COMO ESCREVER PARA A WEB
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Como Escrever para a Web eLearning
FICHA TÉCNICA
TÍTULO Como Escrever para a Web
AUTORIA, COORDENAÇÃO GERAL E PEDAGÓGICA E CONCEÇÃO GRÁFICA Nova Etapa – Consultores em Gestão e Recursos Humanos, Lda.
ANO DE EDIÇÃO 2011
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ÍNDICE Objetivos pedagógicos
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Conteúdos programáticos
4
Introdução
5
1. Leitura na Web
6
2. Requisitos de um bom texto para a Web
8
3. Dicas para a redação de um texto para a Web
13
4. A Pirâmide Invertida
15
3. Recursos Multimédia
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3. Hipertextos
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3. Inovação e Criatividade
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Conclusão
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Bibliografia
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OBJETIVOS PEDAGÓGICOS No final do curso deverá ser capaz de: Criar conteúdos adequados para a Web; Reconhecer os requisitos de um bom texto para a Web; Aplicar a lógica da Pirâmide Invertida; Aplicar de forma coerente os Recursos Multimédia como complemento para os textos para a Web; Reconhecer a importância da inovação e criatividade para marcar a diferença na Web.
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
Leitura na Web;
Requisitos de um bom texto para a Web;
Dicas para a redação de um texto para a Web;
A Pirâmide Invertida;
Recursos Multimédia;
Hipertextos;
Inovação e Criatividade.
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INTRODUÇÃO As primeiras pessoas a escrever para a Web eram especialistas em informática. Normalmente quem escrevia construía também os seus próprios sites, encarregando-se de todo o processo. As suas competências eram mais técnicas, incidiam mais a nível de programação do que a nível linguístico, tendo muito pouca experiência a esse nível.
Atualmente quem escreve para a Web não necessita deter esse tipo de competências técnicas tão avançadas. Qualquer pessoa pode produzir conteúdos para a Web e essa é a grande revolução e o grande desafio atual.
Com este curso pretende-se dar a conhecer algumas normas orientadoras a nível da escrita que poderão ser úteis para quem, de alguma forma, se encontra envolvido na gestão, desenho ou edição de um site.
Boa leitura!
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1. LEITURA NA WEB Um dos grandes constrangimentos da leitura na Web é um constrangimento físico: é mais difícil ler num ecrã do que em papel. Requer um esforço visual extra que torna a leitura mais lenta e, por esse motivo, quanto maior for o texto mais difícil se torna a leitura.
Um estudo efetuado por Jacob Nielsen e John Morkes, autores de diversas obras sobre a usabilidade na Web, revela que a esmagadora maioria das pessoas que navegam na internet (79%) não lê o texto palavra a palavra, limitando-se a fazer uma leitura na “diagonal” ou por varrimento visual (“scan the page”) à procura de palavras ou frases.
Leitura Diagonal ou Varrimento visual 6 www.nova-etapa.pt
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A maioria das pessoas quando estão a “navegar” numa página nova, fazem uma leitura superficial. Reparam primeiro nos títulos e subtítulos das páginas, procuram links, números e palavras específicas.
Atualmente grande parte dos webleitores sofre de Web Stress. Se, após escassos segundos, não encontram a informação que procuram, desistem.
A propósito do conceito Webstress, o primeiro estudo neurológico independente (“Web Stress Index 2009”), realizado em 2009 pela Redshift Research, uma empresa de estudos de mercado independente, demonstra que é preciso mais 50% de concentração num mau site.
Neste contexto, o desafio que se coloca a quem escreve para a Web será ultrapassar a falta de paciência dos webleitores e escrever textos tão breves e concisos quanto possível mas que consigam transmitir e passar o conteúdo que se deseja.
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2. REQUISITOS DE UM BOM TEXTO PARA A WEB
Ser Claro e Relevante Persuasivo Interativo Objetivo Atrativo
Ser Claro e Relevante A Web é um arquivo de informação com uma infinita dimensão. Sabendo de antemão que o que os utilizadores procuram em primeiro lugar é a informação, torna-se absolutamente indispensável que se consiga ser claro e relevante nas mensagens que queremos transmitir. Devemos fazer o possível para oferecer conteúdo, entretenimento e informação. Tudo isso de forma inovadora e criativa, deixando de parte textos ambíguos ou pouco claros.
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Persuasivo Como vimos atrás, os webleitores são impacientes por natureza. Estima-se que o tempo médio de permanência de um leitor na Web é de aproximadamente 8 segundos.
Sendo assim, quando preparar o seu próximo texto, lembre-se que o relógio gira contra si. Tem muito pouco tempo para convencer o leitor e terá de se esforçar ao máximo para ser persuasivo e gerar interesse.
Questão:
Acha mais provável que uma pessoa passe mais tempo a olhar para um anúncio com uma imagem, com uma animação ou com um texto?
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Texto
é a resposta correta. Acertou? Na verdade 52% dos utilizadores olham
mais para anúncios de texto.
Porquê? Vemos anúncios com imagens através da visão periférica (1/3 de segundo). Já os anúncios textuais obrigam-nos a parar e observar.
Para ser persuasivo deverá colocar-se no lugar do leitor:
O que o leitor precisa saber? Porque razão o leitor precisa dessas informações? Que tipo de conhecimento já tem sobre o assunto? Qual o objetivo deste texto? Qual a linguagem e o vocabulário mais adequados para o meu público alvo?
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Interativo Nunca o conceito de “Aldeia Global” de Marshall McLuhan fez tanto sentido. A interatividade que a web possibilita diferencia-a de outros meios de comunicação.
Graças à interatividade, os webleitores deixam agora de ser meros espetadores e passam a fazer parte da construção da mensagem. Na web os leitores produzem conteúdo e têm voz. Através de ferramentas como os fóruns, caixas de comentários, botões de acesso às redes sociais como o Facebook, Tweeter, Linkedin, Rss, entre outras, os webleitores podem
comentar, escrever, reclamar, participar e
sugerir.
Devemos deixar sempre a oportunidade em aberto para que essa contribuição por parte dos leitores possa existir.
Objetivo Quantidade Vs Qualidade
Economizar tempo na web é uma das regras de ouro:
Os textos devem ser concisos e simplificados indo, sem rodeios, diretos ao assunto;
Devem ser usadas frases e parágrafos curtos;
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Atrativo De nada adianta ter um texto muito bem escrito se depois não existir uma comunicação visual adequada. Deverá pensar na sua página como uma loja: a montra deve estar bem estruturada e atrativa para que as pessoas entrem.
Como assegurar uma organização visual apelativa e intuitiva
De modo a facilitar a legibilidade, cada página deve ter um comprimento reduzido;
Graficamente, deverá existir uma distinção entre títulos, subtítulos, hiperligações, etc., no sentido de criar uma hierarquia visual lógica e previsível;
A disposição do texto, na zona central do ecrã, deve permitir que o utilizador leia uma linha completa sem necessitar de mover a cabeça e sem grandes movimentos laterais dos olhos;
Sempre que for considerado pertinente, o texto deve ser complementado com gráficos, imagens e/ou animações;
É importante que se mantenha a consistência ao longo do desenvolvimento dos conteúdos, nomeadamente, no que diz respeito a: tipo de letra, ícones utilizados, dispositivos de navegação, organização dos elementos de texto e imagem, etc.
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3. DICAS PARA A REDAÇÃO DE UM TEXTO PARA A WEB 1 – Simplicidade: quanto mais pequeno melhor Os textos para a web devem ser o mais abreviados possível. Deverá ser no mínimo metade do texto do que se fosse impresso.
A reter:
A frase longa é inimiga de uma boa leitura na Web;
Se for possível cortar palavras no seu texto, corte;
As frases longas e complicadas podem distrair os leitores do objetivo principal na Web que é localizar a informação.
Quando estiver a compôr um texto faça as seguintes questões a si próprio: - A mensagem está clara? - Haverá forma mais simples de dizer isto? - Isto é mesmo necessário?
2 - Use Verbos Ativos Os verbos ativos são mais apelativos que os verbos passivos.
Exemplos:
Verbo Ativo: Cientistas Portugueses encontram nova vacina para vírus da gripe A. Verbo Passivo: Uma nova vacina para o vírus da gripe A é encontrada por Cientistas Portugueses.
Verbo Ativo: Cancelada a atuação do grupo Xpto no Festival de verão 2011. Verbo Passivo: A atuação do grupo Xpto no Festival de verão 2011 foi cancelada.
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3 - Importância dos Títulos Um bom título deve responder à questão: “Qual a principal mensagem que se quer transmitir neste texto?”
Não obrigue os leitores a desvendar a mensagem que quer transmitir. Os títulos devem ser curtos e diretos. Tenha sempre em mente que os leitores na web estão à procura de informação por isso o título deverá ser eficaz.
Escolha títulos que possam ser encontrados nos motores de busca, nomeadamente, o Google. O segredo para que o seu texto seja facilmente detetado nos motores de busca é usar determinadas palavras chave. Estas técnicas estão estudadas e intitulam-se técnicas de SEO (Search Engine Optimization – Otimização dos Motores de Busca). Utilize Subtítulos para separar parágrafos: os subtítulos têm a função de alertar os leitores para algo diferente e potencialmente interessante que se segue.
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4. A PIRÂMIDE INVERTIDA A lógica da estrutura de pirâmide invertida traduz-se em começar o texto logo no primeiro parágrafo com a informação principal e depois prosseguir na ordem decrescente de importância, ao contrário do que se faz noutros estilos literários, como por exemplo, no drama, na novela, no conto ou mesmo nos trabalhos científicos, onde as conclusões vêm sempre no final.
Esta técnica noticiosa nasceu durante a Guerra da Sucessão, nos Estados Unidos da América, com o uso do telégrafo. Os jornalistas através do telégrafo podiam enviar as suas crónicas de guerra, mas apenas o primeiro parágrafo do seu texto e, após uma segunda ronda, enviariam o segundo parágrafo. Esta regra de funcionamento obrigou os jornalistas a alterarem a técnica de redação mais utilizada até então, que se baseava em relatar os acontecimentos por ordem cronológica e não por valor noticioso.
Com o aparecimento da Web, todas estas técnicas voltaram a ser discutidas. Autores reconhecidos neste meio como Jacob Nielsen e Melvin Mencher, autor do livro clássico do jornalismo “News Reporting and Writing”, insistem na importância da pirâmide invertida na escrita para a Web.
Fonte: Jacob Nielsen http://www.useit.com 15 www.nova-etapa.pt
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O autor Melvin Mencher identifica os seguintes elementos na pirâmide invertida: 1 - A entrada (“lead”1): 2 - As informações que explicam e ampliam o lead; 3 - Parágrafos de Contexto; 4 - Material secundário ou menos importante.
Exemplo de uma boa pirâmide:
Estátuas coloridas do Snoopy fazem parar o trânsito na Avenida Duque Ávila
Lead
Em 2006, o centro de Lisboa foi invadido por uma manada de 101 animais em tamanho real, feitos de fibra de vidro. Depois da Cow Parade, chegou a Snoopy Parade.
Informações que explicam e ampliam o lead
1
O termo “lead” vem da palavra inglesa que significa liderar ou conduzir. 16 www.nova-etapa.pt
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Estátuas coloridas do Snoopy fazem parar o trânsito na Avenida Duque D’Ávila Em 2006, o centro de Lisboa foi invadido por uma manada de 101 animais em tamanho real, feitos de fibra de vidro. Depois da Cow Parade, chegou na semana passada à capital uma outra exposição de arte urbana que está a fazer parar o trânsito (pelo menos o pedonal) na Avenida Duque D’Ávila. Trata-se da Snoopy Parade, uma iniciativa inserida nas comemorações dos 60 anos do conhecido personagem de banda desenhada.
Parágrafos de Contexto
Naquela avenida, recentemente requalificada para dar mais espaço a quem anda a pé ou de bicicleta, estão em exposição 20 estátuas do Snoopy, com 2,6 metros de altura. Cada estátua foi pintada por um artista plástico, um pintor ou uma figura pública "de inspirado talento", como descreve a organização. O popular cão surge sempre de braços abertos, mas com diferentes pinturas corporais e, nalguns casos, com adereços. Até 15 de agosto podem ser vistas as obras de Herman José, Nuno Markl, Ana Galvão, Anna Westerlund, Marta de Castro, Evelina Oliveira, Graça e Gracinha Viterbo, entre outros. Depois disso, só não leva para casa um Snoopy quem não quiser, já que as estátuas vão ser leiloadas, revertendo as verbas para a UNICEF.
Fonte: Jornal Público
Material Secundário ou menos importante 17 www.nova-etapa.pt
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5. RECURSOS MULTIMÉDIA Para dinamizar os conteúdos de um texto é importante complementá-lo com recursos multimédia. “Uma imagem vale mais que 1000 palavras” e por isso a introdução destes recursos vão enriquecer os textos. Poderão ser utilizadas imagens, animações em flash, gráficos, vídeos, áudio, etc.
“Cada meio fomenta o desenvolvimento de capacidades específicas, mas estas só se aplicam ao próprio meio.” (Salomon 1879). A televisão, rádio e jornal criaram nos recetores capacidades de apreensão das suas linguagens. Cabe agora à internet fazer o mesmo.
No entanto, não basta juntar aos textos, conteúdos multimédia sem nexo, porque esse ato pode criar demasiada redundância ou mesmo ruído. Use os recursos multimédia com moderação e não torne os seus textos numa “Feira de Audiovisuais”.
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6. HIPERTEXTOS Uma das grandes vantagens da comunicação na Web é a possibilidade de utilizarmos hipertextos ou os chamados links.
Através dos links conseguimos no mesmo texto remeter o utilizador para outros conteúdos, oferecendo desta forma muito mais informação mas à qual o utilizador só acederá se realmente lhe interessar aprofundar determinado conteúdo.
Fonte: Site Nova Etapa
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7. INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE “Não basta ter ideias, é preciso conseguir concretizá-las”
Para escrever um texto que seja relevante e que chame a atenção do leitor terá de utilizar a sua criatividade para marcar a diferença. Pense e repense sobre a construção dos seus textos e como distribuí-los melhor no site. Procure soluções criativas, inove, crie, mas tenha sempre presente que o utilizador vai à procura de informação concreta.
Criatividade é sair do comum e encontrar soluções simples e eficazes.
INOVE! 20 www.nova-etapa.pt
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CONCLUSÃO O surgimento da internet e das novas tecnologias impuseram a necessidade da criação de conteúdos específicos para estes novos formatos. O público tem também novas exigências e interesses pelo que obriga a quem escreve para a Web, que se atualize e que desenvolva novas aptidões para conseguir marcar a diferença e passar a mensagem que pretende. Cada escritor/redator tem seu estilo pessoal e suas próprias estratégias de redação de textos. Não existem fórmulas universais para escrever bem. Uma das orientações mais eficazes é cultivar o hábito e o prazer de ler. Os bons leitores costumam escrever bem, enquanto os maus leitores dificilmente o conseguirão fazer.
O webleitor neste momento tem várias opções ao seu dispor e apenas lê o que deseja e não tudo o que está disponível. Neste sentido, cabe a todos os que escrevem para a Web comunicarem da melhor forma possível para conseguir chegar aos leitores e fidelizá-los. Para terminar deixamos-lhe um pequeno filme sobre os ritmos de mudança. Clique no link para visualizar:
www.nova-etapa.pt/ritmos_mudanca
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BIBLIOGRAFIA CANAVILHAS, João (2001) ‘Webjornalismo. Considerações gerais sobre jornalismo na web’. (http://www.bocc.ubi.pt/pag/canavilhas-joao-webjornal.pdf) NIELSEN, J. (1996) ‘Inverted Pyramids in Ciberspace’. (http://www.useit.com/alertbox/9606.html)
MCGOVERN, Gerry (2002) Como Escrever para a Web, Centro Atlântico, 2002
NIELSEN, J. (1996) Multimedia and Hypertext, Academic Press, 1996
MCLUHAN, Marshall (1962) The Gutenberg Galaxy – The Making of Typographic Man.
Designing Web Usability: The Practice of Simplicity, Jakob Nielsen,New Riders Publishing, Indianapolis, 2000. ORIHUELA, José Luis (2004) ‘Redes sociales + RSS: The next big thing’. (http://www.ecuaderno.com/archives/000197.php)
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