Portefólio elearning capítulo i

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Módulo I – Capítulo 1

PORTEFÓLIOS

APRENDIZAGEM DIFERENCIADA


Aprendizagem Diferenciada - eLearning

Módulo I: Portefólios

FICHA TÉCNICA

TÍTULO Avaliação das Aprendizagens

AUTORIA João Brilha

COORDENAÇÃO GERAL E PEDAGÓGICA E CONCEÇÃO GRÁFICA Nova Etapa – Consultores em Gestão e Recursos Humanos, Lda.

ANO DE EDIÇÃO 2011

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Módulo I: Portefólios

ÍNDICE

I. OBJETIVOS PEDAGÓGICOS GERAIS DO CURSO ........................... 4 II. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS GLOBAIS DO CURSO ................ 4 III. INTRODUÇÃO ................................................................................... 5 IV. DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDOS Módulo I - Portefólios ............................................................................... 6 Objetivos Pedagógicos ........................................................... 6 Conteúdos Programáticos ...................................................... 6 1. O que é um Portefólio? .............................................. ……..7 2. Como estruturar um Portefólio? ...................................... .…9 3. Como “Materializar” um Portefólio? ........................………13 4. Como avaliar os Portefólios? ..... ……………………………14

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I. OBJETIVOS CURSO

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PEDAGÓGICOS

GERAIS

DO

- Identificar o conceito de avaliação formativa e diferenciada; - Estruturar uma avaliação formativa e diferenciada; - Gerir instrumentos de avaliação das aprendizagens.

II. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS GLOBAIS DO CURSO - Instrumentos de Avaliação Formativa e Diferenciada; - Potencialidades do Portefólio e do Teste em duas fases; - Gestão de percursos diferenciados de aprendizagem.

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III. INTRODUÇÃO Avaliar, avaliação, avaliado…estas expressões são comuns na vasta área da educação-formação. Como reage quando pensa nestas expressões? Como professor ou formador, talvez pense no volume de trabalho, no stresse envolvido em organizar, estruturar, executar e depois corrigir testes e/ou trabalhos. Para muitos, estas expressões significam tensão. Diversos professores e formadores têm sido bem-sucedidos em minorar esta tensão

associada

à

avaliação,

tanto

em

si

próprios

como

nos

alunos/formandos. Gostaria de saber “o truque”?! Este curso apresenta dois instrumentos que podem ser usados para avaliar as aprendizagens dos alunos/formandos: O Portefólio (Módulo I) e o Teste em duas fases (Módulo II). Esses instrumentos de avaliação inserem-se numa lógica de avaliação formativa, ou seja, têm como pressuposto que a avaliação pode ser usada como ferramenta de aprendizagem. Assim, mais do que testar conhecimentos, a avaliação pode ser como um espelho onde o aluno/formando se vê e se aprecia enquanto aprendente. A avaliação formativa contribui para o desenvolvimento das aprendizagens de cada aluno/formando, uma vez que envolve processos de análise da qualidade do seu trabalho, avaliando o que correu bem e menos bem, efetuando um planeamento do que pode melhorar e uma nova execução. Este processo de auto-conhecimento, acompanhado por si, permite que a avaliação ganhe contornos mais particulares, individuais ou seja, contornos diferenciados. Embora os critérios de qualidade sejam os mesmos para todos os alunos/formandos, a forma como eles mostram o que aprenderam pode ser diferente. O Portefólio e o Teste em duas fases permite-lhe a si professor/formador conhecer melhor cada aluno/formando quanto aprendente, e capacita-o na orientação e gestão do percurso que cada um percorre rumo à aquisição de competências e saberes.

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IV.DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDOS Módulo I - Portefólios

OBJETIVOS PEDAGÓGICOS No final deste módulo deverá ser capaz de:

- Reconhecer o Portefólio numa lógica de Avaliação Formativa e Diferenciada; - Reconhecer o Portefólio como instrumento regulador das Aprendizagens; - Estruturar um Portefólio; - Construir a avaliação do Portefólio.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS - O que é um Portefólio; - Potencialidades do Portefólio; - Como estruturar um Portefólio; - Avaliação do Portefólio.

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1. O QUE É UM PORTEFÓLIO?

Se é profissional na área da educação ou da formação, certamente já terá ouvido falar em Portefólios. A utilização de

Portefólios

na

educação-formação

é

relativamente recente e foi inspirada nos artistas e fotógrafos como meio de mostrar as suas melhores e mais representativas obras.

O portefólio é mais do que uma forma de transportar documentos, pode ser considerado como uma amostra diversificada e representativa dos trabalhos realizados pelo aluno ou formando, ao longo de um período amplo de tempo, que revela a abrangência e a profundidade dos seus conhecimentos.

1.1

Quais são as vantagens de se usar o portefólio na educação-formação?

O portefólio é pessoal e construído pelo próprio aluno/formando durante um período amplo de tempo. Envolve tarefas de apreciação da qualidade dos seus trabalhos, reflexão sobre o que correu bem e menos bem e seleção dos trabalhos que vai incluir. Desta forma, o próprio aluno/formando torna-se mais consciente do seu desenvolvimento enquanto aprendente, é induzido a refletir sobre como pode melhorar a sua performance e como pode aperfeiçoar o seu trabalho.

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Esta amostra representativa dos trabalhos realizados pelo aluno/formando atesta o que ele foi capaz de realizar ao longo de um determinado período (ano letivo, ano de formação, disciplina ou domínio). Por este motivo, quando concluído,

o

portefólio

também

permite

ao

professor/formador aceder à evolução das aprendizagens do aprendente, facilitando assim a atribuição de uma classificação, normalmente exigida a nível institucional.

O processo de construção de um portefólio também permite estreitar a relação alunoprofessor ou formando-formador. Durante a construção do portefólio, o professor/formador terá necessidade de tornar mais transparente o processo de avaliação, procurando explicar melhor os critérios pelos quais se rege para avaliar os trabalhos produzidos. Os esclarecimentos acerca dos critérios de avaliação serão usados pelos alunos/formandos para decidir que trabalhos se justifica incluir no portefólio.

Em síntese… Utilize os Portefólios na educação/formação porque:  São amostras diversificadas e representativas dos trabalhos realizados pelos alunos/formandos, ao longo de um período amplo de tempo;  O processo de construção vai desenvolver nos alunos/formandos competências de auto-avaliação do seu desempenho;  Facilita-lhe a atribuição de uma classificação, normalmente exigida a nível institucional;  Permite-lhe estreitar a relação com os alunos/formandos.

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2. COMO ESTRUTURAR UM PORTEFÓLIO? Não existe uma norma que defina os conteúdos do portefólio, porém, há dois princípios pelos quais nos podemos reger: 1) Quando se inicia o processo, deve ser discutido e negociado com os alunos/formandos qual a estrutura e conteúdo do portefólio; 2) Os conteúdos baseiam-se nas atividades pedagógicas e experiências de

aprendizagem

que

cada

aluno/formando

realiza

em

contexto

educativo/formativo.

Tendo em conta cada realidade, o portefólio pode incluir

tarefas

tais como:

exercícios,

projetos,

investigações, descobertas, relatórios, composições, registos de observações, testes, co-avaliações, etc. As tarefas apresentadas podem ter sido elaboradas no espaço escolar/de formação ou fora do mesmo, individualmente ou em grupo.

Estrutura possível de um portefólio:

1. Índice: Onde pode apresentar as diversas tarefas selecionadas e as respetivas datas de inclusão no portefólio; 2. Introdução:

Pode

referir

uma

breve

contextualização

da

disciplina/domínio e do curso profissional frequentado; 3. Conjunto de tarefas: Tarefas selecionadas tendo em conta a representatividade dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos/formandos, acompanhadas das respetivas reflexões; 4. Reflexão final: Apresenta um balanço do seu desempenho na atividade educativa/formativa.

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Para facilitar a escrita das reflexões que acompanham as tarefas (ponto 3) e a fim de que estas possam ser significativas, sugere-se que os alunos/formandos apresentem: 

O que se lhes dava e o que se lhes pedia para fazer (a tarefa);

O que resultou da realização da tarefa (o produto);

A reflexão pessoal relativa ao seu desempenho na tarefa (reflexão sobre o processo).

Na reflexão pessoal acerca das produções pode incluir aspetos tais como: “o que aprendi”, “o que mais gostei”, “o que menos gostei”, “se voltasse a fazer esta tarefa o que faria de diferente”, “porque incluí esta tarefa no meu portefólio”, etc.

A ideia é auxiliar o aluno/formando a refletir sobre o que fez na aula/sessão de formação e pensar como pode melhorar o seu desempenho. Essas reflexões podem ser produzidas com base num guião de apoio ou mesmo uma ficha standard elaborada pelo professor/formador.

No final da aula/sessão, ou no final da tarefa, o aluno/formando deve ter um tempo (estipulado pelo professor/formador) para preencher a ficha standard, auxiliado conforme a necessidade a refletir apropriadamente sobre o seu desempenho na tarefa. O aprendente pode usar essas fichas standard como separadores das evidências (fotos, CDs, relatórios, etc.) das tarefas desenvolvidas. Para exemplificar… 3. Conjunto de Tarefas   

Ficha Standard de Avaliação 1 / Evidências da Tarefa 1 Ficha Standard de Avaliação 2 / Evidências da Tarefa 2 …. 10 www.nova-etapa.pt


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Avaliação do Meu Trabalho

NOME: _______________________________

DATA: _____/_____/_____

Tarefa: _________________________________________________________

O que fiz?

O que aprendi?

Em que posso melhorar?

Observações (Professor/Formador)

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Atividade 1: Estruture uma ficha standard onde o aprendente possa registar textualmente as atividades e as suas reflexões acerca da tarefa desenvolvida.

Como reflexão final do Portefólio, o aluno/formando pode incluir reflexões como: “antes fiz…agora faço…”, “o meu portefólio revela progresso porque…”. Desta forma, o aprendente

estará

a

desenvolver

competências

metacognitivas acerca do seu desempenho global ao longo de determinado período.

No inicio do processo os alunos /formandos deverão ser informados sobre o que é um portefólio, como é construído e quais são os objetivos que se pretende atingir. O professor/formador poderá usar slides de PowerPoint, ou esquemas no quadro para esse fim, mas será sempre útil elaborar um pequeno texto com uma breve explicação que ajude o aluno/formando a compreender o que é um portefólio e que possa esclarecer potenciais dúvidas. A vantagem deste texto explicativo é a de poder ser consultado posteriormente pelo aprendente e possivelmente peolos seus encarregados de educação. Esse texto explicativo pode estar incluído no portefólio.

Atividade 2: Redija um pequeno texto explicativo para informar os aprendentes sobre o que é um portefólio, o seu conteúdo e utilidade, numa linguagem acessível e adequada à população alvo.

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3. COMO “MATERIALIZAR” O PORTEFÓLIO? O portefólio pode ser materializado num dossier ou pasta, porém, mais recentemente, têm-se explorado

e-portfolios1

os

(inglês

electronic

portfolio) na procura de reduzir o consumo de papel por questões ambientais, facilitar a troca de comentários

e

de

documentos

entre

os

aprendentes e o professor/formador, assim como para incrementar a motivação no processo de construção do mesmo.

O portefólio digital, sendo uma coleção digital de tarefas realizadas pelos formandos, tem a vantagem de poder incluir vídeos (por exemplo de etapas de construção de um determinado projeto), som, e atividades interativas. Os portefólios digitais podem ser arquivados em CD-ROM ou DVD, ou ainda em websites criados para esse fim (denominados Webfólios).

Uma observação… Os princípios pedagógicos de construção de um portefólio digital são os mesmos dos construídos em formato de papel, ou seja, trata-se de um instrumento onde o aprendente pode colocar os trabalhos mais representativos da sua atividade educativa/formativa e as devidas reflexões que lhe permitirão desenvolver uma mais clara noção do que foi capaz de produzir.

1

Apresentamos alguns sites que mostram exemplos de e-portfólios: http://www.ed.uiuc.edu/courses/ci335/eport_examples/index.html, http://www.villanova.edu/unit/support/academic/portfolios/examples.htm 13 www.nova-etapa.pt


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No caso do portefólio digital ser um Webfólio, o professor/formador trabalha como administrador do portefólio digital, faz as devidas avaliações do desempenho do formando nas tarefas que lá coloca, assim como dá sugestões acerca da própria construção do mesmo, de modo a espelhar as reais competências do aprendente. Neste caso estarão disponíveis funções de restrição de acesso ao mesmo.

4. COMO AVALIAR OS PORTEFÓLIOS? Tendo em conta o proposto por Lambdin & Walker (1994), sugerem-se os seguintes parâmetros de avaliação: 1.

A organização e apresentação do portefólio, em particular se foi respeitada a estrutura previamente acordada e se a sua apresentação é cuidada;

2.

A seleção das tarefas, verificar até que ponto a amostra selecionada é ou

não

representativa

da

diversidade

das

experiências

de

aprendizagem vividas no âmbito da disciplina/domínio; 3.

A qualidade das reflexões, em particular se têm uma natureza pessoal, se são fundamentadas e compreensíveis.

No que diz respeito à construção do portefólio, embora seja propriedade do aluno/formando, assumindo ele mesmo o poder de decidir o que incluir ou não no seu portefólio, considera-se que o professor/formador tem um papel muito significativo no apoio a essa construção, sobretudo quando se trata de aprendentes mais jovens ou que revelam ainda pouca autonomia.

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O acompanhamento da construção dos portefólios deve ser regular, sendo portanto vantajoso planificar períodos regulares e fixos de aula/sessão para esse fim. Uma vez que a construção de portefólios faz parte do próprio processo de aprendizagem, o tempo usado não é “tempo perdido”, mas sim um ganho que certamente produzirá bons resultados, os quais serão um reforço positivo para si a fim de continuar a desenvolver boas práticas de educaçãoformação.

Atividade 3: Elabore um calendário de sessões e respetivos tempos de acompanhamento regular e contínuo da construção dos portefólios.

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