Combate a incêndios módii enquadramento

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M贸dulo II

Enquadramento

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Combate a Incêndios - eLearning

Mód. II: Enquadramento

Índice

Módulo II – Enquadramento

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Objetivos Pedagógicos

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Conteúdos Programáticos

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1. Classes de fogos

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2. Agentes extintores

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3. Métodos de extinção

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OBJETIVOS PEDAGÓGICOS No final deste módulo deverá ser capaz de: 

Definir as classes de fogos;

Identificar os combustíveis nas respetivas classes;

Aplicar o agente extintor correto consoante o combustível;

Identificar e aplicar o adequado método de extinção.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS 

Classes de fogos;

Agentes extintores;

Métodos de extinção.

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1. CLASSES DE FOGOS Devido à quantidade de informação já disponibilizada sobre incêndios, e com o objetivo de criar um enquadramento que nos irá permitir uma correta atuação tendo em conta a vastidão dos combustíveis que poderemos encontrar, decidiu-se separar o tipo de combustíveis e atribuir uma classe de fogo a cada um deles. As classes de fogos são apenas quatro, e dentro delas podemos encontrar todo o tipo de combustíveis possíveis. De salientar que esta tabela irá ser fundamental no processo de extinção, pois vai-nos indicar o tipo de agente extintor a aplicar, tendo em conta o combustível a arder. As classes são as A, B, C e D. A classe A contempla todos os materiais sólidos, combustíveis de origem orgânica, que formam brasas, como exemplo temos a madeira, papel, tecido e plástico. A classe B abrange todos os líquidos e sólidos liquidificáveis. Como exemplo surgem as gasolinas, óleos, tintas, ceras e vernizes. A classe C diz respeito a incêndios em gases como o butano, propano, gás natural e outros. A classe D abraça todos os incêndios que resultam de metais leves como o alumínio, titânio, magnésio e outros.

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Fogos que resultam da combustão de materiais sólidos,

Madeira, carvão, tecidos,

geralmente de natureza

papel, etc.

orgânica e que formam brasa.

Fogos que resultam da

Óleo, tintas, gasolina,

combustão de líquidos ou de

gasóleo etc.

sólidos liquidificáveis

Fogos que resultam da

Butano, propano,

combustão de gases.

acetileno, gás natural etc.

Fogos que resultam da

Sódio, magnésio,

combustão de metais leves.

alumínio.

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2. AGENTES EXTINTORES Com o objetivo de enquadrar as nossas atuações mediante as necessidades que formos encontrando, será fundamental aplicar o correto agente extintor consoante o tipo de combustível que estiver a arder. Esta escolha é fundamental para o sucesso na extinção do incêndio, sob pena não só de facilitar a propagação do incêndio, de colocar em perigo a integridade física do utilizador dos meios de extinção como também evitar provocar danos em equipamentos próximos não atingidos. Os agentes extintores mediante as suas características representam a sua capacidade de extinção, têm de ser obrigatoriamente relacionados com o método de extinção correspondente e necessário, e encontram-se nos estados líquido, sólido e gasoso, nunca esquecendo que uma escolha mal aplicada pode significar danos elevados a nível de equipamentos e humano. Os agentes extintores mais fáceis de serem encontrados são a água, os pósquímicos, as espumas e o dióxido de carbono. Normalmente e tendo em conta a natureza das perigosidades os agentes extintores são colocados próximo e em quantidades necessárias para fazer face a uma primeira intervenção. De salientar que existem também espumas que funcionam na forma de aditivos, que juntamente com a água e em alguns casos ar proporcionam uma capacidade de extinção elevada, sempre tendo em conta o combustível a arder.

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Água A água é considerada agente extintor e atua essencialmente por arrefecimento, e devido a ser barata em relação a outros meios torna-se o meio mais utilizado. A água pode ser aplicada de forma direta ou indireta, ou numa segunda fase na forma de vapor atuando assim por abafamento (atua criando uma parede entre o combustível e o comburente). Podemos optar pela

forma

de

jato

alcançando

assim maior

capacidade de penetração, e também pela forma de leque ou cone de ataque ou pulverizada conseguindo maior capacidade de absorção de calor logo um arrefecimento mais eficaz. À água podem ser adicionados produtos espumíferos como já foi referido, que juntos com ar aumentam a capacidade de extinção, mediante o combustível a arder. De salientar que a aplicação de este agente extintor em incêndios com origem elétrica ou em equipamentos elétricos pode representar perigo de morte, devido à boa condutibilidade de energia elétrica.

Aplicação de leque ou cone de ataque

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Pós químicos Os pós químicos secos atuam por inibição eliminando a reação em cadeia. Os seus pequenos cristais sólidos e secos criam uma membrana entre o combustível e o comburente impossibilitando assim a função dos radicais livres. Tem como vantagens não serem tóxicos nem condutores de eletricidade, e como desvantagem ser corrosivo e produzir uma grande nuvem de pó aquando da sua utilização, logo diminui a visibilidade.

Utilização de extintor de pó químico. A divisão dos tipos de pós químicos está relacionada diretamente com as classes de fogos já divulgadas. A sua produção e informação são aplicadas consoante o tipo de combustível presente, sendo que existem basicamente três tipos de extintor de pó químico, o polivalente ABC constituído basicamente à base de fosfato de amónio, que estão vocacionados para combater incêndios das classes anunciadas (A, B e C), os extintores BC, que estão vocacionados para intervir em incêndios cujo combustível corresponde às classes B e C respetivamente, sendo este constituídos à base de potássio ou bicarbonato de sódio, e finalmente os D, vocacionados exclusivamente para incêndios em combustíveis da classe D (metais leves), tendo em conta que as características individuais de cada metal irão determinar a escolha do agente extintor da classe D a aplicar, não sendo por isso polivalente. Extintor de pó químico

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CO2 – Dióxido de carbono Também denominado por anidrido carbónico, caracteriza -se por ser um gás liquefeito alojado sob pressão e não é condutor de eletricidade. Aquando da sua expulsão para o exterior o mesmo atinge temperaturas negativas na ordem dos -70 graus, obrigando assim a alguns cuidados quando em contacto com

a

pele

(queimaduras),

apesar

de

não

deixar

sujidade.

Atua

essencialmente por asfixia (privação do comburente) e por abaixamento da temperatura. Quando usado em sistemas portáteis (extintor de CO2), deve preferencialmente ser utilizado em recintos fechados devido à sua reduzida eficácia ao ar livre. Quando utilizados em sistemas fixos de extinção, estes devem ser acionados sem ninguém no interior dos compartimentos da sua localização por motivos do efeito que provoca na inibição (asfixia) do ar respirável (comburente).

Sistema fixo de CO2

Extintor portátil de CO2

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Escolha do agente extintor CLASSE

Agente extintor

DE

Água

Água

FOGOS

Jato

Pulverizada

A

Sim

Sim

Sim

B

Não

Sim

C

Não

D

Não

Co2

Pó químico ABC

BC

D

Não

Sim

Não

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Não

Sim

Quadro de escolha de agente extintor – classes de fogos.

Halons Também conhecidos por hidrocarbonetos halogenados representam os sistemas de extinção mais eficazes alguma vez fabricados, mas devido à sua elevada nocividade para a atmosfera estes produtos foram eliminados dos mercados e retirados de utilização, pois a sua comercialização e manutenção encontra-se proibida a nível mundial. Em substituição destes produtos surgiram outros que funcionam essencialmente em sistemas fixos.

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3. Métodos de extinção Tendo em conta a constituição do triângulo do fogo e após concluirmos que a propagação do incêndio está diretamente relacionada com a reação em cadeia, podemos concluir que, se conseguirmos excluir um dos lados do triângulo conseguimos extinguir o incêndio, provocando a ausência de um dos fatores. É com esta base que vamos construir os procedimentos de extinção. Os métodos atualmente são quatro e são os seguintes:

Redução e arrefecimento da temperatura É o método mais comum e procura baixar a temperatura dos combustíveis a um nível inferior ao da combustão. É necessário um agente extintor que tenha como principal característica a absorção de calor.

Extinção de incêndio com recurso a arrefecimento da temperatura.

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Carência ou limitação de combustível Este método consiste na separação do combustível e a fonte de calor, interrompendo a propagação por falta do mesmo. Pode ser praticado com a ausência de agente extintor, por o simples ato de, na eventualidade de estarmos presentes a um incêndio em caixas de papel, se desviarmos as caixas que ainda não foram atingidas vou interromper a cadeia e limitar o incêndio às caixas atingidas pelo incêndio.

Separação do combustível num incêndio ao ar livre. Elaboração de uma faixa de contenção, raspagem da vegetação até ao solo mineral provocando uma interrupção na continuidade do combustível.

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Rutura da reação em cadeia ou inibição Este método consiste na inibição da formação e contenção de radicais livres, interrompendo assim a cadeia do tetraedro do fogo. Para este efeito é necessário aplicar um agente extintor que possua a característica pretendida.

Inibição da formação de radicais livres (atuação com extintor de pó químico).

Abafamento ou asfixia Funciona através da ação no comburente, impedindo o seu fornecimento ao incêndio como que asfixiando o mesmo. Basicamente consiste em provocar uma separação entre o incêndio e o ar que alimenta a combustão.

Extinção do incêndio por abafamento ou asfixia (ao colocar a tampa é impedido o fornecimento de comburente, neste caso de ar, à combustão).

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