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LIDERANÇA E GESTÃO DE CONFLITOS MÓDULO I

LIDERANÇA SESSÃO 2 www.nova-etapa.pt


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Mód. I – Liderança – Sessão 2

ÍNDICE Módulo I – Liderança – Sessão 2

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Objetivos Pedagógicos

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Conteúdos Programáticos

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1. Equipa de Trabalho

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1.1. Características de Uma Equipa Eficaz

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1.2. Benefícios de Uma Equipa Eficaz

5

1.3. Obstáculos ao Trabalho em Equipa

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2. Motivação de Uma Equipa

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2.1. Automotivação – Segredo Para o Sucesso

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Módulo I – Liderança – Sessão 2

OBJETIVOS PEDAGÓGICOS No final desta sessão deverá ser capaz de: • Caracterizar uma Equipa Eficaz; • Identificar os Benefícios e Obstáculos do Trabalho em Equipa.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS • Benefícios e Obstáculos do Trabalho em Equipa; • Motivação de uma Equipa.

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1. EQUIPA DE TRABALHO Antes de entrarmos propriamente na definição e estruturação das equipas de trabalho, talvez seja útil procurarmos uma definição de grupo. O que é um grupo, afinal? Vejamos então uma definição de grupo: duas ou mais pessoas interagindo, partilhando um propósito comum, que se reconhecem a elas próprias como tendo uma relação singular, distinta das interações que têm com os outros. Uma equipa de trabalho é um tipo específico de grupo, que designámos de grupo formal, dada a sua formação não ser apenas espontânea, mas também dependente da intervenção de terceiros. A palavra “Equipa” ou “Equipe” deriva da palavra “esquif”, segundo Robert Lafon, e designava uma fila de barcos amarrados uns aos outros e puxados por homens. Seria à imagem dos barqueiros, puxando a mesma corda, que se atribuiria o nome de Equipe.

Podemos, então, dizer que a Equipa é “uma cooperação entre um número limitado de profissionais diferentes, dentro do mesmo campo de ação, que se consideram coletivamente responsáveis por uma realização, tendo portanto uma intenção comum e agindo no interior de uma estrutura definida, dentro de um quadro estável e organizado.”

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1.1 CARACTERÍSTICAS DE UMA EQUIPA EFICAZ

1.2 BENEFÍCIOS DE UMA EQUIPA EFICAZ Eis alguns dos principais benefícios resultantes da estrutura das equipas de trabalho: 

Melhor tomada de decisão – As decisões tomadas em grupo tendem a ser muito mais ricas e criativas do que as tomadas individualmente. Por outro lado, tem-se verificado

que,

em

grupo,

tomam-se

decisões

mais

arriscadas

que

individualmente. 

Maior rapidez e eficácia na concretização de objetivos – Cada equipa de trabalho tem objetivos a atingir. Através do grupo, cada elemento atinge muito mais rapidamente o seu objetivo porque os esforços de muitos e a diferenciação de papéis facilitam o desempenho e aumentam a produtividade, reduzindo significativamente o tempo da sua realização.

Divisão de tarefas – Uma das vantagens do trabalho em equipa é o facto de vários sujeitos poderem intervir numa tarefa comum, cada um contribuindo com as suas habilidades, capacidades e aptidões. A divisão de tarefas exige a diferenciação de papéis, o que consequentemente cria expectativas mútuas e 5 www.nova-etapa.pt


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condiciona a comunicação no seu interior, permitindo o aumento da cooperação entre os membros e o respeito de cada um pelo trabalho do outro.

Criação de laços de amizade – O grupo é tanto mais coeso e produtivo quanto maior for o grau de confiança entre os seus membros.

Segurança – Quando integrado no grupo, o sujeito conhece o pensamento do mesmo e, quase sempre, assume esse pensamento como seu. O facto de saber que mais alguém comunga das mesmas ideias e valores, dá segurança e força para o indivíduo se manifestar. Defender algo que se assume individualmente é muito mais difícil e perigoso.

Poder de influência face ao exterior – O poder da equipa é medido em função da sua capacidade para influenciar a organização ou o meio onde está inserida. À medida que o poder do grupo se faz notar, a sua influência aumenta significativamente. Em algumas organizações, equipas inovadoras intervêm como agentes de mudança. Dada a sua força e influência, é possível alterar atitudes no seio da empresa e criar uma dinâmica de inovação e empenhamento do pessoal.

1.3 OBSTÁCULOS AO TRABALHO EM EQUIPA EFICAZ Tal como diz o ditado, “não há bela sem senão” e também no caso do trabalho em equipa, por muitas que sejam as vantagens, existem alguns inconvenientes que, por si só, podem condicionar a progressão e a produtividade da equipa de trabalho. Vejamos, então, alguns:

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1. Pensamento grupal (resistência à mudança) – Equipas resistentes atuam como verdadeiros centros de contrapoder, resistindo à mudança e a toda e qualquer inovação. 2. Transformação do Eu em Nós (pressão social) – À medida que o grupo se desenvolve e estrutura, em favor à coesão, pode gerar-se algum conformismo e perda de liberdade de ação dos seus membros. Verifica-se que quanto mais coeso for o grupo, maior será a sua tendência para o conformismo.

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2. MOTIVAÇÃO DE UMA EQUIPA A Motivação humana é um tema que tem vindo a concentrar as atenções dos cientistas e estudiosos desde o início do século XX. Ter indivíduos sempre motivados talvez seja o maior desafio de um líder de equipa.

Muitas teorias contribuíram para uma melhor compreensão do indivíduo no ambiente de trabalho. Abraham Maslow talvez seja o mais conhecido pesquisador. Maslow cita o comportamento motivacional, que é explicado pelas necessidades humanas. Entende-se que a motivação é o resultado dos estímulos que agem com força sobre os indivíduos, levando-os a ação. Para que haja ação ou reação é preciso que um estímulo seja implementado, seja decorrente de uma situação externa ou proveniente do próprio organismo. Esta teoria dá-nos a ideia de um ciclo, o Ciclo Motivacional. Quando o ciclo motivacional não se realiza, sobrevém a frustração do indivíduo que poderá assumir várias atitudes:

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 Comportamento ilógico ou sem normalidade;  Agressividade por não poder dar vazão à insatisfação contida;  Nervosismo, insónias, distúrbios circulatórios/digestivos;  Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos;  Passividade, moral baixa, má vontade, pessimismo, resistência às mudanças, insegurança, não colaboração, etc.

Quando a necessidade não é satisfeita e não sobrevindo as situações anteriormente mencionadas, não significa que o indivíduo permaneça eternamente frustrado. De alguma maneira a necessidade será transferida ou compensada. Daí percebe-se que a motivação é um estado cíclico e constante na vida pessoal.

A teoria de Maslow é conhecida como uma das mais importantes teorias de motivação. Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa que no momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem meios para satisfazê-la. Poucas pessoas procurarão reconhecimento pessoal e status se suas necessidades básicas estiverem insatisfeitas.

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A PIRÂMIDE DE MASLOW E A SUA RELAÇÃO COM A MOTIVAÇÃO DOS COLABORADORES

AutoRealização

Necessidades de Estima

Necessidades Sociais

Necessidades de Segurança

Necessidades Fisiológicas

 Necessidades Fisiológicas: Aparecem na base da pirâmide e são básicas para a sobrevivência (alimento, repouso, reprodução). As empresas procuram satisfazer essas necessidades oferecendo refeições, horários adequados, intervalos de descanso, transporte, etc.  Necessidades de Segurança: Constituem o segundo nível da pirâmide. Trata-se da autopreservação, ou seja, de evitar o perigo físico, evitar a privação das necessidades fisiológicas, buscar a estabilidade. Algumas empresas oferecem seguro de vida e de acidentes, planos de saúde, etc., visando minimizar a insegurança dos seus empregados.  Necessidades Sociais: As pessoas sentem necessidade de serem aceites e de pertencerem a grupos, estabelecendo assim relações de amizade, afeto e amor. Quando não satisfeitas, tornam-se hostis, solitárias e deprimidas. O papel da empresa é de despertar no colaborador a importância do trabalho em equipa e aprimorar as relações humanas. 10 www.nova-etapa.pt


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 Necessidades de Estima: Nesta fase as pessoas passam a sentir necessidade de estima, ou seja, tanto de autoestima quanto de reconhecimento por parte dos outros. Querem prestígio, status e consideração. À empresa cabe reconhecer os esforços

do

trabalhador através de

elogios,

promoções, prémios

(não

necessariamente em dinheiro).  Necessidades de Auto-Realização: Aqui começa a predominar a necessidade de realizar aquilo de que se é capaz e de que realmente se gosta de fazer. São as necessidades mais elevadas e estão no alto da pirâmide de Maslow. As empresas podem atender a satisfação desta necessidade possibilitando ao trabalhador o uso da sua criatividade, da liberdade de expressão, de trabalhar naquilo que gosta, de maior autonomia na tomada de decisão, etc.

2.1

AUTOMOTIVAÇÃO – SEGREDO PARA O SUCESSO

Hoje em dia nada funciona sem envolvimento e motivação. Envolvimento é tomar toda e qualquer atividade como se fosse sua. Se você é vendedor, a empresa que representa é a sua empresa, a sua missão, os seus objetivos, são os mesmos que os seus. Você, em qualquer lugar que estiver, é a imagem da "sua empresa", seja perante um cliente ou junto a seu grupo de amigos. Você orgulha-se do que faz e da empresa que representa. Motivação, ou melhor, automotivação, é a vivência diária desse envolvimento. Esperar da empresa o reconhecimento do que se faz é realmente lógico, mas vem em segundo lugar. Ter grau máximo de satisfação e orgulho do que se faz, buscar a realização do "sempre pode se fazer mais", nunca se acomodar com o que está realizado, e acima de tudo transmitir esse sentimento, essa sensação, a toda a sua equipa, vai-lhe garantir motivação incondicional. Esperar sempre de si a busca da autossuperação, em qualquer tarefa, isso sim, garante motivação constante, independentemente das condições externas. Não se esqueça de que tudo começa de dentro para fora, incluindo o otimismo, a alegria, a satisfação e a motivação. 11 www.nova-etapa.pt


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Nos dias de hoje a motivação vem sendo um fator de extrema delicadeza a ser gerido pela administração. Cada indivíduo tem o seu valor, a sua contribuição para o desenvolvimento da organização. Sendo assim, o desenvolvimento da organização está intimamente relacionado com a motivação da equipa de trabalho. E lembre-se: Não são só as ações empresariais que tornam as pessoas felizes; são, principalmente, elas próprias.

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