entre a vontade de competir e o desejo de me manter em prova

Estas pequenas coisas, nesses momentos, têm uma enorme importância e

é uma batalha entre a mente e o corpor. É um fluxo de jogos mentais, e foi

impacto em nós pelas propriedades revitalizadoras.”

precisamente esse desafio que atraiu Dan para as corridas de endurance. E isto traz-nos de volta à cadeira. Àquele homem sentado na cadeira. À crise “Há alturas em que tudo está em harmonia – a bicicleta funciona na

existencial do Dan em Cottonwood Falls.

perfeição, as pernas estão com força, e tudo me impulsiona para a frente – mas 45 quilómetros depois posso encontrar-me num fosso sombrio onde só

“Naquele momento,” diz ele, “eu estava simplesmente a contemplar a vida.

desejo bater com força num calhau e partir a bicicleta para ter uma desculpa

Esgotado e muito perto de desistir. Depois olhei em meu redor e pensei: Tens

legítima para desistir. Mas depois, essa sensação também não dura para

de terminar isto. Porque se não terminares, então todos os sacrifícios que

sempre. Numa corrida muito longa, passamos por altos e baixos. É algo que

tu e a tua família fizeram serão em vão. Tens de terminar porque senão vais

não se vive numa corrida curta.”

sentir-te mal por desperdiçares tempo em que podias ser um melhor pai, um melhor marido e um melhor homem de negócios.”

“No Kanza, eu encontro sempre a minha ‘cruz’ entre os 200 e os 250 quilómetros. É o ponto a partir do qual a fadiga já é muita e ainda estamos

Mais tarde falámos sobre o Kanza e a influência que tem no Dan. Falámos

muito longe de terminar. grande fadiga e ainda falta muito para terminar.

sobre o que o leva a competir, e porque o continuará a fazer – ele participou

Entre os 200 e os 250 quilómetros passa-me pela cabeça imensas

já nove vezes no Kanza e terminou sete – mas principalmente sobre o que

desculpas comoventes.”

significa para ele ser um atleta de fundo.

E é nessa altura que começam os jogos mentais. Por exemplo:

“Sabes,” diz ele. “Alguns atletas têm dons inatos. Têm características genéticas

“É muito mau quando estendes pela quarta vez a mão ao bidão (vazio) e

notáveis. Eu não me sinto assim. Não me parece que tenha algum dom especial,

pensas: será que vi mal da última vez? Talvez ainda hajam umas gotinhas

e não faço nada de especial com a bicicleta sobre gravilha. Sinto que sou uma

de água bem no fundo. Se calhar, o bidão que acabou foi o outro, este ainda

pessoa insistente, e que por fazer tantas e tantas vezes este tipo de prova,

deve ter um pouco de água. E repetes. E por fim desapertas mesmo a tampa

lentamente vou aprendendo com os erros. Sinto também que tenho tido sorte,

do bidão e olhas para o fundo à procura de humidade nas paredes laterais…”

e tive sorte muitas vezes. E é isso. É isso que é um atleta de fundo. É alguém que não tem nenhum talento natural especial, mas que se esforça como o caraças.”

Desanimas. O estado vazio do bidão tinge o teu tom de pele. Vê o homem. Ali está ele sentado em pacífica contemplação. O ar está quente “Mas enfim,” continua ele. “Foi para isso que te inscreveste, não foi? Era isso

e saturado, os seus braços e pernas brilhantes estão sujos e esgotados, e

que querias fazer mesmo sabendo de antemão que ias passar por períodos

recuperam do esforço extremo. O que o corpo esconde naquelo momento,

negros. Mas saber que os períodos negros são seguidos por momentos

a expressão facial revela. Este atleta de fundo vai conseguir sempre sair do

bons ajudam-te a manter controladas as ‘vozes’ dentro tua cabeça.”

fosso, por mais fundo que seja, e enquanto o Kanza existir.

“E sabes que mais? A beleza da coisa está na recuperação dos momentos

“E adoro o Kanza,” diz Dan. “Eu tenho de regressar.”

L I N HA D E PA RT I DA D O D I RT Y K A NZ A 2 0 0. AQ U I N A S CE M MI L HA RES D E OL HA RES .


LEMBRASTE DAQUELA VEZ QUE COMPETIMOS

45

DENTRO DE UM GLOBO DE NEVE?


ANN EK K E B E E RT E N À C A Ç A D E U M A B OA FOTO PAR A OS POSTAIS DE N ATAL .

O Í D OLO D O F RE E R I D E DA R RE N B E R RECLOT H CE LE B R A 1 0 A N OS N A FA MÍ L I A S PECI A L I Z E D COM 4 S EGU N D OS E M SU S PE N S Ã O.

47


CH R ISTO PH S AUSE R MAT T EO T RE N T I N

49

PORCARIA ATÉ AO TUTANO


CUSTE O QUE CUSTAR:

SACRIFÍCIO É UM DESPORTO INDIVIDUAL PRATICADO POR EQUIPAS. O CICLISMO ENQUANTO DESPORTO POR EQUIPAS É UM POUCO CONFUSO PARA O ESPECTADOR OCASIONAL. Os prémios, o prestígio e a glória costumam ser apresentados como um feito

Faço sempre o meu trabalho de casa antes de Tour,” esclarece. “Eu preciso

de uma só pessoa, no entanto essa pessoa pertence a uma equipa. Porque

de ter a certeza de que vou conseguir fazer tudo o que é necessário para que

é que os outros ciclistas da equipa não tentam também a vitória? Porque se

Vincenzo tenha a colocação ideal nas alturas mais críticas.”

hão-de sacrificar vezes sem conta para que outro colega de equipa saboreie o brilho da vitória singular? É um enigma que existe desde que existem

O trabalho de um doméstico vai para além do ciclismo, pois tanto posso ter

corridas. No fundo, a vitória individual dos campeões seria impossível sem

a função de manter Nibali na cabeça do pelotão à chegada ao Tourmalet

o trabalho de equipa para os ajudarem. Chegar a Paris e vencer o Tour é

como evitar que ressone à noite. O Tour é sem dúvida o maior evento

impossível sem o sacrifício efetuado pelos outros oito colegas de equipa

desportivo individual do mundo. Ao longo de quase um mês, mais de 3500

ao longo de três semanas a pedalar ao lado do vencedor. Há apenas um

participantes com várias facetas viajam com o Tour de France, isto sem incluir

punhado de ciclistas no mundo capazes de vencer as grandes corridas

espectadores. Com esta estrutura tão pesada, o Tour parece por vezes um

de ciclismo sem ajuda. É preciso um talento excepcional em uma grande

circuito de viagem turístico. Todas as noites há um novo quarto de hotel, e

variedade de disciplinas para ganhar um Grand Tour. É por isso que só

é fundamental encontrar um companheiro que pode tornar esta realidade

poucos têm essa honra. No entanto, o apoio de uma equipa de ciclistas

transitória menos stressante. Alessandro Vanotti veio para a Astana ao

dedicados vale mais que todo o treino do mundo. Este é o reino dos heróis

mesmo tempo que Vincenzo exatamente por essa razão.

do desporto. Os guerreiros muitas vezes desconhecidos que ocupam as trincheiras dos quilómetros pedalados. O sacrifício altruísta daqueles que

“O Tour não se resume às etapas, é tudo o que acontece antes e depois

definem o que é o desporto de equipa – os aguadeiros ou domésticos.

também,” explica Vanotti. Lidar com os desafios mentais de uma corrida desta magnitude não é tarefa para um ciclista sozinho. “Como colega de

Michele Scarponi não é um doméstico típico. Este italiado de Filottrano que já

quarto de Vincenzo, eu estou ali para ajudar a aliviar qualquer stress ou medo

venceu o Giro d’Itália e o Tirreno-Adriático sabe algumas coisas sobre o que

de que ele possa ter.”

é preciso para vencer corridas – e grandes corridas. Com a especialização

M I C H E LE S C A R P O N I N O I N T E RVA LO D E H I D R ATA Ç Ã O DA ZO N A 6.

dos Grand Tours tornou-se praticamente obrigatório ter “super-domésticos”

O stress sobre os ciclistas do Tour é uma parte da corrida que raramente é

nas equipas. Scarponi veio para a formação da Astana para ajudar o chefe

vista. Conferências de imprensa, entrevistas com os média, obrigações com

de fila da equipa Vincenzo Nibali ao longo das três semanas de competição

os patrocinadores, reuniões de equipa, reconhecimentos do percurso… o

em França. “É uma corrida diferente de todas as outras,” explica Scarponi.

tempo que os ciclistas têm para se concentrarem na corrida e na recuperação

“É tão difícil e é tão importante.” Michele é um ciclista capaz de manter o

entre etapas parece diminuir em cada ano. Por isso, é fundamental ter uma

ritmo de Vincenzo nas montanhas onde deixar o líder de equipa sem apoio

estrutura de apoio que pode ajudar a filtrar essas tensões, deixando o chefe

pode ser catastrófico.

de fila preocupado apenas com a subida seguinte que aparece no horizonte.

51


“Uma vitória individual é um desejo secundário, mas claro que existe, o meu compromisso com a equipa e com o Vincenzo está sempre em primeiro.”

53

– Alessandro Vanotti

Pode ser difícil perceber porque é que grandes ciclistas como Vanotti e

funções dos ciclistas, as suas habilidades, capacidades e potenciais, é algo

Scarponi têm esta função especial. No fim de contas, ambos são atletas

que muitas equipas tentam, mas só algumas têm realmente sucesso.

profissionais que alcançaram um elevado nível de sucesso nas suas carreiras, sem dúvida por causa de seu instinto de ataque e vontade de

“Todos nós tentamos trabalhar em conjunto como uma máquina perfeita,”

vencer. No entanto, há um aspeto muito mais nobre no que diz respeito

explica Scarponi. Um grupo disciplinado e bem oleado tem ciclistas

ao papel de doméstico. O sacrifício é universal no ciclismo, todos sofrem

dispostos a fazer sacrifícios pelo bem comum da equipa. “Todas as outras

muito. No entanto, quando alguém sacrifica a sua própria ambição pessoal

equipas tentam fazer isto,” continua Scarponi. “Mas apenas algumas

para o bem comum da equipa, é estabelecida uma espécie de irmandade.

fazem um trabalho perfeito durante as três semanas.”

“Para mim, o facto de ter sido selecionado para fazer parte desta equipa já

Um doméstico tem que ser um ciclista atento, trabalhador e altruísta. Tem

me dá uma grande motivação,” explica Vanotti. Fazer parte de um grupo de

de ser o melhor exemplo de um perfeito colega de equipa. Um doméstico

elite de nove atletas que têm a oportunidade de participar no Tour é uma

garante a colocação do chefe de fila quando a corrida tem fases perigosas.

grande honra. Depois, pegar nesses nove ciclistas e tentar ganhar o Tour

Um doméstico dá uma das suas rodas se o chefe de fila tem um problema e

já é outra coisa inteiramente diferente. Alessandro não esconde as suas

não tem nenhum carro de apoio por perto. Um doméstico faz de psicólogo

ambições:

apaziguador quando o stress da corrida chega ao ponto de ebulição. Um

“Uma vitória individual é um desejo secundário, mas claro que existe, o meu

doméstico é um intérprete de emoções, traduzindo todas e quaisquer

compromisso com a equipa e com o Vincenzo está sempre em primeiro.”

nuances de tensão. E ainda mais importante, um doméstico de classe

Esta é uma atitude mais comum nos desportos de equipa.

mundial é alguém cujo altruísmo garante a máxima confiança dos demais

Existe poesia na decomposição das três semanas de um Grand Tour. Há

colegas. Isso é uma qualidade muito difícil de encontrar no desporto nos

colegas que podem ajudar a rolar nas etapas abertas, planas e por vezes

dias de hoje. E testemunhar algo assim é ainda mais inspirtador.

traiçoeiras. Há colegas que têm a capacidade quase sobrenatural para determinar se vale ou não a pena tentar anular fugas. Depois há colegas

E no final, todos os domésticos são atletas de alto nível como os outros.

que conseguem transportar 15 bidões com água nos seus jerseys e fazê-

Quando perguntamos a Alessandro Vanotti qual é a parte mais difícil da sua

los chegar aos outros companheiros com sede. Gerir todas estas diferentes

função, ele responde com um sorriso inónico: “Demasiadas entrevistas.”

A LES S A N D R O VA N OT T I TA MB É M T I R A FOTOS PA R A O P ORT F ÓL I O.


SE OS OLHOS Sテグ A JANELA PARA A ALMA , OS JOELHOS Sテグ O MAPA PARA A CARREIRA DOS CICLISTAS

O T E M P LO D O S O F R I M E N TO. 55


57

A COLE ÇÃ O D E F I TA S D E ME TA D O JA N F R OD E N O D Á A VOLTA A 4 C A MP OS D E F U T E B OL .


CUSTE O QUE CUSTAR:

SOFRIMENTO

59 “Esse é exatamente o objetivo final: chegar o mais morta possível.” – Ellen Van Dijk

O TEU PASSADO NÃO IMPORTA. O teu palmarés anterior, o teu potencial futuro, a o facto de seres atualmente

“É muito difícil explicar a dor e o que está a acontecer no interior do teu

Campeã do Mundo – nada disso importa. Tudo o que importa no momento

corpo,”diz Van Dijk, carinhosamente conhecida como “Animal” por causa

presente que vives é a tua capacidade real de sofrimento.

de sua enorme potência e velocidade brutal. É um nome que também faz

Sentes um enorme ardor nas pernas, as dúvidas gritam e baralham o

sentido quando se trata de sua capacidade de ignorar a dor e continuar a

interior da tua cabeça e uma dor escaldante invade os teu pulmões…

dar o máximo.

E uma voz nos teus ouvidos diz: “0.5 segundos.” Estás atrasada meio segundo. Vai. Vai. Dá-lhe com força, mais depressa,

“Há alturas em que tudo o que queremos fazer é simplesmente parar e

mais depressa.

sentar ao lado da bicicleta,” diz ela ao falar sobre os estados da dor no ITT. “Mas tu sabes que tens de ir mais depressa, mais depressa, mais depressa

O contrarrelógio individual é carinhosamente conhecido por todos como A

e tens de dar mais do teu corpo. Nunca te dás por vencida. Por muito que

Corrida da Verdade. E por uma boa razão. É uma prova onde não dá para

doa, sabes que vai doer ainda mais, e tens de continuar.”

fazer bluff. Não podes ir na roda dos teus companheiros. Nada disso. Tudo

“E tudo tem que doer. Quando cruzo a linha de chegada tenho sempre

depende de ti, da tua força.

vontade de deixar-me cair da bicicleta e ficar ali deitada cinco minutos. E esse é o objetivo: chegar o mais morta possível. E não são só as pernas que

E honestamente, é essa verdade que faz desta modalidade a favorita de

doem no final, tem de doer tudo. O truque está em não dar atenção à dor.”

Ellen Van Dijk’s, e tem conhecimento sobre isto, uma vez que é a Campeã Mundial ITT 2013.

É fácil de romantizar o Contrarrelógio. Dizer que é uma bela disciplina do

“É uma corrida tão pura,” diz ela. “Vence simplesmente quem é mais forte, e

ciclismo que se decompõe de forma simples nestes elementos: ciclista,

não há desculpas. Nas corridas de estrada ainda há o, “Ah, mas aconteceu-

bicicleta, estrada e relógio. Mas por debaixo desta ideia há sempre outra

me isto ou aquilo”, quando tentamos justificar quando não ganhamos. Mas

coisa intensa chamada dor. Ciclistas como Ellen Van Dijk ou Tony Martin

no contrarrelógio, tudo se resume a quem é mais rápido, quem tem mais

são exímios a encurralar a dor. Sabem usá-la em sua vantagem.

potência, quem é mais forte. É por isso que adoro esta modalidade.” “Eu não sei se conseguimos ao longo do tempo lidar melhor com a dor”, Mas apesar de todo o romantismo e pureza, não nos deixemos enganar. O

diz Ellen. “Mas acho que nos habituamos. O contrarrelógio é sinónimo de

contrarrelógio dói. E dói a valer. E porque é uma corrida da verdade, sem

sofrimento. Sofrimento ao máximo. Quanto mais resistirmos ao sofrimento,

jogo de equipa, sem ajuda nenhuma, só dependemos da nossa capacidade

mais rápido conseguimos ir. O mais importante é não pensar nisso. É duro,

de campartimentar a dor e lidar com o valente esforço. Temos de ser

mas é algo que pertence a esta modalidade.

capazes de ir ainda mais rápido quando o nosso corpo grita por descanço – por amor de Merckx, por favor pára. ELLEN “ T H E AN I M AL” VAN D I J K . C AM PEÃ DO MUNDO I T T 201 3.

Agora, mais rápido. Vai, mais depressa, mais depressa, mais depressa.


A A R ON GW I N , D U A S V EZ ES C A MPE Ã O D O MU N D O D E D H AOS COMA N D OS DA N OVA S-WOR K S D E MO 8.

61


63

CUSTE O QUE CUSTAR:

INSPIRAÇÃO POR VEZES TEMOS DE RECUAR PARA VER COMO DEVEMOS AVANÇAR. Possivelmente, Chuck Teixeira é a pessoa que conhecemos que mais sabe

“Eu acredito que os novos materiais permitem-nos conceber coisas que

sobre bicicletas. Durante os últimos 25 anos Chuck dedicou muito do seu

agora têm sucesso e que não tinham no passado devido a limitações

tempo a influenciar e a moldar a indústria do ciclismo como um todo, graças

técnicas.” A S-Works Allez é o exemplo perfeito disso. As bicicletas de

aos seus conhecimentos técnicos. Enquanto Engenheiro Sénior de Pesquisa

alumínio têm associado um estigma, claro que são incrivelmente rígidas

e Desenvolvimento na Specialized, a experiência de Chuck resultou em

e funcionais, mas a qualidade crua do comportamento que têm sempre

alguns dos projetos mais inovadores que revolucionaram a estrada e os

se revelou um fator negativo. O alumínio sempre teve um lugar especial

trilhos, incluindo a totalmente nova S-Works Allez.

no coração de Chuck, e é com pena que vê que este material nunca teve sucesso merecido, especialmente desde a introdução do carbono na

A inspiração surge de diferentes formas a diferentes pessoas. Algumas

indústria do ciclismo. “Acho que nessa altura a tecnologia era apenas uma

pessoas sentem um enorme fascínio pelas linhas elegantes de uma carroçaria

sombra do que é agora,” explica Chuck. “Sinto que se desperdiçou algo.”

estilizada de um carro. Outros encantam-se com as formas naturais de uma

Com isso em mente, Chuck formou equipa com o Especialista Criativo da

árvore. Há também quem adore transformar coisas do passado em ideias do

Specialized Chris D’Aluisio para remasterizar as bicicletas de alumínio. O

futuro. Para Chuck, todas estas coisas são verdade.

ponto de viragem para Chuck aconteceu quando Chris inventou a Tecnologia Smartweld D’Aluisio. É uma nova e revolucionária forma de soldar alumínio e

“Eu encontro inspiração em todos os desportos motorizados,” explica

despertou novamente o interesse de Chuck por este material.

Chuck. Ele é o proprietário de um dos mais impressionantes Mercury Sedan

“Quando vi pela primeira vez o Smartweld pensei comigo mesmo: ‘Uau,’”

de 1950 personalizados – o fabrico e personalização foi quase todo feito

explica. “Reconheci-o como algo realmente valioso, uma técnica que me

pelo próprio Chuck – e isso não é surpresa para ninguém. O Mercury de

permitia alcançar algo que não era possível no passado, porque é uma

Chuck é a representação perfeita da sua personalidade, única, original e

abordagem completamente diferente. “Esta nova tecnologia permite de

muito americana. O seu Mercury com chamas vermelhas é muito mais do

repente possibilidades intermináveis para o alumínio. Foi como se Chuck

que uma máquina de exposição, sempre que ele tem oportunidade leva-o

estivesse a trabalhar pela a primeira vez com alumínio. Definir agora alvos de

para as planícies salgadas para fazer testes de velocidade. É no fundo

comportamento vertical e funções especiais para os tubos em alumínio com

uma peça de arte funcional que tem uma performance tão boa como o seu

protocolos implícitos de engenharia passou a ser possível.

aspeto. Ele sempre encontrou uma saudável motivação na recuperação de relíquias do passado – mais do que com carros modernos.

O alumínio agora já não se comporta mais como alumínio.


65 “Eu acredito que os novos materiais permitem-nos conceber coisas que agora têm sucesso e que não tinham no passado devido a limitações técnicas.” – Chuck Teixeira

“Nós somos capazes de explorar todas estas novas possibilidades com

Então como é que Chuck perspetiva o futuro do ciclismo?

alumínio porque as pessoas estão de novo interessadas,“ continua Chuck. “É um material incrível e acho que ainda estamos longe de explotar todos os seus

“É fascinante explorar o desenvolvimento de novas bicicletas para certos

limites.”

tipos de ciclista,” explica Chuck. “Temos cada vez mais conhecimento sobre o comportamento e a reação das bicicletas sob os ciclistas, e isso permite-

Chuck está envolvido nesta indústria há muito tempo, e o seu entusiasmo é

nos desenvolver máquinas cada vez melhores.”

contagiante. Parte deste entusiasmo é alimentado por uma grande paixão pelo desporto. A outra parte é impulsionada por um desejo nunca saciado de

O entusiasmo de Chuck pelos novos projetos é absolutamente contagiante.

perceber o porquê de todas as coisas. “Tenho sempre mais perguntas do que

Independentemente do que o futuro do ciclismo nos reserva, uma coisa é

respostas,” lamenta Chuck. “Devemos por isso manter os olhos sempre abertos,

certa, Chuch está na vanguarda do desenvolvimento e tem sempre uma

para nunca deixar escapar as coisas novas que cruzam o nosso caminho.”

novidade bombástica na manga.

U M HOME M N O S EU E LE ME N TO.


67

HOWA R D G R OT TS PA S S A P OR CI MA D O R I O E PE L A F LORESTA .


APENA S M A IS UM D I A D E T R AB A LHO PAR A R A FAL MA JK A .

69 EST U D O S REV E LA M Q U E T-S HI RTS T I N G I DA S D E T U B A R Ã O ME L HOR A M O A MB I E N T E DA S FESTA S .


71

MA N , B OA D E R R A PAG E M.


COLEÇÃO DE ESTR ADA

Se procuras o cruzamento entre “fantástico” e “extremamente bonito”, é aqui. A linha de produtos S-Works, além da sua estética atraente, oferece um nível de performance superior que garante que te podes focar no mais importante – ir o mais depressa possível. Por falar em depressa, o novo capacete S-Works TT é um acessório que desafia o vento e que oferece a melhor vantagem aerodinâmica contra o relógio. Outra ajuda preciosa no alcatrão é o novo pneu S-Works Turbo concebido com um novo e exclusivo composto denominado Gripton que foi testado e comprovado pela equipa profissional Omega Pharma – Quick Step. É um conjunto de equipamento de nível de elite que te vai ajudar a elevar o teu nível competitivo.

73


V EN G E

A S-Works Venge é o que acontece quando os engenheiros da Specialized decidem criar uma bicicleta de contrarrelógio que oferece o comportamento da tua bicicleta de estrada favorita. Com uma enorme capacidade de transmitir a potência gerada pelo ciclista, o quadro em carbono FACT 11r tem uma aerodinâmica muito apurada, ajudada pelas rodas Roval Rapide CLX 60. São muitos os adjetivos que podem ser aplicados à S-Works Venge, mas no fundo é o comportamento dinâmico mais rápido que conta (poupa 45 segundo ao longo de 40 quilómetros em comparação com a Tarmac). A velocidade que proporciona sente-se de forma evidente. Mas isso não deve ser surpresa para ninguém, pois já todos tivemos a oportunidade de ver o que Mark Cavendish faz com a sua. Ele sabe algumas coisas sobre como andar mais rápido.

S -WORKS VEN GE / RÁPIDA DEM A IS PA RA O S EU PRÓPRIO BEM

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TARMAC

Não é fácil dar sucessão a uma lenda. A Tarmac SL4 é uma das melhores e mais vitoriosas bicicletas de estrada – como é que é possível melhorar isto? Começámos por desenvolver a tecnologia Rider-First Engineered™ para a nova Tarmac. Não desenvolvemos uma nova bicicleta – desenvolvemos sete novas Tarmacs. Cada tamanho de quadro foi desenvolvido de forma independente, cada um com os seus objetivos de performance, para garantir um comportamento perfeito em todos os tamanhos. A única coisa mais surpreendente do que a capacidade de resposta instantânea e a precisão de direção em descida é o desempenho irrepreensível da travagem hidráulica. Quando travares, vais parar tão depressa que corres o risco de perder o almoço – mas vê o lado positivo, poupas peso para a subida seguinte…

S -WORKS TA RM AC /

VEN DEDORA DO TOU R E DA VU ELTA 2014

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AMIR A

Todos os melhores cavalos de corrida têm algo de selvagem. Preparada para o próximo nível? Pronta para arrancar, livre e veloz até à próxima linha de chegada? A S-Works Amira partilha o mesmo espírito indomável dos puro-sangue que nasceram para competir. É a bicicleta de eleição das mulheres mais rápidas do pelotão profissional. Nela tudo é pensado ao pormenor para garantir a máxima performance – quadro em carbono FACT 11r com geometria Performance de Mulher e layup específico das fibras de carbono, rodas Roval CLX 40 e transmissão Dura-Ace leve, fiável e muito precisa. Um conjunto concebido para levar as mulheres ao degrau mais alto do pódio.

S -WORKS A M IRA / N A S C IDA PA RA C OM PETIR

79


ROUB AIX

Há uma razão para a S-Works Roubaix SL4 partilhar o seu nome com uma das mais brutais provas de um dia do calendário internacional. A Roubaix vai demonstrar toda a tua capacidade em cima da bicicleta, inclusive em pisos como o pavé do norte de França. Nenhuma estrada será inclinada de mais, nenhum piso será demasiado difícil, e aos comandos da S-Works Roubaix não encontrarás “impossíveis”. Definir o equilíbrio perfeito para uma bicicleta de Endurance não é fácil, mas a S-Works Roubaix tem demonstrado estar muito perto da perfeição. O seu comportamento rápido herdado da Tarmac deve-se ao quadro em carbono FACT 11r extremamente rígido. Ao mesmo tempo, tem um comportamento vertical muito confortável para que ao fim de quatro horas a pedalar em piso irregular ainda tenhas força para sprintar. Os elementos Zertz absorvem as vibrações da estrada e o espigão CG-R acresce conforto. Vais ficar surpreendido com a S-Works Roubaix SL4 pelo seu incrível baixo peso e pelo comportamento preciso, tal como todos ficaram quando Niki Terpstra surpreendeu toda a concorrência com a sua vitória no Paris-Roubaix deste ano.

S -WORKS ROU BA IX S L4 / 5 X VEN DEDORA DO PA RIS - ROU BA IX

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RU BY

É muito tentador deixar esta página sem texto, para deixar toda a elegância deste modelo falar por si. Mas sem palavras poderias não perceber que por baixo desta beleza há uma máquina de alta performance. A Ruby foi a primeira bicicleta de estrada específica de mulher totalmente orientada para a alta performance. Foi lançada em 2006 e tem sido a referência do mercado. A S-Works Ruby é o expoente máximo da classe. Todos os detalhes são cuidados em pormenor em termos de engenharia, escolha de componentes e estética. Esta bicicleta tem um comportamento muito suave graças à geometria Endurance de Mulher, às inserções Zertz e ao espigão CG-R, que resulta em muitas horas de pedaladas com o mínimo de fadiga. A Ruby é a resposta para as mulheres que gostam de testar os seus limites de resistência com conforto e estilo, é a Grace Kelly das bicicletas: elegante, refinada, e absolutamente deslumbrante.

S -WORKS RU BY / PU RA C LA S S E , BELEZA EXTREM A

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ALLEZ

A S-Works Allez tem a capacidade de deixar perplexos os ciclistas mais experientes – a sua resposta imediata, o peso incrivelmente baixo, o comportamento preciso em descida, e a elevada capacidade de absorver as vibrações da estrada, são características surpreendentes num modelo em alumínio. Graças à nova e patenteada tecnologia Smartweld de D’Aluisio que garante uma soldadura mais consistente e com mais contacto, a Allez é a mais leve e a mais confortável bicicleta que alguma vez construímos em alumínio. É a prova da capacidade dos nossos engenheiros quando se focam em criar as melhores bicicletas possíveis. O resultado é um quadro em alumínio que rivaliza com os modelos em carbono, tanto em performance como em estética. A Allez é uma bicicleta criada para a competição que permite deixar para trás os nossos rivais que usam carbono – isso é algo de que não nos vamos cansar.

S -WORKS A LLEZ / A M ELH OR UTILIZA Ç ÃO DO A LU M ÍN IO DES DE A IN VEN Ç ÃO DA LATA

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CRUX

O Ciclocross não é para os fracos de coração. É uma autêntica agressão para o corpo, um ataque aos pulmões, uma tareia para as pernas, que exige o máximo das capacidades do atleta e da bicicleta. A S-Works Crux EVO saboreia esse desafio. Nasceu a partir de restos de lama gelada, suor, areia e detritos, e foi apurada com o espírito da competição. A Crux é capaz de ultrapassar qualquer tipo de terreno de ciclocross. É leve, rápida, e responde imediatamente graças ao seu quadro em carbono FACT 11r, aos travões de disco hidráulicos totalmente integrados, e ao espigão CG-R que oferece conforto sem sacrificar a performance. O único limite para chegar o mais longe possível é a qualidade do acolchoamento dos calções que usas.

S -WORKS C RU X EVO /

BA STA J UN TA R LA M A

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COLEÇÃO DE TRIATLO

Os triatletas podem ganhar ou perder uma corrida nas transições. Por isso, para se ter sucesso neste desporto, é crucial poupar tempo na transição entre a natação e o ciclismo. Colar barras energéticas e bolsas de gel com fita-cola no quadro da bicicleta como se tratasse de uma peça modernista realizada por um estudante de arte hipoglicémico não é a melhor solução. O Fuelselage é um sistema elegante, integrado e aerodinâmico para levar os energéticos sempre ao alcance e permite poupar fita-cola. Para garantir transições ainda mais rápidas há agora o novo capacete S-Works Evade com fecho magnético – é mais rápido e muito seguro. Parece que o teu segmento de ciclismo está prestes a melhorar radicalmente.

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SHIV

Quebrar as regras por vezes é exatamente o que é necessário. E foi exatamente isso que fizemos com a S-Works Shiv. Pegámos no livro de regras da UCI e deitámo-lo para o lixo. De seguida, os nossos engenheiros criaram a mais rápida bicicleta específica de triatlo que conseguiram. Focaram-se na tríade Aerodinâmica/Nutrição/Ajuste e criaram os sistemas Fuelcell e Fuelselage integrados na bicicleta. Com esta integração do armazenamento da hidratação e da nutrição na bicicleta é possível manter toda a vantagem aerodinâmica tanto do corpo como da bicicleta. É mais do que uma bicicleta, é uma solução integrada de ciclismo para que tudo o que tenha de fazer é pedalar e pensar na secção de corrida que ainda falta.

S -WORKS S H IV / C A M PEÃ DO M UN DO EM KON A , H AVA I

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SHIV T T

Ninguém gosta de vento quando anda de bicicleta – especialmente num contrarrelógio. Mas não há como escapar. Está sempre presente, a rir-se de ti, a desafiarte para tentares escapar dele. A S-Work Shiv TT desafia-te a rir de volta. Foi projetada para ser a bicicleta de contrarrelógio mais veloz do planeta. Da lista de características consta: aerodinâmica de acordo com as regras UCI, cockpit totalmente integrado, quadro em carbono FACT 11r, e quase infinitas possibilidades de regulação e ajuste da posição. Tudo pensado para bater o cronómetro. A Shiv TT já tem mais vitórias profissionais do que os esquimós têm palavras para “neve”, e é a melhor arma para esta modalidade. Ah, e já referimos que venceu todos os Contrarrelógios Individuais dos Campeonatos do Mundo desde a sua criação em 2009? Agora já sabe.

S -WORKS S H IV TT / VEN C EDORA 5 X C ONS EC UTIVA S DOS C A M PEON ATOS DO M UN DO DE C ON TRA RRELÓGIO

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COLEÇÃO DE XC

Cross Country é sinónimo de equipamento com baixo peso e máxima eficiência, mas garantimos que é possível andar depressa com equipamento de design atraente. Por isso, tira as bolas de algodão do nariz e vê os nossos novos sapatos S-Works XC. São imbatíveis no conforto, no ajuste, e na capacidade de transferência de potência aos pedais; além disso têm o evoluído sistema de aperto rotativo BOA. Um espigão de selim telescópico é vital para garantir a máxima velocidade e destreza nas secções técnicas. Lançámos o novo XCP específico para XC para garantir, com um simples toque num botão, a posição de condução mais eficiente em todas as secções da corrida. E para as cabeças prevalecerem frescas oferecemos o S-Works Prevail, super leve, com sistema de ventição 4th Dimension que maximiza o fluxo de ar no interior. O novo selim S-Works Phenon tem base e carris em carbono e um design Body Geometry. A melhor forma de melhorar o comportamento da tua bicicleta é usar os melhores pneus para cada tipo de terreno. Os S-Works Fast Trak já conquistaram inúmeros títulos mundiais e continuam a ser os escolhidos pelos campeões graças ao seu baixo peso, tecnologia tubeless ready e ao desenho que garante baixo atrito ao rolamento e elevada aderência em curva.

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EPIC

O Homem é uma criatura curiosa. Basta que alguma coisa tenha rodas para que seja criada uma forma de competir com essa coisa, e explorar todas as vantagens competitivas para conquistar a vitória ao longo do processo. Sim, nós também somos culpados. Foi por isso que procurámos formas de tornar ainda melhor e mais rápida a única bicicleta de suspensão total de XC que já venceu o Ouro Olímpico e múltiplos Campeonatos do Mundo. Reunimos toda a nossa equipa de engenheiros, atletas profissionais (na realidade, os nossos engenheiros também competem), e especialistas em suspensões para desenvolver um quadro totalmente novo em carbono FACT 11r com a tecnologia SWAT (para levar os essenciais da competição), criar o amortecedor Brain mais pequeno , até à data, para controlar a refinada suspensão FSR, e equipar tudo num novo espigão de selim telecópico em carbono XCP com 35mm de drop e com as revolucionárias rodas Roval Control SL 29. Epic – o novo nível ouro.

Notícias escaldantes: prender câmaras e ferramentas com fita-cola ao quadro da tua bicicleta de XC já passou de moda. Podes perder este mau hábito e simplesmente usar o SWAT MTB para transportar todos os essenciais na nova Epic ou Stumpjumper de forma profissional. Este novo kit SWAT inclui também um descravador de corrente que se guarda na tampa da caixa de direção. Além disso, o kit SWAT de montagem na grade de bidão leva uma botija de CO2, desmontas, kit de ferramentas e câmara de ar, tudo no mais baixo centro de gravidade possível.

S -WORKS EPIC WORLD C U P / A Ú N IC A SU S PENS ÃO TOTA L C A M PEÃ OLÍM PIC A

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ER A

Será sinónimo de audácia? De perspicácia? Terá velocidade suficiente para deixar arrastamento em todas as fotografias? Na realidade a nova S-Works Era tem todas estas características e muito mais! É entusiasmante! Foi projetada e concebida para ser a mais leve e melhor bicicleta de suspensão total de XC para mulher, e a que oferece melhor ajuste à ciclista. Conta já, logo no ano de estreia, com a vitória de Annika Langvard no Campeonato do Mundo de Maratona. Oferece o comprovado sistema de suspensão FSR com Brain e uma suspensão dianteira RockShox RS-1. É a única bicicleta de XC de mulher que lê dinamicamente o terreno para garantir a máxima eficiência tanto em sprints, como em subida ou singletracks técnicos. Pronta para te levar ao nível mais alto.

S -WORKS ERA / C A M PEÃ DO M UN DO DE M A RATON A 2014

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STUMPJ UMPER HT

A sério, uma rígida de carbono? Muitos são da opinião que já passou de moda. Mas alto aí! Na realidade não há substituta para a S-Works Stumpjumper HT! Esta bicicleta tem um currículo invejável, com inúmeras vitórias em Campeonatos do Mundo e Nacionais. É uma puro-sangue de competição de XC com um novíssimo quadro 29er em carbono FACT compatível com o sistema SWAT que garante a máxima rigidez para uma eficiente transmissão de potência, e um comportamento vertical confortável graças às escoras curvas. A geometria XC específica para competição foi refinada garantir ainda maior precisão em alta velocidade. As rodas Roval Control SL tubeless-ready completam o pacote de equipamento. Introduzimos também o espigão de selim telescópico XCP em carbono que oferece uma ajuste de 35mm para uma posição de condução perfeita, à distância de um toque no botão, para todas as secções da corrida. Quando o desafio de cross country exige uma máquina leve, rápida, eficiente e muito ágil, não há substituta para a S-Works Stumpjumper HT.

S -WORKS STU M PJ U M PER H T / C A M PEÃ DO M UN DO DE XC

101


FATE

Não seria ótimo se as bicicletas de montanha fossem concebidas para serem igualmente perfeitas para as voltas de fim-de-semana nos singletracks e para as corridas da Taça do Mundo de XC? Se é isto que procuras, não procures mais! Chama-se Fate. Foi a primeira bicicleta 29er de carbono específica de mulher. A inovadora S-Works Fate representa o nível mais alto de performance para XC de mulher. O tubo superior é muito baixo para melhor adaptação às estaturas mais baixas, e as escoras curvas combinadas com o espigão 27.2mm garantem um comportamento vertical mais confortável em terrenos acidentados. Esta bicicleta é equipada com os componentes mais eficazes, uma suspensão dianteira super ligeira RockShox SID World Cup Brain com 80mm de curso e Brain, e umas levíssimas rodas Roval Control SL vencedoras de Campeonatos do Mundo. Assim é a incrível Fate.

S -WORKS FATE / DOM IN A DORA TOTA L EM LEA DVILLE

103


COLEÇÃO DE TR AIL

Quem tem uma Stumpjumper FSR, uma Camber ou uma Enduro procura componentes e equipamento orientados para a performance e com o máximo rendimento, mas sem o aspeto do ciclista profissional de estrada. A categoria “Trail” é a que reúne a eficiência de XC com a performance e a atitude de DH, para a combinação perfeita entre resistência e estilo. Os novos sapatos S-Works Trail foram concebidos para ciclistas que preferem singletracks técnicos e exigentes. Este novo modelo tem uma proteção discreta no tornozelo, reforço à frente, e incorpora a nova palmilha Body Geometry SL para um suporte eficaz, leve e duradouro. Os pneus são cruciais para a performance global. Os novos Purgatory e Butcher 2.3 têm uma carcaça GRID, são super leves e tubeless ready, para garantir a linha de trajetória perfeita. Boas notícias, chegou ao fim a tua busca por uma guiador largo, com pouca elevação em carbono que te garante o máximo controlo em percursos agressivos. O redesenhado S-Works Prowess Carbon Enduro foi especialmente concebido para o teu estilo de condução. Qualquer bicicleta de trail tem de ter um espigão de selim telescópico. O Command Post IR com guias internas garante a altura ideal do selim para todas as secções do percurso, no instante, em andamento, e agora com uma nova alavanca SRL muito elegante.

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STUMPJ UMPER FSR

Com o título “Bicicleta de Trail Lendária” assumimos uma grande responsabilidade, mas quando as nossas bicicletas de suspensão total FSR ganharam tanto Campeonatos do Mundo de XC como de DH, não é nenhuma surpresa que a nossa Stumpjumper FSR com 130mm de curso combine o melhor destas duas disciplinas para se revelar como a bicicleta de montanha mais versátil do mercado. Embora hoje em dia o Trail se considere uma “categoria” ou um “estilo” deste desporto, é na realidade, a origem e a forma mais pura do Mountain Bike: subir com rapidez e eficiência, descer com velocidade e controlo nas secções mais técnicas, e contar a história aos companheiros no fim do passeio com uma cerveja na mão. Disponível com rodas 29er ou 650b e também com geometrias mais descontraídas EVO e mais curso, o quadro S-Works Stumpjumper FSR em carbono FACT está recheado de características de topo tal como o ajuste AUTOSAG da suspensão, Brain com ajuste Trail e guias internas para cabos, incluindo para o espigão Command Post que garante a melhor posição de condução em todas as circunstâncias.

STU M PJ U M PER FS R / A BIK E M A IS VERS ÁTIL DO M UN DO

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C AMBER

A gama Camber nasceu com um pequeno número de bicicletas que tinham o objetivo de serem rápidas a subir, muito eficazes nas descidas técnicas e divertidas em piso plano. À medida que as Camber foram ganhando popularidade, retirámos todos os “stops” e demos-lhe o tratamento “S-Works” que merecia. O resultado foi a bicicleta de Trail mais rápida e divertida. A Camber oferece tudo o que é preciso, e não tem nada de supérfluo. O que é que isto quer dizer? Tem a combinação perfeita de performance, capacidade e inovação. O ciclista Trail que adora trilhos técnicos tem agora ao seu serviço uma bicicleta com uma rodas ultra leves e resistentes Roval de 29” em carbono, 110mm de curso, guias internas dos cabos e um quadro totalmente em carbono FACT – assim é a S-Works Camber.

S -WORKS C A M BER / M A IS LEVE , M A IS RÁPIDA , M A IS DIVERTIDA

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EN DURO

Escolhe a tua própria aventura – é assim que definimos o All Mountain. A nossa emblemática S-Works Enduro é sinónimo de descoberta de novos trilhos, performance e elevada capacidade. Foi redesenhada para responder e ultrapassar as exigências dos atletas de enduro. Está disponível com rodas de 29er e de 650b. A Enduro oferece uma geometria All Mountain com uma secção traseira muito curta para ser muito manobrável em terrenos técnicos. A S-Works Enduro tem 155mm de curso suave e a eficiência da suspensão FSR (165mm de curso nas versões 650b), um novo espigão de selim Command com cabos internos e umas rodas ultra ligeiras e mais largas em carbono Roval Traverse SL Fattie Carbon. A nova S-Works Enduro redefiniu novamente o All Mountain.

S -WORKS EN DU RO / 2X “BIK E DO A N O” - S A S QUATC H H UN TER ILLU STRATED

111


COLEÇÃO DE DOWN HILL

Quando procuras o impulso para os saltos no teu Bike Park favorito, ou quando respiras profundamente aquando da contagem decrescente na gate de saída de uma corrida de DH, precisas de acreditar cegamente na tua destreza e no teu equipamento. No Downhill os pontos de contacto são cruciais: os que te ligam à bicicleta e que te permitem manter o controlo nos terrenos mais difíceis. Os pneus Specialized DH foram desenhados e testados para que possas descer à velocidade máxima nas pistas mais exigentes, e já ganharam vários Campeonatos do Mundo. Os atletas que usam pedais de plataforma têm motivos de festejo. Os Boomslang são os mais avançados pedais que este desporto já viu. Têm pinos amovíveis e pontos de entrada para massa consistente para uma manutenção simples. Além disso, têm uma estética do outro mundo. Por falar em alta tecnologia, o amortecedor Öhlins TTX é a referência da modalidade, foi desenvolvido pela empresa líder em tecnologia de suspensões e tem um funcionamento interno semelhante aos mais avançados modelos para para motocross e molas com taras muito específicas.

Os nossos acessórios são leves e incrivelmente resistentes, e os que são fabricados em fibra de carbono elevam a performance a um nível superior. O novo guiador S-Works Carbon DH é muito largo para garantir o máximo controlo. O capacete Dissident em carbono oferece uma excelente ventilação e proteção para a máxima velocidade e estilo. Apresentamos também os novos e mais evoluídos sapatos para a modalidade – os 2FO. São leves, têm uma sola super aderente Slipnot e estão disponíveis com e sem encaixe.

113


DEMO 8

Seis bips. O cronómetro começa a contar e tens diante de ti um dos desafios mais exigentes tanto para ti como para a tua bicicleta. A tua concentração, habilidade e técnica, junto com a maneabilidade, resistência e capacidade de absorção da tua bicicleta, vão ser postos à prova em cada metro da descida. Porque é que os melhores pilotos querem a bicicleta que venceu quatro vezes os Campeonatos do Mundo e vários título da Taça do Mundo? Porque a nova S-Works Demo 8 Carbon com quadro específico para rodas 650b tem um amortecedor exclusivo Öhlins, uma distância entre dropouts de 135mm e transmissão Micro Drive, ou ainda pela sua comprovada geometria DH Race. Na realidade estamos muito seguros de que é porque foi desenhada e fabricada para ser a melhor bicicleta de DH, com 210mm de suspensão FSR e especificações e componentes testados na Taça do Mundo de DH para garantir o máximo controlo nos terrenos mais difíceis deste planeta.

S -WORKS DEM O 8 / C ON C EBIDA ES PEC IFIC A M EN TE PA RA C ON QU ISTA R PÓDIOS

115


SPEC S

AGRADECIMENTOS

A

SPECIALIZED

GOSTARIA

DE

AGRADECER

AOS

SEGUINTES

FOTÓGRAFOS

PELO

FACTO

DE

ESTAREM

CONSISTENTEMENTE NO SÍTIO CERTO, À HORA CERTA, E CAPTURAREM ESTES MOMENTOS DE CICLISMO QUE NOS ENCHEM DE EMOÇÃO E ARREPIOS. SEM ELES, ESTE LIVRO NÃO SERIA MAIS DO QUE UM MONTE DE PALAVRAS. DAN ESCOBAR, STERLING LORENCE PHOTOGRAPHY, GARY PERKIN/FLIPPER, GRAHAM WATSON, BRAKETHROUGH MEDIA, CARSON BLUME PHOTOGRAPHY, MICHAL CERVENY, SEBASTIAN SCHIECK PHOTOGRAPHY, CAMERON BAIRD, YUZURU SUNADA, AND EMILY MAYE PHOTOGRAPHY, ANDY WHITE, ERIC BENJAMIN, PARIS GORE, JUSTIN SULLIVAN, KARELLY | LUPISPUMA.COM, ALE DI LULLO, SEAN ROBINSON, NILS NILSEN - OBRIGADO!

117


*VÊ TA MBÉM S PECIA L IZ E D.C O M O NDE EST ÃO TO D OS OS DE TA L H ES (ESPECIFIC AÇÕES, GEOMETRIAS, ETC.)

AVISO: A AÇÃO ILUSTRADA NESTE LIVRO É FANTÁSTICA, MAS CUIDADO PORQUE É PERIGOSA. OS CICLISTAS QUE PARTICIPAM SÃO ESPECIALISTAS OU PROFISSIONAIS COM MUITA EXPERIÊNCIA. CONSULTE SEMPRE O MANUAL DO PROPRIETÁRIO E UTILIZE SEMPRE O SENTIDO COMUM ANTES DE UTILIZAR A BICICLETA. NÃO TENTE IMITAR NENHUMA DESTAS AÇÕES NEM ULTRAPASSAR OS SEUS LIMITES OU OS DA SUA BICICLETA. UTILIZE SEMPRE CAPACETE E EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA ADEQUADOS.


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