DESENVOLVIMENTO REGIONAL
“Portugal que Faz” debateu desafios do tecido empresarial da região face à crise pandémica
NERSANT defende formação profissional de excelência, melhores infraestruturas e correta distribuição do financiamento
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NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém acolheu a sexta e última conferência “Portugal que Faz”, uma iniciativa do Novo Banco que deu voz às associações empresariais para melhor entender os desafios e respostas de superação das empresas para os tempos de pandemia. Domingos Chambel, Presidente da Direção da NERSANT, integrou o painel de debate e defendeu que, para uma região competitiva, é necessário criar mais e melhores serviços de formação profissional - com cursos adequados à economia regional e com intervenção das empresas privadas na sua gestão - mais e melhores infraestruturas na região - nomeadamente a ligação da A13, em Almeirim, ao IC3, junto a Vila Nova da Barquinha - e uma correta distribuição do financiamento pelas empresas. No último ano, muitos foram os desafios impostos às empresas da região, que se viram obrigadas a encontrar novas
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RIBATEJO
formas de lidar com a crise pandémica e com todos os problemas que esta trouxe consigo. Foi precisamente para discutir esta adaptação e para encontrar algumas respostas, que surgiu a iniciativa “Portugal que faz”, uma atividade do Novo Banco que teve como objetivo dar voz às associações empresariais, de forma a entender quais os maiores desafios e respostas de superação para os tempos de pandemia. A NERSANT acolheu na Startup Santarém a sexta e última conferência digital no âmbito da iniciativa, e que contou, para além da presença habitual de António Ramalho, CEO do Novo Banco, e Carlos Andrade, economista-chefe da instituição bancária, que fizeram as intervenções iniciais, com os representantes das diversas associações ligadas a este território. Domingos Chambel, Presidente da Direção da NERSANT, foi um dos participantes no painel de debate. Confrontado com a desertificação desta região e com a migração das populações para as grandes
JANEIRO 2021
cidades – e com a possível alteração deste paradigma com a pandemia - o dirigente associativo referiu que “a falta de mão-de-obra qualificada” é o problema que mais afeta o desenvolvimento económico da região. “Não podemos promover esta região - nem o país pode promover-se no estrangeiro - com falta de mão-de-obra qualificada”, começou por dizer, acrescentando que a NERSANT já apresentou ao Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional a sua estratégia de desenvolvimento regional (PEDES 2020-2030), sendo um dos pontos principais da mesma “a criação de escolas profissionais de excelência para colmatar esta falha”. “E queremos chamar a nós, privados, essa responsabilidade. Como sabemos, neste momento, as escolas ligadas ao IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional, que são do Estado, não têm nos seus Conselhos de Administração, representantes do setor privado. Há aqui uma falha que nós, empresários, entendemos que tem de ser alterada. Não faz sentido que as escolas - profissio-
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