NEGÓCIOS
Brigas judiciais marcam o triste destino da X Music e Washburn do Brasil X Music e Washburn do Brasil terminam sua história com processos e racha na diretoria
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X Music, registrada em nome de Renato Caputo, com bens avaliados em US$ 8 milhões, foi a empresa que deu suporte ao grupo da Condortech, companhia que importava as marcas Condor, Fishman, Taylor e Orange, entre outras, ao Brasil. A Condortech passou por grandes problemas após a fiscalização e apreensão das mercadorias da empresa por parte da Polícia e Receita Federal, na Operação Condor, realizada em outubro de 2011. A nova história, entretanto, começa em meados de 2014, quando Renato Caputo, reconhecido como o braço direito de Carlos Cesar Medeiros, por uma desavença dos sócios, rompeu as relações comerciais. Estava deflagrada a nova briga judicial que iria tomar conta da vida de ambos. De acordo com apuração realizada por Música & Mercado, ouvindo diversas partes envolvidas nesse processo, as mercadorias importadas em nome da X Music estavam no galpão da Washburn do Brasil, em Luziânia, no entorno do Distrito Federal, empresa que vinha comercializando os itens da Condor. Informações do mercado diziam que um ex-funcionário iria assumir as operações da empresa em Portugal e as mercadorias estavam sendo vendidas como parte do inventário da Washburn do Brasil sem a devida entrada fiscal. Renato Caputo, mediante essas informações, com receio de que as mercadorias da X Music fossem comprometidas, registrou um boletim de
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ocorrência na delegacia de Valparaíso (GO). Carlos Cesar estava fora do País. Na sexta-feira, dia 28 de agosto, após o boletim de ocorrência, Caputo, juntamente com dois policiais designados pelo delegado para acompanhar o caso, foi até a empresa para averiguar se as mercadorias estavam no local. No sábado, Caputo realizou a retirada das mercadorias e explicou que trouxe 50% do inventário, que constava nos documentos de importação da X Music para outro depósito, em Ceilândia. “A empresa foi lacrada por nós e mesmo assim os funcionários da Washburn, desacompanhados da polícia, entraram no prédio”, comenta. “Tivemos a permissão para entrar no depósito da Washburn do Brasil e havia a presença de três ex-funcionários da empresa.” Para um funcionário que solicitou sigilo, além dos instrumentos musicais houve a retirada dos servidores, HDs e outros equipamentos, como câmera digital, televisores e documentos pessoais, o que causou um grande dano para a empresa e para a comercialização dos produtos da Washburn do Brasil. “Até hoje não conseguimos identificar os clientes que precisam de algum título”, disse. “Temos toda a operação registrada pelas câmeras dos prédios vizinhos”, explicou.
Estopim
Foi em novembro passado o momento em que se acirrou a briga entre ex-parceiros e mais uma disputa judicial foi intensificada.
Carlos Cesar denunciou a retirada dos produtos como roubo e a Polícia Militar, em parceria com o setor de Inteligência do Distrito Federal, foi até o local onde estavam as mercadorias e apreendeu diversas caixas de instrumentos e acessórios, avaliados em cerca de US$ 3 milhões. Na época, de acordo com a reportagem do site G1, “a polícia informou que o roubo foi praticado na semana passada. Na ocasião, o vigia do local onde os instrumentos estavam estocados, em Luziânia, no entorno do DF, foi rendido e chegou a ser amarrado durante a ação. Devido à quantidade de produtos, o transporte foi realizado em 15 horas (das 9h até a meia-noite)”. Na ocasião, duas pessoas foram presas. O caso está sendo apurado e as partes, em litígio. A justiça determinou que a Washburn do Brasil é a fiel depositária das mercadorias da X Music. O mandado de segurança, expedido em outubro de 2015, foi ganho na justiça por Caputo, determinando que o corregedor esclareça dentro de 48 horas a decisão de ter nomeado Carlos Medeiros como fiel depositário da carga. O jornal Parlamento, de Goiânia, publicou uma grande reportagem de capa citando nominalmente, mesmo antes da apuração da polícia, o nome de Caputo. A edição on-line do periódico foi retirada da internet. A Washburn do Brasil continua operando normalmente. n
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