ISBN 5601753001693
número 134
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maio 2013 mensal |
3,5€ Continente
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COMO DEVO ALONGAR? Tira as tuas dúvidas
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MELHORES CONSELHOS
Treina menos, corre mais
PERDE
GORDURA
ALIMENTAÇÃO
VEGETARIANA PRÓS E CONTRAS
Dicas simples que resultam
DESCONTOS PÁG. 9
SPORT ZONE
IMBATÍVEL!
TREINADOR PESSOAL
BTT: GANHA RESISTÊNCIA FUTEBOL: SEGREDOS DO PASSE E RECEÇÃO TRIATLO: MELHORA EM 10 PASSOS FITNESS: COMO TREINAR LOMBARES
APRENDE
+ rendimento, menos lesões
A AQUECER
R REPORTAGEM
O DESPORTO MUDOU A MINHA VIDA!
E TU,
QUERES MUDAR A TUA?
Q
A DADA ALTURA DA VIDA PERCEBERAM QUE TINHAM QUE MUDAR… DE VIDA. COM UMA DOSE DE CORAGEM E UMA PITADA DE MOTIVAÇÃO EXTRA LANÇARAM-SE DE CORPO E ALMA EM BUSCA DA FELICIDADE...
uando perguntamos a uma criança o que quer ser quando for grande, muitos afirmam querer seguir uma profissão que conhecem. 'Médico, professor, jornalista como o tio, etc. O que é facto é que não sabemos bem o que isso signifca até vestirmos essa pele profissional. É por isso que só passado algum tempo na profissão é que podemos decidir se era aquilo que de facto queríamos e muitas vezes falta-nos a coragem e os meios para mudar. Mas alguns felizardos conseguem mudar radicalmente de vida, indo à procura da conquista de um seu sonho.
Por: Isabel Pinto da Costa Fotos: João Carlos Oliveira
Começou a dançar aos quatro anos e aos 14 entrou num ginásio onde praticou aulas de grupo. Quando chegou a altura de escolher o rumo profissional, há vinte anos atrás, o fitness não era considerado uma profissão e por isso Carina Arez enveredou por uma carreira mais clássica. Optou por um bacharelato em Contabilidade e uma licenciatura em Economia: «Como era boa aluna a Matemática, os meus pais aconselharam-se a seguir esta área de formação porque tinha bastantes saídas profissionais», conta-nos Carina. Foi bancária durante vários anos, geria carteiras de clientes mas quando estava prestes a ser promovida a sub gerente a paixão pelo Fitness falou mais alto e abandonou a banca para realizar o seu sonho: formar-se em desporto! «Tirei a licenciatura sem chumbar nenhum ano tendo como motivação ser uma profissional de excelência! Vi que estava a entrar numa espiral de depressão por causa da profissão e que os outros campos da vida seguiam o mesmo caminho. Não podia continuar», explica a professora. Com
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De bancária a professora de fitness
Carina Arez, 37 anos Professora no PUMP Fitness Spirit
Hugo Sousa, 39 anos Diretor Geral da HMS Sports Consulting
muita dose de coragem à mistura, despediu-se do banco e foi trabalhar para um ginásio, o Radical Fitness, na Costa da Caparica. Não foi fácil, e Carina lembra-se de ter sido um choque por causa da idade já avançada para aquela função, a instabilidade da profissão e a mudança drástica – para menos, claro! – da capacidade financeira. Depois de ter dado aulas em vários ginásios, está atualmente a trabalhar num conceito que costumam apelidar de Smart Cost porque apesar de o ginásio ter todas as características de qualidade disponibiliza um preço bastante acessível. Porque é uma profissional polivalente é professora de aulas de grupo, personal trainer e professora na sala de exercício. O segredo do Fitness, segundo Carina, é seguir as tendências mundiais e não se deixar estagnar. Desenvolver mais estudos científicos sobre os benefícios do exercício, criar novos equipamentos, criar novas aulas e, acima de tudo, adaptarmo-nos às necessidades das pessoas. O facto de a população ser na sua maioria inativa faz com que o mercado ainda tenha muito por onde crescer…Os seus objetivos passam por ser Fitness Manager num projeto que a alicie, ser formadora na área do Fitness, colaborar em projetos que visem a divulgação e implementação do exercício no nosso país e… ser mãe!
De comercial a empresário desportivo
Começou a praticar desporto com 10 anos em 1984 a seguir aos Jogos Olímpicos de Los Angeles, quando o Carlos Lopes conquistou a medalha de ouro na maratona. Nunca mais parei!», explica Hugo Sousa. Participou em desporto de competição e hoje é um corredor assíduo, fazendo 3 a 7 treinos semanais entre os 40 e os 100 quilómetros. Sempre teve vontade de trabalhar numa área desportiva, mas por causa das dificuldades em ter uma vida profissional ligada a esta área optou por licenciar-se em Economia. Hoje acha que foi a decisão
certa porque gestão e economia são áreas abrangentes. A seguir decidiu especializar-se em gestão do desporto. Profissionalmente, trabalhou 11 anos na área de vendas, de 1997 a 2008, ano em que criou a HMS Sports. «Apesar de trabalhar na área comercial, estive sempre ligado à organização de eventos como voluntário e, mais tarde, como agente de atletas. Esta atividade de agente de atletas evoluiu bastante até ao ponto em que decidi mudar completamente de carreira», conta-nos o criador da HMS. Claro que nem tudo foi fácil, e apesar de estar por dentro da área do desporto, Hugo desconhecia o mercado, sendo o contacto com as entidades públicas talvez a maior dificuldade que sentiu ao longo destes anos. Mas com o passar do tempo aprende-se
«Temos eventos próprios e outros que nos são encomendados como o BES Challenge e a São Silvestre de Lisboa». a organizar os processos tornando tudo mais fácil. Explicando a atividade da HMS, Hugo Sousa diz que esta se dedica «à gestão de carreira de atletas e à organização de eventos». O negócio tem corrido bem e se lhe perguntassem há cinco anos atrás não imaginaria estar onde está em termos de organização de eventos desportivos. «Modéstia à parte sinto que somos responsáveis, nós e outras empresas de organização de eventos, pelo crescimento do running em Portugal. Todos temos contribuído para a prática saudável do desporto por parte da população», afirma o empresário. Não está arrependido. «O desporto ensinou-me a ter valores perante a vida, do ponto vista ético. Foi através do desporto, sempre como atleta amador, que vivi alguns dos melhores momentos da minha vida e conheci alguns dos meus melhores amigos.» www.sportlife.com.pt | 023
|TREINADOR
PESSOAL
FITNESS
VAMOS AQUECER!
APRENDE A FAZER UM BOM AQUECIMENTO Se queres render ao máximo e progredir sem te lesionares, precisas de fazer um bom aquecimento, adaptado às circunstâncias e à atividade que vais realizar. Será que sabes realmente como aquecer? Por: Francesc Pla, treinador pessoal
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nosso organismo é parecido com uma máquina… melhor dito, as máquinas parecem-se com o nosso organismo. Se arrancares numa moto sempre com uma aceleração brusca provavelmente acabará por avariar, e o mesmo pode acontecer com o nosso corpo. Por exemplo, se formos acordados bruscamente, passamos um mau bocado e pode provocar um momento de tensão. Apesar de isto não se tratar de um manual de mecânica ou um guia para o bom descanso, são exemplos perfeitos para integrar certos conceitos imprescindíveis para fazer um bom aquecimento: suavidade inicial, progressividade, controlo e globalidade.
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Como é um bom aquecimento? Chamamos aquecimento a toda a atividade física e mental que nos ajuda a preparar-nos para o exercício desportivo. Para ser realmente adequado, deve cumprir estes 8 requisitos:
Quanto aquecer? A grande questão! 1. Eficaz: Deve fazer com que te
sintas perfeitamente preparado para iniciar a atividade física que se segue.
2. Progressivo: É necessário
começar a aquecer suavemente e ir aumentando progressivamente a intensidade.
3. Global e multilateral:
Pelo menos na parte inicial, deve englobar todo o corpo e ambos os lados de igual forma, independentemente de no final se realizarem gestos mais específicos.
4. Específico: Deves aquecer com especial cuidado as articulações e partes do corpo que mais se trabalham na modalidade desportiva que vais iniciar. Também deve incluir uma parte final que reproduza os gestos técnicos que vais realizar depois.
5. Eficiente: Não deve significar um desgaste de energia que depois acuses durante o treino.
6. Seguro: Esta é a parte mais controlada do teu treino, não deverias sentir desconforto.
7. Sistemático: Deve fazer-se
sempre e não apenas quando há tempo.
8. Individualizado: Deve-se
adaptar às tuas peculiaridades pessoais. Por exemplo, a tua tendência para sofrer uma determinada lesão, o tempo de que precisas para te adaptares física e mentalmente, etc.
O aquecimento que fazes habitualmente cumpre estes pontos? Pensa bem! Pular um deles impede o teu corpo de chegar perfeitamente preparado ao esforço que o espera.
Responder a esta pergunta não é fácil, uma vez que depende de muitos fatores. O que é certo é que é sempre necessário aquecer, seja pouco ou muito. O que prima na decisão sobre a duração do aquecimento não é a duração da atividade que vamos realizar mas a sua intensidade, especialmente na primeira parte. É mais fácil de entender com este exemplo: é preciso aquecer durante mais tempo para uma corrida de 100 metros (que dura apenas 10 segundos e é muito intensa) do que para uma maratona, em que se mantém um ritmo moderado. Outro fator a ter em conta é que quanto
> O conteúdo do treino na sua parte inicial e principal: Para um pouco de trote, provavelmente teremos que aquecer 5 minutos. Para uma atividade mais técnica e explosiva podemos precisar de meia hora ou até mais. Se a atividade a realizar é muito curta mas também muito intensa, especialmente desde o início, é preciso aquecer muito qualitativemente e quantitativamente. Se a atividade é suave de início e vai progredindo, provavelmente a mesma atividade prepara-nos para a parte intensa.
mais longo for o aquecimento mais irão durar as adaptações adquiridas. Por isso, é curioso que em alguns desportos de equipa os jogadores suplentes aqueçam menos tempo do que os que alinham à partida. Seria muito mais inteligente que os jogadores suplentes fizessem um aquecimento mais intenso e prolongado que os titulares, pois desta forma quando os chamassem a campo o seu corpo estaria em melhor disposição para responder com uma breve entrada de calor. Não existe uma duração determinada para o aquecimento, depende de fatores como:
esteja mais sensível. Nestas ocasiões é necessário seguir ainda com mais atenção todas as indicações para aquecer bem ou até desistir de treinar, pelo menos com intensidade. É uma questão de escutar o corpo e decidir. > Os fatores ambientais: São muitos os fatores ambientais que influenciam a duração e intensidade adequada para o aquecimento, e influenciam cada desportista de uma forma diferente. Estes são alguns:
> O tipo de modalidade desportiva: As atividades muito complexas exigem um aquecimento complexo. Por outras palavras, no ténis não faz falta aquecer o contacto mas em desportos de equipa já fará sentido.
- A temperatura ambiente. Quanto mais calor está, mais fácil é elevar a temperatura corporal e chegar a um processo de transpiração. Por outro lado, quando mais baixa for a humidade mais tarde aparece a transpiração.
> As características do desportista: Quanto mais idade, pior nível de treino ou pior estado físico, será necessário mais aquecimento. Estes fatores aumentam o risco de lesão, devido à menor adaptabilidade ao esforço específico.
- A altura sobre o nível do mar. Quanto maior a altura, menos oxigénio e portanto mais stressante pode ser o aquecimento. Em zonas muito elevadas, o aquecimento deve ser especialmente meticuloso e progressivo.
> A disposição psíquica em relação à atividade: Se num dia estás em baixo por qualquer razão, tens mais possibilidades de te lesionares. Esse stress acumulado durante um ou mais dias pode fazer que o nosso sistema músculo-esquelético
- A hora do dia. Devemos aquecer mais se temos sono ou se os nossos biorritmos não são os mais adequados. Certos futebolistas profissionais, com fama de sair muito à noite, parece que rendem mais quando mais de noite jogam!
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|TREINADOR
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PESSOAL
TRIATLO
MELHOR TRIATLETA EM
10 PASSOS
OS TRUQUES QUE NÃO PODEM FALHAR Às vezes não é uma questão de treinar mais. Com estas 10 chaves, vais-te tornar um triatleta melhor nesta temporada. Por: Redação Sport Life
A época forte de triatlos está a começar, com um calendário repleto de provas para todos os níveis, portanto esta é a altura de abraçares este novo desafio. Pelo caminho terás muitas sessões de treino, mas este mês damos-te 10 chaves que te vão ajudar a ser melhor triatleta sem ter de treinar mais.
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PLANIFICA E ORGANIZA O TEU TREINO É importante fazer uma boa organização e planificação do treino, tendo sempre em conta as prioridades da tua vida. O treino não deve significar mais um peso no teu dia, pelo contrário deve ser um momento em que te desligues de tudo e te ligues a ti mesmo e às tuas sensações. É importante que o volume de treino aumente progressivamente, para isso pode ser de grande utilidade registar as sessões num pequeno diário de treino. Poderia incluir informação básica de cada sessão: distância, ritmo aproximado, frequência cardíaca (se tivermos cardiofrequencímetro) e como te sentiste (perceção do esforço). Um dos princípios básicos de todo o treino é a adaptação. Para a favorecer, devemos aumentar de forma gradual o nosso volume de treino (não aumentes a tua carga semanal mais de 10%). Em relação à intensidade, é igualmente conveniente começar por intensidades baixas para as ir aumentando.
Do mesmo modo, deves aumentar o número e a duração dos intervalos em intensidades altas, A figura do treinador é muito importante, pois ajudará a planificar o treino para atingires o objetivo. Se não tiveres um treinador, não te esqueças de organizar os treinos com a lógica adequada e respeitando os princípios básicos do treino.
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O “TRANSFER” NO TREINO DE TRIATLO O triatlo não são três despostos independentes, mas um só desporto com modalidades distintas. É evidente que se nos lançamos à aventura do triatlo e vimos da natação, ciclismo ou atletismo, o volume de treino daquela que é a nossa especialidade diminuirá de forma considerável, em detrimento das outras duas modalidades. Mas não te preocupes, que as tuas melhores marcas não vão ser afetadas. Para o evitar está o treino cruzado no triatlo, que nos permite melhorar numa
modalidade através do treino das outras duas. O treino de triatlo tem a grande vantagem de as suas três modalidades se complementarem, o que faz com que seja tão agradável e divertido. Com o treino cruzado aproveitamos cargas de uma disciplina para fazer menos volume noutra e assim obtemos, entre outras vantagens, o maior benefício mas reduzindo o tempo utilizado e o risco de lesões. Não esqueças que o que fizeres numa modalidade, terá benefícios sobre as outras duas e vice-versa.
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NÃO TE ESQUEÇAS DA FORÇA O triatlo não é apenas um desporto de fundo, a qualidade que nos permite competir durante duas ou mais horas, é também um desporto de força. O triatleta pode necessitar de força por decisão própria, quando faz uma mudança de ritmo, ou pela situação, por exemplo quando enfrenta subidas. Para evitar lesões, é necessário um trabalho
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PESSOAL
OUTDOOR
INICIAÇÃO
À ESCALADA DESPORTIVA Não é muito difícil de aprender, é algo quase intuitivo, e a única coisa imprescindível é o desejo de experimentar algo novo, ter uma mente aberta e vontade de desfrutar. Fica a saber o que precisas para começar a escalar com uma mestre de luxo: Isabel Boavida. Por: Marta Leitão Fotos: Pedro Alexandre Lopes
A
A escalada desportiva é uma evolução da escalada clássica, em que o escalador ia colocando presas à medida que escalava. Na escalada desportiva, a rocha já foi preparada anteriormente e encontra-se equipada com plaquetes e tiges. A dificuldade de uma via mede-se por graus e não é preciso muito tempo para te familiari-
zares e já perceberes quando te falam de uma 6a ou 7c+. Para nos referirmos aos níveis de dificuldade normalmente usamos a escala francesa e cada símbolo indica a dificuldade da via. Existem guias com os nomes das vias, a sua graduação, diferentes setores e como chegar a eles, que são muito úteis para experimentar zonas novas de escalada.
6 truques que te vão ajudar nas tuas primeiras jornadas de escalada desportiva Para começares a escalar, o ideal será frequentar um curso de escalada para aprenderes todas as técnicas de segurança e perceber melhor a prática da modalidade. Depois podes juntar-te a um grupo de pessoas que pratique e que hoje pode ser facilmente encontrado no facebook como o “Boulder Sintra” e “Escalada Desportiva” mais ligados à região de Lisboa. Existem muitos clubes que disponibilizam cursos de escalada, de alpinismo, de montanhismo, entre outros. Na região de Lisboa tens a Associação de Desportos de Aventura Desnível (www. desnivel.pt) e o Clube de Actividades de Ar Livre (http:// clubearlivre.org/) e na região do Porto a Espaços Naturais (www. espacosnaturais.com). Após o curso de escalada poderás aventurar-te neste desporto. Mas lembra-te que a escalada
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é um desporto de partilha de experiências e, salvo raras exceções, não se escala sozinho. Se estás mesmo a pensar nisso, avançamos já algumas dicas que te vão ser muito úteis: > Para começar a escalar, procura vias de cantos e presas grandes, de pouca dificuldade mas também que não sejam demasiado fáceis para haver sempre algum desafio. > Quando encontrares uma presa pequena não arqueies os dedos, é muito provável que acabes por lesionar as articulações. O melhor para te iniciares, enquanto fortaleces as mãos, são os semi-arqueios ou inclusivamente a extensão.
> Usa as pernas! Colocar bem as pernas é o mais importante nas primeiras etapas. Não penses que se escala com os braços, as pernas têm a musculatura mais forte do corpo e deve ser ela a comandar. > É melhor três passos curtos que um longo. > Quando estiveres bloqueado e não souberes o que fazer, recoloca os pés. Mantém esta ideia na cabeça: em 90% dos casos a solução está nos pés. > Os movimentos devem ser fluidos, a escalada tem que ser como uma dança vertical. Deves procurar sempre o equilíbrio e o conforto do corpo na parede.
ESPECIALISTA SPORT LIFE Isabel Boavida começou a escalar quando tinha 16 anos e rapidamente se apaixonou pela modalidade, elegendo a ligação com a natureza e a adrenalina como os principais fatores que a cativaram e continuam a cativar na escalada. Com muitas recordações das inúmeras viagens que realizou para escalar, Isabel Boavida destaca as suas experiências na Austrália, Patagónia e Noruega, bem como a abertura de uma via no Douro internacional. «Também sinto uma grande satisfação por todas as vias difíceis que encadeei, os campeonatos de escalada que ganhei, e pelo contributo que dei ao desenvolvimento da escalada nacional, não só a equipar novas vias como a organizar encontros de escalada», resume a atleta que conquistou por diversas vezes o título de campeã nacional de escalada desportiva e de escalada de bloco. Entre as suas zonas preferidas para escalar: o Meio Mango, uma zona de escalada perto do Cabo Espichel. «Tem uma ligação muito próxima com o mar, o sítio é absolutamente espetacular e as vias são das melhores da região. Também gosto muito de escalar na zona de Sagres. Além das zonas de escalada serem únicas, estás a escalar numa falésia a pique sobre o mar; as vias são cinco estrelas; e a juntar a tudo isto podes conjugar a escalada com o surf e a praia. Para escalar vias de clássica destaco o Espinhaço no Cabo da Roca, a Meadinha no Gerês e o Cântaro Magro na Serra da Estrela. Para aberturas de novas linhas de escalada ou para escalada de aventura o Douro Internacional. E finalmente para a prática de bloco os melhores sítios para mim são sem dúvida a serra de Sintra e a da Estrela.»
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