(R)Síntese_Sub-Módulo 1.1

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Formação Pedagógica de Formadores

Sub-Módulo 1.1 Formador: Contextos de Intervenção

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Formação Pedagógica de Formadores

Formador: Contextos de Intervenção

Índice • Políticas de Educação e Formação • Sistema Nacional de Qualificações (SNQ) • Conceitos e Princípios da Formação Profissional •

Atividade do Formador e o seu Enquadramento Legal

• Ética e Deontologia do Formador • Perfil do Formador

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Políticas de Educação e Formação O Novo Paradigma da Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV) •

Os conhecimentos que adquirimos nas várias fases da vida, infância, juventude e em adulto, são limitados no tempo.

As aprendizagens consideradas válidas deixam de ser apenas as que são realizadas em contexto formal (escolas), e passam a integrar também as consumadas em contextos não-formais e informais.

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Políticas de Educação e Formação • Surge o paradigma “Aprendizagem ao longo da vida” que é reconhecido pelo Conselho Europeu de Lisboa através de um memorando. • Este memorando define o conceito de Aprendizagem ao Longo da Vida como:

“Toda a atividade de aprendizagem em qualquer momento da vida, com o objetivo de melhorar os conhecimentos, as aptidões e competências, no quadro de uma perspetival pessoal, cívica, social e/ou relacionada com o emprego.”

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O Sistema Nacional de Qualificações •

Face ao novo paradigma de que é necessário aprender ao longo da vida, procederam-se a reformas no Sistema de Educação e Formação.

O processo de reforma do Sistema de Educação e Formação Português iniciou-se em 2007, tendo conduzido à criação do Sistema Nacional de Qualificações (SNQ).

O Sistema de Educação e Formação apenas considerava válidas as habilitações escolares. Com a reforma, o SNQ passou a abranger as qualificações escolares e profissionais, integrando-as com objetivos e instrumentos comuns e sob um novo enquadramento institucional.

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O Sistema Nacional de Qualificações O SNQ assumiu como principais desígnios: • Aumentar a escolaridade mínima obrigatória para o 12º ano ou 18 anos de idade; •

Aposta na qualificação de dupla certificação (escolar e

profissional): - quer através do aumento e generalização da oferta de cursos de educação e formação profissional (jovens e adultos); - quer através do reconhecimento, certificação e validação de competências de aprendizagens formais, informais e não formais.

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O Sistema Nacional de Qualificações Esta reforma da formação profissional centrou-se muito na oferta de formação dirigida a adultos diversificando a oferta de cursos profissionalizantes,

possibilitando

assim

a

progressão

profissional.

Destaca-se como aspeto central da reforma, a criação de cursos de dupla certificação (qualificação profissional e qualificação escolar).

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escolar

e


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O Sistema Nacional de Qualificações Os Instrumentos do SNQ Para atingir os objetivos, o SNQ consagrou como principais instrumentos: – O Catálogo Nacional de Qualificações; – O Quadro Nacional de Qualificações; – O Passaporte Qualifica;

– O Sistema Nacional de Créditos do Ensino e Formação Profissionais.

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O Catálogo Nacional de Qualificações • Instrumento de gestão das qualificações nacionais de nível não superior. Funciona como instrumento de regulação da oferta formativa dos cursos profissionais. • O Catálogo reúne os percursos de qualificação considerados mais relevantes, está

organizado em módulos de formação (Unidades de

Formação de Curta Duração – UFCD) e abrange todos os setores de atividade. • A cada UFCD corresponde um determinado número de créditos (creditável), permite que sejam acumuláveis com vista à obtenção de uma qualificação. © Copyright Nova-Etapa, todos os direitos reservados


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O Quadro Nacional de Qualificações • Desde 1 de Outubro de 2010 que está em vigor o atual Quadro Nacional de Qualificações. Este constitui-se como um quadro para classificar todas as qualificações produzidas no âmbito do sistema educativo e formativo nacional.

• O Quadro Nacional de Qualificações está estruturado, à semelhança do Quadro Europeu e dos da maioria dos países EU, em 8 níveis de qualificação.

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O Quadro Nacional de Qualificações Níveis de

Qualificações

qualificação Nível 1

Nível 2

2.º ciclo do ensino básico 3.º ciclo do ensino básico obtido no ensino básico ou por percursos de dupla certificação

Nível 3

Ensino secundário vocacionado para prosseguimento de estudos de nível superior Ensino secundário obtido por percursos de dupla certificação ou

Nível 4

ensino secundário vocacionado para prosseguimento de estudos de nível superior acrescido de estágio profissional

Nível 5

Qualificação de nível pós-secundária não superior com créditos para prosseguimento de estudos de nível superior

Nível 6

Licenciatura

Nível 7

Mestrado

Nível 8

Doutoramento

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O Quadro Nacional de Qualificações O Quadro Nacional de Qualificações assenta em resultados de aprendizagem (Learning Outcomes) para caracterizar cada nível de qualificação, e não nos tradicionais conteúdos a transmitir (inputs). Conceito-Chave Resultado de Aprendizagem: “O enunciado do que um aprendente conhece, compreende e é capaz de fazer aquando da conclusão de um processo de aprendizagem, descrito em termos de conhecimentos, aptidões e atitudes” . (Quadro Europeu de Qualificações, 2008)

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Passaporte Qualifica O Passaporte Qualifica substitui a Caderneta Individual de Competências e é um instrumento tecnológico de registo das

qualificações

e

competências

adquiridas

ou

desenvolvidas ao longo da vida do adulto e de orientação para percursos de aprendizagem.

Este Permite: •

manter atualizado o registo detalhado das competências adquiridas e das formações realizadas pelo adulto;

orientar o seu detentor para percursos de qualificação através da simulação de diversos percursos de qualificação possíveis para a obtenção de novas qualificações e/ou progressão escolar e profissional;

aos empregadores uma avaliação mais imediata da adequação das competências do seu titular a um determinado posto de trabalho. © Copyright Nova-Etapa, todos os direitos reservados


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Sistema Nacional de Créditos do Ensino e Formação Profissionais O desenvolvimento do sistema de créditos assenta em três dimensões complementares: •

a atribuição de pontos de crédito às aprendizagens formalmente certificadas no âmbito do SNQ, nomeadamente às qualificações que integram o Catálogo Nacional de Qualificações (CNQ) e respetivas unidades;

a acumulação de pontos de créditos relativos a essas mesmas aprendizagens e

a transferência dos pontos de crédito obtidos no âmbito de percursos formativos.

Prevê -se que os pontos de crédito sejam atribuídos às qualificações que integram o CNQ, de acordo com o nível de

qualificação definido no Quadro Nacional de Qualificações e em sintonia com o Sistema Europeu de Créditos para o Ensino e Formação Profissionais (ECVET).

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Conceitos e Princípios da Formação Profissional O conceito de Formação Profissional “Conjunto de atividades que são organizadas e desenvolvidas com o objetivo de habilitar as pessoas no desempenho de determinadas profissões, ou seja, proporcionar aos indivíduos em situação de formação, oportunidades e meios para que adquiram um conjunto de saberes de vários domínios.”

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Conceitos e Princípios da Formação Profissional Formação Profissional – Domínios do Saber

Saber-saber

• Conjunto de conhecimentos gerais ou especializados, designados por conhecimentos teóricos

Saber - Fazer

• É o conjunto de aptidões/capacidades práticas (utilização de instrumentos, equipamentos e métodos). Refere-se à operacionalização dos saberes técnicos, tecnológicos e científicos.

Saber-ser/ Estar/Evoluir

• Conjunto de atitudes e comportamentos (competências sociais e relacionais) necessários para o exercício da função.

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Conceitos e Princípios da Formação Profissional Definição de Competência No Quadro Nacional de Qualificações, competência é definida como: Capacidade demonstrada de mobilizar os conhecimentos, aptidões e atitudes com vista à resolução de uma determinada situação-problema, num determinado contexto profissional.

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Conceitos e Princípios da Formação Profissional Tipos de Formação, Modalidades de Formação e de Intervenção Tipos de Formação Profissional

Modalidades de Formação Profissional

Modalidade de Intervenção Formativa (Forma de Organização)

- Cursos de educação e formação de jovens Jovens

- Cursos de aprendizagem - Cursos profissionais Presencial - Cursos de especialização tecnológica (CET)

Inicial

Jovens e Adultos

Adultos

- Formações modulares - Cursos de Educação e Formação de Adultos

eLearning

(EFA) - Formação de atualização Contínua

Ativos

- Formação de reconversão - Formação de aperfeiçoamento - Formação de reciclagem

Dentro das modalidades de formação consideram-se ainda: •Formação para Públicos Diferenciados •Formação em Contexto de Trabalho © Copyright Nova-Etapa, todos os direitos reservados

bLearning


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Atividade do Formador e o seu Enquadramento Legal A atividade de formador, encontrava-se já regulamentada desde 1994, através do Decreto Regulamentar n.º 64/94 de 18 de novembro, tendo sofrido alterações com a publicação da Portaria n.º 214/2011 de 30 de maio.

(vidé manual)

Ética e Deontologia do Formador Na sua atuação, o formador tem de agir sobre as formas de pensamento e até sobre os sistemas de valores pessoais dos indivíduos e das organizações. Importa pois que o formador atue de forma condigna e respeitadora dos direitos de todos os atores presente na formação. Um Código Deontológico é uma ferramenta fundamental para a concretização destes objetivos. (Poderá encontrar o código que elaborámos no manual).

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Perfil do Formador Conforme constante no referencial do IEFP, O formador é: o técnico que atua em diversos contextos, modalidades, níveis e situações de aprendizagem, com recurso a diferentes estratégias, métodos, técnicas e instrumentos de formação e avaliação, estabelecendo uma relação pedagógica diferenciada, dinâmica e eficaz com múltiplos grupos ou indivíduos, de forma a favorecer a aquisição de conhecimentos e competências, bem como o desenvolvimento de atitudes e comportamentos adequados ao desempenho profissional, tendo em atenção as exigências atuais e prospetivas do mercado de emprego. (IEFP, 2012)

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Competências Nucleares do Formador (Core) O Formador deve possuir competências nucleares consideradas de base para o desempenho da função: ÁREA DE INTERVENÇÃO

MACRO COMPETÊNCIA

PREPARAÇÃO E PLANEAMENTO DA FORMAÇÃO

Preparar e planear o processo de aprendizagem

CONCEÇÃO DA FORMAÇÃO

Conceber os produtos de formação

Facilitar o processo de aprendizagem

UNIDADE DE COMPETÊNCIA

 

Analisar o contexto de intervenção da formação Planear sessões de ensino- aprendizagem: - Elaborar planos de sessão - Definir objetivos - Selecionar conteúdos, métodos e instrumentos de avaliação

 

Desenhar programas de formação Conceber/explorar recursos didático e multimédia

Aplicar técnicas diferenciadas de interação pedagógica e de dinamização de grupos Relacionar os conteúdos com as vivências e realidade socio-profissional dos formandos Favorecer a participação/interação dos formandos

 

DESENVOLVIMENTO DA FORMAÇÃO

Gerir Networking

Gerir a diversidade

Utilizar e Gerir Plataformas Colaborativas e de Aprendizagem

Aplicar metodologias de gestão da diversidade no contexto da formação Gerir os diferentes ritmos de aprendizagem dos formandos

 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO

Acompanhar e avaliar as aprendizagens as aprendizagens

 

Utilizar diferentes tipos de avaliação (inicial, formativa e sumativa) Conceber os instrumentos de avaliação da Formação e das Aprendizagens Atribuir e reportar resultados da Formação e das Aprendizagens

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Quadro síntese das competências Nucleares (Core) As principais competências requeridas para o exercício da função de Formador encontram-se sistematizadas no quadro seguinte: Competências Nucleares do Formador 

Preparar e planear o processo de aprendizagem

Facilitar o processo de aprendizagem orientando para o formando

Acompanhar e avaliar as aprendizagens

Gerir a dinâmica de aprendizagem ao longo da vida

Explorar recursos multimédia e plataformas colaborativas

Gerir a diversidade (pedagogia diferenciada e pedagogia inclusiva)

Adotar atitudes de empreendedorismo e criatividade

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Perfil do Formador Assim, para que o formador seja competente, deverá mobilizar um conjunto de conhecimentos, aptidões, comportamentos e atitudes, das quais se distinguem: • Gestão das relações interpessoais (cooperação, trabalho em equipa, motivação, coordenação de trabalhos); • Características individuais (autonomia, assertividade, flexibilidade, resolução de problemas, espírito de iniciativa e de inovação, capacidade criativa e empreendedora, comunicação); • Conhecimento sobre o Sistema Nacional de Qualificações, nomeadamente das diferentes modalidades de Educação e Formação Profissional; • Domínio de plataformas e redes de interação online.

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Competências do Formador – Novos Focos de Intervenção Ao formador é ainda exigido que mobilize conhecimentos, aptidões e atitudes nos seguintes núcleos temáticos: Novos contextos de formação Tecnologias de informação e comunicação

Criatividade pedagógica

Cidadania e igualdade de género

Trabalho em equipa e parceria

Formador

Diversidade social e ética

Marketing e consultoria

Empreendedorismo

Gestão de projetos

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Formador: Contextos de Intervenção

Empreendedorismo (enquanto competência emergente) A designação de “Empreendedor” vem do francês “entrepreneur” que caracteriza aquele que assume riscos e começa algo de novo. Sengundo Longenecker, “o empreendedor é a pessoa que inicia e/ou opera um negócio para realizar uma ideia ou um projeto pessoal, assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente”.

O conceito de empreendedorismo está presente em qualquer área de atuação, incluído a área da formação, e encerra em si mesmo ideias de “Iniciativa”, “Criatividade” e “Inovação”. O Espírito Empreendedor pressupõe assim que haja a transformação e a mudança de algo.

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Assim, o empreendedor deve possuir: •Iniciativa •Capacidade de comunicação •Pensamento positivo •Disposição para correr riscos e assumir responsabilidades •Capacidade de planeamento e de organização do trabalho •Capacidade de definição de metas e de objetivos a atingir •Aproveitamento de oportunidades - proativo •Procura e gestão da informação •Exigência de qualidade e eficiência •Compromisso •Autonomia •Persuasão •Independência •Confiança e autoconfiança •Persistência •Intuição •Liderança •Inovação •Criatividade •Ousadia •Resistência ao stress

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Formador: Contextos de Intervenção

Philipe Perrenoud, apresenta-nos uma proposta das 10 competências emergentes para um profissional competente do século XXI: •Organizar e animar situações de aprendizagem; •Gerir a progressão das aprendizagens; •Conceber e fazer evoluir dispositivos de diferenciação pedagógica; •Comprometer os formandos com sua aprendizagem e seu trabalho; •Trabalhar em equipa; •Participar da gestão da instituição formadora;

•Informar e inserir os restantes atores do processo formativo (responsáveis, chefias, parceiros, pares, etc.); •Usar novas tecnologias; •Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão;

•Gerir a sua própria formação contínua.

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A Nova Etapa deseja-lhe um

Bom Trabalho!


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