Dinâmicas de grupo para empoderamento feminino

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DINÂMICAS DE GRUPO PARA

EMPODERAMENTO FEMININO


​EXPEDIENTE ​ eitora da Universidade Estadual de Londrina R ​Profª. Drª. Marta Regina Gimenez Favaro ​ ró-Reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade (PROEX) P ​Profª. Drª. Zilda Aparecida Freitas de Andrade ​ QUIPE DO PROJETO DE EXTENSÃO VIOLÊNCIA DE GÊNERO E E EMPODERAMENTO DE MULHERES EM DESPROTEÇÃO SOCIAL: MULHERES APENADAS E ATENDIDAS PELO CREAS EM LONDRINA ​ oordenadora C ​Profa. Dra. Silvana Mariano ​ olaboradoras C ​Gabriela Zanchin Fróes Kamila Klasmann ​Luiza Farias Miani ​ ​EQUIPE DO PROJETO DE EXTENSÃO FEMINICÍDIOS: PREVENÇÃO E ENFRENTAMENTO NO ESTADO DO PARANÁ ​ oordenadora C ​Profa. Dra. Silvana Mariano ​ olaboradoras e colaboradores C Adriana Regina de Jesus ​Amanda Vinturini de Oliveira Ana Luiza Mouriño de Almeida Prado Denise M. Vieira Dias Raul Santos do Nascimento Reinaldo Zanardi Yumi Aoki Santos ​ niversidade Estadual de Londrina U ​Londrina, outubro de 2023.


SUMÁRIO Apresentação...............................................................4 Dinâmica 1– Apresentação.......................................10 Dinâmica 2– Mural das Expectativas......................12 Dinâmica 3– O mundo é das mulheres?.................15 Dinâmica 4– Desconstruindo estereótipos e preconceitos..............................................................20 Dinâmica 5– Eu e o outro - Eu e o meio................25 Dinâmica 6– O tempo das mulheres......................28 Dinâmica 7– Identidade – “Quem sou eu?”...........32 Dinâmica 8– Egoísmo e altruísmo..........................36 Dinâmica 9– Refletindo sobre empoderamento e sororidade...................................................................41 Dinâmica 10– Amizade e Sororidade......................45 Dinâmica 11– Prevenção de violência contra mulheres e meninas..................................................52 Dinâmica 12– Refletindo sobre Empoderamento.57 Dinâmica 13– Este é meu corpo.............................68 Dinâmica 14– O Semáforo........................................72 Dinâmica 15– Aprendendo a ouvir..........................75 Dinâmica 16– Direitos das mulheres e o Dia Internacional da Mulher............................................78 Dinâmica 17– Árvore dos sonhos............................81 Dinâmica 18– Roteiro para discussão de texto....85​ ​D inâmica 19– bell hooks - Tudo sobre amor.......89

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APRESENTAÇÃO Todos os dias, dezenas de mulheres e meninas são agredidas de diversas formas e contextos. Sabemos que a violência de gênero está naturalizada na sociedade e tem sido perpetuada nas relações de gênero. O enfrentamento dessa violência deve ser pauta ativa no contexto da educação básica, ensino superior e espaços não formais. O material didático-pedagógico traz consigo um caráter educativo de enfrentamento às violências de gênero, possibilitando que essa temática seja discutida em diversos espaços formais e não formais. O LESFEM é um espaço interdisciplinar de pesquisa e de extensão que reúne pesquisadoras e pesquisadores, profissionais e estudantes da Universidade Estadual de Londrina (UEL), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), do Coletivo Feminino Plural (CFP), da Associação de Entidades de Mulheres do Paraná (Assempa), do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Londrina, da Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica, Familiar e Sexual contra as Mulheres no Município de Londrina, da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres de Londrina (SMPM) e do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR).

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O LESFEM tem como finalidade produzir e analisar dados sobre crimes de feminicídios, consumados e tentados, no Brasil. Além disso, promovemos ações de extensão universitária que envolvem a comunidade acadêmica e a sociedade em diálogos e práticas educativas sobre o tema, com vistas à prevenção do feminicídio. O objetivo é ampliar a visibilidade do fenômeno, aprimorar a qualidade das estatísticas oficiais e fortalecer a resposta tanto da sociedade quanto do Estado no enfrentamento à violência contra mulheres e meninas. Acreditamos que a mudança e a transformação começam por meio da conscientização e enfrentamento à violência.

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APRESENTAÇÃO O empoderamento das mulheres é condição crucial para uma vida livre e autônoma. Se o termo muitas vezes tem sido desgastado, com a profusão de usos em iniciativas de cunho neoliberal, ele também carrega consigo a força da história dos movimentos de mulheres que resistem contra as diferentes formas de opressão e que constroem um mundo melhor, para mulheres e homens. É dessa busca por um mundo igual que emergiu o projeto de extensão intitulado Violência de gênero e empoderamento de mulheres em desproteção social: Mulheres apenadas e atendidas pelo CREAS em Londrina, aprovado pela Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná, por meio do chamamento público CP 02/2022 – Programa Mulheres Paranaenses: Empoderamento e Liderança. Esse Programa nasceu de forma exemplar, coerente com uma visão crítica de empoderamento, a partir da cooperação da FA com representantes de todas as universidades estaduais do Paraná. Do diálogo entre um grupo de pesquisadoras especializadas e gestoras/es sensíveis às desigualdades de gênero que atingem as mulheres, construímos o Programa Mulheres Paranaenses: empoderamento e liderança. 6


Em resposta ao CP 02/2022, propusemos este projeto focado no trabalho de extensão, articulado à pesquisa, com dois grupos de mulheres: i) em desproteção social; ii) em cumprimento de penas privativas de liberdade em meio aberto, em regime semiaberto harmonizado ou domiciliar (monitoração eletrônica) e/ou egressas do Sistema Penitenciário. O projeto de extensão tem como objetivo propiciar espaço de troca de experiências e de reflexão coletiva sobre temas relativos à situação social das mulheres como desigualdades e empoderamento, com vistas a mudanças sociais e atitudinais baseadas na igualdade de gênero e em uma sociedade com justiça social, igualdade de gênero e livre da violência. Na execução do projeto, destacamos as ações educativas com mulheres, por meio de cursos de extensão, desenvolvidos com base na metodologia de rodas de conversa, provocadas por meio de dinâmicas e recursos audiovisuais como músicas e vídeos, consistindo no uso combinado da pedagogia para a liberdade e da pedagogia da escuta. A finalidade é produzir um espaço de trocas horizontais e dialógicas a partir das quais as participantes podem refletir sobre sua situação e suas condutas visando mudanças que contribuam para o empoderamento e a autonomia das mulheres.

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Os cursos de extensão foram organizados de modo a tratar de temas como identidade, direitos, liberdade, autonomia, sexualidade, solidariedade e violência, relacionando-os às experiências que impactam o poder das mulheres nas interações sociais. Ao final, espera-se que as participantes do grupo se vejam mais capazes de conduzir com autonomia a própria vida, em condições de rever relacionamentos abusivos e violentos e comprometidas com uma sociedade mais igualitária e livre de violência de gênero. Da experiência de aproximadamente 4 (quatro) anos com grupos de mulheres mediante uso de metodologias dialógicas, reunimos nesta publicação uma compilação de dinâmicas e exercícios que podem auxiliar educadoras, ativistas e multiplicadoras em ações educativas voltadas ao empoderamento das mulheres. Frente ao compromisso histórico e contínuo dos movimentos de mulheres e à dedicação de tantas pesquisadoras, educadoras e ativistas, este projeto e esta publicação são mais um passo na busca incessante por uma sociedade onde todas as mulheres possam viver com verdadeira autonomia, igualdade e livre de qualquer forma de violência de gênero. Empoderar sociedade.

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DINÂMICAS

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Dinâmica 1

Apresentação Adaptação de original disponível aqui (pág. 4)

Apresentação das participantes Objetivo: e facilitadoras, de modo descontraído. Tempo: 40 minutos

Materiais Formulários impressos para apresentação (sugestão na sequência) Canetas esferográficas Desenvolvimento 1. Peça às participantes para preencherem o formulário com as questões abaixo. a. Consulte o grupo sobre a hipótese de que alguém precise de auxílio. 2. Após todas preencherem, peça que entreguem os formulários para a facilitadora que irá embaralhar e trocar os formulários de forma que nenhuma fique com o seu próprio.

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3. A seguir, cada participante deverá fazer a apresentação da outra participante, valendo-se do questionário que tem em mãos, sem dizer o nome que está escrito. Ao final de cada apresentação as participantes tentam adivinhar de quem é o formulário. 4. Para finalizar a dinâmica, indicamos exibir e discutir o vídeo: Vida Maria (8min35s). Disponível no link. 5. Encerre esse momento tecendo conexões entre o vídeo, as falas das participantes e a árvore das expectativas, que será a atividade na sequência.

Sugestões para o formulário 01. Nome: 02. Apelido: 03. Idade: 04. Estado civil: 05. Quantidade de filhos: 06. Escolaridade: 07. Um esporte favorito: 08. Um lazer: 09. Uma qualidade: 10. Um defeito: 11. Uma alegria: 12. Uma tristeza:

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Dinâmica 2

Mural das Expectativas Elaboração: Silvana Mariano

Objetivo:

Conhecer melhor as expectativas de aprendizado entre as participantes do grupo.

Tempo: 1 hora

Materiais Cartões para composição do mural (sugestões na sequência). Papel sulfite (se possível, cores variadas). Pincéis atômicos/permanentes (cores variadas). Fita adesiva/crepe. Desenvolvimento 1. Faça uma breve introdução para explicar que irão elaborar juntas o planejamento do curso, por meio de um mural das expectativas. 2. Fixe em um mural os cartões previamente preparados. Cartão 1: O que eu gostaria de ter neste espaço? Cartão 2: Quais são minhas dificuldades ou desafios para realizar este curso? Cartão 3: Quais são minhas vantagens para realizar este curso? 12


a) Pode-se fazer mais de um cartão para cada pergunta. b) Ofereça ajuda a quem precisar de auxílio com a escrita.

3. Ajude as participantes para agrupar cartões parecidos, fixando-os em um espaço da parede. 4. Estimule as participantes com perguntas ao grupo. Se necessário, vá escrevendo as reflexões do grupo e colocando na parede. 5. Quando o mural estiver pronto, leia cada cartão e resuma para o grupo os resultados de cada conjunto de cartões entre i) o que se espera; ii) as dificuldades; e iii) as vantagens. 6. Para fechar este momento, peça avaliação ao grupo com a seguinte indagação: Vocês se sentem representadas por esse mural?

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7. Para conectar as expectativas ao tema do empoderamento das mulheres, sugerimos exibir e discutir o seguinte vídeo: Empoderamento das mulheres (2min37s). Disponível no link. 8. Música para concluir, sugerimos uma música. Rita Lee – Todas as mulheres do mundo . Disponível no link. 9. Avaliação Como foi para vocês realizar essa atividade? Como se sentiram?

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Dinâmica 3

O Mundo é das Mulheres? Elaboração: Silvana Mariano

Contribuir para que as mulheres identifiquem formas de opressão, Objetivo: de discriminação e de preconceito e reflitam coletivamente sobre as possibilidades de resistência individual e coletiva. Tempo: 2 horas

Materiais Papel sulfite Fita adesiva/crepe Pincel atômico Caixa de som Desenvolvimento 1. Inicie a dinâmica informando o objetivo da atividade, com as seguintes observações: a) Nesta atividade não existe certo e errado, são apenas opiniões diferentes; b) Estamos aqui para acolher e respeitar opiniões divergentes; 2. Distribua papel e disponibilize pincel atômico. Em três momentos distintos, as participantes irão responder às seguintes questões:

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a) uma palavra que define como você se vê b) uma palavra que define como você gostaria de ser c) o que mais quiser compartilhar Essa etapa funciona também como forma de apresentação para que o grupo se conheça. 3. Monte um mural no qual as participantes fixarão os papéis com as respectivas respostas. Faça leitura do conjunto das respostas e teça breves comentários. 4. Peça duas ou três voluntárias. Peça que cada uma fale de uma situação vivenciada na qual tenha se sentido potente, poderosa, por ser mulher. Fale de uma situação na qual você se sentiu potente para realizar algo por ser mulher. Motive a troca de experiências e as reflexões. Teça comentários sobre os padrões que marcam a vida das mulheres.

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5. Passando para a outra face das relações de gênero: O que vocês deixaram de fazer por serem mulheres?

Novamente, peça duas ou três voluntárias. Havendo mais voluntárias, abra espaço de fala a todas e atente-se ao tempo. Estimule as reflexões e faça sínteses, observando, por exemplo, os movimentos pendulares entre o “heroísmo” e a “opressão”. 6. Estimule as participantes com a seguinte indagação:

Quais são as minhas formas para contrariar ou driblar o que me desfavorece?

Articule os vários pontos que aparecem nos relatos dando atenção especial aos “poderes”, ou recursos, como os pessoais, os institucionais, os financeiros, os emocionais, os familiares, etc.

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7. Passando para um plano propositivo, convide o grupo a discutir: a) O que gostaríamos que fosse diferente na vida das mulheres? b) O que nós mulheres podemos fazer para melhorar a vida das mulheres?

Nesse momento a discussão pode ser apenas verbal, sem apoio de recursos extras.

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8. Sugestão de música para conclusão: Pagu – Rita Lee e Zélia Duncan (duração: 4min38s) Disponível no link. 9. Avaliação: O que vocês gostaram do encontro? O que vocês não gostaram do encontro?

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Dinâmica 4

Desconstruindo Estereótipos e Preconceitos Elaboração: Silvana Mariano

Analisar criticamente os estereótipos e os preconceitos de Objetivo: gênero presentes em nosso meio social e refletir coletivamente sobre sua desconstrução, com vistas à ampliação das liberdades e da autonomia das mulheres. Tempo: 2 horas

Materiais Cartazes impressos com mensagens sobre preconceitos, estereótipos e discriminação (sugestões na sequência); Cartazes impressos com mensagens positivas e de incentivo às mulheres (sugestões na sequência); Impressão do conteúdo conceitual - o que é preconceito? O que é estereótipo? O que é discriminação? (sugestões na sequência).

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Desenvolvimento 1. Informe os objetivos da atividade: a) Identificar estereótipos e preconceitos contra as mulheres b) Refletir c) Criticar d) Repensar práticas e condutas

2. Conhecendo as mensagens Disponibilize cartazes impressos com mensagens diversas sobre preconceitos, estereótipos e discriminação, bem como mensagens positivas, de incentivo e de reconhecimento;

Circule as folhas no grupo; cada pessoa será convidada a retirar uma das folhas, ler e opinar sobre a mensagem. Procure estimular as demais participantes do grupo a também opinar sobre as mensagens. Atente-se para estimular que todas as participantes do grupo se manifestem em interação com as demais.

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3. Para facilitar a autoavaliação do grupo sobre o conteúdo discutido, apresente as seguintes indagações: a) O que mais chamou atenção do grupo? b) Quais dessas ideias ficaram no passado? c) Quais dessas ideias ainda estão presentes no nosso cotidiano? d) Quais são as consequências para a vida de mulheres e de homens?

4. Faça leitura das definições conceituais para estereótipo, preconceito e discriminação. Se possível, distribua cópias impressas com esse conteúdo. O que é estereótipo? O Estereótipo é um conceito, ideia ou modelo de imagem atribuída às pessoas ou grupos sociais, muitas vezes de maneira preconceituosa e sem fundamentação teórica. Em resumo, os estereótipos são impressões, préconceitos e “rótulos” criados de maneira generalizada e simplificada pelo senso comum. (Disponível no link)

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O que é preconceito? Preconceito é uma opinião formulada sem a devida reflexão ou exame crítico. Geralmente desprovida de qualquer fundamento, essa opinião acaba influenciando modos de pensar e agir, podendo determinar atos de intolerância contra pessoas ou grupos sociais. (Disponível no link)

O que é discriminação? É denominada discriminação toda a atitude que exclui, separa e inferioriza pessoas tendo como base ideias preconceituosas. (Disponível no link)

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5. Articule os conceitos com os relatos e assuntos tratados na discussão do grupo. 6. Proponha às participantes a reavaliação dos seus conceitos sobre os temas. Essas discussões me levam a mudar minha visão sobre algum assunto ou ponto? 7. Sugestão de música para encerramento: MC Carol - 100% feminista (duração: 3min18s) Disponível no link. Sugestões alternativas de vídeos para conclusão do tema: a) “Vista sua pele” (duração: 1m) Disponível no link. b) “Velha para isso” (duração: 1m11s) Disponível no link. c) “Invisible Players” (duração: 2m) Disponível no link. 8. Avaliação Como vocês se sentiram na atividade de hoje?

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Dinâmica 5

Eu e o Outro - Eu e o Meio Adaptação de Bere Adams. Original disponível no link.

Promover reflexão sobre as formas como nos tratamos uns aos outros Objetivo: e como tratamos nosso ambiente (respeito e tolerância).

Tempo: 2 horas

Materiais Cartões impressos com frases sobre respeito, tolerância, reciprocidade, empatia e autocuidado (sugestões a seguir) Caixa ou pacote (para os cartões) Folhas de papel para desenho ou escrita Canetinhas e lápis de cor Fita adesiva/crepe Cartaz com a frase de Léa Waider (sugestão a seguir) Desenvolvimento 1. Inicie a atividade informando o objetivo ao grupo e, na sequência, proponha que as participantes falem sobre as questões a seguir. Dê preferência para discutir uma questão por vez.

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a) Como me relaciono comigo mesma? b) Como me relaciono o outro? c) Como me relaciono com meu meio? Não é esperado que todas as pessoas falem das três questões. O importante é que todas falem de alguma dessas questões. 2. Fixe na parede folha com a frase a seguir. A maioria das pessoas fala e faz coisas sem consciência de como isso pode estar atingindo aos outros. Não por egocentrismo, mas porque vivemos num mundo em que cada um tem que cuidar de si mesmo, nossa sociedade impõe essa forma de sobrevivência. - Léa Waider Faça a leitura da frase e estimule as participantes a opinar a respeito. 3. Distribua folhas em branco para que cada pessoa possa desenhar ou escrever palavras ou frases sobre o que os outros fazem que mais as incomoda. Combine um tempo para esse momento de trabalho individual. Sugestão: 5 minutos. Convide cada uma a falar livremente sobre sua frase ou desenho para o grupo. Monte um painel ou mural com os resultados, fixando as folhas na parede. 4. Distribua novamente folhas em branco para que cada pessoa possa desenhar ou escrever palavras ou frases que refletem harmonia nos relacionamentos humanos. 26


Repita o processo realizado no item anterior. 5. Em uma caixinha, coloque os cartões impressos e dobrados. Entregue um de cada vez. A pessoa pega um cartão, lê e opina sobre a mensagem. O grupo opina se concorda ou não com aquela frase. Após cada leitura, fixar os cartões na parede. 6. Convide as participantes a discutir o conteúdo do mural. Que visão o grupo tem do mural formado? Conclua a atividade com uma síntese sobre o respeito próprio, cuidado, tolerância, reciprocidade, empatia, o sentido social de nossas ações, reações e relações. 7. Procure associar alguma música ou vídeo de curta-metragem para finalizar o tópico. 8. Avaliação. Como vocês se sentiram nesta atividade de hoje? Material de Apoio

Disponível aqui

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Dinâmica 6

O Tempo das Mulheres Elaboração: Silvana Mariano

Contribuir para que o grupo reflita coletivamente sobre as Objetivo: sobrecargas sociais que afetam o uso do tempo diferenciadamente para homens e para mulheres. Contribuir para fomentar visões críticas sobre a divisão sexual do trabalho e sobre a tradição de destinar as tarefas de cuidado às mulheres.

Tempo: 2 horas

Materiais Pincel atômico Papel sulfite Fita crepe Caixa de som Vídeo indicado Desenvolvimento 1. Inicie apresentando o objetivo ao grupo e já convide as participantes a discutir, um por vez, os seguintes tópicos:

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a) Vocês acham que o tempo das mulheres é curto? b) Falta tempo a vocês para fazer coisas que gostariam de fazer? 2. Introduza uma segunda provocação com o vídeo a seguir: Mãe na prisão – SensacionalistaHumor Multishow (Duração 2:43min). Disponível no link. 3. Distribua folhas de papel e pincel atômico e peça para cada participante escrever resposta(s) à seguinte questão: Como eu defino meu tempo? Peça para que fixem as folhas no mural. Havendo tempo para que todas tenham concluído a atividade, leia todas as repostas e incentive o diálogo entre as participantes. 4. Novamente com papel e pincel atômico, peça que respondam à seguinte questão: O que eu faria se tivesse mais tempo? Havendo tempo para que todas tenham concluído a atividade, leia todas as repostas e incentive o diálogo entre as participantes.

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5. Agora, para que elas possam chegar à própria síntese, peça que respondam à seguinte questão: O que é tempo, pra mim? Leia todas as repostas e incentive o diálogo entre as participantes. 6. Concluídas as rodadas, faça uma síntese destacando os vários significados de tempo e relacionando esses significados às relações sociais de gênero. Alguns possíveis tópicos para articulação são: Juventude/velhice Ciclos da vida Uso do tempo Estações do ano Clima 7. Desenvolva uma síntese sobre as desigualdades de gênero no uso do tempo e a importância do tempo para as mulheres. Use dados estatísticos atualizados sobre uso do tempo e sua conexão com as desigualdades entre homens e mulheres. 8. Avaliação Como você se sentiu no encontro de hoje?

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MATERIAL DE APOIO

Exemplos de dados utilizados para síntese Sugestão de vídeo: Davos 2020 – Tempo para cuidar (Duração 1min) Disponível no link.

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Dinâmica 7

Identidade - Quem sou eu? Elaboração: Silvana Mariano

Refletir sobre a identidade como Objetivo: construção social, pessoal e institucional. Vincular a identidade a modos de ser e a práticas sociais. Tempo: 40 min.

Materiais Folha de papel sulfite Canetas/pincel com ponta grossa Fita adesiva/crepe

Desenvolvimento 1. Inicie apresentando o objetivo da atividade e, na sequência, convide as participantes a responder à seguinte questão: Vocês já olharam para si mesmas e se perguntaram quem são? A questão é apenas um convite à reflexão, o que pode ser silencioso para algumas e comentado por outras. Dê espaço às manifestações orais, com cuidado para não avançar diretamente no tema. É apenas um aquecimento sobre o tema. 32


2. Destaque que todos nós refletimos em algum momento sobre quem somos e proponha iniciar a conversa com autoavaliação. Convide para pessoa a responder: “Quem sou eu?” Cada pessoa responde com escrita ou desenho em uma folha de papel e fixa sua folha no quadro, painel ou mural. 3. Leia o painel formado e articule as explicações possíveis, dando abertura para manifestação do grupo. Enfatize a importância do contexto e explique que as relações são construídas diferentemente a depender dos contextos e da interlocução. 4. Convide o grupo para pensar sobre a importância dos contextos e das circunstâncias com a seguinte questão: a) Em outros momentos vocês já se definiram de outras formas? b) hoje, se vocês estivessem em um lugar diferente desta sala, vocês responderiam essa mesma pergunta de outro modo? 5. Sugestões de tópicos para a síntese da facilitadora: a) Pode-se assumir várias identidades; b) O modo como nos definimos sofre influência da interação em que nos encontramos; 33


c) Há fluidez (posso me redefinir; me ressignificar; tem um lado positivo) d) Há cristalização (o que também tem um lado positivo) Para esse trabalho de síntese, seguem algumas citações que podem ser úteis para a organização dos argumentos. O recurso à identidade deveria ser considerado um processo contínuo de redefinir-se e de inventar e reinventar a sua própria história. (BAUMAN, 2005, p.13). (...) a identidade é uma luta simultânea contra a dissolução e a fragmentação; uma intenção de devorar e ao mesmo tempo uma recusa resoluta a ser devorado. (BAUMAN, 2005, p.84). A construção da identidade assumiu a forma de uma experimentação infindável. Os experimentos jamais terminam. Você assume uma identidade num momento, mas muitas outras, ainda não testadas, estão na esquina esperando que você as escolha. Muitas outras identidades não sonhadas ainda estão por ser inventadas e cobiçadas durante a sua vida. Você nunca saberá ao certo se a identidade que agora exibe é a melhor que pode obter e a que provavelmente lhe trará maior satisfação. (BAUMAN, 2005, p.91-92). AUMAN, Zygmunt. Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi. Trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.

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6.Avaliação Como você se sentiu no encontro de hoje? Material de Apoio

VIZIBELI, Danilo. Identidade: quem sou eu, quem é você? Espaço da Gente, Informação, Cultura e Entretenimento. Acesse aqui

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Dinâmica 8

Egoísmo e Altruísmo Adaptação. Original disponível no link.

Refletir coletiva e criticamente Objetivo: sobre exemplos do nosso cotidiano, com destaque para condutas egoístas e altruístas. Tempo:

40 min.

Materiais 1. Papel sulfite; 2. Lápis e borracha. 3. Cartões impressos com textos sobre egoísmo e altruísmo (sugestões na sequência). Desenvolvimento 1. Inicie explicando o objetivo da atividade e na sequência distribua os cartões sobre EGOÍSMO, um por vez, e peça para que as participantes da roda opinem sobre aquela frase: a) Isso já aconteceu com vocês? b) O que vocês pensam sobre isso? Após leitura, fixe cada cartão no quadro.

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2. Após montar o mural com todos os cartões, faça uma leitura geral e peça ao grupo para que cada pessoa escreva (ou desenhe), uma atitude que seja o INVERSO do egoísmo. Estimule para que pensem em situações variadas, sem que fiquem presas aos exemplos das frases apresentadas sobre egoísmo. 3. Cada pessoa lê teu cartão, argumenta a respeito e cola no quadro. 4. Montado o mural com todas as contribuições, agregue os cartões que você preparou sobre ALTRUÍSMO. Distribua um por vez, pedindo para que cada pessoa leia o cartão, argumente sobre a mensagem e fixe-o no quadro. 5. Com o quadro finalizado, leia todo o material e faça uma breve síntese: § Um bom critério para eu mesma avaliar se minha conduta é correta é perguntar-se: “como seria a sociedade se todas as pessoas fizessem o mesmo que eu estou fazendo?” § Empatia é algo que devemos praticar diariamente. Quando nos colocamos no lugar do outro, analisamos, com maior rigor, como temos agido socialmente. Movimentar a ideia de empatia, nos estimula a esperar por relacionamentos melhores, assim como também esperaremos por dias melhores.

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§ Em tempos de radicalização e de crescimento da violência, é importante a busca por ESPERANÇA. 6. Sugestões de vídeos para finalizar a atividade: “Esperança” por Onyee Lo, Paige Carter e Katie Knudson” (duração: 3m47s) Disponível no link. “Soar” por Alyce Tzue (duração: 6m14s) disponível no link. 7. Avaliação Como vocês se sentiram com a atividade de hoje?

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MATERIAL DE APOIO

A seguir, apresentamos algumas sugestões de textos para produção dos cartões impressos. É sempre recomendável que a facilitadora reserve um tempo para elaborar novos textos, pois mesclar as sugestões recebidas com a elaboração própria irá resultar em conexões mais significativas com o público e o contexto de realização da atividade. Cartões - EGOÍSMO 1.Parar o carro em fila dupla, “só por um minutinho”. 2.Furar a fila de atendimento. 3.Não prestar atenção ao que a outra está falando. 4.Querer levar vantagem em tudo. 5.Não dar notícias a parentes próximos e amigos. 6.Não compartilhar informações de interesse, como onde e como obter algum benefício assistencial. 7.Pegar grande quantidade de alimentos sem saber se será suficiente para que todas as pessoas comam. 8.Dar nomes estranhos aos filhos. 9.Fumar perto de pessoas que não são fumantes. 10. Tossir ou espirrar sem cobrir a boca e o nariz. 11. Não gostam de emprestar nada. 12. Não gostam de fazer favores. 13. Ser espaçoso em um ambiente coletivo.

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MATERIAL DE APOIO

Cartões - ALTRUÍSMO 1. Compartilhar um conhecimento. 2. Fazer um favor para um amigo. 3. Fazer um favor para pessoa que você não conhece. 4. Ouvir um desabafo. 5. Dar uma carona. 6. Fazer doações. 7. Realizar trabalho voluntário. 8. Ensinar a generosidade. 9. Emprestar um objeto. 10. Defender uma causa social. 11. Oferecer tua cadeira para uma pessoa mais vulnerável (idosa, pessoa com criança, mulher grávida, pessoa com deficiência, etc.) 12. Indicar a direção na rua a um desconhecido. 13. Respeitar os sentimentos dos outros. 14. Dar comida a uma pessoa que esteja com fome.

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Dinâmica 9

Refletindo sobre Empoderamento e Sororidade Elaboração: Silvana Mariano

Refletir coletivamente sobre as relações sociais entre as Objetivo: mulheres. Desconstruir estereótipos sobre a rivalidade entre mulheres e valorizar a sororidade. Tempo: 1 hora

Materiais

Cartões impressos Fita crepe Caixa de som Desenvolvimento 1. Inicie apresentando o objetivo da atividade e convide o grupo para discutir, uma por vez, as frases a seguir, que serão fixadas na parede, também uma por vez.

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a) Mulher se arruma, se produz, para outra mulher. b) Mulheres não são amigas; são rivais. c) Mulher não vota em mulher. Incentive a fala de todas as participantes da roda. 2. Apresente os seguintes comentários ou outros que articulem o argumento. Sabiam que as pesquisas indicam que ter amigas faz bem à saúde da mulher? Alguns benefícios de ter amiga: a) Aumenta seu senso de pertencimento e seus propósitos; b) Aumenta a felicidade e reduz o estresse; c) Melhora a autoconfiança e a autoestima; d) Ajuda a lidar com traumas, como o divórcio, e com doenças graves; e) Incentiva a abandonar hábitos pouco saudáveis, como o consumo excessivo de álcool. 3. Tendo apresentado os argumentos em benefício da amizade entre mulheres, indague (uma questão por vez): a) Por que vocês acham que isso acontece? b) Alguém já se sentiu apoiada ou amparada por outra mulher? 4. Convide o grupo a analisar como nós mulheres podemos ser solidárias entre nós; formar uma irmandade de mulheres. 42


a) Use um pacote com os cartões impressos. Cada pessoa retira um cartão; lê; apresenta ao grupo; e opina sobre ele. Após, fixa no painel. b) Abra espaço para que as mulheres adicionem outras ideias, para além dos cartões fornecidos. 5. Após o uso dos cartões, incentive as participantes a debaterem uma possível definição do que é a sororidade. 6. Após discutir e opinar sobre algumas possíveis definições, apresente a definição corrente: O que é sororidade? A sororidade deriva do latim soror, que significa irmã. Em resumo, sororidade é a irmandade entre as mulheres. Fonte. 7. Produza uma breve síntese dando destaque à importância de se descontruir estereótipos que dificultam a sororidade entre as mulheres e os benefícios da cooperação feminina. 8. Sugestão de música para finalização. Incentive que as mulheres dancem em roda. Vídeo: Eu sozinha ando bem mas com você ando melhor - Jornalistas Livres. Disponível no link. Acesso em 31/07/2023.

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9. Avaliação: Como vocês se sentiram hoje? O que vocês levam hoje desta troca?

Material de Apoio

Rede de apoio: amizade entre mulheres faz bem para a saúde. Disponível no link. Acesso em 31/07/2023

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Dinâmica 10

Amizade e Sororidade Elaboração: Silvana Mariano

Refletir coletivamente com o grupo sobre as relações sociais Objetivo: entre as mulheres de modo a desconstruir estereótipos sobre a rivalidade entre mulheres e valorizar a sororidade. Relacionar amizade feminina e sororidade. Tempo: 2 horas Materiais cópias da reportagem sobre “rede de apoio” cartões impressos contendo diferentes ideias sobre sororidade caixa ou pacote para armazenamento dos cartões cartaz com a definição de sororidade fita adesiva/crepe caixa de som Desenvolvimento 1. Informe o objetivo da atividade e convide cada participante a escrever em uma folha a resposta para o seguinte questionamento:

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Qual é o significado da amizade para você? Peça para fixar as folhas na parede, em formação de mural. Leia o mural e promova breve discussão entre o grupo, incentivando a fala de todas as participantes. 2. Convide cada participante a escrever ou desenhar como são suas amizades com mulheres. Peça para fixar as folhas na parede. 3. Convide cada participante a escrever ou desenhar como são suas amizades com homens. Peça para fixar as folhas na parede. 4. Incentive o grupo a discutir sobre as diferenças entre amizades de mulheres com mulheres e de mulheres com homens. 5. Identifique o relacione criticamente os padrões de gênero que regem esses comportamentos. 6. Distribua cópias impressas da reportagem sugerida e promova uma leitura coletiva, de voz alta. Rede de apoio: ter amigas faz bem para a saúde feminina. Disponível no link. Acesso em 31/07/2023.

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Qual é o significado da amizade para você?

Peça para fixar as folhas na parede, em formação de mural. Leia o mural e promova breve discussão entre o grupo, incentivando a fala de todas as participantes. 2. Convide cada participante a escrever ou desenhar como são suas amizades com mulheres. Peça para fixar as folhas na parede. 3. Convide cada participante a escrever ou desenhar como são suas amizades com homens. Peça para fixar as folhas na parede. 4. Incentive o grupo a discutir sobre as diferenças entre amizades de mulheres com mulheres e de mulheres com homens. 5. Identifique o relacione criticamente os padrões de gênero que regem esses comportamentos. 6. Distribua cópias impressas da reportagem sugerida e promova uma leitura coletiva, de voz alta. Rede de apoio: ter amigas faz bem para a saúde feminina. Disponível no link. Acesso em 31/07/2023.

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7. Convide o grupo a refletir sobre como nós mulheres podemos ser solidárias entre nós; formar uma irmandade de mulheres. Apresente o pacote/caixa com os cartões ao grupo e peça para que uma pessoa retire um cartão, aleatoriamente. Peça que o apresente ao grupo e o leia, opinando sobre a mensagem. Após, fixe o cartão na parede. Repita o procedimento até completar a rodada com participação de todas as pessoas. Evite distribuir todos os cartões ao mesmo tempo porque isso favorece conversas paralelas e dispersão no grupo. Distribua um cartão por vez. Abra espaço para que as mulheres adicionem outras ideias.

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8. Exponha ao grupo a definição de sororidade. O que é sororidade? A sororidade deriva do latim soror, que significa irmã. Em resumo, sororidade é a irmandade entre as mulheres. Fonte no link. Fixe o cartaz com a definição em um local onde todas possam visualizar. Incentive o grupo a formular suas próprias definições para a irmandade entre as mulheres. 9. Para finalizar, exiba o vídeo explicativo: “Afinal, o que é sororidade?” (duração: 6m30s) Disponível no link. Abra ao grupo para novas manifestações ou comentários. 10. Para concluir, teça considerações de como a sororidade é um processo em construção contínua, coletivo e transformador. Incentive as participantes a apoiarem outras mulheres em suas vidas cotidianas e a valorizar a apoio que recebem de outras mulheres. 11. Avaliação: Como vocês se sentiram hoje? O que vocês levam hoje desta troca?

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MATERIAL DE APOIO

Rede de apoio: amizade entre mulheres faz bem para a saúde. Disponível no link. Acesso em 31/07/2023. Sugestões de mensagens para produção de cartazes. Se possível, produza cartazes com apelos visuais. 1. Não enxergue as mulheres à sua volta como rivais só por serem mulheres 2. Não use critérios diferentes para julgar homens e mulheres 3. Quando uma menina sofrer algum tipo de assédio ou violência sexual, nunca ache que a culpa foi dela 4. Não estimule os sentimentos de inveja ou rivalidade entre as mulheres à sua volta 5. Tente não criticar abertamente as mulheres à sua volta. 6. Se sua amiga for traída pelo namorado, não coloque a culpa na outra menina envolvida 7. Quando uma desconhecida precisar de ajuda, coloque-se à disposição 8. Não responsabilize suas amigas pelos filhos ou pela limpeza da casa 9. Na próxima vez que estiver em uma situação de risco na rua, observe: do seu lado pode haver outra mulher passando pela mesma insegurança. Que tal irem juntas? Disponíveis no link. Acesso em 31/07/2023.

LESFEM

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Outras sugestões: 1.Procure tirar alguns termos do vocabulário 2.Cuide de uma mulher que não esteja bem 3. Elogie e incentive outras mulheres 4. Consuma o feminino 5. Indique uma mulher Disponíveis no link. Acesso em 31/07/2023.

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Dinâmica 11

Prevenção de Violência Contra Mulheres e Meninas Elaboração: Silvana Mariano

Contribuir para a reflexão do grupo sobre formas sutis e explícitas de violência de gênero Objetivo: contra meninas e mulheres e compartilhar experiências sobre atitudes individuais e coletivas que colaboram para a proteção delas. Tempo:

2 horas

Materiais Cartões impressos com diferentes formas de violência de gênero (sugestões no material de apoio) Cartazes impressos com frases/imagem sobre empoderamento feminino (sugestões a seguir) Reportagens impressas ou acesso online (sugestões a seguir) Uma caixa para armazenar as cartelas. Desenvolvimento 1. Convide as participantes para a formação de um círculo. Em seguida, exponha os objetivos da atividade: 52


Troca de opiniões sobre o que consideramos ou não como violência; troca de experiências sobre como agir, reagir ou prevenir. Ressalte que as experiências são individuais e diversas, porém, é possível tirar aprendizagens coletivas a partir delas. 2. Com uma caixinha ou um pacote, distribua os cartões, um por vez, para que cada pessoa da roda retire um, leia para o grupo e comente. As demais pessoas estão convidadas a comentar aquele cartão. Concluídos os cartões, consulte o grupo sobre eventuais adições que queiram fazer. 3. A partir das reflexões sobre o teor dos cartões, o grupo terá formado uma visão sobre algumas das formas, sutis ou explícitas, de violência de gênero contra meninas e mulheres. Convide-as para uma discussão com as seguintes questões (uma por vez): i.Como podemos nos proteger? ii.Como podemos proteger outra mulher ao nosso redor?

Como elemento facilitador inicial, você pode oferecer seu relato pessoal e também pode ilustrar com algumas notícias que falam sobre esse tema. 53


Exemplos de notícias: “Mulher ameaçada pelo marido liga para a polícia e finge pedir pizza para conseguir socorro”. “Para salvar mulher que estava sendo assediada, motorista de aplicativo finge ser namorado de passageira”. “Mulher finge ter contraído coronavírus e escapa de estupro dentro de casa.” “Mulher finge desmaio para escapar de tentativa de estupro”. “Bar cria drink falso para ajudar mulheres escaparem de casos de abuso”. 4. Faça articulações a partir dos relatos e teça breve síntese sobre o tema. Ressalte que a proteção pode ser um ato pessoal, de terceiros e até mesmo coletivo. Disponível no link. 5. Compartilhe com o grupo, na forma de leitura coletiva, reportagem da Universa. Reportagem: Faça a coisa certa: 10 jeitos de ajudar uma mulher que está sendo assediada).

6. Amarre a discussão sintetizando que o problema não é somente das vítimas e nem somente das mulheres e que é importante a participação de pessoas, empresas, instituições e poder público para reduzir as ocorrências de violência contra mulheres e meninas. 54


Para fechar o tópico, distribua cópia dos cartazes com frases sobre empoderamento feminino e peça às participantes que leiam e comentem suas impressões para o grupo. 8. Avaliação: Como vocês se sentiram nesta atividade de hoje?

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Textos para impressão dos cartões

MATERIAL DE APOIO

Ele é um ótimo homem quando está sóbrio. Só fica agressivo quando está bêbado. Se não é minha, não será de mais ninguém. “Filho da puta” é um xingamento que me faz sentir-me melhor quando fico contrariada com alguma coisa. Jeniffer tinha 17 anos quando foi assassinada por

seu

ex-namorado.

Na

televisão

o

apresentador comentou como se deu a “briga do casal”. Simone estava sob efeito de drogas e André, mesmo

percebendo

seu

estado

de

incapacidade, fez sexo com ela. Você é casada? Ou, você tem namorado? Sozinha na rua àquela hora, queria o que? Adolescentes que sabem o que estão fazendo não são vítimas de exploração sexual. Algumas meninas são bastante desenvolvidas e bem mais maduras que sua idade.

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Dinâmica 12

Refletindo Sobre Empoderamento Elaboração: Silvana Mariano

Identificar e debater relações de Objetivo: poder baseadas em gênero e a ação das mulheres (individual e coletivamente) para a conquista de mais poder e autonomia. Tempo: 2 horas

Materiais Cartões com histórias Fita crepe Caixa de som 2 Cartazes com os títulos “EMPODERAMENTO” e “DESEMPODERAMENTO”

Desenvolvimento 1. Inicie apresentando o objetivo da atividade e introduza as seguintes provocações: a) As mulheres precisam de poder? Por que? b) As mulheres gostam de poder? c) O que é poder? d) O que é empoderamento das mulheres? 57


2. Acolha as reações do grupo e articule as ideias com o exercício seguinte. Fixe os dois cartazes em um espaço da parede reservado para o mural. Empoderamento Desempoderamento 3. Distribua os cartões, vários deles para cada participante, e peça para que elas classifiquem cada cartaz, fixando-o no mural. Destaque que não existe uma classificação correta e que cada uma deve seguir sua interpretação ou visão. Defina um tempo para o exercício. Oriente o grupo a montar o mural como um contínuo entre em pólo e outro. A expectativa é de que o mural ganhe o formato de um diagrama e represente um continuum entre o desempoderamento e o empoderamento. Não existe um diagrama correto. O resultado irá expressar as visões do grupo. 4. Uma vez com o diagrama montado, leia os cartões, iniciando do desempoderamento indo em direção ao empoderamento. Faça leitura paulatina, dando espaço para que as participantes comentem e eventualmente divirjam da posição do cartão. Dê espaço também para as histórias pessoais.

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Sempre que necessário, peça para que as participantes argumentem ou justifiquem o modo como alocou a cartela no diagrama. Leia todos os cartões, porém, dependendo do tamanho do diagrama, não será viável comentar todos eles. Se for esse o caso, destaque aqueles que sejam mais emblemáticos, alternando entre os que representam regularidades e os que têm chances de encontrar visões diferentes. 5. Realize uma síntese sobre as condições e os fatores que, em diferentes contextos, impedem que meninas e mulheres exerçam poder sobre suas vidas e seu meio 6. Ofereça uma breve explicação sobre o que é empoderamento

Est á ligado a uma consciência coletiva por parte das mulheres e é constituído de ações tomadas por mulheres que não se deixam ser inferiorizadas pelo seu gênero e tomam atitudes que vão contra o machismo imposto pela sociedade” (Empoderamento: o que significa esse termo? | Politize!)

7. Faça uma síntese, podendo ressaltar os seguintes pontos:

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a) origem nos movimentos feministas b) objetivo de chamar atenção para relações de poder nas relações sociais entre homens e homens c) envolve mudanças individuais e coletivas das mulheres d) importância de também olharmos para as relações de poder ENTRE as mulheres. e) Destaque para os processos históricos de mudanças sociais 8. Retome as perguntas provocativas do início da atividade e questione as participantes se suas visões sobre o tema mudaram no decorrer da dinâmica e troca de experiência realizada. 9. Sugestão de vídeo para encerramento. O empoderamento começa no autoconhecimento (duração: 13m09s) Disponível no link. 10. Avaliação Como vocês se sentiram com a atividade de hoje? Quais conhecimentos levarão consigo?

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Texto para cartões Obs.: Essas são sempre sugestões. É importante que a facilitadora dê seu toque pessoal à atividade, adicionado as próprias ideias de cartões. Há temas muito variados entre essas sugestões de cartões. Selecione o que te pareça mais salutar para o grupo a que se destina a atividade. Há muitos anos, uma mulher já não tem interesse sexual pelo seu marido, embora goste dele e o admire como pai. Nos últimos sete anos, ele só transa com ela enquanto ela está dormindo. Geralmente ela acorda e dorme novamente. Em um casal, o homem não aceita fazer contracepção porque acha anti-natural. A mulher toma pílula escondida há cinco anos. Uma mulher viveu 10 anos com seu companheiro e tiveram três filhos. Ela revolveu se separar e estão separados há 5 anos. Durante todo esse período, o ex-marido nunca pagou pensão para os filhos. Mulheres que investem em si vão mais longe!

Uma mulher com uma voz é, por definição, uma mulher forte. (Melinda Gates)

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Coragem é como um músculo. Eu sei por experiência própria que quanto mais eu exercito, mais natural fica para mim não deixar meus medos me vencerem. (Arianna Huffington) Um grupo de pessoas, com homens e mulheres, estava reunido para discutir os direitos das mulheres e os preconceitos contra as mulheres. A conversa foi estimulada, muitas pessoas se manifestaram e surgiram algumas ideias tradicionais como também ideias progressistas sobre a mulher na sociedade. No momento de encerrar a atividade, um homem pediu a palavra e falou longamente contra todas aquelas ideias mais progressistas que veem a mulher com pessoa autônoma. A gente é criada para ser assim, mas temos que mudar. Precisamos ser criadas para a liberdade. O mundo é grande demais para não sermos quem a gente é. (Elza Soares) Com frequência, ouço homens que me dizem: “você pensa assim porque você é mulher”. Apesar do preconceito embutido nesta fala, minha melhor defesa é responder: “penso assim porque é o certo!. (Simone de Beauvoir) Layla sempre trabalhou ainda desde a infância. Quando ela se casou, com 22 anos de idade, seu marido disse que mulher dele não trabalha fora e, então, ela deixou o trabalho fora e se tornou dona de casa. 62


Anita sempre trabalhou para ter seu próprio dinheiro e continuou trabalhando quando se casou. Ao ter seu primeiro filho, ela não conseguiu vaga em creche pública e, sem ter pessoa de confiança para deixar seu filho, ela deixou de trabalhar fora, com a expectativa de voltar a trabalhar quando o filho for um pouco maior.

Dani era uma moça muito extorvertida, mas, agora que está com namorado, ela não pode mais sair com as amigas. Ele controla seus horários, suas redes sociais e o estilo de roupa que ela usa.

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Júlia trabalha o dia inteiro fora de casa. Ela vive com marido, uma filha de 13 anos e um filho de 15 anos. Quando ela chega em casa ao final do dia, geralmente ela ainda realiza vários trabalhos domésticos, como limpeza e cuidado das roupas. Quando o jantar está pronto, ela chama todo mundo para a refeição. Depois que todos vão dormir, Júlia ainda segue com a arrumação da casa, organização das roupas e preparação de comida para o dia seguinte. Luzia foi incentivada por algumas lideranças políticas e decidiu sair como candidata a deputada estadual agora nas eleições de 2022. “Folgado” Eu nunca tive lei/ E nem horário pra sair nem pra voltar/ Se lembra que eu mandei você acostumar/ Tô te mandando embora, melhor sair agora/ Não vem me controlar/ Folgado/ Maldita hora que eu chamei você de namorado/ Imagina se a gente tivesse casado/ Deus me livre da latada que eu ia entrar/ Dá um arrepio (Marília Mendonça) Marcela conheceu André e se sentiu sexualmente atraída por ele. André é casado e Marcela sabe disso. Um dia ele a convidou para um encontro e, esperando uma boa experiência de sexo casual e sem compromisso, Marcela decidiu aceitar.

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Paula conheceu Ricardo uma noite em uma boate. Eles se sentiram atraídos, trocaram carícias e foram a um motel no final da noite. Lá Paula perdeu o tesão e disse não mais querer sexo. Ricardo ficou bravo e agressivo. Roberta estava com seu marido em um bar e percebeu que ele estava interessado por outra mulher da mesa vizinha. Enquanto o marido foi ao banheiro, Roberta foi até a outra mesa e fez ameaças à mulher, intimidando-a a deixar o bar. Bruna foi a uma boate com sua amiga que lhe explicou que, ao receber o convite de um homem para dançar, ela deve aceitar, para não constranger ou ofender o homem. Apesar da instrução da amiga, Bruna não concordou com a norma social e decidiu que somente dançaria com aqueles que lhe agradasse. Maria tem 40 anos e gostaria de voltar a estudar. Seu marido reprovou a ideia, mas, mesmo assim, Maria decidiu prosseguir com seu plano. Clarice queria aprender a dirigir carro e não tinha apoio dos pais e irmãos. Ela procurou um trabalho e começou a economizar parte do salário e depois procurou as tias para pedir ajuda para pagar pelos gastos da autoescola. Sem ajuda dos homens da família, Clarice tirou sua habilitação para dirigir.

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Sandra é uma mulher negra que sempre alisou o cabelo, mas, recentemente ela passou a deixar seu cabelo em estado natural, sem uso da chapinha. Teresa passou toda a sua adolescência preocupada com o peso e fazendo dietas para emagrecer. Aos 30 anos ela mudou de opinião e passou a assumir seu corpo como ele é. Edna estava com 35 anos e grávida do quinto filho. Ela queria “fazer operação para não ter mais filhos” e o marido era contra e queria ter mais filhos. A família de Edna também era contra, porque ela era jovem. Mesmo assim, por sua própria decisão, Edna fez a “operação”. Luíza trabalha como empregada doméstica de uma família há muitos anos. Na casa existem quatro homens (3 filhos e o pai), e uma mulher (mãe/esposa). Desde que chegou naquela casa, Luíza via os avanços sexuais dos homens da casa sobre a outra empregada e, para se proteger, ela resolveu que mentiria para eles dizendo-lhes que era virgem, quando na verdade já era mãe.

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Marina andava por uma rua de Belo Horizonte quando foi abordada por uma mulher branca que lhe perguntou se ela teria disponibilidade para fazer faxina em sua casa. Marina é uma mulher negra, professora e estudante de mestrado. Silvana estava saindo de seu apartamento por volta das 14 horas e usou o elevador de serviços. No elevador, uma moradora lhe perguntou: “hoje você acabou cedo? Já está indo embora?”. Silvana é parda e professora universitária. Laís é uma moça negra que vive no Pelourinho, em Salvador/BA. Ela disse que foi “deixada” por seu ex “porque” ele se interessou por uma mulher branca. Elza é uma mulher negra, moradora de Salvador. Ela contou uma experiência de quando foi fazer ficha em uma empresa e lá disseram para ela que “a vaga já foi preenchida” e não receberam o currículo dela. Na saída, Elza ficou um tempo em um bar vizinho da empresa, tomando um refrigerante. Nesse tempo ela pôde perceber a movimentação de pessoas que chegavam portando envelope (ela supunha que era o currículo) e saíam de mãos vazias.

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Dinâmica 13

Este é meu Corpo Adaptação. Original Disponível no link.

Refletir sobre a importância de Objetivo: ver, reconhecer e tocar nosso corpo para cuidar de nossa saúde e bem-estar. Tempo: 1 hora

Materiais Espaço amplo, música suave (opcional). Tecidos para cobrir o piso

Desenvolvimento 1. Inicie explicando o objetivo da atividade. 2. Coloque uma música para relaxar e peça às participantes que se sentem em círculo no chão; 3. Peça às participantes que fechem seus olhos e respirem suave e profundamente até se sentirem relaxadas;

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4. Com voz lenta e suave, explique às participantes que elas irão tentar perceber as sensações surgidas ao tocarem diferentes partes de seu corpo. É importante que mantenham os olhos fechados e que realizem somente o que se sentirem cômodas para fazer. 5. Para que as participantes busquem perceber as sensações que o toque provoca, mencione as seguintes partes do corpo: cabeça, testa, olhos, bochechas, orelhas, pescoço, peito, barriga, braços, mãos, cintura, genitais, nádegas, pernas, joelhos, pés dedos do pé. 6. Observe o grupo atentamente, para verificar as reações de cada participante.

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7. Peça para as participantes respirarem lentamente e abrirem os olhos. 8. Abra a discussão com as questões a seguir. Perguntas para discussão: a) Como vocês se sentem agora? Que tipo de sentimentos, sensações esse exercício traz? b) Você sente alguma coisa diferente em seu corpo? Alguma dor ou desconforto? Percebeu algo? c) Que partes do corpo tiveram mais dificuldade de tocar? d) Puderam identificar emoções ao tocar alguma parte de seu corpo? Que tipo de emoções? e) As mulheres, de maneira geral, conhecem o próprio corpo? Por quê? Conhecer o próprio corpo é importante? Por quê? f) Como uma mulher jovem pode construir uma relação melhor com seu corpo? g) O que você aprendeu com esta atividade? Você aprendeu alguma coisa que poderia ser aplicada em sua própria vida ou relacionamentos? 9. Promova um fechamento articulando as ideias que sugiram no grupo e relacionando esses valores e padrões de conduta às normas de gênero vigentes em nossa sociedade. É provável que apareçam questões como a ditatura do corpo; o sedentarismo e a falta de tempo para o autocuidado, saúde da mulher, repressões sexuais sobre as mulheres, tabus sexuais, vergonha. 70


Tente descontruir padrões sexista, generificados, e promover uma visão mais natural e saudável sobre nossa relação com nosso corpo. 10. Avaliação Como vocês se sentiram com a atividade de hoje?

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Dinâmica 14

O Semáforo Adaptação. Original disponível no link.

Identificar e discutir temas de Objetivo: interesse sobre sexualidade das mulheres e os padrões sociais de controle da sexualidade feminina. Tempo: 30 minutos

Materiais papel sulfite (cortar A4 e 4 partes) pincéis atômicos 03 círculos de papel cartão nas cores vermelha, amarela e verde. Desenvolvimento 1. Inicie explicando o objetivo da atividade. Deixe à disposição do grupo os pedaços de papel e pincéis atômicos. 2. Peça para que elas usem os pedaços de papel para escrever palavras ou frase que correspondam a um tema de interesse sobre sexualidade. Pode-se também escrever uma pergunta. 72


3. No centro da sala, coloque no chão os três círculos de cores diferentes, lado a lado. 4. Cada participante distribuirá seus papéis pelos círculos ou "sinais do semáforo", dependendo do grau de dificuldade que sentir ao debater sobre os teas. Para maior discrição, elas podem colocar os papéis com a parte escrita virada para baixo. A facilitadora pode misturar os cartões de um mesmo círculo. A ideia é discutir as palavras, frases ou perguntas em identificação de quem as formulou. Vermelho = muita dificuldade sobre o assunto Amarelo = dificuldade média Verde = pouca dificuldade 5. Começando pelo círculo verde, leia as respostas e promova uma discussão do grupo sobre os temas. Avance para os temas de média dificuldade e por fim os de muita dificuldade. A depender da quantidade de cartões, não será possível discutir cada um deles. Nesse caso, selecione aqueles que você considera mais produtivos, em decorrência dos objetivos com esse grupo.

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6. Ao longo das discussões, destaque ao grupo padrões como, por exemplo, a dupla moral sexual para homens e para mulheres, as formas de controle e repressão sobre as mulheres, as formas de liberdade e de autonomia sobre o corpo, as mudanças entre as gerações, entre outros. 7. Sugestões de tópicos para discussão do grupo: a) Por que esses assuntos são importantes para as mulheres? b) Sobre qual dos temas citados é mais difícil falar e por quê? c) Qual o tema mais fácil? Por quê? 8. Faça uma breve síntese sobre os temas discutido, destacando como a sexualidade é uma área importante para a autonomia das mulheres. 9. Sugestões de vídeos para encerramento da atividade: “Tristes momentos da história em que a sexualidade feminina foi alvo de crueldade” (Duração: 8m51s). Disponível no link. “No dia das mulheres me dê mais que flores” (duração: 5m14s). Disponível no link. 10. Avaliação: Como vocês se sentiram na atividade de hoje?

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Dinâmica 15

Aprendendo a Ouvir Adaptação. Original disponível no link.

Contribuir para que o grupo desenvolva a percepção da importância da comunicação e da escuta na criação e manutenção Objetivo: de vínculos entre as pessoas, assim como perceba as dificuldades da escuta e a necessidade de esforço para tal. Tempo:

1h30 minutos

Materiais Vídeo Caixa de som Desenvolvimento 1. Convide as pessoas para a formação de um círculo e explique o objetivo da atividade: a) Testar nossas condições para a escuta b) Identificar os desafios para a escuta. 2. Separe o grupo em duplas, preferencialmente por sorteio, e os oriente para que as pessoas conversem a partir de uma pergunta simples: “Como você está?” 75


Uma das pessoas inicia, com 2 minutos de fala, sem interrupção da colega. É uma atividade de escuta. 3. Controle o tempo e interrompa a atividade ao alcançar 2 minutos. Então, cada dupla inverte os papéis e agora a outra pessoa irá falar durante 2 minutos sobre como está. 4. Novamente, controle o tempo e interrompa a atividade ao atingir os 2 minutos. 5. Em cada dupla, a primeira pessoa que exercitou a escuta diz à sua dupla o que ela entendeu sobre o que foi escutado, e confirma se entendeu certo ou não. 6. Na sequência, trocam-se os papéis em cada dupla. 7. Fechada essa etapa, interrogue ao grupo: a) Foi difícil entender o que a outra falou? b) Foi difícil explicar o que você entendeu da fala da outra? c) Qual foi a maior dificuldade?

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8. Na continuidade, distribua cópia do texto de Artur da Távola e convide o grupo a fazer leitura coletiva. Pode alternar quem faz a leitura em voz alta. Pode editar o texto para encurtar o tempo de leitura. 9.Para fechar, exiba o vídeo a seguir, e, após, convide o grupo a comentar. a) Questões para motivar a discussão: Concordam em alguma coisa com Tati Brandão? Em que discordam de Tati Brandão? 10. Por fim, faça uma síntese do encontro e reforce a importância da cooperação entre as mulheres; a solidariedade; “uma segura a mão da outra”. 11. Avaliação Como vocês se sentiram nesta atividade de hoje? Material de Apoio

O poder transformador da escuta | Tati Brandão | TEDxPedraDoSal Duração: 9:43min Disponível no link.

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Dinâmica 16

Direitos das Mulheres e o Dia Internacional da Mulher Elaboração: Silvana Mariano

Contribuir para que o grupo reflita criticamente sobre as origens do Dia Internacional da Mulher e Objetivo: identifique as principais lutas das mulheres no Brasil ao longo da história e na atualidade.

Tempo: 2 horas

Materiais Cartaz (cartolina/papel kraft) Folhas sulfite Pincéis atômicos

Desenvolvimento 1. Inicie explicando o objetivo da atividade e parta para a seguinte indagação, a ser respondida oralmente pelas participantes, em dois momentos distintos: a) Qual é o significado do dia 8 de março para vocês? b) O que conhecemos sobre a origem do Dia Internacional da Mulher? 78


2. Após troca de ideias entre as integrantes do grupo, exiba o vídeo a seguir: A origem operária do 8 de Março, o Dia Internacional da Mulher - Duração: 6 minutos. Disponível no link. 3. Após a exibição do vídeo, abra espaço para que as mulheres debatam. Se necessário, o debate pode ser estimulado como questões como: O que mais se destaca nessa data? (p. ex. é uma data de festividade? de entregar flores para as mulheres? de lutas sociais?) 4. Incentive uma discussão sobre os seguintes temas: a) Historicamente, no Brasil, quais foram as principais lutas das mulheres no passado? b) O que isso mudou a vida que temos hoje? c) E quais são as principais lutas hoje das mulheres no Brasil 5. Após as contribuições das participantes, distribua papel sulfite e pincéis e peça para que as participantes anotem nomes de mulheres que elas admiram (conhecidas ou anônimas). Peça para que fixem suas folhas, formando um mural.

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Peça para que cada uma apresente ao grupo a(s) mulher(es) que ela admira e justifique por quê. Estimule a interação entre o grupo. 6. Faça uma síntese sobre a importância de reconhecermos o valor das mulheres e seus feitos, nas mais diferentes esferas de nossa vida. 7. Sugestão de música para concluir: Elza Soares – Maria da Vila Matilde Duração 3:44min. Disponível no link. 8. Avaliação: Como vocês se sentiram nesta atividade de hoje e o que vocês levam desta experiência?

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Dinâmica 17

Árvore dos Sonhos Adaptação. Original disponível no link. Identificar e conhecer os sonhos e objetivos das participantes, bem Objetivo: como os recursos pessoais e coletivos que poderão auxiliar na realização.

Tempo: 1 hora

Materiais Uma árvore confeccionada com cartolinas (raízes, tronco e copa), com espaço para colar os cartões; Papeis; Cartões em formato de folhas; Pinceis atômicos; Fita adesiva/crepe. Desenvolvimento 1. Inicie explicando o objetivo da atividade e lance mão dos seguintes questionamentos:

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Vamos falar de nossos sonhos? Os sonhos são importantes para nós? Por quê? 2. Explique que com essa atividade poderemos nos conhecer melhor umas às outras. Apresente brevemente o significado da árvore: A copa da árvore representará nossos sonhos (onde queremos chegar), o tronco o percurso para atingi-los e as raízes aquilo que temos como base para alcançá-los. 3. Sobre a copa: peça para cada participante escrever nos cartões os objetivos que gostaria de alcançar. Cada participante pode escrever quantos cartões desejar. Ajude as participantes a agrupar objetivos parecidos em um galho ou galhos próximos. 4. Sobre as raízes: explique que essa é parte da árvore que busca na terra os nutrientes e água necessários para que ela cresça e se desenvolva plenamente. Por analogia colocaremos nos cartões de raízes aquilo que temos como recursos pessoais, materiais e como grupo para construir nosso sonho. Se necessário, estimule as participantes com perguntas sobre o que o grupo possui que pode auxiliar a alcançar os objetivos. 82


5. Sobre o tronco: diga que o tronco é o que sustenta a árvore. Muitas vezes o tronco possui alguns arranhões e buracos. Há alguns parasitas que se agarram ao tronco e o impedem de se desenvolver. Os buracos e parasitas representam os desafios que precisamos enfrentar para alcançar nossos objetivos. Convide as participantes a responder questões como: a) Quais desafios poderemos enfrentar para alcançar os nossos objetivos? b) Quais as principais dificuldades e grandes problemas que teremos que nos impediriam de alcançar nossos sonhos? 6. Quando a árvore estiver pronta, resuma para o grupo quais os sonhos levantados, os principais insumos que temos para alcançar os objetivos e os desafios. Convide as participantes a avaliar o resultado final com perguntas como: Vocês se sentem representadas por essa árvore? Como foi para vocês realizar essa atividade?

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7. Faça uma breve síntese sobre a importância de estipularmos objetivos e dimensionarmos nossas possibilidades/oportunidades e desafios. 8. Avaliação: Como vocês se sentiram nesta atividade de hoje e o que vocês levam desta experiência?

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Dinâmica 18

Roteiro para discussão de texto Elaboração: Silvana Mariano

Objetivo:

Tempo:

Contribuir para que o grupo discuta, de modo sistemático, um texto anteriormente indicado para leitura. Ajustável

Materiais Cartões; Pincéis atômicos; Fita crepe; Cartazes com as questões para discussão Desenvolvimento 1. Inicie dando as boas-vindas e explicando o funcionamento da atividade. 2. Se for uma atividade com grupo novo, empregue algum exercício auxiliar para as apresentações.

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3. Inicie a discussão com uma pergunta mais geral para captar as principais impressões. Estimule a manifestação de todas as pessoas da roda de conversa: Como foi a leitura? 4. Colhidas as primeiras impressões, convite as pessoas para responder, em cartão, a seguinte questão: O que mais chamou minha atenção? (fixe um cartão para a questão) Peça para que as participantes fixem seus cartões em um mural. Leia o conjunto de respostas e abra espaço para comentários.

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5. Colhidas as primeiras impressões, convite as pessoas para responder, em cartão, a seguinte questão: O que reiterou ideias que eu já tinha ou conhecia? (fixe um cartão para a questão) Peça para que as participantes fixem seus cartões em um mural. Leia o conjunto de respostas e abra espaço para comentários.

6. Colhidas as primeiras impressões, convite as pessoas para responder, em cartão, a seguinte questão: O que foi novidade para mim? (fixe um cartão para a questão) Peça para que as participantes fixem seus cartões em um mural. Leia o conjunto de respostas e abra espaço para comentários.

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7. Teça as possíveis conexões, valorizando as contribuições de todas as pessoas da roda. 8. Destaque algum trecho da obra em discussão que, na sua avaliação, é produtivo para uma síntese do tema. Leia o trecho e teça comentários. Abra espaço para comentários das pessoas da roda.

9. Avaliação O que aprendemos hoje? Como você se sentiu na atividade de hoje?

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Dinâmica 19

bell hooks - Tudo sobre o amor Elaboração: Silvana Mariano

Objetivo:

Tempo:

Estimular as pessoas a contar histórias sobre suas experiências e buscar, nessas experiências, vínculos amorosos e laços de confiança com a família de origem, família estendida e comunidade. Tecer associações entre essas histórias e o ensaio 8, Comunidade: uma comunhão amorosa, de bell hooks, no livro Tudo sobre o amor: novas perspectivas.

1 hora

Materiais Ensaio 8 - Comunidade: uma comunhão amorosa, do livro Tudo sobre o amor, de bell hooks Desenvolvimento 1. Crie cartões sobre situações que possam facilitar o início da narrativa de uma história:

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“a primeira vez…”; “primeiro dia…”; “quando descobri minha gravidez…”; “quando meu/minha filha nasceu…”; “quando fui presa…”; “enquanto tive presa…”; “quando perdi o emprego…”; “quando saí da prisão…”, “o dia mais importante…”; “quando menstruei pela primeira vez…”; “quando mudei de cidade…”; “quando montei minha própria casa…”; “quando saí da casa dos meus pais…” 2. Crie cartões com palavras que indicam possíveis fontes de apoio, pessoas de confiança: amiga/o; vizinha/o; cunhada/o; sogra/o; tia/o; sobrinha/o; avó/ô; namorada/o; marido; filha/o; padre; pastor; professor/a; patroa/patrão; madrinha/padrinho; afilhada/o; prima/o; policial; advogada/o; médico/a; 3. Crie cartões com palavras que indicam tipo de laço, afeto ou vínculo: escuta; sinceridade; dissimulação; conselho; apoio; castigo; falar mal; traição; valorização; dependência/dependente; perdão; confiança; generosidade; solidão; recolhimento; cuidado; prepotência; preguiça

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4. Planeje um espaço da sala para montagem do mural. À esquerda do mural, fixe os três conjuntos de cartões indicados. 5. Peça para que cada pessoa da roda, uma por vez, selecione um cartão sobre uma situação e um ou mais cartões sobre pessoas e sobre laços/vínculos. A partir desses cartões ela deve contar ao grupo um pouco de sua história.

6. Peça para que cada pessoa da roda, ouvintes nesse momento, identifique se aquela história a faz lembrar de outras situações e peça sugestões de palavras a acrescentar no mural; 7. À direita do mural, fixe os cartões já usados nos relatos das histórias. 8. Ao final, sintetize os pontos comuns dessas experiências com o ensaio escrito por bell hooks sobre a importância da comunidade para a nossa vida. Essa síntese pode ser conduzida a partir dos trechos a seguir: 91


Trechos do ensaio 8 É essa dependência que se tornou e continua sendo o solo fértil para os abusos de poder. Conversar é uma forma de criar comunidade. Amizades amorosas nos dão espaço para experimentarmos a alegria da comunidade num relacionamento em que aprendemos a processar todos os nossos problemas, a lidar com diferenças e conflitos enquanto nos mantemos vinculados. Nas amizades, podemos ouvir comentários honestos e críticos. Quanto mais verdadeiros nossos amores românticos, menos nos sentimos compelidos a enfraquecer ou cortar laços com amigos para fortalecer os vínculos com nossos parceiros. A confiança é a pulsação do amor verdadeiro. O perdão é um ato de generosidade. Saber como estar sozinho é central para a arte de amar. Quando somos capazes de ficar sozinhos, podemos estar com os outros sem usá-los como válvula de escape. Solidão é dolorosa, o recolhimento é pacífico.

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9. Avaliação: O que aprendemos hoje? Como você se sentiu na atividade de hoje?

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