FAGF_M5_UII

Page 1


ÍNDICE Objetivos Pedagógicos

3

Conteúdos Programáticos

3

Introdução

4

1. Linhas Orientadoras da Planificação de uma Sessão de Formação

5

2. Síntese

13

Anexo

14


Mód. V – Unidade 2: Plano de Sessão

OBJETIVOS PEDAGÓGICOS No final desta unidade deverá ser capaz de: 

Planificar sessões de ensino-aprendizagem;

Identificar os princípios orientadores para a conceção e elaboração de planos de unidades de formação;

Elaborar um plano de sessão na sua área de atividade;

Preparar recursos pedagógicos/didáticos de suporte à sessão de formação.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS 

Linhas Orientadoras da Planificação de uma Sessão de Formação;

Planeamento da Sessão - Preparação da Sessão; - Preparação do Grupo;

Desenvolvimento da Sessão - Como se Atua numa Sessão Bem Dirigida; - O Papel e as Técnicas do Animador.

3|Página www.nova-etapa.pt


Mód. V – Unidade 2: Plano de Sessão

INTRODUÇÃO O plano de sessão serve de suporte ao formador, para organizar e desenvolver a sua formação. A elaboração do Plano de Sessão é importante porque:

Inspira confiança ao formador; Indica a lista dos auxiliares pedagógicos a utilizar; Permite uma apresentação ordenada; Serve de “cábula” ao formador; Permite dar coerência à sessão;

Auxilia na avaliação da estratégia escolhida quanto aos métodos e técnicas;

Permite o regresso à linha estabelecida quando há desvios.

4|Página www.nova-etapa.pt


Mód. V – Unidade 2: Plano de Sessão

1. LINHAS ORIENTADORAS DA PLANIFICAÇÃO DE UMA SESSÃO DE FORMAÇÃO Quando se organiza uma sessão de formação é importante ter em conta cinco fases:

1 - Planeamento da Sessão 2 - Preparação da Sessão 3 - Preparação do Grupo 4 - Desenvolvimento 5 - Conclusão

PLANEAMENTO DA SESSÃO Na

fase

do

planeamento

devem

ser

considerados os aspetos logísticos: sala/local onde vai decorrer a formação, cadeiras, mesas, quadro, “flipchart /Cavalete”, projetor de vídeo, televisão, vídeo, etc. Deve também ser considerada a população alvo a que se destina a formação, de forma a adequar, na fase de preparação da sessão, os conteúdos, a linguagem a ser utilizada e os pré-requisitos.

5|Página www.nova-etapa.pt


Mód. V – Unidade 2: Plano de Sessão

Pré-requisito é o conhecimento requerido pela

nova

aprendizagem

que

se

vai

realizar. Ele é diferente da aprendizagem anterior, porque o participante pode ter adquirido muitas aprendizagens, mas só algumas são pré-requisitos.

Exemplificando: Vamos imaginar que pretende ensinar a fazer janelas de alumínio. Para isso é necessário que, à partida, o participante possua conhecimentos prévios de como fazer medições, utilizar instrumentos de corte e soldar.

PREPARAÇÃO DA SESSÃO Na preparação da sessão, é altura de se elaborar o plano de sessão e nele deverão estar definidos:  Objetivos a atingir;  Destinatários (população alvo);  Duração da sessão;  Ordem e a estruturação dos assuntos;  Métodos e técnicas a desenvolver;  Meios didáticos que vão ser utilizados;  Aspetos a ressaltar;  Sistema de avaliação a aplicar.

6|Página www.nova-etapa.pt


Mód. V – Unidade 2: Plano de Sessão

Uma boa preparação da sessão dá-nos segurança, maior concentração sobre o modo como se vai falar, e permite-nos dominar o receio, impressionar os grupos, sentir maior prazer em fazer a exposição, convencer e fazer agir.

Na preparação, deverá:  Decidir o que vai constar na exposição;  Recolher o máximo de elementos possível;  Elaborar uma síntese das ideias a reter.

PREPARAÇÃO DO GRUPO Na preparação do grupo deverá ter em atenção o modo como vai interessar os participantes para o tema que irá ser tratado.

A preparação do grupo deve iniciar-se logo na abertura da sessão. No caso de se tratar de pessoas que não se conhecem, deve proceder primeiro à sua apresentação e fomentar a apresentação de cada elemento. É também o momento de dar conhecimento ao grupo do que vai ser a formação, devendo ainda fazer com que cada participante fale da sua experiência e interesse sobre o assunto. 7|Página www.nova-etapa.pt


Mód. V – Unidade 2: Plano de Sessão

O formador define então os objetivos da formação e clarifica o modo como pretende conduzir a sessão. Apresenta a seguir o tema que vai abordar, põe à disposição do grupo a informação que preparou e resume o objetivo da formação. Esta introdução deve ser curta. Deve adaptar-se aos participantes, ter o cuidado de tratar uma fase de cada vez, fazer descobrir, salientar os pontos-chave, evitar o uso de expressões como: “aula”, “professor”, “aluno” ou outras que façam lembrar um retorno à escola. Deverá estimular o trabalho do grupo e evitar o isolamento de um participante (colocando-lhe perguntas a que ele possa responder). Evitar também que um indivíduo seja o centro da discussão. Além disso, deverá ainda ser capaz de ultrapassar os vários momentos difíceis.

DESENVOLVIMENTO DA SESSÃO No desenvolvimento da sessão deverá preocupar-se com o modo como expõe os conteúdos, não descurando: o tom de voz, os gestos, as atitudes corporais, a expressão do rosto, a citação dos nomes dos participantes, as imagens, os exemplos, o sentido de humor e o uso de analogias. Deverá ainda ter em atenção o modo como faz participar o grupo e o modo como utiliza os suportes audiovisuais para explicar, mostrar e ilustrar. Na condução da discussão do grupo deve utilizar métodos ativos, pelo que deverá dar particular atenção ao modo como dirige, anima e desenvolve a discussão. Isso implica aproveitar as diferentes opiniões dos participantes, mas sem perder de vista os objetivos fixados, pois, caso contrário, a formação pode não passar de uma troca anárquica de palavras sem interesse. Ter presente que toda a exposição tem:

Começo

Desenvolvimento

Fim

8|Página www.nova-etapa.pt


Mód. V – Unidade 2: Plano de Sessão

Considerar o A B C de uma boa exposição:

Ajustada

Breve

Clara

Nesta fase o animador é o responsável:

COMO SE ATUA NUMA SESSÃO BEM DIRIGIDA A sessão bem dirigida baseia-se na participação ativa dos seus membros e não

numa

animador,

exibição

para

além

pessoal. de

ser

O um

especialista nos assuntos a debater, deverá também ser uma pessoa hábil e capaz de dirigir com acerto.

9|Página www.nova-etapa.pt


Mód. V – Unidade 2: Plano de Sessão

Se for capaz de atuar com imparcialidade numa sessão onde estejam pessoas com diferentes opiniões, e a conseguir manter em ambiente cordial sem perder de vista o assunto e os objetivos a atingir, será, sem dúvida, um bom dinamizador. Durante a sessão, o formador deve procurar:

 Assumir diversos papéis: Organizar, orientar, dirigir, informar, interpretar, reformular, animar, estimular, referir, julgar, moderar e conciliar sempre que necessário. Deve fazê-lo sem que os participantes o sintam, o que implica ser:  Uma pessoa que pensa com clareza e rapidez;  Capaz de se exprimir com facilidade;  Imparcial;  Analítico;  Não influenciável;  Uma pessoa com sentido de humor;  Possuidor de autodomínio;  Paciente e com tato para tratar as pessoas.

O PAPEL E AS TÉCNICAS DO ANIMADOR A primeira preocupação do animador consiste na:  Reformulação - das opiniões individuais (dá importância a quem as emite e obriga os outros a ouvi-las, e estimula as interações);  Síntese - é de importância fundamental e pode ser feita: - por fase; - de forma parcial em cada ponto do plano; - no final.

10 | P á g i n a www.nova-etapa.pt


Mód. V – Unidade 2: Plano de Sessão

Além disso o animador tem de ter em conta um conjunto de procedimentos:  A pergunta teste Para definir uma palavra/conceito que os participantes utilizam com conotações diferentes. Também é usada para definir uma palavra desconhecida que um participante empregou.  Apelo direto à participação Para fazer falar um participante que durante muito tempo permaneça silencioso, ou um participante que por mímica manifeste o seu desejo de intervir.  A pergunta eco Pergunta feita por um participante ao animador e devolvida sob a mesma forma, pedindo-lhe que dê a sua própria resposta.  A pergunta revezamento Repete a pergunta feita, mas a outro participante.  A pergunta espelho Repete a pergunta feita, mas ao conjunto do grupo.  O relançamento Repetição de uma pergunta feita anteriormente e a que o grupo não respondeu. Podem aparecer situações que requerem a sua orientação, e se ela se converte em domínio ou imposição, acaba por ter um efeito prejudicial. Em vez de uma afirmação direta, pode muitas vezes obter o mesmo resultado por via indireta, expondo as suas ideias sob a forma de perguntas, tornando assim mais agradável a sua ação.

11 | P á g i n a www.nova-etapa.pt


Mód. V – Unidade 2: Plano de Sessão

CONCLUSÃO DA SESSÃO A conclusão da sessão é um momento de extrema importância. Ela deve prender a atenção, pelo que lhe devem ser dispensados cuidados especiais. Uma sessão para resultar eficazmente necessita de um bom final. Não é de bom-tom chegar ao fim da intervenção e dizer simplesmente “terminei”. Ao fazer a conclusão, o formador deve ter a habilidade para fazer com que tudo o que a precede se mova para que os participantes fiquem a refletir. Assim, a conclusão deve: 

Ser breve;

Salientar as fases importantes e reforçar os pontos-chave;

Fazer os participantes falar sobre a sessão;

Resumir a sessão. O

final

deve

ser

o

ponto

estratégico da exposição. As palavras finais são, sem dúvida, as que se recordam por mais tempo,

devendo

incitar

os

presentes à ação. Se a alguém lhe passar pela cabeça

terminar

sem

esse

incitamento, que recorde este provérbio chinês: "Estender-se longamente sem chegar a uma conclusão, é o mesmo que subir a uma árvore para apanhar um peixe." Assim deverão ser salientadas, de modo sucinto, as fases importantes. Deverá obter-se feedback, para verificar se o grupo consegue resolver os problemas que lhe são colocados.

12 | P á g i n a www.nova-etapa.pt


Mód. V – Unidade 2: Plano de Sessão

E, porque as palavras finais são as que se recordam por mais tempo, deverá ser feito um breve resumo do que foi dito, destacando-se os pontos essenciais.

Deixamo-lo agora com um filme sobre o Planeamento:

2. SÍNTESE “Se não sabemos para onde vamos nunca podemos saber se se chegou lá.”

O plano de sessão é um auxiliar fundamental para os profissionais da formação, uma vez que resume e condensa o que se pretende atingir e desenvolver durante a sessão. Sem ele, há probabilidade de esquecimentos, confusões ou má gestão do tempo. Ele funciona como uma bússola e mapa de orientação, que permite reformulações sempre que o grupo apresente ritmos ou estilos de aprendizagem diferentes daqueles que antecipadamente se previram, sem deixar de ser coerente com os objetivos traçados.

13 | P á g i n a www.nova-etapa.pt


Mód. V – Unidade 2: Plano de Sessão

ANEXO Disponibilizamos-lhe de seguida um exemplo de plano de sessão.

Exemplo de Esquema de um Plano de Sessão 1 – IDENTIFICAÇÃO DA AÇÃO Tema: _____________________________________________________________ Destinatários: _______________________________________________________ Tempo Previsto: _____________________________________________________ 2 – OBJETIVOS GERAIS 3 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS 4 – PRÉ-REQUISITOS 5 – MATERIAIS E EQUIPAMENTOS A UTILIZAR

ASPETOS A CONSIDERAR Material/ Conteúdos

Metodologia

Avaliação

Tempo

Equipamento

14 | P á g i n a www.nova-etapa.pt


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.