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COMO DINAMIZAR GRUPOS MÓDULO II

Técnicas de Dinamização do Grupo www.nova-etapa.pt


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Mód. II: Técnicas de Dinamização do Grupo

Índice

Módulo II – Técnicas de Dinamização do Grupo

3

Objetivos Pedagógicos

3

Conteúdos Programáticos

3

1. Como chegar às pessoas

4

2. O Papel do Líder no Grupo

7

3. Técnicas de Dinamização de Grupos

12

V. SÍNTESE CONCLUSIVA

34

VI. BIBLIOGRAFIA

37

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Módulo II – Técnicas de Dinamização do Grupo

OBJETIVOS PEDAGÓGICOS No final deste módulo deverá ser capaz de:

Identificar os diferentes tipos de técnicas dinamizadoras dos grupos;

Reconhecer a importância do papel do Líder no Grupo;

Distinguir as funções e procedimentos na aplicação das diferentes técnicas.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

O Papel do Líder no Grupo;

Técnicas dinamizadoras dos grupos;

Funções e procedimentos na aplicação das técnicas de dinamização de grupos.

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1.

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COMO CHEGAR ÀS PESSOAS?

A experiência tem demonstrado que a dinamização de grupos não depende apenas da definição de objetivos adequados, ou dos planos que se julgam necessários desenvolver, pois a questão centra-se na forma de chegar às pessoas, ou seja, na metodologia que se utiliza. As novas teorias penetram no mundo das coisas práticas quando são traduzidas em métodos e ferramentas. A palavra Método vem do grego méthodos – um meio de perseguir objetivos particulares. Gradualmente a palavra evoluiu para chegar ao seu significado atual: um conjunto de técnicas e procedimentos sistemáticos para lidar com tipos particulares de questões ou problemas.

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Quando as pessoas têm a oportunidade de vivenciar situações/problemas e resolvê-las com os recursos que têm, verificando os resultados das suas decisões, a reformulação de procedimentos é facilitada. Para que se consiga desenvolver sinergias, o líder, o coordenador, ou o animador terão, de entre outras, desenvolver funções ao nível: 

Dos objetivos fixados;

Dos meios necessários para atingir os objetivos;

Do próprio grupo.

Para atuar nestes três níveis o responsável pelo grupo deverá contribuir para o desempenho de tarefas internas do grupo: 

Produção, Facilitação, Regulação

A PRODUÇÃO tem a ver com o que se pretende executar. Neste sentido, o responsável terá de assegurar que os objetivos são entendidos e aceites por todos e procurar que eles sejam atingidos. A FACILITAÇÃO relaciona-se com a definição dos meios de que o grupo dispõe para atingir os objetivos. A definição de normas de funcionamento e dos papéis a desempenhar pelos membros do grupo, para se alcançar o que foi previamente definido. A REGULAÇÃO - mesmo que os objetivos sejam claramente definidos e as normas de funcionamento pertinentes e aceites, a vida coletiva do grupo traz sempre vicissitudes que o líder terá de defrontar. É na relação e nas trocas que se estabelecem no interior do grupo, que o animador tem que estar atento para verificar se o próprio grupo consegue funcionar só por si, ou se é necessário regular os conflitos e assegurar a coesão do grupo necessária à sua sobrevivência e à prossecução dos objetivos. 5 www.nova-etapa.pt


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A APRENDIZAGEM VIVENCIAL A aprendizagem vivencial é um ciclo que ocorre quando uma pessoa se envolve com uma atividade, a analisa criticamente, extrai algum insight útil dessa análise e aplica os seus resultados. Este processo é vivenciado espontaneamente na vida normal de qualquer pessoa. Este ciclo envolve um processo indutivo, partindo de uma simples observação. O ciclo da aprendizagem vivencial passa pelas seguintes fases:

VIVÊNCIA (atividade);

RELATO (compartilhar sentimentos, reações e observações com o grupo);

PROCESSAMENTO (análise da experiência vivenciada);

GENERALIZAÇÃO (inferência de princípios sobre o mundo real);

APLICAÇÃO (planeamento dos comportamentos mais eficazes, e da utilização dos novos conceitos no dia a dia da sua atividade profissional).

Seguidamente iremos então apresentar algumas das principais técnicas que permitem a dinâmica de grupos. É claro que o uso destas, ou de qualquer outro tipo

de

técnicas,

carece

de

uma

correta

apresentação

-

breifing,

desenvolvimento / acompanhamento e ainda tempo e disponibilidade para conclusões - debreifing (análise das situações criadas, ilações a tirar, relação com o real dos participantes), caso contrário, tudo não passará de uns momentos bem passados, possivelmente até divertidos, mas sem qualquer valor para a prática dos elementos do grupo.

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2.

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O PAPEL DO LÍDER NO GRUPO

O papel do líder no grupo é, sem dúvida, de grande importância, pois a influência exercida por ele tem sempre fascinado as pessoas ao longo da história. A sua atuação está de algum modo ligada a questões como o poder de recompensar e punir e a capacidade que tem de percecionar as condições em que os membros do grupo atuam, assim como os conhecimentos, competências e variáveis de personalidade daqueles que o seguem. Estudos feitos têm demonstrado que o bom líder está apto e pronto a identificar as mudanças mais subtis na atmosfera do grupo e a enganar-se menos nas observações que faz sobre a sua significação social, daí que muitas vezes se diga que a alma de um grupo é alma do seu líder. Helenio Herrera foi um treinador de futebol de grande sucesso, mas o que parece ter influenciado treinadores como José Mourinho e Pepe Guardiola, foi a sua capacidade de influenciar e revolucionar o mundo dos bancos de suplentes. Ele deu importância a todos os que faziam parte do seu grupo. Estes treinadores que referimos não foram os únicos que tiveram sucesso, mas é indesmentível que a sua projeção mediática, mostrou que os mesmos jogadores alcançam resultados diferentes com treinadores diferentes. Podemos mesmo dizer que os técnicos que triunfaram, e triunfam, conseguem com táticas diferentes,

resultados

muito

semelhantes,

porque se conhecem a si mesmos, conhecem o grupo e conhecem os indivíduos que formam o grupo. Ao ter sucesso no Barcelona, Pepe Guardiola

conseguiu

a

empatia

e

a

reciprocidade dos seus jogadores, sabendo do que necessitava cada um e o que lhes podia oferecer. Não só não precisam todos do mesmo, como nem sequer cada um precisa sempre da mesma coisa. 7 www.nova-etapa.pt


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Há jogadores que gostam que os repreendam, que os desafiem, enquanto há outros que precisam de apoio e de se sentir protegidos. Ele entendeu que o seu trabalho consistia muito em saber do que necessitava cada jogador em cada momento. A este respeito Sun Tzu disse que se conheceres os outros e a ti mesmo, nem em cem batalhas correrás perigo. Quando um grupo se reúne para desenvolver

um

determinado

trabalho, é normal que estejam momentaneamente

preocupados

com o desenvolvimento da tarefa. Todavia, podem surgir no trabalho de grupo, dificuldades que nada têm a ver com o que têm que realizar. Mesmo quando a linguagem é clara, podem manifestar-se problemas de comunicação ou sentimentos hostis, que resultam em disputas estéreis entre fações. Muitas destas situações são, muitas vezes, de natureza subtil e de identificação difícil. A atividade de grupo pode comportar processos particulares, assim a importância de que quem dinamiza o grupo saiba as necessidades de cada um, tal como atrás referimos. Daí a importância de conhecer aspetos essenciais da vida dos grupos, como, por exemplo: A MODALIDADE FUGA ATAQUE, que tem a ver com as lutas entre os membros do grupo relacionadas com o seu trabalho. Neste caso, produzem-se discussões, em vez de trabalho de grupo, devido a divergências entre as necessidades emocionais dos diferentes membros. O ataque pode ser subtil e escondido ou aberto e agressivo. A fuga representa formas diferentes de como o grupo pode evadir-se ou evitar a tarefa para a qual se organizou.

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A ASSOCIAÇÃO é outra modalidade pela qual os elementos se reúnem aos pares, muitas vezes inconscientemente, a fim de enfrentarem problemas ou aumentarem a sua satisfação. A dependência é uma caraterística dos grupos, que buscam o apoio de uma pessoa ou de algo, que consideram mais poderosos do que eles. A DEPENDÊNCIA, A INDEPENDÊNCIA E INTERDEPENDÊNCIA - os indivíduos tendem a abdicar do juízo próprio e a depender dos outros, quando estão em situações ambíguas, e, mesmo quando a situação não é ambígua, há elementos que abdicam do seu juízo independente. A interdependência produz-se quando são elaborados modos de proceder, normas e valores, adaptados aos fins e às capacidades dos membros do grupo, contudo essa interdependência pode ser desapropriada aos problemas que o grupo pretende desenvolver. As mudanças nas normas, funções e modelos de comunicação influenciam a atmosfera e as motivações do grupo. RECIPROCIDADE - os elementos do grupo terão de compreender os pontos de vista dos outros e dar um contributo na ajuda mútua e na cooperação.

O Dinamizador de um grupo deve ser e não ser parte do grupo. Daí falar-se muitas vezes na solidão do líder. Guardiola diz que sabe que não é mais um do grupo e de que deve dar espaço aos seus jogadores, pois a sua presença excessiva debilita a equipa. Ele sabe que não pode pretender que sejam seus amigos.

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O líder tem que se ocupar da gestão dos egos e das suas emoções, e para isso é preciso: - Conhecer os pontos fortes e fracos de cada elemento do grupo; - Resolver os conflitos individuais em grupo, de modo a que todos aprendam com eles; - Identificar as caraterísticas e a cultura do grupo e da Instituição onde opera, para, a partir daí, começar a sua estratégia de trabalho; - Ser empático e conseguir que trabalhem para um mesmo objetivo; - Saber que as forças psicológicas e sociais que atuam num grupo se fazem sentir através da coesão, coerção, pressão social, atração, rejeição, resistência à mudança, interdependência e equilíbrio.

O INDIVÍDUO E O GRUPO O indivíduo tem os seus objetivos pessoais e necessita de suficiente espaço e de se movimentar livremente no interior do grupo, para contribuir para atingir os objetivos do grupo e satisfazer as suas próprias necessidades.

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Os objetivos do grupo não necessitam de ser idênticos aos do indivíduo, mas as divergências entre o indivíduo e o grupo não podem ultrapassar determinados limites, para que não haja um rompimento entre ambos. Um grupo não é uma realidade estática. Um grupo de trabalho, não é hoje o que era ontem e amanhã será certamente diferente do que é hoje. Para sobreviver o grupo nunca para de mudar, e as mudanças estão dependentes do clima do grupo, que deve ter objetivos elevados, para procurar obter o máximo de produtividade. O grupo tem de ser capaz de saber aquilo em que cada um é bom e em que medida faz aquilo de que o grupo necessita. Deve conseguir-se um compromisso total para a obtenção dos objetivos e, para isso, importa incutir em todos a ideia de grupo com tudo o que isso significa e salientar que os objetivos que se estabelecem só se conseguem atingir com a soma do contributo de todos os elementos. Se alguém no grupo não assume as responsabilidades e não dá o seu melhor, além de se prejudicar a si, prejudica também o grupo.

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3.

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TÉCNICAS DE DINAMIZAÇÃO DE GRUPOS

3.1 DISCUSSÃO LIVRE Caracterização da Técnica: Trata-se da reunião informal de um pequeno grupo para livre apresentação de ideias, sem qualquer limitação quanto à sua exequibilidade. Possibilita o máximo de criatividade e estímulo, permitindo o exame de alternativas para solução de problemas dentro de uma atmosfera de reflexão e comunicação.

A Técnica é útil para: 

Aprofundamento do estudo de um tema;

Discussão de problemas e exame de soluções;

Explorar novas possibilidades;

Tomada de decisão cujo cumprimento não seja urgente.

Use a Técnica quando: 

O grupo não possuir mais de 15 membros ou esteja dividido em subgrupos de 5 elementos;

Os membros forem relativamente maduros e se conhecerem o suficiente para dialogarem livremente;

Houver uma atmosfera de liberdade de expressão;

Não houver compromisso com padrões e fórmulas usuais;

Os membros do grupo possuírem flexibilidade para criar novas soluções ou apontar novas diretrizes;

O grupo for homogéneo;

O grupo tiver objetivos comuns.

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Regras de Aplicação da Técnica: a) Conhecer bem a amplitude do problema a ser debatido, fixando as linhas de discussão e o tempo disponível para a discussão; b) Criar previamente um ambiente informal que facilite a comunicação e a cooperação entre os membros; c) Definir as regras de funcionamento da discussão; d) Escolher um voluntário para fazer anotações e registar as ideias apresentadas; e) Esclarecer quais são as normas da discussão livre: as ideias têm de ser expressas sem qualquer limitação quanto às possibilidades de execução; as ideias só serão rejeitadas se não se relacionarem com o assunto em discussão, ou seja, podem ser desenvolvidas e detalhadas, mas não restringidas.

3.2 PHILLIPS 6/6

Caracterização da Técnica: Consiste no fracionamento de um grupo numeroso em pequenos grupos a fim de facilitar a discussão. A denominação provém do facto de haver sido o método desenvolvido por J.D. Phillips, e por se tratar de pequenos grupos formados por 6 pessoas que discutem o assunto durante 6 minutos. Entretanto, essa característica não é rígida, podendo o grupo alterar-se tanto no número de elementos, como no tempo de discussão, de acordo com a conveniência. A técnica permite a participação de todos os presentes numa atmosfera informal; estimula a troca de ideias; encoraja a divisão de trabalho e a responsabilidade; ajuda os membros a desinibirem-se e a participarem no debate.

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A Técnica é útil para: 

Obter informações do grupo sobre os seus interesses, problemas, etc.;

Levantar dados e sugestões dos elementos para inserir no planeamento de atividades, programas, diretrizes, etc.;

Analisar e procurar soluções para problemas;

Maior participação operativa e efetiva de todos os membros do grupo.

Use a Técnica quando: 

For conveniente diluir o formalismo de um grupo e criar um clima de cooperação e envolvimento pessoal dos membros;

Desejar aumentar os níveis de participação e comunicação;

For necessário reunir rapidamente as ideias, sugestões ou opiniões de um grupo;

Obter ou verificar se existe consenso;

Estimular a discussão e o raciocínio;

A natureza do assunto exigir uma discussão em grupos pequenos;

Pretender obter uma visão pluridimensional do assunto;

As condições físicas do ambiente permitirem o deslocamento de cadeiras e a sua arrumação em círculos;

Se pretender enfatizar a troca de experiências. A técnica é de pouca valia para difusão de informações, salvo se houver permutação entre os grupos.

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Regras de Aplicação da Técnica: a) Planear, com antecedência, as perguntas, problemas ou roteiro de discussão que serão colocados aos subgrupos; b) Explicar ao grupo o funcionamento da técnica, a sua finalidade, o papel e as atitudes esperadas de cada membro e o tempo disponível para a discussão; c) Dividir o grupo em subgrupos, aproveitando para colocar juntos os elementos que não se conhecem bem; d) Escolher um coordenador para os debates e um relator para fazer as anotações; e) Cada subgrupo deve conter o mesmo número de elementos; isto permitirá a rotação dos grupos como indicado na alínea i); f)

Distribuir cópias escritas dos assuntos a serem discutidos;

g) Esclarecer o tempo disponível; prorrogar, se necessário; h) Terminado o tempo, a cada elemento será entregue um número, sempre a começar em “1” em cada subgrupo; i)

Agora voltam-se a reunir mas, desta vez, todos os números “1”, todos os números “2”, todos os números “3”, etc.;

j)

Cada um apresentará dentro do novo subgrupo as conclusões chegadas no subgrupo anterior;

k) Finalmente, os relatores dos subgrupos reunir-se-ão para elaborar um único relatório, podendo ser oral ou escrito, que deverá ser apresentado ao grande grupo.

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3.3 ROLE PLAYING

Caracterização da Técnica do Role-Playing: Consiste na encenação de um problema ou situação no campo das relações humanas, por duas ou mais pessoas, numa situação hipotética em que os papéis são vividos tal como na realidade. A síntese desses papéis é um dos aspetos mais importantes do método. Os que vão encenar devem compreender o tipo de pessoa que vão interpretar durante a encenação. O resumo do papel deve conter apenas a condição emocional e as atitudes a serem adotadas, sem detalhes sobre aquilo que deverá ocorrer durante a apresentação. Ao contrário da dramatização, não existe um guião rígido ou um texto para seguir. Esta técnica permite a informalidade, facilita a comunicação e a desinibição.

A Técnica é útil para: 

Desenvolver a capacidade de relacionamento com outras pessoas através da compreensão da natureza do comportamento humano;

Fornecer dados sobre as relações humanas que podem ser utilizados para análise e discussão;

Facilitar a comunicação, "mostrando" e não "falando”;

Dar oportunidade para que os indivíduos "representem" e vivenciem situações próximas do seu real;

Criar no grupo uma atmosfera de experimentação e de possível criatividade;

Despersonalizar o problema dentro do grupo. Quando apresentado em cena e abstraídas as personalidades dos executantes reais, há maior liberdade de discussão.

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Use a Técnica quando: 

Os padrões e o controlo social do grupo são geridos de modo a garantir um nível de comentário e discussão que não afete psicologicamente os membros;

O indivíduo reconhece a necessidade de se aprofundar nos seus verdadeiros motivos, impulsos básicos, bloqueios e ajustamentos, a fim de aumentar a sua eficiência como membro do grupo;

Os "atores" sentem-se relativamente seguros a ponto de quererem "expor-se" ao grupo, ou seja, expor os seus sentimentos, as suas atitudes, as suas frustrações, as suas capacidades e aptidões;

Se se sentir bastante seguro, enquanto dinamizador, dos objetivos que pretende atingir ao utilizar esta técnica;

A intenção seja mudar as atitudes de um grupo;

Se pretende preparar um ambiente ideal para resolver problemas.

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Regras de Aplicação da Técnica: a) Apresentar ou definir o problema que será dramatizado; b) Fixar a simulação ou os aspetos específicos do relacionamento humano a serem enfatizados na encenação; c) Definir ou apresentar quais os papéis necessários à encenação; d) Escolher os “atores”, os quais planearão as linhas gerais do seu desempenho, ou seja, a condição emocional e as atitudes a serem adotadas, sem especificar o que deverá ser feito na encenação; e) Os próprios “atores” poderão armar o “palco” que dispensará um excessivo uso de recursos, devendo dar-se maior ênfase à descrição verbal da situação; f) Determinar ou definir o papel do grupo a ser desempenhado durante e após a encenação, o que inclui a escolha do tipo de debates que se seguirá, bem como a determinação dos aspetos que deverão ser analisados e avaliados; g) Realizar a encenação em tempo suficiente para permitir a apresentação dos dados, evitando-se a demora excessiva; h) Se for conveniente, poder-se-á consultar o grupo quanto ao seu interesse em repetir a encenação com a inclusão de ideias e sugestões que forneçam novo material para analisar em debate; i) Poderão, também, ser usados outros artifícios como, por exemplo, a substituição dos papéis (troca) para aferir sentimentos e atitudes, possibilitando a um personagem testar a sua capacidade de “colocar-se na pele do outro”.

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4.4 TEMPESTADE CEREBRAL

Caracterização da Técnica: Também conhecida como brainstorming é uma técnica de grupo que permite a produção de ideias ou de soluções para problemas. Possibilita o aparecimento de aspetos ou ideias que não são normalmente abordadas. Na prática não deve ser estabelecida nenhuma regra ou limite, eliminando-se assim todos os prováveis bloqueios ao "insight".

A técnica é útil para: 

Desenvolver a criatividade e encontrar ideias novas;

Libertar bloqueios de personalidade;

Desenvolver novas formas de resolver problemas;

Criar um clima de otimismo no grupo;

Desenvolver a capacidade de iniciativa e de liderança.

Use a técnica quando: 

Forem necessárias ideias para novas iniciativas;

Houver dificuldades em encontrar solução para um problema;

Precisar que o grupo comprove a sua capacidade de ser criativo e de produzir soluções inovadoras;

For necessário ultrapassar bloqueios criados na personalidade do grupo ou num dos seus membros. 19 www.nova-etapa.pt


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Regras de Aplicação da Técnica: 1ª. Fase a) Disponha os elementos em círculo ou em “U”; b) Crie previamente um clima informal e descontraído; c) Refira que estão proibidas todas as críticas, julgamentos ou explicações durante a fase da recolha de ideias; d) Refira que se pretende que cada um exponha aquilo que lhe vier à cabeça, sem pré-julgamentos; e) Solicite que emitam ideias em frases breves e concisas; f) Todos devem falar alto, podendo haver ou não ordem pré-estabelecida, mas um de cada vez; g) Refira que não devem existir conversas paralelas, comentários jocosos ou risadas. Observação - Num grupo de 20 pessoas, o número de sugestões dadas em cinco minutos poderá chegar às 100. É sintoma de que está perante um grupo criativo. Não desanimar se nos primeiros exercícios ficarem muito aquém deste número. Tudo é uma questão de treino.

2ª. Fase a) Deverá agora iniciar a fase de seleção das ideias produzidas; b) De acordo com o problema em causa, elimine todas as ideias que os participantes considerem sem hipóteses de execução e mantenha aquelas que parecerem mais interessantes; c) Finalmente, numa terceira e última fase, deverá trabalhar as ideias aprovadas por todos e verificar os seus prós e contras, bem como pedir aos participantes para dizerem como se poderão levar à prática.

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3.5 DISCUSSÃO CIRCULAR Caracterização da Técnica Na discussão circular os participantes dispõem-se em círculo e respondem a uma proposta. Os participantes falam um de cada vez e por ordem. Cada um não deve falar mais do que um minuto e na sua vez. No caso de pretender ou de querer acrescentar mais alguma coisa ou esclarecer melhor os seus pontos de vista, terá de esperar novamente a sua vez de falar.

A Técnica é útil para: 

Agilizar o raciocínio individual;

Favorecer o controlo emocional;

Aprender a esperar a sua vez de falar e não interromper quem está a usar da palavra;

Favorecer o hábito de prestar atenção ao que os outros dizem e responder com base no que foi dito;

Dar oportunidade a todos de expressarem o seu entendimento ou dúvidas.

Use a Técnica quando:

Desejar rever um assunto;

Desejar reforçar o conteúdo de um assunto;

Precisar de estimular o raciocínio encadeado;

For preciso anotar as falhas ocorridas.

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Regras de Aplicação da Técnica: a) Apresente uma pergunta de forma clara e concisa; b) Verifique se todos entenderam a questão apresentada; c) Explique que cada um deve apresentar um aspeto novo sobre a pergunta feita, ou seja, não vale repetir coisas já abordadas; d) Cada um tem um minuto, no máximo, para se expressar; e) Após apresentar a pergunta e fazer os esclarecimentos que forem necessários, peça a alguém que inicie a rodada; f) Após o primeiro elemento ter falado, segue-se o companheiro do lado (devendo ser contínuo), não sendo permitido “saltar” para outros elementos; g) Ninguém deve interromper ou responder a uma crítica enquanto não chegar a sua vez; h) A “discussão circular” continua até que todos achem que nada mais há a acrescentar, ou até esgotar o tempo previsto (desde que todos tenham participado); i) Após a primeira rodada, em que todos devem participar, pode ser pedida a dispensa da palavra dizendo “passo”.

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3.6 ESTUDO DE CASO (MÉTODO DE HARVARD)

Caracterização da técnica:

Esta técnica foi desenvolvida na Universidade de Harvard após a 2ª. Guerra Mundial. É uma das técnicas mais usadas na formação de adultos, sendo aplicada em várias áreas, desde o cognitivo ao afetivo. Trata-se da análise de uma situação problemática real ou próxima do real dos participantes, que reclama uma resolução ou decisão.

A Técnica é útil para: 

Criticar dados, opiniões ou hipóteses;

Proporcionar o contacto com situações reais ou próximas do real dos participantes;

Treinar diferentes formas de análise;

Treinar a aplicação de planos de ação para situações concretas;

Aplicar técnicas de identificação e resolução de problemas;

Desenvolver novas formas de resolver problemas.

Use a Técnica quando: 

Precisar que os participantes façam a extrapolação de conceitos teóricos para situações reais;

Quiser promover a reflexão do grupo em torno de um determinado problema;

Pretender demonstrar as diversas formas possíveis de resolver problemas.

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Regras de Aplicação da Técnica: a) Forneça uma cópia do caso a ser analisado, onde constem os dados do problema. Deverão ser colocadas questões para os participantes responderem; b) Dê cerca de dez a quinze minutos para que cada participante leia o caso e responda às questões; c) Divida os grupos em subgrupos, para que possam partilhar as suas ideias e chegar a um consenso e resposta única; d) Peça as respostas a cada subgrupo (ou a um porta-voz previamente designado); e) Os debates deverão concentrar-se, de preferência, em questões onde haja diferença de opiniões. Deverá conduzir-se a reunião a fim de evitar discussões dispersivas/cansativas e sem resultado; f) Convém tomar algumas precauções na preparação dos casos: 

Os casos não devem ser muito longos ou complexos, o que pode levar os participantes a discordâncias, que por vezes podem ser de difícil solução;

Quando o caso tiver problemas relacionados com factos, opiniões,

sentimentos,

suposições

ou

atitudes,

convém

discriminar os “incidentes críticos” a fim de facilitar a solução; 

Poder-se-á, se for o caso, acrescentar ao estudo do caso o comentário de vários “experts” como guias para o debate do caso;

Os grupos, se possível, poderão ser divididos de acordo com a atividade de cada elemento: grupo de supervisão, grupo de operacionais, etc.

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3.7 JOGO PEDAGÓGICO

Caracterização da técnica: O jogo pedagógico é uma das técnicas por excelência associada à aprendizagem vivencial. Carl Rogers, considerado o grande defensor do princípio da não-directividade, identifica a Aprendizagem Vivencial como um tipo de aprendizagem que tem como especialidade o facto de ser “plena de sentido”. Seguidamente apresentamos as suas características:

Características da aprendizagem vivencial: 

Envolvimento pessoal e global – todos os aspetos são tocados, desde o lado afetivo ao cognitivo;

É auto iniciada – podendo depender de estímulos externos ou internos;

É penetrante – dado que suscita modificações no comportamento e nas atitudes;

É autoavaliada – dado que é o próprio participante que sabe de imediato se a aprendizagem está ou não a ir ao encontro das suas expectativas e necessidades;

É reconhecido de imediato o significado e a importância desta aprendizagem para o participante.

Contudo, este processo de transformar a experiência em ação, normalmente não ocorre sozinho, as pessoas necessitam de um tempo de processamento, para tirar conclusões e fazer associações com a sua vida. É neste momento que o animador ou líder têm um papel fundamental, pois é através da sua mediação que o participante pode ir mais fundo na sua reflexão.

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Assim, para que ocorra aprendizagem, e esta seja significante, é fundamental que o jogo se processe corretamente. Um dos aspetos mais importantes tem a ver com o cumprimento do chamado Ciclo de Aprendizagem Vivencial, que procura desta forma a participação ativa do grupo e a sua vivência plena no processo.

Vejamos então as fases constituintes do ciclo: 1º.- Experiência concreta através da realização de uma determinada atividade (role playing, discussão circular, etc.);

2º.- Análise dessa experiência através da partilha de observações, sentimentos e reações dos participantes;

3º.- Apresentação dos conceitos, e relação entre as semelhanças e diferenças observadas no grupo;

4º.- Aplicação dessas descobertas na vida real.

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Este ciclo, no caso dos jogos pedagógicos, poderá ter as seguintes fases: 1a Fase: Vivência - o participante vivencia a atividade por meio da experiência concreta: ou seja, o ato de jogar e levar os participantes à descoberta. 2a Fase: Relato - a análise dessa experienciam, que pode ser feita através do diálogo e da reflexão dentro do grupo como um todo, em pares ou ainda em subgrupos. Pode ser aberto ou estimulado por questões levantadas pelo animador. Nesta fase ele deverá ficar atento para que todos tenham oportunidade de falar. Cuidado com os participantes que “falam demais” e monopolizam as conversas. 3a Fase: Processamento - a busca dos conceitos, associada à fase anterior por meio do entendimento das semelhanças/diferenças e associação da vivência aos padrões de comportamento do grupo e à sistematização da experiência vivida. Há que ter cuidado para não apresentar conclusões que ponham em causa os valores e ideias dos participantes. 4a Fase: Generalização - associar a experiência com a realidade dos participantes. Fazer um breve paralelo com a realidade, mantendo a atenção no tema e no momento do grupo. Nesta fase, o animador deverá exercer o papel de mediador, propondo uma reflexão em que cada um processe a vivência a partir das suas experiências de vida. 5a Fase: Aplicação - aplicação dessas descobertas na vida real. Deverá fazer uma síntese das reflexões e das propostas de aplicação dessas reflexões no dia a dia.

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De referir ainda que, segundo vários autores, o jogo pedagógico, desde que cumpridas todas as suas fases, é das poucas técnicas que permite trabalhar os dois hemisférios cerebrais. Por um lado, estimula o funcionamento do hemisfério direito nas fases da vivência e do relato de sentimentos e emoções, e estimula o esquerdo nos momentos de avaliação, análise e analogias.

Tipos de jogos Jogos de Quebra-gelo e Integração

São jogos de abertura que têm como objetivo a apresentação dos participantes e a criação de uma primeira interação. Estes jogos podem variar de acordo com a natureza da atividade, o número de participantes, as condições físicas e ainda os recursos disponíveis. Contudo, regra geral são jogos curtos e com altas doses de ação e energia. Servem para unir o grupo desde o início, ajudando os participantes a memorizar o nome de cada um, a iniciar um primeiro contacto e descontraírem-se. Desta forma os participantes soltam-se, aquecem, descarregam as tensões físicas e superam obstáculos pessoais. Estes jogos devem ser usados nas primeiras fases de desenvolvimento do grupo, no início de cada reunião, após intervalos e todas as vezes que o animador sentir que a energia e motivação do grupo está em fase descendente.

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Mód. II: Técnicas de Dinamização do Grupo

Sugestões para o animador, coordenador ou líder: 

Torne pessoal, mantenha pessoal, seja pessoal;

Crie um ambiente descontraído e seguro e convide as pessoas a participarem;

Modele – mostre o que espera do grupo;

Quando trabalhar em coanimação, combine antes quem faz o quê – divida as tarefas igualmente;

Respeite a estrutura e a diferença das pessoas;

Evite negociar o que não for negociável;

Seja mais generalista do que detalhista;

Seja flexível e mostre aos participantes que existe a possibilidade de mudança.

Jogos de Criatividade ou energizers

Só devem ser aplicados quando já existe plena integração dos membros no grupo.

Estes jogos podem ter caráter temático e ajudar a uma reflexão sobre os assuntos já analisados. O mais importante é contribuir para uma mudança no espírito do grupo e torná-lo mais enérgico. Assim, deverão ser sempre aplicados jogos de curta duração, com atividades que impliquem grande interação entre os elementos, e até mesmo, atividade física.

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Mód. II: Técnicas de Dinamização do Grupo

Sugestões: 

Encoraje os participantes a serem positivos e a procurarem soluções;

Utilize objetos que eles possam usar e manipular;

Reforce o suporte do grupo;

Aproveite o ambiente criado o melhor possível para aplicar a atividade seguinte;

Dê algum tempo para iniciar uma atividade que exija grande capacidade de concentração;

Procure retomar a sessão pegando numa “deixa” do jogo anterior.

Jogos de Team Building

A finalidade destes jogos é ajudar a melhorar o relacionamento dos indivíduos dentro de um grupo, de uma equipa de trabalho ou noutro tipo de grupo mais específico. Estes jogos são extremamente desafiantes para os participantes porque se apela à interação e ao trabalho em pequenos subgrupos, com vista ao seu progresso.

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Mód. II: Técnicas de Dinamização do Grupo

Sugestões: 

Intervenha apenas quando necessário;

Permita ao grupo resolver os seus conflitos internos;

Registe as suas observações com subtileza;

Na análise do jogo, extrapole para o contexto real dos intervenientes, fazendo analogias dos conteúdos com a realidade dos participantes;

Deixe que sejam os participantes a tirar as conclusões antes de si;

Enfatize os aspetos positivos, tais como a cooperação, a solidariedade, e só depois foque os aspetos dificultadores, como por ex. a competição;

Tenha particular atenção na constituição dos grupos/subgrupos, procurando diversificá-los em termos de papéis funcionais.

Jogos de Resumo ou Refreshment

Todos sabemos que, por vezes, é extremamente difícil fazer revisões, sobretudo no final de uma reunião quando já existe um grande cansaço instalado, ou no princípio da seguinte quando a sessão “ainda não aqueceu”. Basta proferirmos a frase “Vamos fazer revisões” para se sentir de imediato uma atmosfera de “cansaço e esquecimento”. Assim, estes jogos de

resumo

permitem

ou

fazer

refrescamento, a

principais

aspetos

identificando

os

revisão

dos

tratados

conseguidos

e

aqueles que ainda necessitam de ser reabordados, de uma forma ligeira, descontraída e interativa.

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Mód. II: Técnicas de Dinamização do Grupo

Estes jogos podem ser aplicados através de pequenas atividades de competição light entre subgrupos, em que se vão somando pontos à medida que os subgrupos acertam. Alguns exemplos podem ser: a construção de palavras cruzadas subordinadas ao tema; palavras relacionadas com os assuntos, iniciadas pelas letras do alfabeto ou pelas letras dos nomes dos participantes; questões formuladas pelos participantes colocadas num saco e sorteadas pelo grupo.

Sugestões: 

Apresente a atividade como um jogo, não como revisões;

Refira o seu caráter competitivo, mas com descontração;

Prepare antecipadamente algumas questões, para o caso de não ocorrer nada aos participantes;

Defina um tempo breve para a sua execução.

Jogos de Encerramento

Estes jogos servem para dar às pessoas a oportunidade de se posicionarem em relação ao grupo e a si mesmas, transferindo o que fizeram na sessão para o seu dia a dia. Podem ter apenas caráter lúdico ou serem associados com a revisão de aspetos abordados na sessão, salientando os pontos-chave, as aprendizagens conseguidas e os principais sucessos, a aplicabilidade na vida real, etc.

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Mód. II: Técnicas de Dinamização do Grupo

Sugestões: 

Assegure-se de que o assunto está realmente compreendido e que os participantes não têm dúvidas;

Aplique um jogo de rápida duração, e que não implique grandes esforços físicos ou intelectuais;

Termine sempre com uma nota positiva.

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V.

Mód. II: Técnicas de Dinamização do Grupo

SÍNTESE CONCLUSIVA

O comportamento social, tal como o trabalho em grupo, depende, em parte, da maneira como as pessoas interpretam as situações em que se encontram. Olhamos o mundo não apenas através dos nossos próprios olhos, mas também através dos olhos dos outros.

Dependendo da maturidade do grupo, as tarefas e os processos vão ser diferentemente encarados e desenvolvidos, conduzindo à maior ou menor eficácia dos grupos e motivação/frustração dos seus elementos. Como fazer para que um grupo funcione? – é difícil dar uma resposta concreta, já que cada grupo e cada contexto geram situações únicas. Assim, entre outros aspetos, é importante: 

Iniciar com uma missão clara e bem definida no tempo;

Selecionar os elementos com base nas suas competências;

Tornar claras as regras de funcionamento do grupo;

Reconhecer os diferentes períodos de desenvolvimento do grupo e agir de forma a conduzi-lo à fase de maior produtividade;

Encorajar e recompensar as realizações individuais e do grupo;

Expressar gratidão ao grupo e aos seus elementos quando o trabalho está terminado;

Desenvolver programas de manutenção do grupo – programas de socialização, etc.;

Implementar/desenvolver mecanismos regulares de avaliação.

Para finalizar, deixamos um texto para reflexão, retirado da obra “Pedagogia do Bom Senso” do pedagogo francês Celèstin Freinet:

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OS SAPATOS VELHOS1

Seja prudente com a novidade. Nunca a procure por ela mesma, mas pela melhoria que ela poderá proporcionar ao seu trabalho e à sua vida. Essa melhoria depende tanto de si como da própria novidade. A roupa nova que você comprou só lhe ficará realmente bem quando a tiver feito sua, ajustada ao seu corpo, adaptada aos seus gestos e à sua maneira de ser. Esses sapatos novos e bonitos que você acabou de comprar, só os desfrutará verdadeiramente quando os tiver desgastado, quando, depois de um período mais ou menos longo e penoso, dependendo da qualidade do calçado e da sensibilidade dos pés, se tiver realmente apropriado deles, a ponto de ninguém, além de si, poder usá-los com a mesma satisfação. Durante muito tempo, ao voltar para casa depois de uma caminhada, ainda é nos seus velhos sapatos que você descansará os seus pés doridos. Adote com a mesma prudência as técnicas modernas, procurando as que – fruto de trabalhadores experientes – lhe pareçam mais aptas para enfrentar os cimos a que quer subir; não se admire se, a princípio, não forem absolutamente utilizáveis. Desgaste-as, faça-as suas; não tenha nenhum escrúpulo em voltar, de tempos a tempos, aos métodos anteriores que já estejam mais ajustados aos e grupos e ao seu temperamento enquanto animador. Então voltará com mais ousadia e mais entusiasmo para a vida nova que o espera. Não é a novidade que deve atrair e guiar, mas sim a vida. Não espere contudo que os seus sapatos se gastem ao ponto de ter de voltar para casa com as solas rotas, para ir comprar e amaciar sapatos novos; ou então a ponto de, no inverno, o gelo e o frio os encharcarem e atravessarem o couro gasto.

1

cit por Antunes, Celso. Alfabetização Emocional. S.Paulo: Editora Vozes, 1999 35 www.nova-etapa.pt


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Há certos indivíduos que temos a impressão de sempre os ter visto a usar sapatos gastos, com o couro de tal forma endurecido que já formou pregas pré-históricas. E outros que parecem igualmente incomodados com sapatos eternamente novos, que eles não conseguem domar e lhes impõem um andar rígido e automático. Não seja nem o tradicionalista endurecido, nem o inovador caçador de aventuras. Procure técnicas práticas e flexíveis; desgaste-as na experiência coletiva, faça-as suas até marcá-las com a sua maneira de andar e com o seu temperamento. Então poderá seguir com entusiasmo e certeza na calorosa caminhada para o futuro.

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VI. 

Mód. II: Técnicas de Dinamização do Grupo

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA/ACONSELHADA

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Gleitman, H., Psicologia. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1983

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Lawson, Karen, The Trainer’s Handbook. São Francisco: Jossey Bass Pfeiffer, 1998

Leyens, Jacques-Philippe e Yzerbyt, Vincent, Psicologia Social. Lisboa: Ed. Edições 70, 1999

Maccio, Charles, Animação de Grupos. Lisboa: Moraes Ed, 1980

Maisonnneuve, Jean, A dinâmica dos grupos. Lisboa: Ed. Livros do Brasil, s/d.

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(dir.),

Intellectual

teamwork:

Social

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McGrath, J. E., Groups, interaction and performance. Londres: Prentice-Hall., 1984

Mennecke, B.; Hoffer, J. A. & Wynne, B. E., The implications of group development and history for support system theory and practice. Small Group Research. Londres: Prentice Hall, 1992

Minicucci, Agostinho, Dinâmica de grupo. S. Paulo: Ed. Atlas, 1997

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Mucchielli, Roger, Dynamique des groupes. Paris: Ed. ESF, s/d.

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Parreira, Artur, Comunicação e motivação nos grupos e reuniões de trabalho. Lisboa: Plátano Editora, 1997

Rogers, Carl, Grupos de encontro. Lisboa: Moraes Ed., 1982

Santos, Maria Antónia, A estratégia inteligente. Lisboa: Ed. Monitor, 1992

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