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AUXILIAR DE MÉDICO VETERINÁRIO Módulo I

Os nossos animais de companhia: o Cão e o Gato

www.nova-etapa.pt


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Ficha Técnica

TÍTULO Auxiliar de Médico Veterinário

AUTORIA Sofia Arvela

COORDENAÇÃO GERAL E PEDAGÓGICA Nova Etapa – Consultores em Gestão e Recursos Humanos, Lda.

ANO DE EDIÇÃO 2014

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ÍNDICE DO MÓDULO 1 OBJETIVOS

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1.História e Evolução da Espécie Canina e Felina

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1.1. A história e evolução da Espécie Canina

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1.1.1. A origem do cão

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1.1.2. O papel do lobo na ecologia

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1.1.3. O lobo como única origem do cão

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1.1.4. As diferentes competências desenvolvidas pelo cão

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1.1.5. A evolução no comportamento do cão

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1.2. A história e evolução da Espécie Felina

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1.2.1. A origem dos felinos

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1.2.2. Particularidades anatómicas da espécie felina

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1.2.3. Características comportamentais do gato

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2.Introdução às Diferentes Raças Caninas e Felinas

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2.1. Raças Caninas Estrangeiras

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2.2. Raças Caninas Portuguesas

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2.3. Raças Felinas

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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AUTO-AVALIAÇÃO

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No final deste módulo o formando deve ser capaz de : Localizar o continente onde surgiu a espécie canina; Identificar as funções que o cão desempenhou para “servir” o homem; Descrever a evolução do comportamento da espécie canina, em relação à sua espécie antecessora, o lobo; Reconhecer as entidades responsáveis pela manutenção dos “standars” raciais tanto para a espécie canina como para espécie felina; Especificar as raças caninas portuguesas (raças autóctones); Enumerar as raças estrangeiras caninas e inseri-las no grupo a que pertencem segundo a F.C.I.; Listar uma determinada raça felina na sua categoria.

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1. História e Evolução da Espécie Canina e Felina

1.1. A história e evolução da Espécie Canina Para compreender o cão é imprescindível entender o lobo, que está a atravessar um momento difícil na sua sobrevivência.

1.1.1. A origem do cão A origem da espécie canina é o continente Americano. Os primeiros exemplares surgiram na zona dos Estados Unidos da América e Canadá, migrando progressivamente para a América do Sul, posteriormente atravessaram o estreito de Bering, chegando à Europa.

Fig. 1: Canis lupus familiaris

1.1.2. O papel do lobo na ecologia Nas florestas ainda virgens, onde existe uma fauna florescente, o lobo exerce um papel limitador das populações selvagens de herbívoros, como são exemplo os veados, gamos, corços e javalis. Se o número de exemplares destas espécies aumentasse muito, colocariam em perigo a vegetação existente. Desta forma o lobo seleciona as presas mais débeis e doentes, deixando livres as mais vigorosas, fugidias e difíceis de caçar. Isto contribui para a manutenção das populações de herbívoros dentro de limites toleráveis e elimina os indivíduos menos dotados, favorecendo a seleção natural das espécies.

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Fig. 2: Gamo

Outro papel ecológico importante do lobo é o de super predador, ou seja, persegue e elimina outros predadores como, por exemplo, a raposa, mustelídeos e dingos. Nas regiões de onde os lobos desapareceram observa-se um notável e perigoso aumento destes animais, com a deterioração do equilíbrio ecológico da zona. 10 1.1.3. O lobo como única origem do cão 20 Alguns estudiosos afirmam que é pouco provável que o cão descenda de uma única espécie, devido à grande variedade de raças e tamanhos, que variam desde exemplares de 0.5 kg de peso até 90 kg, estas diferenças de peso entre exemplares da mesma espécie não existem tão acentuadamente. Para compreender a teoria do “lobo como única origem” o professor Albert Herre (1868-1962), um reputado zoólogo americano, realizou uma experiência de cruzamentos de loba com caniche macho denominando os seus descendentes de puwos. A primeira geração (F1) resultou num conjunto de animais mestiços (puwos), com características similares, que não se pareciam nem ao lobo nem ao caniche. Herre verificou quando cruzou F1 x F1 que obteve animais com inúmeras variações, isto é animais muito heterogéneos: com orelhas caídas, levantadas, grandes, pequenas, diversos tamanhos, diferentes tipos de pelagem, etc. Por outro lado quando cruzou F1 x Loba obtiveram-se animais muito homogêneos.

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Com esta experiência demonstrou-se que as diferentes características surgiam do cruzamento de animais com características semelhantes (puwos). Comprovou-se ainda que a morfologia não estava relacionada com o carácter, pois alguns animais que apresentavam um aspeto inofensivo de caniche podiam ser agressivos como um lobo e vice-versa. Konrad Lorenz (1903-1989), conhecido prémio Nobel, desenvolveu um estudo baseado na teoria que a origem do cão havia resultado do cruzamento entre lobos e chacais, no entanto esta ficou posta de parte devido a recentes estudos genéticos que comprovaram novamente a origem do cão na espécie lobo. No entanto não devemos desmerecer o grande desempenho que do ponto de vista da etiologia que desenvolveu tão ilustre cientista.

Fig. 3: Konrad Lawrence e o “imprinting”

1.1.4. As diferentes competências desenvolvidas pelo cão O cão vigilante e guarda A territorialidade inata do lobo converteu esta espécie num bom vigilante. A hierarquia que se impunha na alcateia predispunha os selecionados a permanecerem na comunidade e a acatarem as exigências dos seus superiores humanos.

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Fig. 4: Bullmastiff

O cão caçador O tamanho do animal fazia-o manuseável e a atração natural que sentia pelas mesmas presas que o homem, permitia a sua incorporação nas caçadas. De facto o primeiro papel desempenhado pelo cão foi o de vigilante, o segundo foi o de caçador, que implica um maior grau de compenetração e controlo.

Fig. 5: Braco Weimaraner

O cão pastor Ao tornarem-se sedentários os acampamentos dos homens e ao iniciar-se a criação de gado, o descendente do lobo selvagem teve de aprender a inibir os instintos assassinos contra os ungulados que anteriormente matava à dentada. O lobo que anteriormente caçava a sua presa de uma forma incontrolável, quando foi levado para a caça, era inibido de arrancar os pedaços de carne da presa, pois era pertença do homem, hierarquicamente superior.

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Fig. 6: Roug Collie

É o princípio do condicionamento ao pastoreio. O lobo está geneticamente predisposto a fixar-se na rês separada que é a que lhe vai proporcionar maiores probabilidades de fácil captura, pela sua juventude, velhice ou doença. É por esse motivo que o cão pastor, ao ver que um animal se afasta do rebanho vai atrás desse animal, não para o reunir com o rebanho mas para caçá-lo. Progressivamente o cão conflituoso é marginalizado e o dócil e submisso passa a ser um aliado do ser humano. Esta solução de compromisso de conduta resultou no cão pastor, arrastado para a perseguição da rês separada do grupo pelo seu instinto primitivo, mas travado no momento do ataque por uma aprendizagem recente. 1.1.5. A evolução no comportamento do cão Quinze mil anos antes da nossa era e depois de uma larga coexistência antagónica com o lobo, existiam nas comunidades nómadas do Homo sapiens um importantíssimo contingente de cachorros de lobo encontrados esporadicamente nos arredores dos seus domínios. Os primeiros antecessores do cão foram os que sobreviveram ao tratamento brusco dos curiosos (para o homem primitivo era uma novidade encontrar um lobo inofensivo daquele tamanho, o que seria um estímulo para o adotar ou por outro lado para o comer). Uma vez dentro do acampamento do homem primitivo acontecia com certeza algo semelhante ao que se passa atualmente nas nossas casas quando entra um cachorro e é provável que, naquela época, nos primeiros momentos de máxima novidade, a maioria dos exemplares perecesse devido a manipulações exageradas e à falta de cuidados.

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Com o passar do tempo e devido ao isolamento do seu meio social habitual, os cachorros de lobo sofreram modificações físicas e comportamentais com tendência a adaptar-se melhor a esta vida cada vez mais sofisticada. Os que foram demasiado dominantes ou maiores para se adaptarem à mudança dos seus hábitos, provocariam conflitos de natureza agressiva exercendo frente ao homem devido à rivalidade cinegética própria da espécie e seriam expulsos ou então seriam mortos à pancada no próprio local. Fosse qual fosse o destino dos marginalizados, deixavam de transmitir os seus traços conflituosos às novas gerações de lobos que cresciam junto aos nossos antecessores. Por esta razão, as seguintes gerações eram depuradas dos caracteres agressivos que tanto lembravam o predador. Desta forma foi-se suavizando a dominância, passando esta espécie a cumprir um papel social concreto dentro da comunidade que o adotava. O lobo tem uma capacidade impressionante de se adaptar ao meio ambiente. Prova disso é ocuparem nichos ecológicos muito diversos, desde as tundras geladas ou as estepes siberianas, até às zonas muito áridas e semidesérticas. É um animal social. Este é um aspeto muito importante, pois é a chave da sua sobrevivência. A integração em alcateia é um elemento importantíssimo na vida dos lobos. Esta característica foi-se enraizando no comportamento do lobo como base da sua seleção natural.

Fig. 7: Alcateia de lobos

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Os lobos que não foram capazes de estabelecer relações sociais com os seus iguais tiveram menos possibilidades de sobreviver e, portanto, de procriar, o que fez com que o carácter solitário estivesse cada vez menos representado de geração em geração. Do mesmo modo estabeleceram os padrões de comportamento no ritual das suas lutas e na formação da escala social. O cão herdou do lobo a necessidade de companhia e a abominação da solidão, procurando um líder a quem obedecer e de quem obterá a sensação de proteção. Desta forma o cão realiza a aprendizagem por meio das recompensas que recebe. No clã familiar estabelecem-se relações de domínio e submissão entre os diferentes indivíduos do grupo.

Fig. 8: Boxer: raça de carácter dominante

Perante uma estratificação hierárquica bem definida, cada indivíduo do grupo submete-se aos superiores em estratos e domina os inferiores. Só os líderes de uma alcateia não se submetem ao resto do grupo. Os cães procuram um líder, por necessidade genética. Se não o encontram, sê-loão eles próprios, impondo as suas regras. 1.2. História e Evolução da Espécie Felina 1.2.1. A origem dos felinos Aproximadamente há 500 milhões de anos, viveu um animal do tamanho de um lince semelhante ao nosso gato doméstico, ao qual os paleontólogos chamaram Dinictis. Deste descenderam duas linhas de animais semelhantes ao gato.

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Uma dessas linhas foi a dos macairodontes e da qual descenderam os grandes felinos com dentes de sabre, contemporâneos do homem primitivo e que sobreviveram no continente Americano 13.000 anos, tendo sido extintos muito anteriormente no continente Europeu. A outra linha de descendência que não tinha os descomunais caninos dos macairodontes, foi a família dos Felinos, à qual pertencem todos os nossos gatos domésticos.

Fig. 9: Tigre Dentes de Sabre

Há cerca de três milhões de anos, ficaram estabelecidas as raças de gatos atuais, juntamente com outras raças que não sobreviveram. Os exemplares de maiores dimensões evoluíram à medida que os pastos da era de Mioceno favoreceram o desenvolvimento de numerosas manadas de animais que pastavam, estes constituíam presas para a sua caça, do mesmo modo que atualmente os leões e leopardos africanos se alimentam agora de gazelas. Outros felinos evoluíram para viverem em condições diferentes e para se alimentarem de outras presas. Assim encontramos gatos de diferentes origens, desde as tundras setentrionais até aos trópicos e por todos os continentes excetuando a Austrália, a Antártida e outras ilhas onde não puderam chegar. Mais tarde os navegadores levaram os gatos à Austrália, à Nova Zelândia e a muitos outros lugares onde não existiam até então, algumas vezes com resultados desastrosos para as espécies nativas, não acostumadas a tão astutos caçadores, levando à sua extinção. Existem certos animais originários da Austrália e Nova Guiné que são muitas vezes conhecidos por nomes que incluem as palavras “gato” ou “tigre”, mas que são marsupiais e não têm qualquer relação com a família dos gatos. No Egipto o gato foi domesticado numa época muito recente (2500-2000 a.C.), o que nos leva a deduzir que o gato doméstico se desenvolveu a partir do gato selvagem africano, Felis Silvestres Lybica.

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Fig. 10: Felis Silvestres Lybica: gato selvagem

29 Existem na Ásia várias outras raças de Felis Silvestris e é possível que estas tenham contribuído para as linhas diretas de descendência dos gatos domésticos em algumas partes do mundo. Atualmente o gato selvagem africano parece sentir-se bastante confortável com o facto de viver nas imediações de casas e povoações. Os seus gatinhos não são difíceis de domesticar e os fazendeiros podem até promover a sua permanência para caçar ratos e ratazanas. Por outro lado, o gato selvagem europeu normalmente permanece bastante afastado dos humanos e em raras ocasiões se tem êxito em domesticá-lo. A realidade é que todos os gatos são seres individualistas tornando-se difícil que acatem a autoridade do ser humano enquanto seu “dono”. No entanto talvez os gatos selvagens africanos tivessem aprendido que os humanos não representavam qualquer perigo devido à alta estima que lhes tinham, por razões religiosas. Os recentes descobrimentos arqueológicos produzidos nas décadas passadas, de grande quantidade de gatos mumificados, trouxeram à luz mais conhecimentos relativamente à origem do gato e da sua domesticação.

Fig. 11: Múmia de gato

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Não foi só Cleópatra que captou a atenção dos romanos, foi também a religião e as mascotes felinas que cruzaram o Mediterrâneo. Existem mosaicos contemporâneos da cidade de Pompeia com a representação realista dum gato malhado no momento de caçar um grande pássaro. Os gatos certamente infiltraram-se no mundo grego, onde aparecem em jarras e esculturas de episódios do lar. Acredita-se que inicialmente, nem os gregos nem os romanos criaram os gatos com qualquer finalidade sem que fosse para mascote. No entanto, os romanos levaram-nos posteriormente para todas a suas províncias por serem úteis no controle de roedores.

Fig. 12: Bastet: Sarcófago de gato

A evidência mais recente de gatos domésticos na Bretanha, são ossadas de gato contemporâneas dos anos 10 e 43 d.C., posteriores à primeira invasão de Júlio César mas anteriores à invasão de Cláudio. Rapidamente os gatos domésticos se propagaram, não só à volta do Mediterrâneo e nas províncias romanas, mas também na Índia, na Europa Setentrional, no mundo Árabe e através da Ásia até à China. Existem diferenças consideráveis entre o gato robusto do sul da Bretanha e do norte de Europa e os gatos do sudeste, esbeltos e de pelo muito curto. Estas diferenças podem ser explicadas através de mutações em resposta às condições climatéricas diferentes. No entanto algumas características, tais como a cor escura limitada nas extremidades, no caso do Siamês, a falta de rabo do Manx, e as pelagens de diversas texturas nas raças Rex, são resultado de mutações que surgiram em distintos momentos numa diversidade de lugares. Assim, às raças modernas que exibem as características citadas no parágrafo anterior, foram atribuídos nomes geográficos específicos, embora na maior parte dos casos não estivessem restringidas a essas áreas.

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1.2.2. Particularidades anatómicas da espécie felina Os gatos têm adaptações estruturais que correspondem à sua condição de quadrúpede predador carnívoro. Têm um corpo elástico e flexível, porque a sua coluna vertebral está sustentada por músculos e não por ligamentos como acontece no caso do homem. O tipo de articulação do seu ombro permite-lhe virar o membro anterior quase em qualquer direção. A coluna vertebral é constituída por 26 vértebras, mais que a do homem. Não tem clavícula, mas sim fragmentos de tecido clavicular próximo da musculatura do peito. O que permite que o seu tórax seja mais estreito fornecendo uma maior amplitude à sua marcha. As suas unhas são retrácteis, isto faz com que sejam excelentes corredores e trepadores.

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Fig.13: Garras semelhantes espigões dos montanhistas

1.2.3. Características comportamentais do gato O equilíbrio: O gato tem um extraordinário sentido do equilíbrio, principalmente devido à grande velocidade das reações musculares que ocorrem como resposta às mensagens que chegam ao cérebro através do olho e do seu órgão de equilíbrio que se encontra no ouvido interno. Este animal utiliza a cauda como contrapeso. Por exemplo quando caminha por um muro estreito e decide olhar para baixo, o seu centro de gravidade é alterado virando a cauda para o lado contrário de forma a manter o centro de gravidade do seu corpo e deste modo evitará a queda.

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Fig. 14: O equilíbrio do gato

O mesmo mecanismo é utilizado quando vira bruscamente de direção quando corre a grande velocidade para estabilizar rapidamente o seu corpo. Ouvimos muitas vezes dizer que o gato cai sempre em pé. Quando um gato cai, os seus olhos e os seus órgãos do equilíbrio transmitem rapidamente informação ao cérebro sobre a posição da cabeça em relação ao chão. Em milésimos de segundos, o cérebro recebe os sinais e envia ordens para que a cabeça permaneça em paralelo com o chão. O resto do corpo alinha-se com a cabeça, e acaba colocando-se numa posição perfeita para a aterragem. Ao cair o gato relaxa-se e estende as patas de forma a oferecer o máximo de resistência ao ar, assemelhando-se a um para-quedista em queda livre que se estabiliza antes de abrir o para-quedas. Além disso os membros relaxados têm menos possibilidades de se partirem que os membros rígidos.

Fig.15: Gato em queda

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Portanto um gato que cai de um 6º andar, tem mais probabilidades de sair ileso que um gato que cai dum 3º andar. O único problema é que os músculos do pescoço são relativamente frágeis e não conseguem suportar a cabeça quando esta choca contra o chão, portanto a lesão mais frequente de um gato que cai, é a fratura da mandíbula superior. O gato em movimento: Os movimentos do gato são ágeis e velozes, de forma a capacitá-lo para a sua condição de caçador. É também é um animal silencioso, o gato caminha gastando um mínimo de energia porque precisa de toda a sua força para o ataque final. Podemos verificar que quando o gato caminha segue sempre esta sequência: MPE —> MAD —> MPD —> MAE M = Membro P = Posterior A = Anterior D = Direito E = Esquerdo O seu centro de gravidade está perto da cabeça. O impulso para a frente provém das patas posteriores. Os gatos são animais digitígrados, apoiam no chão só os dedos: os membros anteriores têm cinco dedos, e os posteriores quatro. Correr: O gato é especialista em corridas curtas. Aumenta a velocidade esticando o tronco completamente para que tenha uma passada mais larga em vez de aumentar o número de passos, gastando menos energia e reduzindo o atrito. Um gato doméstico pode correr a uma velocidade aproximada de 50 km/hora. Trepar: As patas anteriores com as garras estendidas atuam como os espigões dos montanhistas.

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Fig. 16: Gato a trepar

As patas traseiras servem de apoio de forma a levantar suavemente o corpo, visto que são dotadas de uma grande musculatura. Pelo contrário, apesar de os gatos serem muito hábeis para subir, não o são tanto quando têm que descer, porque as garras estão curvadas na direção contrária, ou seja estão curvadas para trás de forma a facilitar a escalada. Exercício: Curiosamente, os gatos mantêm-se em forma mesmo que não façam muito exercício. Pensa-se que isto se deve aos alongamentos que praticam com tanta frequência. Caçar: O gato é um predador carnívoro por natureza e caçador por instinto. Mas, apesar de caçar por instinto, o gato não nasce ensinado. As suas habilidades caçadoras são adquiridas mediante a observação e sobretudo através de exercícios de ensaio e erro. As gatas ensinam as suas crias a caçar mediante um ritual estabelecido: - Primeiro leva-lhes a presa morta e come-a diante deles. - Depois permite que estes a comam - Mas tarde, traz a presa ferida e mata-a diante das suas crias. - Finalmente deixa que sejam elas a matá-la. A mãe não a matará, mas se as crias a deixarem escapar ela voltará a caçá-la e levá-la-á outra vez às suas crias.

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Fig.17: Gato jovem a caçar

Se durante o período do seu desenvolvimento, o gato não matar nenhuma presa, depois será mais difícil ou até mesmo impossível aprender, não mostrando nenhum interesse pelas peças de caça. Isto demonstra que apesar de existir o instinto, a aprendizagem é muito importante. Quando localiza uma vítima, o gato vai-se aproximando a pouco e pouco silenciosamente, escondendo-se tanto quanto possível. Se tiver que atravessar um espaço aberto, caminhará rapidamente com o corpo junto ao solo de forma a reduzir a sua silhueta. Se a vítima lutar, pode deixá-la fugir, repetindo posteriormente o ataque. De vez em quando pára para observar fixamente a presa. O ataque final é feito a partir do esconderijo mais próximo que o gato tiver encontrado. A partir daqui, o gato mexe as patas de trás e abana a cauda.

Fig.18: Gato adulto a caçar

Percorre o último troço junto ao chão e salta sobre a vítima, imobilizando-a com os membros anteriores.

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A dentada mortal pode ser dada no pescoço, e a vítima morre por deslocação das vértebras cervicais. O gato que sabe caçar, fá-lo por instinto, mesmo que esteja bem alimentado, vai continuar a fazê-lo, pois este ato é para si um prazer. Esta é a razão pelo qual muitos gatos brincam com a sua vítima antes de a matar, existe uma luta interna entre o seu instinto caçador e a sua ausência de fome que, em última analise é a finalidade da caça. Também é frequente depositarem a caça aos pés do dono. Fazem isto para mostrar o seu afeto. É aconselhável portanto, não ralhar com o gato por ter este comportamento. 2. Introdução às Raças Caninas e Felinas 2.1. Raças Caninas Estrangeiras Introdução A Federação Cinológica Internacional, “F.C.I.” é a entidade que agrupa todos os clubes e associações empenhados em vigiar a manutenção das características de cada raça e é a que dita as normas dos concursos de beleza de cães e a que emite os certificados ou cartas de origem ou “Pedigree”. Também é quem dita os critérios para a classificação das raças de cães em grupos determinados. Em primeiro lugar descreveremos cada grupo explicando o seu significado, e mostrando imagens de raças de canídeos que pertencem a esse grupo. Por sua vez cada um dos grupos é dividido em secções ou subgrupos, não desenvolveremos este tema por ser muito exaustivo, no entanto recomendamos uma visita ao website da F.C.I. Classificação racial segundo a F.C.I. Grupo I Cães de pastoreio e cães boieiros (pastoreio de bois e vacas)

Fig. 19: Pastor de Berna

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Neste grupo englobam-se todos os cães que historicamente se dedicaram à proteção do gado e ao pastoreio. São cães que se caracterizam pela sua grande capacidade de aprendizagem e normalmente são fáceis de amestrar. Grupo II Cães de guarda e proteção Neste grupo encontramos, salvo exceção, cães que na sua origem eram pastores, mas que foram utilizados como guardas de bens e terrenos. Regra geral, têm um aspeto desportivo que se combina com um temperamento firme e decidido.

Fig. 20: Smoushhound

Para além dos cães pastores de guarda encontramos também, neste grupo os molossóides. Estes últimos são cães que se utilizaram desde tempo remotos como lutadores devido às características da sua mandíbula, que é curta e pronunciada, com prognatismo inferior, o que os converte em terríveis e eficazes mordedores.

Fig. 21: Dogo Argentino

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Grupo III Terriers Neste grupo encontramos uma multidão de cães de inspiração britânica. São todos cães fortes e de carácter nervoso.

Fig. 22: Bull Terrier

Têm um apurado instinto de propriedade e são muito teimosos. A maioria deles apresenta pelo duro como o Fox ou o Airedale Terrier. Também existem exemplares de pelo comprido, como é exemplo o Yorkshire. Dentro deste grupo existem raças de de tamanho muito variável, que vai desde o gigante como o Airedale, medio como o Lakeland e anão como o Yorkshire. ~~

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Fig. 23: Airedale Terrier

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Grupo IV Teckels

Fig. 24: Teckel de pelo comprido

São cães de origem alemã que se especializaram em caça de monte e tocas, uma vez que são ideais devido ao seu pequeno tamanho. Têm um caracter destemido, são inteligentes e muito carinhosos. 4 Grupo V Cães tipo spitz e tipo primitivo 42 Neste grupo existem 2 subgrupos: os cães tipo spitz e os nórdicos ou primitivos. O primeiro subgrupo é constituído por cães na sua maioria de origem asiática, estes animais apresentam um carácter muito distante com estranhos, mas muito leais e afetuosos com os seus donos.

Fig. 25: Akita Inu

O segundo subgrupo é constituído por raças que têm um apurado sentido hierárquico, o que faz com que sejam animais muito difíceis de amestrar.

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Grupo VI Cães tipo sabujo e cães de rasto

Fig. 26: Bloodhound

São cães com vocação para a caça e que gostam de perseguir a presa, seguindo-a sem deixar de ladrar (fazendo o seu rastro). As suas principais características são a valentia e a resistência. Geralmente apresentam um carácter curioso e muito sociável. 4445 Grupo VII Cães de parar São cães caçadores com aptidão para ficar imóveis em frente à peça de caça. Este grupo é constituído por raças de tamanho médio que têm como característica particular o melhor olfato de toda a espécie canina.

Fig. 27: Braco Weimaraner

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Grupo VIII Cães de caça Neste grupo encontramos cães caçadores, com capacidade para levantar a presa e transportá-la, após o seu abate por parte do caçador. Como têm bom carácter são muitas vezes utilizados como cães de companhia. 47 48

Fig. 28: Griffon

Grupo IX Cães de companhia Este grupo abrange aquelas raças que manifestam uma aptidão especial para viver em ambiente doméstico, ou seja em espaços de pequenas dimensões. São especialmente recetivos ao carinho humano. A grande maioria das raças que constitui este grupo é de tamanho pequeno.

Fig. 29: Bichon Maltes

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Grupo X Galgos e raças semelhantes. A este grupo pertencem raças que apresentam uma morfologia original,sendo característica a sua grande altura, aspeto magro e escultural que os torna capazes de alcançar uma grande velocidade em corrida.

Fig. 30: Saluki

2.2. Raças Caninas Portuguesas Cão de Serra de Aires Muito inteligente e rústico e dedicado ao pastor e aos gados que vigia e conduz. De corpulência média, cabeça forte, nem comprida nem globosa, com stop marcado, nariz de cor preta ou escura e orelhas pendentes, bigodes, barbas e sobrancelhas. Comprida, a sua pelagem é amarela, castanha, cinzenta, fulva, lobeira ou preta afogueada, sem malhas brancas. Altura: 42 a 55 cm.

Fig. 31: Cão de Serra de Aires

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Cão de Fila de São Miguel O Cão de Fila de São Miguel é na região da sua origem mais conhecido pelo “Cão das Vacas”, dadas as suas qualidades de guarda e acompanhamento de gado vacum leiteiro. De média corpulência, forte e rústico, é um cão de guarda por excelência e também um bom guarda de propriedades e de defesa pessoal. Agressivo, mas dócil para com o seu dono, é muito inteligente e com grande capacidade para aprender. Devido à sua função na condução de gado leiteiro, morde baixo, podendo, no entanto morder mais alto, no caso de reconduzir gado tresmalhado. Altura: 48 a 60 cm.

Fig. 32: Cão de Fila de São Miguel

Cão da Serra da Estrela Uma das mais antigas Raças da Península Ibérica, é um cão de tipo mastim, harmonioso e robusto, com o seu solar na Serra da Estrela. De cabeça volumosa, alongada e ligeiramente convexa, tem stop mediano; orelhas pequenas e repuxadas, olhos âmbar escuro, narinas pretas ou escuras, cauda com gancho. Existe em dois tipos de pelagem, a curta e comprida, de cor fulva, lobeira, amarela ou unicolor. Altura: 62 a 72 cm.

Fig. 33: Cão da Serra da Estrela

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Cão de Castro Laboreiro Abunda nas serras da Peneda e do Soajo. De tipo mastim, é harmonioso de formas e vistoso de pelagem. Cabeça seca, regular, retilínea, crânio mais comprido do que o focinho, com orelhas regulares e pendentes, tem olhos castanhos, narinas pretas, cauda grossa sem enrolar, em alfange, membros aprumados de frente e de trás, acurvilhados de perfil e pés redondos. Tem uma pelagem curta, de cor lobeira ou fulva, escura e raiada. Altura: 52 a 60 cm

Fig. 34: Cão de Castro Laboreiro

Rafeiro do Alentejo De grande corpulência e robusto, encontra-se principalmente no Alentejo, como cão de guarda de rebanhos e de propriedades. Tem uma cabeça ligeiramente convexa, focinho mais curto do que o crânio, orelhas pequenas, olhos elípticos pequenos e escuros, narinas pretas e cauda grossa sem gancho e pés arredondados. Tem uma pelagem curta, preta, fulva, lobeira ou amarela malhadas de branco ou branca malhada daquelas cores e tigradas. Altura: 64 a 74 cm.

Fig. 35: Rafeiro do Alentejo

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Podengo Português Cão de levante e corso, existente em três tamanhos, o Grande, o Médio e o Pequeno, sendo o Grande utilizado na caça grossa e os outros na caça do coelho, isolados ou em matilha. Cão de tipo médiolíneo, bem proporcionado, cabeça seca em forma de pirâmide triangular, crânio plano, chanfro retilíneo, olhos da cor de mel à da castanha, orelhas direitas, triangulares e pontiagudas e cauda alta, erguendo-se em foice. Em qualquer dos seus três tamanhos, a pelagem pode ser lisa ou cerdosa, de cor amarela, fulva ou unicolor ou malhado. Alturas: Grande: 55 a 70 cm; Médio: 40 a 55 cm; Pequeno: 20 a 30 cm.

Fig. 36: Podengo Português

Cão de Água Português Vive espalhado ao longo de toda a costa e, em especial, na do Algarve, onde tem o seu solar. Cão de pescadores, com um temperamento ardente, inteligente e obediente. Tem uma cabeça forte e larga, com stop bem pronunciado, narinas pretas nos de cor preta, brancos ou malhados e acastanhada nos castanhos, orelhas pendentes, tronco curta, cauda grossa na base enrolando-se em óculo. Tem uma pelagem encaracolada ou encarapinhada, de cor preta, castanha ou branca unicolor ou malhada de branco, apresentando normalmente os exemplares adultos a característica tosquia “à leão”. É um excelente nadador e mergulhador. Altura: 43 a 59 cm.

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Fig. 37: Cão de Água Português

Perdigueiro Português Foi um dos ancestrais do Pointer. De tipo bracóide, é um excelente cão de parar, cobrando muito bem de ferido e caçando em todos os terrenos e com todo o tipo de tempo. A sua cabeça dá impressão de volumosa pelo seu formato quadrado, com stop bem marcado, fronte plana, orelhas médias mais largas na base, arredondadas e pendentes, olhos castanho escuros, narinas pretas ou escuras, peito largo, alto e profundo com bons aprumos e pés de gato. Cauda encurtada a um terço, pelagem curta, de cor amarela ou castanha, unicolor ou malhada de branco. Altura: 48 a 60 cm.

Fig. 38: Perdigueiro Português

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2.3. Raças Felinas Introdução A FIFe – Federação Internacional Felina resultou da união das diferentes federações felinas e é a entidade responsável pela manutenção dos standards raciais felinos, bem como pela criação e imposição das regras de criação felina e ainda pela organização de exposições e formação dos júris responsáveis pela deliberação dos melhores exemplares em concursos. Classificação racial segundo a FiFe Categoria I Esta categoria é constituída apenas por duas raças: o Persa e o Exótico.

Fig. 39: Raça Exótico

Categoria II Gatos com pelo semi-comprido Esta categoria é constituída pelas seguintes raças: American Curl de pelo comprido, American Curl de pelo Curto, Maine Coon, Bosques da Noruega, Ragdoll, Sagrado da Birmânia, Siberian, Turkish Angora e Turkish Van.

Fig. 40: Raça Turkish Van

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Categoria III Gatos com pelo curto Esta categoria é constituída pelas seguintes raças: Abyssinian, Bengal, Burmilla, British, Burmese, Chartreux, Cornish Rex, Cymric, Devon Rex, Europeu, German Rex, Japanese Bobtail, Kurilean Bobtail Pelo Longo, Kurilean Bobtail Pelo Curto, Korat, Manx, Egyptian Mau, Ocicat, Russian, Snowshoe, Sokoke, Somali e Sphynx.

Fig. 41: Raça Cymric

Categoria IV Esta categoria é constituída pelas seguintes raças: Balinese, Oriental de pelo comprido, Oriental de pelo curto, Siames, Seychellois de pelo comprido e Seychellois de pelo curto.

Fig. 42: Raça Balinese

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Clube Português de Canicultura. Raças Portuguesas. Acedido em Janeiro, 10, 2014, disponível em: http://www.cpc.pt/ Fédération Cynologique International. Standards and Nomenclature. Acedido em Março 23, 2014, disponível em: http://www.fci.be/ Féderation International Féline. Breeds. Acedido em Março 15, 2014, disponível em: http://fifeweb.org/index.php Fogle, B. (1998). A Enciclopédia do Gato. Lisboa: Centralivros, lda. ISBN: 972-8418-15-9 Quarto Publishing plc (2001). O Livro Gigante do Cão. Lisboa: Centralivros, lda. ISBN: 972-791-041-6

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AUTO-AVALIAÇÃO MÓDULO 1: 1- Indique qual a origem dos canídeos: a) Continente europeu b) Continente asiático c) Continente americano d) Nenhuma das respostas anteriores está correta 2- Qual foi o cientista que realizou um estudo experimental que consistia no cruzamento de lobos com cães? a) Alberto Lorenz b) Alberto Herre c) Konrad Lorenz d) Korad Herre 3- Identifique qual a afirmação verdadeira relativamente à evolução do comportamento do lobo, enquanto espécie que esteve na origem do cão: a) Os lobos que não foram capazes de estabelecer relações sociais com os seus iguais tiveram menos possibilidades de sobreviver b) A integração em alcateia é um fator pouco relevante para a evolução dos lobos c) Os lobos são animais solitários e individualistas d) Todas as respostas anteriores estão corretas 4- A primeira civilização a eleger o gato como um animal doméstico foi a: a) Europeia b) Africana c) Americana d) Egípcia 5-Qual das seguintes sequências representa aquela que o gato faz enquanto caminha? a) MPEMACMPDMAD b) MPE MPOMAEMAD c) MPEMADMPDMAE d) Nenhuma das afirmações anteriores está correta

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6- Qual é razão pela qual os gatos têm dificuldade em descer de objetos altos? a) Porque têm as unhas curvadas para a frente b) Porque têm as unhas curvadas para trás c) Porque têm pouca flexibilidade d) Porque são pouco ágeis 7- No contexto deste módulo, o que representam as siglas F.C.I. ? a) Federação Canina Internacional b) Federação Cinológica Canina c)Federação Cinológica Internacional d) Federação Cinotécnica Internacional 8- Qual das seguintes raças pertence ao grupo VI da F.C.I. ? a) Saluki b) Lakeland c) Bloodhound d) Teckel 9- Relativamente aos gatos, qual a federação responsável pela manutenção do standard racial? a) Federação Internacional Felina b) Federação Cinológica Internacional c) Federação Cinológica Felina d) Federação Internacional de Gatos 10- Segundo a classificação da FIFe, qual das seguintes raças pertence à categoria IV? a) Cornish Rex. b) Exótico c) Ragdoll d) Seychellois .

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SOLUÇÔES DA AUTO-AVALIAÇÃO MÓDULO 1: 1- C 2- B 3- A 4- D 5- C 6- B 7- C 8- C 9- A 10- D

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