Controlo da Poluição_Mód_IV_Sessão_II

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CONTROLO DA POLUIÇÃO MÓDULO IV

TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS SESSÃO 2 www.nova-etapa.pt


Mód. IV: Tratamento de Resíduos Sólidos – Sessão 2

Controlo da Poluição eLearning

ÍNDICE

1. Compostagem

3

2. Biometanização (ou Digestão Anaeróbica)

5

3. Pirólise

6

4. Formas de Redução e Utilização de Sólidos

7

4.1 O Lixo Como Alimento

7

4.2. As Políticas dos 4 R’s

8

4.2.1. Reduzir

8

4.2.2. Reutilizar

9

4.2.3. Reciclar

10

4.2.4. Recuperar

16

4.2.5. Como Podemos Todos Contribuir Para Reduzir os Resíduos?

17

V. SÍNTESE CONCLUSIVA

22

VI. BIBLIOGRAFIA

23

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1.

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COMPOSTAGEM

A compostagem é um tratamento por via biológica/bioquímica. É um método de tratamento no qual os componentes orgânicos se decompõem biologicamente, resultando num produto estável, rico em substâncias húmicas, isento de agentes patogénicos, sem cheiro e com aspecto terroso. Este produto tem o nome de produto compostado. Compostagem

Neste processo os resíduos orgânicos sofrem decomposição aeróbia (fermentação) devido à actividade de microrganismos. Existe libertação de calor, dióxido de carbono e água. A compostagem pode ser dividida em duas fases:

Fase Da Fermentação Activa

Na fermentação activa, o aquecimento que resulta de uma actividade exotérmica activa permite a aceleração do processo e a pasteurização do produto. Os valores óptimos de temperatura para este efeito encontram-se entre os 40 e os 60ºC. O controlo da temperatura é feito geralmente por remeximento mecânico ou através da insuflação de ar. A fermentação decorre numa fase termófila e numa fase de arrefecimento. As cadeias de reacções que se sucedem nestes sistemas podem manter-se por processos de estabilização aeróbia, ao ar livre ou em reactores com níveis de tecnologia ou princípios de funcionamento diversos.

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A humidade, temperatura, pH, a razão C/N e a taxa de arejamento influenciam o sucesso da operação.

Fase da Maturação

Nesta etapa, o material fermentado pode ser amontoado, sem arejamento, para alcançar o máximo grau de estabilização e de redução de humidade. Obtêm-se desta forma produtos com melhores características para serem utilizados como correctivos orgânicos ou como substratos para aplicações diversas, pelas seguintes razões:

Permite obter um produto com um elevado teor em substâncias húmicas;

Elimina organismos patogénicos para o Homem e para as plantas;

Evita o risco de diminuição do teor de oxigénio no solo que se verifica ao fazer a

aplicação dos detritos frescos;

Permite obter um produto a partir de substâncias tóxicas para as culturas (fenóis e

amoníaco);

Permite obter um produto com uma granulometria mais favorável à distribuição no

solo;

Sendo uma técnica de reciclagem de detritos orgânicos, contribui para a

diminuição da poluição do meio ambiente.

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2.

BIOMETANIZAÇÃO (OU DIGESTÃO ANAERÓBICA)

Este processo ocorre por via húmida ou por via seca, sendo que o primeiro diz respeito ao sistema clássico. A distinção entre os dois processos tem sobretudo a ver com o teor em sólidos da alimentação do reactor anaeróbio, pois no caso da via seca, esta só é eficiente para alimentações com teores de sólidos superiores a 22%. O processo ocorre na zona mesófila (~35ºC) ou termófila (~55ºC), mas em qualquer dos casos é necessário fornecer calor ao digestor. Este consumo energético é superior para o caso da via húmida, ainda assim, o processo de biometanização é excedentário em energia, dado que consome apenas cerca de 30% da energia produzida. Na biometanização, em contraste com o processo de compostagem, é a fracção de gases libertada que tem mais interesse, devido à presença de CH4 (metano), gás combustível susceptível de recuperação energética. Os principais produtos gasosos resultantes da digestão anaeróbia são o CO 2 e o CH4 na forma de uma mistura denominada biogás, que contém também uma grande variedade de compostos orgânicos voláteis (COV). Neste processo, os parâmetros mais condicionantes são a temperatura, o pH, a humidade, a granulometria, a densidade e a qualidade dos resíduos, disponibilidade de nutrientes e presença de xenobióticos.

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3.

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PIRÓLISE

Trata-se de um tratamento por via química. É um processo em que existe a decomposição química do lixo sendo a matéria orgânica convertida em diversos subprodutos (sulfato de amónia, alcatrão, óleo combustível, álcoois e gases combustíveis). São utilizadas altas temperaturas (1600-1700ºC) em atmosferas deficientes em oxigénio, produzindo uma mistura de gases e líquidos combustíveis e um resíduo sólido final. O poder calorífico dos gases e líquidos gerados é da ordem das 1400 Kcal/m 3.

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4.

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FORMAS DE REDUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS Tem-se verificado uma maior preocupação e actuação ao nível da gestão ex-post (isto é, dos resíduos produzidos) do que na gestão ex-ante (antes da produção de resíduos). Para uma gestão preventiva de resíduos é necessário um melhor conhecimento da situação actual no que respeita às características qualitativas e quantitativas dos resíduos gerados no país, para serem equacionadas as suas possibilidades de redução. De acordo com o Instituto de Resíduos, a produção de Resíduos Industriais (RI) em 2001 chegou aos 13 milhões de toneladas, dos quais apenas cerca de 1,4% são perigosos (187 mil toneladas), a maioria produzida na Região de Lisboa e Vale do Tejo (92 mil toneladas), seguida das regiões Norte (45 mil toneladas) e Centro (33 mil toneladas). Também em relação aos resíduos industriais banais (RIB), aquelas três NUTS II produzem 83% da produção nacional (12,8 milhões de toneladas). Existem várias formas de reduzir e reutilizar os resíduos sólidos, das quais destacamos duas.

4.1 O LIXO COMO ALIMENTO O lixo pode considerar-se uma fonte inesgotável de substâncias de alto valor nutritivo. Nos EUA é permitido alimentar suínos com resíduos, desde que estes sejam previamente cozidos. Na Tailândia, os sistemas de policultura (criação de suínos, patos e peixes conjuntamente) são abastecidos por resíduos orgânicos provenientes de restos de cultivos alimentares e estes sistemas têm possibilitado a produção de alimentos sadios e com custos mais acessíveis para os consumidores.

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4.2 AS POLÍTICAS DOS 4 R No que diz respeito à gestão de resíduos, a linha de actuação deve estar centrada na política dos 4R: redução (prevenção da produção), reutilização, reciclagem e recuperação, de forma a garantir a protecção da saúde pública e do ambiente.

4.2.1

REDUZIR

A redução obtém-se impedindo a produção de resíduos. Consegue-se evitando consumos desnecessários, utilizando produtos em embalagens familiares, recorrendo a tecnologias com maior respeito pelo ambiente, eco-design das embalagens, etc. Este é o primeiro ponto na hierarquia pois é a forma mais completa de aproveitamento. Sabia que... Um português produz cerca de 1kg de resíduos por dia?

PROPOSTA DE ACTIVIDADE Sugerimos que guarde os resíduos sólidos que produz durante 24 horas. Proceda depois à sua pesagem. Está dentro da média? O que acha que pode fazer para reduzi-los?

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4.2.2

REUTILIZAR

Consiste em utilizar um produto mais do que uma vez para o fim para o qual foi produzido ou para outro fim. A opção por embalagens com tara, a utilização do verso das folhas para rascunho, a escolha de pilhas recarregáveis, a actualização dos processos produtivos e a adopção de tecnologias mais limpas, entre outros, são soluções que se inserem nesta óptica. A reutilização tem várias vantagens mas também tem desvantagens como podemos observar:

Desvantagens: • - Necessidade de infra-estruturas, incluindo de transporte, para sistemas de retorno-reenchimento em que os custos ambientais podem ultrapassar os benefícios ambientais derivados da reutilização; • - Custos e dificuldades práticas da recolha e lavagem dos produtos; • - Maior utilização de materias-primas no produto original, dado que este necessita de ser mais robusto do que os produtos de uso único.

Vantagens: • - Poupanças energéticas e de materiais; • - Redução das necessidades e custo de eliminação pela diminuição da quantidade de resíduos a eliminar; • - Poupanças económicas para empresas e consumidores, uma vez que os produtos reutilizáveis necessitam de menos substituições; • - Novas oportunidades de mercado, por exemplo para produtos reenchiveis.

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Alguns exemplos da reutilização podem ser os seguintes: Reutilização "convencional" - os produtos são pensados para a sua reutilização posterior (embalagens; recauchutagem de pneus); Reutilização "artesanal" - quando são encontrados novos usos para os produtos (utilização de pneus em barcos ou cais; sacos de plástico dos supermercados como sacos para o lixo, etc.).

4.2.3

RECICLAR

Esta política consiste em recuperar os componentes dos resíduos para poder produzir novos produtos. Sabia que... Na reciclagem de uma lata se poupa energia para manter uma televisão ligada durante 3 horas?

A reciclagem só se consegue caso o resíduo seja encaminhado pelo seu produtor para uma empresa apta a transformá-lo novamente em matéria-prima e caso os consumidores separem os vários tipos de resíduos e os depositem nos locais adequados. A reciclagem urbana é desenvolvida com as seguintes fases:

Deposição selectiva (colocação de cada resíduo nos ecopontos e ecocentros). É

a parte mais importante do processo de reciclagem, sendo aquela em que todos participamos;

Recolha selectiva (recolha e transporte dos recipientes para a triagem);

 Triagem (separação dos diversos materiais colocados num contentor); 10 www.nova-etapa.pt


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Plástico:

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a percentagem de plástico usado que é reciclada ainda é muito

baixa;

Fabrico (produção de novos produtos a partir do material anterior).

A reciclagem permite a recuperação de uma grande variedade de materiais a partir dos resíduos sólidos:

Alumínio: a reciclagem do alumínio é feita em dois sectores: latas de alumínio e alumínio secundário, incluindo este último caixilharia e portas, com qualidade variável. Há muita procura para latas uma vez que se gasta menos 95% da energia para obter uma nova lata de alumínio a partir de uma velha do que a partir do minério (bauxite);

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Papel: os principais tipos de papéis reciclados são os jornais velhos, papel de alta qualidade e papéis misturados. Cada um destes tipos tem características diferentes em termos

de

tipo

de

fibra,

origem

homogeneidade

e

tinta

impressa,

tendo

consequentemente valores diferentes no mercado;

Vidro: material comummente reciclado, incluindo vidro liso e de garrafas, muitas vezes separado por cores;

Materiais ferrosos (ferro e aço): a maior parte do aço reciclado vem dos automóveis, sendo importante também a reciclagem de latas de aço usadas para sumos e alimentos;

Metais não ferrosos: são recuperados de vários equipamentos caseiros, como tachos, escadas e mobílias;

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A reciclagem também tem vantagens e inconvenientes:

Vantagens

Desvantagens

Aumento de tempo de vida e maximização do valor extraído das matérias-primas. o Poupanças energéticas; o Conservação dos recursos naturais; o Desviam-se os resíduos dos aterros ou outras instalações de tratamento mais poluidoras; o Participação activa dos consumidores, o que implica uma maior consciência ambiental; o Redução da poluição atmosférica e da poluição dos recursos hídricos; o Criação de novos negócios e mercados para os produtos reciclados.

Custos de recolha, transporte e processamento;  Por vezes maior custo de materiais reciclados (em relação aos produzidos com matériasprimas virgem);  Instabilidade dos mercados para materiais reciclados, os quais podem ser rapidamente distorcidos por alterações na oferta e procura (nacional ou internacional).

o

O símbolo de reciclagem é composto por três setas. Cada

uma

representa

um

grupo

de

pessoas,

indispensáveis para garantir que a reciclagem ocorra: Primeira seta: Produtores, ou seja as empresas que fazem o produto. Segunda seta: Consumidores. Terceira

seta:

Companhias

de

reciclagem

que

Símbolo de Reciclagem

recolhem os produtos recicláveis e voltam a vendê-los ao produtor, para este voltar a transformá-lo. 13 www.nova-etapa.pt


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Separação doméstica dos resíduos A separação dos resíduos em casa poderá ser auxiliada pela aquisição de contentores compartimentados (tipo ecoponto caseiro), ou feita em sacos diferenciados consoante os tipos de resíduos. Posteriormente quando os sacos estão cheios, os produtores domésticos deverão depositar selectivamente os resíduos produzidos nos ecopontos existentes na rua. Antes de proceder à deposição dos resíduos nos ecopontos respectivos, o produtor doméstico deverá certificar-se de que as embalagens e os resíduos não apresentam restos de comida e de outros contaminantes, para que os materiais

Ecopontos

resultantes possam ser reciclados. Esta separação na origem é o princípio de uma boa recolha selectiva, facilitando a triagem, valorização e reciclagem dos resíduos sólidos. Assim consegue-se um sistema mais eficiente, económico e possível. Os ecopontos existem em três cores distintas para identificar a sua utilidade. Contentor azul - Papelão (papel e cartão) Pode depositar

Caixas de cereais Invólucros de cartão Sacos de papel Papel de embrulho Jornais e revistas Papel de escrita

Não pode depositar

Pacotes de sumo e de leite Sacos de cimento Fraldas e toalhetes Pacotes de batatas fritas e aperitivos Guardanapos e lenços de papel Papel de cozinha Papéis de lustro e celofane Papel vegetal Papel químico Papéis de fax e de alumínio Papel autocolante

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Contentor verde – Vidrão (garrafas e embalagens de vidro) Pode depositar

Garrafas de água, Azeite, vinagre, vinho, cerveja, sumos, néctares e refrigerantes Frascos de produtos de conserva e de molhos Boiões de mel e compotas Garrafas e boiões de leite e iogurtes

Não pode depositar Pratos, copos, chávenas e jarras de loiça Materiais de construção civil Vidro proveniente de hospitais e laboratórios Vidros de janelas, vidraças, pára-brisas Vidros armados e corados Ecrãs de televisão Lâmpadas Espelhos Pirex, cristais Vidro opala Embalagens de cosmética e perfumes Tampas e rolhas das embalagens de vidro

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Contentor Amarelo – Plasticão (embalagens de plástico, metal e cartão complexo, embora em diversos sistemas as embalagens de cartão complexo sejam colocadas no contentor de papel e cartão). Pode depositar Garrafas de água, de vinagre e refrigerantes Frascos de detergentes e produtor de higiene Esferovite limpa Sacos de hipermercado ou maiores Películas de envolver Embalagens ou grupos de embalagens

Não pode depositar Embalagens de combustíveis e óleo de motor Invólucros ou embalagens de cosmética gordurosa Objectos de pequena Dimensão Embalagens de margarina, manteiga ou banha

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Além destes contentores ainda temos um contentor destinado às pilhas – o Pilhometro que normalmente tem dimensões inferiores aos anteriores e surge na cor vermelha. Pode depositar

Não pode depositar

Pilhas alcalinas Pilhas recarregáveis Pilhas tipo botão

Baterias

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Depois de colocados nos ecopontos e no ecocentro os resíduos sólidos são sujeitos a uma operação de triagem como já tínhamos referido, realizada por operadores

especializados,

que

separam

os

resíduos com características homogéneas e em boas condições daqueles que não podem ser utilizados. A colocação dos resíduos sólidos nos sistemas de recolha deverá ter em conta o cariz manual desta triagem.

4.2.4

Ecocentro

RECUPERAR

Recuperar é a valorização energética de resíduos que não podem ser valorizados de outra forma. Os resíduos são valorizados através da sua combustão, sendo a energia calorífica libertada transformada em energia eléctrica. Esta é uma opção direccionada maioritariamente para a indústria e inclui opções como a incineração, por exemplo, que através da queima controlada de resíduos produz energia eléctrica. Exemplos de energia recuperada através de resíduos: - O biodiesel é um combustível alternativo ao gasóleo, mas que é produzido não a partir do petróleo, mas a partir dos óleos alimentares de origem animal ou vegetal.

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- O biogás é um gás combustível constituído por cerca de 60% de metano e 40% de dióxido de carbono. O biogás é o gás libertado pela decomposição de resíduos orgânicos (excrementos de animais, restos de comida e de plantas). Essa decomposição é feita através da acção de bactérias, na ausência de oxigénio. Este gás pode ser recolhido e usado como combustível para habitações ou veículos.

4.2.5

COMO

PODEMOS

TODOS

CONTRIBUIR

PARA

REDUZIR OS RESÍDUOS? Em primeiro lugar a opção mais acertada será a redução. Caso esta não seja possível então deve optar-se pela reutilização e em último lugar pela recuperação e reciclagem.

Redução Geral 

Evitar comprar produtos de que não se necessita.

Preferir fraldas de pano às descartáveis ou utilizá-las alternadamente. As

fraldas descartáveis podem demorar 500 anos a desfazer-se; as de pano podem ser usadas cem vezes cada uma e decompõem-se num período de um a seis meses. 

Comprar produtos reciclados, biodegradáveis ou recarregáveis (como as

máquinas de barbear) sempre que possível. Plástico 

Optar pela utilização de sacos de pano ou de rede nas compras em

detrimento dos sacos plásticos ou de papel. 

Não utilizar sacos de plástico caso se pretenda comprar um ou dois

produtos. 

Evitar pratos de plástico, produtos com embalagens de plástico, ou com

excesso de embalagens. 

Caso seja necessário sacos de plástico, utilizar apenas aqueles

estritamente necessários. 

Preferir produtos com recargas: a utilização de recargas poupa matérias-

primas e diminui os resíduos produzidos. A reutilização de embalagens de 17 www.nova-etapa.pt


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detergentes - por meio de recargas – aumenta a vida útil das embalagens e reduz a quantidade de matéria plástica necessária de 70% (detergentes líquidos) a 90% (detergentes em granulado). Vidro 

Consumir produtos em garrafas de vidro pois estas são facilmente

recicladas, optando por garrafas com depósito em vez de tara perdida. Papel/Cartão 

Reduzir a quantidade de papel gasto utilizando ambos os lados da folha.

Evitar o uso de papéis decorados, engessados ou perfumados, pois

possuem produtos que dificultam a reciclagem. 

Utilizar panos na cozinha em vez de toalhas de papel.

Utilizar lenços e guardanapos de tecido, em vez de papel, porque duram

mais tempo. 

Preferir papel higiénico “não branqueado com cloro”, uma vez que o

branqueamento produz dioxinas. Estas se atingirem os rios poderão matar peixes e outras espécies. 

Optar por produtos de papel reciclado sempre que possível. Desperdiça-

se papel equivalente a seis árvores em média, por casa, por ano. 

Fazer alterações aos textos directamente no ecrã do computador,

evitando assim impressões e gastos de papel com rascunhos. 

Comprar os ovos em embalagens de cartão e não de esferovite.

Colocar um recipiente no local de trabalho só para o lixo de papel.

Energia 

Utilizar sempre que possível, a electricidade em vez de pilhas.

Procurar utilizar pilhas recarregáveis e com baixo teor de mercúrio.

Para acender a lareira, evitar usar acendedores (feitos a partir de petróleo)

e optar por tiras de casca de laranja seca que também deixam um cheiro agradável. 

Utilizar lâmpadas compactas fluorescentes porque duram mais e gastam

25% da energia que gasta uma lâmpada incandescente.

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Utilizar sempre que possível, apenas uma lâmpada em vez de várias.

Não colocar no frigorífico ou congelador, alimentos quentes, embalados

em papel de jornal ou numa caixa de papelão. 

Verificar a vedação da porta do frigorífico.

Fazer o degelo quando a camada de gelo atingir a espessura aproximada

de 1 cm. 

Lavar a frio na máquina de lavar roupa e louça (diminui-se cerca de 75%

de energia na máquina de lavar roupa e até 90% na máquina de lavar louça). 

Programar o monitor do computador para se desligar automaticamente

após um período de inactividade. Desta forma economiza-se mais energia do que se se recorrer à protecção de ecrã ou screensaver. Vários 

Evitar serviços que produzam grandes desperdícios, como os fast-food:

pacotes de ketchup, caixas de cartão, copos de plástico, guardanapos de papel, etc. 

Comprar produtos alimentares em tamanho familiar, poupando na

embalagem, ou optar por comprá-los avulso e não embalados. 

Guardar os alimentos em recipientes que possam voltar a ser utilizados e

não em folhas de alumínio em filme plástico. 

Comprar pneus mais duradouros e mantê-los com a pressão correcta,

poupando combustível e impedindo o desgaste prematuro devido a uma maior flexibilidade ou aquecimento exagerado. 

Levar para a farmácia os medicamentos que estejam fora do prazo de

validade e entregar os restos de medicamentos com eventual utilização nos centros de saúde. 

Preferir detergentes líquidos em vez de detergentes em pó.

Evitar a limpeza a seco (além de dispendiosa, muitos artigos com a

etiqueta de limpeza a seco podem ser lavados a frio com sabão neutro). 

Desentupir os canos utilizando bicarbonato de sódio e vinagre, em

conjunto com sal e água quente, em substituição da soda cáustica.

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Reutilização 

Frascos vazios (de vidro ou plástico): recipientes para armazenar bebidas,

ingredientes, parafusos, pregos, ou serem utilizados como porta-lápis ou jarra de flores. 

Caixas de cartão: para armazenar roupa, calçado, louça, revistas e livros.

Roupa: pode ser oferecida a quem necessitar ou ser transformada em

panos e esfregões. 

Latas: como vasos para plantas ou recipientes para guardar objectos

domésticos. 

Material de aquecedores, braseiras ou equipamento informático: Investigar

nas lojas respectivas se reaproveitam ou reciclam este material.

Deve ter-se em atenção que as embalagens que tenham contido pesticidas (ou seja, produtos fitofarmacêuticos) não podem ser reutilizadas.

Reciclagem 

Retirar os agrafos, clips e elásticos dos produtos de papel a enviar para

reciclar. 

Separar o lixo. Ter um contentor para cada tipo de material: papel, vidro,

embalagens de metal e plástico, pilhas e para a fracção orgânica. 

Utilizar a fracção orgânica do lixo doméstico para fazer adubo para o jardim

ou horta, evitando os compostos químicos. 

Reciclar o óleo de motor ou certificar-se que a oficina o faz.

Contactar a autarquia no caso de dúvidas.

Não colocar nos ecopontos, objectos cortantes, produtos tóxicos (como as

tintas e os pesticidas) ou com odores. 

Uma vez que o processo de triagem é manual, como já tínhamos dito, não

colocar embalagens de materiais diferentes umas dentro das outras nem dentro de sacos atados. 

Todos os resíduos devem apresentar-se limpos, vazios, espalmados e sem

tampa.

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Resumo A produção excessiva de resíduos é um sintoma de desenvolvimento socioeconómico da sociedade. A composição dos resíduos tem uma grande importância na altura de decidir sobre a escolha do sistema de tratamento e depende de inúmeros factores: hábitos de consumo, nível económico, estação de ano e características da população. O chumbo, mercúrio, cádmio e crómio, são os metais pesados que mais se encontram nos resíduos sólidos e têm efeitos negativos no homem e o ambiente. Os resíduos classificam-se consoante as características físico-químicas (perigosos, não perigosos, inertes, biodegradáveis e líquidos) e consoante a origem (urbanos, hospitalares e industriais). Podem ser colocados nas lixeiras ou nos aterros. Os resíduos inflamáveis, oxidantes, infecciosos, líquidos e explosivos, não são admitidos nos aterros. A incineração, compostagem, biometização e pirólise, são processo de tratamento e deposição de resíduos. A diminuição dos resíduos é a via mais eficaz e eficiente de melhorar o ambiente. A política dos 3R, surgiu em harmonia com esta percepção. Assim reduzir na fonte, reutilizar os produtos atribuindo-lhe outras funções e reciclar transformando noutros objectos constituem a melhor forma de diminuir os resíduos sólidos. É necessário utilizar correctamente os ecopontos, para que a triagem dos produtos com vista à reciclagem seja efectiva.

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V - SÍNTESE CONCLUSIVA A União Europeia tem neste momento quatro domínios de acção: alterações climáticas, natureza e biodiversidade, ambiente e saúde, gestão de recursos naturais e resíduos. O conhecimento da biodegradação dos materiais permite optar pela utilização daqueles que representam menos riscos para o ambiente. A estratégia adoptada na gestão dos efluentes industriais e urbanos traduz-se na aplicação dos 4 tratamentos referidos neste Manual antes de os lançar no meio ambiente. Os resíduos sólidos, conforme também referido, são alvo de vários processos e técnicas consoante as suas características. Este manual incidiu sobre todos estes temas, devido à sua interligação e necessidade imperativa de implementação.

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http://www.iambiente.pt/climaalerta/

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http://www.aspea.org/jogos_olimp_amb.htm 24 www.nova-etapa.pt


Mód. IV: Tratamento de Resíduos Sólidos – Sessão 2

Controlo da Poluição eLearning

http://www.abcdaenergia.com/bigshow/peqepoup/index.htm

Outros sites de interesse

http://www.recicloteca.org.br/

http://www.naturlink.pt

http://www.sociedadepontoverde.pt

http://www.ovava.com/

http://www.goldenfibra.net/

25 www.nova-etapa.pt


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