SubMódulo 8.1 - Avaliação Quantitativa e Qualitativa

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eBook Avaliação da Formação e das Aprendizagens Sub-módulo 8.1“Avaliação Quantitativa e Qualitativa”


Formação Pedagógica de Formadores Avaliação Quantitativa e Qualitativa

FICHA TÉCNICA Título “Avaliação Quantitativa e Qualitativa” Autor António Mão de Ferro Coordenação Técnica Nova Etapa – Consultores em Gestão e Recursos Humanos Coordenação Pedagógica António Mão de Ferro Direção Editorial Nova Etapa – Consultores em Gestão e Recursos Humanos

Adaptação e Atualização Susana Martins Veronica Ghica Filmes Reedição e Grafismos - Bruno Lajoso

Nova Etapa Rua da Tóbis Portuguesa n.º 8 – 1º Andar, Escritórios 4 e 5 – 1750-292 Lisboa Telefone: 21 754 11 80 – Fax: 21 754 11 89

e-mail: info@nova-etapa.pt www.novaetapaworld.com

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Formação Pedagógica de Formadores Avaliação Quantitativa e Qualitativa

ÍNDICE

Competências a adquirir

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1. Introdução

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2. Avaliação - conceito, objeto, finalidades e níveis

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3. Tipos de avaliação quanto ao momento

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4. Indicadores e critérios de avaliação de aprendizagens

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5. Técnicas e instrumentos de avaliação

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5.1. Características

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5.2. Técnicas e instrumentos

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6. A Subjetividade na avaliação

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COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR

Pretende-se que, no final deste capítulo esteja apto a:  Distinguir diferentes níveis de avaliação dos resultados de formação;  Construir e aplicar instrumentos de avaliação em função de objetivos previamente definidos e que permitam verificar e controlar os resultados de aprendizagem, e eficiência e eficácia da formação;  Identificar causas de subjetividade na avaliação;

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1. Introdução A avaliação das aprendizagens dos formandos é uma das grandes componentes do processo avaliativo, e diz respeito à avaliação que mais comummente se utiliza para recolha sistémica de informação que permita medir o progresso dos formandos. Também permite ao formador obter feedback e adaptar permanentemente as estratégias pedagógicas.

Mas a recolha de informação é um processo complexo que pressupõe identificar a técnica e o instrumento que melhor se adapta ao momento, aos objetos e às finalidades da avaliação. Assim, para obter resultados concretos e adequados aos objetivos pretendidos, indicamos-lhe as técnicas e o leque de instrumentos utilizados na avaliação das aprendizagens bem como os critérios para a sua seleção e as regras para a sua conceção e aplicação. Apresentamos-lhe igualmente as principais características dos instrumentos de avaliação: validade, fidelidade e objetividade, principais erros que surgem na avaliação e formas de os ultrapassar.

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2. Avaliação – conceito, objeto, finalidades e níveis Conceito A avaliação é o processo de determinação da extensão com que os objetivos educacionais se realizam. Pode igualmente ser definida como a apreciação da qualidade ou do grau de eficácia de um processo de formação, que resulta da reflexão sobre todos os momentos e fatores que intervêm na formação, a fim de determinar quais podem ser, estão a ser, ou foram, os resultados da mesma. Objeto Na Formação Profissional deverão ser objeto de avaliação: 

O formador e os formandos;

O programa;

O próprio sistema de avaliação;

A entidade formadora.

Finalidades

A avaliação é um elemento integrante e regulador da prática educativa, permitindo uma recolha sistemática de informações que, uma vez analisadas, apoiam a tomada de decisões adequadas à promoção da qualidade das aprendizagens.

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Se associarmos os momentos de avaliação às suas principais finalidades verifica-se que:  A avaliação diagnóstica, tem como função diagnosticar o nível de conhecimento dos formandos sobre um determinado domínio do saber e orientar o formador em relação às estratégias metodológicas a aplicar. 

A avaliação contínua tem como funções: o controlar se os objetivos estabelecidos estão a ser atingidos, evitando o progresso na transmissão de outros conhecimentos se se constatar que os anteriores não estão a ser devidamente assimilados. o orientar e motivar, pois é através dos seus resultados que os formandos conhecem as suas carências e procuram os estímulos necessários para as ultrapassar. o fornecer feedback aos intervenientes na formação sobre o nível de aprendizagem dos formandos e consequentemente sobre o impacto das estratégias pedagógicas aplicadas, permitindo o controle de qualidade de cada ciclo do processo formativo.  A avaliação sumativa tem a função de classificar os formandos de acordo com níveis de aprendizagem pré-estabelecidos e expressos em objetivos iniciais. Tem assim um papel essencial na certificação, comparação e medição do sucesso e insucesso dos formandos.

Níveis de avaliação - Modelo de Kirkpatrick  Nível 1 - Avaliação da reação dos participantes à formação (mede o grau de satisfação dos formandos face à formação).  Nível 2 - Avaliação das aprendizagens efetuadas pelos participantes.

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 Nível 3 - Avaliação dos comportamentos dos participantes no contexto real de trabalho (transferência de conhecimentos adquiridos).  Nível 4 - Avaliação dos resultados da formação na Organização (impacto dos conhecimentos adquiridos no desempenho da organização).

3. Tipos de Avaliação Quanto ao Momento Existem três momentos fundamentais em que se deve proceder à avaliação:  fase inicial (Avaliação Diagnóstica);  ao longo da formação (Avaliação Formativa e Sumativa);  fase final (Avaliação Sumativa).

A Avaliação Inicial/Diagnóstica Permite identificar os conhecimentos e as aptidões que os participantes possuem antes de iniciarem novas aprendizagens. Pode

ainda

servir

para

verificar

as

expectativas, as necessidades e os gostos dos formandos. A avaliação diagnóstica possibilita que o formador saiba se os participantes já dominam alguns conteúdos do programa e se dominam os pré-requisitos necessários para o sucesso da formação.

O teste de diagnóstico deverá ser elaborado com rigor, de modo a verificar se determinadas aprendizagens necessárias para acompanhar a matéria estão ou não adquiridas. Esta avaliação permite ao formador decidir o ponto de entrada na aprendizagem. 8


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Avaliação Contínua Formativa

Uma vez iniciada a formação, o acompanhamento é feito através da

avaliação

avalia

em

formandos

formativa. que

Esta

medida

adquiriram

os os

conhecimentos e atingiram os resultados propostos no decurso da formação. Permite avaliar as causas dos insucessos na aprendizagem e prescrever alternativas.

Avaliação Contínua Sumativa

A avaliação sumativa é uma modalidade de avaliação das aprendizagens, de caráter classificativo e certificativo, que se processa através da realização de testes, provas e trabalhos, entre outros, e pela qual é medido o desempenho do formando face aos objetivos pedagógicos previamente definidos, visando aferir o respetivo grau de aprendizagem.1 A avaliação contínua sumativa ocorre no final de cada atividade formativa. Esta controla as competências adquiridas e verifica até que ponto os objetivos gerais da atividade foram atingidos.

Avaliação Final Sumativa

A avaliação final sumativa ocorre, tal como o nome indica, no final de todo o percurso formativo. Controla as competências adquiridas e verifica até que ponto os objetivos gerais da formação foram atingidos com vista à atribuição de uma classificação e obtenção de certificação. 1

http://certifica.dgert.mtss.gov.pt/

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A RETER

Na formação, há três momentos fundamentais em que se deve proceder à avaliação:  Avaliação Inicial Diagnóstica – início da formação;  Avaliação Contínua Formativa e Sumativa- ao longo da formação;  Avaliação Final Sumativa – final do percurso formativo;

4. Indicadores e critérios de avaliação de aprendizagens Os indicadores e os critérios de avaliação da aprendizagem estão relacionados com a definição de objetivos operacionais. Assim, é importante refletir sobre o quadro de referência/de partida que permitirá, numa fase posterior, proceder às avaliações pretendidas. Os

indicadores

observáveis

e

são

elementos

mensuráveis

que

sinalizam o grau de cumprimento do critério de avaliação.

Os critérios são fundamentais dentro do

processo

competências

de ou

avaliação

de

dimensões

de

avaliação e são, possivelmente, os mais complexos de todos porque garantem a consistência da avaliação.

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Exemplos de critérios e indicadores de uma dimensão de avaliação Dimensão de avaliação

Exemplos de indicadores de Critérios de avaliação

desempenho associados aos critérios de avaliação Estabelece-se que para o CURSO X será

1. Clareza na apresentação.

desejável os formadores alcançarem o nível 4 (MUITO BOM) nos critérios 2 e 5.

2. Domínio técnico das matérias. 3. Adequação dos métodos pedagógicos utilizados.

O desempenho dos formadores

4.Eficácia na motivação dos formandos para a participação nas

Relativamente aos restantes critérios será

atividades pedagógicas sugeridas.

desejável o cumprimento do nível 3 (BOM).

5. Eficácia na resolução de problemas colocados por parte dos formandos. 6.Diversidade na aplicação/exploração dos materiais pedagógicos.

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5. Técnicas e Instrumentos de Avaliação (Quanto ao Processo)

5.1 Características

Fiabilidade A fiabilidade ou confiabilidade de um instrumento de avaliação traduz em que medida um instrumento, quando utilizado com os mesmos indivíduos em condições idênticas, fornece resultados idênticos.

É um indicador da estabilidade e consistência dos resultados de um determinado instrumento. Validade A validade de um instrumento pode ser definida como a sua capacidade para medir o objeto.

A verificação da validade não se refere ao instrumento em si mesmo mas centra-se antes na análise do conteúdo do próprio instrumento e na produção dos seus resultados quando aplicado.

Três aspetos de validade podem ser avaliados operacionalmente: - de conteúdo - de construção - de critério

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Objetividade A objetividade de um instrumento é dependente do grau de estandardização do mesmo. A estandardização é uma qualidade estatística que expressa a uniformidade de conteúdo, de aplicação e interpretação de um instrumento de avaliação. 5.2 Técnicas e instrumentos de avaliação

O processo de avaliação da formação é realizado através de técnicas como: a) Observação; b) Formulação de perguntas; c) Medição.

a) Observação Esta é certamente a técnica mais utilizada na formação profissional,

embora

nem

sempre a mais fácil de realizar. Observam-se

continuamente

as reações dos formandos, a forma como se relacionam com o

grupo,

o seu nível

de

empenhamento, ou outros aspetos considerados fundamentais para uma avaliação rigorosa e eficaz tendo em conta a natureza específica do curso.

De forma a tirar o máximo proveito da observação, ela deve ser utilizada como técnica e não como um improviso. Assim, deverá:

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Inventariar previamente os itens que pretende observar, de acordo com os objetivos a atingir;

Observar discretamente, sem que o formando se aperceba que está a ser observado e avaliado.

Instrumentos para a Observação: Os instrumentos usados para a observação2 são:  Grelhas de Observação;  Listas de Ocorrências;  Escalas de Classificação.

Grelha de observação

Nela registam-se os factos com interesse para a avaliação (utilizada para visitas de estudo, sessões teóricas, práticas, etc.)

2 Adaptado de TIRA-PICOS e J. SAMPAIO (1994), A Avaliação na Formação Profissional – Técnicas e Instrumentos, Lisboa, Edições IEFP, colecção Formar Pedagogicamente,

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Exemplo: FICHA DE OBSERVAÇÃO Assunto:

Lista de ocorrências

Elaborada previamente, indica os comportamentos que se espera que venham a ocorrer, tornando a observação mais fácil de registar e objetiva.

Exemplo: Formando

EMPENHAMENTO

PARTICIPAÇÃO

A

RIGOR NA EXECUÇÃO

3

B

3

C

Pode ser complementada com uma escala de valores: 4 - Excelente; 3 - Bom; 2 - Suficiente; 1- Insuficiente 

Escala de classificação

Permite atribuir um determinado grau, numa escala progressiva.

Exemplo: O formando relativamente ao EMPENHAMENTO que demonstrou:

Nenhum

Pouco

Regular

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Bom

Muito Bom


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b) Formulação de Perguntas As perguntas permitem avaliar dados cognitivos, e por vezes afetivos. Estas podem ser feitas aos formandos de duas formas: - Oralmente - Avaliação Oral; - Por escrito - Avaliação Escrita.

 Avaliação Oral Possibilita avaliar um formando de cada vez e conhecer com clareza os conhecimentos de cada um. No caso de

existirem

possibilidade

dúvidas de

os

a

elucidar

prontamente.

Regras para proceder à avaliação oral  Elaborar previamente a lista de perguntas a fazer aos formandos;  Fazer perguntas claras, o mais curtas possível, e com linguagem adaptada aos formandos;  Reformulá-las sempre que necessário;  Quando se tratar de avaliação formativa, dirigir as perguntas para o grupo. Só depois de um período de reflexão do grupo, se deverá dirigir expressamente a um formando;  Procurar obter respostas de um maior número possível de formandos e não apenas dos mais participativos.

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 Avaliação Escrita

Consiste em apresentar ao formando documentos escritos aos quais ele terá de responder também por escrito. Como instrumentos

de

avaliação

escrita

poderão ser utilizados os testes.

Os testes, numa perspetiva pedagógica, destinam-se a recolher dados sobretudo no domínio cognitivo. Englobam-se em 2 grandes categorias:  Testes de produção ou resposta aberta – que se subdividem em testes de produção curta e testes de produção longa;  Testes de seleção ou resposta fechada – neste tipo de testes são fornecidos ao formando a pergunta e as respostas, devendo ele selecionar a correta entre as várias hipóteses apresentadas. Neles englobam-se os testes designados por:

Verdadeiro/falso ou dupla seleção

Completar ou de preenchimento

Emparelhamento ou correspondência

Escolha múltipla (americano).

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Instrumentos para a Avaliação Escrita: Para a avaliação escrita os instrumentos são os seguintes:

Teste de Produção Curta Resposta Aberta Teste de Produção Longa

Resposta Fechada ou de Seleção:  Questões Verdadeiro/Falso;  Questões de completar;  Emparelhamento.  Questões de escolha múltipla.

Vejamos alguns exemplos e regras para conceção de cada um deles:  Teste de resposta/produção curta

Consiste em apresentar as questões ao formando pedindo-lhe que forneça as respostas de forma sucinta (ex. numa palavra, frase, em 3 linhas, etc.).

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Exemplo:

Instruções: Responda às seguintes questões de forma sucinta, no máximo

de 2 linhas. 1. Enumere as técnicas de avaliação utilizadas na formação profissional. 2. Mencione uma vantagem da avaliação pela observação. 3. Refira dois instrumentos de avaliação utilizados na técnica da observação.

Eis algumas regras para conceber testes de produção curta:  O texto deve ser claro e o mais curto possível;  Deve indicar a quantidade de respostas que se pretendem, ou a extensão das mesmas;  As respostas solicitadas devem ser homogéneas e semelhantes em extensão.  Teste de resposta/produção longa

Neste tipo de teste apresentam-se as questões ao formando permitindo que ele responda de forma a dar largas à sua imaginação. São ideais para avaliar matérias complexas, o espírito crítico, a capacidade de julgar, a criatividade, etc.

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Exemplo: Instruções: Responda às seguintes questões, não excedendo duas páginas por resposta. 1- Inventarie as principais causas da subjetividade na avaliação e aponte soluções para as ultrapassar. 2- Relativamente às diferentes técnicas de avaliação, refira os seguintes aspetos: 2.1- Áreas do saber onde podem ser utilizadas. 2.2- Principais vantagens.

Eis algumas regras para conceber testes de produção curta: 

O texto deve ser o mais claro e curto possível;

Limitar o âmbito da questão (forma, quantidade);

Indicar claramente o que se pretende;  Sempre que possível, subdividir a pergunta em frações tornando as perguntas menos longas.

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 Teste de Questões Verdadeiro/Falso

Consiste em formular afirmações que o formando deverá indicar como verdadeiras ou falsas. Exemplo: Instruções: Assinale com um X no quadrado correspondente, conforme considere as

afirmações verdadeiras (V) ou falsas (F). V F 1. O ano bissexto ocorre de três em três anos. 2. O ano comum tem 366 dias. 3. No hemisfério sul, a estação do ano mais quente é o Inverno. 4. Portugal está situado no hemisfério norte.

Eis algumas das regras para conceção deste tipo de testes de seleção:  O texto deve ser: - claro

e o mais curto possível;

- afirmativo; - conciso,

contendo apenas uma ideia, totalmente falsa ou

totalmente verdadeira.  As instruções devem indicar claramente a forma de proceder para que o formando indique a sua opção.

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 Teste de Questões de Completar

Consiste em apresentar ao formando frases incompletas, solicitando-lhe que as complete para que tenham sentido. Exemplo

Instruções: Complete as afirmações seguintes escrevendo a palavra adequada nos espaços em branco: 1- Um jogo de futebol joga-se com ______ jogadores por equipa. 2- Cada jogo tem a duração de ______, dividido em ______ partes. 3- Sempre que necessário o jogo prolonga-se por mais ______ minutos, período esse que se designa por ______.

Algumas das regras indispensáveis à elaboração de questões de completar:  O texto deve ser claro e o mais curto possível;  A frase deve ter sentido lógico, apesar dos elementos omitidos;  Só se devem omitir elementos importantes;  Não se devem fornecer pistas gramaticais (por exemplo, artigos como a, o, as, os etc.);  Os elementos omitidos devem fazer parte do meio ou final da frase (nunca omitir a primeira palavra da frase);  Só deve ser possível uma única resposta, para evitar a ambiguidade.

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Teste de Emparelhamento

Trata-se de fornecer ao formando dois grupos (série, colunas) de elementos, pedindo-lhe para os emparelhar, associar ou ligar entre si, atendendo à sua afinidade, razão pela qual são conhecidos por testes de correspondência, associação, etc.

Os grupos podem ser constituídos só por frases, por frases e símbolos, ou apenas por símbolos.

Este tipo de teste é sobretudo utilizado para recolher dados no domínio cognitivo.

Exemplo (dois grupos a emparelhar, com frases) Instruções: Associe os sectores de atividade económica (coluna A), com as profissões que lhe correspondem (coluna B), ligando-os através de uma linha, tendo em consideração que a cada elemento da coluna A pode corresponder um ou mais elementos da coluna B.

COLUNA A

COLUNA B - Médico

- Sector Primário

- Agricultor

- Sector Secundário

- Jornalista

- Sector Terciário

- Torneiro Mecânico - Pastor

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Regras para conceção dos testes de emparelhamento:

1. As instruções devem ser claras e precisas, indicando a forma de proceder ao emparelhamento;

2. Para evitar o acerto ao acaso, uma das listas deve conter mais um ou dois elementos do que a outra, os quais não deverão ser corretos.

 Teste de Questões de Escolha Múltipla

Consiste em apresentar uma questão ao formando, fornecendo-lhe ao mesmo tempo várias respostas, entre as quais terá de selecionar a(s) correta(s).

Nos testes de Escolha Múltipla temos os de Complemento Simples e os de Complementos Agrupados. Vejamos um exemplo de Complemento Simples:

Exemplo de teste de Questões de Escolha Múltipla Instruções: Marque com um “X” o quadrado da resposta certa: - O primeiro homem a aterrar na lua foi: Yuri Gagarine Alan Shepard Vladimir Komarov Neil Armstrong John Gleen

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Neste tipo de testes, tal como em todos os testes de seleção ou resposta fechada, existe a possibilidade de acerto ao acaso, pelo que se deverá considerar descontos para o caso de respostas erradas.

Algumas das regras de elaboração de testes de escolha múltipla:

1. Redigir as questões com clareza e sem palavras desnecessárias;

2. Introduzir no tronco todos os elementos, para que não haja necessidade de os repetir na lista de escolhas;

3. As instruções devem ser claras e objetivas, indicando se há apenas uma resposta certa ou errada;

4. Os distratores e a resposta certa deverão ser homogéneos em extensão, lógicos e coerentes;

5. A resposta certa deve aparecer na lista de escolhas (evitar a tendência de a colocar sempre no meio);

6. Conceber sempre que possível, cinco alternativas (reduz a probabilidade de acerto ao acaso);

7. Se estiverem previstas penalizações por respostas erradas, tal deve estar indicado nas instruções.

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c) Medição Esta técnica consiste em medir determinadas performances de execução do formando. É indispensável para a avaliação de tarefas de execução prática (domínio psicomotor). A medição pode ser quantitativa ou qualitativa por classificação.

Nota: Poderá consultar as grelhas de medição disponibilizadas no manual integral 8.1“Avaliação Quantitativa e Qualitativa”.

A RETER

Grelhas de Observação Observação

Lista de Ocorrências Escala de Classificação

Formulação de perguntas

Avaliação Oral Resposta Aberta

Avaliação Escrita

Resposta Fechada Medição

Quantitativa Qualitativa

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Teste Produção Curta Teste Produção Longa - V/F - Completar - Emparelhamento - Escolha Múltipla


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6. A Subjetividade na Avaliação

Das funções a desempenhar pelo formador a avaliação é, sem dúvida, uma

das

mais

complexas

pela

subjetividade inerente. No entanto, é preciso não ignorar que a eficácia de toda a ação depende do controlo ao modo

como

se

desenvolve

e

à

avaliação dos seus resultados.

Eis algumas das principais causas da subjetividade presentes no momento da avaliação:  A informação prévia;  O efeito de “halo”;  O efeito da estereotipia;  Ausência de critérios comuns;  A classificação das provas umas em relação às outras;  O efeito da ordem de correção;  A infidelidade do mesmo avaliador.

Informação Prévia Geralmente o conhecimento da informação prévia tende a influenciar o avaliador, podendo criar um preconceito e repercussões sobre a classificação do formando.

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Exemplo: Se o formador recebe informações sobre um formando antes de iniciar a sessão essa informação poderá condicionar a relação estabelecida e a forma como este será avaliado. “Efeito de Halo” Diz respeito à impressão produzida por uma pessoa ao ser avaliada ao nível da sua aparência física, que poderá condicionar a sua avaliação. Exemplo: Um formando de aparência física atraente tende a ser percebido como simpático, inteligente, empreendedor, enquanto um formando pouco atraente tende a ser percebido como antipático, de raciocínio lento e preguiçoso.

Efeito de Estereotipia Tem a ver com a imutabilidade de quem avalia. Refere-se aos enviesamentos que podem ser introduzidos na avaliação, produzidos por juízos de valor sobre os indivíduos sujeitos à avaliação. A formação de estereótipos é um processo normal e inconsciente. Estas estereotipias podem afetar as nossas expectativas e o modo como comunicamos com as pessoas. Exemplo: Um formador que avalia um formando de modo menos abonatório por este ter um brinco no nariz. Ausência de Critérios Comuns A maior parte da subjetividade presente na avaliação tem como causa a ausência de critérios comuns aos diferentes avaliadores. Com objetivos

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definidos operacionalmente e partilhados pelos diferentes avaliadores, evitase a utilização de um critério pessoal, diferente dos outros avaliadores.

Classificação das Provas umas em Relação às Outras Refere-se à classificação de cada prova de um modo geral, mas tendo sempre por referência o valor médio das outras provas, que servem de padrão para a comparação e para a atribuição de notas.

Exemplo: Um formador, após corrigir 5 provas excelentes, depara-se com uma prova que apenas está boa, levando-o a avaliar este última abaixo do que realmente merece.

Efeito da Ordem de Correção Compreende dois tipos de efeitos: - Efeito de contraste: suceder na ordem de correção de uma prova “brilhante” revela-se em princípio desfavorável, uma vez que o avaliador está de certa forma influenciado pelas características da prova anterior. O inverso também poderá acontecer. - Efeito de âncora: um conjunto de provas podem ser sobrestimadas ou subestimadas pela proximidade de uma (ou várias) prova(s) considerada(s) boa(s), ou pelo contrário, fraca(s). A estas provas atribui-se a designação de “âncora(s)” uma vez que servem de ponto de referência para avaliações subsequentes.

Infidelidade do mesmo Avaliador Resulta da discordância ou infidelidade do mesmo avaliador na atribuição de notas às mesmas provas, mas em momentos diferentes.

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Exemplo: Corrigir uma prova após uma discussão com o patrão ou após um jogo de futebol em que a nossa equipa venceu. São dois exemplos de momentos que podem gerar notas distintas na mesma prova. Quanto maior for o intervalo de tempo entre a correção, maior é o grau de discordância na classificação.

Deixamos-lhe de seguida uma síntese com as principais ideias subjacentes a este sub-módulo. Esta síntese é apenas um compêndio, uma vez que poderá aprofundar e explorar mais este tema no manual que também lhe é disponibilizado na plataforma.

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