PRIMEIROS SOCORROS PEDIÁTRICOS MÓDULO I
PEDIATRIA DIFERENÇAS ANATÓMICAS, FISIOLÓGICAS E PSICOLÓGICAS
SESSÃO I www.nova-etapa.pt
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Módulo I: Pediatria
ÍNDICE Módulo I PEDIATRIA – DIFERENÇAS ANATÓMICAS, FISIOLÓGICAS, PSICOLÓGICAS E PATOLÓGICAS Objetivos Pedagógicos
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Conteúdos Programáticos
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Introdução
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1. Elementos diferenciadores entre crianças e adultos
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Síntese conclusiva
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Bibliografia
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MÓDULO I PEDIATRIA – DIFERENÇAS ANATÓMICAS, FISIOLÓGICAS, PSICOLÓGICAS E PATOLÓGICAS
OBJETIVOS PEDAGÓGICOS
No final deste módulo deverá ser capaz de: Compreender os diferentes padrões das faixas etárias na pediatria. Descrever os elementos diferenciadores entre crianças e adultos.
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS Tabelas diferenciadoras entre as faixas etárias na pediatria. Diferenças entre crianças e adultos relativo à anatomia, fisiologia, psicologia e patologia.
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INTRODUÇÃO As diferenças mais óbvias entre crianças e adultos são físicas (tamanho e peso). Os adultos são maiores do que as crianças e têm uma maior massa muscular para proteger os órgãos internos – várias lesões em adultos não são tão graves como seriam em crianças.
A cabeça de uma criança também é proporcionalmente maior e mais pesada, fazendo com que lesões nessa zona sejam prováveis e comuns, porque as crianças tendem a ter problemas de equilíbrio durante seu desenvolvimento. As crianças também têm o esqueleto mais flexível, fazendo pequenas fraturas passarem despercebidas mais facilmente do que seriam em adultos.
As crianças são também diferentes consoante a fase de desenvolvimento em que se encontram. Este facto implica, para quem a socorre, a necessidade de adaptar o material e as técnicas a utilizar ao tamanho da criança que vai socorrer.
“Uma criança não é um adulto em miniatura” A criança com alguns anos de idade é diferente do adulto, da mesma forma que existe diferenças entre a criança mais velha e o lactente. Os termos criança e pediatria são usados para designar uma criança padrão mas abrange um grupo bastante heterogéneo.
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Existem autores que consideram: Recém-nascido – a partir do seu nascimento até aos primeiros 28 dias Lactente – inclui o período neonatal até à idade 1 ano Criança – 1 a 8 anos
Outros autores adotam outras representações: Recém-nascido – do seu nascimento até ao 1º mês Infância – reservado à fase dos meses e anos seguintes até à puberdade Puberdade – em redor aos 12 anos aos 14 anos
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1. ELEMENTOS DIFERENCIADORES ENTRE ADULTOS E CRIANÇAS Diferenças anatómicas relativamente ao tamanho e proporção As crianças apresentam as seguintes particularidades anatómicas: Cabeça é larga e volumosa, o pescoço é curto o que dificulta o posicionamento da cabeça para manter a via aérea permeável; Traqueia curta e mole que facilita o seu colapso em caso de extensão exagerada da cabeça; Vias aéreas mais pequenas que facilitam a sua obstrução por corpos estranhos; Uma respiração predominantemente diafragmática (abdominal), fazendo com que a fadiga respiratória se atinja mais facilmente; O tórax é pequeno e a posição das costelas é mais horizontal o que conduz a menor expansão torácica; Órgãos abdominais pouco protegidos porque são proporcionalmente maiores em relação a cavidade torácica e porque não estão convenientemente protegidos pelos músculos, pelo tecido subcutâneo e pela grelha costal, como acontece no adulto, os membros inferiores são pequenos e pobremente desenvolvidos em relação ao abdómen grande.
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Diferenças fisiológicas As crianças têm taxas metabólicas mais altas do que os adultos; A atividade do sistema nervoso central e autónomo; O controlo da temperatura; O balanço eletrolítico; A resposta dos aparelhos respiratório, cardiovascular, endócrino, etc..
Diferenças psicológicas As diferenças mais fascinantes entre adultos e crianças referem-se ao desenvolvimento emocional. O adulto típico está totalmente desenvolvido no foro emocional e, provavelmente, não sofrerá quaisquer alterações significativas que não sejam provocadas por fatores subjacentes, como danos cerebrais. Por outro lado, as crianças ainda estão a desenvolver-se emocionalmente, até e incluindo, ao final da adolescência ou início da idade adulta. Uma criança possui necessidades emocionais específicas em momentos diferentes da sua vida e qualquer bom pai ou responsável deve lembrar-se disso. As crianças mais jovens também são muito mais sensíveis às mudanças no mundo ao seu redor, especialmente quando estão sob stress. Outras diferenças óbvias entre crianças e adultos são as de desenvolvimento. Isso é especialmente importante
ao
lidar
com
as
barreiras
de
comunicação. Por exemplo, bebés e crianças muito pequenos não são capazes de comunicarem verbalmente e, enquanto estão a aprender a língua aos poucos, não compreendem padrões de fala mais complicados usados pelos adultos.
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Elementos patológicos Compreendem as lesões encontradas somente em crianças e as reações caraterísticas à doença, à infeção e a outros fatores patogénicos, o que as tornam mais vulneráveis a contaminantes que podem ser encontrados em alimentos e água, colocando-as em maior risco de desidratação quando doentes ou stressadas. O sistema imunológico das crianças também está em desenvolvimento e doenças que são menos severas em adultos podem ser muito mais perigosas para uma criança.
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SÍNTESE CONCLUSIVA As crianças não devem ser vistas como "miniaturas de adultos" pois são únicas e apresentam particularidades em cada estágio do seu crescimento. Diversos autores determinam representações entre um bebé e criança, pelo que o socorrista deverá conhecê-las com o fim de adaptar o material e as técnicas a utilizar ao tamanho da criança que vai socorrer. A população pediátrica diferencia-se de um adulto por elementos anatómicos em que é notório o tamanho e o peso com pormenores distintos em diversos órgãos. O desenvolvimento dos sistemas músculo-esquelético, nervoso e endócrino dita, em grande parte, seus limites fisiológicos e metabólicos. De igual forma, psicologicamente, as
diferenças
estão
presentes,
enquanto
adultos
saudáveis
são
mental
e
emocionalmente maduros, bem como totalmente crescidos, as crianças ainda estão em desenvolvimento e passam por várias mudanças antes de se tornarem adultos.
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BIBLIOGRAFIA New Born and Infant, Anatomy, Ensaios e Ciência C Biologias e da Saúde, Vol XII nº 1 2008
Léon Perlemuter, Anatomia e Fisiologia para os cuidados de enfermagem, (2001), 2ª edição
Anatomia e Fisiologia da Criança, Revista brasileira de anestesiologia, Ano 14 Nº 2
Potter, E.L. Pathology of the fetus and infant, Year books Publisbers
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