#82 Música & Mercado - Janeiro/Fevereiro 2016

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TECNOLOGIA

História, vida e conselhos de Uli Behringer

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Assine e receba antes!

D’ADDARIO: SUPERANDO DILEMAS DA GESTÃO FAMILIAR | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2016 | Nº 82

MÚSICA & MERCADO

WWW.MUSICAEMERCADO.ORG | JANEIRO E FEVEREIRO DE 2016 | Nº 82 | ANO 14

INFORMAÇÃO DE NEGÓCIOS PARA O MERCADO DE ÁUDIO, ILUMINAÇÃO E INSTRUMENTOS MUSICAIS

O que fazer com o que sobra? Descubra sete conselhos para vender mais pós-Natal

PÁG. 44

Empresas brasileiras A atacadista Caballero Music e a nova distribuidora Audio5 contam suas experiências no mercado PÁG. 66 E 62

Segurança para sites

John D’Addario III presidente da D’Addario

Veja cinco problemas que podem acontecer on-line e como solucioná-los PÁG. 32

D’Addario:

Superando dilemas da gestão familiar

A famosa D’Addario passou por várias etapas para se profissionalizar e se organizar como empresa e família. John D’Addario III, atual presidente, dá mais detalhes PÁG. 46

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SUMÁRIO

46 CAPA

EXEMPLO DE NEGÓCIO FAMILIAR

SEÇÕES

20 EDITORIAL 22 ÚLTIMAS M&M lança

O Livro Secreto do CEO

28 AMPLIANDO SEU MIX

Conheça algumas opções em acessórios para cajón, iluminação e efeitos, e pedais para baixo

A D’Addario sempre foi uma empresa familiar, algo que não é fácil de dirigir, mas nesse caso souberam como enfrentar com uma preparação correta. John D’Addario III explica a política da empresa e sua evolução constante MATÉRIAS

32 MUNDO DIGITAL 5 problemas e 5 soluções de segurança para sites

30 SETUP The Rolling Stones

34 COACHING Forme uma equipe de alto desempenho

80 INOVAÇÃO Sweet Chill, da Fire

40 LEGISLAÇÃO Duas notícias importantes para o mercado da música

82 PRODUTOS Os lançamentos

42 DISTRIBUIÇÃO A Musical Express também é distribuidora da Shure

e destaques das melhores marcas do mercado

88 CONTATOS

Os nossos anunciantes você encontra aqui

90 CINCO PERGUNTAS

Por economia e falta de espaço, PMEs utilizam self storage como estoque

44 VENDAS Aprenda sete dicas para vender mais pós-Natal 52 MERCADO PreSonus expande sua presença 60 NEGÓCIOS Brigas judiciais marcam o triste destino da X Music e Washburn do Brasil

62 EMPRESA Audio5, uma nova distribuidora no Brasil 64 REPRESENTAÇÃO Diretoria da Sennheiser reforça compromisso com o Brasil

66 LOJISTA Caballero Music apresenta atacado com nova visão 68 INTERNACIONAL O homem por trás do Music Group

COLUNAS

36 O futuro não é uma reta! por Joey Gross Brown

38 Para onde vai o seu dinheiro? por Dora Ramos

72 ENTREVISTA Feiras alemãs com nova distribuição 74 FEIRA Music China e Prolight + Sound Shanghai se tornam mais locais 76 FEIRA NAMM Show apresenta opções educativas 78 VISÃO DE PROFISSIONAL Construindo guitarras e baixos com John Cruz

54 Toalhas no chão

por Alessandro Saade

56 Está reclamando do quê? por Luiz Uhlik

58 Seu vendedor aproxima ou afasta você da meta? por Carlos Cruz

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EDITORIAL

STAFF

DANIEL A. NEVES CEO & PUBLISHER

CEO & Publisher

“NÃO HÁ PROBLEMAS QUE NÃO POSSAMOS RESOLVER JUNTOS, E POUCOS OS QUE PODEMOS RESOLVER POR NÓS MESMOS.”

Daniel A. Neves

– LYNDON BAINES JOHNSON*

Diretora de Redação

Paola Abregú Diretor de Arte

Dawis Roos Departamento Comercial (Brasil)

Denise Azevedo comercial@musicaemercado.org Tel.: (11) 3567-3022 Departamento Comercial (Internacional)

sales@musicaymercado.org Administração e Finanças

Rosângela Ferreira

Hora de pensar grande

Durante um bom par de anos, ocorre uma discussão no mercado sobre

Revisão de Texto

Hebe Ester Lucas Assinaturas

Beatriz Mendes Ferreira assinaturas@musicaemercado.org

o que fazer para incrementar as vendas. Que nossos concorrentes são os eletrônicos; que estamos parados; que a educação musical não funciona como deveria. Muita reclamação! O pior é que as reclamações ocorrem nas sombras.

Colaboradores

As respostas clássicas a esses problemas se alicerçam na de-

Carlos Cruz, Dora Ramos, Joey Gross Brown, Luiz Carlos Rigo Uhlik e Miguel De Laet

magogia e na atribuição indevida das conquistas de entidades maiores. O problema setorial que vivemos é exatamente igual ao do Brasil: falta de gestão comprometida.

Alessandro Saade, Ann Lévizon,

Impressão e Acabamento

Recentemente, uma reunião com mais de 20 empresários

Gráfica Mundial Música & Mercado®

Caixa Postal: 2162 - CEP: 04602-970 São Paulo / SP / Brasil Tel.: +55 (11) 3567-3022 Autorizada a reprodução com a citação da Música & Mercado, edição e autor. Música & Mercado não é responsável pelo conteúdo e serviços prestados nos anúncios publicados.

trouxe um olhar crítico sobre a velha demagogia do mercado. Já foi feito o anúncio de propostas e um grupo de trabalho tem sido criado. Isso não vai contra o que está sendo trabalhado de bom no setor, vai a favor. O nome do movimento? Bienal da Música.

É hora de união, não de personalizar as discussões e visões sobre o mercado. É hora de pensar grande.

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Anuncie na Música & Mercado comercial@musicaemercado.org Parcerias

Eu me comprometo. Quem se compromete? Um abraço a todos! * (1908-1973) Foi o 36º presidente dos Estados Unidos, de 1963 a 1969.

Associados

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As mais recentes notícias do mercado de áudio, iluminação e instrumentos musicais

NEWS

Filial nos EUA para Solid Sound

Tiaflex apresenta nova identidade visual Acompanhando o processo de ampliação do mix de produtos, a Tiaflex também está modernizando sua identidade visual — utilizada ao longo desses 30 anos — com a apresentação de um novo logo. Por meio do estudo de vários briefings, a empresa chegou a uma figura com letras estilizadas, deixando mais claro o formato delas e com mais definição, usando tipografia alongada com fontes modernas e integradas, remetendo um pouco ao público de rock e mantendo a característica da empresa: a cor azul.

Música & Mercado lança O Livro Secreto do CEO A editora responsável pela publicação da revista Música & Mercado lançou o primeiro volume da coletânea de entrevistas com grandes empresários do mercado da música no Brasil e no mundo. “É outra mídia para disseminar informações dos grandes profissionais do setor”, explica Daniel A. Neves, diretor da empresa. O livro está disponível para download gratuito pelo formulário que pode ser encontrado no site da revista. Após a inscrição, o leitor receberá um e-mail de validação com o link para baixá-lo em seu computador, onde encontrará entrevistas com Rodrigo Kniest, CEO da Harman; Takao Shirahata, CEO da Roland; Jack O’Donnell, CEO da InMusic; Renato Silva, CEO do Grupo Renaer, e Alfred e Alec Haiat, diretores-executivos da Habro Music.

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A brasileira Solid Sound — que produz capas e cases em Curitiba (PR) — aposta agora no mercado americano e abre um showroom de seus produtos em San Rafael, Califórnia, uma cidade ao norte de San Francisco, localizada na Bay Area. Em janeiro a empresa também estará presente na NAMM Show em Los Angeles.

Fachada do showroom americano

CONTRATAÇÕES E RECOLOCAÇÕES Shure anuncia aposentadoria do presidente e CEO Sandy LaMantia Como parte de uma sucessão programada, tanto ele como Rose L. Shure, presidente da direção da empresa, nomearam a atual vice-presidente executiva de operações, comercialização e vendas globais, e diretora de operações (COO), Christine Schyvinck, para sucedê-lo como CEO. No dia 1º de janeiro de 2016, Schyvinck assumiu o título adicional de presidente, função que desenvolverá até ser nomeada presidente e CEO no dia 1º de julho deste ano.

Music Group contrata Andy Trott Andy Trott, que se reportará diretamente a Uli Behringer, foi a primeira nomeação sênior na recém-reestruturada organização centrada no cliente. “Fico feliz em anunciar a nomeação de Andy como vice-presidente sênior da divisão profissional”, disse Uli. “Por muito tempo tenho estado a par do papel de liderança de Andy na Harman, então, quando criamos a nossa divisão profissional, seu nome foi um dos primeiros na lista. Sua trajetória em gerência executiva na nossa indústria o torna ideal para uma divisão em rápido crescimento.”

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FEIRAS E EVENTOS Empresas buscam outros públicos na Comic Con

Tagima dá workshop em Sorocaba Como parte da série de apresentações e workshops que a empresa realiza por todo o Brasil, o ônibus da Tagima esteve no estacionamento do Shopping Cidade, em Sorocaba (SP), onde houve um workshop com o músico Marcinho Eiras.

Ônibus da Tagima viajando pelo País

Prática de conjunto no IMCF Um novo mercado talvez?

A Comic Con Experience (CCXP), realizada entre 3 e 6 de dezembro em São Paulo, atraiu grandes empresas do mercado de instrumentos musicais. A verdade é que a CCXP, evento mundial que reúne todas as vertentes da cultura pop jovem, como comics, seriados, filmes, artistas, geeks, palcos com bandas e cosplays, mostrou-se o ingrediente que faltava para o diálogo entre as empresas do setor musical com o público jovem e para chamar a atenção do potencial consumidor de instrumentos musicais. Gigantes como as importadoras Habro Music, Pride Music, Musical Express, EM&T e Royal Music expuseram na feira em um estande conjunto e cheio de atrações, como foi o caso do cosplay do guitarrista Slash, feito por Paulo Faysano, do marketing da Royal Music, importadora exclusiva da Gibson para o Brasil. A PHX e a loja Made in Brazil também estiveram no evento. As empresas se mostraram interessadas em participar em 2016.

1º Edição da Expo Roriz em São Paulo A Musical Roriz — que tem sua base em Goiânia — realizou um evento especial no seu centro de distribuição de São Paulo para apresenBaterias presentes tar as novidades das marcas que representa e trazer mais para perto os lojistas, compradores e vendedores do ramo. O evento contou com exposição de instrumentos das marcas do Grupo Buffet (França), Conn-Selmer, Inc. (EUA) e marcas próprias da Roriz, como Quasar e Magnum. Também se realizou a apresentação da linha Conn-Selmer estudante (linha 650/501) e o lançamento no Brasil do pTrumpet (trompete de plástico) da Conn-Selmer — importado e distribuído de forma exclusiva pela Roriz.

O Instituto de Música Clave de Fá e a Clave de Fá Produções organizaram o workshop Prática de Conjunto em Manaus, com a participação de Miquéias Músicos em ação Pinheiro no baixo, Anderson Farias no piano, Rodrigo Andrade na guitarra e Airton Silva na batería — este parceiro da Baquetas Alba. O evento foi realizado no próprio auditório do Instituto.

Israel Eletrônica treina seus funcionários Os funcionários da loja Israel Eletrô- Capacitação para a equipe da loja nica, de Fortaleza (CE), passaram por um treinamento intensivo de pedais da Boss, ministrado pelo especialista de produtos Júnior Alves, preparando a equipe para dar maior e melhor atenção aos músicos e clientes que os visitam.

Ahead faz demo na Casa dos Bateristas A marca de baquetas e Bateristas participando do evento acessórios para bateria realizou uma demonstração dos seus produtos na loja Casa dos Bateristas, de São Paulo, com a participação de grandes bateristas, como Lucy Campos, Betto Cardoso, Henrique Pucci, Marcos Dotta e a presença de amigos e parceiros da loja.

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ÚLTIMAS

FEIRAS E EVENTOS

Workshop de guitarra na Inova Som

Fender Day Brasil 2015 O Fender Day em São Paulo foi um dia repleto de muita música e visitantes, que aconteceu na Made in Brazil Music Megastore e contou com a participação da equiCom muito ritmo no palco pe da Pride Music, distribuidora da marca, e de Sérgio Motta, da Fender Brasil. O evento contou com test-drive de produtos, especialistas Fender, preços especiais, música ao vivo, food trucks, sorteios de brindes, troca de cordas para os 50 primeiros clientes que levaram seu próprio instrumento (guitarra e contrabaixo) da Fender, Squier, Jackson, Gretsch e EVH, e várias jam sessions. A marca anunciou a realização de um Fender Day também em Brasília e em breve lançará uma enquete para eleger as cidades que receberão o evento em 2016.

Shure faz treinamento com M.Express

A Inova Som Instrumentos Musicais apresentou, em sua loja localizada em Itatiba (SP), um workshop gratuito com o guitarrista Bruno Tourino.

Masterclass Guitarrista Bruno Tourino NIG/GNI com Lari Basílio A NIG Music/GNI Music apresentou uma masterclass com sua artista Lari Basílio em São Bernardo do Campo (SP), em parceria com a escola de ensino A guitarrista Lari no palco musical Equalize e a loja Obradec Instrumentos Musicais. No final houve um superespecial com músicas de Michael Jackson.

Treinamento e palestra na Multisom

A equipe que dará suporte no Brasil

A Musical Express e a Shure realizaram um seminário em São Paulo, onde ocorreu o treinamento de vendas dos produtos Shure, com participação de representantes de todo o Brasil. No encontro também foi apresentada a política de preços da Musical Express, distribuidora parceira da Shure para o segmento de instrumentos musicais no Brasil anunciada recentemente. O seminário contou com a presença de representantes, vendedores internos e externos, supervisores, gerentes e a diretoria da Musical Express, e foi apresentado por Jon Lopes, especialista em desenvolvimento de mercado da marca. O encontro teve ainda a participação de Helio Garbin, gerente de vendas para a América Latina, e de José Rivas, diretor-geral da Shure América Latina. Além de treinamento sobre vendas e estratégias para a recolocação dos produtos Shure nas lojas, a distribuidora aproveitou a ocasião para a apresentação do seu time de suporte técnico, vendas e marketing.

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O staff curtindo dos sons de Juninho

A Multisom de Porto Alegre fez um treinamento para sua equipe de vendas e representantes que contou com uma palestra de Juninho Afram — guitarrista e vocalista da banda Oficina G3 — para encerrar o evento.

Giannini faz workshop em Porto Alegre A Giannini realizou um workshop com o guitarrista e professor de música Gustavo Guerra, em parceria com a Lojas Mil Sons de Porto Alegre (RS).

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Total Guitar Festival no Brasil A revista Total Guitar realizou a primeira edição do evento em São Paulo com 33 atrações em cinco dias seguidos, tendo a participação de músicos e bandas com o apoio de diferentes marcas do setor, como NIG, D’Addario, Mooer, Tagima, Rozini, Harman, Tiaflex, Carrozza, Meteoro, Fuhrmann e muitas outras. Houve shows e palestras para todos os gostos.

ESPAÇO DO REPRESENTANTE

Juarez Aquino é novo representante Michael Juarez Salomé Aquino é o novo representante comercial da Michael para os estados de Goiás, Distrito Federal e Tocantins. O profissional, com grande experiência no mercado, irá usar seu amplo conhecimento para potencializar novos negócios e buscar uma aproximação ainda maior com os parceiros da região.

Workshop de bateria com Rafael Bastos O baterista Rafael Bastos — artista da Nagano Drums — fez parte de um workshop realizado na loja de instrumentos musicais Safira Som em Francisco Beltrão (PR). Educador musical, baterista profissional e proprietário da Escola de Música Rafael Bastos (EMRB) de Florianópolis (SC), Rafael é o primeiro músico a receber patrocínio de marcas de renome, atraindo a atenção para o mercado catarinense, inovando e contribuindo com workshops, masterclasses e eventos culturais. Como professor de bateria, criou e desenvolveu um método revolucionário de ensino que une a prática no instrumento musical com o ensino da teoria musical, e é sempre acompanhado da sua Nagano Maple Die-cast Jazz (tom de 12»x8”; surdo de 14”x14”; bumbo de 18”x14”; caixa de 14”x5,5”). Ele também usa baquetas C.Ibañez modelo Rafael Bastos e pratos Impression.

Rafael ministrando sua palestra

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ÚLTIMAS

FEIRAS E EVENTOS

E-NEWS

Workshops do Ola Englund no Brasil

MA Lighting lança dot2 blog

O guitarrista e compositor sueco Ola Englund esteve no Brasil Ola tocando no palco com Washburn ministrando workshops focados no lançamento das suas novas guitarras Parallaxe Solar Signature, da Washburn. Os eventos aconteceram no Manifesto Bar (São Paulo), na Vibratho Instrumentos Musicais (Brasília) e no Café Etílico (Rio de Janeiro). Em todos eles, o músico recebeu o carinho dos fãs, que fizeram filas para conversar com Englund e conhecer mais sobre seu trabalho. Além disso, o guitarrista esteve na Loja X5 Music, em São Paulo, para um meet & greet com os fãs e concedeu entrevista para alguns veículos de comunicação.

Eduardo Cubano deu workshop em MG

A Latin Percussion apresentou o músico Eduardo cubano em um workshop de bateria e percussão realizado na loja Duetto Musical de Betim (MG), com o apoio da Evans e da brasileira Odery.

Guitarras PHX em School of Rock No dia 5 de dezembro, a escola de música School of Rock de São Caetano do Sul (SP) fez o show de fim de temporada dos alunos A ganhadora do sorteio com no DuBoiê Bar, com o representantes das empresas tema bandas califor-nianas e o apoio da PHX Instrumentos. Quem esteve presente foi o guitarrista Alan Domingues — coordenador de produtos da Phoenix —, que fez uma apresentação especial para demonstrar as guitarras da marca, destacando o modelo GMI-1 Guitarra Marvel Iron Man. O evento teve vários shows de bandas formadas com os alunos da School of Rock com crianças, adolescentes e até estudantes mais experimentados. Também foi sorteado um violão da PHX Instrumentos. “A PHX apoia a School Of Rock desde o início do projeto no Brasil e estamos felizes em participar deste evento mais um ano”, comentou Alan.

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A nova plataforma on-line dot2 blog conectará todo o conteúdo relacionado com a linha de consoles dot2 na internet, incluindo as redes sociais Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, entre outras. Também oferecerá múltiplas formas para que o público possa se comunicar com outros usuários de dot2 e MA Lighting. Os usuários podem enviar fotos dos seus consoles dot2 em ação e publicá-las no blog. Também podem saber mais sobre os consoles na seção “Tips and tricks”, encontrar outros usuários dot2 em turnê na área “Stories” ou descobrir as últimas notícias e dados, de workshops a feiras, na seção “Dates”. blog.ma-dot2.com

Darkglass atualiza site A Darkglass, marca de pedais de efeitos para guitarras e baixos elétricos, apresentou seu novo site desenhado pela Ngendra, que possui um formato moderno e simples que busca oferecer aos usuários uma navegação melhorada que ajude a localizar facilmente o que procuram. Também conta com a opção de assinar a newsletter ou ler seu blog para conhecer as notícias mais recentes, como também links para as diferentes redes sociais e, logicamente, a opção de navegar por seus produtos. www.darkglass.com

Turbo Percussion inicia Desafio do Kazoo O Kazoo não é necessariamente novo, mas tem chamado a atenção de músicos em todo o Brasil. A razão é básica: o instrumento de sopro é muito simples de tocar, não há necessidade de aulas e complementa a venda de violões e ukuleles, entre outros. Na implantação do Kazoo no mercado, a Turbo iniciou uma campanha intitulada Desafio do Kazoo, em que músicos são desafiados a fazer um pequeno solo com o instrumento e repassar o desafio aos seus colegas. Veja e participe do Desafio do Kazoo em: https://www.facebook.com/desafiodokazoo/

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Felipe Andreoli endorser DiGiorgio da Gruv Gear lança novo site

A Novità Music, distribuidora da Gruv Gear no Brasil, anunciou que o baixista Felipe Andreoli é o novo endorser da Felipe com marca americana de seus gig bags bags, cases e acessórios para guitarras e baixos. Felipe nasceu em São Paulo e é baixista desde os 13 anos, tocando atualmente com as bandas Angra, 4Action e Kiko Loureiro, entre outras, além de trabalhar como produtor.

Com um design visual muito organizado, o novo site apresenta todas as informações sobre os produtos da reconhecida marca, além da história da empresa, seção de assistência técnica e link direto para as redes sociais e a loja virtual. Visite http://www.digiorgio.com.br para ver mais.

Guitarpedia oferece curso de guitarra on-line

O Guitarpedia foi criado para ajudar o iniciante em guitarra e oferece videoaulas de guitarra por assinatura para todos os níveis, além de sessões ao vivo com professores renomados. Desde seu lançamento, no final de 2014, já possui cerca de 800 aulas e 6 mil alunos cadastrados. Bruno Godinho, idealizador do Guitarpedia e professor de guitarra há cerca de 20 anos, diz que o material foi pensado com base na grade dos conservatórios tradicionais, porém com uma visão moderna. Mas a prática não fica de fora. O recurso facilita a repetição de sequências ao permitir que o aluno selecione determinado trecho da aula. Há, ainda, as backing tracks — os famosos playbacks —, faixas gravadas para que o estudante toque junto com a música, podendo controlar a velocidade. Uma vez por semana há as aulas ao vivo, com tema definido pelos usuários: www.guitarpedia.com.br

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MIX DE PRODUTOS

Ampliando seu mix Selecionamos algumas categorias e seis modelos para você diversificar seu conhecimento do que está disponível no mercado. Os preços são sugeridos para venda ao consumidor final, uma média tirada de três ou mais lojas. Lembre-se, são sugestões para que você conheça todas as combinações que podem levá-lo a vender mais e melhor. Inspire-se e monte um kit com os modelos que você tem na sua loja. Vamos vender!

Djembes

Ukuleles

Suportes On Stage Stands GS5000 suporte para ukulele e outros R$ 65

Tagima 30kb Serie Havai R$ 995

Latin Percussion Aspire Jamjuree Wood R$ 636

Remo Choco Red Infinity Mondo R$ 1.000

Lanikai Curly Mango Concert TunaUke R$ 1.060 Stagg Music UB70-S Baritone R$ 678 Epiphone

Gon Bops Mariano Series R$ 1.075

Les Paul Ukulele R$ 763

Toca Origins Series Rope Tuned Wood 12” R$ 802

Ibanez UKS10 R$ 462

Meinl Original African Style Rope Tuned Wood 12” R$ 879

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König and Meyer 17550 Memphis Travel para guitarra R$ 110 Hercules TravLite In-Bell Saxofone Alto R$ 169

Gretsch G9110 Concert Standard R$ 728

Luen Djembe R$ 290

Gibraltar GDS Lightweight Djembe Stand R$ 400

Ultimate Support Genesis GS-1000 para guitarra R$ 154

Stay Music Piano 1000-02 para teclados e pianos eletrônicos R$ 825

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SETUP

The Rolling Stones com instrumentos de ontem e de hoje

Não poderia faltar uma edição de Setup em que déssemos um passeio pelos instrumentos e equipamentos usados pela lendária banda britânica de rock The Rolling Stones

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omposta atualmente por Mick Jagger, Keith Richards, Charlie Watts e Ronnie Wood, a icônica banda, pertencente ao Rock and Roll Hall of Fame desde 1989, tem vencido o passo do tempo e se mantido vigente até agora, atraindo cada vez mais novas gerações de seguidores. Vale destacar que este ano os Stones apresentarão

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seu América Latina Olé Tour 2016, que iniciará dia 3 de fevereiro em Santiago e terá paradas em La Plata, Montevidéu, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Lima, Bogotá e Cidade do México, antes de finalizar no dia 14 de março. O Brasil e a Argentina serão os países com mais apresentações, quatro e três, respectivamente. Estaremos esperando-os!

Ronnie Wood guitarra e baixo Wood na maioria das vezes toca sua Sunburst Fender Stratocaster de 1955 e 1956 durante as sessões no estúdio e ao vivo, e uma Gibson J-200 durante os sets acústicos. Também usa uma Firebird da Gibson, seu modelo signature Duesenberg, uma gama de guitarras Versoul, incluindo seu modelo custom shop, e seu modelo signature da ESP, baseado na sua Fender Telecaster de 1958. Amplificadores e efeitos: Ronnie usa amplificadores Princeton da Fender e Mesa Boogie, além de pedais de efeitos da Boss.

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Keith Richards guitarra principal

Mick Jagger voz e guitarra Microfones: Se falamos de microfones, a Shure sempre destaca sua popularidade. No caso de Mick, temos como referência que ele tenha usado o microfone vocal SM58 (SM é um acrônimo de Studio Mic), funcional tanto ao vivo como no estúdio, conhecido pela sua construção robusta, feedback e seu manejo da resistência ao ruído, além do microfone vocal SM7B, usado como microfone vocal ou para as harmonias. De igual forma, o Reslo RV Ribbon Microphone e o microfone condensador C-12 da AKG têm sido usados por Jagger. Guitarra: Nesta lista encontramos a Hummingbird Acoustic-Electric Guitar da Gibson e três guitarras mais por parte da Fender: uma Stratocaster, uma Jaguar e outra Telecaster.

Charlie Watts bateria Quando Charlie tinha cerca de 13 anos começou a interessar-se pela bateria. Em 1955, seus pais lhe deram de presente seu primeiro drum kit, que praticava enquanto ouvia sua coleção de álbuns de jazz. Watts toca as baterias da Gretsch usando uma 1957 rund badge de madeira de maple natural. Também conta com um prato Zildjian Swish Knocker e um thin crash que a Zildjian lhe deu. Seu ride é um 18” UFiP flat ride. Com respeito às baquetas, Charlie usa seu modelo de série signature da Vic Firth, Charlie Watts (SCW), que se caracteriza por uma ponta ovalada alongada para os sons de pratos dark.

Guitarras: Quando tinha cerca de 15 anos, sua mãe lhe deu sua primeira guitarra, a qual aprenderia a tocar seguindo o ritmo de Billie Holiday, Louis Armstrong e Elvis Presley. Diz-se que Richards possui aproximadamente 3 mil guitarras em sua coleção privada. Por parte da Gibson, destacam-se a ES-355, que foi usada por Keith em cada turnê da banda desde 1997 — em 2006 ele mostrou uma ES-345 branca; as Les Paul Juniors, que tem usado tanto single como double-cutaway desde 1973, tocando frequentemente uma TV-yellow couble-cutaway apelidada “Dice”, a qual usa desde 1979, e a Hummingbird desde fins dos anos 60. Outra das mais destacadas e uma das guitarras principais no palco é a Fender Telecaster de 1953, apelidada “Micawber” por uma personagem da novela David Copperfield, de Charles Dickens, a qual conta com cinco cordas de afinação aberta — G (-GDGBD). O pickup do braço tem sido substituído por um PAF humbucking da Gibson e o outro da ponte por um lap steel da Fender. A “Micawber” é usada geralmente para tocar “Brown Sugar”, “Before They Make Me Run” e “Honky Tonk Women”. Outras Telecaster usadas no palco são uma de 1954 que tinha dois apelidos - “Malcolm” e “Number 2” -; uma Custom de 1967 e outra de 1975 que reapareceu na cena em 2005. Amplificadores e efeitos: Desde os anos 90, Richards tem usado uma variedade de “tweed” Twins da Fender no palco. Para efeitos, embora através dos anos tenha usado desde o Gibson Maestro fuzzbox até um wah-wah e phaser, ele se inclina por combinar “o amplificador correto com a guitarra correta” para alcançar o som que deseja.

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MUNDO DIGITAL

SERGIO AGUIAR

Diretor de pré e pós-venda da Exceda

5 problemas e 5 soluções de

segurança para sites

Você sabe como cuidar e proteger o seu site? Veja aqui os possíveis problemas que podem acontecer e como solucioná-los

A

internet tornou-se um importante meio de atuação para empresas de diferentes setores do mercado, mas junto com as novas oportunidades, vieram as possibilidades de fraudes e crimes cibernéticos. Pensando nisso, elenco abaixo as que julgo mais recorrentes em um portal e que podem prejudicar seu funcionamento e os usuários que o acessam.

1.

DDoS (Distributed Denial of Service)

O mais comum deles. Consiste em um grande número de acessos a um site, com o objetivo de derrubá-lo. Costuma ser usado para distrair a equipe de segurança com o intuito de que ataques mais rebuscados sejam executados.

2.

Account Takeovers

É, basicamente, a apropriação de uma conta (login e a senha do usuário) para que dados sejam roubados e fraudes cometidas, principalmente as financeiras. E não pense que isso acontece somente com pessoa física, dados de companhias são comumente roubados para os mais diversos fins.

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3.

DNS Hijacking

Ataque ao DNS (domínio) do portal. Faz com que o usuário seja direcionado a outro site — cópia do acessado originalmente — sem que perceba para que, assim, conceda informações sigilosas.

4.

3rd Party Content Provider Compromise

Em grandes portais, hackers usam anúncios para infectar computadores

e controlá-los. Isso acontece pois normalmente grandes sites contam com avançados recursos de segurança; já seus parceiros que anunciam via banners, nem sempre. Assim, ao clicar no anúncio alterado com vírus, o usuário fica vulnerável, com seus dados coletados e enviados ao fraudador.

5.

Phishing for Cloud Service Credentials

Envio massivo de e-mails maliciosos para obter, em provedores

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em cloud — como o Google —, dados de login e senha dos usuários. Com fácil acesso ao histórico de e-mails, o hacker busca por informações de cadastros de outros sites (e-commerces e bancos, por exemplo) para cometer fraudes.

O que usar para se proteger?

Além de mostrar os problemas, meu objetivo aqui também é compartilhar as soluções que felizmente já foram desenvolvidas para que as empresas protejam suas plataformas e clientes. Listo abaixo as cinco principais.

1.

política de segurança da empresa.

4.

Firewall

Um firewall verifica e filtra a comunicação entre um link de comunicação e um computador para proteger a confidencialidade dos dados na rede. Isso acontece por meio de regras de segurança predefinidas que aprovam ou impedem a comunicação, fazendo uma parede de proteção.

5.

Web Application Firewall (WAF)

Oferece uma camada altamente escalável de proteção contra ataques às aplicações web, emitindo alertas e os bloqueando antes de alcançarem os servidores de origem, filtrando todo o tráfego HTTP e HTTPS de entrada, por meio de controles configuráveis nas camadas de rede e aplicação. n

Computação em nuvem

Fornece proteção de ponta a ponta ao ambiente virtual e possui capacidade redimensionável na nuvem. Como não é possível prever as proporções de um ataque, o uso da nuvem oferece elevados índices de mitigação por comportar ilimitado volume de conteúdo.

2.

Offload de infraestrutura

Alinhado à computação em nuvem, o conceito de Cache conserva a origem do site no próprio Data Center e qualquer transmissão de informação estática passa a ser feita na ponta da rede, ou seja, mais próximo ao usuário. Assim, o fluxo de informações no Data Center de origem diminui, podendo atingir valores de offload superiores a 90%. Ataques cibernéticos elevam o tráfego de acessos no servidor em mais de cem vezes e o offload promove a escalabilidade necessária que suporta o aumento inesperado de dados.

3.

Proteção de DNS

Proteção contra uma prática em que o servidor de DNS de um provedor de acesso é o alvo de ataque, assim, tirado do ar. Essa proteção pode ser implementada no Servidor de DNS primário, secundário ou em ambos, conforme a

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COACHING

Forme uma equipe de alto desempenho Você tem uma PME ou uma loja? Aprenda a desenvolver seus profissionais e reconhecer talentos

D

e acordo com o executivo da Templum, Ricardo Tocha, existem equipes competentes e equipes de alto desempenho. “A equipe competente faz entregas dentro do esperado; já a de alto desempenho surpreende, pois atua com paixão, vai além do que se espera dela. Uma equipe de alto desempenho é o sonho de todo gestor”, afirma. Veja seis dicas para formar equipes fora do padrão, de alto desempenho:

1.

Selecione as melhores pessoas

Os melhores membros da sua equipe não são aqueles que detêm conhecimento técnico. Os melhores profissionais são os que se envolvem com o propósito e gostam de desafios. Equilibre a contratação de profissionais experientes com pessoas que estão muito interessadas em aprender e realizar coisas grandes.

2.

Desperte a paixão

Uma equipe de alto desempenho só existe quando os membros são apaixonados pelo que fazem. Mostre o objetivo e engaje o grupo, faça-o acreditar no propósito e lutar para alcançá-lo. Estabeleça metas que as pessoas acreditem ser grandiosas, atingíveis e desafiadoras.

3.

Estabeleça condições de autonomia e responsabilidade

A criação de equipes de alta performan-

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ce deve estar sempre alinhada à gestão estratégica da empresa. Em outras palavras: a empresa deve estar preparada para fornecer autonomia e responsabilidade aos membros das equipes. “É importante criar mecanismos e ter atitudes que demonstrem aos membros da sua equipe que as ideias e a colaboração são fundamentais. Como líder, não reprima as falhas, fale em lições aprendidas, evite que os profissionais tenham medo de se arriscar”, destaca Tocha.

4.

Seja um líder inspirador

Para ser um líder inspirador é preciso fazer o seu melhor e conseguir que as pessoas deem o seu melhor. Saber ouvir, aceitar sugestões, delegar com simpatia e real interesse no envolvimento também são atributos dos líderes inspiradores.

5.

Invista em comunicação interna Estabeleça uma comuni-

cação periódica pessoal, por meio de reuniões presenciais ou a distância — utilize a tecnologia a seu favor (WhatsApp, Hangout, conference calls etc.) — e mantenha meios como a intranet, murais de recados, SMS.

6.

Construa uma identidade da equipe

Simbólica ou literalmente, é possível criar essa identidade na sua equipe. Isso a tornará mais forte e motivada. Tem a ver com a forma como você lidera, com a liberdade que você dá para que todos os membros apresentem ideias e tomem atitudes para alcançar os objetivos, mas também tem a ver com os rituais do dia a dia. “O desenvolvimento de uma equipe de alto desempenho é, em grande parte, responsabilidade dos líderes. Não é algo que emerge do dia para a noite, porém, com algumas atitudes de liderança, com as escolhas certas e com estímulos, é perfeitamente viável”, finaliza Tocha. n

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PONTO DE VENDA JOEY GROSS BROWN

Especialista no mercado de áudio e instrumentos musicais. Pode ser contatado pelo e-mail: joey.grossbr@gmail.com

Visão do Diretor/Proprietário

Antes da contratação

Visão de curto prazo. Resolver seu problema significa quantificar o valor dos recebimentos. Geralmente não se preocupa com reajustes que acompanhem a inflação do futuro nem faz uma análise do amanhã. “Se o amanhã não estiver bom, eu me demito.”

Visão voltada a investimento em uma nova ferramenta que se mostre mais efetiva para a execução do plano pretendido. Não se trata de uma pessoa e sim de um utensílio necessário para o encurtamento da distância entre o hoje e o amanhã. Mostra uma ‘vitrine’ linda e sabe ‘vender’ a posição. Não oferece garantias. O contratante também não as tem.

Após a contratação — na entrevista

“Terei ‘carta branca’ ou planos poderes e liberdade para executar meu trabalho de maneira a que ‘EU’ fique feliz. Devo mostrar que minha contratação foi a coisa mais certa que esta empresa já fez. Para isso mudarei políticas, mudarei tratativas e pretendo mudar a cultura da empresa com ideias revolucionárias.”

Espera um milagre do recém-contratado para ajustar tudo que se entende por ‘errado’ em dois meses e acredita que a nova ferramenta dará conta do recado. Não existe o apoio aberto. Não se faz claro no objetivo e somente repete: “O mercado está difícil, mas não está tão ruim”. Não vê nenhuma crise nem mercado. Afinal, esta é a função de quem contratamos.

O caminho mais curto

A

manhã será sempre amanhã. Costumo brincar com minhas filhas pequenas toda vez que me pedem algo que não posso dar naquele instante e digo: “amanhã” e no dia seguinte repito a mesma palavra ao ser cobrado por elas. É uma brincadeira saudável e com isso tento não gerar expectativa nem um excesso de ansiedade nas pequenas. Elas se divertem e já adotaram a resposta quando eu cobro algo delas do tipo: “Vão arrumar a sala”. “Amanhã, papai!” é a resposta. O mesmo acontece em nossos negócios. Para alguns, fazer um planejamento se torna complicado e tende a seguir sempre os parâmetros do presente baseado no histórico criado no passado. É um tanto quanto fácil presumir que se ontem um resultado astronômico foi atingido é também fácil repeti-lo sempre. Ou seja, aqui o amanhã é hoje e nenhum resultado contrário pode ser aferido sem que cabeças rolem.

Visão do Empregado/Funcionário

A culpa é da ‘herança’ que pegou. Seriam necessários anos para ‘limpar’ o passado. Só depois disso será possível replanejar e executar ações efetivas.

“Nós já fizemos este valor astronômico em mil novecentos e bola… Foi um ano espetacular. Então não vemos dificuldades em fazer de novo. Afinal, você foi contratado para isso.”

A realidade

Sempre me ensinaram que a menor distância entre dois pontos é uma reta. Seja como for, o caminho do futuro nem sempre é reto. No entanto, o caminho ao futuro é sim curto e ao mesmo tempo infinito

“E agora? O que fazer? Esta empresa parecia tão boa e tão sólida. Deve ser por isso que não estão crescendo. Não querem mudar. E nem querem esperar! Ter que trocar o pneu com o carro andando.... é impossível.”

“Poxa, não estamos chegando aonde devemos. Será que optamos pela pessoa certa? Demos as ferramentas solicitadas? Construímos uma relação de comprometimento ou apenas uma relação patrão/empregado? E agora?”

O resultado

O futuro não é uma reta!

“Melhor encontrar outro lugar para trabalhar. Um lugar onde minhas ideias prevaleçam e onde haja tempo disponível para implantar um método. Afinal, a empresa que me quer deve se moldar ao meu sistema de trabalho.”

“Melhor encontrar outra pessoa para nos levar aonde queremos. Afinal, nossa visão é a que vale. Não demos o direcionamento e agora é tarde, visto que não temos os resultados. Esta peça não funciona e deve ser substituída rapidamente.”

Planejamento certo

Que tal ter um pouco de ‘darwinismo’ socioeconômico (se é que tal coisa possa existir) e pensar no futuro como um grande plano estratégico em vez de pensar em diversos planos criados ao longo do tempo? Explico:

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planejar o alvo é fácil. Planejar o começo também é fácil. Mas, e planejar o caminho que nos levará ao alvo? Ah! Agora complicou! Por quê? Afinal, o mais complicado já foi determinado — o alvo — e nessa conjuntura evolucionista podemos deduzir que diversos caminhos poderão ser tomados, ou ainda, diversos caminhos terão de ser tomados para atingir o objetivo e nem sempre esses caminhos se repetirão em algoritmos conhecidos ou, antes, explorados. Temos a certeza de que, em qualquer país ou sociedade, mudanças podem ocorrer de maneira não linear ou de forma aleatória. Imprevistas e às vezes devastadoras, as mudanças nos forçam a uma reavaliação do rumo e a um recálculo dos objetivos.

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Fale direto e não se arrependa Então, um plano estratégico acaba sendo mais simples do que imaginávamos. Determinamos o ponto de partida e o objetivo e tentamos traçar o caminho mais curto. Genial! Mas se o tão óbvio fosse tão prático, não necessitaríamos de muito esforço para saber que seremos bem-sucedidos na empreitada. E quando falamos da vida, daquela que é verdadeiramente divina e coberta de emoções, de pessoas, entendemos que nem sempre o amanhã chega como queremos.

Vejam um exemplo de quanto custa afinar as peças para que o objetivo comum seja atingido. Note no quadro dentro deste artigo a maneira de pensar de um novo gerente ou diretor ou CEO e na maneira de pensar de um conselho ou presidente. Não que isso aconteça todo dia e em todos os lugares, mas, geralmente, acontece sim, e palavras e ideias ficam ocultas, desviando a todos do caminho mais curto em direção ao objetivo. É somente um ensaio e caso você não goste, me ligue “amanhã”. Não se esqueça: só “amanhã”. Feliz 2016! n

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FINANÇAS

DORA RAMOS

Educadora financeira, especialista em contabilidade e diretora responsável pela Fharos Contabilidade & Gestão Empresarial

Para onde vai o seu dinheiro? Controlar de forma organizada para onde seu dinheiro vai pode ajudar a melhorar a sua saúde financeira. Veja neste artigo algumas recomendações para considerar e melhorar o seu foco

F

im do mês é sempre um período complicado. As contas vão chegando, o dinheiro, sumindo e o desespero, batendo. Com o orçamento que não fecha, logo nos fazemos uma pergunta: para onde foi o dinheiro? Essa questão pode ser facilmente respondida pelos gastos mensais não elencados, extras ou até mesmo supérfluos, que não colocamos na ponta do lápis na hora do planejamento. É muito comum depararmos com pessoas que ganham um salário de razoável para bom, teoricamente suficiente para proporcionar qualidade de vida e manter distância dos boletos atrasados. O problema é que muitas delas se esquecem de mensurar quanto de seus rendimentos vai para os gastos básicos (luz, água, telefone, supermercado), quanto vai para outros gastos constantes (impostos, prestação do apartamento/carro, combustível, plano de saúde, cafezinho pós-almoço) e quanto sobra para o “poder de compra”.

Comprou o quê?!

Aquelas despesas desnecessárias ajudam muito a comprometer e até a provocar verdadeiros estragos em nosso orçamento. Pensemos em uma paixão do brasileiro: os animais de estimação.

Também devemos ter os gastos destinados a eles calculados no orçamento, pois assim não se tornarão um peso em nosso bolso. Alimentação, banho temporário e atendimento veterinário estão cada vez mais caros e, embora sejam rotineiros, quase nunca entram nas contas mensais. Mas não são só os animais de estimação que ‘desviam’ boa parte de nossos rendimentos mensais. Hábitos como o cafezinho do pré-expediente, o salgado da tarde ou mesmo a cervejinha do happy hour são menosprezados nas finanças pessoais, mas estão entre os principais gastos não controlados. Dificilmente o vale-refeição é suficiente para cobrir essas despesas e, de R$ 5 em R$ 5, mais de um salário é destinado a isso todos os anos.

Controle e planificação

Para que não haja um susto no final do mês, é importante que se listem todas as despesas, desde o lanchinho da tarde até o conserto do carro. Fazer anotações semanalmente é uma boa alternativa para se ter um relatório completo, que permite a mensuração do que po-

deria ter sido poupado e do que será corrigido nos próximos meses. Esses pequenos gastos podem sair do controle e ser tão representativos quando uma prestação. Por isso, saber para onde cada parte do dinheiro vai é muito importante para a saúde financeira de qualquer pessoa. Evitar gastos supérfluos pode ser o ponto principal para a conquista de um sonho ou mesmo para que não se fique endividado. Por isso, fique atento, mantenha os gastos sob controle e não exagere nas despesas extras. Este é o momento de entender seus rendimentos, colocar os gastos na ponta do lápis, utilizar seu 13º salário para reduzir as dívidas e planejar-se para entrar no ano novo com mais tranquilidade. É possível encontrar um ponto certo, capaz de garantir saúde às suas finanças e de realizar seus sonhos em um prazo razoável. Basta planejar! n

Para que não haja um susto no final do mês, é importante que se listem todas as despesas 38 www.musicaemercado.org

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LEGISLAÇÃO

Duas notícias importantes para o mercado da música Antes do fim do ano, o mercado brasileiro recebeu duas notícias destacadas: o fim da Substituição Tributária para o mercado da música e o arquivamento do projeto de lei que isentava de imposto instrumentos musicais. Veja mais neste artigo! Fim da Substituição Tributária

A informação esperada e positiva foi emitida formalmente pela Abemúsica no dia 16 de novembro de 2015. De acordo com o comunicado, a medida de exclusão da Substituição Tributária será implantada nas empresas do Simples Nacional a partir de 01.01.2016. A informação estava sendo reservada aos diretores da Abemúsica até a véspera do comunicado. O anúncio da medida, entretanto, tem dividido o mercado entre dúvidas e a paralisação momentânea das compras. Para um fabricante nacional, que pediu que não fosse identificado, “A medida é excelente, porém o momento em que foi anunciada foi péssimo. Alguns lojistas pararam a programação de suas compras para não ficar com estoque devido à ST”, explicou. Representantes comerciais têm reclamado da mesma situação. É importante mencionar que, ao mesmo tempo que o título do e-mail contendo o comunicado afirma a exclusão da Substituição Tributária para o mercado da música (NCM capítulo 92), há ainda uma brecha para a não confirmação da notícia. De acordo com o e-mail de Synésio Batista da Costa, presidente da Abemúsica, “seguindo com os trâmites, quer nos parecer que nossa exclusão total da Substituição Tributária será aceita e ratificada”. Mesmo precipitadamente, a ação da Abemúsica é para celebrar.

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A saber

O Supersimples concentra atualmente 27% do Produto Interno Bruto (PIB), 52% dos empregos formais e mais de 40% da massa salarial do país. Em entrevista para o site G1, o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, disse: “Para ser do Simples, a empresa passa a ser vista pelo porte, e não pela atividade. Aumenta o potencial de criação e formalização de empresas. Estamos buscando, na simplicidade, a eficiência. Hoje, somos 9 milhões de unidades de negócios (no Simples). Se cada um puder gerar mais um empreguinho, são mais 9 milhões de empregos”.

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E se a PLS 695/2015 fosse aprovada?

Quem ganharia? • Músico profissional com carteira da Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) • Ordem dos Músicos do Brasil • Orquestras • Governo (pelas licitações de equipamentos não produzidos no Brasil em larga escala) • Mercado ilegal

Quem perderia?

• Músicos amadores que pagariam mais caro por instrumento • Músicos que necessitam de assistência técnica e garantia de fábrica • Lojistas • Fabricantes • Importadores • Distribuidores • Escolas de música e conservatórios

Projeto arquivado

Por outro lado, a indústria também recebeu uma outra notícia… para alguns boa, para outros, ruim. O Projeto de Lei (SF PLS 697/2015) que isentava de impostos a compra de instrumentos musicais diretamente por músicos profissionais e orquestras foi arquivado no dia 10 de novembro pelo autor, senador Cristovam Buarque. A PLS 697/2015 criou grande expectativa por parte da comunidade musical, sem perceber, entretanto, que beneficiaria somente músicos com a carteira da Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) e orquestras, mas não priorizaria músicos amadores. Para lojistas, importadores e fabricantes ouvidos pela Música & Mercado, o projeto de lei que tramitava no Senado desestruturaria o setor de serviços e fabricação e abriria a possibilidade para a criação de brechas para a importação ilegal. Dessa forma, a quebra do varejo, da indústria e de importadores seria a consequência da regulamentação da PLS, além, obviamente, do fato de que os músicos amadores pagariam mais para comprar seus instrumentos.

Isenção para todos

Atualmente, para importar um produto, o músico paga o mesmo valor de imposto que a representante legal da marca internacional no Brasil. Para o presidente da Associação Nacional da Indústria da Música (Anafima), Daniel A. Neves, “O correto é que todos os instrumentos musicais, periféricos para estúdios e equi-

pamentos de áudio sejam desonerados, não importa se produzidos no Brasil ou importados. Além disso, é necessário ter um envolvimento específico do BNDES e outras vantagens para equilibrar a competitividade das fábricas brasileiras”, explica. Representantes das indústrias, lojistas, importadores e músicos buscam há tempos sensibilizar o poder público para a isenção de impostos de fabricação e importação, como PIS/Pasep, Cofins, além de ICMS para equipamentos de áudio, periféricos e instrumentos musicais. Para Neves, da Anafima, o instrumento musical deve ser encarado como uma ferramenta de geração de renda, considerando toda a receita gerada obtida por direitos autorais, economia criativa e economia conexa nas manifestações musicais nos Estados da Federação. “Para entender a questão econômica da música, basta imaginar o Rio de Janeiro, a Bahia, Pernambuco e até Brasília sem nenhuma atividade musical”, comenta. “É necessário entender que o projeto que estava em vigor beneficiaria somente uma elite musical. Estudantes de música não teriam benefício algum sobre a PLS 697/2015”, completa o presidente da Anafima. Para a Música & Mercado, os textos da PLS 697/2015 e da PLS nº 329, de 2/6/2015, ambas reedições da PLS 86/2004, são importantes, mas necessitam de um aprofundamento e de ampliação do debate para que englobem o setor como um todo. n

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DISTRIBUIÇÃO

A Musical Express também é distribuidora da Shure Depois de anunciar a Tele-Ponto como distribuidora para o mercado de áudio profissional, a Shure incorporou a Musical Express como encarregada do setor de instrumentos musicais

M

uitas notícias emocionantes para o Brasil foram anunciadas pela Shure na segunda metade de 2015, não só com a mudança de distribuidores, mas também com a abertura de um escritório de suporte no País. A mudança de distribuição é apenas parte de um processo que estão realizando no Brasil. Depois de muitos anos trabalhando com uma ‘distribuição exclusiva’ por meio de diferentes sócios durante anos, a empresa tomou a decisão estratégica de abrir sua distribuição por aqui. A Shure tem crescido muito como empresa e como fabricante de produtos nos últimos anos, e esse crescimento levou-a a buscar diferentes mercados verticais nos quais seus produtos têm participação, como integração, broadcast, som ao vivo e instrumentos musicais com as lojas especializadas. A Tele-Ponto foi a primeira distribuidora que nomearam nessa nova etapa, focando na parte de áudio profissional (broadcast e som ao vivo com as empresas de locação). A Musical Express se encarregará do mercado de instrumentos musicais, enquanto na parte de integração a Shure identificou determinados canais estratégicos com os quais ainda se encontra negociando. Será uma distribuição híbrida, em que haverá participação de distribuidores, mas também de certos revendedores estratégicos no mercado.

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E o escritório no Brasil?

Antônio, da Tele-Ponto

O plano da Shure se baseia em oferecer mais suporte. José Rivas, diretor-geral da Shure para a América Latina, contou: “Não se trata só de fazer mudanças na distribuição, mas também de ter um escritório local para dar suporte ao mercado, em que teremos pessoas-chave nas áreas de vendas, marketing, suporte técnico etc. Queremos estar perto do mercado e ter uma comunicação direta com ele. Isso não significa que estamos vindo ao Brasil para vender diretamente, mas que vamos oferecer um serviço de 360° como fabricante e estar perto do nosso consumidor final. Sempre procuramos continuar crescendo como empresa e chegarão notícias em breve”.

Áudio Pro com a Tele-Ponto

Ter a representação da Shure para o mercado de áudio sem dúvida significa muito para a Tele-Ponto. Por mais que para o mercado pareça uma coisa pontual, na verdade é um projeto que a Shure vinha planejando há um ano como parte de sua estratégia. O presidente da Tele-Ponto, Antônio Pereira Neto, comentou: “Não aconteceu do dia para a noite como o mercado pensa. Dessa forma, como empresário, hoje tenho duas empresas fortes: uma é a Audio Premier — que basicamente tinha sete marcas — e a Tele-Ponto, que é voltada única e exclusivamente para a área de broadcast, e

José Rivas, da Shure

isso acabou se unindo. A Shure precisava mudar o formato dela e a Tele-Ponto preencheu essas necessidades, pois podíamos atender o mercado de broadcast, fornecer a parte de instalação e ajudá-los a criar uma estrutura melhor no Brasil. Estamos muito contentes!”.

Musical Express é MI

Considerada uma das maiores distribuidoras de acessórios da América Latina, a notícia de que a Musical Express agora é distribuidora da Shure trouxe grande surpresa para o setor. Pelo lado da Shure, José Rivas destacou: “Com a Tele-Ponto como nosso distribuidor para o mercado de áudio pro e a Musical Express como nosso parceiro de MI (instrumentos musicais, na tradução literal), vamos continuar a exceder as expectativas de nossos clientes e manter a Shure como a marca mais confiável de áudio no Brasil”. A entrada da Shure para o port­fólio da Musical Express consolida a imagem da distribuidora que há anos vem sendo reconhecida por ser uma empresa voltada à distribuição com forte atuação em marketing e vendas. O trabalho tem sido referenciado por lojas de todo o País e por marcas internacionais, além do grupo D’Addario, como Latin Percussion e On Stage Stands. n

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VENDAS

Aprenda sete dicas para vender mais pós-Natal O especialista Jaques Grinberg Costa ensina métodos do coaching de vendas para queimar o estoque de fim de ano

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odos os anos o comércio inicia, nos meses de outubro e novembro, a preparação para aumentar as vendas do Natal e Réveillon, seja com renovação de estoque ou contratações temporárias. Quem está ativo no comércio, patrão ou vendedor, foca tanto nesses meses que se esquece do potencial do pós-festas, período em que a grande maioria projeta baixos resultados. Segundo o coach de vendas Jaques Grinberg Costa, para o rendimento não cair é preciso fazer diferente. “Vendedor que é vendedor estuda e se prepara com novas técnicas e ferramentas para potencializar os seus resultados. E a boa notícia é que podemos aproveitar o período de pós-festas para vender mais do que no próprio Natal”, revela. São sete dicas, especialmente estudadas e preparadas pelo especialista, que maximizam quaisquer resultados, principalmente num ano de crise econômica, em que a perspectiva de vendas será inferior à do ano de 2014.

1.

Promoções pós-Natal Os vendedores que sabem aproveitar e divulgar as promoções pós-Natal conseguem vender

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muito mais. Use o telefone, Whats­ App, redes sociais e amigos para divulgar, com foco nos resultados.

2.

Troca de presentes Quantos clientes novos aparecem depois do dia 26 para trocar o presente de Natal? Os motivos são diversos e não importa. O importante é que os clientes estão vindo e querem ser atendidos, surpreendidos com um atendimento acima do esperado. Os clientes esperam e querem um atendimento gourmet para trocar o presente e comprar mais.

3.

Vendedores cansados Este é um período em que os vendedores estão cansados. Sabemos que trabalhar no comércio e no período de Natal é cansativo. As forças esgotam-se e a motivação em vender também. Os vendedores de sucesso sabem disso e aproveitam

Faça um planejamento de vendas pós-Natal, crie suas estratégias escrevendo-as em um papel

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as forças que restam para continuar vendendo e atendendo os clientes com qualidade. Quem conseguir fará diferença e venderá muito mais.

4.

Planejamento Faça um planejamento de vendas pós-Natal, crie suas estratégias escrevendo-as em um papel. Detalhe todas as ações, como você irá divulgar as promoções, atender os clientes que querem trocar produtos, os que apenas querem aproveitar as promoções e preços baixos etc. Sem planejamento, atingir as metas é muito mais trabalhoso. Pense nisso e não se esqueça de incluir um cronograma diário de tarefas que devem ser executadas.

seja pesquisar sobre o trabalho. Entendo, mas não compreendo! Se você quer e precisa render mais, por que deixa de investir entre 30 e 40 minutos por dia para pesquisar, aprender e ser mais curioso?

7.

Pergunte mais e ouça com atenção Os clientes querem atenção,

contar suas experiências e muitas vezes seus problemas. Demonstrar interesse, perguntando mais sobre o assunto que o cliente quer falar e ouvindo com atenção, transforma um simples atendimento em um atendimento gourmet, um atendimento diferenciado. As vendas e a fidelização de clientes são consequências do atendimento! n

5.

Estude, esteja preparado Os clientes estão cada vez mais exigentes, pesquisam e conhecem os produtos que desejam. Os vendedores, como em todas as profissões, precisam ler, participar de palestras e cursos, assistir a vídeos na internet sobre atendimento, vendas, economia etc. O vendedor precisa entender e conhecer muito de vendas e atendimento, e um pouco de todos os outros assuntos, inclusive o que acontece nas principais novelas. Para interagir com os clientes, é preciso conhecer os assuntos que interessam a eles e não a nós.

6.

Seja curioso Quer inovar e fazer a diferença? Então, seja curioso. Qual foi a última vez que você digitou no Google, por exemplo, “como vender mais na crise?” ou “como surpreender um cliente com um atendimento gourmet? ou “o que é atendimento gourmet?”. A internet com certeza é mais agradável para navegar nas redes sociais, jogar ou fazer qualquer outra coisa que não

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CAPA

Superando dilemas da gestão familiar Desde seu início, há mais de 40 anos, a D’Addario tem sido uma empresa familiar, um negócio que nunca é fácil de dirigir, mas que seus líderes souberam enfrentar com a preparação necessária. John D’Addario III, atual presidente, explica a política dentro da empresa e sua evolução constante

A

D’Addario é, sem dúvida, o maior designer, fabricante e distribuidor do mundo de cordas para instrumentos musicais. Uma empresa dirigida pela família e na qual trabalham ativamente todas as gerações desta. Com sede em Long Island, Nova York, a companhia nunca parou de crescer, com a incorporação através dos anos de marcas como Evans, Promark, Pure Sound e Rico, agregando à sua oferta cabos, capos, protetores de audição, afinadores, palhetas, correias, desumidificadores, peles, baquetas e boquilhas, entre outros acessórios. Isso implica uma constante renovação em suas estratégias para continuar inovando e seguir destacando-se no mercado. Quer saber como conseguir fazê-lo? Seu presidente, John D’Addario III, conta como se preparou a nova geração familiar para a liderança e a visão atual da empresa.

John D’Addario III presidente

Organização familiar

Como começaram a organizar-se como uma empresa familiar?

Em meados dos anos 90, meu pai e meu tio já tinham carreiras consolidadas, mas a nova geração estava entrando no negócio, de modo que havia um grande abismo entre a experiência do meu pai e do meu tio e a falta de experiência da minha geração. À medida que a empresa crescia, percebemos que necessitávamos contratar pessoas que não fossem da família para nos ajudar a evoluir e dirigir o negócio, e também a ensinar a nova geração a ser verdadeiros profissionais. Então, quando contratamos o assessor

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de empresas familiares, parte da sua função era tentar unificar a visão e a cultura da família com aquelas dos que estavam ajudando a dirigir a empresa. Esse foi o primeiro passo para desenvolver um processo de planejamento que envolvesse os diretores da família e os não familiares de modo que houvesse um alinhamento no pensamento. Como segundo passo, o assessor foi responsável por ensinar a nova geração a se preparar para responsabilidades futuras, orientando-a no sentido de que ser parte do negócio familiar, assim como ser parte da indústria musical, é um privilégio, mas o mais importante é ter responsabilidade e estar preparado para a liderança no futuro.

Escritórios centrais nos EUA

E o que ele fez no nível da organização?

Com o passar do tempo temos trabalhado com diferentes assessores de empresas familiares e à medida que nos comprometíamos com isso, começamos a desenvolver um tipo de política de direção empresarial e como supervisionar todas as atividades do negócio e as da família. Por exemplo, temos uma fundação familiar, na qual investimos de 5% a 10% do lucro para apoiar programas musicais no mundo inteiro, em particular em áreas que não têm a oportunidade de aprender música. A direção da empresa familiar não se trata apenas de dirigir a companhia, mas também a fundação à qual nossa família dá suporte. Criamos, como parte do nosso trabalho com o assessor, uma constituição familiar. É, literalmente, um documento que descreve como se espera que representemos a família e o negócio de um ponto de vista cultural e de apoio aos valores. A constituição não só ajuda a minha geração a crescer na indústria, mas é pensada para ajudar a geração dos meus filhos no futuro. Como fazem para conseguir um consenso entre a família?

Essa é outra disciplina que nosso asses-

Diferentes linhas de produção

sor nos ensinou: encontrarmo-nos como família anualmente. É uma reunião de negócios em que todos da família se reúnem, tipicamente no verão, combinando membros da família que estão envolvidos ativamente no negócio e outros que não estão. Então atualizamos a todos sobre as atividades da empresa, oportunidades, desafios, investimentos que estamos fazendo — em alguns casos inclusive os resultados de investimentos passados. É importante o fato de estarem todos juntos, porque quando a família cresce e tem múltiplas gerações, é difícil manter um alinhamento. É difícil

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manter os mesmos valores, porque à medida que sua família se torna mais ramificada, está exposta a diferentes ambientes e diferentes valores. Então, quando nos juntamos é o momento de lembrar de valores que são importantes para a família e que também são para o negócio. Seria uma combinação de atualizar a família sobre as atividades da empresa, refrescar a memória sobre os valores da família e, o mais importante, abrir o diálogo para que não existam surpresas. Somos muito honestos em termos de direção da empresa e quais são nossos planos como uma família em geral.

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CAPA O que acontece com as posições de trabalho?

Como você lida com os sentimentos na família?

Outro aspecto do nosso plaÉ muito difícil às vezes. O que nejamento de negócio famitorna mais fácil é que damos liar é que não criamos posioportunidades para que os ções para nossos familiares. membros da família debatam Os membros da família têm esse tipo de coisa e é por isso oportunidades no negócio que a reunião familiar anual como qualquer outro funcioé muito importante, porque “Somos muito honestos em termos de direção da empresa“ nário. O que tentamos fazer cria uma plataforma para disé encontrar oportunidades cutir os temas que aparecem que possam aproveitar as frequentemente. Temos memAs marcas qualidades de um membro bros da família que já não traD’Addario: linhas de cordas para guitarras e orquestra da família, então, em outras balham na empresa e alguns Evans: peles para baterias palavras, não criamos uma que acabaram de voltar ao Promark: baquetas para baterias posição para eles, mas pronegócio, mas há um processo Pure Sound: snare wires curamos uma posição em sobre a saída e a entrada desWoodwinds/Rico: palhetas para instrumentos de sopro que cada um possa ter suses membros na companhia e, cesso e onde também possa mais uma vez, tem de haver complementar a direção de membros estejamos no caminho de outras pes- oportunidades disponíveis tanto para que não são da família. Isso é muito soas dentro da organização, porque um membro da família quanto para um importante para nós. Logicamente, não podemos, nem queremos, limitar de fora. Se o familiar for mais capaz para preparar a nova geração para ser res- o crescimento dos membros que não essa posição, lhe daremos a oportunidaponsável e obter capacidades de lide- são da família. Então tínhamos que de, mas se não for, não a terá. Existe um rança, mas também garantir que não derrubar essa percepção. processo relacionado até para isso.

Musical Express trabalhando no País

A reconhecida distribuidora Musical Express é a representante oficial da D’Addario no Brasil. A distribuição da marca vem desde o início das atividades da Musical Express em 1996. A partir de 2004, após um projeto que envolvia um completo reposicionamento da marca no Brasil, iniciou-se a exclusividade na distribuição de todo o portfólio de marcas do grupo. A evolução delas no território se deu de forma natural e contínua desde que o projeto começou a ser implantado. O aumento do market share, a abertura da grade de produtos e as campanhas de marketing consolidaram as marcas como umas das líderes em seus respectivos segmentos. “Hoje, o portfólio de marcas do grupo D’Addario está posicionado na categoria premium e tem presença garantida nas vitrines das mais importantes lojas de instrumentos musicais do País”, comentou Antônio Tonelli, diretor da Musical Express. “Através de premiadas campanhas de marketing, conseguimos ocupar um lugar de destaque na mente de consumidores que buscam qualidade e variedade de opções para cada estilo musical”, adicionou.

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Relação em destaque

O relacionamento entre a Musical Express e a família D’Addario é o ponto de destaque do trabalho que já existe há quase 20 anos. A comunicação e o empenho de ambas as empresas são responsáveis pelo sucesso das marcas no Brasil. Tudo é alinhado para levar ao mercado o que existe de mais inovador e eficiente em termos de produtos e ações. “Para a Musical Express, ter a exclusividade de distribuição de um dos maiores grupos da indústria da música mundial é sinônimo de orgulho e satisfação. Tivemos a oportunidade de vivenciar juntos toda a transformação do mercado nos últimos anos. A aprendizagem conjunta também foi definitiva para alcançar os objetivos traçados”, finalizou Antônio.

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Marcando a diferença

Vemos que cada marca tem sua própria personalidade, mas sempre existe a força da D’Addario por trás. Cada vez que adquiriram uma delas, essa personalidade foi mudada. Como funciona isso?

Quando adquirimos uma Processos automatizados companhia sempre temos um plano de jogo, como costumo dizer. No plano de jogo, primeiro focamos em submergir na fábrica e, quando o fazemos, obtemos um entendimento completo do processo de fabricação, buscamos oportunidades para fazê-lo da forma mais eficiente posControle pessoal em cada passo sível, para eliminar qualquer desperdício no processo e melhorar a qualidade do produto final. Esse é sempre o primeiro passo com qualquer aquisição: focamos na fábrica, na qualidade do produto e na eficiência ao fazer esse produto. Depois de sentir-nos seguros com a qualidade do produto, nos aprofundamos Máquina trabalhando em cordas no marketing, no merchandising, no conteúdo que criamos ao redor desafios com algumas das outras marda marca porque, em qualquer uma das cas, mas estamos tentando levá-las ao aquisições, cada marca vem com uma nosso nível de qualidade e ao nível de personalidade diferente e em alguns apresentação e confiança que a marca casos inclusive com alguma percepção D’Addario dá ao consumidor para que negativa que agora teremos que mudar. possa acreditar no produto. O melhor modo de mudá-la é primeiro atingir a qualidade correta e, segundo, Grande parte do mercado está poder contar a história de como o con- focando no digital. Vocês fizeram a seguimos e convencer os consumidores companhia desde o lado ‘analógico’, de que a qualidade é a ideal para eles. mas depois adquiriram uma É sempre um desafio e agora mesmo, empresa como a Planet Waves. Essa como organização, ainda estamos marca estará cuidando do seu lado no processo de integrar aquisições. A digital no futuro? mais recente foi a marca Promark de A Planet Waves certamente é uma marbaquetas para bateristas; ainda temos ca que está atravessando uma transimuito a fazer para integrar a Promark ção dentro das marcas de acessórios à nossa organização. Também temos D’Addario e tem sido uma linha de aces-

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sórios para guitarra única. Estamos explorando outras tecnologias digitais que certamente se encaixariam na imagem de marca da Planet Waves-D’Addario. Não posso dizer exatamente de que se trata, mas é algo que estamos explorando agora como organização. Aliás, estamos explorando essas opções digitais para todas as nossas marcas em percussão, guitarras, sopro e orquestra. Temos que fazê-lo porque é justamente para onde o mercado parece estar migrando, do analógico para o digital. Estamos fazendo vários investimentos consideráveis para transformar nosso conteúdo de marca em um formato mais digital. Estamos observando como aplicar a tecnologia digital no produto e como apresentaremos esse produto no futuro. Outro ponto a destacar é que vocês nunca fazem o mesmo. A companhia D’Addario nunca se repete. Conte sobre esse processo de criação no desenvolvimento de produto.

Uma das coisas em que acreditamos verdadeiramente, desde o ponto de vista de desenvolvimento de produto e inovação, é a integração vertical. Por exemplo, não existem muitos fabricantes de cordas que de fato produzam sua própria matéria-prima. Agora produzimos a maior parte de nossos cabos, a maioria de nossos filamentos de náilon para cordas clássicas, e são várias as razões pelas quais fazemos isso. Número um: nos ajuda a atenuar o aumento de custos. Número dois: nos ajuda a melhorar a qualidade da matéria-prima. Quanto mais alta a qualidade desta, certamente maior a qualidade do produto final, mas a mais importante é a

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CAPA número três: a oportunidade de inovar ao longo do processo. Quando temos o processo sob nosso controle, isso nos dá muitas oportunidades de experimentar, com passos diferentes ou materiais diferentes. Voltando ao exemplo do negócio de cordas, ao ter uma fábrica de cabos bem do lado da nossa fábrica de cordas e com todos os nossos engenheiros aqui, podemos estudar de perto o processo e desenvolver cabos mais fortes, por exemplo. De fato, fizemos o mais forte nunca antes produzido, o que certamente foi o catalisador da tecnologia NYXL que lançamos no mercado. Isso não teria sido possível a menos que tivéssemos o controle do cabo de alto núcleo. Hoje, temos uma capacidade de desenho de monofilamento de náilon e isso nos permite controlar nosso destino quando falamos de monofilamento tradicional. Agora mesmo, ao tratar com esse processo, podemos experimentar materiais híbridos diferentes para novas cordas sintéticas que serão lançadas no futuro, mas mais uma vez isso acontece por termos controle total da fabricação. Então, uma de nossas bases tem sido que quanto mais processos podemos controlar, mais oportunidades teremos para inovar e criar novos produtos únicos para nossas linhas de acessórios. A inovação é a chave, por isso é que vocês criam uma companhia diferente enquanto as outras continuam

Evans Level 360

A tecnologia de peles planas com aro que não necessita de ajuste chegou agora ao bumbo. Seu colar ‘steeper’ garante contato balanceado com a borda da carcaça, o que facilita a afinação. Todas as peles de poliéster de 6” a 20” vêm agora com esse colar Level 360.

fazendo o mesmo.

Sim, e temos muitos outros exemplos de integração vertical. No mercado de boquilhas para instrumentos de sopro, por exemplo, temos duas plantações onde semeamos, colhemos e processamos a cana para elas. Uma fica no sul da França e a outra em Mendoza, Argentina. Ao estar no controle de todos os elementos envolvidos no processo agrário real, podemos garantir que estão sendo colhidas quase sob as mesmas condições o tempo todo. Não podemos controlar tudo, mas têm quase as mesmas condições, o que cria consistência e maior previsão de alta qualidade na matéria-prima. Há oportunidades de inovação, mas também de poupar custos e de melhorar a qualidade ao ser integrados verticalmente. Realmente nos ajuda a controlar de certa forma nosso próprio destino.

Tecnologia para fidelizar o consumidor Como você vê o comércio virtual?

Nós, como companhia, representamos cerca de 7 mil itens ativos. É impossível,

Promark: Glenn Kotche Active Wave 570

Criadas segundo as indicações do baterista Glenn Kotche, da Wilco, chegam as Active Wave 570. Duas inovações da D’Addario estão presentes nessas baquetas: ActiveGrip — uma película de cobertura que se ativa com o calor e se torna pegajosa quando as mãos do baterista suam — e WaveHandle, um cabo torneado que fornece pegada adicional e um espaço confortável para todos os dedos.

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inclusive para um varejista bem estruturado, sequer pensar em ter no estoque essa enorme variedade de produtos. Logicamente, on-line não é impossível; muitas empresas têm conseguido fazê-lo. Finalmente acho que para nossas marcas, um B2B completo é vital porque fornece acessibilidade a nossos produtos para os consumidores, seja em uma loja física ou virtual. Em certo ponto se torna frustrante, porém, que os consumidores nos contatem o tempo todo dizendo que determinado produto não está disponível em tal ou qual loja física. Agora os e-commerces ajudam a minimizar esses problemas porque existem muitos varejistas com e-commerce que têm em estoque toda a linha de produtos. Como isso afeta a D’Addario?

Sob a nossa perspectiva, achamos que temos de focar em como nossos produtos são apresentados, não só nas lojas físicas mas também nas virtuais. Por isso, no ambiente de e-commerce, temos investido consideravelmente em desenvolvimento de contato de todos os nossos produtos e acho que isso nos deu um alto sucesso tanto no mundo digital quanto na loja física, onde temos criado displays de compra. Basicamente, temos feito o mesmo tipo de investimento no nosso conteúdo digital. Nossa visão é continuamente melhorar a apresentação de produtos, ter diferentes displays no ponto de venda e conteúdo destacado no ambiente do e-commerce, de modo que nossos produtos sejam apresentados em um modo de primeira classe. Estamos nos comprometendo em criar mais expe-

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riências ao redor das nossas marcas, o que significa que precisamos nos comprometer com os consumidores. O que estão fazendo nesse aspecto?

Estamos no processo, por exemplo, de desenvolver um programa de fidelidade chamado Players Circle, que está em etapa de teste. Aliás, já tivemos o que chamamos ‘uma versão analógica’ de um programa de fidelidade que era chamado Players Points no passado, mas não teve muito sucesso porque não tinha um alcance internacional. Agora estamos desenvolvendo uma versão digital do programa com o qual, mais uma vez, o que estamos tentando fazer é criar uma experiência para que o consumidor basicamente se cadastre no nosso website Players Circle e tenha a possibilidade de registrar os produtos que tem adquirido em uma loja física ou em um varejista e-commerce. Cada produto terá um número de série e um valor de pontos, dependendo do seu pre-

Woodwinds, palhetas Reserve

As palhetas Reserve para sax soprano e tenor têm sido produzidas com diversos processos digitais. Criadas e fabricadas nos Estados Unidos com cana natural colhida pela empresa, ambos os modelos estão disponíveis em durezas médias, de 2.0 a 4.5, com durezas especiais de 3.0+.

ço essencialmente, de modo que quanto mais alto é o preço, mais pontos obterá por esse produto particular. Desse modo, ganhará pontos através do tempo e poderá trocar esses pontos por merchandising, como camisas ou bonés, e em alguns casos até por produtos novos. Há outras ações desse tipo?

Também estamos fazendo outras coisas criativas, como criar tipos de programas de personalização. Temos um site em que nossos consumidores podem personalizar suas próprias peles para bateria, suas palhetas (trabalhar na arte na frente e no verso) e eventu-

almente procuramos fazer outras coisas, como personalizar correias e quem sabe até jogos de cordas. Essas são experiências que estamos tentando criar, pois, ao final, se são bem-feitas, deverão levar ao crescimento em ações do mercado e a mais negócios, tanto em lojas físicas quanto em varejistas e-commerce. Esta é a nossa visão: criar mais compromisso com o consumidor e melhorar nossas marcas, aumentar nossa participação de mercado e facilitar as vendas para o segmento varejista. Precisamos que eles tenham os produtos disponíveis e os apresentem do jeito que queremos que sejam apresentados. E também podem monitorar os produtos falsificados…

Programa de Fidelidade Players Circle

O programa de prêmios é a evolução digital de um conceito criado por Jim D’Addario, CEO da D’Addario & Company, concebido nos anos 90. Basta cadastrar-se no site, indicar os números de série que figuram na embalagem e somar pontos para trocar por prêmios (diversos modelos de cordas, acessórios e outros). Os participantes também ganham pontos por recomendar amigos para assinar e compartilhar conteúdo nas redes sociais. O programa está em etapa de teste e não está disponível para todos os países, mas você pode visitar http://playerscircle.daddario.com/ para saber mais.

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Sim. Esse sistema de número de série que criamos originalmente era para proteger o produto contra as falsificações e ainda servirá para isso, mas, além disso, atuará também como um programa de fidelidade para os produtos D’Addario. Levaremos um tempo em desenvolvê-lo. Estamos começando com as cordas; o próximo passo serão as palhetas para instrumentos de sopro e depois o resto dos acessórios, que também terão um número de série único que você, como consumidor, poderá cadastrar na nossa plataforma e trocar pontos por muitas coisas diferentes — ingressos para um concerto, merchandising, produtos, o que for. Estamos pensando em diferentes prêmios para fidelizar o consumidor. n MAIS INFORMAÇÕES www.daddario.com

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MERCADO

PreSonus expande sua presença A empresa americana fortalece sua imagem e suporte com a contratação de Gus Lozada e a apresentação do PreSonus Tour. No Brasil, estão trabalhando com a nova Soundix

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fabricante de software, pré-amplificadores, processadores de sinal, interfaces de áudio digitais, mixers e superfícies de controle está trabalhando forte para reforçar sua presença na América Latina e educar os usuários locais sobre as ferramentas que oferece. Prova disso é a recente contratação de Gus Lozada como gerente de vendas para a região, que esteve no comando do PreSonus Tour durante os últimos meses de 2015. O evento se apresentou no México, Brasil, Uruguai, Argentina, Colômbia, Guatemala, Honduras, Costa Rica, Peru, Equador e Chile, mostrando ao público as capacidades e diferentes usos dos seus mais recentes produtos. Além disso, marcou uma oportunidade ideal para que Gus visitasse cada um dos seus dealers e tivesse um panorama de cada mercado. A seguir, Gus conta seu ponto de vista sobre a região e o trabalho a ser realizado. Como você vê o mercado latino atual? Tenho 14 anos nessa indústria e pude ver como nossos conterrâneos têm acordado aos poucos diante da tecnologia. Tem sido uma viagem muito emocionante e um privilégio ser parte desta revolução, porque quando comecei na M-Audio, há 14 anos, visitei países e cidades que ninguém antes tinha visitado para fazer clínicas e promover o uso da tecnologia mais moderna.

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Gus Lozada durante o PreSonus Tour na Argentina

A América Latina é muito nobre e receptiva, e aprecia muito que você viaje tanto para promover uma marca, educar, fazer workshops, trabalhar com artistas. É uma terra fértil, apesar dos fortes contratempos econômicos que estamos vivendo; inclusive é melhor, porque é aqui que você percebe se está fazendo um bom trabalho de desenvolvimento de marca. Quando tudo é fácil, qualquer um consegue, né?

renascendo, porque antes a empresa não tinha ninguém real na América Latina. A minha presença aqui é um começo, porque já estou no território, falo o idioma, conheço os mercados, as pessoas, a idiossincrasia e no Brasil estamos mudando com a Soundix, seguindo toda a evolução que vem da Quanta. Então, ambas as partes estão partindo do zero em um mercado complicado, mas com muita vontade de trabalhar.

E como vai o negócio no Brasil? Com muito otimismo porque não tem outra saída. Afortunadamente estamos

O que você acha do trabalho da Soundix? O Mariano e o Fábio (da Soundix) têm

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uma visão de negócios muito de engenharia. Eu sou engenheiro industrial, então compreendo perfeitamente o conceito que querem aplicar de sell-through, ou seja, já não é mais “vendo para você e encho você com estoque”, pelo contrário, “eu vendo pouquinho para você, até saber que você vendeu tudo para poder renovar o seu inventário”. Eles têm uma visão claríssima, e seguir com as pessoas de suporte que antes estavam na Quanta é ótimo, porque eles sabem quem exatamente é parte do mercado profissional. Formamos uma boa equipe. Você está encontrando diferenças nas demandas entre os países? Com certeza. Há mercados que requerem menos explicações, e quando chega um novo produto, os usuários já estão esperando-o. Em outros você tem que fazer campanhas massivas sobre seu uso para que eles entendam. Há quem use isso 100% em estúdio. Há quem o use 100% ao vivo. O interessante é quando você explica que por isso os nossos mixers digitais se chamam ‘StudioLive’, pois servem para ambas as situações, e então eles abrem os olhos e imediatamente cada usuário vê um potencial para seu uso em aplicações onde não tinham imaginado. Que planos a empresa tem para a região? É simples: temos que invadir o continente inteiro e levar o conceito a todos os lados. Quando as pessoas percebem quão ridiculamente fácil é gravar agora um concerto ao vivo multicanal com essa tecnologia, nasce um novo ramo de mercado: vender a gravação de um show. Todos os nossos consoles trazem essa tecnologia e o software grátis. Mas, ao mesmo tempo, temos de abranger desde as bases, e isso significa potencializar também

o segmento de produção musical e o mercado educativo — universidades e institutos — com o software Studio One e todos aqueles que requeiram uma interface de áudio pequena, mas com muita qualidade. Também temos monitores de estúdio e sistemas de PA

Os mais recentes

Há três novos produtos que, basicamente, são os banners da empresa hoje: os “consoles de rack” série RM (16 e 32), que são eles próprios consoles de áudio digital controláveis PreSonus de muitas maneiras e RM32 ao mesmo tempo são ‘stage boxes’ que complementem outros sistemas. Outro novo produto que é complemento desta série e é a mesa controladora CS18AI, uma extensão física dos consoles RM com atenuadores motorizados sensíveis ao toque, mas que também podem agir como um controlador de DAW e é apresentada como uma solução de controle com faders reais para Studio One e outros programas populares nos estudios. O terceiro é a interface de áudio mais completa que a PreSonus lançou em sua história: o Studio 192, uma interface de áudio USB 3.0 expansível até 26 entradas e 32 saídas com uma ampla opção de controle e aplicativos, além de ter pré-amplificação de alta qualidade, conversores e controladores, a um preço único em sua categoria “, Mesa disse Gus. controladora CS18AI

Interface Studio 192

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que as pessoas ainda desconhecem, porque a PreSonus é uma marca com uma linha muito completa. Então, a missão é enorme, mas estamos muito bem organizados e com vontade de conseguir uma melhor penetração nas preferências latino-americanas. n

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MARKETING E NEGÓCIOS

ALESSANDRO SAADE

Baterista, administrador de empresas, pós-graduado em Marketing pela ESPM, mestre em Comunicação e Mercados pela Cásper Líbero e especialista em Empreendedorismo pela Babson School. Professor no Master de Empreendedorismo e Novos Negócios da BSP, é autor e colaborador em diversos livros. Site: www.empreendedorescompulsivos.com.br

Toalhas no chão

Uma equipe informada e comprometida pode somar muito ao sucesso da sua empresa!

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omo professor e consultor, passo grande parte do ano hospedado em hotéis dos mais diversos perfis... Hotéis de redes multinacionais e nacionais, hotéis grandes e pequenos, urbanos e de campo, resorts e de negócios. E rodo muito: Brasília, Curitiba, Blumenau, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Salvador, Joinville, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Florianópolis e muitas outras. E também em cidades fora do Brasil, como Lima, Santiago, Buenos Aires. Fiz esta longa lista para dar credibilidade e embasamento à teoria que vou começar a compartilhar com vocês.

Mensagem clara

Em todos os hotéis em que me hospedo, sem exceção, encontro no banheiro do quarto um comunicado com um texto, em pelo menos dois idiomas, mais ou menos assim: “Prezado hóspede, ajude-nos a preservar o bem mais valioso do nosso planeta. Reutilizando suas toalhas, você contribui com a economia de muitos litros de água, utilizados na lavagem diária destes itens. Caso opte por reutilizar as

toalhas, favor deixá-las penduradas. Caso queira que sejam substituídas, favor deixá-las no chão”. Faz todo o sentido, até porque nem em nossas casas lavamos as toalhas diariamente. Assim, invariavelmente, deixo a minha toalha pendurada, bonitinha, me esperando para a volta do trabalho, no final do dia. E qual não é minha surpresa (pelo menos no começo era), ao encontrar uma nova toalha, dobradinha, imaculada, pronta para ser usada pela primeira vez? Mas eu fiz tudo direitinho! Por que então a toalha foi trocada? A camareira não foi avisada? Não sabe ler? Lobby das lavanderias terceirizadas que cuidam dos enxovais dos hotéis? Conspiração internacional para acabar com a água do Brasil? Abdução das toalhas usadas? Pois pensei nas mais diversas teorias, das mais simples às mais absurdas, e cheguei a uma única conclusão: comprometimento.

Isso mesmo: comprometimento!

Cada colaborador da empresa tem de estar consciente e comprometido. Neste caso, camareira, equipe de governança e demais colaboradores do hotel. Todos

Dica de livro

Gerando Envolvimento na Equipe (Editora Campus, autor Harvard Business Review) busca trazer insumos para auxiliar os líderes a vencer a resistência às mudanças, com o objetivo de ser uma ferramenta essencial para a implementação eficaz de mudanças.

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devem ter conhecimento da causa, da sua relevância e da importância da participação deles. Sem isso, nada funciona. Sem o que chamamos de senso de pertencimento, ele não se mobiliza, não colabora, não soma. O mesmo vale para qualquer causa, ambiental ou comercial, em qualquer empresa, de qualquer porte. Se ele não entende ou não se interessa, não vai oferecer a promoção ao cliente, não vai explicar o benefício da compra da peça mais cara, não vai informar da garantia estendida, muito menos vai se empenhar para manter o cliente feliz. Pense nisso com carinho. Quanto mais coesa e informada estiver a sua equipe, mais chance de gerar a sinergia que faz toda a diferença nas empresas. Comprometa-os, mantenha-os informados, comunique claramente por que esta iniciativa é importante para a empresa e que a participação deles é preponderante para o sucesso da atividade. E retorne periodicamente, compartilhando com eles os resultados — positivos e negativos —, para que possam comemorar a evolução ou corrigir os detalhes para alcançar os objetivos. Somente assim se consegue evoluir com a empresa e todos os seus colaboradores. n

Dica de site

No link http://tinyurl.com/ teammotivation você encontrará um check-list das atividades essenciais de um líder motivador. O texto está em inglês, mas quem tiver dificuldade pode usar o Google.

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COMO É BOM VENDER LUIZ CARLOS RIGO UHLIK

é um amante da música desde o dia da sua concepção, no ano de 1961. (uhlik@mandic.com.br)

Está reclamando do quê? Observe as suas atitudes como empresário, como empreendedor, e você vai reparar que a crise existe em nosso setor por causa da nossa retração

M

úsica é o nosso negócio. E música não tem crise. Adoro observar as pessoas quando dizem que leram este ou aquele livro importante para gerir o seu negócio: Estratégia do Oceano Azul, Empresas Feitas para Vencer, Jack Welch, Estratégia Competitiva, Inteligência Emocional, O Essencial de Drucker, e assim vai... Adoro observar, também, que não aplicam nada do que leram.

Quer um exemplo?

Um dos livros mais citados é o fantástico A Arte da Guerra, que, ao contrário do que muita gente imagina, de guerra não tem nada. Todo mundo adora dizer que leu este livro e que achou incrível. Mas será mesmo que entenderam o conteúdo da mensagem? Vamos para uma pequena, e extraordinária, citação do livro: “O que pode causar a derrota? — Negligenciar o cálculo da força do inimigo. — Falta de autoridade. — Treinamento imperfeito. — Ira injustificável. — Não observância da disciplina, e — Incapacidade de usar homens escolhidos”.

Captou bem a mensagem?

Só o último item, “incapacidade de usar homens escolhidos”, derruba praticamente 95% dos lojistas do setor de instrumentos musicais. A grande maioria dos vendedores, diante do cliente, atua com extrema

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individualidade, propaga ideias próprias, vende-se, e não vende o produto, o serviço, aquilo que realmente interessa para o sucesso do negócio em que ele mesmo trabalha, que alimenta a vida do colaborador.

A origem disso tudo?

O “espelho” que a grande maioria dos gestores do nosso setor tem: Cubra sempre o orçamento do seu concorrente. Não faça cálculos, tenha sempre o menor valor para os seus instrumentos musicais. Não invista em treinamento dos seus colaboradores. Nunca promova pesquisa de mercado, pesquisa de satisfação dos seus clientes, pesquisa de pósvenda. Aliás, pesquisa é um ‘saco’. Não se importe com a qualidade do mobiliário, das prateleiras, das vitrines, do layout da sua loja. Prometa, prometa, prometa... Prometa aquele preço especial, prometa entregar amanhã o que é impossível, prometa informar sobre as novidades, prometa fazer o pedido daquele instrumento especial, prometa, prometa.

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Nunca use softwares de gestão, de controles e, principalmente, de fluxo de caixa. Gaste como quiser a receita da sua loja; afinal de contas, a loja é sua mesmo! Vasculhe a vida do seu concorrente. Busque informações sobre ele, como ele atua, queira saber até que tipo de comida ele prefere, a roupa, o sapato, o carro. Marketing, propaganda e divulgação para quê? É pura perda de tempo e dinheiro. Não faça nada para o seu cliente, afinal, você está fazendo um favor a ele. Ele precisava de um instrumento musical e, oh, que incrível, você tinha...

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Práticas certas

Vou concluir: estudo demais é vadiação! Portanto, ponha em prática tudo o que há de simples no que você aprendeu na vida e observe os seis preceitos de Sun Tzu em A Arte da Guerra. O resultado? Paz nos seus negócios, num oceano azul, sem precisar perder tempo com leituras de teor duvidoso (você não põe em prática mesmo...). n

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ESTRATÉGIA

CARLOS CRUZ

Diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas) www.ibvendas.com.br

Seu vendedor aproxima ou afasta você da meta? Está obtendo os resultados desejados por parte das vendas? Seus vendedores estão capacitados e motivados para vender mais e melhor? Vai apoiá-los ou substituí-los?

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amos começar com um Investir em preparação O lucro obtido e retenção! pensamento lógico: toda e As companhias precisam estabelecer qualquer empresa tem digraças à preparação um processo de atração e retenção de versos centros de custos, e a área de certamente talentos em vendas, com a contratavendas é a única que traz lucros em ção de profissionais capacitados por vez de gastos. Mesmo que o único compensa tudo instituições especializadas, a criação vendedor de uma companhia seja, de políticas de retenção e a constante por exemplo, o seu dono, sem uma preparação desses profissionais. Embora se equivoquem muiequipe especializada nesse processo, ela tem como misto, fazendo tudo por ‘tentativa e erro’, existem mecanismos são diária oferecer produtos e serviços — ou seja, soluções científicos para que as empresas capacitem e mantenham a — para vendê-los, para ‘trocá-los’ por dinheiro, por lucro, sua equipe: o vendedor precisa ser preparado para se tornar atendendo às necessidades dos clientes. Então, por que não indispensável; o gestor precisa tirar o máximo da equipe e investir na qualificação da área de vendas? mantê-la motivada; e o empresário precisa criar projetos esUma empresa nunca consegue se desvincular das ventratégicos que gerem resultados positivos aos profissionais e das. O problema é que não há faculdades que formam esses à empresa. Mesmo que isso demande algum investimento, o profissionais, ao contrário do que acontece com médicos, lucro obtido graças à preparação certamente compensa tudo. advogados e engenheiros. Em uma entrevista de emprego, o O profissional de vendas precisa estar sempre preparado vendedor não apresenta um diploma, com um CRM ou OAB. para não permitir que um concorrente ‘chegue antes’ e, assim, Ele leva apenas o currículo e a promessa de que vai agregar deixar de ser prioridade para o cliente. Para manter esse clienvalor à equipe. Se contratado, precisa ser treinado para ente por perto, é importante estar o tempo todo conectado para tender a cultura da empresa, a carteira de clientes, as oporsaber se o que ele imagina está ligado ao produto vendido. Se tunidades que vai explorar, o produto ou o serviço que vai perceber que não está ligado, é hora de voltar para o procesoferecer ao mercado e, acima de tudo, como esse produto ou so anterior. O vendedor precisa sempre vender de novo para serviço pode se encaixar na necessidade dos compradores. assumir o controle da negociação e, então, fidelizar o cliente. Esse processo pode sair caro para a empresa se não Portanto, a pergunta fundamental a fazer é: o seu venhouver planejamento. É muito comum que elas contratem dedor aproxima ou afasta a equipe da meta? Se aproxima, vendedores despreparados, que recebem salários e benefícios e, mesmo assim, não cumprem as metas. A consequên­ provavelmente é um profissional que gera resultados e precia acaba sendo a demissão desse profissional e a tentativa cisa de reconhecimento e desafios para continuar no ritmo. com outra contratação. E esse ciclo custa dinheiro, interSe não aproxima nem afasta, talvez tenha de potencializá-lo fere nos resultados e nos lucros. Da mesma forma, um vene apoiá-lo para chegar ao topo. Se afasta, provavelmente é dedor batedor de metas pode chamar a atenção do mercaum custo no único centro de receita da organização, que é do e também gerar a necessidade da contratação de outra a área comercial. Ou você o libera para ser feliz em outro lupessoa para o seu lugar. Tudo custa dinheiro! Dinheiro esse gar ou investe energia para que ele se torne um profissional que, de acordo com o resultado gerado, pode ser apenas que aproxima a empresa da meta. Treinar e dar os recursos custo ou se transformar em receita. necessários são fundamentais para o sucesso em vendas. n

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NEGÓCIOS

Brigas judiciais marcam o triste destino da X Music e Washburn do Brasil X Music e Washburn do Brasil terminam sua história com processos e racha na diretoria

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X Music, registrada em nome de Renato Caputo, com bens avaliados em US$ 8 milhões, foi a empresa que deu suporte ao grupo da Condortech, companhia que importava as marcas Condor, Fishman, Taylor e Orange, entre outras, ao Brasil. A Condortech passou por grandes problemas após a fiscalização e apreensão das mercadorias da empresa por parte da Polícia e Receita Federal, na Operação Condor, realizada em outubro de 2011. A nova história, entretanto, começa em meados de 2014, quando Renato Caputo, reconhecido como o braço direito de Carlos Cesar Medeiros, por uma desavença dos sócios, rompeu as relações comerciais. Estava deflagrada a nova briga judicial que iria tomar conta da vida de ambos. De acordo com apuração realizada por Música & Mercado, ouvindo diversas partes envolvidas nesse processo, as mercadorias importadas em nome da X Music estavam no galpão da Washburn do Brasil, em Luziânia, no entorno do Distrito Federal, empresa que vinha comercializando os itens da Condor. Informações do mercado diziam que um ex-funcionário iria assumir as operações da empresa em Portugal e as mercadorias estavam sendo vendidas como parte do inventário da Washburn do Brasil sem a devida entrada fiscal. Renato Caputo, mediante essas informações, com receio de que as mercadorias da X Music fossem comprometidas, registrou um boletim de

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ocorrência na delegacia de Valparaíso (GO). Carlos Cesar estava fora do País. Na sexta-feira, dia 28 de agosto, após o boletim de ocorrência, Caputo, juntamente com dois policiais designados pelo delegado para acompanhar o caso, foi até a empresa para averiguar se as mercadorias estavam no local. No sábado, Caputo realizou a retirada das mercadorias e explicou que trouxe 50% do inventário, que constava nos documentos de importação da X Music para outro depósito, em Ceilândia. “A empresa foi lacrada por nós e mesmo assim os funcionários da Washburn, desacompanhados da polícia, entraram no prédio”, comenta. “Tivemos a permissão para entrar no depósito da Washburn do Brasil e havia a presença de três ex-funcionários da empresa.” Para um funcionário que solicitou sigilo, além dos instrumentos musicais houve a retirada dos servidores, HDs e outros equipamentos, como câmera digital, televisores e documentos pessoais, o que causou um grande dano para a empresa e para a comercialização dos produtos da Washburn do Brasil. “Até hoje não conseguimos identificar os clientes que precisam de algum título”, disse. “Temos toda a operação registrada pelas câmeras dos prédios vizinhos”, explicou.

Estopim

Foi em novembro passado o momento em que se acirrou a briga entre ex-parceiros e mais uma disputa judicial foi intensificada.

Carlos Cesar denunciou a retirada dos produtos como roubo e a Polícia Militar, em parceria com o setor de Inteligência do Distrito Federal, foi até o local onde estavam as mercadorias e apreendeu diversas caixas de instrumentos e acessórios, avaliados em cerca de US$ 3 milhões. Na época, de acordo com a reportagem do site G1, “a polícia informou que o roubo foi praticado na semana passada. Na ocasião, o vigia do local onde os instrumentos estavam estocados, em Luziânia, no entorno do DF, foi rendido e chegou a ser amarrado durante a ação. Devido à quantidade de produtos, o transporte foi realizado em 15 horas (das 9h até a meia-noite)”. Na ocasião, duas pessoas foram presas. O caso está sendo apurado e as partes, em litígio. A justiça determinou que a Washburn do Brasil é a fiel depositária das mercadorias da X Music. O mandado de segurança, expedido em outubro de 2015, foi ganho na justiça por Caputo, determinando que o corregedor esclareça dentro de 48 horas a decisão de ter nomeado Carlos Medeiros como fiel depositário da carga. O jornal Parlamento, de Goiânia, publicou uma grande reportagem de capa citando nominalmente, mesmo antes da apuração da polícia, o nome de Caputo. A edição on-line do periódico foi retirada da internet. A Washburn do Brasil continua operando normalmente. n

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EMPRESA

Audio5, uma nova distribuidora no Brasil Dois sócios com muita experiência no mercado criaram esta empresa, que começará a trabalhar com três grandes marcas: Beyerdynamic, Motu e Studio Projects. Quer conhecê-la?

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oda empresa tem uma história por trás e a Audio5 não é exceção. Alexandre Guedes, diretor comercial, começou no mercado de instrumentos musicais em 1988 como vendedor numa tradicional loja na época. Foram 15 anos de varejo em três lojas diferentes e nove anos de distribuição focada em equipamentos de áudio profissional e tecnologia, atuando em duas empresas distintas. Com todos esses anos de experiência, veio a vontade de ter o próprio negócio. Seu sócio, Sérgio Medugno, obteve ampla experiência na área de comércio exterior trabalhando numa grande multinacional alemã. Alexandre conta: “Eu e meu sócio já éramos amigos e músicos. Um belo dia, descobrimos que compartilhávamos a mesma vontade de ter a própria empresa nesse segmento. Logo percebemos que as experiências profissionais se complementavam e que sabíamos da existência de algumas deficiências nesse mercado, então criamos a Audio5”.

Força para iniciar!

Começar uma nova empresa em meio à situação pela qual passa o País não é fácil. O momento econômico é desfavorável, mas os sócios estão encontrando oportunidades de negócios propícias. “O mercado continua ativo, de maneira mais tímida, é claro, mas sei também que, nesse momento, aqueles que não estiverem preparados para atravessar essa turbulência não irão sobreviver, deixando assim um espaço maior para quem sobreviveu ou para quem está chegando,

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como nós”, acrescenta Alexandre. Mas a Audio5 não está começando com uma base fraca, pois já tem no seu portfólio três importantes marcas com as quais trabalhará: a Beyerdynamic, a Motu e a Studio Projects. Segundo as palavras do diretor comercial, a Motu oferece interfaces de gravação de alto nível e seus consumidores são usuários mais profissionais. Além disso, a marca exige uma capacitação diferenciada por parte dos revendedores. “Acreditamos que por enquanto não teremos muitas revendas oficiais para a marca.” A Studio Projects, que oferece basicamente microfones para gravação, terá uma pulverização maior entre as revendas. “A marca se destaca pela alta qualidade e custo relativamente baixo de seus microfones.” Já com a Beyerdynamic, farão um trabalho mais intenso para que ocupe o posicionamento de mercado que os sócios almejam. “A marca oferece ao mercado ótimos microfones e, principalmente, os headphones da linha DT, que são referência entre os profissionais de áudio. Além disso, os produtos são fabricados na Alemanha e o consumidor vai perceber facilmente que o nível de qualidade deles é muito alto”, diz Alexandre.

Um plano de negócio muito claro

A empresa está começando a trabalhar tanto atendendo as lojas diretamente quanto com a contratação de representantes comerciais em diferentes pontos do Brasil. O primeiro passo é mostrar para as lojas o potencial de venda dos produtos que distribuem

e deixá-las satisfeitas com a parceria entre elas e a Audio5. Para isso, contarão com o apoio em marketing e técnico dos fabricantes, além de ter colaboradores locais que, fora a expertise comercial, terão ainda conhecimento técnico detalhado de cada produto. “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para disponibilizar treinamentos aos vendedores e usuários finais de nossos produtos. Essa parte educacional ainda é muito deficiente no mercado brasileiro”, enfatiza Alexandre. “Sabemos quem são os lojistas do Brasil e agora vamos em busca de parcerias sólidas. Sabemos que o nosso crescimento depende do crescimento de nossos parceiros. Faremos tudo para atender, e até superar, as expectativas do lojista”, conclui. A Audio5 já se encontra em negociação com outras marcas. Aguardemos as novidades! n

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REPRESENTAÇÃO

Diretoria da Sennheiser reforça compromisso com o Brasil Sennheiser quer reforçar seu compromisso com o varejo e a distribuição no Brasil

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visita de Joerk Meyerrose e Alexander Schek, dois alemães responsáveis pela Sennheiser para a América Latina, no final do ano foi, além de prática, muito simbólica. A empresa vem trabalhando consistentemente em conjunto com a Soundix, que assumiu a distribuição da Sennheiser — entre outras marcas, da Quanta Music — desde o início de 2015 (o lançamento oficial para o mercado foi em setembro), para remodelar o sistema de distribuição. Em uma conversa dos diretores da Sennheiser com a diretoria da Música & Mercado, temas como multidistribuição, preços variados em diferentes canais de venda, falsificação de produtos e obviamente mudança de distribuidor foram abordados.

Visitas ao Brasil

Os executivos da Sennheiser vieram ao Brasil com frequência no último trimestre de 2015 e passaram por situações no mínimo embaraçosas, mas necessárias para que houvesse uma definição estável e comprometimento com a situação da comercialização da marca no País. Nessas idas e vindas, tanto Joerk Meyerrose como Alexander Schek foram surpreendidos com relatos de lojistas sobre a comercialização da marca e pela discrepância de preços do mesmo produto em lugares diferentes. Dessa forma, ao longo dos últimos anos, a empresa — sem querer — construiu uma imagem controversa para o varejo. Nada relacionado com a imagem

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de produto de qualidade (aliás, sempre bem-vista), mas sim com estoques em antigos distribuidores, produtos vindos do Paraguai, distribuidor do Chile vendendo diretamente para o Brasil e inconsistência na política de vendas, só para citar alguns fatores. Não foi fácil para a Soundix assumir a marca nessas condições, muito menos para a Sennheiser encarar o desafio de reconquistar o varejo. “Estamos aqui para provar que o comprometimento da Sennheiser é sério”, reforçou Joerk Meyerrose, diretor da empresa.

Presente e futuro: distribuição no País não mudará

De forma tranquila, Meyerrose comentou que a distribuição para o setor de instrumentos musicais está sob autoridade da Soundix e a relação proposta é de longo prazo. “A América Latina agora está subordinada à Alemanha. Somos europeus e temos uma forma de trabalhar diferente da dos americanos. Temos planos de longo prazo com a Soundix e não pretendemos mudar para nenhum

outro distribuidor”, explica. Esse assunto veio à tona devido aos boatos de que a empresa estaria com ‘intenção’ de aproveitar os canais de distribuição da Shure, consolidados há anos pela Pride Music, e planejando mudar de distribuidor. A resposta de Meyerrose foi um enfático “não”.

Desafios da Sennheiser e da Soundix

Cientes de que a Sennheiser tem de reconquistar a confiança dos pontos de venda, Meyerrose explica: “Entendemos que isso não ocorrerá do dia para a noite, mas estamos trabalhando, viajando, para ter um contato direto com o lojista. Além disso, temos nossa equipe de treinamento que faz um excelente trabalho no Brasil”. Para a Soundix ficará a missão de cumprir o compromisso firmado na Alemanha. No dia a dia, está o desafio de reconquistar o varejo, enfrentar uma condição econômica turbulenta e se destacar diante da concorrência. Trabalho não faltará! n

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LOJISTA

Caballero Music apresenta atacado com nova visão A atacadista e distribuidora Caballero Music começou suas atividades em 2009 em Porto Alegre (RS), visando ter o melhor relacionamento com as pequenas lojas por meio de serviços diferenciados

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pós 25 anos atuando no mercado de instrumentos musicais e áudio, com trabalhos em vendas, compras e gestão de negócios, e visualizando a grande deficiência de atacadistas do ramo, Dalton Guerra, proprietário, sentiu que o mercado necessitava de um recomeço no atacado com uma nova visão. “A nova visão que eu tinha em mente consiste em distribuir os produtos em pequenas quantidades, sem quantidade mínima, e atender os lojistas com agilidade de entrega tendo em vista a antecipação do imposto da Substituição Tributária, já que os importadores não teriam como atender tão rapidamente, pois o lojista quer dividir os pedidos em mais vezes”, disse Dalton. Hoje, a empresa Caballero Music está voltada a atender o pequeno lojista, aquele que necessita efetuar uma compra de diversas marcas sem a necessidade de desembolsar altos valores para poder alcançar um determinado desconto, a fim de conseguir concorrer com grandes empresas ou magazines.

Facilitando os pedidos

Como parte da estratégia, nos últimos seis anos a empresa focou em fazer com que o cliente começasse a se relacionar o máximo possível por meio da tecnologia disponível, trabalhando muito diretamente com o lojista através de redes sociais, e-mails, malas-diretas, contato telefônico, folders, catálogos impresso e virtual e pós-vendas. A ajuda desses meios é percebida principalmente no momento de fazer os

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Dalton Guerra, proprietário da Caballero Music

Showroom: violões e equipamentos de áudio profissional

pedidos. “A maioria das empresas (importadoras e fábricas) ainda trabalhava muito com o corpo a corpo, usando a figura do representante. No início foi muito complicado, pela deficiência de algumas lojas com seus sistemas não atualizados, mas hoje 90% dos pedidos solicitados são direcionados diretamente aos nossos vendedores internos e não ao representante. Mesmo assim o representante segue recebendo sua comissão, tendo a responsabilidade principal de visitar o lojista e nos posicionar sobre sua situação e necessidades”, comentou.

Lojas e tributos

Atualmente a Caballero Music trabalha com uma carteira de 186 lojistas. Muitos deles estão no Rio Grande do Sul, mas a empresa também tem clientes em outros Estados, embora nesse caso estejam atravessando uma situação adversa em relação a preços dos produtos e envios. “Nosso grande problema está relacionado à Substituição Tributária, pois quando compramos um produto de outro Estado pagamos a ST, e quando vamos mandar para outro Estado o lojista

tem de pagar novamente esse imposto, bitributando o produto. Assim nosso preço não se torna tão atrativo ao lojista de fora do Estado. O que nos ajuda é o mix de produtos, pois trabalhamos com itens indispensáveis a qualquer loja”, explicou o proprietário.

Olho no preço

A empresa trabalha tanto com marcas reconhecidas como com outras menos populares, oferecendo possibilidades de compra segundo o bolso do cliente. Como tendência principal no momento da compra, Dalton destacou o preço em primeiro lugar. “O preço é o que as lojas olham primeiro, mas, para quem procura a distribuidora, em segundo plano vêm as marcas reconhecidas e a agilidade na entrega. Mesmo assim, tenho de reconhecer que as marcas alternativas abrem possibilidades de venda no momento da falta no mercado de marcas renomadas”, concluiu. n MAIS INFORMAÇÕES caballeromusic.com.br

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INTERNACIONAL

O homem por trás do Music Group Nesta entrevista com Uli Behringer, CEO do importante núcleo de empresas chamado Music Group, descobriremos dados sobre a história e a vida do empresário — e músico — que dirige esse grande negócio

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uitos conhecem Uli Behringer, uma famosa figura do setor que aos poucos foi conquistando espaço na indústria como profissional e empresário, e encabeça atualmente a holding Music Group, proprietária das marcas Behringer, Bugera, Midas, Turbosound e Klark Teknik. A empresa já celebrou seu 25º aniversário, marcando um grande marco na sua história. “Estou muito orgulhoso dos nossos logros nos últimos 25 anos, e logicamente também dos nossos incríveis funcionários. Muitos deles têm trabalhado conosco por 20 anos”, reconheceu Uli, que desde seu nascimento, na Suíça, esteve rodeado por música, tecnologia e inspiração. Em 1982, mudou-se para a Alemanha para estudar engeUli Behringer nharia em áudio e piano clássico, e foi durante seus estudos para se tornar dinheiro que tinha era o que ganhava engenheiro que percebeu a falta de equi- como pianista, então não tinha como pamento para estudantes. Como conti- adquirir esse caro equipamento. Um nua a história? Leia tudo aqui. dia, um amigo trouxe uma mesa de mixagem para consertar, e quando a Como decidiu fundar a Behringer? abri percebi que o custo de todos os Naquele momento, quando éramos componentes era de apenas US$ 200, estudantes, o equipamento disponível mas o console era vendido por US$ era escasso, e o custo estava fora do 2.000. Isso me deixou louco, pois senti alcance de simples mortais como nós. que era muito injusto pedir tanto diSendo só um estudante, o único nheiro para um músico.

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Foi aí que comecei a fazer algumas peças de equipamento. No começo, só para uso pessoal e depois para alguns amigos, cobrando uma pequena quantia por essas unidades. Começaram a circular boatos de que meus aparelhos soavam muito bem e a um preço razoável. De repente, todos os meus colegas queriam ter um e, para minha surpresa, já tinha vendido dez unidades sem sequer começar a construí-las. Como resultado, rapidamente transformei meu apartamento em uma ‘fábrica’. Soube, naquele momento, que minha missão pessoal seria defender os músicos e criar equipamento de áudio ótimo e com preços acessíveis para que eles pudessem seguir uma carreira musical. Atualmente, nada mudou, exceto que minha missão pessoal virou a filosofia da nossa companhia. Tendo fundado a empresa na Alemanha, por que decidiu levar a produção para a China? No começo não tinha muito capital para financiar a produção, então, para poupar dinheiro, sempre estava atento aos componentes restantes. Havia uma loja local na nossa área que comprava estoques restantes da Siemens,

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Philips e de outras companhias, e os oferecia a preços muito baixos. Passei a ser um dos seus clientes regulares, e a ‘Lista de Restantes’ desse vendedor virou meu jornal. Era evidente que esses componentes de fato vinham do Extremo Oriente, então decidi pesquisar como ir direto à fonte. Pouco tempo depois, estávamos importando componentes da Ásia, e o passo logístico seguinte foi transferir a produção para onde eram feitos os componentes. Há quase 25 anos mudamos a produção para a China. Acho que fomos os pioneiros, mas tivemos muitos desafios, começando pela comunicação, a proximidade física e a realidade de uma cultura completamente diferente.

A nova Music Group City, construída em um terreno de mais de 900 mil m²

Quando totalmente finalizado, será um centro de R&D e fabricação totalmente automatizado de US$ 100 milhões

Conte mais sobre a fabricação… Controlamos todos os aspectos comerciais e de qualidade, o que comO quanto a China é sustentável? pramos e o que usamos. Desse modo, Há 24 anos, quando mudamos pela pritemos controle total sobre as aquisimeira vez nossa produção para a China, ções, sua qualidade, a qualidade dos o país era considerado um lugar de bainossos processos de fabricação e o xo custo. Por ser a Behringer a primeira controle de qualidade final. Segundo a empresa a fazer isso, tivemos uma enornossa filosofia, todo benefício de custo me vantagem competitiva. Hoje todos é reinvestido no negócio, e isso resulta estão na China e nossa vantagem inicial em produtos melhorados a preços ainsumiu. Com salários aumentando 20% da mais acessíveis. por ano, a China se tornou um Também é uma grande vanlugar de fabricação caro. E agora tagem ter os departamentos de segue o quê? A Coreia do Norte? Embora não sempre seja R&D e fabricação integrados. Os Você tem de entender que o cusmais econômico produzir engenheiros de R&D adoram ter to de fazer negócios depende de uma fábrica funcional na porta vários fatores e a mão de obra é tudo in house, basicamente ao lado. Isso também conta com só uma pequena parte. resulta em maior qualidade o apoio de um enorme investiHá quase 12 anos investimos mento no controle de qualidade enormes quantias de dinheiro e em procedimentos de teste confiáveis, na criação da ‘Cidade Behringer’, uma Filosofia de produtos planta de fabricação totalmente de Todo o lucro do Music Group é rein- tudo feito nas nossas instalações por um nossa propriedade, que inclui quartos e vestido na visão e no futuro da com- grande grupo de engenheiros britânicos instalações como campo de basquete e panhia. Só nos últimos três anos, que moram na Music Group City. até um hospital. O motivo principal para foram investidos mais de US$ 20 construir nossa própria planta era man- milhões no mais sofisticado equipa- O que você pode dizer sobre ter o controle da qualidade dos produ- mento de fabricação — desde máqui- o controle de qualidade? tos, o que pode ser um desafio quando nas SMT (Surface Mount Technolo- A Behringer produz cerca de 5 milhões gy) de alta velocidade a scanners de de unidades por ano e essa é uma resvocê trabalha com um subcontratante. É por isso que fabricamos quase inspeção óticos, testes de circuitos ponsabilidade enorme, porque os riscos tudo. Embora não seja sempre mais internos e de raios X, o que inclui um associados são muito maiores. Existe un econômico produzir tudo in house, ba- inventário massivo de aparelhos de velho ditado que diz: “Quanto maior o volume de produção, mais importante é sicamente resulta em maior qualidade teste da Audio Precision. e em um produto mais consistente. Agora estamos planejando a próxima fase de crescimento, com a planta de fabricação Music Group City, que terá cerca de quatro vezes o tamanho dos nossas instalações na Cidade Behringer. Isso é necessário para acomodar o forte crescimento de vendas que estamos tendo, além do espaço adicional para futuras aquisições do Music Group.

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INTERNACIONAL ter a melhor qualidade”. manha para serem os nosImagine que se um sos ‘Centros de Excelência’ só componente tivesse de R&D. Como berços de algum problema, e se ele muitas marcas de áudio fosse usado em todos os famosas, esses dois territóprodutos, poderia estragar rios oferecem uma grande facilmente a empresa inherança e muito talento teira. É por isso que tomasurpreendente. Vemos a mos medidas extremas nossa Divisão Profissional para garantir o mais alto como líder em IP e inovaLaboratório próprio de Segurança e Certificado FCC na Music Group City compromisso com a quação e, para ser honesto, lidade. Temos centenas de vanguardista na indústria. funcionários cuja tarefa O Music Group já gasé levar cada componente tou US$ 5 milhões para além dos seus limites. Tecomprar o edifício de R&D mos desenvolvido máquiem Manchester e aumennas especiais para girar tamos a nossa equipe de potenciômetros, ou mover trabalho dos oito funciofaders e switches, através nários originais para mais de milhares de ciclos até o de 70 em menos de três ponto de destruição. Fazeanos (e mais 20 que serão mos isso para estabelecer Linha de fabricação contratados). A operação a média de vida operativa da Turbosound foi transfemáxima de qualquer comrida a Kidderminster, junponente dado, muito anto com a Midas e a Klark tes de ser aprovado para Teknik, com o restabeleciusar em produção. mento paralelo da TurboCriamos e construimos sound R&D também em ‘câmaras de tortura’, onde Manchester. castigamos os componenMercado e marcas tes e unidades terminadas A holding possui várias com água salgada corrosimarcas reconhecidas na va, calor extremo e umidaindústria do áudio e da de sufocante. Temos mesas Máquinas SMT montam até dez componentes por segundo música, sendo elas: Mique se mexem e vibram, e um aparelho de teste de quedas para exe- formemente com os nossos ‘Centros das, de mesas de áudio, adquirida em cutar o máximo teste de força. Isso con- de Excelência’ europeus. Achamos que dezembro de 2009 junto com a Klark some tempo e dinheiro, mas vale a pena. isso é importante para os nossos clien- Teknik, de produtos de processamento tes, pois eles são o nosso bem mais va- de sinal tanto digital quanto analógiComo será a Music Group City? lioso. Nosso objetivo é fornecer o que co; Turbosound, de sistemas de altoQuando estiver totalmente finalizada, há de mais moderno em acessibilidade -falantes profissionais e que entrou no grupo em 2012; amplificadores Bugera será um centro de R&D e fabricação e visibilidade da nossa organização. para guitarra e baixo e, finalmente, a totalmente automatizado de US$ 100 Behringer (incluindo os produtos Eumilhões na Província de Zhongshan, E os centros de R&D? o segundo tipo de comunidade criado O R&D é a joia da nossa empresa e eu di- rocom), com sua ampla variedade em pela companhia e o lugar de trabalho rijo esse setor pessoalmente. Com mais equipamento para áudio profissional, projetado para umas 10 mil pessoas. de 300 engenheiros no mundo todo, pos- como consoles de mixagem, compresDe fato, a operação asiática do Mu- so dizer que temos a maior equipe de sores, amplificadores, processadores de sinal, alto-falantes e muito mais. sic Group contém tanto a fabricação pesquisa na indústria do áudio. Mais recentemente foram adquiridas quanto o R&D, que se integram uniEscolhemos o Reino Unido e a Ale-

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as marcas do TC Group, somando Tannoy (alto-falantes profissionais), Lab Gruppen (amplificadores de áudio) e Lake (processadores).

O mercado latino é um grande mercado para nós, pois lá existem muitos músicos talentosos e muita música ao vivo. Sempre que tenho a oportunidade de visitar a região, tento tocar e improvisar com os músicos locais.

Como você se encarrega das diferentes marcas do grupo? Empregamos mais de 3.500 O Music Group adquiriu pessoas e temos escritórios companhias famosas no mundo inteiro. Isso re- O pai do Uli, dr. Klaus Behringer, físico nuclear e músico como Midas, Klark Tekquer sistemas excelentes e nik e Turbosound — e uma ajustada infraestrumais recentemente Tantura de direção. Por muitos noy, Lab Gruppen e Lake. anos temos nos focado em Quais foram os motivos? construir processos que puHá cerca de cinco anos todessem ser expandidos para mei uma decisão consciente atingir a eficiência correta. de mudar a direção do gruHá alguns anos, quando po focando na inovação, em a nossa organização cresceu, produtos de qualidade supeformamos uma organizarior e na direção de marca. ção guarda-chuva chamaComo resultado, o primeiro da ‘Music Group’, que serve passo da nossa estratégia foi como condutor das nossas Segundo à esq., Uli como estudante tocando o piano em bares estabelecer a Divisão Promarcas. Está baseada em fissional, além da Divisão duas estruturas operacionais bem Prosumer existente. A aquisiTodo o lucro do Music Group separadas. Por um lado, temos o ção da Midas e da Klark Teknik, que poderíamos chamar ‘valores e depois da Turbosound, levou à é reinvestido na visão e no operacionais comuns’ ou ‘serviços fundação da Divisão Profissional futuro da companhia compartilhados’, tais como soure à execução da nossa estratégia cing, fabricação, logística, tecnologlobal. Hoje, desenvolver essa digia de informação, finanças etc. marcas do Music Group estão cres- visão é o nosso maior foco e o fazemos Por outro lado, temos divisões que se cendo. Todos falam sobre os mercados com uma determinação implacável. encarregam do cliente com as marcas de emergentes, e essa é certamente uma áudio profissional e a divisão Prosumer grande área de crescimento. A China Uli, personal com Behringer e Bugera. São divisões e a Índia estão se desenvolvendo e es- Falemos de você. Já pensou em distintas e separadas, com suas pró- tamos experimentando enorme cres- um final, como vender o grupo? prias identidades e infraestruturas, tais cimento nesses países. Temos experi- Sempre tem um final, e usualmente é como R&D, vendas, marketing, distri- mentado um crescimento rápido em definido pela natureza. Mas o que me buição de canais — inclusive fabricação tempos desafiantes, pois as pessoas surpreende é que amo meu trabalho de meia escala. Tudo isso se combina escolhem a proposição de melhor valor. agora mais que nunca e as pessoas ao para que cada uma seja independente e Sem surpresa nenhuma, e apesar meu redor sabem que só durmo quatro possa manter o valor da marca. Essa se- dos desafios econômicos em deter- horas por dia. Sempre observo a minha paração é fundamental, pois os valores minados mercados, vemos um cresci- mãe, que tem 84 anos, nada meia milha das marcas são diferentes. mento muito forte na América Latina por dia e ainda trabalha como intérpree continuamente investimos nas me- te. A idade é apenas um número quando Quais são os maiores mercados lhores pessoas, sistemas e processos você se mantém ocupado e procura a fepara a empresa atualmente? para garantir a satisfação ou superar licidade na sua vida. No final, sou músico e engenheiro, e isso nunca vai mudar. n Honestamente, todos os negócios e as as expectativas dos clientes.

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ENTREVISTA

Feiras alemãs com nova distribuição As renomadas Musikmesse e Prolight + Sound estão sendo renovadas. Ano passado já anunciaram várias mudanças. Stephan Kurzawski, responsável pela unidade de negócios de ambas as feiras, explica mais sobre o que esperar em 2016

E

m 2014, Stephan Kurzawski assumiu a direção da Unidade de Negócios de Entretenimento, Mídia & Criação para as feiras alemãs Musikmesse e Prolight + Sound, além de suas responsabilidades como vice-presidente sênior da Messe Frankfurt Exhibition GmbH. Para conhecer mais sobre o que acontecerá na edição de 2016 — a ser realizada em Frankfurt, como sempre —, nossa redação realizou uma entrevista exclusiva revelando interessantes detalhes.

Como o mundo recebeu as mudanças anunciadas para as feiras?

O mercado tem reconhecido as oportunidades apresentadas pelas mudanças em ambas as exposições. Isso é demonstrado pelos numerosos comentários positivos recebidos pelos expositores e visitantes, além do apoio de importantes associações do setor. Esse feedback nos dá a possibilidade de contatar essas pessoas, obter ideias e críticas positivas para explorar o novo conceito ao máximo em cooperação com o setor. Quais foram as principais preocupações e aceitações sobre essas mudanças?

Um mal-entendido comum no começo era que o novo conceito resultasse em que a Musikmesse perderia seu foco B2B. De fato, aconteceu o oposto. Por exemplo, há numerosos novos serviços e facilidades que reforçarão a posição da feira como plataforma internacional de negócios para o setor de instrumentos musicais. Com o estabelecimento do setor Business World no Hall 11.1 — cuja admissão será limitada a fabricantes, varejistas e distribuidores —, haverá inclusive mais espaço para falar sobre negócios em uma atmosfera tranquila. Também integrados neste hall estarão o Tulip Club, o VIP lounge para os principais compradores do setor e uma

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atrativa área de conferências especialmente para varejistas. Adicionalmente, estamos expandindo o programa de benefícios ‘Musikmesse Insider’, que já tem grande sucesso, para o qual 1.700 compradores se cadastraram em 2015. Mais não para aí: novas atividades de geração de clientes também elevarão a qualidade de negócios da feira. Naturalmente, negócios também serão realizados no restante dos halls, como tem acontecido no passado. Em vista dos altos níveis de satisfação registrados no passado, é nosso trabalho convencer o setor sobre as vantagens oferecidas pelo novo conceito. E estamos fazendo um progresso excelente nesse aspecto. Por exemplo, temos recebido grande suporte para a nova sequência de dias, de quinta a domingo, o que dá a muitos lojistas de menor tamanho a chance de visitar a Musikmesse fora do seu horário comercial. A expansão das atividades de marketing no mundo inteiro via nossa rede global, a qual nos permitirá aumentar o caráter internacional da feira, também tem sido bem recebida por todos os envolvidos. O que você pode adiantar sobre os expositores cadastrados para 2016?

Numerosos nomes-chave de todas as partes do setor de instrumentos musicais e tecnologia para eventos já foram cadastrados como expositores. Estamos

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contentes particularmente com a quantidade de novos expositores e vários pedidos de mais espaço de exposição. Em geral, estamos satisfeitos com os resultados até agora. Estão chegando inscrições todos os dias. Contudo, ainda estamos focados no nosso objetivo: com essas mudanças, queremos que esse show para o mercado musical seja mais atrativo e, logicamente, queremos crescer em todos os aspectos ao mesmo tempo. Depois das mudanças anunciadas no ano passado, muitos expositores mostraram a mesma preocupação: ‘Preciso pagar dois estandes no lugar de um?’. Você pode explicar como vai funcionar o espaço de exposição para o consumidor final e para fazer negócios?

Os halls temáticos 8.0, 9.0, 9.1, 10.2 e 11.0 oferecem um resumo do mercado internacional de instrumentos musicais. Varejistas de todo tipo têm a chance de descobrir os mais recentes produtos, vê-los e colocá-los em ação. Desse modo, esses halls continuarão sendo uma plataforma destacada desde a qual os expositores podem fazer negócios com varejistas. Além disso, o setor Business World será um ponto de encontro central para o mercado — sem fazer com que os outros halls sejam menos atrativos para esses grupos. Em outras palavras, a área exclusiva B2B complementa os halls temáticos, o qual dá aos expositores maior liberdade ao criar suas apresentações na Musikmesse. Naturalmente, ainda é possível reservar um estande de exposição individual, seja nos halls temáticos ou no Hall 11.1. E, certamente, oferecemos planos personalizados para as empresas que desejem estar presentes em ambas as seções. Em sua opinião, quais são os pontos fortes da nova configuração em ambas as feiras?

Mais facilidades e serviços B2B, e,

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frentando enormes desafios. A decisão de realizar ou não uma feira sempre depende da situação no mercado em questão. Por isso, estamos observando delicadamente a situação na América Latina — é essencial que a demanda por uma área grande de espaço de exposição para instrumentos musicais e tecnologia para eventos atinja um nível alto e estável que justifique os altos custos relacionados com o estabelecimento de uma feira. Se chegarmos à conclusão de que esse é o caso, com certeza analisaremos as oportunidades. simultaneamente, maior ênfase em atrair aficionados da música de todo o mundo. Com o novo conceito, provaremos que isso não é uma contradição. Além disso, a nova sequência de dias permitirá explorar o potencial dos visitantes da Musikmesse ao máximo. Em paralelo, o perfil da feira Prolight + Sound, que será realizada de terça a sexta no futuro, está sendo refinado e estamos dando-lhe o espaço necessário para expandir o espectro coberto em termos de produtos e categorias. Há planos de fazer essas feiras na América Latina?

As pessoas na América Latina são mais fanáticas por música do que em qualquer outro lugar do mundo. Além disso, muitos fabricantes latino-americanos têm crescido em reconhecimento nos últimos anos, como pode ser visto na Musikmesse — especialmente com o boom do cajón, há alguns anos. Por outro lado, encontramos uma situação econômica difícil em várias partes do continente. Atualmente, as principais economias, como a Argentina e o Brasil, estão en-

O que você acha sobre o futuro da indústria?

Devido aos desenvolvimentos voláteis nos últimos anos, é difícil fazer uma previsão econômica. Existe, porém, um número de fatores que traz uma previsão positiva. Em particular, está o alto valor sentimental dos produtos — depois de tudo, todo músico apaixonado quer ter um bom instrumento, inclusive em tempos de dificuldade econômica. Além disso, o espírito inovador predominante no setor foi evidente mais uma vez na edição de 2015. Além de designs cada vez mais extraordinários e o desenvolvimento de instrumentos clássicos, sempre há inovações genuínas para ver — desde instrumentos híbridos que mesclam o mundo analógico e o digital, por meio da integração de aparelhos móveis, até instrumentos completamente novos. Estamos ansiosos por ver se essas forças criativas se desenvolvem para forças impulsoras sustentáveis a fim de crescer no setor — e visam a continuar fornecendo uma plataforma de apresentação ótima sobre a qual possam prosperar. n

NOVAS DATAS E HORÁRIOS Musikmesse: quinta 7/4 a domingo 10/4, das 10h às 19h Prolight + Sound: terça 5/4 a sexta 8/4, das 10h às 19h www.musikmesse.com www.prolight-sound.com

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PÓS-FEIRA

Music China e Prolight+Sound Shanghai se tornam mais locais De 14 a 17 de outubro, o Shanghai New International Expo Centre foi a sede de duas das feiras mais importantes da indústria na China: Music China e Prolight + Sound Shanghai

Ação também no palco exterior

Alexandre Seabra (esq.)

Produtos tradicionais locais

Produtos para educação musical

Modelos diferentes para testar

Espaço para crianças

Music China

Com um incremento de 12% no número de visitantes, a Music China 2015 finalizou com 80.468 visitantes provenientes de 86 países e regiões, e 1.782 expositores de 30 países. Muitos dos expositores veem a Music China como o lugar adequado para estar conectados com o dinâmico mercado chinês. A empresa brasileira Odery Drums dividiu seus comentários sobre a feira, expressando: “A Music China é hoje uma feira de extrema importância para a Odery. Já temos representantes e vendas na China desde 2013 (ano da nossa primeira participação) e desde então a Odery vem crescendo e conquistando novos espaços no mercado chinês. É sem dúvida um grande mercado, desafiante e com sede de coisas novas. Hoje, a China é o nosso terceiro mercado no mundo, ficando atrás apenas do Brasil e da Inglaterra, mas a perspectiva é que, em 2016, a China ultrapasse a Inglaterra”, disse Bruno Santoro,

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gerente de vendas na China para a Odery Drums. O crescimento do mercado chinês é notório, como também o surgimento constante de fabricantes locais e a crescente visita de compradores locais, um dos fatores que chamou a atenção dos expositores da América Latina e da Espanha. Para completar a mensagem principal do show de 2015 — ‘Negócio, Educação e Cultura’ —, os organizadores lançaram uma ampla programação dedicada a inspirar os colegas da indústria, como o fórum industrial da NAMM CMIA e o How-To Session da NAMM University, que contribuíram com uma visão profunda sobre as estratégias de negócios on-line e varejista. Certamente, a Music China não poderia estar completa sem as apresentações musicais ao vivo, além dos eventos filantrópicos e de entretenimento, incluindo Kid’s Music Castle, Drum Circles, SchoolJam, entre outros.

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Partes para instrumentos

SAE Audio na Music China

Guitarras da Fender

Modelos diferentes para testar

Acessórios particulares na expo

Ganhadores do SchoolJam

Especial de Kiko Loureiro (Zoom)

Estande da Odery Drums

Bruno Santoro (Odery Drums)

Instrumento de corda chinês

Teclas também presentes

Percussão tradicional

Prolight + Sound Shanghai

Por outro lado, a Prolight + Sound Shanghai 2015 também contou com numerosos visitantes, pois durante os quatro dias do show, 25.455 pessoas (um incremento de 6% comparado com o ano anterior) de 80 países e regiões estiveram no evento em busca dos últimos avanços nos setores de iluminação e áudio profissional da Ásia. O mercado chinês tem criado uma grande demanda por produtos de alta gama e marcas estrangeiras. Josep M. Sans, gerente de desenvolvimento de mercado da SAE Audio, reconheceu que a feira é uma grande oportunidade para lançar um produto nesse mercado lucrativo. “A Prolight + Sound Shanghai é um dos eventos mais importantes na China. Queremos estar presentes no mercado, então continuamos vindo. Nesta edição, lançamos os nossos novos sistemas line array double-ended e single-ended.”

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Além disso, as atividades realizadas durante o evento também receberam uma atenção favorável, como o VPLT International Audio Training Course. Uma das novas características da feira foi o Demo Room, que oferece aos visitantes uma experiência de interação com os produtos dos expositores. Para concluir, vários eventos se realizaram dentro da programação, incluindo os fóruns de tecnologia de gravação e tecnologia acústica, junto com as apresentações de produtos de Concert Sound Arena e Vision X Network. A próxima edição será no período de 26 a 29 de outubro de 2016. n MAIS INFORMAÇÕES www.musikmesse-china.com www.prolightsound-shanghai.com

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FEIRA

NAMM Show apresenta opções educativas A tradicional feira — que se realizará de 21 a 24 de janeiro em Anaheim — conterá uma grande variedade de oportunidades educativas, além da reconhecida exposição de produtos e um pavilhão brasileiro!

N

a edição 2016, os membros da NAMM terão acesso a mais de 120 sessões educativas pensadas para transformar dicas em um crescimento substancial. O programa dará suporte a diferentes faces da indústria musical, desde varejistas em lojas físicas e on-line até fabricantes, áudio profissional e tecnologia.

A prévia

No dia anterior ao início da feira, os membros da NAMM poderão submergir em um dia completo de aprendizagem no Retail Boot Camp para descobrir novas ideias sobre como vender ao consumidor conectado às redes sociais. Também ajudará os varejistas a compreender as tendências futuras no market­ing on-line, melhores práticas para programas de locação e técnicas para dirigir o inventário da loja. Será realizado no dia 20 de janeiro, das 9h às 16h, no Salão Califórnia do Hotel Hilton.

Para começar o dia

Na primeira sessão NAMM U Breakfast, o presidente e CEO da NAMM Joe Lamond apresentará o Café de Campeões, com a participação de artistas renomados e líderes em produtos musicais que debaterão o estado da indústria e para onde está indo. Na sexta-feira, o guitarrista de jazz e escritor Josh Linkner falará sobre modos práticos para transformar ideias ambiciosas em grandes resultados de negócios. A sessão do sábado tratará sobre serviço ao cliente na era digital com o assessor,

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especialista em mercado digital e guru de marketing Jay Baershares. Essas sessões de café da manhã serão realizadas às 8h no Salão Pacific do Hotel Hilton.

Centro de ideias

O NAMM Idea Center apresentará mais de 45 sessões de desenvolvimento profissional. Cada uma terá a duração de 30 minutos e se realizará em um novo espaço no lobby dedicado a descobrir como atrair clientes usando Google, YouTube, Instagram e sites adaptados aos celulares.

TEC também presente

O TEC Tracks debutará na edição deste ano, com mais de 70 masterclasses sobre áudio profissional e tecnologia musical, entrevistas ao vivo e painéis de debate. Para os artistas, haverá uma sessão sobre como tirar maior provei-

Foto de Jesse Grant / Getty Images for NAMM

to dos sites crowdfunding, tais como IndieGoGo, GoFundMe e Kick­Starter. O TEC Tracks substitui o espaço The H.O.T Zone no segundo andar do Anaheim Convention Center.

Propriedade intelectual

A NAMM se unirá ao Departamento de Registro de Marcas e Patentes da América do Norte para oferecer um treinamento interativo sobre temas de propriedade intelectual. Será uma mesa-redonda de uma hora no NAMM Member Center no dia 21 de janeiro, das 10h às 11h. n

Empresas brasileiras

Nesta edição, a feira norte-americana terá um pavilhão com 26 marcas de fábricas brasileiras. O projeto para estimular as exportações das empresas brasileiras de áudio e instrumentos musicais no exterior foi iniciado pela Associação Nacional da Indústria da Música (Anafima) em parceria com a Apex-Brasil. São elas: AF Data Link, Carrozza, Contemporânea, Ever-Ton, Fire, Izzo, Luen, Mac Cabos, Machine, Music Kolor, Nuovo Designer Suette, Odery, RMV, Ronay, Rozini, Solid Sound, Spanish Guitars, Stay Music, Tagima, Wood, Staner, Meteoro, Ibox e Giannini.

Achou interessante? Veja aqui as opções completas:

Programa de NAMM U: https://www.namm.org/namm-u-sessions Programa de TEC Tracks: https://www.namm.org/tec-tracks A gente se vê em Anaheim!

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e d a d r e v e d s o s c i o s b ú a C para m de! a d r e v de

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VISÃO DE PROFISSIONAL

Construindo guitarras e baixos com John Cruz O reconhecido Master Builder de uma inumerável quantidade de guitarras e baixos Fender, John Cruz, conta sobre sua relação com a indústria e alguns dos seus destacados produtos

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ohn visitou a América do Sul nos últimos meses e, durante uma conferência organizada pelo distribuidor argentino da Fender, a Todomúsica S.A., conseguimos entrevistá-lo e conhecer alguns dados interessantes sobre sua carreira e a construção personalizada dos instrumentos que cria. Cruz começou a trabalhar na Fender em 1987, unindo-se ao Custom Shop em 1993 — a conhecida oficina de criação e construção de guitarras e baixos — e se tornou Master Builder em 2003. Trabalhou em réplicas de guitarras de importantes artistas como a Stratocaster Number One de Stevie Ray Vaughan, e criou grandes modelos para músicos como Doug Aldrich (Dio, Whitesnake), Dave Amato e Bruce Hall (REO Speedwagon), Mick Mars (Mötley Crüe), Richie Sambora (Bon Jovi), Bono (U2), Duff McKagan (Guns N’ Roses), Ike Turner e Brad Whitford (Aerosmith). Vejamos a seguir como tudo começou.

Conte-nos sobre seu início na indústria.

Sendo guitarrista, tudo me levou a envolver-me com a indústria. Trabalhei em uma loja musical durante um curto período preparando os produtos novos, limpando guitarras e ajudando no que podia. O baixista da minha banda

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John Cruz, construtor do Fender Custom Shop

encontrou trabalho na G&L Guitars — empresa americana dedicada à fabricação de guitarras e baixos elétricos fundada por Leo Fender em 1980 —, perto da minha cidade de origem, e disse que talvez pudesse conseguir um emprego para mim lá, então foi para preencher uma solicitação. Disseram que não estavam contratando pessoal naquele momento, mas que haviam ouvido que a Fender estava contratando em Corona. Por curiosidade, decidi tentar e fiz uma visita pelas instalações, observei as pessoas e percebi que a energia que procurava estava definitivamente ali. Sabia que era o lugar para mim. E foi nesse momento que contrataram você?

Foi, me disseram que tinham uma vaga na oficina de carpintaria para ajudar no que fosse necessário. Aceitei! Basicamente, tive que varrer o chão, classificar madeiras, trabalhar na serraria cortando madeira que eventualmente se tornaria parte das famosas Stratocaster, Telecaster e todos os baixos. Aprendi

tudo o que pude sobre fabricação em um curto tempo, trabalhando com alguns dos melhores na indústria. Sentia que finalmente tinha encontrado um lugar que podia chamar de lar. Vinte e oito anos depois, ainda sinto a mesma coisa. Como você se tornou um Fender Master Builder?

Foi um longo caminho. Aprendi tanto como pude de cada departamento onde trabalhei, dizendo a mim mesmo que tinha de ser o melhor. Todos os supervisores notaram meu desejo de aprender e de ser um líder. Foi por volta do meu terceiro ano na empresa que o gerente e cofundador do Custom Shop, John Page, se aproximou e me perguntou se estava interessado em entrar no Custom Shop. Disse que não tinha certeza de se naquele momento haveria muito trabalho e que poderia haver alguma demissão. Isso não era conveniente, pois precisava de um trabalho de tempo integral que me ajudasse a pagar o carro que acabara de comprar, então recusei a oferta. Depois

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Encontrei na Fender um lugar que podia chamar de lar. Vinte e oito anos depois, ainda sinto a mesma coisa

me arrependi e pensei que nunca iriam me perguntar de novo. Simplesmente continuei aprendendo e fazendo o melhor que podia. Sabia dentro de mim que, algum dia, a oferta apareceria mais uma vez, e isso aconteceu em 1993. Pulei de entusiasmo com a oportunidade e honestamente nunca me arrependi. Como você se inspira na hora de criar uma guitarra?

Minhas inspirações podem vir de qualquer coisa que me interesse no momento. Desde uma motocicleta Mini Chopper e um set Mini Strat até um rack em up Tele que incluía uma guitarra pintada personalizada para homenagear a indústria da sinuca, que também tinha um grupo de bolas de sinuca e um taco. Minha recente viagem pela América do Sul foi a primeira na minha carreira. As coisas que vi, as pessoas que conheci têm me dado uma profunda inspiração para fazer um instrumento muito especial para elas em breve. Aguardem as novidades! Qual foi o modelo mais difícil que já fez?

A série de tributos a artistas para mim sempre é a mais difícil de reproduzir, porque muitas pessoas sabem como se vê a guitarra em um nível geral, mas usualmente tenho a melhor visão dela, que me permite recriar a magia especial do instrumento. Aplicar todos os anos e cicatrizes de batalha em uma guitarra nova básica não é uma tarefa fácil, mas sempre estou disposto a enfrentar o desafio. Das que você tem feito, qual é a sua preferida?

Neste momento estou pensando na SRV Number One. Essa guitarra quase me leva para o cemitério, mas honestamente foi um de meus projetos favoritos. Também fiz a Muddy Waters Tele, a primeira edição da Rory Gallaghers Battered 1961 Strat, a Jeff Beck Esqui-

re Yardbirds Tele, a Yngwie Malmsteen Duck Strat, a John Mayer Number One e muitas outras. Todas me trouxeram muita curtição e prazer pessoal, pois sou fã de todos esses artistas. O tributo mais recente no qual trabalharei será a Holy Grail, pois ele é o meu guitarrista preferido de todos os tempos do mundo inteiro. Será um projeto muito emocionante para mim, pois verei a guitarra pela primeira vez em breve. Desde que o vi em um concerto há muitos anos, seu show me fez pular da poltrona e percebi quem é o verdadeiro guitar hero. Conhecer a família dele e discu-

Você deve estar em contato constante com usuários e músicos. Que tendências está percebendo?

Sim, estou em constante contato com nossos clientes, artistas e músicos. A única tendência que vejo é que a música está mais forte do que nunca e as pessoas querem as melhores ferramentas para criar sua arte. Fico feliz em saber que, de certo modo, posso ajudar a satisfazer suas necessidades. Podem ter certeza de que há mais ideias tomando forma na minha mente e estarei aqui com vocês quando estiverem prontos para mais. n

Guitarra Custom Shop no Rock in Rio

A SKY, operadora de TV por assinatura do País e parceira de mídia do Rock in Rio pela terceira edição consecutiva, encomendou uma guitarra especial em homenagem aos 30 anos do festival. Logicamente quem se encarregou dessa tarefa foi John Cruz. A inspiração para esse trabalho foi a própria essência do rock and roll e a história do evento ao longo de todas as suas edições. “Pensei que seria legal fazer uma guitarra com uma vibe rock, e não há nada mais rock and roll do que uma guitarra Fender Stratocaster, minha especialidade. É uma guitarra com acabamento ‘envelhecido’, ‘desgastado’, que eu sinto que combina perfeitamente com o espírito desses 30 anos do festival”, contou Cruz, que nomeou a peça como “The Rio Metal God”. A guitarra foi doada para o leilão Por um Mundo Melhor, iniciativa do Rock in Rio em parceria com a Conservação Internacional e Instituto-E. Durante o evento, várias guitarras exclusivas Fender foram entregues para sete assinantes SKY ganhadores de uma promoção e para personalidades brasileiras ligadas à música.

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tir minhas ideias para honrar o meu herói caído, o sr. Gary Moore e sua batalhada Faded Fiesta Red Stratocaster de 1961, será incrível. Mal posso esperar para começar. Esse será, sem dúvida, o destaque da minha carreira na Fender.

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DESIGN E INOVAÇÃO

Fire apresenta o Sweet Chilli A fabricante brasileira lançou o pedal Sweet Chilli com um visual atraente e diferente

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conceito de design particular com o qual este pedal overdrive fui apresentado é um verdadeiro destaque. Com o lema “Sweet Chilli é o overdrive que veio para esquentar o som do seu instrumento”, o pedal teve sua filosofia representada por meio de um molho mexicano apimentado, que não só pode ser visto na estética do aparelho mas também na campanha de marketing que a Fire criou. Por exemplo, durante seu lançamento na Expomusic 2015, o estande da empresa dispunha de um carrinho de comidas mexicanas típicas e dava de presente um potinho de pimenta feito especialmente para representar ‘o sabor’ do produto. Agora sim, um pouco de informação técnica para botar pimenta no seu som! Usando os controles de High e Low, o usuário pode acrescentar um brilho especial ou dosar os graves, segundo a sua preferência. Veja as características completas: • True Bypass – Chave 3PDT Alpha • Jacks Amphenol • Proteção contra curto-circuito • Proteção contra inversão de polaridade • Componentes eletrônicos selecionados em conformidade com parâmetros mundiais de alta qualidade na fabricação de pedais de butique

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• 100% analógico • Gabinete em aço • Pintura epóxi • Desenvolvido e produzido no Brasil • DC Power: 9 V DC – centro negativo • Corrente de consumo: @ 9 Vdc = 3 mA / @ 18 Vdc = 7 mA • Dimensões: 112 x 74 x 52 mm • Peso: 338 g n PARA SABER MAIS http://www.fire.com.br

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PRODUTOS AKG

NIG MUSIC

B23 L

É uma fonte de alimentação compacta com Phantom Power de saída de 9 V e indicada para a série Micromic da AKG, que conta com os modelos de microfones condensadores C516, C518 e C519. Desenvolvida para utilização de dois microfones simultaneamente, possui controle de volume para cada entrada, saídas mono e estéreo, LED indicador de bateria fraca e cabo para conexão com transmissor Body Pack wireless. As duas entradas mini-XLR-F (L e R) podem ser ligadas tanto em modo mono como estéreo. Outra característica é que pode ser usada como um mixer pequeno e portátil para até dois sinais de áudio em um único aparelho. Contato: (51) 3479-4000 harmandobrasil.com.br

GIANNINI

GB-205 A

O contrabaixo elétrico ativo de 5 cordas apresenta corpo em poplar, braço em maple com tensor, escala em rosewood, ponte standard cromada, tarraxas blindadas cromadas e conta com controles de volume, balance, treble e bass (pré-amp ativo alimentado por bateria de 9V). Possui acabamento em verniz brilhante. Disponível na cor TBL (Translucent Blue). Contato: (11) 3065-1555 giannini.com.br

HOFMA

Cavaco HCV30

Ampliando sua linha de instrumentos regionais, a Hofma apresenta ao mercado sua série de cavacos. Com custo acessível, os instrumentos mantêm os reconhecidos padrões de qualidade e sonoridade da marca. O modelo HCV30 tem tampo em abeto e lateral e fundo em mogno. Também está disponível em versão eletroacústica com captação passiva de rastilho (HCV 30P). Contato: (11) 2931-9130 hofma.com.br

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NDR1

O NDR1 é um distribuidor de força para 12 pedais. O aparelho distribui a energia da fonte por cinco saídas que alimentam até 12 pedais simultaneamente (respeitando o limite de 1.500 mA). Acompanha uma fonte NF11 de 9V, DC. Traz cabos com múltiplos plugues e tamanhos, é superleve e compacto (mínimo de peso e espaço) e está disponível nas cores preto, cinza e vermelho. Contato: (11) 4441-8366 • nigmusic.com.br LEAC’S

Line Vertical VL

A empresa lançou quatro modelos. O VL404 ( foto) é um line vertical de 200 W RMS, com quatro falantes de 4”, o VL804 é de 400 W RMS com oito falantes de 4”, o VL504 é de 250 W RMS com quatro falantes de 5” e o VL805 é de 500 W RMS com quatro falantes de 5”. Todos têm três pontos de fly M8, dois Speakon de quatro polos, tela metálica com pintura pós, base metálica para pedestal e furação para suporte de fixação na parede. Resposta em frequência de 150 HZ a 22 KHZ. Contato: (11) 4891-1000 • leacs.com.br

MARSHALL

1960BX, 2551BV & 2551AV

O gabinete 1960BX ( foto), lançado em comemoração aos 50 anos do Marshall Stack, é uma caixa para guitarra com alto-falantes de 12” e 100 W de potência. Além deste, a Marshall também lançou outros dois gabinetes, o 2551BV e o 2551AV angulado, inspirados no Silver Jubilee e em comemoração aos seus 25 anos. Os modelos são 4x12” em estilo vintage e com corpo em prata, assim como a primeira versão lançada em 1987. Cada caixa conta com quatro alto-falantes Celestion Vintage de 30” e 280 watts de potência. Contato: (11) 4083-2720 • proshows.com.br

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OVERSOUND

SPANKING

Insanno DUO

Linha gospel

Os alto-falantes Insanno DUO foram criados para os amantes do som externo (som para fora). São alto-falantes com características especiais, feitos para atender às mais severas condições de uso. Possuem um poderoso conjunto magnético, que permite suportar grandes deslocamentos com baixa distorção e elevados níveis de SPL. Ideais para sistemas de trios e minitrios que exigem alta potência e elevado nível de SPL. Disponíveis em 12, 15 e 18 polegadas.

Seguindo as tendências dos produtos especialmente voltados ao público gospel, a Spanking lançou dois modelos de baqueta. A empresa apresentou uma linha para os devotos de Maria com a frase “Rogai por nós”. Outra novidade é uma baqueta com o símbolo do cristianismo seguido do versículo “Tudo posso naquele que me fortalece”. Fabricadas em marfim, nos modelos 7A e 5A, as baquetas têm as mesmas medidas da linha profissional Spanking Balanced.

Contato: (12) 3637-3302 • oversound.com.br

Contato: (47) 3273-7246 • spanking.com.br ROZINI

Rozini Pro Percussion

A Rozini orgulhosamente apresenta a sua linha de rebolos Rozini Pro Percussion. Produzidos no Brasil, os rebolos estão disponíveis nas versões 50x10” (cilíndrico e cônico) e 50x12” (cilíndrico e cônico). São confeccionados em madeira (freijó ou goiabão), aros em alumínio e pele animal. Segundo a empresa, os principais destaques são o acabamento primoroso e uma sonoridade com bastante corpo, tendo rápida resposta de graves profundos.

D’ADDARIO

Latas exclusivas!

A distribuidora Musical Express está apresentando seis latas exclusivas da D’Addario com kits diferentes. Tem quatro modelos para guitarra, com dois sets de cordas, mais palhetas e a lata exclusiva; para violão de náilon há um modelo com um EJ27N, um EJ45 e uma lata, e para violão de aço há outra caixa com dois EJ10, cinco palhetas de celuloide e a latinha. Essas promoções apresentam até 30% de desconto!

Contato: (11) 3931-3648 • rozini.com.br

Contato: (11) 3158-3105 • musical-express.com.br

TAGIMA

TIAFLEX

Instrument Cable 50

T-635

O cabo de guitarra traz plugs conectores mono com baixíssima resistência elétrica modelo tipo P10 (1/4”) reto ou tipo P10 (1/4”) 90° niquelados marca Standart Amphenol Black. A bitola é formada por condutores em cobre OFHC flexível, de seção 0,50 mm2 (20 AWG). Possui dupla blindagem (película semicondutora mais blindagem de cobre OFHC do tipo trançada, com densa taxa de cobertura com percentual de 95%) e cobertura externa em composto termoplástico (PVC) flexível emborrachado na cor preta. Este modelo possui também uma versão com cobertura têxtil em fios de polipropileno na cor preta. Contato: (11) 2966-9095 • tiaflex.com.br

Como parte da Série Classic, as guitarras têm corpo de alder, braço de maple e escala de maple ou rosewood com 22 trastes e marcações pretas ou brancas. Têm três captadores single-coil standard de alnico, chave de controle de cinco posições, um controle de volume e dois de tonalidade. A ponte é tremolo cromada com dois pivôs e tarraxas cromadas e blindadas. Vêm nas cores preta, branca, sunburst, verde-pastel, branco-vintage e vermelho-metálico. Contato: (11) 2915-8900 - tagima.com.br

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PRODUTOS PLANET WAVES

CLAY PAKY

Scenius

É um moving spot com nova lâmpada de descarga Osram (empresa que agora pertence à Clay Paky) de 1.400 W, dando CRI >95 e temperatura cor de 6.000 K. Seu zoom de 8° a 50° a torna ideal para uso em shows ao ar livre ou em exposições e estúdios de TV. Traz sistema de tracking de foco, sistema CMY mais CTO lineal, disco de sete cores, dois discos de gobo rotatórios, prisma, disco de gráficos intercambiável, íris de 16 slades e mais. Contato: (11) 2088-9919 • hpl.com.br

SLG200 & Série L

ORION CYMBALS

Nova linha de violões SLG200, que aposta em um novo sistema de captação desenvolvido pela marca, o SRT (Studio Response Technology), marcado por captadores piezo individuais para cada corda com simulação de violão microfonado em estúdio, oferecendo um som mais natural. Também nova é a linha de violões da série L (LS6 ARE e LS16 ARE), cujo grande diferencial é o tampo em Engellmann spruce, que passa por um tratamento exclusivo da Yamaha chamado ARE (Acoustic Resonance Enhancement), pelo qual a madeira é artificialmente envelhecida de forma que todos os seus veios se alinhem. Contato: (11) 3704-1377 • yamaha.com.br

China 18” Celebrity Special Vinte

Depois de estudar atentamente os aspectos técnicos e sonoros num intenso trabalho de pesquisa, a Orion apresenta o China 18” Celebrity Special Vinte, contendo seis furos equidistantes e dando maior projeção, “criando um som encorpado, consistente e de sustentação curta que se encaixa perfeitamente nas mais recentes tendências musicais e de fácil assimilação por parte das vertentes mais tradicionais”, segundo a empresa. O prato servirá como referência enquanto modelo de efeitos especiais, complementando a linha Celebrity. Somente 40 privilegiados terão a oportunidade de adquiri-lo. Contato: (11) 3871-6299 • orioncymbals.com.br CHAUVET DJ

IK MULTIMEDIA

D-Fi USB

iRig Acoustic

A interface de microfone móvel de violão iRig Acoustic conta com tecnologia de microfone em miniatura fácil de instalar e desinstalar na boca de qualquer violão ou ukulele. A iRig Acoustic é completamente analógica, e pode ser usada com um aparelho iPhone, iPad, iPod Touch, Mac ou Android graças ao cabo TRRS de 1/8”. O conector fêmea de saída estéreo é ideal para tocar com fones e monitorar. Junto com a interface iRig Acoustic, chega seu aplicativo complementar AmpliTube Acoustic. Contato: (11) 4369-5100 • soundixbrasil.com

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Esses cabos com interruptor para corte de sinal são desenvolvidos com engenharia de precisão e criados nos Estados Unidos. Vêm com um botão para cortar o sinal e silenciar durante as trocas de instrumentos em apresentações ao vivo. Possuem baixa capacitância de 28pF/ft (ponto-chave para definição do timbre) e 95% de cobertura de blindagem. Com design exclusivo, o plug Neutrik embutido possui um Geo-tip patenteado para garantir a conexão segura com qualquer instrumento, pedal ou amplificador, enquanto a soldagem in-line com microchamas oferece conexão e força nas juntas da solda. Contato: (11) 3158-3105 • musical-express.com.br

YAMAHA

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Cabo American Stage Kill Switch

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A Série USB apresenta quase uma dúzia de aparelhos compatíveis com USB, variando de LED para wash de cor COB (Chip-on-Board), a um projetor de gobo, estrobo LED e efeito de água simulado, todos controlados desde um transceptor D-Fi USB (estilo pen drive). Quando conectado pela porta USB a um aparelho compatível com a Série USB, o D-Fi USB dá aos usuários total controle DMX wireless. Além de transferir sinal DMX, pode ser usado para fornecer operação Master-Slave wireless. Contato: (11) 2199-2999 equipo.com.br

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Possibilidades

infinitas

Como bateristas, nos esforçamos sempre para desenvolver novas sonoridades e levar nossa música para novos lugares. A American Classic® com ponta de barril 5A e 5B são as últimas novidades dentre centenas de baquetas, mallets, implementos, cada um, desenvolvido para um propósito musical específico, examinadas e aprovadas pelos melhores músicos do mundo. Prove algo novo e veja até onde isso te leva! Acesse VicFirth.com/SoundChoices e confira algumas ideias para levar seu som a um nível superior.

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CONTATOS AS EMPRESAS LISTADAS ABAIXO SÃO OS ANUNCIANTES DESTA EDIÇÃO. USE ESTES CONTATOS PARA OBTER INFORMAÇÕES SOBRE COMPRAS E PRODUTOS. MENCIONE MÚSICA & MERCADO COMO REFERÊNCIA.

Instrumentos

Acessórios

D’Addarío..................................11 3158-3105 musical-express.com.br • 3, 25 DigiTech..............................................51 3479 4000 harmandobrasil.com.br • 7 Elixir..............................................................................elixirstrings.com.br/baixo • 17 Ibox................................................................................14 3366-3655 ibox.ind.br • 87 NIG...................................................................... 11 4441-8366 nigmusic.com.br • 63 Solid Sound...........................................41-3596-2521 solidsound.com.br • 31 Tecniforte.................................................. 11 2748-5433 tecniforte.com.br • 81 Tiaflex .................................................................11 2966-9095 tiaflex.com.br • 77 Vulcan Cases...................................... 11 3797-0100 izzomusical.com.br • 27

on nt C os on In Mu se l M se st s ho us lh ru ica N m is a ic o N C ai a e c • on nt C io s • C cio os on na In Mu se l s on na l M e d st s ho us lh o ru ica N se l d m is a ic o N Va lh o V C ai a re en • ci o a on s C on jo N re c t • o o i M s ac jo C o n de s ns al ns u elh on a io d M e d tr sic o l d Áu na e us lh o s um a N el o d l d Áu ic o N Va is a h Va io ai a re en • ci o o di s N re e I ci jo Va o to Co on • a o n jo s C n de s ns al re e I c on a io d tr M e d jo ns na e um us lh o se l d Áu de tru N Á V o o di ld u e ic N a l ac h ai a re Á me o Va o o di nt ud n s e C ion j o N r o c V o • C io d on a ar e s ac ejo In io to ej In M on na e io d str M se l d e sM u o Á s ld u na e um us lh o In u s s t d i r e st s o di l d Áu e ic o N Va e um ca l h ru ica Va o ai a re Á e is d n o o ud n • s m is N re e I Va io tos • C cio jo d to Co ac jo n en • e i o r M ej In s n on na e io d str to Co e u M se o st s l d Áu na e um I s ns s n de ru ic el o d Va M e st us lho l d Áu e a h m i i us lh r V o c i r Á d n o s o u e ai N ar e ac jo ud e n • io to m ic o N N V s a io d ai a ar e s to Co ac ejo In e c i • o nt C io s ej In M s on na e io d str n e • C cio os on na M se o st us na e um I se l d Áu n d u l i r s on na l Á M e d st s ho ld u e e um ca lh o V di i o u l r c i se l d Á h d n o a o o i t um a N si o V ud e n s • N re e I i lh o V Va o os c a N ar ac jo n en s • aci e o a io to Co e i r a M s s ej In C on s n jo N re io d tr c t e • u o o i M se o st s ac jo on d na e um a C I n s n ud d u ru ic on a e lh Á io d M se l d s l e s a t u e do d n m is l d Áu io ic o na e o u l r s Á h u s el o d ai N ar e o Va ud e n • io to m l d Áu i V c s a h ej In Va io ai Na re ar e s to Co e c o i • o di o o nt C io s ej In M N re e I io d str ci jo Va o e s M ns • n u o o o a s o n na e um j a d C I s n s e t o re e c ns u lh na e st de ru ic ld s o i M l d Áu e o d s jo e ns l Á tr ic o na e rum us lh o Á me ais do u d o di nt um a N e Á V o u ld u e ic N a i lh V i Va o os di nt • C ai a re en s • aci o a o o di nt o os o re e I M s e N re I ci jo Va o os to Co on e M ns jo ns u • ac jo n al C o n de In u e n s re e s de tru sic m on a lh io d tr M se d s s jo a t en Á na e um us lh o ru ica o N se l d u Á me is Á ud n • io to o d m is a l ic o N Va lh V i do u d e n ai a re en • ci e s o a o io to Co s e o ej In M C s j N r Va io tos to o n e M ns • C cio o d o st us ac ejo In a I n s e re e n na e st de ru ic us lh ld s o i M s o d jo e n r tr ic o na e um us lh o se l d Áu Á me ais um a N Á V o ud n • ld u e ic N a i lh o V di ai a re en s • aci o a o io to Co o di nt s e o N re I ci jo Va o os to Co n e s M ns • a jo ns al C o n de In u e n s re e c on a io d tr M se d st s lho jo Á l na e um us lh o ru ica N se d u Á o d m is a l ic o N Va l ho V io do u d e n ai a re en • ci ar e s o C j N c Va io tos to o n • C io o d ac ejo In s ns al re e n s on a e io d tr M e d jo na e um us lh o se l d Áu Á V o o d l ic l a

Arwel......................................................................11 3326-3809 arwel.com.br • 87 Di Giorgio.......................................................11 2592-1169 digiorgio.com.br • 16 Eagle........................................................................11 2931-9130 eagle.com.br • 15 Giannini............................................................11 3065-1555 giannini.com.br • 57 Izzo............................................................... 11 3797-0100 izzomusical.com.br • 45 Musical Roriz.................................... 62 3095-2737 musicalroriz.com.br • 29 Phoenix...........................................11 3340-8888 phxinstrumentos.com.br • 5 Rozini...................................................................... 11 3931-3648 rozini.com.br • 39 Strinberg........................................................ 18 3941-2022 sonotec.com.br • 65 Torelli Musical................................ 11 2408-2027 torellimusical.com.br • 86 Yamaha (Flautas e Acessórios) ......... 11 3158-3105 musical-express.com.br • 33 Yamaha (Teclados) ............................................11 3704-1377 yamaha.com.br • 91

Amplificadores / Áudio Profissional

Behringer................................................... 11 3527-6900 proshows.com.br • 19 Eminence.......................................................11 2206-0008 cvaudio.com.br • 89 Eros.............................................................................. 18 3902-5455 eros.com.br • 9 Frahm ..................................................................47 3531-8800 frahm.com.br • 13 JTS........................................................ 11 3814-4415 turbopercussion.com.br • 61 Leacs........................................................................11 4891-1000 leacs.com.br • 21 Meteoro........................... 11 2443-0088 amplificadoresmeteoro.com.br • 55 Movit.................................................................................................shurebrasil.com • 8 Oversound..................................................12 3637-3302 oversound.com.br • 4 Sennheiser........................................11 5573-5438 pt-br.sennheiser.com • 92 Soundix.............................................................11 4369-5100 soundix.com.br • 11 Voxstorm..................................................... 43 3178 4271 voxstorm.com.br • 67

Bateria e Percussão

C.Ibanez............................................................. 51 3364-5422 cibanez.com.br • 2 Luen............................................................................11 4448-7171 luen.com.br • 59 Orion ...................................................... 11 3871-6299 orioncymbals.com.br • 37 Spanking...................................................... 47 3273-7246 spanking.com.br • 86 Vic Firth..............................................................+617-364-6869 vicfirth.com • 85

Outros

Conav................................................................................................conavarejo.org • 88 Espaço Immensità......................... 11 5070-9000 immensita.com.br • 35 Total Guitar..........................................territoriodamusica.com/totalguitar • 6 Vip Soft.............................................................. 11 3393-7100 vipsoft.com.br • 43

Feiras / Eventos

AES.......................................................... 21 3269-0970 aesbrasilexpo.com.br • 12 Namm.......................................................................................................namm.org • 10 Sound:Check Xpo.............................................soundcheckexpo.com.mx • 14

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5 PERGUNTAS

Por economia e falta de espaço, PMEs utilizam self storage como estoque A locação de boxes para autoarmazenamento, consolidada em países como os Estados Unidos, vem crescendo no Brasil. Descubra aqui como funciona e os benefícios que pode trazer

F

undada em 1996, em um local privilegiado da zona sul da capital paulista, pelo atual diretor e sócio Luiz Otávio Corrêa, a Minidocks é uma das pioneiras em self storage no País. Oferecendo boxes em 30 tamanhos que variam entre 2,25 m² e 45 m² — todos com altura de 2,90 metros —, a locação pode ser feita por tempo indeterminado e pelo box (espaço) que melhor atender às necessidades do cliente. Trata-se de um aluguel puro e simples, sem precisar de fiador, pagamento de IPTU ou taxas, bastando um documento de identidade e um comprovante de endereço. Podem ser guardados quaisquer mercadorias ou objetos desde que não sejam perecíveis, explosivos ou qualquer substância ou produto proibidos por lei. Luiz Eduardo Lopes Corrêa, gerente de vendas da Minidocks, assegura que todas as pessoas precisarão um dia do self storage, seja por um motivo ou por outro. “Não importa se pessoa jurídica ou física, a realidade é que 100% das pessoas necessitarão desse tipo de locação um dia. Temos diversos clientes que utilizam nosso espaço como uma extensão de sua casa ou empresa, guardando os mais diversos objetos.” Veja mais detalhes a seguir.

Cem por cento das pessoas necessitarão desse tipo de locação um dia

Quais benefícios o self storage pode trazer para uma PME?

A empresa só paga pelo espaço e tempo que precisar. É uma excelente op-

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ção para aumentar o espaço e pagar apenas de acordo com a necessidade do momento. O cliente só paga um valor fixo de aluguel e um prêmio de seguro. O valor do metro quadrado fica mais em conta se comparado a locais nobres de São Paulo. Tudo fica armazenado em um local seguro, muito bem organizado e de fácil acesso.

Acha que seja um bom serviço também para as lojas, por exemplo?

Sim, é uma excelente opção pelo fácil acesso e a comodidade de pagar apenas pelo espaço que está sendo utilizado. É o estoque fora da loja. À medida que o estoque vai diminuindo, o cliente tem a opção de migrar para um espaço menor sem nenhum tipo de multa ou taxa adicional.

Como é tratado o tema da proteção e seguridade dos bens?

Temos um sistema de segurança 24 horas. A Minidocks é monitorada por uma empresa que tem acesso a todas as imagens em tempo real. Se houver algum imprevisto, a equipe de segu-

Luiz Eduardo, gerente de vendas e sócio da Minidocks (www.minidocks.com.br)

rança estará presente no local o quanto antes. E todas as mercadorias são asseguradas na data de entrada.

O locatário tem acesso ao espaço em qualquer momento?

O acesso ocorre no horário comercial da empresa (segunda a sexta, das 7h às 18h/sábados, das 8h às 13h). Cada locatário tem acesso ao seu material, com entrada exclusiva e privacidade aos seus boxes com total segurança, sem nunca ter havido um único sinistro ao longo desses quase 20 anos de atuação. Todavia, no momento do contrato de locação, os clientes devem fazer uma apólice de seguro cobrindo todos os bens que ficarão guardados.

Há alguma regulamentação especial estabelecida pelo locador?

Sim, o locatário é responsável pelos bens armazenados e não é permitido guardar produtos tóxicos, perecíveis, inflamáveis ou ilegais. n

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CONTATOS

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pages 88-89

CINCO PERGUNTAS

3min
pages 90-92

PRODUTOS Os lançamentos

9min
pages 82-87

VISÃO DE PROFISSIONAL Construindo guitarras e baixos com John Cruz

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pages 78-81

FEIRA NAMM Show apresenta opções educativas

2min
pages 76-77

ENTREVISTA Feiras alemãs com nova distribuição

10min
pages 72-75

INTERNACIONAL O homem por trás do Music Group

11min
pages 68-71

REPRESENTAÇÃO Diretoria da Sennheiser reforça

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pages 64-67

NEGÓCIOS Brigas judiciais marcam o triste destino

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pages 60-63

Seu vendedor aproxima ou afasta você da meta?

3min
pages 58-59

Está reclamando do quê?

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pages 56-57

Toalhas no chão

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pages 54-55

MUNDO DIGITAL 5 problemas e 5 soluções de segurança para sites

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DISTRIBUIÇÃO A Musical Express também é distribuidora da Shure

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MERCADO PreSonus expande sua presença

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Para onde vai o seu dinheiro?

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pages 38-39

O futuro não é uma reta

4min
pages 36-37

EDITORIAL

16min
pages 20-29

LEGISLAÇÃO Duas notícias importantes para o mercado da música

4min
pages 40-41

SETUP The Rolling Stones

3min
pages 30-31
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