CABELEIREIRO E ESTร TICA CANINA Mรณdulo VII
Doenรงas e Raรงas www.nova-etapa.pt
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ÍNDICE DO MÓDULO 7 OBJETIVOS
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1. Doenças de Pele
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1.1.Leishmaniose
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1.2. Ectoparasita – Insetos
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1.2.1. Piolhos
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1.2.2.Pulgas
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1.3.3.Carraças
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1.3.Sarnas
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1.3.1. Sarna Otodécica
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1.3.2. Sarna Sarcótica
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1.3.3.Sarna Demodécica (Demodecose)
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1.4. Otites
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2. Como rentabilizar a época alta?
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2.1.Ventilação
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2.2.Jaulas
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2.3.Material de tosquia
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2.4. Organização das Marcações para Otimizar o Tempo
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3. Raças Caninas Portuguesas
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3.1. Cão da Serra de Aires
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3.2. Cão de Fila de São Miguel
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3.3. Cão da Serra da Estrela
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3.4. Cão de Castro Laboreiro
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3.5. Cão Rafeiro do Alentejo
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3.6. Podengo Português
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3.7. Cão de Água
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4. Raças Felinas Internacionais
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4.1. American Shorthair
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4.2. Angorá
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4.3. Chartreux
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4.4. Esfinge
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4.5. Europeu comum
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4.6. Bosque da Noruega
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4.7. Siamês
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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AUTOAVALIAÇÃO
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No final deste módulo o formando deve ser capaz de:
Identificar as doenças de pele e como se manifestam;
Tirar o melhor partido da época alta, sabendo otimizar o tempo e o local de trabalho;
Reconhecer as diferentes raças caninas autóctones e quais as suas características;
Identificar algumas das diversas raças de gatos internacionais, o seu temperamento e características.
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1.Doenças de Pele
1.1.Leishmaniose A Leishmaniose é uma doença parasitária com grande prevalência em Portugal, distribuindo-se por várias regiões do nosso país, sendo endémica em zonas como Setúbal, Algarve e Castelo - Branco.
É uma doença parasitária causada por um protozoário do género Leishmania. A Leishmaniose afeta principalmente o cão, o qual é um importante reservatório da doença, no entanto o homem pode, muito raramente ser afetado assim como outros animais silvestres. A espécie humana apresenta baixa incidência da doença acabando por serem mais suscetíveis as pessoas que apresentam patologias que originam depressão do sistema imunitário.
Fig. 1 – Flébotomo
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Fig. 2 - Cão com Leishmaniose
Fig. 3 – Lesões no focinho.
1.2. Ectoparasita 1.2.1. Piolhos Existem dois tipos de piolhos consoante a sua forma de alimentação: os sugadores e os mordedores. Em qualquer dos casos, o piolho passa toda a sua vida sobre o hospedeiro, transmite-se dum indivíduo para o outro por contacto próximo ou, eventualmente, através de pentes ou escovas que tenham ovos ou larvas. Uma particularidade dos piolhos é que são altamente específicos não sobrevivendo num hospedeiro de espécie diferente daquela que parasitam normalmente, que podem ser os gatos, os cães, os coelhos, os roedores e as aves.
Fig. 4 – Piolho
Os indivíduos mais afetados por esta parasitose são aqueles cuja condição geral é mais débil, situação que permite parasitoses massivas. As lesões produzidas por este tipo de infestações são processos irritativos da pele que causam automutilação por prurido intenso e, no caso dos piolhos sugadores, em grande número, podem provocar anemia ao chupar uma quantidade considerável de sangue ao hospedeiro.
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1.2.2.Pulgas As pulgas adultas têm o corpo achatado lateralmente, o que lhes permite a livre circulação entre o pelo e a pele, de onde se alimenta, sugando o sangue do hospedeiro. Normalmente é apenas esta zona que apresenta reação inflamatória e muito prurido. No entanto existem animais que apresentam alergia à picada de pulga (Dermatite alérgica à picada de pulga – DAPP), estes animais apresentam prurido intenso, que se manifesta através de auto-traumatismo (mordidelas) e esfregar-se no chão. Consequentemente apresentam perda de pelo, pele ruborizada e por vezes crostas na região lombar e na base da cauda.
Fig. 5 - Pulga
A maior parte do ciclo de vida das pulgas realiza-se no ambiente, recorrendo aos animais para se alimentarem:
A fêmea realiza a postura dos ovos aproximadamente dois dias depois de se ter alimentado pela primeira vez no hospedeiro. Os ovos são lisos, caem no solo e desenvolvem-se nas proximidades da zona onde o animal se costuma deitar. Cada pulga fêmea põe em média cerca de 50 ovos.
Depois deste período, os ovos eclodem e deles sai o primeiro estádio de desenvolvimento, a larva, que apresenta o aspeto dum pequeno verme. Estas larvas alimentam-se de descamações da pele dos hospedeiros, das dejeções das pulgas e
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de outro tipo de matéria orgânica que encontrem à volta. Seguidamente, as larvas fazem casulo e passam ao seguinte estádio que recebe o nome de pupa.
Algum tempo depois (que varia com a temperatura e humidade do ambiente) o adulto está completamente formado no interior do casulo. No entanto não sai do seu envoltório até que existam evidências da proximidade dum hospedeiro, que pode ser detetado pelas vibrações produzidas ao se mover na proximidade do casulo, altura em que o infestam e fazem a primeira refeição.
Fig. 6 – Lesão característica da picada de pulga
1.3.3.Carraças Estes parasitas, visíveis macroscopicamente, estão normalmente presentes em pequeno número nos animais, mas quando o seu número aumenta podem provocar anemia. O maior risco deste tipo de parasitismo é a veiculação de outras doenças mais severas, porque as carraças são vetores de outros parasitas microscópicos (Babesia, Erlichia) provocando a tão célebre febre da carraça. Dentro das várias espécies de carraças, há algumas que são específicas do cão, como a Ixodes canisuga, mas é mais frequente o parasitismo dos mesmos por outras
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espécies de carraças em que os hospedeiros tanto podem ser o cão, como as ovelhas, as vacas ou até os porcos. As carraças cravam-se na pele dos animais através dos seus apêndices bucais, que funcionam como garras. É mais frequente encontrá-las na zona da cabeça e das extremidades (por contactarem com o solo), apesar de poderem localizar-se em todo o corpo do animal.
Fig. 7 – Carraça
1.3.Sarnas Durante todo o ano os cachorros assim como os animais já adultos podem sofrer desta patologia.
1.3.1. Sarna Otodécica A sarna otodécica é uma doença provocada por um ácaro, relativamente frequente em Portugal, sendo o principal agente das otites parasitárias. A espécie felina é aquele onde este tipo de otite ocorre com maior frequência.
Fig. 8 – Ouvido de gato com sarna Otodécia
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Muitas vezes quando o animal não é visto logo por um médico veterinário a situação pode arrastar-se e complicar-se devido ao traumatismo do ouvido por o animal estar sempre a coçar. Pode mesmo aparecer pus no interior do ouvido por colonização de bactérias oportunistas.
1.3.2. Sarna Sarcótica O agente da sarna sarcótica é um ácaro (tal como em todas as sarnas), mas este encontra-se na camada mais superficial da pele depositando aí os seus ovos. Este tipo de sarna pode ser transmitida aos humanos, induzindo quer nos cães, quer nos seres humanos a formação de pequenas erupções e comichões na pele. Esta doença é transmitida predominantemente entre os nossos animais através de contacto direto, no entanto pode também acontecer através do contacto indireto uma vez que ácaros podem ser encontrados em canis. Esta última situação é pouco comum, uma vez que os ácaros não sobrevivem mais que alguns dias fora do hospedeiro.
Fig. 9 – Lesões de Sarna Sarcóptica
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1.3.3.Sarna Demodécica (Demodecose) O Demodex, agente da sarna demodécica é um ácaro, que vive nos folículos pilosos e aí se multiplica. Todo o ciclo evolutivo passa-se na pele do animal. Algumas raças que apresentam predisposição racial para esta doença, nomeadamente o Chow Chow, West Highland White Terrier, Shar Pei. Existem duas formas de manifestação da demodecose canina, a forma localizada e a forma generalizada. A forma localizada ocorre em animais jovens com menos de um ano de idade, este quadro pode evoluir para a forma generalizada.
A forma generalizada ocorre predominantemente em animais mais velhos (com cinco ou mais anos).Habitualmente devido a uma supressão das células do sistema imunitário que pode ser causada por uma outra doença associada, como por exemplo doenças tumorais ou doenças endócrinas. A doença subjacente pode ser de difícil diagnóstico, mas normalmente acaba por se tornar evidente nos anos seguintes. A demodecose tal como a sarna sarcóptica pode afetar os filhotes das fêmeas que pariram há pouco tempo, através do contacto direto entre mãe e filho, na amamentação.
Fig. 10 - Predisposição racial para Sarna Demodécica
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1.4. Otites O exame minucioso do conduto auditivo de um cão ou gato pode revelar alterações e inclusive doença. A otite externa é uma doença comum observada em 35% dos cães e 15% dos gatos na prática veterinária. O tratamento eficaz da otite externa varia entre os diferentes pacientes dependendo da causa da doença e das características do próprio animal, trata-se assim de um tratamento individual com regime terapêutico específico.
Fig. 11 – Anatomia Auricular
A otite média é uma sequela comum da doença do ouvido externo nos cães por uma destruição do tímpano, permitindo desta forma o acesso do material estranho e microrganismos infeciosos ao ouvido médio. Os pacientes com otite média têm antecedentes de infeções crónicas e recorrentes do ouvido. São pacientes que sacodem a cabeça de forma habitual.
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A otite média pode levar a um défice auditivo ou disfunção vestibular que produz uma inclinação da cabeça, ataxia, andar em círculos e pode causar também dor intensa.
Deve consultar o seu Médico veterinário sempre que observe que o seu animal coça o ouvido, tem o ouvido vermelho, tem um odor diferente vindo dos ouvidos, sacode a cabeça e sente que ele tem dor, para que possa ser devidamente consultado e tomadas as medidas para prevenir ou tratar a doença instaurada.
Sempre que surgir qualquer queixa do seu animal procure o seu Médico Veterinário para que possa ser examinado e minimizar os danos sofridos.
Fig. 12 – Limpeza Auricular
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2.Como rentabilizar a época alta? O ideal seria fidelizar os clientes para que viessem regularmente durante todo o ano, a fim de evitarmos os altos e baixos na frequência de tosquias, ainda assim, todos sabemos que é difícil e que, de uma forma geral, em Abril, Maio, Junho e Julho, trabalhamos o dobro dos restantes meses. Apresentamos desta forma alguns conselhos para poder tirar o maior partido desta situação, sem que isso afete a qualidade do serviço prestado.
Para conseguir esta rentabilização, vamos necessitar de alguns requisitos: 2.1.Ventilação O ideal é que a tosquia se localize num sítio com boa ventilação para evitar a condensação de vapor de água nas paredes e que os animais que já estão secos se molhem ao roçarem-se nelas: uma janela que dê para a rua, ar condicionado ou um aparelho de extração para criar alguma circulação de ar, serão uma grande ajuda. Se, dadas as características do local não for possível dispor de algo assim, temos, no mínimo de manter a porta aberta, redobrando os cuidados para que não saia nenhum animal para fora da loja ou da clínica, nomeadamente para a rua.
2.2.Jaulas Devemos apetrechar-nos de uma jaula/transportadora onde possamos alojar cães de grandes dimensões (no mínimo com 60cm de largura, 80cm de altura e 80cm de profundidade) e duas para cães pequenos ou médios (50cm largura e altura e 60 cm profundidade), onde caiba um animal com as dimensões de um cocker.
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2.3.Material de tosquia Nesta época, certamente virão à tosquia muitos cães que trarão praticamente toda a muda de Inverno algo embaraçada e com o novo pelo de verão já a chegar. Todos nós sabemos o quanto isso vai dificultar o nosso trabalho, tanto a nível físico, como de tempo despendido para os deixar perfeitos. Por esse motivo temos de contar com a ajuda de material especializado de elevada qualidade.
ESCOVA DE STRIPPING OU “FULMINATOR Uma ferramenta que nos ajudará muito no nosso trabalho, e que já referimos no módulo 6 são as escovas “fulminator” ou de stripping, que poderemos encontrar nas lojas da especialidade de produtos de tosquia canina. Poderemos utilizar em todas as raças caninas para tirar volume, removendo o pelo morto que se encontra mais solto, escovando a favor do pelo com especial cuidado em zonas como as ancas ou no ligamento que existe por cima dos tarsos, já que se passamos com força podemos causar feridas. Também as utilizamos para fazer stripping em Terriers e Spaniels e ainda em cães com pelo mais comprido como é o caso da raça Bobtail.
EXTRATOR OU EXPULSADOR Outro aparelho que nos pode ajudar muito nesta época é o extrator, ainda que seja um investimento elevado. No entanto vale a pena, pois com este equipamento podemos poupar muito tempo com a secagem ou mesmo com a escovagem. Usamo-lo habitualmente na banheira para tirar o excesso de água e em 10 minutos aproximadamente teremos um cão pronto para o meter numa jaula e poder secá-lo
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a quente, com uma temperatura média, estando a secagem terminada em 20 minutos. Depois devemos sempre realizar o acabamento, como já referimos anteriormente. As duas únicas situações em que não devemos utilizar o extrator ou expulsador é quando se desembaraça o pelo, pois a força do ar vai promover o aparecimento de nós fazendo com que se despenda do dobro do trabalho na sua remoção, para além disso as pontas ficam com eletricidade estática e feias, necessitando depois de corte, aumentando assim o tempo de trabalho (algo que é de evitar na época alta). A segunda situação em que devemos evitar o uso do expulsador ocorre em animais muito nervosos, pois este equipamento produz um som muito alto e intenso, o que promove situações de stress e ansiedade nos animais alvo de tosquia.
2.4. Organização das Marcações para Otimizar o Tempo A rentabilização do nosso trabalho depende muitas vezes da ordem e da otimização das marcações, bem como do tempo de intervalos entre elas. Se a tosquia é parte de outro negócio, nomeadamente de uma clínica, devemos explicar ao seu proprietário que as marcações deverão ser feitas com método. Só assim se otimizará economicamente este serviço, prestando uma boa oferta aos clientes. Se o serviço, de facto, for de qualidade, 90% dos clientes aceitará a hora que lhes propomos, podendo assim organizar melhor o nosso trabalho. Um ponto importante nas marcações é saber o tipo de cães que vamos ter. Tanto à primeira hora da manhã, como à primeira hora da tarde, devem-se marcar dois cães de tamanho médio ou pequeno, ou, se for um grande, que seja só para banho, excluímos destas marcações os cães de tipo nórdico, já que estes requerem um trabalho de desbaste e de secagem considerável.
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Porquê fazer assim? Porque, se faltar um dos cães teremos outro de seguida para começar a trabalhar e não estaremos assim sem fazer nada até que venha o cliente seguinte. Vamos dar alguns exemplos práticos de como fazer a gestão destas primeiras marcações de forma a aproveitar as jaulas como jaulas de secagem (supondo que aqueles que requerem cortes comerciais serão sempre animais em cujo trabalho é mais fácil e menos moroso, do que aqueles que requerem corte de raça).
EXEMPLOS PRÁTICOS TOSQUIA DE UM COCKER E BANHO E APARAR UM CANICHE Podemos dar banho ao Caniche e, uma vez escovado, metê-lo na jaula para que se vá secando. Enquanto o Caniche seca, vamos fazendo o pré-corte ao Cocker (é um cão que demora muito tempo a secar e convém metê-lo na jaula com o pelo já cortado). Uma vez já lavado e desembaraçado metemo-lo na jaula (5 a 10 minutos no extrator) e deixemos que seque. Em meia hora que demoramos a fazer o pré-corte e dar banho, o outro cão já está pronto para cortar e finalizar. Terminamos a secagem e corte do pelo do caniche de acordo com aquilo que o cliente nos pediu. Uma vez pronto o Caniche, terminamos com o cocker.
TEMPO
CANICHE
COCKER
Cerca de 1h 30min
Banho Secagem Finalização
Pré – Corte Secagem Finalização
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TOSQUIA DE DOIS CÃES DA MESMA RAÇA OU CONFORMAÇÃO CORPORAL Neste caso, a ordem é irrelevante, porque são dois animais parecidos. Começamos primeiro com o banho de um deles e metemo-lo a secar na jaula. Entretanto, iniciamos o pré-corte ao outro. Enquanto este seca, terminamos o primeiro. TEMPO
Cerca de 1h 30min
RAÇA INDETERMINADA
RAÇA INDETERMINDA
Pré – Corte Secagem
Pré – Corte
Finalização
Secagem Finalização
UM CÃO GRANDE PARA BANHO E OUTRO MÉDIO PARA CORTE Começamos pelo banho do grande (vem só para banho) e quando pensamos ter-lhe retirado todo o excesso de humidade, metemo-lo a secar na jaula. Fazemos o pré-corte ao de médio porte e metemo-lo a secar. Enquanto este seca, terminamos com o cão grande. Finalmente terminamos o cão de porte médio.
TEMPO Cerca de 1h 30min
CÃO GRANDE PORTE BANHO
CÃO PORTE MÉDIO BANHO + TOSQUIA
Banho Secagem
Pré – Corte
Finalização
Secagem Finalização
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Assim na tarefa das marcações é muito importante ir alternando cada três quartos de hora cães grandes, médios e pequenos, para que enquanto uns secam, ou estamos a fazer o pré-corte no seguinte, ou o corte definitivo. Os cães tipo Bobtail ou cães nórdicos devemos deixá-los para o fim, porque levam muito tempo a serem penteados, pesam muito para subi-los e descê-los da mesa e precisam de estar muito tempo no extrator até os podermos meter na jaula para terminarem de secar. Com este método de trabalho podemos atender num dia de trabalho, com um horário comercial normal, entre 10 a 12 cães, dispondo ainda de tempo para comer e descansar um pouco, sendo bastante proveitoso na época alta que é uma temporada de maior volume de trabalho, compensando os altos e baixos que normalmente acontecem durante o Inverno.
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3. Raças Caninas Portuguesas 3.1. CÃO DA SERRA DE AIRES Muito inteligente e rústico é dedicado ao pastor e aos gados que vigia e conduz. De corpulência média, cabeça forte, nem comprida nem globosa, com stop marcado. Têm nariz de cor preta ou escura, orelhas pendentes, bigodes, barbas e sobrancelhas de pelo comprido. Cábria e comprida, a pelagem pode apresentar diferentes cores: amarela, castanha, cinzenta, fulva, lobeira ou preta afogueada, sem malhas brancas. Altura: 42 a 55 cm.
Fig.13- Cão da Serra de aires
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3.2. CÃO DE FILA DE SÃO MIGUEL O Cão de Fila de São Miguel é na região da sua origem mais conhecido pelo “Cão das Vacas”, dadas as suas qualidades de guarda e acompanhamento de gado (“vacum leiteiro”). De média corpulência, forte e rústico, é um cão de guarda por excelência e também um bom guarda de propriedades e de defesa pessoal. Agressivo, mas dócil para com o seu dono, é muito inteligente e com grande capacidade para aprender. Devido à sua função na condução de gado leiteiro, morde baixo, podendo, no entanto morder mais alto, no caso de reconduzir gado tresmalhado. Altura: 48 a 60 cm.
Fig.14 – Cão de Fila de São Miguel
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3.3. CÃO DA SERRA DA ESTRELA Uma das mais antigas Raças da Península Ibérica é um cão de tipo mastim, harmonioso e robusto, com o seu solar na Serra da Estrela. De cabeça volumosa, alongada e ligeiramente convexa, tem stop mediano; orelhas pequenas e repuxadas, olhos âmbar escuros, narinas pretas ou escuras e cauda com gancho. Existe em dois tipos de pelagem, a curta e a comprida, a cor da sua pelagem pode ser: fulva, lobeira, amarela ou unicolor. Altura: 62 a 72 cm.
Fig.15 – Cão da Serra da Estrela
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3.4.CÃO DE CASTRO LABOREIRO Abunda nas serras da Peneda e do Soajo. De tipo mastim, é harmonioso de formas e vistoso de pelagem. A sua cabeça é seca, regular, retilínea, com o crânio mais comprido do que o focinho, orelhas regulares e pendentes, tem olhos castanhos, narinas pretas. A sua cauda é grossa sem enrolar, em alfange. Os seus membros são aprumados de frente e de trás, acurvilhados de perfil e com pés redondos. Tem pelagem curta, de cor lobeira ou fulva, escura e raiada. Altura: 52 a 60 cm.
Fig.16 – Cão de Castro Laboreiro
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3.5. RAFEIRO DO ALENTEJO De grande corpulência e robusto, encontra-se principalmente no Alentejo, como cão de guarda de rebanhos e de propriedades. Tem uma cabeça ligeiramente convexa, focinho mais curto do que o crânio, orelhas pequenas, olhos elípticos pequenos e escuros, narinas pretas. A sua cauda é grossa sem gancho e pés arredondados. Tem pelagem curta, as cores possíveis são: preta, fulva, lobeira ou amarela malhada de branco ou branca malhada das cores referidas anteriormente e tigradas. Altura: 64 a 74 cm.
Fig.17 – Rafeiro do Alentejo
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3.6. PODENGO PORTUGUÊS Cão de levante e corso, existe em três tamanhos, grande, médio e pequeno, sendo o grande utilizado na caça grossa e os outros na caça do coelho, isolados ou em matilha. Cão de tipo médiolíneo, bem proporcionado, cabeça seca em forma de pirâmide triangular, crânio plano, chanfro retilíneo, olhos da cor de mel à da castanha, orelhas direitas, triangulares e pontiagudas. A sua cauda é alta, erguendo-se em foice. Em qualquer dos seus três tamanhos, a pelagem pode ser lisa ou cerdosa, de cor amarela, fulva, unicolor ou malhado. Alturas: Grande: 55 a 70 cm; Médio: 40 a 55 cm; Pequeno: 20 a 30 cm.
Fig.18 – Podengo Português
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3.7.CÃO DE ÁGUA Vive espalhado ao longo de toda a costa e em especial, na do Algarve, onde tem o seu solar. Cão de pescadores, com um temperamento ardente, inteligente e obediente. Tem cabeça forte e larga, com stop bem pronunciado, narinas pretas (nos cães de de cor preta), brancos ou malhados e acastanhada nos castanhos. Orelhas pendentes, tronco curto, cauda grossa na base enrolando-se em óculo. Tem uma pelagem encaracolada ou encarapinhada, quando de uma só cor (unicolor), pode ser: preto, castanho ou branco. Pode também ser preto ou castanho malhado de branco. Os exemplares adultos podem apresentar a característica tosquia “à leão”. É um excelente nadador e mergulhador. Altura: 43 a 59 cm.
Fig.19 – Cão de Água
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3.8.CÃO PERDIGUEIRO PORTUGUÊS Foi um dos ancestrais do Pointer. De tipo bracóide, é um excelente cão de parar, cobrando muito bem e caçando em todos os terrenos, com todo o tipo de condições climatéricas. A sua cabeça dá impressão de volumosa pelo seu formato quadrado, com stop bem marcado, fronte plana, orelhas médias mais largas na base, arredondadas e pendentes, olhos castanho escuros, narinas pretas ou escuras, peito largo, alto e profundo, com bons aprumos e pés de gato. Cauda encurtada a um terço, pelagem curta, de cor amarela ou castanha, unicolor ou malhada de branco. Altura: 48 a 60 cm.
Fig.20 – Perdigueiro Português
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4. Raças de Gatos Internacionais 4.1. AMERICAN SHORTHAIR Este gato de origem Americana é o homólogo americano do British Shorthair (Inglês de pelo curto) e do European Shorthair (Europeu de pelo curto). Esta raça é o resultado da seleção do “gato doméstico” comum cruzado com outras raças importadas, tais como o British Shorthair, o Burmês e o Persa. Em 1904, o C.F.A. (clube de felinicultura Americano) registou o primeiro American Shorthair, um macho fumado com sangue de British Shorthair. Até aos anos 60, esta raça foi denominada “Donestic Shorthair” e em 1966 foi oficialmente reconhecida sob a designação de American Shorthair. A F.I.Fe. (Federação Internacional de Felinicultura) não reconheceu esta raça durante muitos anos. Muito raro na Europa, muito apreciado no Japão, este gato é uma vedeta nos Estados Unidos. De tamanho médio a grande. Corpo vigoroso com proporções mediolíneas. Pelo curto. É um gato equilibrado, calmo e dócil. Adora o dono. Sociável, brincalhão, desportivo, foi feito para viver ao ar livre, uma vez que é um excelente caçador. Contudo, adapta-se facilmente à vida num apartamento. Muito rústico, sólido, atinge a puberdade precocemente (a partir dos 7 a 8 meses). A sua pelagem é de fácil manutenção. Uma escovagem semanal é suficiente mas deverá ser diária no momento da muda.
Fig.21 – American Shorthair
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4.2.ANGORÁ Esta raça teve origem na Turquia. A palavra Angorá, deriva da designação antiga da capital da Turquia, Ancara, e foi o Jardim Zoológico desta cidade que assegurou a sobrevivência desta raça ao instituir um programa de criação. Alguns dos Angorás criados no zoo, foram depois levados para a América durante a década de 1960, onde a raça se implantou, tendo sido aceite em 1970 pela CFA com a designação de Angorá Turco. Esta raça é muito antiga e permanece pura e natural. No século XIX, depois de ter contribuído para o desenvolvimento do Persa, ao qual terá transmitido os genes responsáveis pelo pelo comprido, esta
raça quase
desapareceu devido à grande popularidade dos Persas. Após a segunda guerra mundial, a raça esteve em vias de extinção. Apesar da sua beleza, esta raça continua pouco divulgada. É um gato de tamanho médio, de corpo delgado e esguio. Pelagem semi-longa ou longa. São gatos bastante sociáveis o que os torna uma boa companhia. Equilibrado, ativo, vivo e brincalhão mas, também, calmo. Dotado de uma grande capacidade de adaptação, as viagens não lhe causam problemas especiais. Muito afetuoso, com uma sensibilidade extrema, é ávido de carícias e pode mostrar-se um pouco “maçador”. É palrador mas o seu miar é suave. Robusto, desportivo e ágil, o Angorá é um apreciador da água e um excelente caçador. Como tal, necessita de espaço. É de fácil manutenção devido à quase ausência de sub-pelo. Uma escovagem semanal é suficiente. Aquando da muda, que é abundante, a escovagem deverá ser diária.
Fig.22 – Angorá
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4.3.CHARTREUX Pensa-se que esta foi uma raça que surgiu na França há muitos séculos, no entanto, só começou a aparecer em exposições com o seu aspeto atual depois de 1920. Um dicionário francês de 1723 contém a primeira referência que se faz a este gato, falando da sua ligação com os monges da Cartuxa. É também algumas vezes afirmado que no século XVII foi importado do Cabo da Boa Esperança, na África do Sul pelos monges da Cartuxa, não se conhecendo até ao momento, nenhum registo da existência de uma Cartuxa nesta zona. O mesmo dicionário contém ainda uma possível explicação para a origem do nome quando descreve um fino novelo de lã conhecido como Pile de Chartreaux e, o gato adquiriu possivelmente essa designação devido ao seu pelo macio como lã, curto e denso. A identificação dada na Cartuxa ficou e a raça é designada em Itália por Certosino, na Alemanha como Karthauser e na Holanda por Karthuizer. Antigamente a sua pelagem lanosa, colorida e tosquiada era vendida como pele de lontra! Nos anos 20, alguns criadores franceses realizaram cruzamentos com persas. O verdadeiro programa de criação só teve início em 1926. O primeiro standard da raça foi redigido em 1939. Nos anos 60 e 70, os cruzamentos com British Shorthair Blue eram tão frequentes que a F.I.Fe. decidiu, em 1970, combinar as duas raças mas o presidente do Club do Gato de Chartreux, provou a autenticidade desta antiga raça francesa, levando a F.I.Fe. a separá-las e proibir as mestiçagens. É um gato de corpo maciço, de tamanho médio a grande, forte, robusto e mediolíneo. O seu temperamento é dócil e delicado, sendo muitas vezes descrito como preguiçoso até ao momento em que lhe apareça um rato, a partir do qual se torna um intrépido predador.
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É um gato equilibrado, calmo, independente, com uma personalidade forte e que não mia muito. Reservado e solitário, aprecia a tranquilidade. É afetuoso e muito dedicado ao dono. Robusto, vivo e rústico, suporta bem o frio. Só atinge a maturidade por volta dos 2 ou 3 anos de idade. É necessário escová-lo uma vez por semana com o auxílio de uma escova de stripping (“fulminator”).
Fig. 23 – Chartreux
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4.4.ESFINGE Apesar de parecer que o gato desta raça é um gato sem pelo, ele tem algum, ou melhor, uma fina camada de pelugem mais percetível nas orelhas, focinho, cauda e nos testículos dos machos. As mutações que originaram gatos sem pêlo aconteceram em inúmeras situações – um casal que existia em New México no início do século XX, era reclamado como o último exemplar da antiga raça pertencente aos Aztecas- mas esta raça, começou realmente com um gato macho sem pêlo chamado Prune, nascido em Toronto, no Canadá em 1966. Quando Prune foi cruzado com a sua mãe, nasceram mais gatinhos sem pêlo e, em 1971, a raça começou a aparecer nas competições. No entanto, os problemas encontrados anteriormente nesta e noutras raças eram invocados, havendo uma oposição considerável à criação destes gatos. Os entusiastas europeus muito ajudaram para assegurar a continuação da raça, que, agora, é reconhecida pela Associação felina Internacional. O gene que causa a falta de pelo também parece afetar a conformação corporal do animal, pois tendo como adquirido que a mãe de Prune tinha uma forma vulgar, estes gatos parecem muito compridos e angulosos. É um gato de corpo longo, musculado, com peito de “barril” e pescoço delgado. No que diz respeito ao seu comportamento, é vivo, esperto, independente e sociável em relação aos seus congéneres e cães, nunca se mostrando agressivo. Muito afetuoso, até possessivo, adora ser mimado. A vida num apartamento está perfeitamente adequada para este animal porque é muito sensível ao calor, frio e humidade. No Inverno, é indispensável administrar uma alimentação energética para manter a temperatura corporal ligeiramente superior à espécie. Ainda que fique bronzeado é conveniente evitar a exposição ao sol pois pode resultar em queimaduras.
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Contrariamente a outras raças de gatos, este transpira pela pele, requerendo, como tal, uma limpeza regular com uma luva de banho.
Fig. 24 – Esfinge
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4.5.EUROPEU COMUM Com origem na Europa Continental, o Europeu de pêlo curto é o homólogo do British Shorthair da Grã-Bretanha e do American Shorthair dos Estados Unidos. Esta raça deriva do gato doméstico comum (gato doméstico ou cruzado) através de uma seleção baseada em critérios estéticos. Foi em 1925 que os chamados gatos “Europeus” obtiveram um primeiro standard. Esta raça anteriormente classificada juntamente com o British Shorthair foi homologada pela F.I.Fe. em 1982. É um gato do tipo mediolíneo, de tamanho médio a grande e com pelo curto. Relativamente ao seu temperamento, é um gato rústico, ativo, dinâmico e brincalhão. Com carácter mais fácil do que o gato vadio, mostra-se também mais calmo e mais meigo. É Afetuoso, de fácil convivência e está dotado de uma grande capacidade de adaptação. Bom caçador, aprecia a vida ao ar livre. A sua manutenção é fácil, exceto durante a fase da muda. Requer apenas uma escovagem semanal.
Fig. 25 – Europeu Comum
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4.6.GATO DOS BOSQUES DA NORUEGA Este gato existe desde muito tempo em toda a Escandinávia. Diversas lendas descrevem um grande gato de cauda longa e espessa. De acordo com a mitologia escandinava, Thor, o mais forte de entre todos os deuses, não teria conseguido erguêlo e Freya, a deusa do amor e da fecundidade, conduzia uma carruagem puxada por estes gatos. A Noruega é o pais de origem deste “gato-fada”. O Gato dos Bosques da Noruega (Norsk Skogcatt) é uma raça grande, mas elegante, que se desenvolveu a partir de gatos domesticados na Noruega. Só no início do século XX é que foi mencionada pela primeira vez como uma variedade distinta, mas, em 1930, atraiu as atenções dos noruegueses e formou-se o primeiro clube de criadores desta raça. Depois do fim da 2ª guerra Mundial reapareceu nos “shows” por volta do ano 1970, participando pela primeira vez no campeonato da F.I.Fe. em 1977, começando a partir desta data a ganhar prestígio internacional. Na Noruega é carinhosamente chamado de “Wegie”. Esta raça obtém muito êxito nas exposições, pois a sua aparência selvagem, beleza natural e robustez são muito apreciadas. Esta raça apresenta grandes dimensões, corpo alongado, estrutura sólida, forte estrutura óssea e muscular. Possui duas camadas de pêlo, sendo a interior espessa e coberta por outra mais fina e impermeável. Quanto ao seu temperamento estes gatos detêm todo o vigor do antigo gato da quinta, sendo bastante hábeis para subir às árvores, razão pela qual devem ter bastante espaço para passear. Este gato, muito seguro se si, caracteriza-se por uma grande estabilidade temperamental. Sociável, de carácter fácil, calmo mas também brincalhão, aceita bem os seus congéneres, cães e crianças. A sua voz é doce. Rústico, robusto, desportivo, com uma flexibilidade surpreendente, é um trepador nato e um excelente caçador.
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Os animais desta raça demoram 4 anos a desenvolverem-se completamente. Os gatinhos nascem cobertos por um pêlo curto e suave. O pêlo vai ficando mais forte e vigoroso à medida que o gato amadurece. Deve ser penteado e escovado com regularidade para evitar a formação de nós.
Fig. 26 – Bosque da Noruega
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4.7.SIAMES O Siamês é uma raça proveniente da Tailândia. Conhecido no seu país de origem por “ Vichien Mat”, era um animal de estimação da nobreza. Existe uma lenda que conta como um destes gatos foi colocado no túmulo do Imperador, e quando saiu através de um buraco feito especialmente para esse efeito, transportou a alma do morto da sepultura para o Além. Embora os gatos siameses já fossem conhecidos no Ocidente e estivessem presentes nas primeiras exposições felinas, poderiam não ter o padrão claro que hoje é reconhecido na raça. De facto, gatos com o pêlo mais escuro nas extremidades já tinham sido descritos há muito tempo. O primeiro exemplar a sair da Tailândia, uma gata, foi oferecida à mulher do presidente Americano Hayes, em 1878, mas infelizmente não sobreviveu à viagem. Mais tarde um cônsul americano adquiriu um casal e enviou-os para a sua irmã Lilian Velvey, em 1884, que começou a procriá-los. Desde então os criadores têm produzido siameses, exageradamente elegantes, e com formas muito alongadas. A conformação corporal deste gato e delgada, relativamente musculada e de tamanho médio. Quanto ao seu comportamento, o “príncipe dos gatos” é o mais extrovertido de todos os gatos domésticos. Dotado de um temperamento inconstante ou imprevisível, tem uma personalidade muito forte, podendo ser excessivo em tudo. Não é pacífico nem calmo. É o animal perfeito para quem deseja uma verdadeira presença. Hipersensível e muito emotivo, este animal adora ter companhia. Tem horror à solidão e não suporta a indiferença. Se for negligenciado poderá entrar em depressão. Tentará persuadir o dono através da sua voz forte e rouca, visto que é muito comunicativo. Seguirá o dono para todo o lado até que este lhe dê atenção.
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Exclusivo, muito possessivo e afetuoso, pode mostrar-se ciumento. E portanto sociável, gosta de brincar com as crianças mas nem sempre aprecia a presença dos seus congéneres.
Fig. 27 – Siamês
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Referências bibliográficas:
Clube Português de Canicultura. Raças Portuguesas. Acedido em Fevereiro, 04, 2014, disponível em: http://racas.cpc.pt
Fédération Internationale Féline. Breed standards. Acedido em Janeiro, 30, 2015, disponível em http://fifeweb.org/wp/breeds_prf_stn.php
Guaguère, É. Prélaud, P. (1999) Espanha: Merial. Guia practica de Dermatología Felina
Muller, G. H. Kirk, R. W. Miller, W. H. Griffin C. E. (2001) U.S.A.: Saunders. Muller & Kirk´s Small Animal Dermatology. ISBN: 0721676189
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AUTO-AVALIAÇÃO MÓDULO 7
1 - A Leishmaniose é uma doença parasitária, sendo endémica na/nas seguintes regiões: a) Setúbal; b) Algarve; c) Castelo-Branco; d) Todas as afirmações anteriores estão corretas.
2 – Indique uma particularidade dos piolhos que os difere dos demais ectoparasitas: a) O mesmo tipo de piolho pode parasitar diferentes espécies animais; b) Parasitam apenas a espécie humana; c) São altamente específicos não sobrevivendo num hospedeiro de espécie diferente daquela que parasitam normalmente; d) As respostas b) e c) estão corretas.
3 – Quais os parasitas que provocam perda de pelo, pele ruborizada e por vezes crostas na região lombar e na base da cauda? a) Piolhos; b) Pulgas; c) Carraças; d) Ácaros.
4 – Quantos ovos põe em média uma pulga adulta por dia? a) 20; b) 30; c) 40; d) 50.
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5 – Em que hospedeiros podemos encontrar carraças? a) Ovelhas; b) Vacas; c) Cães; d) Todas as respostas anteriores estão corretas.
6 – A Sarna Otodécica ocorre frequentemente em: a) Gatos; b) Cães; c) Coelhos; d) Aves.
7 – A Sarna Sarcóptica pode ser transmitida a que espécie/s: a) Cães; b) Gatos; c) Humanos; d) As respostas a) e c) estão corretas.
8 – Qual das seguintes raças apresenta predisposição para sarna demodécica? a) Shar Pei; b) Pastor Alemão; c) Scottish Terrier; d) Galgo Afegão.
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9 – Quando um cão coça demasiado a cabeça, inclina a cabeça para os lados, anda em círculos, pode ser devido a: a) Epilepsia; b) Otite; c) Pulgas; d) Nenhuma das opções anteriores está correta.
10 – Qual das seguintes raças a raças caninas é conhecida por ser um “Cão de Vacas”? a) Serra de Aires; b) Fila de São Miguel; c) Serra da Estrela; d) Rafeiro Alentejano.
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CORREÇÃO DA AUTO-AVALIAÇÃO MÓDULO 7:
1–D 2–C 3–B 4–D 5–D 6–A 7–D 8–A 9–B 10 – B
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